introdução à história para ensino médio

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About This Presentation

Aula de introdução à História para alunos de ensino médio, com propostas de atividade ao longo da apresentação. A aula parte de três questões fundamentais: o que é história, para que serve a história e como se faz história (no sentido operacional, historiográfico). Essas três questõe...


Slide Content

Prof. Leandro Pinheiro I ntrodução à História

O que é história? 01 Para que serve a história? 02 Como se faz história? 03 O perigo de uma história única. 04

O que é história? PRA COMEÇO DE CONVERSA

“Portanto, não há senão uma ciência dos homens no tempo e que incessantemente tem necessidade de unir o estudo dos mortos ao dos vivos”. —Marc Bloch

“Portanto, não há senão uma ciência dos homens no tempo e que incessantemente tem necessidade de unir o estudo dos mortos ao dos vivos”. —Marc Bloch

Pré-história da História Mitos A narrativa mítica não é pueril, irracional e menor. Apresenta uma lógica própria, com coerência interna e carrega múltiplos significados. Antes de surgir a história como “investigação”, as sociedades sentem necessidade de explicar para si próprias sua origem e sua vida: o mito é uma primeira forma de explicação. Forma menor?

História como “investigação” Heródoto Considerado o “pai da história ”, escreveu As Guerras Médicas 01 Tucídides História da Guerra do Peloponeso 02 Narração temporal cronológica, referente a uma realidade concreta!

PARA QUE SERVE A HISTÓRIA?

“A função da história, desde seu início, foi a de fornecer à sociedade uma explicação sobre ela mesma”. —Vavy Pacheco Borges

“Por isto os historiadores, cujo ofício é lembrar o que outros esquecem , tornam-se mais importantes que nunca no fim do segundo milênio.”. —Eric Hobsbawm

Mudança Relação entre os homens na diferença (dimensão ética) A história percebe as transformaçõespelas quais passaram as sociedades humanas Alteridade Política A história dos vencidos

COMO SE FAZ HISTÓRIA?

“O estudo do passado, remoto ou recente, requer método e instrumental teórico , pois os acontecimentos não estão adormecidos, à espera de um estudioso abnegado que os traga de volta à luz, intactos e tal como se passaram”. —Tânia Regina de Luca

As fontes AUTENTICIDADE P rocedência, datação e autoria Dever de se abrir para a diversidade, a diferença e a especificidade de cada cultura ABORDAGEM Não projetar concepções do presente sobre o passado (anacronismo) QUESTÕES Postura ativa; inquirir o documento. T ensão entre neutralidade e subjetividade ÉTICA COMPREENSÃO L evantar hipóteses e interepretações. Não julgar, mas comopreender. ABERTURA “O passado é imprevisível”

A história faz-se com documentos escritos, sem dúvida. Quando estes existem. Mas pode fazer-se, deve fazer-se sem documentos escritos, quando não existem. Com tudo o que a habilidade do historiador lhe permite utilizar para fabricar o seu mel, na falta das flores habituais. [...] Numa palavra, com tudo o que, pertencendo ao homem, depende do homem, serve o homem, exprime o homem, demonstra a presença, a atividade, os gostos e as maneiras de ser do homem. —Lucien Febvre

O que é tempo? Se não me perguntam, eu sei. Se me perguntam, desconheço. Santo Agostinho.

Para pensarmos [...] em 1752, quando o governo britânico decidiu alterar o calendário de modo a fazê-lo coincidir com o que fora previamente adotado pela maioria dos outros países da Europa Ocidental, e decretou que o dia seguinte a 2 de setembro deveria ser registrado como 14 de setembro, muito gente pensou que, com isso, suas vidas estavam sendo encurtadas. Alguns trabalhadores, acreditando de fato que perderiam o pagamento referente a 11 dias, amotinaram-se, clamando: "Devolvam nossos 11 dias" (Na verdade, o texto do Ato do Parlamento fora cuidadosamente elaborado, de modo a evitar qualquer injustiça no pagamento de aluguéis, juros, etc.) Várias pessoas foram mortas nesse motim, deflagrado em Bristol, na época a segunda maior cidade da Inglaterra. (WHITROW, Gerald James. O tempo na história. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993, p. 15.)

Responda, com base no texto 1. Por que o governo britânico decidiu alterar o calendário? 2. O que teria levado alguns trabalhadores a clamar: “devolvam nossos 11 dias!”? 3. A decisão do governo britânico realmente encurtava a vida das pessoas? Justifique sua resposta. 4. O que podemos concluir, com base no texto e nas nossas discussões em aula, sobre a contagem do tempo em várias épocas e em diferentes culturas?

Para pensarmos O domínio mais grandioso sobre a computação do tempo foi o de Cristo; nisto ele conseguiu superar o próprio Deus, a partir de cuja criação do mundo os judeus continuam calculando o tempo. Os romanos contavam o tempo a partir da fundação de sua cidade, um método que eles tomaram dos etruscos; isto contribuiu muito para o tremendo destino de Roma aos olhos do mundo. (...) É sabido que a vida de certos indivíduos serviu para realizar os primeiros resumos temporais de grupos maiores de homens. Os reis, que ocupavam seu posto durante determinados lapsos de tempo, encarnavam este tempo para todos. Sua morte assinalava sempre um período de tempo. Eles eram o tempo; entre um e outro o tempo se detinha e procurava-se que estes períodos intermediários (...) tivessem a menor duração possível. CANETTI, Elias. Massa e poder . Brasília: UnB, 1983. p. 443-445.

Reflita, com base no texto 1. Quem determina e regula a ordenação do tempo? 2. É comum na história que um poder recém-estabelecido queira se impor através de uma nova ordenação do tempo. Na Roma Antiga, o calendário estabelecido à época de César durou mais de mil anos. A Revolução Francesa mudou o calendário afirmando que inaugurava um novo tempo. Qual o interesse de um poder em reordenar o tempo?