Império romano

cynthiacsp 1,131 views 4 slides Jun 22, 2013
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Império Romano - Alto Império: Da
sagração de Otávio à plenitude
Chamamos de Alto Império o período que se estende da sagração de Otávio (ver o texto
Império Romano - República - Da crise ao Principado), em 27 a.C, até meados do século 3 d.C.
Basicamente, esse é o período de consolidação e apogeu do poder romano.
A ordem política imperial teve como elemento mais importante a centralização das decisões
nas mãos do imperador. A manutenção do Senado - necessária por ser ele a mais tradicional
instituição romana e para impedir a caracterização de um regime despótico - foi acompanhada
de uma drástica redução do seu poder efetivo, restando-lhe apenas a administração da Itália e
das províncias sem guarnições militares (Províncias Senatoriais).
O imperador controlava a religião, o Exército, as funções legislativa e judiciária, as finanças do
Estado, a política externa e as províncias mais importantes. A redução do poder do Senado
causou choques entre este e o poder imperial, choques que sempre foram resolvidos pelo uso
da força militar, na qual se apoiava o imperador.
O Exército, com um efetivo de mais de 300.000 homens, foi estacionado ao longo das
fronteiras do Império, o chamado limes, para resguardar Roma dos ataques bárbaros. O
Exército era composto por uma força profissional (as legiões, de recrutamento obrigatório entre
os cidadãos romanos) e por forças auxiliares, de recrutamento provincial. Otávio Augusto criou
também uma força militar de elite, a Guarda Pretoriana, aquartelada em Roma, para a proteção
pessoal do imperador.
Organização social e econômica do Império
A sociedade foi dividida em três ordens, segundo um critério censitário: a Senatorial, que
possuía privilégios políticos; a Equestre, que permitia o acesso aos cargos públicos; e a
Inferior, que abrangia a maioria dos cidadãos. Com isso, Otávio ganhava o apoio dos
comerciantes ricos, enquanto que, como forma de compensar a perda de poder do Senado,
cumulava os senadores com regalias que os tornavam dependentes do poder imperial.
O controle sobre a plebe era efetuado por meio da política de concessão de alimentos, política
essa iniciada por Júlio César e ampliada por Otávio. A isso se somou a criação de grandes
espaços públicos para a realização de jogos, corridas de bigas e combates de gladiadores, de
modo a dar à plebe uma forma de diversão que permitisse manter a revolta social em um nível
controlável. Era a política do "pão e circo". Ao mesmo tempo, o controle sobre a massa de
escravos era realizado por uma ampla política repressiva, natural num Estado plenamente
militarista como era o Império Romano.
Em termos econômicos, o Império assentava-se sobre o trabalho escravo e o domínio das
províncias. O escravo era a base de toda a produção romana, tanto na agricultura quanto na
mineração. Era também largamente empregado em atividades não produtivas, notadamente
urbanas: professores, serviçais domésticos, músicos, etc.
Quanto às províncias, eram fundamentais não apenas pelos tributos que pagavam, mas
também pelo comércio altamente lucrativo que Roma mantinha com elas, permitindo o
escoamento da vasta produção dos latifúndios escravistas.
A plenitude do Império
A consolidação do poder romano explica-se, em grande parte, pelo refreamento do ímpeto das
conquistas. Se comparado ao período da República, o Império representou muito mais uma
fase de consolidação das fronteiras e do domínio romano do que propriamente de expansão.

Cláudio, que governou entre 41 e 54, conquistou a Mauritânia e consolidou o domínio sobre a
Bretanha. Trajano (98-117) realizou as últimas conquistas do Império, incorporando a Dácia
(atual Romênia), a Armênia e a Mesopotâmia. A partir daí tratava-se apenas de consolidar os
domínios do Império. Adriano (117-138) deu início à edificação de grandes muralhas de pedra
nas fronteiras imperiais; Marco Aurélio (161-180), o "imperador filósofo", defendeu as fronteiras
do Danúbio das invasões bárbaras.
O fim das conquistas significou, a curto prazo, a plenitude do Império. Seu efeito imediato foi o
da paz interna, da consolidação das fronteiras, com o dinheiro antes usado em guerras sendo
utilizado para investimentos na atividade econômica. Não por acaso, o século 2 é o período da
Pax Romana, a paz romana, significando o apogeu e a prosperidade de Roma e das
províncias.
Entretanto, embora o primeiro efeito do fim das conquistas tenha sido benéfico, seus efeitos
num intervalo mais longo foram terríveis para a estrutura romana. Veremos essas
consequências ao analisarmos o período conhecido como Baixo Império. Antes, é necessário
estudarmos uma importante força social que surgiu naquela época: o Cristianismo.

Império Romano - Baixo Império:
Crises e decadência
Chamamos de Baixo Império o período final do Império Romano do Ocidente, caracterizado
por sua decadência e queda, em 453, em meio às invasões dos povos germânicos. A origem
mais remota dessa crise está diretamente ligada à combinação entre a estrutura econômica do
Império e sua incapacidade de dar sequência à saga de conquistas, única forma capaz de
manter os domínios de Roma.
Fronteiras naturais
Roma expandiu-se, ao longo da República e início do Império, até onde as fronteiras naturais
fossem capazes de resguardar seus domínios. Ao sul, a fronteira natural era o Saara,
impossibilitando invasões advindas do centro e do sul da África. A oeste, o Império estendia-se
até o Atlântico, garantindo sua fronteira ocidental com o domínio da Bretanha. A fronteira
oriental do Império era garantida pelo deserto da Arábia, o Cáucaso, o mar Negro e as
montanhas do planalto iraniano. Ao norte, os rios Reno e Danúbio eram os principais
componentes do limes.
Assim, conforme vimos, o Alto Império buscou apenas consolidar os domínios romanos.
Mesmo as conquistas da Dácia e da Mesopotâmia obedeceram ao critério do guarnecimento
em fronteiras naturais. No caso da primeira, ela levava o Império até os montes Cárpatos. A
segunda, apenas estendia seus domínios por um vale imensamente fértil, mas facilmente
defensável pela presença dos rios Tigre e Eufrates e pelo caráter montanhoso e desértico de
seu entorno.
Dessa forma, percebemos que as conquistas romanas cessaram pela total inexistência de
áreas a conquistar. Ao norte do Império, por exemplo, além do Reno e do Danúbio, estendia-se
uma vasta planície que, praticamente sem interrupções, seguia até os montes Urais, criando
uma região gigantesca e impossível de ser defendida.
Consequências do fim das conquistas

Embora fundamental de imediato para consolidar o domínio romano, o fim das conquistas
trouxe consigo efeitos que, a longo prazo, se revelariam desastrosos para as estruturas do
Império.
Em primeiro lugar, o ímpeto de conquistas havia gerado a formação de um gigantesco e
dispendioso exército, que só poderia ser mantido se Roma fosse capaz de garantir a
manutenção do fluxo de riquezas obtido com as guerras e vitórias. Assim, a estabilidade das
fronteiras tornou-se frágil diante das dificuldades de se garantir o abastecimento de todo o
exército.
Além disso, o fim das conquistas trouxe um efeito sobre a estrutura de mão-de-obra do
Império. Conforme vimos anteriormente, grande parte da economia romana assentava-se
sobre a mão-de-obra escrava, cuja fonte de abastecimento mais forte era o afluxo de
prisioneiros de guerra estrangeiros. As péssimas condições de vida, o alto índice de
mortalidade, a baixa expectativa média de vida, além do pequeno índice de natalidade dos
escravos, pelo fato de que o número de mulheres escravas era sempre mais baixo, geravam
um crescimento vegetativo negativo.
A esse dado some-se o efeito da pregação cristã, que, ao defender a igualdade e negar a
escravidão, servia de estímulo a fugas e revoltas de escravos. A única forma de repor essa
mão-de-obra seria por meio das conquistas, cessadas desde o início do século 1.
Crise econômica
Assim, lentamente, o número de escravos declinou ao longo do Alto Império, chegando, no
século 3, a uma situação de escassez definitiva. E o primeiro efeito da crise do escravismo foi a
crise econômica, gerando alta de preços, escassez e desabastecimento das cidades.
Tal situação obrigava o Império a um aumento sistemático das importações de produtos
agrícolas, inclusive de regiões de fora do Império. Isso significava um aumento da saída de
moedas do Império, agravado pelo fato de as minas de metais preciosos estarem esgotadas.
Outro elemento agravante era a alta natural de preços gerada pela escassez. O somatório
desses elementos gerou uma grave crise financeira que, por sua vez, provocou o declínio do
comércio e de toda a atividade urbana.
Algumas medidas foram tentadas para deter a crise. Ainda no final do século 3, o imperador
Diocleciano decretou o Edito do Máximo, limitando salários e preços de uma série de gêneros.
Mas eram medidas meramente paliativas ante a dimensão de uma crise que, longe de ser
passageira, apresentava um caráter estrutural.
O agravamento da crise passou, já a partir do século 4, a apresentar efeitos militares e
administrativos. Ocorreu o desequilíbrio entre a força do Exército e a massa de bárbaros que
pressionava as fronteiras do Império. Desequilíbrio esse que era apenas a consequência mais
visível de outros importantes desequilíbrios: entre as despesas do Estado e sua arrecadação;
entre a produção e o consumo; entre o campo e a cidade; e entre a proporção de escravos e a
de homens livres.
Toda a estrutura social, econômica e administrativa do Império começava a se desagregar. O
enfraquecimento do Exército tornava o Império mais vulnerável a revoltas de províncias e de
escravos, enfraquecendo-o ainda mais. Ao mesmo tempo, tornava mais desprotegida a
extensa fronteira do Império. Era o princípio da desintegração.

Costumes e cultura

Nesses primeiros tempos, os romanos levavam uma vida simples, trabalhando no campo e
alimtando-se de sua própria produção. A modéstia e a disciplina eram consideradas virtudes
essenciais. A família era uma instituição sagrada e seu chefe - o pater famílias - tinha poder e
direitos ilimitados sobre a mulher, os filhos, os escravos e os bens. O velhos eram respeitados
e serviam de exemplo à comunidade. A religião - baseada no culto aos antepassados e a uma
multidão de deuses - estava presente em todos os aspectos da vida cotidiana e também tinha
um caráter cívico, ou seja, estava ligada à cidade e ao Estado romano.

De resto, com o passar dos tempos, os deuses romanos foram se identificando com os deuses
gregos, devido à grande influência que a Grécia - embora fosse dominada por Roma -
exerceria sobre ela e sua cultura. Na verdade, a arte grega foi uma das fontes principais da
arte romana. A arquitetura talvez tenha sido a única das artes de então em que os romanos
produziram inovações efetivas, em particular devido ao seu pragmatismo. Se para os gregos as
principais construções eram os templos, para os romanos importavam os reservatórios de
água, os aquedutos, os edifícios públicos, como os tribunais, os circos e os mercados.
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