Lição 7 o cuidado com as ovelhas

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Lição 7 – 16 de maio de 2010

Subsídios – Lições Bíblicas Página 1

O CUIDADO COM AS OVELHAS



Autor deste subsídio: Pastor Ronaldo Batista.
Mestre em Teologia.
Convites: (21) 3904-3738
[email protected]

ESBOÇO DA LIÇÃO

Introdução
I. O que é um pastor à luz das Escrituras
II. Como as ovelhas devem ser cuidadas
III. Elementos ameaçadores das ovelhas
IV. Quais os deveres das ovelhas
Conclusão


Texto áureo:
“Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”. João 10.11


INTRODUÇÃO

Senhores professores eis aí um dos assuntos mais palpitantes, sem deixar de ser
delicado em alguns pontos. Pois o cuidado com as ovelhas acontecerá enquanto a Igreja
de Cristo peregrinar nessa terra. Os dias de Jeremias foram uma advertência para todas
as gerações subseqüêntes no que tange ao cuidado pastoral que, naquele tempo deixou
de existir em virtude do egoísmo, pois a liderança estava preocupada em apascentar a si
mesma. Portanto, faz-se necessário relembrar essa temática e a reavivar esse cuidado
tanto do pastor para com as ovelhas, como das ovelhas para com seus pastores como
uma verdadeira simbiose. Associação esta que redundará crescimento no reino de Deus
e cuidado para todos.


I. O QUE É UM PASTOR À LUZ DAS ESCRITURAS

1. O ofício de pastor.

Pastor é aquele que cuida de rebanho, apascenta e o alimenta. Os termos usados
para pastor é ra ̀ah, no hebraico; e poimen no grego. Atualmente, também se designa o
criador de ovelhas como ovinocultor. No Antigo Testamento, tal profissão não era tão
rendosa, era de muito trabalho, mas vista com muita honra pelos hebreus. Também o
ofício de ovinocultor era desempenhado tanto por homens quanto mulheres (Gn 29.9),
mas dado aos seus riscos, a figura masculina sempre foi predominante. Pois o pastor se

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expunha ao intenso cansaço, perigo constante de animais, salteadores e a falta de
conforto das noites solitárias tomando conta do rebanho.

2. Deus como pastor

Como vimos acima o ofício de pastor apesar de toda a sua fadiga, era visto com muita
honra pelos judeus. Sendo metaforicamente Deus chamado de Pastor de Israel, referindo-se
assim ao cuidado e a dependência do seu povo neste mundo: “O Senhor é o meu pastor, nada me
faltará”, Sl 23.1. Confira também Sl 80.1; Jr 23.3,4; Ez 34.11,12, 23,24. Proféticamente esse termo
é aplicado ao Messias, Mq 5.2,4. O Senhor Jesus é o bom e Supremo pastor da sua Igreja, e
como tal cuida da mesma de dia e de noite, tendo na sua liderança sub-pastores. Ele disse, “Eu
sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas”, Jo 10.11.


3. Os dirigentes políticos.

Além do pastor literal e do metafórico referindo-se a Deus, temos também o mesmo
termo aplicado à classe dirigente de Israel, isto é, politicamente ao rei e anciãos do povo.
Pois estes deveriam cuidar dos cidadãos israelitas com um zelo pastoral, eles, porém
rumavam muitas vezes num caminho oposto, como diz Jeremias, “dispersando,
afugentando e destruindo o rebanho de Javé”, Jr 23.2-3. No tempo de Jeremias a classe
sacerdotal, que era um elemento de influência religiosa da Nação, estava sob a inteira
sujeição política contra os desígnios de Deus, Jr 23.11. Os profetas por sua vez eram tão
sórdidos que eram indignos de sua função, se fizeram tão abomináveis que para Deus se
tornaram como Sodoma, Jr 23.14. Felizmente a Bíblia é um livro honesto, ela denuncia
que nem sempre aqueles que deveriam cuidar das ovelhas , cuidaram de fato, ao
contrário, exploravam e destruíam-nas.

4. O que não é pastor.

Aqui trato do elemento que ostenta o título, mas que procura apenas as
prerrogativas do cargo, de fato não tem o coração no rebanho, nem procuram conhecer o
estado dos seus liderados, Pv 27.23. Tais elementos como diz Ezequiel são egoístas,
34.2; exploradores, 34.3; destituídos de zelo pelo rebanho, 34.4; consequentemente as
ovelhas ficam dispersas, 34.5.
Pastor não foi feito para brilhar e nem ser ovacionado como artistas e políticos
deste mundo, o verdadeiro pastor é apenas um servo que, como “pregador cristão ele fica
mais satisfeito quando sua pessoa é eclipsada pela luz que brilha das Escrituras e quando
a sua voz é sufocada pela voz de Deus”. Vejamos a seguir no que consiste o trabalho de
um genuíno pastor.

II. COMO A OVELHAS DEVEM SER CUIDADAS

Dada a sua fragilidade, o rebanho literal de ovelhas exige um cuidado constante a
fim de mantê-lo com boa qualidade. Pois, sem cuidado ele tanto enfraquece que pode
chegar ao ponto de deixar de existir, tal é a sua fragilidade. O que é uma perfeita analogia
da igreja local. Portanto as ovelhas precisam ser:

1. Guiadas, Jo 10.3,4.

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A palavra pastor em inglês é leader, que em português é líder, aquele que guia, é
chefe ou condutor. O pastor é o indivíduo que vai adiante das ovelhas, embora não elas
não enxerguem bem, todavia, conhecem a sua voz e jamais seguem a estranhos, Jo 10.5.
Elas são guiadas pelo seu líder para serem nutridas, para dessedentadas e refrigeradas
por aquele lhes têm amor pastoral, Sl 23.2-3; Jo 10.9. Mesmo diante de um vale tênebre e
horrendo elas se deixam guiar pela voz do seu pastor, pela sua vara e seu cajado, tendo
assim conforto, Sl 23.4. A liderança de um homem de Deus, como sub-pastor de Jesus
Cristo, deve ser assim, guiando as ovelhas dele a plena satisfação de suas necessidades
espirituais.

2. Curadas, Ez 34.4.

A saúde da ovelha deve ser cuidada tanto de modo preventivo, quanto curativo.
Preventivamente, com uma boa alimentação e a tosquia é igualmente importante,
pois o acúmulo excessivo da lã deve ser evitado por causa do enfastiamento. Hoje
também temos as modernas vacinas que visam prevenir de doenças, mantendo assim a
saúde delas. Preventivamente o pastor da igreja deve fornecer alimentação de qualidade
pela Palavra de Deus; vaciná-las sempre que preciso, contra o contágio das doenças do
século presente, tais como o relativismo, pluralismo, consumismo, inversão de valores,
etc., que caracterizam este tempo de pós-modernidade.
Curativamente, as ovelhas devem ser tratadas quando se machucam, adoecem ou
se ferem como vítima de algum predador que tentou tragá-las, mas foi socorrida a tempo.
Muitos se machucam ou adoecem na caminhada da vida cristã, por isso precisam de
cuidado espiritual terapêutico que a medicina não oferece, mas que um médico de almas
de Cristo, um pastor, tem a mão, o bálsamo do Espírito Santo que cura, Jr 8.22; 46.11.

3. Com disciplina

Outra forma de cuidar das ovelhas é disciplinando-as sempre que for necessário
visando a restauração das mesmas. A igreja de Cristo não é um bando de desordeiros
bastardos, mas uma família espiritual com ordem paterna embasada na Palavra de Deus.
Essa disciplina deve ser aplicada por alguém competente para fazê-lo e
proporcionalmente a falta cometida, mas sempre com brandura e vigilância Gl 6.1. A
disciplina pode ser uma advertência, correção, repreensão, suspensão, exclusão.
Qualquer tipo de disciplina deve ser aplicada com fundamentação bíblica, pela igreja e na
justa medida, 2Tm 3.16-17. Esta também deve vir acompanhada de ensino,
aconselhamento e brandura.

4. Protegidas, Jo 10.11.

As próprias limitações naturais das ovelhas exigem constante proteção. Pois elas
são inofensivas, débeis, impotentes e indefesas, por isso se desviavam facilmente do
aprisco, em virtude disso representam a falta de malícia, simplicidade e dependência do
seu Supremo Pastor, Mt 7.11; 9.36; 10.6. Por isso as ovelhas devem ser protegidas de
seus predadores naturais e pessoas más, como veremos no tópico a seguir. O verdadeiro
pastor de Cristo, as carrega no seu coração sempre por elas intercedendo, ensinando,
visitando e as protegendo, e assim como seu Mestre, ele dá a vida por elas se necessário
for, 1Sm 17.34; Is 53.6; 1Jo 3.16. Tal deve ser a candura do amor ardente de um pastor.

III. ELEMENTOS AMEAÇADORES DAS OVELHAS

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Existem três tipos principais de elementos ameaçadores de ovelhas.

1. Ladrões e Salteadores, Jo 10.1.

Embora sejam semelhantes no ato de tomar para si as ovelhas que não lhes
pertence, são distintos em si. Um furta sem agir com violência o outro furta utilizando-se
do uso de violência. Mas tanto um quanto o outro não usam o acesso normal de entrada
do aprisco, Jo 10.1. É claro que quando o Senhor Jesus fala que, “Todos quantos vieram
antes de mim são ladrões e salteadores” (Jo 10.8), Ele não está falando de roubar ou
seqüestrar as pessoas, e sim usar de sua influência religiosa para desvirtuá-las do
verdadeiro caminho e do Supremo pastor profetizado, Mq 5.2,4. Noutras palavras, era
roubar-lhes o coração do VERDADEIRO PASTOR para si mesmos como Absalão (2Sm
15.6), mas as verdadeiras ovelhas conhecem a voz do seu pastor e fogem dos estranhos,
Jo 10.5.

2. Mercenário, Jo 10.12-13.

Esse indivíduo trabalha por salário, apesar dele entrar pela porta não tem maiores
vínculos com o rebanho. Logo quando vem o perigo esse empregado foge tentando
preservar a sua vida. Um aprisco antigamente costumava ter uma única entrada, esse
curral era construído num lugar em que dificultava os predadores naturais entrar, pois o
mesmo era cercado com espinhos impedindo a entrada de lobos, todavia grandes
predadores famintos como os leões ou leopardos pulavam os obstáculos despedaçando
algumas ovelhas enquanto outras fugiam e ficavam despersas. Nessas horas de elevado
perigo o empregado fugia por não ser deles as ovelhas. Mas o dono costumava a enfretar
tais feras, dando a sua vida pelas ovelhas.

3. Os animais.

A Bíblia cita alguns animais que eram uma verdadeira ameaça tanto para o
rebanho quanto para os pastores, leões, ursos, mas dá uma atenção especial aos lobos.
Os lobos tratavam-se de um risco muito grande porque costumam a atacar em
matilha, embora um lobo apenas pudesse atacar uma ovelha desgarrada e dada a sua
indefensibilidade devoraria a mesma sem dificuldade. Os lobos são animais de bonita
pelagem, de uma visão privilegiada, de olfatos agudos e audição excelente, tendo
também uma potente arcada dentária própria para o abatimento de suas vítimas. Além do
mais são muito inteligentes e estratégicos podendo abater tanto animais grandes estando
em conjunto, como também para o próprio ser humano. Por isso eram muito temidos. Os
lobos são metáforas daqueles que falam em nome de Deus, mas interiormente tem
segundas intenções com a ovelha, são falsos profetas (Mt 7.15); são extremamente
expertos, de visão ampla e de privilegiada audição sendo, portanto, inicialmente difíceis
de serem identificados, a não ser pelos frutos, Mt 7.16; 10.16-17. Não poupem os lobos,
pois quem poupa um lobo no seu aprisco sacrifica o rebanho, Atos 20.28-29.

IV. QUAIS OS DEVERES DAS OVELHAS

Pelo exposto acima vimos quão duro e difícil é ser um pastor do rebanho do
Senhor Jesus Cristo. E assim como ele tem deveres para com a igreja local, esta também
tem deveres para com ele.

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1. As ovelhas devem amá-lo.

O líder espiritual sempre amará carinhosamente o rebanho a ele confiado por
Deus, ele é o que mais expõe a sua vida, ainda que não pareça mesmo em nossos dias.
Um líder assim pode ser difícil de achar, mas é fácil identificar. O amor tem a capacidade
de reunir em si mesmo todas as qualidades , 1Co 13.4-6; Gl 5.21-22. Pois,
verdadeiramente “tudo se resume no amor”, Rm 13.9. Portanto, ame o seu pastor
demonstrando carinho por ele. Quem ama obedece sem pesar, mas com alegria.
Cumprimente-o calorosa e respeitosamente como a um pai, e no dia de seu aniversário
presentei-o. Respeite a sua família e só fale bem dele. Se algum dia chegar acontecer
alguma divergência de opinião, o respeito será a melhor atitude de amor e na pior das
hipóteses perdoe e ore por ele.

2. Seguir o seu exemplo.

Os verdadeiros pastores andam nas mesmas pisadas do Mestre seguindo o seu
exemplo (Jo 13.15), não são dominadores, mas foram dados como modelos para serem
seguidos, 1Pe 5.3. Na verdade um pastor sentir-se-á grandemente recompensado por
Deus nessa terra, ao ver suas ovelhas imitando a sua vida de fé e resignação, Hb
13.7,17. Sendo isso para ele um agente de grande motivação.

3. Sustentá-lo dignamente.

Digno é o obreiro do seu salário. E muitos há que se esforçam na oração, visitação
e na Palavra, mas não estão recebendo dignamente. Há situações de obreiros
designados por este Brasil a fora que estão em grande necessidade, enquanto outros têm
com fartura. Portanto, há presbitérios e igrejas neste aspecto que estão divinamente
reprovados. Pois estes líderes não estão sendo honrados como ordena a Bíblia, Fp 2:29;
1Ts 5:13; 1Tm 5:17.
Há muitos que desconsideram o labor pastoral doendo-se quando este chega com
um terno e sapatos novos na igreja, ou mesmo na aquisição de um veículo para lhe
ajudar em seu trabalho. Muitos vivem bem confortáveis em suas casas e acham que os
pastores são indignos disso alegando que Jesus não tinha nenhum conforto, este é o
pensamento mais medíocre e anticristão que alguém pode ter. O autor bem sabe do que
fala, pois sofreu isso na pele uns poucos momentos por onde passou, mas isso não
roubou a sua alegria espiritual.

4. Outros deveres.

A igreja deve considerá-lo como um mensageiro de Deus, seja no púlpito ou fora
dele, mesmo em suas enfermidades, Gl 4.14; Ap 3.1. Nunca desprezá-lo, mesmo que
seja jovem como no caso de Timóteo, 1Tm 4.12. Ele deve ser lembrado em todas as
orações da membresia, sendo assim sustentado contra os ataques de Satanás e assim
avance sempre no reino de Deus, Rm 15:30; 2Co 1:11; Ef 6:19; Hb 13:18. Não se deve
jamais falar mal de um pastor ou presbítero, a não ser em caso grave devidamente
apurado com testemunhas fiéis e idôneas no sentido de corrigir algum problema.
Excepcionalmente, nesses casos, com muito pesar, esse obreiro deve ser destituído de
sua função (1Tm 5.19-20), para que a igreja não fique exposta ao erro e os mais fracos
sejam contaminados, Is 30.1; Hb 12.13. Se nos dias de Jeremias o povo agisse com

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discernimento não teriam sido exilados e destruídos. Poupe um lobo hoje e em seguida
ele destruirá o rebanho.

CONCLUSÃO

Haverá um imenso avivamento muito maior do que já há em nossa pátria, quando
as disposições acima forem postas em prática a favor dos obreiros e líderes do Senhor.
Há muitos ainda que estão sendo vítimas de suas igrejas, fazendo-os sofrer e gemer e o
Espírito de Deus está entristecido com isso. Não estão sendo alvos dos benefícios de
suas igrejas, antes estão fazendo a obra de Deus sofrendo, gemendo e pensando em
abandonar o ministério como Elias ou Jeremias chegou a desejar, 1Rs 19.3,4; Jr 20.9.
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