Linguagens hipermidiáticas e processos formativos: uma inovação?

236 views 27 slides Sep 21, 2020
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USP PRPG `Vivenciando 2020


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Linguagens HIPERmidiáticas e processos formativos: uma inovação? Vivenciando 2020: Formação superior no mundo pós-pandêmico USP - Prpg PROFA. DRA. LUCILA PESCE UNIFESP – EFLCH DEPTO. EDUCAÇÃO – PPGE [email protected]

Qual o papel das linguagens hipermidiáticas nos processos formativos? Até que ponto os dispositivos e interfaces digitais podem contribuir para o fortalecimento de processos formativos dialógicos? Em que medida as práticas docentes desenvolvidas em meio à cultura digital podem ser inovadoras? Questões para discussão

Interatividade – Santaella Interação humana como sistema aberto. Linguagem escrita : o enunciador intui um leitor (diálogo virtual com o leitor imaginário). Mudanças no conceito de texto : interativos (ao invés de unidirecionais), abertos (ao invés de fixos). Interatividade : mutabilidade, efemeridade, vir-a-ser em processos que demandam reciprocidade, colaboração e partilha.

Interatividade – Santaella A essência da interatividade no ciberespaço: Interação: na medula dos processos cognitivos nos ambientes de rede. Dialogismo: nova luz para compreende a interatividade e seu papel no desenvolvimento do perfil cognitivo do leitor imersivo. Exemplar legítimo de um intercurso comunicativo : negociações do diálogo vivo e volátil. Intercâmbio das subjetividades mediado pela linguagem. Fluxos informacionais (de signos, jogos de linguagem) em primeiro plano o ciberespaço. A interatividade no ciberespaço deflagra o caráter dialógico da linguagem.

HIPERMÍDIA - SANTAELLA Q uatro traços definidores Hibridização de linguagens: (pp.47-48) -Signos, codificações e multimídias (mistura de sentidos, receptores, sensoriais, outros). -Há uma convergência e integração das redes e mídias (Castells, 2003). -Linguagem híbrida e prototípica.   Permite uma mistura de: (pp.48-50) -Todas as linguagens. -Ruídos, linguagens, textos, imagens, sons, vozes em diferentes ambientes. -Organização reticular. -Interação com o receptor. -Hipermídia. - Infovias . Cartograma Navegacional – Necessidade de mapas para a navegação.(p.52) O leitor... -Não a usa no modo passivo ou reativo. -Deve tomar decisões. -Ter compreensão, atenção, concentração, interação e volatilidade de estímulos.

O LEITOR IMERSIVO E UBÍQUO - SANTAELLA   Leitor I mersivo (p.271) Inaugura um modo diferente de leitura. Habilidades estas que são distintas inclusive pelo receptor de imagens ou expectador de cinema e tv. Ele pratica pelo menos 4 estratégias de navegação: Escaneia a tela – é uma busca sem profundidade. Navega seguindo pistas. Busca e esforça-se para encontrar seu alvo. Explora em profundidade. Leitor I mersivo Está no espaço informacional. Perambula e se detém em telas e programas de leitura. Navega em um universo d e signos que está sempre disponíveis. Cognitivamente está sempre em estado de prontidão. Conecta-se entre vários nós e nexos com roteiros multilineares, multissequenciais e labirínticos (ele ajuda a construir isso). Ele interage com os nós entre os textos, imagens, músicas. É livre para estabelecer sua ordem informacional.   Leitor Ubíquo Com a transformação do ciberespaço surge um quarto tipo de leitor o leitor ubíquo. Foi necessária uma evolução da internet. Acesso às informações, novos ambientes de conexão, e compartilhamentos. Uma expansão inclusiva do perfil cognitivo do leitores que o precederam. O leitor ubíquo tem trazido mudança nos níveis educativos ( didático, curricular, etc.)

Convergence culture – Henry Jenkins Conceitos Convergência dos meios de comunicação Inteligência coletiva Cultura participativa

A convergência: Transcende a questão tecnológica (múltiplas funções em um mesmo aparelho). É transformação cultural (nos cérebros de cada um, a partir das interações sociais) e seu impacto nos diversos setores (religião, educação, política, cidadania democrática...). Inteligência coletiva e fonte alternativa ao poder midiático. Papel central dos celulares no processo de convergência das mídias. Convergence culture – Henry Jenkins

Impactos do pensamento convergente Mudança nas relações com a mídia e nas práticas sociais por meio delas Relação entre públicos, produtores e conteúdos de mídia Convergence culture – Henry Jenkins

Convergência corporativa Convergência alternativa De cima para baixo De baixo para cima Convergence culture – Henry Jenkins

Exclusão digital Lacuna participativa Foco no acesso – ênfase na tecnologia Foco na participação – ênfase nas práticas culturais Convergence culture – Henry Jenkins

No enxame - Byung-Chul Han Transição crítica, advinda da revolução digital. Nova massa: o enxame digital. “ O homo digitalis é tudo, menos um “ninguém”. Ele preserva a sua identidade privada, mesmo quando se comporta como parte do enxame. Ele se externa, de fato, de maneira anônima, mas via de regra ele tem um perfil e trabalha ininterruptamente a sua otimização. Em vez de ser “ninguém”, ele é um alguém penetrante, que se expõe e que compete por atenção” (p. 28)

No enxame - Byung-Chul Han Percepção embotada Massa de informação não filtrada Sociedade narcísica Presentismo Excesso de informação e pensamento definhando

No enxame - Byung-Chul Han “O sujeito econômico neoliberal não forma nenhum ‘Nós” capaz de um agir conjunto. A egotização crescente e a atomização da sociedade leva a que os espaços para o agir conjunto encolham radicalmente e impede, assim, a formação de um contrapoder que pudesse efetivamente colocar em questão a ordem capitalista”. (p. 33) Solidão Erosão do comunitário Privatização

No enxame - Byung-Chul Han Ágora digital Polis e economia Eleição e mercado Eleitores e consumidores Governos e marketing

PANDEMIA - COVID-19 Ações educacionais remotas Em todos os níveis e modalidades de educação Análise crítica da racionalidade subjacente ao “ensino remoto” Premissa dialógica: Habermas, Freire. Professores Estudantes

Ação comunicativa - Habermas X Pautada na lógica instrumental Voltada aos fins de sucesso, controle e dominação Atenta ao mundo da vida, às questões intersubjetivas. Voltada à emancipação Compromissada com a descolonização do mundo da vida dos professores e estudantes Ação estratégia Ação comunicativa

Ação comunicativa - Habermas Descolonização do mundo da vida ( Lebenswelt ) – vida social dialógica, ética e emancipadora Sujeitos sociais buscam entendimento mútuo na fala e nas ações intersubjetivas Linguagem medium regulador do entendimento mútuo forma de ação social Busca de consenso argumento problematização em contexto intersubjetivo (argumentos livres de coação) em contexto provisório (aberto a novos níveis de compreensão e entendimento)

Empoderamento e interação dialógica - Freire Cosmovisão dialética e dialógica Premissa – utopia inerente ao projeto social emancipador Da materialidade histórica dos excluídos, à problematização do mundo Interação dialógica Crítica Transformadora Aberta à alteridade e ao novo Constituição mútua dos sujeitos sociais Relações sociais solidárias e emancipadoras

Habermas e Freire – um intertexto HABERMAS FREIRE Educação Instância social em que são engendradas relações dialéticas (reprodução e reconstrução) Mídia Tensão: humanização x coisificação do homem Reconstrução social Da subjetividade para a intersubjetividade Denúncia da dominação social Razão instrumental (pensamento estratégico) Educação bancária ( anti dialógica) Busca de superação Razão comunicativa Educação libertadora

Habermas e Freire – um intertexto FREIRE HABERMAS Relação pedagógica na interação dialógica Unidade da razão comunicativa, no entendimento mútuo Temas geradores e humanização Projeto de reconstrução social reabilitador do mundo da vida

Habermas e Freire – um intertexto   FREIRE HABERMAS Horizontalidade Pela interação dialógica, a ação social Pelo agir comunicativo, o entendimento mútuo Devir História como possibilidade Inconclusão humana Modernidade como projeto inacabado Linguagem como prática social Interação dialógica Agir comunicativo Intertexto e contradições, nos processos educacionais Subsídios à refundamentação das ações educacionais

A premissa dialógica nos processos formativos Práticas educacionais conformes às demandas mercantis Reprodução (não dialógico) Reconstrução (dialógico) Práticas educacionais ressignificadas, empoderadoras e emancipadoras Conclusões provisórias, porque históricas

Ações educacionais Instrumentais Comunicativas Perspectiva funcionalista De caráter impositivo Conformes às demandas mercantis Acento único nos conteúdos de ensino Processos formativos aligeirados e planificados Perspectiva culturalista De caráter dialógico Aproximação dos sujeitos sociais: acolhida Refundamentadas Emancipadoras Empoderadoras A premissa dialógica nos processos formativos Pesce (2014); Marfim e Pesce (2019) Conclusões provisórias, porque históricas

Atividades educacionais desenvolvidas em caráter remoto, em tempos de pandemia: não cabe refutar, mas ampliar a compreensão crítica sobre tais ações. Distância geográfica e não simbólica. Distância temporal (atividades assíncronas) e não descompasso entre as temporalidades cronológica e kairológica (PESCE, 2014). Conclusões provisórias, porque históricas

Referências JENKINS, Henry. Convergence culture. New York University Press, 2006. FREIRE, Paulo. (1969). Extensão ou comunicação ? 7ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. ______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 6ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997. ______. (1979). Educação e mudança . 24ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001. ______ & SHOR, I. (1987). Medo e ousadia: o cotidiano do professor. 7ª. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997. HABERMAS, Jürgen. (1985). Pensamento pós-metafísico: estudos filosóficos. Trad. F. B. Siebenichler . Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990. ______. On the pragmatics of communication . Cambridge: The MIT Press, 1998. ______. De léthique de la discussion . Trad. Mark Hunyadi. Paris : Flammarion, Centre National des Lettres, 1999. ______. (2001). Agir comunicativo e razão descentralizada . Trad. L. Aragão. Revisão D. C. da Silva. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2002. ______. (1983). Consciência moral e agir comunicativo . 2ª ed. Trad. G. A. de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003. HAN, BYUNG-CHUL. No enxame: perspectivas do digital. Trad. L. Machado. Petrópolis: Vozes, 2018. MARFIM, Lucas; PESCE, Lucila. Marfim, L.; Pesce, L. (2019). Trabalho, formação de professores e integração das TDIC às práticas educativas: para além da racionalidade tecnológica. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas , 27(89). Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/334972644_Trabalho_formacao_de_professores_e_integracao_das_TDIC_as_praticas_educativas_Para_alem_da_racionalidade_tecnologica PESCE, Lucila. Políticas de formação inicial de professores, tecnologias e a construção social do tempo. EccoS , Revista Científica . v. 33, n. 01, jan.-abril . 2014. p. 157-172. Disponível em: http://www4.uninove.br/ojs/index.php/eccos/article/viewFile/3598/2721 SANTAELLA, Lúcia. Navegar no ciberespaço: o perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus , 2004. ______. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus , 2013.

Obrigada Profa. Dra. Lucila Pesce UNIFESP – EFLCH – Departamento de Educação Programa de pós-graduação em educação [email protected]