Iracema, de José de Alencar - análise

jasonrplima 4,414 views 13 slides Feb 13, 2014
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About This Presentation

Iracema, de José de Alencar - análise


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Iracema

José Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana
(CE). Formou-se em Direito em Recife, mas antes
passou pola Faculdade de Direto de So Paulo, onde
‘judou a fundar uma revista semanal de ensaios ite-
rários. Ao terminar o curso, Alencar voltow para 0
Rio, onde exerce a profiss de advogado e colabo-
rou diariamente no jornal O Correo Mercantil.

Em 1856, teve inicio a polémica a respeito de 4
Confederaçäo dos Tamoios, de Gonçalves de Maga-
Ines, no Diário do Rio de Joncir. José de Alencar
criicou a obra sob 0 pseudónimo de Ig. O resultado
foi desentendimento com D, Pedro Il, amigo pat
cular de Gongalves de Magalhdes. No mesmo ano,
Alencar publicou seu primero romance, Cinco Mi-
nuts. Em 1857, esereveu O Guarani como resposta
A polémica, Entretanto, Alencar continuos sendo at
cado por António Feliciano de Castlho e Franklin
“Tavora devido à linguagem considerada che dee
ros, segundo as normas gramaticaislusitanas.

‘Alencar candidatou-sea deputado pelo Cearáatra-
vés do Partido Conservador e foi clito. Procurou
prosseguira carrera do pai, que tamibém era político,
Em 1864, Alencar casou-se com Ana Cochrane. Em
1868, tornou-se Ministro da Justia, No ano seguin-
1e, candidatow-se ao senado. Foi o mais votado, mas
seu nome aeabou vetado pelo imperador. Enceros a
vida pública e dedicow-se integralmente à literatura,

Em 1877, José de Alencarviajou para a Europa.
em tratamento de aide. Volt o Rio no mesmo ano,
“onde morreuvitimado pela tuberculose.

OBRA

Romances: Cinco minutos (1856), O guarani
(1857), A viuvinha (1869), Luciola (1862), Diva
1864) Iracema (1865), O gaúcho (1870), pata da
azela (1870), O tronco do ipé (1871), Guerra dos
mascates (1871-1873), Sonhos d'ouro (1872), Al-
farrébios (1873), Ubirajara (1874), Senhora (1875),
O Sertanejo (1875) e Encarnagao (1893).

(José de Alencar)

Inacema pode ser considerado um romance em
Prosa poética, ou sea, utiliza recursos da poesia
num texto em prosa. Os elementos poéticos so ev
dentes na musicalidade, no ritmo cadenciado e nas
descrigdes que vlorizam a exuberincia do cenärio
nacional

Narrase história de uma india tabajaa (Irae
ma): do soldado portugués Martim Soares Moreno,
A obra revestese de caráter alegórico, uma rep
‘sentagdo simbólica da formagdo da nagdo brasileira,
racema simboliza a ntureza brasileira. Seu nome &
‘um anagrama (contém todas as letras) da palavra
América. Ela 6 a virgem prometida ao deus Tupa €
conhecedora dos mistris da bebida sagrada dos ta-
bajaras. O soldado portugués Martim Soares Moreno
representa cultura europa, o colonizador Seunome
es ligado à guerra, tem origem em Marte, deus da
guerra na mitologia romana,

Insoema mostra os primeiros contats entre indio
+ 0 branco, Esto presentes os mitos e a erengas de
cultura indigena, Para Alencar, a obra apresenta-s de
modo histrico € remonta ao period de expulsio dos
olandeses do Nordeste, Com o subtitulo: "Lend do
Ceari, o autor intenow contar a formagio da provin-
cia do Ceara fundagio de Mecejana, sua terra natal,
Dessa forma, o romance pode ser consideradohisri-
co-ndianist, j que além da supervalorizaçäo nature.
za brasileira esto também presentes personagens
históricas ais como Pot (batizado depois António
Felipe Camaro), Mar eIrapu.

Verdes mares bravos de mia ea natal onde canta
aang ns ondes de camalba

"Faso au ape an canada ip do A daa saca)

an

ES

Verdes mares, que bras como qua osmeraia as
raios do 201 nascent, perongando as alvas pains
brsombradas de coqueto:

Serena, verdes ares la docemente a vaga im
potosa, para, que 0 arco aventLrero manso real à
Fer as aqua

‘Onde var 4 ala? jngada, que dena rápida a costa
Gear, aber ao resco ra a grande vela?

‘Onde va como branca scone buscando © rochedo
pti nas sides do ccnano?

“Tide ents espram sore rg lnhot que va sin
an vbce'.mar em era.

‘Um ovem querer cj le branea nto cora o anque
american; uma cana e um alo” que wram a luz no
Borgo das Hosts © brinca mes hos ambos da
mesma era sagen,

Alutadantermieni az d praia um eco vibrate. qe
reseca eno o manne das vagas

raceme’

‘O moro guarro, rcestadeaomasto,lavaosohos
presos na somera Ii da ora: aspas ar
Panado por enue lagama cal sob. Ja” ondo la
35 duas necenos eatuas, companheiras do sau nr.
tne

Nesse moment labo aranca alma um ag” sor

"Que dexara oe na tera do exo?

{Ut que me contaram nas indasvérzeas onde
us, calada a note, quando a ua passeava no eu
tugenteandocs campos, ea brisa uva” nos palmares.

teca o vento,

(Or das vagas precip. O arco saña! sobre as
ondas e dosaparece no poros. Are-c a imensidado
dos mares, eaborasca’ nverga come acond as os
‘as asas sobre o abs.

Deus eleve a Sao ros alv arco, por ente as
vagas resta, ete peje alguma enseaca aria, So
pom para as bandas auas;e para jaspe "abonan
Ga mare de ie!

Enauanto vogas assim à dire do vento, oso
barco vola ds bancas arias asaudade, quee acompa
ra. mas ndo separe datar ondo rca.

‘oP: An pr

Comentário: A abertua do romance já revela o
carter poético da linguagem empregada por Alen-
‘ar Po iso costumamos clasifica a ba como pros
poética. O emprego de adjetivago fara e de figuras
delingungem (metáforas smilese prosopopéias) re-
era o cendrio exuberante e idealizado de naureza
brasileira

1

tacoma. vigam dos labios de mel, que daha os ca-
eos mals negros que a ae da grains a mals longos
Quo sou tae de palmera

‘Otavo da ja nda oa doce como sau soso: nom a
bauniha recen no bosque como sou halo prtumace,

Mais pda que a oma cevagom. a morena vigem
coria o serge e as matas do pul. onde campeava sun
guarara tite d grande nacáotatajara". O pá gol e
Au. malrogando asa aveo pel quo vesta tera
om as presas guns.

ALENCAN Jos de Op 28.14.

‘Comentivio: À descrigo da vingem confirma a
identificacdo de Iracema com a natureza brasileira
Iracema representa a pureza ea beleza damatas,Seus
dotes fsiosligam-s a elementos dessa mesma nar
tueza: labios (mel), cabos (negro como as asas de
graina,longos como apalmeia), soriso (doce como
© favo da jai), hilito (perfumado como a bauniha)e
rápida (como a ema),

© segundo capitulo é construido a partir de um
Pash-back, ou sea, de um rerocesso, uma volta a0
passado, que perdurará até úlimo capítulo, Nesse
momento, sua funcio é prepara o primeiro encontro
entre Irasema e Martim Soares Moreno. O narrador
preocupa-se em caracterizar a personagem,reprodu-
Zindo-a a partir da naturza brasileira, que Ihe serve
de modelo e comparas.

Iracema si do banho. Emplumas lechas do arco

Forts que au a pala perc as Sas
corsa som meso.

{Pour ombre.

Stone

po dotando pam qua ado.

T0 nana de lacra provi da Comino de as expres 6 uan: ha, que sin malo tots to) qu se an

formando una Aca agen ou ns ds mal.
amas ov esa do masera

qu mesmo que ac. arargo.

are age,

“wa moana que arta ri som ca de partes ns ends domar

20: Preso.
vom e ibe comparado cura. taste,
Oneonta

Du sara ou cord apa redada d quiro opcode ira ee).

sand ara gra [sa una pune)
spas e naa
“Tpoce wrater puna gs

San sas Toba ca ra cr

|

com penas de gai, enquanto brinca com seu ar",

{quando € iterrompic por um amor aspel ce”
tha depar-secom um gucrrioestrane, "se gue
rero no algun mau epi da Morsa”. Inoema
Asus, pos mua avi ito um gueno bran-
0e Tem nas fees o bran das arias que bordam o
mar: ps ls o al ist das gas profundas. Ig-
oe armas e teedosignotoscobrem-heo corpo"
ALENCAR, José de. Op ct p.15) racema asusta:
se coma presenga do gueno brune disparus
fecha: Mari fido no oso de asp e prepa
se para rap, mas nfo o faz, porque esd dane de
ma mulher A witzaestampadana [oo faz race
ma esancaro sang enum gesto de pa, ques à
fecha dando “a haste ao desconbcido guardando
consigo pont poda”. Mari sonhese o cost
mes nativos. Os dolscomersame apresntamse. Ia.
ema dé 2 bss vindas ao exrangeio

Comentáro: O ato de quebrar a ech equivale
simboliamente a um sinal de paz entre os siviols.

IL, Martim acompanha Iracema até a cabana de
seu pai Araquém,paj da ribo dos tbgjaras. Recebi-
do com hospitalidade, Martimaccita o cachimbo ofe-
recido por Araquém, alimenta-se e bebe. Depois,
Iracema raz ägua fresca para que o estrangeiro lave
orto € as mios. O paj fla:

ver
im: respondas 0 desconhocdo.

om sg tjs esvangove 6 ceahorna cabana
de raquém Ostabmaras tm generos para delendé.
lo, e mulheres som conta para servo, Dio, e focos te
bedecerao

—Paj, ute agradego agasaho que me deste Logo
que sl racer, detre tua cabana o tus campos a
rim por: mas do dove deves sem daar e quem
8 oquerato, que zest amigo.

Fol à Tupa que Paje serás; oe tour, lo o
levar Araqémnadatez pelo se hóspedo; ndo peut
onde vem e quando val Sequeros dormi, descam sobre
os somos lores o quer alar tu höpede secta

a]

ou dos querer zancos, uolevataram atabaras
"margens dp Jaguar”. pero do mar, onde habiam ©
Piuaras mios de La nad. Meu nome 6 Mari”
ue nata lingua quer dae ono de questo; mes san.
‘40.0 do grande poo quo primito vu as tras o ta
Pati. a meus destosados companeros volaran por
mar de margens do Praia, de ondo ram: 0 0 cha
‘desamparado dos ess, atraves agora os aos se
{ee do Apoa 5 eu do tas hal Parque estava
0 6 liguaras de carac”. na cabana do bravo Pot,
md de Jacauna. que lanos comio a vor da ami
zado. Hé ès ss partmos para a caca; o pero dos
meus, vim ao capos dos tabajras.
“Fal aj mau espa da oies que cegos o
queroro braco no escu da maa: ospondos o and,
'Acauá pou além Ga extrema do vale Caiaa not
ALENCAR. Jobe Op. ofp. 17-18

Comentário: O trecho citado & importante uma
vez que temos o pröprio Marti apresentando-s à
Araquém,pai de Ircema. Prcebemos nessa cena a
aproximaç do homem branco conhecedor da cult
ra indígena. A colocaçäo de Araquém: “foi um mau
esprit que cegouo guerrero”, antecipa, de cert for.
ma, a aversio que Impui,guerrir dato de race-
‘ma, sentra pelo guerrero branco.

IV: Iracema traza compania de mulheres para
Martin, como é costume entre virastibos, tam
‘bém virios guereios para obedecerem o estrange
o, Martim reclama, porque Iracema vi deixá-lo. A
virgem explica que ¿a detentora do segredo da jure
ma e do mistro do sonho: “Sua mio fabrica para o
Pajé a bebida de Tupl”, Martim deixa a cabana. O.
ajé conta ao povo os segredos de Tupi, Todos come-
‘moram a volta e a vitéria do chefe Irapu, Quando
Marti vai entrar na mat, surge vlto de racema,
que quer aber por que le “abandona a cabana hos
pedira sem levar present d volta”. Martim dese
Ja ver os amigos, no leva o present da volt, mas a
Tembranga de Iacema na alma. Iracema pede que ele
espere pela volta de seu mio Caubi, que o guiará as
margens do io ds Gargas. Martim concorda em es-
era a próximo día pea volta de Caubi.

"ede pue a aria ds wars

‘2 Maa provi do Coa Aigen do nono provi a ane quand do aras que poreavan © La

ago que hama rl 141 Jour Parla cup roma amore pod Set vado o comodas da camaro
(gen Sora e espro data aos ios por ro poe

hot Saves Meo, paragon haar qe park jot ace dto do uaa da xp handen
or me Ri Seu ae verge Mano, as agua mg a

poo (copar, taste) od rina nácar do di.

Nome dun (10.00 An ds gras Awa aa) «ran no) y gu

“en go cee dos puras Seu nome grea camara Pearapen roque eco Or ena calco nome Aro
flee Cara.

Chai gua a 0 os pra

ar a arhangi slo male; epee arial que Pa dopa para quem o,

Mosa qo ara, tp de gaa rt up cari, eine pla a ahora. conrad mataro pron:

an

ES

Vo Trap etoma das batallas e € recebido por seu
ovo, Mostr-eindo com a chegada dos stranger.

Agora os poscadors da praia, sompro vencidos, do.
kam vi polo mar atagabranca ds gueralos de loo,
iniigos de Tupa, Js emboabas estveramnoJaguarte;
logo estar emnossos campos; «com eles os potguaras.
Faremos nés,semoros ds lis, como a pomba, que
so ancoho om seu into, quando aeapenteenosca po:
los gunos?

Irapul ergue o tacape ebrande-o:

Grande no a, pa 0 amoasadora, a arma do cholo
pastos de mao em mao.
‘© velho Andira, irmdodo pa, deixa cairo tacape

«eo calea no ehio como pé. Sua eagio causa espanto.
sua fala © maior susto,

‘Anagdotabajara 6 prudent. Ea deve ecostaotacape
‘a ua para tanger 0 mam da esa. Cara apd a
"nda ds enbeatas e sia que cha tods an nos
Ha campos Eno Ana 1 promete banquete da ia.

[ALENCAR, Je de. Op ot 9. 21-22

Irmpui desdenha do velho guerrero dizque eva
a guerra no punho de seu tacape.

VI. Marti sent saudadeda terra natal. Ele ia
ema conversam. A virgem pergunta se uma nova ©
espera. Matim afirma que aquela que o espera nio €
mais doce nem mais formosa do que Iracema. Eta
quer que ele veja anoiva antes da note para que isso
aconteya, dará ao guerrir ico da jurema (tipo de
alucinógeno) Depois convida para sr. Os dois tra
vessam o bosque e descem o vale. Iracema dé a Mar-
im olicor da jurema.

"arm sen perpassar nos ios o sono da mor;
porèm logo luz inundou o os sios alma: a fre
Esubero em seu corto. Review os das passados me
Thor do que os tna vedo: ui aeaidade e suas mas.
bas exberanga.Votaram a cerdos danna

Logo está nos campos do Ipu e segue 0 isto de
Iracema, Chama duns vezes pelo seu doce nome.
© ltio do querer susprou mais uma vez 0 doce
rome. soja como se chamara ut áio amarte. la
‘coma sont que sua alma se escapava para embeber se
o seul dee [.] Sübte a vigem temes land.
so pia do trago que ap, avou do arco
[ALENCAR, Joe do. Op... 2425,

‘Comentario: Martim sonha como amor de Irace-
ma, já que, na realidade, ndo poderia amar a Virgem
prometida a Tupa,

VII. Iracemapercebe a proximidade de um guer-

ro. Irapud, que soube da presenga de um estran-
geiro na cabana de Araquém. Impud deseja a morte
do estrangeiro para conseguir o amor de Iracema,
Quero beberhe o sangue todo: quando o sangue do
guerreio branco correr nas veias do chefetabaara,
talvez oamea fitha de Araquém” (ALENCAR, José
de. Op. cit, p.26)

Iracema diz: "— Nunca Ircema daria seu sei,
que oespirito de Tupi habia s6, a guereiro mais vil
dos guerreiros tabajaras! Torpe & 0 morcego porque
foge da luz € bebe o sangue da vitima adormecida!”
(ALENCAR, José de. Op. it, p. 23, Iracema desa-
fia ameaga Irapud: “Nao, porque Irapu vai se pu
nido pela mio de Iracema. Seu primeiro passo € o
passo da morte” (ALENCAR, José de. Op. it, p.
26) Irapud chega a vibrar o tacape, mas sente seu
peso. Afirma que a sombra de Ircema nio poderi
esconder para sempre esrangro e que “vilo guer-
reiro, quee deixa proteger por uma mulher". Depois
desaparece entre as vores Iracema voltae protege
6 sono de Martim. “O amor de Iracema € como o
vento dos areas; mata a for das árvors:suspirou a
virgem” (ALENCAR, José de. Op. ct, p.27)

VII, Ao acordar, Martim encontra Iracema t

te. A tabajara afirma que Caubi chegará e que Mar-

tim poder parti. Martim diz que Ircema quer vero

estangeir fora do campo dos tabajaras para que a
grin voltea seu si,

— A jut, quando a rvore seca, foge do ninho
em que nasccu. Nunca mais a alegria volar 20 cio
de Ircema: ela vai ficar, como o tronco nu, sem ra-
mas, nem sombras” (ALENCAR, José de. Op. cit,
p.23)

Martim deja ficar para ver abi a or da alegría
ras faces de Iacema e para serve, como o colirio
‘mel de seus labios. Iacema conta que & filha do pa
que guarda o segredo da jurema. O guerreio que a
possuir morreri, Martim ado teme a more, mas sabe
‘que deve parir. Iracema faz umajura de amor: "Tu
levas luz dos lbos de Iracema, a lor de sua alma’

‘Caubi chega carregando a caga. Martim entra só
na cabana,

IX. Martimcomunica a Araguém sua partida. Ira
ema prepara o presente de despedida e o alimento
para a viagem de Marti Iracema presencia Mar-
tim com sua rede, Caubi comunica eo sol se pe &
+ hora de parti.

‘© pajé despede.se de Martim:“Jupari se escon
a para deixar passar o hóspede do pajé” (ALEN-
CCAR, José de. Op. cit, p.31.) Depois que descem a

au ier oa do oso deta
Cape d ann rime "boa

|

ro, toma o time soriso de Iracema... oge!”.
Martim beijaIracema nos ibios. Caubi mais ren
te, chama Martin.

X. O velho pajé esti em sua cabana com Irae
ma. A tristeza de Iracema e o silencio de Araguém
so quebrados pelo grito de guerra de Caubi. Ice
ma core para a mata "como a corsa perseguida pelo
cagador”, Martim está sentado em uma sapopema,
enquanto Caubi desafía cem guerreios que os cera:
vam, Irapui exige que Caubi the entregue Mi

“Matai Caubi antes,

A filha do Pajé passara como uma fecha: ei
diante de Martim, opondo também seu corpo gentil
os golpes dos guerrcirs. Irapuá soltou o bramido
daongaatacada na fuma” (ALENCAR, José de. Op.
it, p. 33)

"subi pede a Iracema que conduza Martim à ca-
bana de Araquém. Iacema chama Marti, mas 0 es.
trangeiro fica imóvel Ircema ameaga ica, caso ele
no asia. Martim diz que os guerreiros de seu san
gue no recusam combate

lrapud ruge de alegra brande um golpe de taca-
pe. Caubie Iracema interpdem-se quando Iapuá des-
fereoprimeirogope. Os gucrreirosdeIrapuafastamı
os dos irmios € o combate prossegue.

De epent o euco som da indi” eboou pea mata:
úostitosdaserra estremeceram rconhecen eso
{0 bizio querer dos piguaras, sonores das pas
‘ensombradas de coqueto. O eco nta da grande aba,
ue cinmig talvez ascalava já

ALENCAR Jos do On et.

Todoscorrem para defender taba, deixando ape
nas Iracema Marti.

XI. Os guerreros tabajara procuram inimigo,
mas ninguém & encontrado. Irapuá, desconfiado do
andl de racema, vai até cabana de Araquém. lace-
ma sala sobreo arco protege Marti. rap quero
guereiro branco, mas Araquém diz que o hóspede &
“amigo de Tupi e quem ofender o estrangeito ouvir
rugir 0 trovdo, Irapul acusa Marti de ter ofendido,
“Tupi ao roubar sua virgem. Araguém faz uma profe-
cia: "— Sea vien abandonou ao guereirobranco
2 Mor de seu corpo”, ela morrerá; mas o hóspede de
“Tupáé sagrado; ninguém o ofenderá;Araquémo pro-
tege". (ALENCAR, José de. Op. it, p- 38.)

Irapuá ameaga desrespeta o pajé, mas o velho
Andira, imdo de Araquém, vem em seu socorro com
tape em puno. AraquémafustaAndira Pede paz
esiléncio. Diane do desafio de rapuë, Araquém re
move pedra no centro da cabana e bate opénochio,
“Do antro profundo saiu um medonho gemido, que
parecia arrancado das entranhas do rochedo."””
(ALENCAR, José de. Op. ct, p. 36, Irapuá desiste
de seu intento e deixa a cabana. Martim assust-se
‘com o poder do pajé. Araquém acende cachimbo e
si. Ele diz que hora de aplacar as iras de Tupd,

Tracema aproxima-se de Martim, mas ele aaast
Ela quer saber o que fez para que ele desvie osolhos.
"como se ela foro verme da ter”. Martim teme
que se cumpra a profecia de pá, que falo através
‘dopa, Para Ircema ndo éa vor de Tupá que ouve o
coraçäo de Martim, mas 0 canto da virgem loira que
o chama.

XIL. Ouve-se um inesperado canto de gaivota,
Martim conta a Iracema que o canto da gaivoa € 0
grito de guerra de Pot, Iracema ndo contará a seus
irmäos. Martim sabe que sua partida evtar morts.
lracema beja a mo de Marti, que se enue para ir
ao encontr de Pot. Iracema diz que os guerreiros de
Irapua váo maté-o. Segundo Martim, um guerrero
só pede protego a Deus eas suas armas. "Nio cae
ce que defendam os velhos eas mulheres Iracema
‘oferece-e para ro encontro de Poti, enguanto Mar-
tim ficará soba proteso de Araquén.

IIL Iracema ouve 0 rito da gavota e chega até
borda de um tanque. Chama Pot, que aparece. I
ema fala da miva de Irapi. Poti cera os Lbios de
Iracema ao perceber a presenga de inimigos. Logo
depois, desaparece no lago. Ao volar para a cabana,
Iracema percebe as sombras de muitos guereios.

‘Araquém parte assim que Iracema chega. Martim
fica sabendo 0 que a india ouvi de Poi Ele preten-
de partir para ajudar o amigo, mas Iracema mostra
que sun impradéncia pode levaros guerreros de Ir
Puda Por

Caubi entra na cabana e conta que ocauim” per-
turbou os guereios os fez vir contra o estrangeir,
Iracema manda Caubi enuer a pedra e esconde-se
‘com Martim na garganta de Tupd

XIV. Caubi protege a entrada da cabana, enquan
to Iracema e Martim desaparecem nas etranhas da

ion quer
‘portage para paa ca gado.

Acabar G aquí ostra co um cta ode hava agri nan qu ava ata para sos Ao er apa
2 arcade oma o som que oe Gua e de Tpa Ess nme da naar a ado para ete 1a o poda

ona que ombaaga

&

ES

terra. Ouvem uma voz. É Poti, que aconselha Martin
2 partir para as margens do ninho das gargas antes do
amanhecer. Nio será seguido "porque inúbia dos
pitiguarasruiráda banda da serv”. Potiestá só. Mar

im re que no deva rugir iúbia, porque atraiá os
guérir tabajaas.

Assim é preciso para salvar o irmáo branco;

Pot zombará de Iraua, como zombou quando com-
batiam cem contra ti (ALENCAR, José de. Op. ct,
p.43)

Iracema desea salé los, Fes devem aproveitar o.
rascimento da lua das ores. Os guereiostabajaras
passar a noite no bosque sagrado. Quando estive-
rem todos adormecidos com os sonhos alegre, Mar

im “deixari os campos do Ipu, eos lhos de racema,
mas sua alma, no”, MartimestetaIracem
mas a repele, porque as palavras ter
magoam he 0 coraçäo. Poti concorda com as pal:
vrs sins de Iracema,

‘Comentirio: Na cultura indigena, onascimentoda
lua das Mores simboliza um momento de comemora-
¿o e alegria. Ente os tabajaras havia 0 costume de
roccber do pajé o lcor da jurema nessa ocasides. O.
delirio obtido com o efit da bebida sagrada prepara
esprit dos guereiros paraa batalla.

XV. Marte Iracema esto na cabana, Araguém

dore. Ircema náo resiste ao soriso de Martim €

debruga-se sobre seu pei. “Já o strngeiro preme

20 sia eo bio ávido busca 0 lbio que o espera,

para celebrar nesse dito d'alma, o himenew” do

amor (ALENCAR, José de. Op. cit, p.45)
‘Araguém soll um gemido doloroso.

Pressentrao coragio o que no ram os olhos? Ou.
lo gum funesto prescágo'* para a ray de sus hs,
que assim ocoou ara de aque?
gum o soube.
ALENCAR Joab de Op. 4

Marti repele Iracema e clama por Cristo, Mio.
pretende deixar rast da desgraga na cabana hospe-
dira. Retoma a serenidade, mas no consegue es
quecer Iracema, Pede à virgem o licor da jurema.
Tracema busca o vaso da bebida.

‘Quando racema o de vola, j o Paé nao estava na
‘abana: trou a vigem do 00 vaso que al vaza cuño

0b a caraba” de algodäo ontotcia de paras. Mart
ho arebatou das mans, e bod" as gots do vera ©
amargo ic.

“era podia ve com tacoma cher em seus ás
0s 0 Bajo que al viva otr sors, como o ul ra
Coria a lr Poda ara e sugar esoo amoro melo o
Perume, sem devar veneno no elo da vigem.

(99020 era va, po o sena mas loto 8 tngo; o
mal er sont e luso, que da vgem no possula sento
‘imagem,

Tracama aastara.o opressaesuspiosa.

‘Abiram-s6 0 tacos do guerrero adormeció 6 saus
labios, ongme da vrgem essoou coment.

Alu. que dvaga pela ros. cove o frre arto
do compantato: bateas asas, o vos a acorchegar5o ao
apio nho. Assim a vrgam do sro, annheuse nos
brags co quemero.

“Ovando velo a manha, ainda achou Iracama at
debrugada. qual Boa que dom no solo doloroso
acto. Em ses ind sembant agenda o pa“ vos o.
Docs; 0 como anv os aria da manta nl o pre
‘mero rio do 50, em suas faces inendidas tva ©
meto soriso da esposa, aura de ldo amor.

f

1
2 aguas do ño banharam o corpo caso da recente

“Tupa j no tra sua vigem na tra dos tabajaras
AENCAR, Jot 00.0 ct 4647.

‘Ao acordar Martim acredita que tudo no passara
de um sonho,

‘Comentirio: O trecho citado revela 0 momento
de encontro amoroso entre Martim e lracema, Mar-
tim toma olicordajurema esonha estar amando Ira-
cema. Durante seu delirio, chama pela amada, quese
entrega. Ao acordar, Martimjulga que o sonho conti
ua, e volta a dormir. A passagem demonstra asuile-
za empregada por Alencar ao narrar 0 ato amoroso
entre Martim © Iracema. Mais uma vez a natureza,
‘que serve de elemento desritiv para caracterizar a
virgem, molda 0 espago encantado que impele a vir-
gem para estrangeiro. Um bom exemplo € a met
fora que unifica simbolicamente o feminino € 0
masculino: .. qual Borboleta que dormi no sio do
forms cacto. O morlismo do escritor & evidente
nas dus últimas estofes: “As águas do io banharam
0 corpo casto da recente esposa e Tupi já ndo ina
sua virgem na tera dos abajara”, Em algumas trie
bos oato sexual equivale a0 casamento,

XVI. Os gucrriros tabajaas reúnen no bos-
que sagrado, levando oferendas Tupi. Araquém está

Tom a que In a ao punter mas ce.
2 Gamers boas, sad pcs

gos pescao. peréroa

‘cara o aos

non some

‘are ction, deponba de poquera por.
Sonoro de verona: osa.

“cor wemenata peu

|

imével no meio de uma nuvem de fumaga. Iracema.
<isribui o vinho da jurema:

(Que ranspona as cóv valont abajara.

Este, ranaecaradorconha que os veados ea pacas
core de encore as suas chas para o vaspassarem
‘elas laiga por ln deter cava nato. boc. ssa
amanha quantdade de caga, que mi queres em um
no mio arabanam.

“Ost, 109020 em amores, sorha que as mals bolas
gens abajras doiam a cabana de sous pas 050
que cavas de sou quore |

°O herd soma vemendas us horives combates.
de que sal vencedor, oo de gina lama. O valor
‘nace na pol numerosa e como eco teca donde re.
esta nova robusta sebo, anda cobro o de re.

Todos sento a asda to viva e continua, que no
‘espa da rote culdam vv muñas as. As bocas mur.
musa; o gesto fl, Pad, que udo esca eve, cole
© segrado no intime Gama

ALENCAR. Jost do Op et p 4.

Ircema dena o bosque aio encor de Mi
tim, Seguem paa vale para encotrar Pot, Os tés
parte Foi pee a Mari que mande rem volar
porque ca demora a marcha dos guerrero. Mari
procura comersar com rcema, mas la ai acompa-
rá conde aalumos campos dos tbs. Quan-
oct fr, Marti diz: “Te höspede jo pisos
‘campos dos aja. o instante de separa del”.
ALENCAR José de. Op. cit p48)

XVI Iracema ndo pode volar, porque já € espo-
sa de Mari.

Pot alert que 0stabajaras comegam a despertar
Iracema chama Marti, porque a vida dele core pc-
Figo enquanto no pisar as praas dos pitiguaras. Poi
sabe que os tabajaras so velozese “esperava o mo-
mento de morrer defendendo amigo”, Param com
chegada da noite

Na manhi seguinte, Poti anuncia que o pave taba
jara caminha na Moresta. Os trés seguem pela mata,

XVIIL Os tabajaras aleançam os fugitives. Ira-
pul eseu pov precpitam-se sobre oinimigo. Nesse
momento late um co selvagem. Pot solta um grito
de alegria. O cdo guia os guerreios pitiguaras.Ja-
aúna, irmio de Poti, chega do ro das gargas com
seus melhores guereios, Trava-se uma violenta ba
tala Jacaina lta contra lrapuá. Caubi ataca Mar
tim, mas Tracema pede a Martim que nio derrame o
sangue do irmäo, Ela mesma matará Caubi, se for
necessri:“racema antes quer queo sangue de Caubi

tina sua mio que a ta; porque os olhos de Iracema
‘em ati ea cla ndo". (ALENCAR, José de. Op. ct.
1.53) Caubicombate Mari apenas se defende. ot
‘errubao velho Andi. Martim deixa Cau para Pott
«diz Tacaina que ImpuáIh pertence, Durante a lt,
a espada de Mari (nz. em pedagos e Irapu parte
Sobre ele coma clava racema aia contra rap
dcixacoindefeo. “Seva a pocema® da vitória” Os
tabajars fogem,levando consigo o seu chef,

Tracema fica rise o vero chio chcio de cadáve-
us de seus irmios e a fuga do bando de guerreros
fabajaras Ela chora. Martim afasa-se "para ndo en
vergonhar a tristeza de Iacema”

XIX. Poti persegueosinimigos,chcio de alegra
0 ver que Martim está a salvo. Depois, dá o cio ao
amigo para que o possa chamar em caso de per,
Pai leva Martim até ondecresce um frondoso jatobá
Ele nasceu naquele local. Conta para Marti a histó:
ia de seu pai, o grande chefe Jatobi.

XX. Martim e Ircema hospedam-se na cabana
de Jacaúna,Iracema está triste por hospedar-sena taba
dos inimigos de seu povo. Martim resolve partir e
«comunica isso a Jacaúna. Pot vai acompanti-o, “O
uerreiro do mar deixa as margens do io das areas,
«caminha par as terra onde 0 sol se det. A esposa
+ o amigo seguem sua marcha.” (ALENCAR, José
de. Op. cit, p- 56)

XXI. Ostrtschegamáfoz do rio Mundaú”, onde
habita atribo dos pitiguaas. So recebidos com hos-
pitaidade e levads de jangada pelo chef aé a tibo
dos cagadores, onde so recebides por Jaguaragu,Do-
pois, seguem “até um alt morro de acia que tina a
aura da espuma do mar“

Martim decide instalar ataba dos guerreiros bran
cos próximaá “embocadura do iocujas margens ram
lagadas e cobertas de mangue. O mar entrando por
le, formava uma baca cha de água cisma, e
cavada na pedra como um eamueim®™”. (ALENCAR,
José de, Op. cit, p. 59.) Com a ajuda de Poti, Martim
+ Ircema erguem uma cabana com troncos de car
aña, folhas de palmeira € taquar

XXI, Pot conta a história de Batuiret, pai do
grande chefeJaobá, que, tomado pela velhco, entre
ou 0 comando dato pitiguara ao flho. Poi dec
de rá sera de Maranguape, onde habita seu grande
4, Martim € Iracema acompanham-no

Too gue

truco que nase na sera Uubuetama (ro os us,
‘esse moro 6 cramado de Moca Muze] ea auma ua de
“Poe dao pro.

an

Pot presenta Marti ao grande Bat

© veto soars as pesadas pts, à passo do
ne 0 eitargero um ar bao, Deol opto aque
ue os bis momuraram— Tapa qu que ejes ches
Vasen arts d e apagar guido branco "Jato 6a
race

ALENCAR Jou Op. 9.68.

Pot e os amigos deixam Baruireté sossegado.
Quando voltam, 0 velho está mort, Pot providencia
funeral do vá.

XXIII, Iracema et feliz junto o amado,

Pero hava una formosa agoa no mao de verde cam
ina Paralá veia a sevagem o geo passo. Ea ahora
Go barho da mana; atvava-se à gua e nadava com as
iras Drancas 6 8 veers canas

(Os queres prguars, que apareciam gor aquolas
paragos, chamavam essa lago PorangabaS” ou lagoa
Ga Der, porque nal se barhava Hacıma, a mat bol
hada raga ce Top

ALENCAR Jot de Op ot 64

Tracema conta o marido que sed a mie de seu
fiho. Martin fala a Poti sobre sua Felicidad na terra
das palmeiras.

XXIV.

Iracema proparou as tintas. O che, ontebando
ramas da pluma. tacos polo corpo os faces ermehos

Pros, que omarama grande naga pliguara. Depos pi
las na oro uma cha o des,

assim como a seta taspassa duro once, asim
ar do gueto panatra nama dos povos

ALENCAR. Jot de Op. ot 67.

Pot pinta no brago de Martim um gavido; no pé
esquerdo, a raiz de um coqueir; no esquerdo, uma
asa Iracema pinta uma abelha sobre a folh da rvg-
ro. Depois, Iracema batiza Martim de Coatiabo”-
Seguem se os festejos com bebidas € danças.

‘Comentario: O narrador coloca o litra par do
costume indígena de pintar corpo do guerrero com
5 cores de sua nacio. Martim deve passar placer
mônia, uma vez que adotow a pátia da esposa e do
amigo. As pinturas revestem-se de simbología. A seta
representa o olhar do guerrero na alma dos poros; 0
vio no braco, a velocidad do brago sobre. nimi
oi a riz do coqueir, 0 pé firme que sustenta seu
corpo robust; a asa no pé, o pé veloz; ea abelha, a
doçura no coro.

XXV. A alegría dura at periodo de amadureci
mento das espiga de milho, Martim, entretanto, fica
cansado das cagadas com Pot e das cars da terna
esposa. Ele mira o mar e sent saudado da pit. À
chegada de um guerrio pitiguara mandado por J
«aia taz noticias da alianga entre os apuias holan-
eses) e Irapui para vencer a naco pitguara. Poti €
chamado por Jacana para defender os campos de seus
pais anuncia sua partida parao amigo. Martim air-
‘ma que “nada separa dois guerriros amigos quando
ros ainübia da guerra.

XXVI Poti pede a Martim que fique El votará
em breve. Marti insiste em pari com o amigo. Pot
quer saber se ele quer que Ircema o acompanhe, mas
Marim diz que ela deve fica. Os pitguaras Iutam
contra sims de Iracema, que sentirá tristeza e dor.

(Os dois seguem, depois de Po finca no chlo uma.
(ca emplumada por Iacema com penas pets ©
vermelhas atravessada num golamum +

— Podes par. racama sogurá ts raso: egando
ac verá tua ola. obedocer à ua voriae,

arm sor; quebrando um ramo do aac a
for da ombranga, à anvelago na haste da saa. © pat
ent seguido por Pat.

ALENCAN. Jos de Op 8.8.71

Iracema encontra a setae entende que ele Ihe or
dena que ande par tris como o goiamum e guarde a
sua lembrança odo o tempo até morrer. Senteseaban-
donada pelo marido tem dade dos formosos cam-
pos do Ipu, da cabana de Araquém, mas mo se
arrepenée de os ter abandonado. Sun única compa-
‘hia a amiga jandaa, que finalmente volar

‘Comentario: Dois aspectos merecem destaque
esse capítulo. O primeiro refere-e impossibiida-
¿de de Martim permanecer em paz a lado da amado,
Seu espirto guerrero, significado evidente a partir
de seu nome, como foi mencionado anteriormente, &
incapaz de encontrar sossego ou paz apenas o lado
da doce amada. O segundo é indicado pela volta da
jandaia, que finalmente pode reconhecer racema, que
retoma a seu estado primitivo ao ser deixada pelo
esposo estrangeio, Simbolicamente, pode-se dizer
que Iracema retoma seu estado de natura,

XXVIL. Uma tarde Martim e Poti voltam. Os dois
chegaram à cabana de Jaeaina no momento que ©

"a paneer aa a uma pole veo che, que po a desta des aa pubs rca, Marin 0 amado de

gio rca organ Pt do era

laca Japa dc, am carre dalam do scale (Gago papa
Share, hama sa Anche. Sea Baza, Aenea! arnet para, fovea à Bla de tacna com um

lemon oa nen
Signe expe pra

“amo que quo pb de caiga, lama ges.

ES

|

‘combate seria iniciado. Lutaram muito € venceram
os inimigos.

Martim enche-se de alegria pela volt, mas Irae
ma percebe que os olhos do amado náo buscam mais
os dela

XXVIIL “Uma vezo crio uv dentro em sua
alma o solugo de Iracema: seu olhos buscaram em
tomo endo a viram” (ALENCAR, José de. Op. cit,
ps)

Marti quer saber por que Iracema chora Ela diz
que perdeu sua felicidade depois que ele se separou
el

— © que espremo as lágrimas do coat de ace

~ Chera ocajoito quando fen venco eco tito.
Iracama perde sun lledado, depos que lo separate
ces

— Mo estou junto do?

como está aqui mas ua alma voa tera de

tous pls busca a vegem branca, quete espe

Piano eu ho dear se e racoma, la mor
era, como 0 abat deis que deu seu tuto. Eno o
(Orr trac náo era mas quem © prenda na lora
‘ranger

ALENCAR Joe de Op ot 75

Comentário:Iracema percebe o distanciamento
de Martim. Sabe que o amado sente saudade de sua
terranatal.A tristeza de Marin & fruto da necessda-
de que tem de combater, Martim representa 0 filho
‘de Marte, deus da guerra, enquanto Iracema simboli-
za 0 amor. O amor e guerra ndo permanecem juntos
Por muito tempo, El, lacema, nasceraparao amore
le Marti, para a guerra,

XXIX. Poti e Martim descobrem uma caravela
holandesa que parece seguir ara a guerra da vingan-
a conta os itiguaras. Martim sugere que Pot char
me os cagadores do Soipé e os pescadores do Trai
para utarem contra inmigo, Todos atendem aocha»
mado de Poti. Todos se escondem nas pias de Jaca
recanga ara no serem avistados pelos inimigos.

Trava-se um forte combate, que termina com 0
aufrgio da caravela inimig.

Aoremper dan. o maracatn* ta no hotzonte para
“as margen do Meat. Jacaúna chopos, no mas para o
‘combate e só para esim da ira
Nessa hora em que o canto queme dos piiguras
colbrava.a declacosguaraciabas, o pro fito que o
Sangue daragabranca erounesea tra da lberdade. va
luz nos campos da Porangaba.
ALENCAR. Jost do Op 6. p 7)

XXX, 0 filho de Iracema nasce na margem do
io. Iracema chama-o de Moacit”. "Tua mäctamböm,
Filho de minha angistia, no beberä em tus libs ©
mel de teu soris." Ao chegar ao morro de area, Ir
‘ema adivinhaa partida de Martime Poti para a gue

Na mani seguinte,Iracema vé Caubi em pé na
porta da cabana, Ergue-se para proteger flto, mas
‘Caubi diz que no foi a vingança que 0 arrancou do
‘campo dos tabajaras. Precisa ver Iracema, que levou
consigo toda sun alegría

‘Caubi vé Moscir racema pergunta se Araquém
ainda vive. Caubi conta que depois que ela o deixou,
‘sua cabega vergou parao peito endo se erguew mais,
Para consolaro pa, racema pede ao irmáo que diga
que el está morta,

Iracema prepara.arefeigio. Caubi quer saber onde
está Martim para que Ihe dar o abrago da amizado,
Iracema chora,Caubi diz: "— Tew emo pensava que
“tristeza ficara nos campos que abandonaste; porque
roweste contigo todo o rso dos que te amavam".
(ALENCAR, José de. Op. ct, p. 81.)

XXXL. Iracema manda Caubi retomar ds mont
‘has dos tabajaas. Depois de conversarem, despe
ems num abrago que une os és. racema espera 2
parida do iemio para volar à cabana onde o filho
hora, Guardou segredo do motivo do softimento da
eriang, Suspende filo ao sio, mas ete escas-
so enio brota. Prepara o fogo o mingau para nut
eranga. Coma chegada do sol, parte com o flho para
mata, Encontro lito da ¡rara * ausente. Coloca no
colo um por um o flhots, passa mel nos seis e os
‘oferece. Os cachortinhos Famintos sugam. Os seios
úsangram. Brot 0 lit com o qual alimenta. filo de
sun do.

Alina de Araquém sent afnal que su veas se es
tancavam; © et bio amargo de tristeza ecusara
aiment que dovaestaurarine as locas. Ogemido 90
Suspro taham crestado com somo 6 o sabor em sua
Boca lomos

ALENCAR, Jost do. Op 6.9.8.

XXXIL. Antes de retomar, Martim segue até as
‘margens do Mearim, onde habita o nimigo, aliado
dos tupinambás. O número de holandeses cresce
Depois, Martim retorna aos campos da Porangaba

‘Quanto mas seu passo © aproxima da cabana, mais
lantosetora. pesado, Tem maco do choga sente Que
sua alma va sor. quando os os bts e magados
a esposa entrarom nei.

Sauce
Grande treo que ova a prova um march (coca)
src mo do seiner, ds

an

ES

(Com esforgo, Iracema ergue o fito para apresen-
1-0 pai, pousa aerianga nos bragos de Mari

_— Roceb tho de tou sangue. Era amo: mousse
os pri 4 nto am aiment para Care! Povsa o
fhe nos brags de Mam destalece.

"© spose vu ent como à dor iia consumido sou
bo coro; mas a lomosura ainda merava nala como o
partum na or caí do manaca

[ALENCAR, Joc de Op... 888,

Iracema no se eue mais da rede onde Martim a
coloco

Pot manda o amigo enterar o corpo da esposa 20
pé do coqueiro que Martim ama. Assim, quando o.
vento do mar soprar nas folhas,Iracema pensará que
€ a voz de Martim que fala entre seus cabelos. Pot
ampara o amigo em sua do.

“Marti entera o camucim com o corpo de Iace=
ma a pé do coqueir quebra um ramo de murta, a
folha da tristeza, deitando-a no jazigo. jandaia re-
pete tristemente: “raceme

“E foiassim que um dia veio a chamar-se Cear ©
io onde erescia o coqucir, e os campos onde serpe-
Jaorio" (ALENCAR, José de. Op. cit, p. 86.)

‘Comentario: O final do capitulo demonsiracla-
ramente a intençäo de José de Alencar de darum tom
de lenda à sua naratva, o que pode ser confirmado,
pelo subtitulo:“Lenda do Ceará”, Vale destacar que a
palavra Ceará tem relagdo anagramática com Irae

XXXII. Quito anos se passam depois que "Mar
tim partu das praas do Ceará, levando consigo no
frágil barco o Flo e o co Fil, A jandaia näo quis
deixar atera onde repousava sun amiga e senhora”.
(ALENCAR, José de. Op. cit.p.86) Poi espera pela
volta do amigo.

Martim volta e raz consigo muitos guerreros
brancos. um sacerdote que plant acruzna era sel
sagem. Potio primeiro areceber o batismo 0 nome
de António Felipe Camario, António do santo daque-
le ía e Felipe do rei Felipe ID, Jacaúna vem habita
os campos de Porangaba para estar próximo do ami
0. Camario (Poti ergue a taba de seus guerreros
as margens da Mecejana™.

Tempo depois, quando vio Albuquerque”, o grande
hole doe quemeros brarcos,Marim e Camardo param
para as margns do Meare a casar loros tpn
bexpusarobanco tau

Bra sempre com amore que o esposo de kacema re
via as plagas onde frat iz, as verdes loas a
‘ua sombra dormia a formosa tabla

Mots vezes asentar. naquetas does arias, para
ma 0acleta n pato a aga sauce.

"ana contra anda no ao do coqueto; mas náo
ropesalá o mavioso nome do racema.

“Tuo pass sobre atra

ALENCAN. Jos de Op 62. 87

Comentário: O encerramento do romance Imce-
ma mantém conteñdo poético de toda obra e mos-
tra as lembrangas saudades do esposo depois de
morte daamada, A natureza recri com forte plastic
dade os sentimentos do protagonist. O carter M6
ico também fica patente nessa passagem

Iracema assustase com a presenga de Martim
Soares Moreno efer-0 no roto com sua lecha. De

pois sela a paz entre eles ao quebrar a flecha que fe-
riu o portugués. Os dois comversam. racema leva
Marti ribo apresenta-oa seu pa, Araquem, pajé
dos tabajaras

“Com a volta do cacique Imp, Mari core pei
0.Jáqueoguereiotabajra, apa nado por racema,
pressenteseuamor pelo estangeiro Incemaé a virgem
prometida o deus Tup ea detentora dos segrodos do
licordajuema, bebida sagrada e cujos efeitos evamos
guerreros ao delo na vésper das btalas. Martim
toma a bebida esonha amar acer.

Irapud acusa Iracema de tere entregado a0 es-
rangeiro Araquén faz uma profecia de que Iracema
morrerá se abandonou sua virgindade a0 guerrero
branco,

Depois de tomar novamente licor da jurema,
Martim sonha estar com a dia, mas Iracema entre-
garse realmente a Martim, que acredita que tudo ndo
passa de um sonho,

lracema e Martim fogem de Ir. Marti ren
contra seu amigo Pot, da ribo dos pitiguaras, econ
seguem escapar, depois de enfrentar Ita conta os
tabajaras.acema defende seu amado,

Constroem uma cabana ds margens de uma lagos,
onde surgirá Mecejaa. Iracema esti grávida de Mar-
tim, que parte para luar a0 lado dos ptiguaras pela
expulsio dos holandeses do literal do Nordeste. race
ma dä luz um menino, Moaci. Quando Martim re-
toma, Iracema está beira da morte, Cumpre-se des
forma a profecia de Araquém. racema morre nos bra-
os do amado. Martim enter a esposa parte com o
Fito paraa Europa, para volar alguns anos depois.

“ome dagen ds proses qin doe Apna un Bre

‘Boned expido Marre (1612)

|

Oromance Iıcema apresena 33 capitlos de va-
riadas dimens es. Sua estutura &construda a partir
de flashback retroceso. Parte-se do tempo pre-
sente para o passado, para depois obedecer a uma
order cronológica,

A) Foco narrativo: O romance énarrado em ter
ci pessoa por um narrado oisciete, ou sea, que
tudo sabe sobre as personagens, penetra em ses pen-
samen e em sua alma. O tom poético acenua-se
pela profunda ligaio entre as personagens e pelo
<enâro exuberante que a cera, Apestr de sua pos
ño aparentemente distanciada, o narrador deia-se
molver pea cor loca, emociona-se ao descrever a

a tabajaa, que ¿caracterizada na obra como
niet de brandura € amor

'B) Tempo: A história passe no comego do sé-
culo XVI, mais especificamente no periodo da cx-
pulso holandesa do Nordeste, da um certo cater
histórico da obra. Veja-s a rferénca a Jerónimo
Albuquerque no capitulo XXXII que fol chefe da
‘expedigio do Maranhäo,cm 1612

©) Espago: O espaço central da narrativa 0 Ce-
ari, das diversas referencias leas, tas como Mur
uripee Mecejara À referencia gegrificaésugerida
desde o suba: “Lenda do Ceará”.

1) Personagens: As persoagens do romance nfo
apresetam densidade psicológica, sio normalmente
alegorias, como Iracema e Martm, où pesonalida-
des históricas representativas, como ru ou Pot

‘racema: india tbajara, que simboliza a Ame
rica, as matas basis. filha do pajé Arquém ©
inmi de Caubi. Iacemarepresenta 0 amor a pureza.
Sua pureza decorre da natureza que simboliza e ene
Garn, edo Ft dese a virgem prometida aTupá. O
mor éaforg que faz Iracema recur o papel que
possui diame de sua tito. Ela detém o segredo da
Fabricao do vinho da jurema (ubstncia sagrada
para os tabajaas).É poramor que desafía a profecia
do pa, enrega-sc a Marti e morte em seus bragos
no final da narmtiva. Imcema uma personagem ide.
alzada: result do projto romántico de caracterizar

Martim Soares Moreno: É um soldado por
‘Se lrcema é uma alegoría da A

tim é uma metonimia da Europa colonizadora. Marim
realmente exist o que faz dele simbolo e persona-
gem história. Participo como soldado da Ita con
tra a nvasio holandesa. Seu nome significa ih de
Marte, dus da guerra na mitologia romana, Em seu
ser onfrontam-seo amor de Iracema € a fidelidad à
pitria portuguesa e ao amigo Pot. Martim abandona
‘mulher rávida para guerrar ao lado de Poti, Como
as demais personagens, também idealizado como
um homem corjoso, honesto sincero fil

de. Sua unido com Iracema simboliza a dominagdo
sobre as terras americanas € a integaco do curopew.

3. Poti: Um dos ches guereios dos pitiguars,
‘imo do cacique Jacaúna,chefedospitiguaras Pott
‘amigo de Martim, de quem se considera irmäo. Per
sonagem histórica, Pot destacou-se a lado dos por
tugueses na uta conta os imasores holandeses no
litoral do Nordeste, quando fo capitio-mor dos nal
vos. Foi batizado com o nome de António Felipe Co
‘mario. Poti simboliza, no romance Iracema, a
amizado,

4. Araquém:Pai de Iracema e Caubi,Araquém é
paie (cami ou curandeiro) ds tabajaras. Como fe.
ticeto de tribo, detém os poderes de Tupá, procura
‘transmit seu conhocimentoá tribo. Su fora decor
1e da prudéncia e da sabedora da velhice, que em
‘io procura transmitir a Irapud. le simboliza a ex
perigncia da velhce.

5. Irapud: Personagem antagonista, 6 o chee, o
cacique da tribo dos tabajaas. Personagem hitóic,
estacou-se como inimigo dos portugueses dos po-
tiguara.Foi aliado dos holandeses, Seu nome sign
Fica mel redondo. Mas nâo hä em seu comportamento
qualquer brandura (dogura), pois € um individuo
agressvo, movido sempre pelo dio. e pel desejo de
vingança. Procura realizarse pela orga e pela vio-
léncia. Ama racema e sente-se enciumado coma pr:
senga do estrangeio na cabana de Araquém. rapa
simboliza a guerra

6. Caubi:É flbo de Araguém ¢irmio de Trace
ma. Seu nome significa “senhor dos caminhos”, dat
© papel que desempenha de conduzir Martim ao ca
‘minh de fuga

7. Moncir:É fo de Iracema e Martim. Nahis-
‘ria, & apenas um bebé. Seu nome significa “The
da dor". Simbolicamente, representa a miscigenagd0
«€ o primeiro cearense. Seu nome decorre do sof
mento de Iracema ao abandonara sun ribo, ar con-
‘ra seus próprios irmos para defender seu amor para
‘depois ser abandonada por Martim em virtude da
guerra.

ESTILO DE

E ESTILO INDIVIDUA

Alencar no desto das características gerais do
Romantismo, como faz Manuel António de Almeida,
Suns obras procuram retratar um Brasil e persona
gens mais deais o que reais, mais como le gostaria
que moralmente fossem (fantasia romántica e mora-
lino) do que objetivamente em (realidad). ace
ma € uma narrativa em forma de lenda, que procura

an

ES

ficciomalmente reconstruir a formagäo da província
do Ceará,

A valorizaio da natureza € um dos ponts alos
da literatura do periodo romántico, quese deixou in-
fluencar pelo pensamento de Rossca segundo qual
56 o contao do homem com a naturza pode fazer
com que ele retorne a su estado original de pureza,
que foi corrompido pela sociedade, O resultado € a
Ssltagdo da cor local (regionalismo enacionalismo)
€ da figura do indio (mito do bom selvagem). O ce-
rio & exuberante e reproduzido de forma minucio-
sa por meio de descrtivismo pictórico, ade que
costuma ser chamada de nativismo ou naturismo. A
natureza é a realizagio do pitorsco local, e decorre
dai uma attudo cvidente de exaltagio e valorizagio

to em Portugal como no Brasil, Como a
do Romantismo brasileiro é decorrén
cia histórica da Independéncia (1822), o nacion:
mo torna-se uma característica de extrema
importncia. É dess nacionalismo que nasce 0 r0-
mance Inacema.

É preciso resaltar que a natura que se apresen-
ta nos textos románticos é viva, dinámica, e participa
dirctamente da ago, Seu efito no & meramente de-

Veja algumas das características que marcam a
bra de José de Alencaı

1. Luta pol eriagäo de uma inguaIteräriabrasi-
leia com a incorporagäo de falas regionaise de ex
pressdes indígenas.

2. Alencar procurou ciar um sentimento de iden-
tidade nacional com sua obra indianista, regionalista
e histórica.

3. As narrativas so marcadas por forte moral
mo, dai a auséncia de cenas de sexualismo explícito.

4. Alinguagemóricac colorida, carregada de ad-
jetivagio, desertvismo e musicaidade, aproxima
do-se inclusive da poesia Inacemae Ubirajar),

$. Alencar destaca-se nos quatro tipo do roman
ce romántico (urbano, indinita, regional ehistri-
co). Foi criador do romance indianista com 0
guarani

6. Suas personagens so ideaizadas

7. PRC

IBLEMÁTICA E
PRINCIPAIS TEMAS

Aracena éum romance que rompe a distncia en-
trea prosa ea poesia. Alencar deixou-se envolver por
essa unido entre o épico o lírico, a pont de abusar
dos elementos poéticos, As descrigóes do romance
chegama ser excessivas ou mesmo repetitivas em

guns momentos. Entretanto, conduzem o itor agua
dros de incomum beleza pläsica. E desse encanta
mento que nasce a paixdo do leiter pela história da
pobre india tabajarae pela linguagem alencaiana,
Para entender os principais temas de Alencar pre
sente em /racema, deve-se levar em conta. projeto
do autor de caracterizagio do Brasil a partir da litera-
tura. Alencar fixa a sociedade carioca nos romances
urbanos; aracteriza o mundo rural nos romances re
sionalistas (sul, norte, sudeste); destaca elementos
bistéricos do periodo de colonizaglo no romance is-
‘rico; realiza a poesia da matas eo canto da natu-
reza nosromances indianisas (O Guarani racemae
Ubinyjara) O fortlecimento da idntidade bras
ra pós-independéncia surge, segundo a intenç30 o-
mântica nacional, da capacidade de demonstar uma
cultura livre da iniluéncia e da dominacio stan,
Mostrar essa face do Brasil decorre, asim, de exal
simbolos de brailidade. O indio surge como o heröi
<daqucles tempos históricos e simbolo de brasilidae,
‘O tema central de Inıcema a natureza brasileira,
© nacionalismo e o ntivismo sio suas cametersi-
cas marcantes. Em Jracema, o Brasil de fico ide.
iado resulta de um projet romántico bem definido,
mas nem sempre ao gosto do leiter e da crítica port
guesa da época, o que resltou em ataques muitas
vezes diretos o escritor alguns disabores

ALENCAR, José de, raceme, 14, ed. So Paulo:
Ática, 1983,

‘GREGORIO, Imo José. Comribuigä indígena ao
Brasil Belo Horizonte: Unido Brasileira de Educa
io e Ensino, sid.

ESCarivianaas ak

Leia texto seguir para responder ds quest de La 3,

Verdes mars avis do mia or natal od canta
jad no Mondes de caralba;

Verdes mares, que brit como liquida osmerala aos
‘aioe do sol nascente, porongando as alvas pra
nombres de coqueto

“Serna, verdes mare, aan docemente a vaga
Impetusa, para que ro avetureo manso resale
floras aguas.

‘Onde vaï a atout jangada, que dia pia acosa
saven, aber ao reco tora a grande vea?

‘Onde va como branca cono Buscando rochedo
patio na said do oceano?

“rds entes respram sore rg lenho que val in.
gran velos, mar em ora,

"Un jovem gueneso aer banca no ora sangue
americano, uma cansa Un reee ue war a uz no

ergo das Moreras e brincam imfos, hos ambos da
‘mesma tera sagem.

"Altadainemiert az da praia um ec viano, que
rosso entr © ara das vagas:

raceme!

"O moro guereto,ancostado ao mast iva os mos
presos na samba ita dora: a ospacos o omar om
Parade por nue lágrima ca! obre o ru, one gum
As as inccomes criaturas, compantatas de su nie

era en aramgen dec on re
‘quan pao qu ut ai spe as Ss
Su capes sor mots

Teno pais rence

‘nce vie

{tie pode co napa qarar aso

nca mod race rove connecte de ase
essen sogar. au ann ma mes ue 6
Era tomando ame asm Facer spite itso
rau: arraao ou esra de madera

4. orgue se pode afirmar que racema pros pois?
Confirme su resposta com elementos do exo transe.

2 Transerevn da passage expresses que indique a
resengadapersonagem história Mari Seres Moreno
«de uma sugesto para 0 subt do romance com.

9 Há nés pascageros na embarcacio, Quem io else
que papel desempentam no endo de bra?

4 Dequesimbolismo se revestem figuras de races
ee Marin

A prt iso, explique porque a uno dos dois no &
china.

® Porque o romance fracema considerado peo autor
como histórico e pela ria como indian?

de Coma expresso "As ágas do rio bantaram 0 compo

casio da recente esposa”, In de Alencar anciano

entre rama e Martin.

8) Consderand-se alegoría de qe serevestem Martim
encens, oque esse enconto representa?

1) De que maneia pode ser pecebitoo morlsmo de
José de Alencar na pasagem eno romanceIncema?

Resposts
pos também porque adn dese eer aft

vamente pl nr plas personages O princi cai
{i de ten ateo exc, no gua doo:
Si comm eut em pro ep deseo
ana de eus de Ingugen (retos iles pos
Papas) er en caen add nu
Bes sut admin din ent prose à
pas

2. Rexgcsio“U vem gee er rancio oro
Sng amen” indicar de Martin Sates Me“
{ul da ta “Lends d Cea” pode se iad pela
‘no da passage “Verdes mars vos de mita oa
{nda ums deseo bastante ii de ral cn,

23. Aspeseragns Si Matin, sado putas prtago-
na do romance so do de sun amada ona; Mech fr
ojala mig io at lu rpg
rara (nen todas as es) da para Aa Ela à
Siem rome deu Tuy che dos mino
abs Sagrada ds tjrs. O sano pros Mar
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Sib da br Enten, superar da tre
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sete sobre o pagas pramagen isis. À ate
ez algo mas oe do ue osos emi lolo tn
otro mai id de romance dani

16.3) Ocncnto amero entr Mari e Inca ailes

‘Por oa Ido, smbols nbn o desta.
‘is mas ameians pareado colonizador u.
9) merino de Jot de Ale na psi pce er
preso recen sosa” pla geo de parra
sue rain sto salas mg coro can”. O
romande acom amorosa, quee merida po:
rats de mes pla pasao asa

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