Introdução O fuzil de calibre 7,62mm M964A1 , o ParaFAL , é uma versão brasileira adaptada do fuzil M964 com coronha rebatível. Devido a sua coronha rebatível seu uso é apropriado para unidades aerotransportadas, que tem menos espaço para o transporte de equipamentos, a primeira unidade do Brasil a utilizar esta versão, foi a Brigada de Infantaria Paraquedista , por isso começou a ser chamado no meio militar de Para-FAL, apesar de seu nome oficial ser M964A1.
História do FAL A sigla “FAL” vem da expressão “ Fusil Automatique Léger” ou, em português, “Fuzil Automático Leve”. O significado de “FN”, vem da empresa pela qual a arma foi desenvolvida, a Fabrique Nationale d'Armes de Guerre , atualmente chamada de Fabrique Nationale d’ Herstal (Fabrica Nacional de Herstal ), situada na pequena cidade de Herstal , na periferia de Liège , Bélgica. A maioria das armas produzidas nesta empresa, costuma ter o prefixo “FN” colocado antes da denominação das mesmas, como por exemplo: FN SCAR, FN P-90, etc.
História do FAL no Brasil Ao final da Segunda Guerra Mundial, o Brasil, assim como grande parte dos países envolvidos, sentiu necessidade de modernizar e padronizar o armamento de sua infantaria, acompanhando o atual "Estado da Arte", na época. Em meados dos anos cinquenta, o Exército iniciou os testes com a nova arma produzida pela FN. Em 1964, o FAL foi finalmente adotado com a designação de Fuzil 7,62 M964 "FAL". Juntamente com a adoção, foi concedida a licença para produção local das armas, o que foi feito na Fábrica de Itajubá (FI), atual IMBEL. O fuzil, além do Exército, foi adotado também pela Marinha, sendo usado na Armada e pelos Fuzileiros Navais. A IMBEL continua produzindo o FAL até hoje, tornando o Brasil, juntamente com os Estados Unidos, os últimos países a fabricá-lo. No entanto, a produção nos EUA, ao contrário do Brasil, não se destina a atender encomendas governamentais e sim à grande demanda de atiradores e colecionadores.
História do FAL no Brasil Atualmente, o FAL ainda permanece em uso no EB e na MB, tornando o Brasil, salvo engano, o último país do mundo, a ter forças armadas regulares equipadas com esta arma. Entretanto, conforme a Portaria nº 211-EME, de 23 de outubro de 2013, do Estado Maior do Exército, o fuzil IMBEL A2 (IA2) no calibre 5,56X45 mm, foi adotado pela força e deve gradativamente substituir os "velhos" FN FAL. As variantes adotadas no Brasil incluem a versão "standard" com coronha e guarda-mão em material sintético, a versão "Para", normalmente chamado de " Parafal ", que recebeu aqui a denominação de Fuzil M964 A1 e a "FALO" (50.41) que aqui foi chamado de FAP (Fuzil Automático Pesado).
FUZIL 7,62 M964 - FAL
FUZIL 7,62 M964A1 - PARAFAL
FUZIL METRALHADOR 7,62 M964 - FAP
Especificações Nomenclatura : Fz 7,62M964 A1 Tipo : Portátil Espécie de tiro : Automático / Semi-Automático Calibre : 7,62x51mm Comprimento: Coronha aberta ......1,09m Coronha Fechada...0,85m Peso : Sem carregador........4,0Kg Carregador vazio.......0,250Kg Carregador cheio......0,730Kg Alcance : De Utilização ......600m Com Luneta........800m Máximo...............3.800m
Especificações Comprimento do cano: 0,533m Raiamento : 4 raias Dextrogiro (à direita) Vida útil do cano : 10.000 Tiros Capacidade do Carregador : 20 Munições Funcionamento: Ação indireta dos gases Fechamento e trancamento : Ferrolho Basculante Cadência de Tiro : Rajada..........120tpm Intermitente...60tpm
Desmontagem A desmontagem do Fz 7,62 M964 A1 deve ser realizada segundo operações limitadas para cada um dos escalões de manutenção e de modo que um deles não execute nenhuma operação privativa dos escalões de número de ordem mais elevado, ou seja, o 1º escalão não deve, nem pode, realizar qualquer operação prevista para o 2º escalão. Este não executará qualquer das previstas para o 3º escalão e assim por diante. Ao contrário, qualquer escalão de manutenção pode fazer todas as operações dos escalões de número e ordem inferior ao seu. A desmontagem deve ser realizada somente por elemento bem instruído, pois este deve conhecer, inclusive, que não há necessidade de esforço para a retirada (ou a colocação) de qualquer peça.
Desmontagem As peças retiradas devem ser colocadas sempre em uma superfície limpa na mesma ordem em que vão saindo, a fim de facilitar a montagem, a qual se efetuará na ordem inversa. Embora a desmontagem total da arma não apresente dificuldade acentuada, é expressamente proibido ultrapassar o escalão de manutenção em que atua o operador, a fim de que se evitem desgastes ou outros danos em certas peças, além de que algumas operações exigem ferramenta especial.
Desmontagem 1º Escalão Retirar o carregador
Desmontagem 1º Escalão Recuar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho duas vezes (golpes de segurança), examinar a câmara certificando-se que a mesma esteja vazia e deixá-lo voltar à sua posição mais avançada (sem apertar o gatilho)
Desmontagem 1º Escalão Fazer girar o conjunto armação-coronha para baixo e em torno de seu eixo, agindo sobre a chaveta do trinco da armação, que está colocada do lado esquerdo da arma e logo atrás do registro de tiro e de segurança
Desmontagem 1º Escalão Puxar para trás a tampa da caixa da culatra e retirar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho Neste conjunto podem ser separados o ferrolho, o impulsor do ferrolho e mais as peças que neles se acham montadas.
Desmontagem 1º Escalão Retirar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho
Desmontagem 1º Escalão Retirar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho
Desmontagem 1º Escalão Retirar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho
Desmontagem 1º Escalão Separar o ferrolho do impulsor do ferrolho
Desmontagem 1º Escalão Retirar o percursor
Desmontagem 1º Escalão Retirar o percursor
Desmontagem 1º Escalão Retirar o percursor
Desmontagem 1º Escalão Pressionar o retém do obturador do cilindro de gases e fazer girar de um quarto de volta, no sentido horário
Desmontagem 1º Escalão Pressionar o retém do obturador do cilindro de gases e fazer girar de um quarto de volta, no sentido horário
Desmontagem 1º Escalão Retirar o êmbolo e sua mola
Desmontagem 1º Escalão Retirar o êmbolo e sua mola
Vista explodida do Para-FAL
Manutenção Preventiva A manutenção orgânica tem por principal finalidade a realização da manutenção preventiva, ou seja, as operações de limpeza, lubrificação e conservação do armamento. É importante ter sempre presente que toda e qualquer arma, notadamente a arma automática, deve ser objeto de operações de manutenção executadas com zelo. A maioria dos incidentes de tiro e mesmo dos acidentes de tiro é evitada quando a manutenção tem sido realizada com interesse e perfeição. A arma deve estar sempre limpa e adequadamente lubrificada (ou conservada em anti-óxido quando fora de uso). Está comprovado que a manutenção preventiva perfeita elimina a quase totalidade dos incidentes e acidentes de tiro.
Manutenção Preventiva Na manutenção preventiva destacam-se: Limpar o cano (inclusive câmara) e a caixa da culatra, o impulsor do ferrolho, o ferrolho, o extrator, o percussor, o obturador, o êmbolo e a mola do cilindro de gases, o cilindro de gases, o mecanismo da armação (sem desmontá-lo) Lubrificar, sem excessos, a arma que está em uso Lubrificar e/ ou preservar corretamente a arma de pouco uso ou fora de uso corriqueiro; Verificar, constantemente e regular os órgãos da arma, a fim de que apresente um bom estado de conservação e de funcionamento.
Manutenção Preventiva Materiais necessários
Manutenção Preventiva São operações de 1º escalão: 1. Fazer a desmontagem ; 2. Limpar o cano; 3. Limpar a câmara e a parte posterior do cano; 4. Limpar o interior da caixa da culatra; 5. Limpar o impulsor do ferrolho; 6. Limpar o ferrolho, o percussor e sua mola e alojamento; 7. Limpar a parte inferior do extrator, sem desmontá-lo; 8. Limpar o cilindro de gases, o obturador, o êmbolo e sua mola; 9. Lubrificar levemente as peças móveis; 10. Fazer a montagem correspondente à desmontagem de 1º escalão ;
Incidentes de tiro
Incidentes de tiro
Incidentes de tiro
Solução de pane É constitu í da pelas seguintes opera çõ es: 1- Travar a arma. 2- Retirar o carregador. 3- Executar 2 (dois) golpes de seguran ç a, para extrair, se poss í vel, e ejetar um cartucho ou estojo que esteja na arma. 4- Examinar, cuidadosamente, a caixa da culatra, a câmara e a alma, para ver se existe qualquer anormalidade. 5- Deixar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho ir para sua posi çã o mais avan ç ada. 6- Recolocar o carregador. 7- Acionar a alavanca de manejo para carregar a arma. 8- Destravar e recome ç ar o tiro. 9- Caso a arma n ã o reinicie seu funcionamento normal, repetir as 4 ( quatro ) primeiras opera çõ es, e, dentro dos exatos limites de cada escal ã o de manuten çã o, pesquisar as causas do que est á ocorrendo