JUVENTUDE E NAZISMO Fabio Paulo Belli Lenoir Heisler
Jovens da década de 30, na Alemanha Espaço totalitário III Reich “Poder dos adultos relaciona-se com o que é feito com a juventude” Do que estamos falando?
Contextualização histórica Período entre-guerras (1918-1939) Tratado de Versalhes: Alemanha perde grande parte de seu território; Sofre fortes restrições no campo militar: Proibição de desenvolver indústria bélica; E de exigir o serviço militar obrigatório; Possuir um exército com mais de cem mil homens; É obrigada a pagar uma vultuosa indenização aos aliados pelos danos causados pelo conflito.
Alemanha - República de Weimar (crise 1923- inflação; 1 dólar equivalia a 130 bilhões de marcos) Marcha de Mussolini ( Il Duce ) sobre Roma; - Período da Hitlerjugend - manifestações totalitárias em todo o mundo (Japão, EUA (crise econômica), Espanha, Uruguai, Brasil).
Discurso de Adolf Hitler à Juventude Hitlerista
“É por meio da juventude que começarei minha grande obra educacional. Nós, os velhos, estamos gastos. Não temos mais instintos selvagens. Mas minha esplêndida juventude! Nós temos uma das mais belas do mundo. Com eles, poderei construir um mundo novo!” Adolf Hitler - 1930 – Desafio da ação católica (Pio XI) - 1913 – Juventude Alemã Livre (organização contra o império alemão, antes da primeira guerra): representa o nacionalismo - Von Schirach , chefe da juventude no Terceiro Reich
Hino da Juventude Hitlerista ( Hitler Jugendeslied )
A pedra angular do nazismo foi o racismo. Família e a escola ficam em segunda instância. Todas as grandes conquistas da humanidade emergem de um tipo racionalmente puro (“justificando” a eugenia). “Condena toda a raça(alma e pensamento) que é diferente da ideologia dominante, principalmente Judeus (infraestrutura e comércio)”. O Papel do Racismo
Propaganda orientada para as massas (instrumento político); Produção cinematográfica; Grandes eventos cuidadosamente preparados para envolver o povo, em especial os jovens. (Cf. p. 203) Alguns números …
Obrigatoriedade do alistamento aos 10 anos (PFIMF) 14 anos Jovem povo alemão (juramento) (p. 204) Educação militar - Slogan (“Nós nascemos para morrer pela Alemanha”) 10 anos entravam na “ Jungmadel ” (Jovens Virgens) 14 anos Juventude Hitlerista 18 anos Liga das moças alemães Educadas para ser mães e gerar filhos para o sistema (1 por ano) M E N I N A S M E N I N O S
Justificativa de sobrevivência do povo Em 35 - Casamento biológico, recomendava aos jovens relações sexuais fora dos laços do casamento, mas pelo mesmo ideal: conservação da raça. Hitler como pai simbólico Nenhum sistema é absoluto, há no meio dele oposições Políticas C riminosas e anti sociais I ndividualista liberais (seguiam os ingleses) Enfrentando oposições
Maior filial de um partido nazista fora da Alemanha; Maior grupo foi o de São Paulo, com 785 membros, seguido por Santa Catarina, com 528, e Rio de Janeiro, com 447; A HitlerJugend no Brasil teve a adesão de 550 meninos e meninas alemãs e descendentes, que foram seduzidos pelo discurso do regime nazista. A HitlerJugend no Brasil
Em algumas escolas não era raro os professores alemães ministrarem aulas usando o uniforme cáqui com a suástica atada ao braço; No início do dia letivo, era comum os alunos se cumprimentarem com a saudação Heil Hitler; Conviviam normalmente com crianças tachadas como "inferiores“; Pela ideologia nacional-socialista.
“Os exercícios escolares de desenho, por exemplo, são na sua quase totalidade sobre temas alemães e particularmente nazistas. Os meninos são postos a copiar flâmulas, bandeiras nazistas. Comumente os desenhos mostram um rapaz segurando uma bandeira nazista e trazendo uma legenda Heil Hitler”. DIETRICH, Ana Maria. Nazismo tropical, o partido nazista no Brasil . São Paulo: FFLCH- Universidade de São Paulo (Tese de doutorado), 2007, p. 304. Presença de nazistas negros entre os membros da juventude hitlerista do Germânia : o jogador de futebol Artur Friedenreich .
Juventude “organizada” – mas sem organização; Jovens eram mobilizados (não protagonistas); Utilização da moratória social para aproveitar a moratória vital em função do estado totalitário. Considerações Finais
Referências Bibliográficas DICK, Hilário. Gritos silenciados, mas evidentes . São Paulo: Loyola, 2003. DIETRICH, Ana Maria. Narrativas orais da juventude hitlerista e neonazista no Brasil: breve análise comparativa . Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo, julho 2011. ______. Nazismo tropical, o partido nazista no Brasil . 2007. 301 p. Dissertação (Doutorado em História), FFLCH- Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. KJOS, Berit . O modelo nazista para a educação orientada para resultados . Trad. Walter Nunes Braz Jr. 2004. Disponível em : <http://www.espada.eti.br/educacaonazista.asp>. Acesso em : 04 Fev . 2013. YOUTUBE. Hino da juventude hitlerista . 3min12. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=wZEACD5fSyY& bpctr =1360006820>. Acesso em: 04 Fev. 2013. ______. Discurso de Adolf Hitler à juventude hitlerista . 5min20. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=3Art8QitRVo>. Acesso em: 04 Fev. 2013.