Tema: i ntrodução do estudo da história Nhamundá/AM E scola Estadual Prof.ª Enery Barbosa dos Santos
Componentes: * Ane Gabrielly * Filipe Silva * Ranna Kemilly * Sophia Yhorrana * Suziane Rocha Série: 1º Ano “05” Professora: Suelene Bitencourt Tema: Introdução ao Estudo da História
Introdução A introdução ao estudo da História se inicia com a constatação de que é por meio do estudo do passado das sociedades que descobrimos as motivações e os efeitos das transformações pelas quais passou a humanidade. É necessário ressaltar, porém, que, como disciplina, a História não é o próprio passado, e sim, a interpretação que historiadores e estudiosos fazem dele. As interpretações tendem a ser subjetivas, refletindo os pontos de vista, os valores e as ideologias e crenças de tais estudiosos. Os historiadores exercem muita influência sobre o estudo da disciplina de História. Todo aluno deve saber que a História que foi escrita – inclusive o que consta em livros didáticos e se estuda no colégio – nem sempre retrata com veracidade o que ocorreu no passado. Ao longo da história, foram os dominadores de uma sociedade ou país que escreveram uma história oficial, que não necessariamente retrata a realidade. Fatos históricos foram frequentemente registrados pelos vitoriosos e, portanto, são, por definição, subjetivos. Quando um aluno estuda um texto histórico ou assiste a uma aula de História, é importante que lembre que as informações apresentadas costumam ser tendenciosas. Isso não significa que o aluno deve rejeitar o que é ensinado em aulas de História e o que estuda em livros e publicações dessa matéria. Significa que todo estudante deve estudar História com espírito crítico. Vale ressaltar também que o tipo de conhecimento de História Geral que é ensinado nos colégios brasileiros originou-se na Europa. Assim, trata-se o continente europeu como se fosse o centro do mundo. O eurocentrismo é a origem da periodização que se utiliza no estudo da História: Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea. Mesmo o estudo de História do Brasil foi muito influenciado pelo eurocentrismo, pois o País foi colonizado por europeus.
1º Assunto: O que é história e o que ela estuda A palavra História nasceu na Grécia Antiga. Atribui-se ao grego Heródoto a criação dessa ciência por ter sido ele o primeiro a empregar essa palavra para designar "investigação do passado". Antes de Heródoto, os fatos importantes que aconteciam acabavam sendo esquecidos, pois não eram registrados. Ele percebeu então, a importância de se registrar a História para que ela não se perdesse. Por suas importantes contribuições Heródoto ficou conhecido como o "pai da História". A História, num sentido mais amplo, estuda a vida humana através do tempo. Estuda o pensamento dos homens, suas ações e o reflexo de tudo isso no cotidiano. Através do conhecimento histórico é possível se chegar à compreensão de que o homem é um agente construtor e não um ser passivo a mercê dos fatos. É o Homem quem faz a História e não a História que faz o homem. A História é uma ciência prática e não matéria decorativa, portanto possui um senso de utilidade que deve ser respeitado.
2º Assunto: Trabalho do historiador O historiador é um profissional especialista no estudo da historiografia, ou seja, na arte e ciência de escrever a História. Em geral ele concluiu um curso de nível superior de História em Universidade e trabalha com pesquisas. Outros, devido à dificuldade do mercado de trabalho para a pesquisa, especialmente no Brasil, complementam seu conhecimento com um curso de licenciatura que os habilita a lecionar (ensinar). O historiador é um cientista que trabalha com fatos. Existem os chamados fatos históricos e os fatos sociais. A matéria-prima da História são os fatos históricos. Os fatos históricos são acontecimentos de ampla repercussão para os quais se busca causa e consequência. A queda do Word Trade Center, por exemplo, foi um fato histórico. Os fatos sociais são acontecimentos corriqueiros entre um grupo de pessoas ou que repercute apenas em pequenos grupos sociais. Seu aniversário, por exemplo, é um fato social. Nem sempre é fácil distinguir um fato de outro e é aí que entra o chamado senso crítico. Senso crítico, dentre outras definições, é a capacidade de se perceber de acordo com o contexto, aquilo que é verdadeiro.
3º Assunto: Fontes Históricas e o que são Na tentativa de recuperar o fato a História recorre às chamadas fontes históricas . As fontes históricas são vestígios de toda espécie capazes de refazer a História de uma época. Podem ser escritas ou não-escritas, tais como as orais, arqueológicas, iconográficas etc. Os fósseis também são considerados fontes históricas. Os historiadores, os fatos e as fontes históricas são importantes para a História, porém só se constrói uma História verdadeira quando dela todos participam independente de serem ou não especialistas. Todas as pessoas, independentes de raça, classe social, sexo ou idade são agentes construtores da História.
4º Assunto: A escrita da História No decorrer dos séculos, a história tem sido escrita pelos vencedores e não pelos vencidos. Foram os cristãos que registraram o triunfo do cristianismo sobre o paganismo, e não os pagãos; os portugueses contaram a história da conquista do Brasil e não os indígenas. Com certeza, a História seria bem diferente se ela fosse contada pelos vencidos. Se fossem os índios a contar o que aconteceu em 1500, teríamos outra versão completamente diferente daquela que conhecemos hoje. Um dos traços marcantes dos vencedores, no passado, foi o de destruir os registros dos inimigos para silenciar – geralmente pela morte – os guardiões da memória dos povos vencidos. Assim, o registro histórico que chega às nossas mãos não é apenas fragmentado e selecionado, mas também parcial e influenciado. A história como registro consiste em três operações, geralmente tão interligadas que parece ser uma só. A primeira é a seleção dos fatos considerados importantes. Devemos lembrar, entretanto, que os fatos importantes para uma pessoa podem não o ser para outra. A segunda operação é a organização dos fatos, para que formem uma série coerente – duas séries nunca são exatamente iguais. A terceira é a interpretação dos fatos e da série e, mais uma vez, convém observar que duas interpretações nunca são iguais.
5º Assunto: A crise dos paradigmas históricos O século XX caracterizou-se por profundas transformações no campo da teoria da ciência, em geral, e da teoria da história, em particular. Essas transformações foram motivadas por uma crise de desconfiança em relação a dois tipos de modelos e suas pretensões de universalidade: a física newtoniana e as metanarrativas expressas em filosofias da história, tais como as de Comte, de Hegel e as do marxismo (não em sua totalidade, mas em algumas de suas versões mais simplistas). No que se refere às metanarrativas, esta desconfiança se dá a partir de três correntes que, embora distintas, relacionam-se intimamente. De acordo com Remo Bodei, são elas: 1) a filosofia analítica; 2) a hermenêutica; e 3) a análise das estruturas poéticas da narrativa. A passagem indica que, grosso modo, a ênfase nos aspectos “gnosiológicos” se relaciona ao paradigma moderno, enquanto a ênfase nos aspectos estéticos é, sobretudo, fruto da perspectiva “pós-moderna”. As distinções de ênfase indicam a defesa de perspectivas radicalmente diferentes: no primeiro caso, defende-se que a história científica produz significado por meio do conhecimento; no segundo, sustenta-se que a atribuição do significado é de responsabilidade do historiador, que é quem organiza a narrativa e impõe-lhe sentido. Seguindo a definição de Andrew Norman, chamaremos esta segunda vertente vinculada ao paradigma pós-moderno de “ imposicionalista ”, sendo Hayden White um dos seus principais representantes.