INTRODUÇÃO À HERMENÊUTICA BÍBLICA | INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

AlineGoulartSchneide 130 views 36 slides Jul 14, 2024
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About This Presentation

Aula de Hermenêutica Bíblica
Curso de Aconselhamento


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AULA de HERMENÊUTICA

HERMENÊUTICA – PRESSUPOSTO BÁSICO: - A BÍBLIA: É a divina revelação de Deus. Palavra de Deus. - REVELAÇÃO DE DEUS: Deus tem um plano para os homens e este está revelado na Bíblia Sagrada. - 2ª Timóteo 3.16-17 - 2ª Pedro 1.20-21 - 2ª Pedro 3.16-17

HERMENÊUTICA – PRESSUPOSTO BÁSICO: Por isso: LEIA A BÍBLIA! LEIA A BÍBLIA! LEIA A BÍBLIA! Não tem como ser um BOM Conselheiro Bíblico SEM conhecer profundamente a BÍBLIA

HERMENÊUTICA – Definições: - Hermenêutica: deriva do verbo grego ‘ hermeneuein ’, usualmente traduzido por “interpretar” , e do substantivo ‘ hermeneia ’ , que significa ‘”interpretação”. - Ramo da filosofia que estuda a interpretação; a arte da interpretação, ou a teoria e treino de interpretação.

HERMENÊUTICA – Definições: - Hermenêutica Bíblica Tradicional: Estudo da interpretação dos textos escritos. É a disciplina da teologia exegética que ensina as regras para interpretar as Escrituras e a maneira de aplica-las corretamente. É a ciência da compreensão de textos bíblicos. Analisa o sentido que o texto tem para nós hoje. - Exegese: É a aplicação dos princípios hermenêuticos para chegar a um entendimento correto sobre o texto. É o exame do texto feito para extrair entendimento e não incutir no texto o seu entendimento pessoal. Estuda o sentido que o autor quis atribuir ao texto sagrado.

COMO FAZER HERMENÊUTICA? 1. COM ESPÍRITO RESPEITOSO: Um filho desrespeitoso, instável e frívolo, que caso fará dos conselhos, avisos e palavras de seu pai? A Bíblia é a revelação do Onipotente, é o milagre permanente da soberana graça de Deus, do código divino pelo qual seremos julgados no dia divino, é o Testamento selado com o sangue de Cristo. "O homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito, e que treme da minha palavra." ( Is 66.2)

COMO FAZER HERMENÊUTICA? 2. COM ESPÍRITO DÓCIL: Para um estudo proveitoso e uma compreensão reta da Escritura, pois, que se aprenderá em qualquer estudo se falta a docilidade? A pessoa obstinada e teimosa que intenta estudar a Bíblia, lhe acontecerá o que disse Paulo do "homem natural". "Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus porque lhe são loucura; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente" (I Car. 2:14).

COMO FAZER HERMENÊUTICA? 3. SENDO AMANTE DA VERDADE: Quem cuidará de buscar com afã e recolher o que não se aprecia e estima? De imperiosa necessidade, para a estuda da Escritura Sagrada, é um coração desejosa de conhecer a verdade. E tenha-se presente que a homem por natureza não possui tal coração, antes, pela contrário, um coração que foge da verdade espiritual e abraça com frequência o erro.

COMO FAZER HERMENÊUTICA? 4. SENDO PACIENTE NO ESTUDO: que vantagem leva qualquer pessoa impaciente, inconstante e mutável em qualquer trabalho que empreenda? Para tudo é necessário esta virtude. Leve-se, pois, ao estudo das Escrituras tanta paciência como as coisas comuns da vida. Manifeste-se, além disso, essa "nobreza“ que caracterizava aos de Beréia, dos quais diz a Escritura que "eram mais nobres que as de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias" (Atos 17:11), e se verá como este trabalho leva a prêmio em si mesmo.

COMO FAZER HERMENÊUTICA? 5. COM PRUDÊNCIA: As condições necessárias para o estudo proveitoso das Escrituras, oferece-nos a regra fundamental que se deve observar neste trabalho: a oração, a súplica . Nunca se deve empreender o estudo sem haver pedido ao Mestre que abra o entendimento e aclare sua Palavra. A fonte de toda luz e sabedoria é Deus, e diz a promessa: "Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus... e ser-lhe-á concedida" (Tiago 1:5).

O ESPÍRITO SANTO E A HERMENÊUTICA? Os métodos de interpretação bíblica não anulam a ação do Espírito Santo (iluminação, conforme Efésios 1.18; Hebreus 6.4; 10.32), antes cooperam com o mesmo para o real entendimento das verdades sagradas.

NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA: - Segundo ZUCK (1994, p.16) “Um dos maiores motivos por que a Bíblia é um livro difícil de entender é o fato de ser antigo. Os cinco primeiros livros do AT foram escritos por Moisés em 1400 a.C. Apocalipse, o último livro da Bíblia, foi escrito por João, por volta de 90 d.C.” Tais fatos nos revelam a necessidade de transpormos alguns abismos. São eles:

NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA: 1. ABISMO TEMPORAL : Isaías 1.1 = “São estas as mensagens a respeito de Judá e de Jerusalém que o Senhor Deus deu a Isaías, filho de Amoz , durante os reinados de Uzias , Jotão , Acaz e Ezequias em Judá.” Mateus 2.1 = “Jesus nasceu na cidade de Belém, na região da Judeia, quando Herodes era rei da terra de Israel. Nesse tempo alguns homens que estudavam as estrelas vieram do Oriente e chegaram a Jerusalém.”

NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA: 2. ABISMO GEOGRÁFICO : João 4.4 = “... passar por Samaria...” Lucas 10.30= “... Desceu de Jerusalém para Jericó...”

NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA: 3. ABISMO CULTURAL : Provérbios 22.28 = Marcos antigos; 2º Reis 2.9 = Porção dobrada; Joel 2.13 = Rasgai o vosso coração; Lucas 7.36-38 = Começou a regar-lhe os pés.

NECESSIDADE DA HERMENÊUTICA: 4. ABISMO LINGUÍSTICO : A Bíblia foi escrita originalmente na Língua Hebraica, Aramaica e Grega. Os autógrafos (manuscritos originais) jamais foram encontrados. O que dispomos são de cópias destes originais.

SIGNIFICADO DO TEXTO BÍBLICO PARA NÓS: 1) Um texto NÃO pode significar o que nunca significou: Seu significado real é exatamente o que Deus quis que ele significasse quando foi escrito/falado pela primeira vez. 2) DEPOIS de entender um texto (o que ele significou) , devemos ouvir o que essa mesma Palavra representa para nós hoje: Transposição Cristã

DESTAQUES NA HISTÓRIA DA HERMENÊUTICA: 1) Nos primeiros séculos a interpretação Bíblica era muito mística. Nenhum texto era considerado puramente histórico, sempre havia algo doutrinal, profético, filosófico e místico a ser descoberto. (Clemente de Alexandria – 150 a 215 d.C.) 2) Ênfase no significado simbólico dos detalhes. (Orígenes – 185 a 254? d.C.)

DESTAQUES NA HISTÓRIA DA HERMENÊUTICA: 3) Agostinho (354 a 439 d.C.) introduz alguns princípios importantes para a hermenêutica, tais como: - O intérprete precisa ser um cristão autêntico; - Deve-se ter em alta conta o significado literal e histórico da Escritura; - Compete ao expositor entender o que o autor pretendia dizer, e não introduzir no texto o significado que quiser; - Se o significado de um texto for obscuro, ele não deve constituir matéria de fé ortodoxa, e a passagem obscura deve dar lugar à passagem clara; - Um versículo deve se estudado em seu contexto e não isoladamente. Na prática, porém, agostinho supervalorizou a alegoria e contradisse sua teoria!

DESTAQUES NA HISTÓRIA DA HERMENÊUTICA: 4) Na Reforma Protestante: - Estudo do contexto, da gramática, das palavras e de passagens paralelas; - ‘A Escritura interpreta a Escritura.” – João Calvino

DESTAQUES NA HISTÓRIA DA HERMENÊUTICA: 4) Pós-reforma: - PIETISMO: Fim da controvérsia inútil e retorno à comunhão e às boas obras. Boa interpretação histórico-gramatical. Pietistas mais recentes começaram a depender de uma “luz interior” ou “unção” nas interpretações, levando, muitas vezes, a interpretações contraditórias. - RACIONALISMO: A razão, deveria julgar que partes da revelação seriam aceitáveis.

PROCEDIMENTO HERMENÊUTICO BÁSICO: Seis PASSOS – Proposto por VIRKLER 1) Análise HISTÓRICO-CULTURAL e CONTEXTUAL 2) Análise LÉXICO-SINTÁTICA 3) Análise TEOLÓGICA 4) Análise LITERÁRIA 5) Comparação com OUTROS INTÉRPRETES 6) APLICAÇÃO

1) Análise HISTÓRICO-CULTURAL e CONTEXTUAL a) Determinar o contexto histórico-cultural geral: - Situação política, econômica e social; - Costumes relacionados ao texto em questão; - Nível de comprometimento espiritual do “público primário” b) Contexto histórico-cultural específico e objetivos do livro - Quem foi o autor? Qual era o ambiente e experiência espiritual? - Para quem estava escrevendo? (crentes fieis, incrédulos, apóstatas...) - Qual foi a finalidade (intenção do autor ao escrever o livro?

1) Análise HISTÓRICO-CULTURAL e CONTEXTUAL c) Desenvolver uma compreensão do contexto imediato: - Entender como o livro é organizado (montar um esboço por assunto); - Contextualizar a passagem em análise na argumentação corrente do autor.; - Saber identificar a perspectiva do autor: Numenológica: Perspectiva DIVINA: geralmente relacionadas a questões morais Fenomenológica: Perspectiva HUMANA: geralmente relacionadas a questões naturais, físicas d) Distinguir passagens descritivas de prescritivas: - A ação de Deus numa passagem narrativa nem sempre significa que Deus sempre opera deste modo com os crentes. Ex.: Dons de línguas na conversão (At.10:44 ) - Ações humanas descritas na Bíblia, se não forem claramente aprovadas por, devem ser avaliadas. A Bíblia também registra os erros dos homens de Deus.

1) Análise HISTÓRICO-CULTURAL e CONTEXTUAL e) Distinguir o núcleo de ensino de uma passagem de detalhes incidentais/eventuais/episódicos: Ex.: Uma vez que o filho pródigo voltou para o Pai sem a necessidade de um mediador, então alguém poderia concluir que Jesus não é essencial para a salvação. f) Definir a quem se destina cada promessa, sentença, ordenança, etc.:

1) Análise HISTÓRICO-CULTURAL e CONTEXTUAL Quando negamos o estudo do texto tendemos à alegoria criativa do texto, impondo nele significados NÃO pretendidos: Alegoria: Similaridades do evento bíblico com determinada situação EXEMPLO: Alegoria da Parábola do Bom Samaritano (Orígenes) O JUDEU QUE DESCE DE JERUSALÉM PARA SAMARIA: É Adão O ASSALTO: É a queda SACERDOTE E LEVITA QUE PASSAM: Lei e Sacrifícios que não podem ajudar o homem BOM SAMARITANO: Jesus VINHO QUE O SAMARITANO PASSA NO JUDEU: É o sangue de Jesus LEVANTAR ELE DO CHÃO: Novo nascimento COLOCAR EM CIMA DO JUMENTO: Que é o evangelista LEVAR O HOMEM A ESTALAGEM: Que é a igreja ESTALAGEIRO: PASTOR | - DUAS MOEDAS: Batismo e Ceia do Senhor CUIDA DELE ATÉ QUE EU VOLTE: Segunda vinda de Cristo

TAREFA DO HERMENÊUTA: Não é usar a criatividade para dar “sentido” ao texto: MAS SIM, responder a pergunta: O QUE A BÍBLIA ESTÁ DIZENDO? QUAL O SENTIDO DO TEXTO? Para que baseado na resposta, construamos nossa práxis

2) Análise LÉXICO-SINTÁTICA Visa compreender a definição das palavras (lexicologia) e sua relação com as outras (sintaxe) para que entendamos melhor o sentido do texto: a) Determinar a forma literária geral: - Sentido LITERAL: “ Coroa de ouro na cabeça do rei.” - Sentido FIGURATIVO: “Não me chame de coroa , pois sou muito nova!” - Sentido SIMBÓLICO: “Vi uma coroa de 7 pontas que eram 7 nações.” b) Observar as divisões naturais do texto: - Divisões em versículos e capítulos (úteis na localização de passagens) dividem o texto de modo antinatural. 1 Coríntios 12/13 - Algumas versões mantém a numeração, mas organizam o texto em parágrafos. Atos 8.1 depende completamente de Atos 7.60

2) Análise LÉXICO-SINTÁTICA c) Observar os conectivos dentro de parágrafos e sentenças: - Aditivos, Adversativos... d) Determinar o sentido das palavras: (Ex. carne) e) Como determinar o sentido das palavras? - Entender os estilos diversos. Determinar se a palavra está sendo utilizada como parte de uma figura de linguagem ou não. - Estudar passagens paralelas.

‘ sarx ’

3) Análise TEOLÓGICA Considera o nível de conhecimento teológico do público alvo na época em que o texto foi escrito. Exemplo: Sheol – Conceito judeu Céu e Inferno – Conceito neotestamentário

4) Análise LITERÁRIA Identifica a forma ou método literário utilizado numa passagem em particular: - Metáforas, - Hipérboles, - Antropomorfismos, etc.

5) Comparação com outros INTÉRPRETES Comparar o produto dos quatro passos acima com trabalhos de outros intérpretes sobre do mesmo texto: - Bíblias de estudo; - Comentários Bíblicos; - Materiais afins.

6) APLICAÇÃO “Traduzir” o significado original do texto, obtido pelos cinco passos acima, para a nossa própria época e cultura. Aplicar essa verdade explicada as diversas situações da nossa vida, por meio da pregação, ensino e aconselhamento.

DESAFIO DO HERMENEUTA: Exige do intérprete: “ Orare e Labutare ” . O Espírito Santo não ajuda preguiçoso! - ORAR e ESTUDAR (Lucas 21.12-15 = Colocar palavras na boca) Renunciar o caminho fácil e rápido: - Obriga-nos a encarar o que a Bíblia está realmente dizendo e a confrontarmos nossa tradição; - Força-nos a investir na nossa preparação até sermos competentes para interpretar as Escrituras (comentários, boas literaturas, conhecer as línguas originais, conhecer a teologia e o estudo sistemático da Bíblia) . CONFIANÇA na autoridade da Escritura.

- BIBLIOGRAFIA • VIRKLER, Henry A.. Hermenêutica Avançada: Princípios e Processos de Interpretação Bíblica. São Paulo. Editora Vida, 2001. • FEE, Gordon D., STUART Douglas. Entendes o que lês?. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1986. • BERKHOF, Louis. Princípios de Interpretação Bíblica. JUERP, 4ª Edição, 1988. • LOPES, Augustus Nicodemus . A Bíblia e Seus Intérpretes. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004. • VANHOOZER, Kevin. Há um Significado Neste Texto? São Paulo: Editora Vida, 2005. • http://solascriptura-tt.org/Ide/Hermeneutica-Souza-Santana.htm