forma de explicar-lhes que não pertencemos a nós mesmos. Frente a este
habitat visivelmente concreto que me cerca, trazendo-me oxigênio para
respirar e chão para pisar, para me dar apoio e sustento a um corpo que
carrego comigo... Não sou nada disso que sois, embora me apresente as
vossos olhos como um Ser carnal, eu nada disso sou... pois sou um SER
ELEMENTAL!
Não preciso de nada disso de que precisais. Não preciso das coisas
materiais do mundo. Sou apenas um Espírito, um Espírito Iluminado,
flamejante de luzes, apenas isso, e que no momento vos atende pelo nome
passageiro de TADEU BAHIA:. Não sou nada de concreto que vocês
presentemente vêm, ou julgam ver. Como humano já não existo mais.
Todas essas roupas que ocultam o meu Espírito, esse terno escuro que ora
me apresento diante de vós e que esse suposto corpo carrega pelo efeito
físico da Lei da Gravidade, são desnecessários para mim. Não sou humano,
repito, sou E S P Í R I T O situação que vocês todos meus Iir:. passarão a
continuar a ser depois que desencarnarem. Eu, contudo já morri, já morri
várias vezes, por isso declaro o meu estado real de Espírito, embora vestido
desta roupa passageira e podre da carne, que me enche de pecados os quais
eu depuro através de bons exemplos e obras, em atos e palavras que um dia
reencontrarei nos lábios futuros dos vossos Espíritos, e também de outros
que por aqui já passaram outrora, embora essa situação não fique registrada
nas vossas lembranças terrenas. Vocês sempre retornarão, outras vezes, e
sempre nos encontraremos pelos caminhos iluminados da ETERNIDADE!
Lá, no azul do céu, onde está o GADU, para onde volto de vez em
quando e depois retorno, trazendo comigo o conhecimento dos astros e das
estrelas, dignificados nos Símbolos Místicos e Universais dos nossos
Rituais Maçônicos, sinais, toques e palavras que retratam nos seus traçados
geométricos e pronúncias guturais toda a sabedoria da Eternidade, que
depois de corretamente decifrados se transformarão na própria sabedoria do
Mundo e de todos os homens, quando todos terão a oportunidade de poder
subirem – todos juntos e em harmonia – os degraus da “Escada de Jacó”
quando terão acesso ao Rei dos Mundos, ao GADU, e então voltaremos
todos ao espaço incorpóreo que vocês aqui chamam poeticamente de “céu”,
homens profanos e maçons, em igual pé de igualdade, unidos por um
mesmo sentimento fraterno e universal, assim como a água da chuva que
cai na terra e depois evapora e regressa aos céus em forma de nuvem, assim
todos nós um dia para lá retornaremos, despidos de corpos, imersos nas
luzes dos nossos Espíritos, Iluminados e leves, flutuando iguais as nuvens,
na nossa forma abstrata e sem forma, mas uníssonos numa mesma UNIÃO,
pois nesse momento o caos não mais existirá na noite dos tempos.