No PP, embora o nome de Hélio Matos
desponte como candidato a prefeito,
há o desejo de outros progressistas
de encabeçar a majoritária. No PSD
se ressaltam os nomes de Ademir da
Silva, o Dema, e Valmir Daminelli.
Neste caso a questão é saber qual
dos dois representaria o partido na
majoritária. Afora isto, há ainda de
se saber se o partido seria vice do PP,
ou se conseguiria trazer o PP como
seu vice. Há ainda o caso do PT, que
em 2012 concorreu como vice do PP e
parece disposto a repetir a dobradinha.
Pelo andar da carruagem não haverá
espaço para o PT na chapa majoritária
de oposição, e, neste sentido, fica a
dúvida quanto a posição do partido em
relação ao pleito deste ano.
Em princípio Sombrio deverá ter,
de um lado, PMDB, PR, PSB, PDT,
DEM. Do outro deverão estar PP, PSD.
PT e PTB. Há também de se analisar
os casos pontuais do PPS e do PRB. O
PPS passou por um franco processo de
desmantelamento nos últimos meses.
Primeiro saíram dele várias de suas
principais lideranças. Depois até o
vice-prefeito Valmir Daminelli deixou
a sigla. A bem da verdade, o partido
hoje só serve para garantir mais es-
paço na propaganda eleitoral de rádio
para a coligação em que estiver. Já o
PRB ainda não se posicionou em rela-
ção a 2016. Oficialmente está aliado
a administração municipal, mas tem
flertado com a oposição.
É muito provável que o prefeito
Zênio Cardoso promova uma ampla
reforma interna em sua gestão a par-
tir do mês que vem. Neste contexto,
ficará bem mais claro quem deverá
estar com quem no pleito deste ano.
A tendência é que Zênio ‘se livre’ de
todos os inconvenientes políticos que
orbitam sua administração, o que fará
também com que se livre das amarras
políticas que o circundam, e que não
são poucas.
Tabuleiro político do avesso em Sombrio
Doze dos 16 deputados federais de
Santa Catarina já se manifestaram a
favor do impeachment da presidenta
Dilma Rousseff (PT). Dentre eles os
sulistas Jorge Boeira (PP), Ronaldo Be-
nedet (PMDB), Giovania de Sá (PSDB)
e Edinho Bez (PMDB). Os três que são
contrários a queda de Dilma são os pe-
tistas Décio Lima e Pedro Uczai, assim
como a comunista Ângela Albino. O voto
de Ângela, no entanto, é irrelevante. É
que ela é suplente e deverá ser substi-
tuída por João Paulo Kleinubing (PSD)
na hora da votação. Kleinubing já disse
que é pelo impeachment. Por ora, o único
indeciso é Celso Maldaner (PMDB), o
que causa surpresa, já que seu posiciona-
mento na Câmara Federal é francamen-
te conservador. No que diz respeito ao
Senador, nossos três representantes já se
manifestaram a favor do impeachment.
Proporcionalmente, Santa Catarina é
o Estado que mais tem parlamentares
favoráveis ao afastamento de Dilma.
Quase consenso
Crescendo
Cristian na briga
Turatti
ADVOCACIA EMPRESARIAL
FONE: (48) 3533-0145
“Nunca se mente tanto como antes de uma eleição,
durante uma guerra e depois de uma caçada.”
Correio do Sul
Quinta-feira,
24 de março de 2016
[email protected]
(48) 9945.6787
Otto Von Bismarck (1812/1898)
Diplomata alemão
Bioquímico sombriense Cristian
Rosa esteve reunido recentemente com
empresários do município para discutir
o pleito eleitoral deste ano. Na ocasião
foi solicitado que ele mantenha seu
nome como um dos pré-candidatos do
PP à prefeitura de Sombrio, como uma
alternativa aos nomes tradicionais que
permeiam a política local. De acordo
com ele, a solicitação o fez refletir
ainda mais sobre o assunto. “Quando
fui procurado para me colocar a dispo-
sição como candidato a prefeito do PP
não imaginava a proporção que este
assunto iria tomar. Pensei que eu seria
apenas mais um dentro do processo,
mas estou sentindo que preciso me
preparar para algo maior”, comenta
Cristian, com ares de quem pretende
levar o projeto adiante. Em uma reu-
nião interna o PP havia fechado ques-
tão em torno de Hélio Matos. Pelo visto
esqueceram de avisar Cristian sobre o
que fora acordado.
Prefeito de
Araranguá, San-
dro Maciel (PT),
continua indefi-
nido no que diz
respeito a possibi-
lidade de disputar
à reeleição. Se a
decisão tivesse que
ser tomada neste
momento, ele declinaria do desafio,
optando por apoiar outro nome de sua
coligação. Por conta disto são bastante
grandes as especulações dando conta de
que ele poderá apoiar seu vice Rodrigo
Turatti (PDT) no embate eleitoral deste
ano. Nome novo no processo, Rodrigo
conseguiu se mantem imune ao desgaste
natural de uma gestão municipal, ao
longo do mandato de Sandro. Se as coisas
convergirem para isto, o grande desafio
será fazer a composição majoritária a
ser apoiada por Sandro. É que por certo
o PT irá querer indicar o vice de Rodri-
go. O problema é que há um rosário de
partidos orbitando o governo de Sandro
que também almejam a vaga de vice, em
especial PPS, PRB e DEM.
Ú
ltimos desdobramentos
políticos em Sombrio
acabaram reconfigu-
rando o cenário pré-
-eleitoral deste ano no município.
A grande novidade foi o retorno do
PSD para a oposição, pelas mãos de
ex-aliados do Paço Municipal. Na
prática, o grupo de aliados que estava
descontente com a gestão do prefeito
Zênio Cardoso (PMDB) migrou para
o PSD para lhe fazer oposição diante
do pleito de Outubro. Por outro lado,
fortes lideranças que lhe fizeram
oposição em 2012, e que estavam no
PSD, acabaram oficializando de vez o
apoio que lhe darão em 2016 migran-
do para o PR.
Paralelo a isto, vários fatores
também acabaram fazendo com que
o tabuleiro político em Sombrio fosse
alterado. A saída do vereador José An-
tônio da Silva, o Zezinho, do PP, e seu
ingresso no PSB, é um exemplo disto.
De franco opositor, Zezinho passou a
fiel defensor de Zênio. Por outro lado,
o vereador Ademir Cardoso, o Dimi,
que foi eleito pelo PMDB, migrou
para o PSD, engrossando a oposição. À
sombra disto tudo, dezenas de filiados
dos mais diversos partidos acabaram
indo para este ou aquele lado.
Se formos analisar a montagem
política que foi feita em 2012 e a que
está se configurando para 2016, ainda
é muito difícil de saber quem ganhou
e quem perdeu no jogo eleitoral som-
briense. Para se ter uma ideia, a se-
cretária municipal de Saúde, Gislane
Dias da Cunha (PR), que em 2012 era
opositora do então candidato Zênio
Cardoso, agora deverá ser sua vice.
Já Valmir Daminelli (PSD), que é seu
atual vice, tentará estar na majoritá-
ria da oposição.
A oposição, aliás, precisará se es-
forçar para manter o equilíbrio do gru-
po. Hoje, os três principais partidos
que a representam são PP, PSD e PT.
PSB de Som-
brio tem se virado
para engrossar as
fileiras do parti-
do. Nos últimos
dias o alvo tem
sido os filiados do
PPS, que ficou
a deriva depois
que o vice-prefeito
Valmir Daminelli, e o deputado estadual
Ricardo Guidi deixaram a sigla. O esforço
junto ao PPS não é para menos. É que
grande parte do PSB é oriundo daquela
sigla, o que facilita o acesso às bases do
partido. Ontem o presidente do PSB,
Omir Stuart, trouxe para seu grupo
o líder comunitário Reinaldo Elias, o
popular Zé Coelho, que deverá concorrer
a vereador no pleito deste ano. “Devemos
ter uma nominata bastante considerável
disputando a Câmara Municipal. Talvez
uma das principais da eleição deste ano”,
comenta Omir. A empolgação não é para
menos. De cara o PSB tentará reeleger
Daniel Bittencourt Cardoso, o Daniel
Palito, e José Antônio da Silva, o Zezinho,
que estão filiados a sigla.