ISC_Material 01 - Inovação Conceito e Tipos de Inovação.pptx

marcolinoee 17 views 20 slides Sep 02, 2025
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Inovação - conceito, definição e tipos de inovação


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Slide 1 Material Inovação - Conceito e Tipos de Inovação 1. Introdução: O Mandato da Inovação na Economia Contemporânea A inovação representa um pilar central na dinâmica do desenvolvimento econômico e da competitividade empresarial na atualidade. Longe de ser um conceito restrito a invenções tecnológicas, a inovação abrange um processo complexo de traduzir novas ideias em resultados práticos capazes de gerar valor, seja ele de natureza econômica, social ou tecnológica.1 Essa distinção fundamental, que separa "invenção" (a criação de algo novo) de "inovação" (a aplicação e valorização dessa criação), é a base para a compreensão do fenômeno em sua totalidade.1 Uma invenção, por mais brilhante que seja, só se torna uma inovação quando é aceita e incorporada pelo mercado, gerando impacto. A história do pensamento econômico sobre inovação é marcada por duas perspectivas complementares que fornecem a lente inicial para esta análise. Por um lado, o economista Joseph A. Schumpeter (1934), considerado um dos primeiros teóricos a se debruçar sobre o tema, conceituou a inovação como o ato de "fazer novas combinações" de recursos e conhecimentos.1 Para ele, a inovação não é um evento isolado, mas um processo sistêmico que impulsiona o crescimento capitalista através da "destruição criadora" — um processo onde novas indústrias e modelos de negócio surgem para suplantar e, por vezes, destruir os que já existem. Por outro lado, o pensador Peter Drucker (1985) trouxe a inovação para o campo da gestão e do empreendedorismo. Drucker a definiu como "a ferramenta específica dos empreendedores, o meio pelo qual eles exploram a mudança como uma oportunidade".1 Essa visão posiciona a inovação como uma disciplina gerenciável, uma prática intencional e sistemática, e não apenas um evento fortuito. A combinação dessas duas visões — a inovação como um motor macroeconômico de reestruturação (Schumpeter) e a inovação como uma ferramenta microgerencial para a criação de valor (Drucker) — fornece um arcabouço sólido para explorar as teorias mais contemporâneas. 2. As Dimensões da Inovação: Uma Taxonomia Essencial Antes de aprofundar nos tipos de inovação segundo sua intensidade e impacto, é indispensável estabelecer uma taxonomia que a organize dentro de um contexto empresarial. O Manual de Oslo (OCDE, 2018), uma referência internacional amplamente utilizada por governos e instituições de pesquisa, oferece uma classificação prática que categoriza a inovação com base na área de aplicação dentro de uma organização.1 Essa estrutura analítica é fundamental, pois permite que se compreenda a inovação para além do produto final, identificando-a em diferentes processos e estratégias organizacionais. As quatro grandes dimensões são: Inovação de Produto: Refere-se à introdução de um bem ou serviço novo, ou significativamente aprimorado. Isso pode incluir melhorias em suas características técnicas, funcionalidades, usabilidade ou design. O aprimoramento anual de um smartphone, com câmeras mais avançadas e telas mais resistentes, é um exemplo clássico.1 Inovação de Processo: Envolve a implementação de um novo ou significativamente melhorado método de produção ou entrega. O foco principal é aumentar a eficiência, reduzir custos ou melhorar a qualidade. A introdução de novas tecnologias de automação em uma linha de montagem ou a otimização de uma cadeia de suprimentos são exemplos ilustrativos. Inovação Organizacional: Trata-se da implementação de um novo método organizacional nas práticas de negócio da empresa, na organização do local de trabalho ou nas relações externas. O objetivo é aumentar a produtividade, aprimorar a qualidade e reduzir os custos de transação. Um exemplo é a adoção de uma nova estrutura hierárquica mais flexível ou a implementação de uma nova forma de colaboração entre departamentos.1 Inovação de Marketing: Consiste na implementação de um novo método de marketing que envolva mudanças significativas no design de produto, embalagem, posicionamento, promoção ou precificação. O intuito é ampliar a base de clientes, entrar em novos mercados ou reforçar a posição no mercado existente. A criação de um novo modelo de negócio baseado em assinaturas, como o da Netflix, pode ser classificada como uma inovação de marketing e, ao mesmo tempo, um modelo de negócio disruptivo.1 Essa categorização do Manual de Oslo não é mutuamente exclusiva; frequentemente, uma inovação de produto está ligada a uma inovação de processo para que seja produzida de forma mais eficiente, ou a uma inovação de marketing para que seja bem-sucedida no mercado. Essa taxonomia inicial serve como uma base sólida para aprofundar a análise nos diferentes tipos de inovação. 3. A Inovação por Intensidade e Impacto no Mercado A inovação pode ser classificada não apenas por sua área de aplicação, mas também por sua intensidade e o impacto que causa no mercado. Essa perspectiva permite diferenciar melhor as estratégias de inovação e seus resultados. 3.1. Inovação Incremental: O Valor da Evolução Contínua A inovação incremental é a forma mais comum e menos visível de inovação. Ela se manifesta através de pequenas e contínuas melhorias em produtos, serviços ou processos já existentes.1 Embora não seja "revolucionária," essa forma de inovação é fundamental para a manutenção da competitividade e para o aprimoramento da eficiência. Peter Drucker (1985) já apontava que "a maior parte das inovações são pequenas melhorias, sistematicamente aplicadas".1 O exemplo mais claro dessa abordagem é a evolução dos smartphones.1 A cada ano, os fabricantes introduzem melhorias graduais nas câmeras, na duração da bateria, na velocidade do processador ou na resistência da tela. Nenhuma dessas mudanças, isoladamente, representa uma ruptura no mercado. No entanto, a acumulação dessas pequenas melhorias ao longo do tempo garante que o produto permaneça relevante e que a empresa mantenha sua posição de liderança. A inovação incremental é, portanto, uma estratégia de defesa de mercado, focada em otimizar e refinar o que já funciona. 3.2. Inovação Radical: A Ruptura com o Status Quo A inovação radical, em total contraste com a incremental, provoca uma ruptura significativa em relação ao que existia antes.1 Essa forma de inovação não apenas aprimora, mas reescreve as regras do mercado e cria novas fronteiras competitivas, como observam Tidd e Bessant (2015).1 É importante notar que a inovação radical pode se manifestar de duas maneiras distintas: Radical Tipo A: Este tipo de inovação cria um mercado inteiramente novo ou uma tecnologia inédita, que antes não existia.1 O surgimento do avião ou o advento da internet são exemplos clássicos que inauguraram novos setores e mudaram permanentemente a sociedade.1 Essa é a essência da "destruição criadora" de Schumpeter, que inaugura uma nova era de possibilidades. Radical Tipo B: Esta inovação, por sua vez, transforma drasticamente um setor já existente, substituindo soluções e tecnologias estabelecidas por algo fundamentalmente diferente.1 A fotografia digital, por exemplo, não criou um novo mercado do zero, mas substituiu a fotografia analógica de forma tão completa que praticamente aniquilou toda uma indústria e seu ecossistema.1 A distinção entre os tipos A e B de inovação radical é crucial para se entender as dinâmicas competitivas. Enquanto o Tipo A expande o universo de mercado, o Tipo B frequentemente leva a um cenário de "vencedor leva tudo," onde a nova solução canibaliza e domina o mercado existente. Essa dinâmica prepara o terreno para a discussão de um dos conceitos mais influentes da inovação contemporânea. 4. Modelos e Dinâmicas de Inovação Contemporâneos As teorias de inovação mais recentes aprofundam a compreensão das dinâmicas competitivas e dos modelos de negócio que acompanham as transformações do mercado. 4.1. Inovação Disruptiva: A Democratização da Tecnologia (Christensen) O conceito de inovação disruptiva, popularizado por Clayton M. Christensen (1997), descreve um processo no qual uma solução aparentemente simples ou inferior, geralmente mais barata e acessível, entra na base de um mercado e, com o tempo, melhora de forma contínua até suplantar e desbancar os líderes de mercado estabelecidos.1 A disrupção, na sua essência, está na democratização do acesso a uma tecnologia, e não necessariamente na tecnologia em si.1 O exemplo da Netflix é o mais emblemático.1 A empresa começou oferecendo DVDs pelo correio, um serviço que parecia de nicho e inferior à conveniência das lojas físicas como a Blockbuster. As empresas estabelecidas ignoraram essa "solução inferior" por não fazer sentido para sua base de clientes mais lucrativos. No entanto, o modelo de negócio da Netflix (sem multas por atraso e com um catálogo vasto) foi a semente de uma nova forma de consumo de entretenimento. Conforme a tecnologia de internet e o modelo de negócio evoluíram para o streaming, a Netflix se tornou uma força que não apenas "destruiu" a Blockbuster, mas "modelos de negócio inteiros" no setor.1 O ponto central de Christensen é o "dilema do inovador".1 Ele demonstra que as grandes empresas, por serem bem-sucedidas, estão presas a um ciclo de inovação incremental para seus clientes de alto valor, o que as impede de enxergar o potencial das soluções de baixo custo que atacam a base do mercado. O dilema é que, ao fazer tudo "certo" para seus clientes mais exigentes, elas criam a oportunidade para que novas empresas as destruam. A inovação disruptiva, portanto, é um subtipo particularmente perigoso da inovação radical (Tipo B). 4.2. Inovação Aberta: O Fim do Monopólio do Conhecimento (Chesbrough) O modelo de inovação aberta, popularizado por Henry Chesbrough (2003), desafia a premissa de que a inovação deve ocorrer exclusivamente dentro das fronteiras de uma empresa. Ele defende que as empresas devem buscar ideias, tecnologias e talentos além de seus limites tradicionais, explorando fluxos de conhecimento internos e externos para acelerar o processo inovador.1 A teoria de Chesbrough se baseia na premissa de que, na "era do conhecimento," nenhuma empresa pode inovar isoladamente.1 A inovação aberta se divide em duas vertentes: 4.2.1. Inovação Aberta Interna (Horizontal) Esta dimensão da inovação aberta se concentra na promoção da colaboração entre os diferentes departamentos, unidades ou equipes internas de uma organização.1 O objetivo é quebrar os silos de conhecimento e otimizar o fluxo de ideias e informações. Uma indústria automobilística que integra suas equipes de design, engenharia e marketing para o desenvolvimento de um novo modelo de carro, por exemplo, pratica a inovação aberta interna, pois busca sinergia entre áreas que tradicionalmente trabalham de forma isolada.1 4.2.2. Inovação Aberta Externa Esta é a essência da teoria de Chesbrough. A inovação aberta externa envolve a colaboração com parceiros externos à empresa, como universidades, centros de pesquisa, startups, fornecedores e até mesmo concorrentes.1 O exemplo do desenvolvimento de novas vacinas ilustra perfeitamente essa dinâmica.1 Durante a pandemia de COVID-19, empresas farmacêuticas, governos e universidades colaboraram de forma inédita, compartilhando pesquisas, dados e tecnologias para acelerar o processo de desenvolvimento e produção. Esse caso real prova que a inovação aberta pode gerar resultados exponenciais e de impacto global quando os atores de um ecossistema de inovação cooperam.1 5. A Gestão da Inovação: Uma Abordagem Integrada (Tidd & Bessant) Após a compreensão dos conceitos teóricos e dos diferentes tipos de inovação, o desafio prático para as organizações é como gerenciar e orquestrar esses processos de forma eficaz. Os autores Joe Tidd e John Bessant (2015) oferecem uma perspectiva gerencial que integra as dimensões tecnológica, mercadológica e organizacional da inovação. Eles posicionam a inovação como um processo contínuo e gerenciável, e não como um evento de sorte.1 O framework de Tidd e Bessant atua como a cola que une as diferentes teorias. Ele aborda o "funil de inovação" 1, um conceito que descreve o processo de seleção e desenvolvimento de ideias, desde a fase inicial de prospecção até o lançamento no mercado. A gestão da inovação, nessa perspectiva, envolve a capacidade de uma empresa de captar, selecionar, desenvolver e implementar as ideias mais promissoras, de forma alinhada à sua estratégia de negócio. Essa abordagem é crucial para resolver o dilema de como as empresas podem equilibrar a busca por inovações radicais, que são arriscadas, com a manutenção de um fluxo constante de inovações incrementais, que são mais seguras e previsíveis.1 6. Análise Crítica e Síntese de Conceitos A inovação é um fenômeno multifacetado, e sua compreensão completa requer a síntese das diversas teorias apresentadas. As categorias de inovação não são mutuamente exclusivas e, em muitos casos, se sobrepõem e se complementam. A visão de Schumpeter e Drucker estabelece o fundamento, o primeiro focando na inovação como um motor de transformação econômica e o segundo como uma disciplina empreendedora. O Manual de Oslo, por sua vez, oferece uma taxonomia prática para classificar a inovação dentro da empresa. Christensen adiciona uma camada de complexidade ao explicar a dinâmica competitiva específica da disrupção, que é um subtipo da inovação radical (Tipo B). A Netflix, por exemplo, é um caso de inovação que é simultaneamente de marketing, organizacional, radical (Tipo B) e disruptiva.1 O modelo de inovação aberta de Chesbrough, por sua vez, oferece uma estratégia para que as empresas estabelecidas possam mitigar o risco de disrupção. Ao invés de tentarem inovar sozinhas, elas podem colaborar com o ecossistema de inovação, seja por meio de parcerias com startups para acesso a novas tecnologias ou com universidades para pesquisa básica.1 Essa estratégia de cooperação pode ser a chave para que as empresas estabelecidas evitem o destino da Blockbuster. A grande questão de gerenciamento, como levantado na seção de "Reflexões Críticas" do material didático, é: "Será que todas as empresas precisam buscar apenas inovação radical para sobreviver?".1 A resposta é que a "estratégia de inovação" de uma empresa depende de seu contexto, setor e objetivos.1 Embora a inovação radical possa redefinir um mercado, a inovação incremental é a base da competitividade sustentável para muitas empresas. A combinação equilibrada de diferentes tipos de inovação, guiada por uma gestão estratégica sólida, é o que realmente aumenta a competitividade e garante a sustentabilidade de uma organização.1 7. Sumário Estruturado e Ferramentas Didáticas Para consolidar o conhecimento, a tabela a seguir resume os principais tipos de inovação e suas características, conectando os conceitos aos autores de referência e a exemplos práticos. 7.1. Tabela Comparativa dos Tipos de Inovação 7.2. Exercícios para Fixação de Conteúdo O material didático deve ser complementado com atividades práticas que permitam aos alunos solidificar a compreensão dos conceitos: Questão Objetiva: Qual das alternativas representa um exemplo clássico de inovação disruptiva, conforme o conceito de Christensen? a) O lançamento de um novo modelo de carro híbrido. b) A adoção de um novo sistema de gestão interna que aumenta a produtividade. c) A Netflix substituindo as locadoras de filmes tradicionais. d) O surgimento do motor a vapor. Questão Dissertativa: Diferencie inovação radical A e inovação radical B, exemplificando cada uma e explicando o tipo de impacto que cada uma causa no mercado. Estudo de Caso: Analise o impacto da inovação aberta externa no setor farmacêutico durante a pandemia de COVID-19. Como o modelo de Chesbrough ajudou a acelerar o desenvolvimento de vacinas? Mencione outros tipos de inovação (como de processo ou organizacional) que também podem ter ocorrido para viabilizar essa colaboração. 7.3. Conclusão: Inovação como Estratégia e Disciplina Em suma, a inovação é mais do que invenção; é a aplicação intencional de novas ideias para gerar valor.1 Ela se manifesta de múltiplas formas, que podem ser classificadas de acordo com sua área de aplicação (produto, processo, etc.) ou seu impacto (incremental, radical, disruptiva). Além disso, o modelo de inovação aberta, que promove a colaboração interna e externa, tornou-se uma estratégia crucial na economia do conhecimento. Uma compreensão aprofundada desses conceitos permite que as organizações e empreendedores não apenas identifiquem, mas também gerenciem de forma proativa as mudanças no mercado. A inovação não é um evento casual, mas o resultado de um processo sistemático e estratégico que, quando bem-executado, é capaz de transformar ideias em valor e de garantir a competitividade e sustentabilidade de uma organização no longo prazo.1

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