O que é o livre- arbítrio ? A capacidade de fazer algo podendo contudo não o ter feito.
Formulação do Problema do livre- arbítrio : É o livre-arbítrio compatível com o determinismo? Podemos ser realmente livres num universo determinista ? Também fazemos parte do universo físico.
Teorias ( respostas ) Teorias Liberdade e determinismo são compatíveis? Será o determinismo verdadeiro? Será que temos livre-arbítrio? Determinismo Radical Não Sim Não Libertismo Não Não Sim Determinismo Moderado Sim Sim Sim
Os libertistas consideram que o livre-arbítrio não é compatível com o determinismo. 1. O Libertismo
LIBERTISMO TESES O libertismo é a perspetiva segundo a qual temos livre-arbítrio e o livre-arbítrio é incompatível com o determinismo. Temos livre-arbítrio (algumas das nossas ações não são determinadas).
2 . LIBERTISMO O DETERMINISMO é a tese de que todos os acontecimentos do universo estão causalmente determinados pelos acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza.
O que é o determinismo ? A B C D E F….. O ACONTECIMENTO F É O EFEITO INEVITÁVEL DE CAUSAS ANTERIORES. O que agora acontece resulta necessariamente do que antes aconteceu.
Exemplos do determinismo EXEMPLO DE UMA SEQUÊNCIA CAUSAL NECESSÁRIA NO MUNDO NATURAL . Poluição -> aquecimento global -> derretimento dos glaciares do Ártico -> grandes quantidades de água doce no Atlântico Norte -> interrupção da Corrente do Golfo -> Menos água quente a circular para o norte -> Invernos extremamente rigorosos na Europa. EXEMPLO DE UMA SEQUÊNCIA CAUSAL NECESSÁRIA – NA PERSPECTIVA DETERMINISTA RADICAL - NO MUNDO HUMANO . Concluo o 9º ano -> Frequento Humanidades -> Concluo o 12º ano -> Frequento o curso de História -> Concluo o curso de História -> Concorro a um lugar no ensino -> Estou a dar aulas num liceu do Porto.
Argumentos dos libertistas Experiência direta da liberdade O ser humano quando age tem consciência que poderia ter agido de outra forma. As nossas escolhas são livres na medida em que resultam das nossas deliberações e decisões e não de acontecimentos anteriores .
Argumentos dos libertistas Experiência direta da liberdade As nossas ações não são mais um elo numa longa cadeia de causas e efeitos dado que desencadeiam uma nova cadeia causal de acontecimentos. O passado não controla as nossas ações, não decide por nós. Logo , há livre-arbítrio.
Argumentos dos libertistas Forma padrão: Se sentimos que somos livres, então Se sentimos que somos livres, então temos livre-arbítrio Sentimos que somos livres, temos a experiência direto do ato de escolher. Logo, temos livre-arbítrio e nem tudo está determinado.
Exemplos do libertismo Concluo o 9º ano -> Frequento Humanidades -> Concluo o 12º ano -> Frequento o curso de História -> Concluo o curso de História -> Concorro a um lugar no ensino -> Estou a dar aulas num liceu do Porto. As deliberações do sujeito produzem efeitos: Segundo o libertista, estas decisões não são os efeitos necessários de uma causa anterior - concluir o 9º ano não conduz necessariamente à frequência de um curso de Humanidades no 10º ano. Depende de mim.
Argumentos dos libertistas 2. Responsabilidade moral: Se não existisse livre-arbítrio, não teria sentido responsabilizar as pessoas pelas suas ações. Ora tem sentido responsabilizar as pessoas. Logo, há livre-arbítrio.
1 . Inexistência de um bom argumento O libertista não apresenta um bom argumento para demonstrar que o livre-arbítrio não é uma ilusão. Contrariamente ao que defendem, podemos estar enganados com respeito à escolha livre, pois a nossa impressão de liberdade pode ser ilusória.
As nossa escolhas não são possíveis se não forem determinadas por desejos e crenças. Escolhas indeterminadas não são escolhas. Dizer que o ser humano tem consciência do seu livre-arbítrio não é o mesmo que dizer que é livre. A liberdade pode ser uma ilusão.
A ilusão de que temos livre-arbítrio resulta do facto de termos consciência dos nossos desejos, mas ignorarmos as causas que os determinam.
Uma escolha que não seja determinada por acontecimentos anteriores é simplesmente aleatória, fruto do acaso, pelo que também não é livre, dado que o acaso é algo que não podemos controlar. 2. Objeção da aleatoridade