INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para

AndreaPassosMascaren 533 views 6 slides May 04, 2024
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About This Presentation

Intertextualidade


Slide Content

LÍNGUA PORTUGUESA
INTERTEXTUALIDADE

Texto I - Trem-Bala
(Ana Vilela)
1. Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
2. É sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti
3. É sobre cantar e poder escutar mais do que a própria voz
4. É sobre dançar na chuva de vida que cai sobre nós
5. É saber se sentir infinito
6. Num universo tão vasto e bonito, é saber sonhar
7. Então fazer valer a pena
8. Cada verso daquele poema sobre acreditar
9. Não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu
10. É sobre escalar e sentir que o caminho te fortaleceu
11. É sobre ser abrigo e também ter morada em outros corações
12. E assim ter amigos contigo em todas as situações
13. A gente não pode ter tudo
14. Qual seria a graça do mundo se fosse assim?
15. Por isso, eu prefiro sorrisos
16. E os presentes que a vida trouxe pra perto de mim
17. Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar
18. E sim sobre cada momento, sorriso a se compartilhar
19. Também não é sobre correr contra o tempo pra ter sempre mais
20. Porque quando menos se espera a vida já ficou pra trás
21. Segura teu filho no colo
22. Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui
23. Que a vida é trem-bala, parceiro
24. E a gente é só passageiro prestes a partir
25. Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
26. Laiá, laiá, laiá, laiá, laiá
27. Segura teu filho no colo
28. Sorria e abraça os teus pais enquanto estão aqui
29. Que a vida é trem-bala parceiro
30. E a gente é só passageiro prestes a partir

A canção é um texto que põe em interação poema (letra) e melodia (a música). Podemos afirmar que
a letra é um poema, pois apresenta versos, ritmos, rimas, características atribuídas aos textos desse
gênero.

Essa é uma canção que nos leva a refletir sobre algumas questões. Percebam que foram adicionados
números à cada verso para facilitar a retomada durante a nossa leitura.

Vamos começar pelo título da canção: Trem bala. Esse título nos aponta para a direção de um veículo
muito rápido, com a velocidade superior aos demais meios de transporte da mesma categoria, ou seja,
a canção trata de algo nesse sentido, rápido, fugaz.

E a canção vai elencando quais os assuntos que vai abordar. Na 1ª linha (verso) informa que não vai
tratar sobre quem quer todo mundo para si, já no 2º verso aponta que vai explorar relações de afeto,
ou seja, “sobre saber que em algum lugar alguém zela por ti”.

Colégio Estadual Albérico Gomes Santana
Somente unidos nas ações podemos construir uma escola democrática e participativa!
Estudante _________________________________ Data ___/____/____ Série_____
Disciplina: _____________ Professor(a) da Disciplina: ___________________________
Professor(a) Aplicador(a): ____________________________ Turma:____

Observem que do 2º ao 8º verso o eu lírico (a voz no poema) vai destacando sentimentos e ações
positivas, leves.

No 9º verso há uma quebra, pois, o eu lírico aponta para a palavra “Não” com o seguinte verso: “Não é
sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu” e vai mostrando que vale muito mais o caminho
que foi percorrido do que simplesmente a vitória, que são necessárias paradas para analisar o que é
importante na vida, por isso a palavra não, nesse caso faz referência a uma quebra, uma pausa mesmo
na correria das tarefas do dia para valorizar a vida.

No 17º verso há uma outra quebra na leveza quando o eu lírico demonstra a seguinte questão “Não é
sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar”, portanto o dinheiro não dá conta de comprar
sorrisos, o tempo precisa ser aproveitado com quem realmente importa que são os pais os filhos e
outras levezas apontadas no texto.

A comparação que dá sentido ao título da canção está no 23º verso quando o eu lírico afirma: “Que a
vida é trem-bala, parceiro” há nesse verso a afirmação de que a vida é breve, passa rápido e junto com
os conselhos que foram dados ao longo da canção inteira, a necessidade de ser bem aproveitada e
vivida com tudo que é possível ser bom nela.

Deste modo, podemos afirmar que o título “Trem-bala” que foi comentado no início da nossa conversa
e que se refere a um veículo muito rápido está sendo comparado à vida, ou seja, assim como o trem, a
vida também é rápida, é curta.

E para fechar a canção, no último verso, o eu lírico nos dá um alerta de que nós “somos só passageiros”
e que estamos “prestes a partir”, para alertar que devemos aproveitar a viagem, ela é curta, mas
dependendo de como faremos o caminho, pode ser muito prazerosa, leve e bela.

ENTRE TEXTOS

Há uma possibilidade de diálogos entre os textos, ou seja, é possível e natural que em algumas
situações os textos conversem entre si. Como acontece esse diálogo? Os textos conversam através de
traços em comum que podem ser: temas em comum, estrutura semelhante, textos que partem de uma
mesma situação, textos que citam outros.

Essas conversas podem acontecer com textos que pertencem ao mesmo gênero, que pertencem a
outras formas de linguagem, como por exemplos, os filmes que são baseados nos livros no caso dos
filmes do Hary Potter, ou peças de teatro baseadas em filmes, ou músicas que falam de outras músicas,
dentre outros. Esse diálogo, conversa entre textos, recebe o nome de intertextualidade.

Vamos apresentar abaixo um outro texto, uma canção composta pela própria Ana Vilela para ocasião
do dia das mães. Nesta outra canção ela faz intertextualidade utilizando a mesma estrutura dos versos
que ela usa na canção original.

Texto II - Trem-Bala (Especial Dia Das Mães)
(Ana Vilela)

1. Não é sobre ter todas as pessoas do mundo pra si
2. É sobre saber que, em algum lugar, alguém zela por ti
3. É sobre, desde cedo, aprender a reconhecer a sua voz
4. É sobre o amor infinito que sempre existiu entre nós
5. É saber que você está comigo
6. Nos momentos que eu mais preciso pra me acompanhar
7. Então fazer valer a pena
8. Cada verso daquele poema sobre o que é amar
9. Não é sobre chegar no topo do mundo e saber que venceu
10. É ver que você me ajudou a trilhar cada caminho meu
11. É sobre ter abrigo e fazer morada no seu coração
12. E se eu precisar, você sempre irá me estender sua mão

13. A gente já passou por tudo
14. Qual seria a graça da vida sem você aqui?
15. Pra ser o meu porto seguro
16. O presente que a vida me deu logo que eu nasci
17. Não é sobre tudo que o seu dinheiro é capaz de comprar
18. E sim sobre cada momento que juntas pudemos passar
19. Contigo aprendi que o mais importante é ser do que ter
20. E pelo que eu me tornei só tenho a te agradecer
21. Você me segurou no colo
22. Sorriu e entendeu realmente o que era amar
23. E eu desde o primeiro dia
24. Tão pequena, já soube que em ti podia confiar

O que podemos encontrar em comum entre os dois textos?

Primeiramente os dois são canções, escritas em versos. No primeiro existem apontamentos sobre a
vida, como ela precisa ser encarada, têm conselhos leves e é direcionada para todos os leitores que
gostem de música, de poemas.

No texto dedicado às mães, são deslumbrados o reconhecimento e o amor que devemos ter para com
todas as mães. É importante perceber que são usados em alguns momentos os mesmos versos da
canção originais, como acontece no primeiro e segundo versos das duas canções: “não é sobre ter
todas as pessoas do mundo pra si” “é sobre saber que em algum lugar alguém zela por”. Isso pode?
Sim, porque mesmo sendo os mesmos, os versos têm continuidades completamente diferentes o que
não diminui a singularidade de ambos.

A intertextualidade é caracterizada nesses dois textos pela estrutura textual, organização em forma de
versos, pela leveza das palavras que são direcionadas aos leitores e às mães, pelo fato de ambos os
textos serem canções. E vocês, como leitores cada vez mais atentos, podem ter encontrado mais
semelhanças. E se encontraram estão de parabéns.

Atividade

1. Depois da Leitura dos textos, marque V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Os dois textos apresentados na atividade, Trem-bala e Mãe, ambos da Ana Vilela são canções pois
combinam letra e melodia.

( ) Há um diálogo entre os dois textos que é estabelecido pela temática, pois os dois textos versam
sobre o mesmo assunto.

( )Os dois textos são também poemas porque são escritos em versos, possuem ritmo e rimas.

( )Há entre os dois textos intertextualidade pois ambos são do mesmo gênero.

2.No texto 1 Trem-bala é possível estabelecer relação (comparação) entre o título da canção e outro
elemento do texto. Qual é esse elemento?

3.“No 9º verso há uma quebra, pois, o eu lírico aponta para a palavra não”. De acordo com a leitura
proposta para o texto 1 qual o sentido da palavra não no texto?

4.O texto 2 foi composto com um objetivo. Qual é ele qual é o seu interlocutor, a quem ele é
direcionado?

5.As semelhanças estruturais, o diálogo entre os dois textos pode ser chamado
de:_________________

6.Aponte uma ou mais semelhanças percebidas por você entre eles

7.Com qual dos dois textos você mais se identificou? Justifique.


UFPEL) Leia com atenção a seguinte passagem, retirada do livro "Para entender o texto - leitura e
redação", de Platão & Fiorin, Editora Ática.

“Com muita frequência um texto retoma passagens de outro. Quando um texto de caráter científico cita
outros textos, isso é feito de maneira explícita. O texto citado vem entre aspas e em nota indica-se o
autor e o livro donde se extraiu a citação.

Num texto literário, a citação de outros textos é implícita, ou seja, um poeta ou romancista não indica o
autor e a obra donde retira as passagens citadas, pois pressupõe que o leitor compartilhe com ele um
mesmo conjunto de informações a respeito das obras que compõem um determinado universo cultural.
Os dados a respeito dos textos literários, mitológicos, históricos são necessários, muitas vezes, para a
compreensão global de um texto.
A essa citação de um texto por outro, a esse diálogo entre textos dá-se o nome de intertextualidade.
(...)”

Um texto cita outra com, basicamente, duas finalidades distintas:
a) Para reafirmar alguns dos sentidos do texto citado;
b) Para inverter, contestar e deformar alguns dos sentidos do texto citado; para “polemizar com
ele".

Com base nisso, observe os três textos a seguir:

Texto 1
Pescador tão entretido
numa pedra ao sol,
esperando o peixe ferido
pelo teu anzol,

há um fio do céu descido
sobre o teu coração:
de longe estás sendo ferido
por outra mão.

(MEIRELES, Cecília. "Flor de poemas". 3ª edição - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1972. p.162)

Texto 2
"tô descendo a serra
cego pela serração”
salvo pela imagem
pela imaginação
de uma bailarina no asfalto
fazendo curvas sobre patins

tô descendo a serra
cego pela neblina
você nem imagina
como tem curvas esta estrada
ela parece uma serpente morta
às portas do paraíso

o inferno ficou para trás
com as luzes lá em cima

o céu não seria rima
nem seria solução"
* (sic)

(Engenheiros do Hawaii)

Texto 3




Relacionando o fragmento extraído de Platão & Fiorin, o seu conhecimento e os textos apresentados,
podemos afirmar que:

a) No texto 3, não se evidencia intertextualidade, pois ela ocorre somente entre textos literários.
b) Nos textos 1 e 2, evidencia-se intertextualidade: esses textos remetem, respectivamente, a "No
meio do caminho" e "Confidência de Itabirano", de Drummond.
c) No texto 1, evidencia-se intertextualidade: ele remete a "No meio do caminho", de Drummond.
d) Nos textos 2 e 3, evidencia-se intertextualidade: esses textos remetem, respectivamente, a
"Poema de sete faces" e "No meio do caminho", de Carlos Drummond de Andrade.
e) No texto 2, evidencia-se intertextualidade: ele remete a "Confidência de Itabirano", de
Drummond.

Texto para as questões 2 e 3.

2. (UFF) Identifique o texto que circula em nossa cultura e que serve de base à intertextualidade
com a charge.



3. (UFF - Adaptada)

a) Nomeie dois elementos da linguagem não-verbal que sejam exemplos dessa intertextualidade.
b) Retire dois elementos da linguagem verbal que também sejam exemplos dessa intertextualidade.


4. (UNICAMP)

Lavoisier
Na poesia,
natureza variável
das palavras,
nada se perde
ou cria,
tudo se transforma:
cada poema,
no seu perfil
incerto
e calígrafo,
já sonha
outra forma.

O princípio enunciado por Lavoisier, na Química, diz que “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo
se transforma”.
a) O que teria levado Carlos de Oliveira a dar a esse poema o título de “Lavoisier”?
b) Como podem ser interpretados seus versos finais (“cada poema / no seu perfil / incerto / e
calígrafo, / já sonha / outra forma.”)?
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