LITERATURA - 1º ANO - VERSIFICAÇÃO E ESCANSÃO.pptx

Leidimarabatista 456 views 23 slides Jul 19, 2022
Slide 1
Slide 1 of 23
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23

About This Presentation

Conteúdo de Literatura do 1º Ano do Ensino Médio sobre Versificação e Escansão.


Slide Content

Versificação e Escansão Leidimara Soares Batista

Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; É um andar solitário entre a gente; É nunca contentar-se e contente; É um cuidar que ganha em se perder; É querer estar preso por vontade; É servir a quem vence, o vencedor; É ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor Nos corações humanos amizade, Se tão contrário a si é o mesmo Amor? Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

Versificação Consiste na técnica de fazer versos. Verso: É cada linha do poema; é uma palavra ou conjunto de palavras com unidade rítmica. Ex: Amor é um fogo que arde sem se ver; Estrofes: são agrupamentos de versos. Ex: Amor é um fogo que arde sem se ver; É ferida que dói, e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer.

Versificação Estrofes são classificadas quanto ao número de versos: Monóstico – estrofe com um verso. Dístico – estrofe com dois versos. Terceto – estrofe com três versos. Quadra ou Quarteto – estrofe com quatro versos. Quintilha – estrofe com cinco versos. Sextilha – estrofe com seis versos. Septilha – estrofe com sete versos. Oitava – estrofe com oito versos. Nona – estrofe com nove versos. Décima – estrofe com dez versos. Métrica: É a quantidade de sílabas poéticas.

Escansão É a contagem de sílabas poéticas.

SONETO DE FIDELIDADE Vinicius de Moraes De tudo ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu canto E rir meu riso e derramar meu pranto Ao seu pesar ou seu contentamento E assim, quando mais tarde me procure Quem sabe a morte, angústia de quem vive Quem sabe a solidão, fim de quem ama Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama Mas que seja infinito enquanto dure.

SONETO DE FIDELIDADE Vinicius de Moraes De/ tu / do ao / meu / a / mor / se / rei / a / ten / to An / tes , / e / com / tal / ze / lo , e / sem / pre , e / tan / to Que / mes / mo em / fa / ce / do / mai / or / en / can / to De / le / se en / can / te / mais / meu / pen / sa / men / to. Que / ro / vi / vê / - lo em / ca / da / vão / mo / men / to E em / seu / lou / vor / hei / de es / pa / lhar / meu / can / to E / rir / meu / ri / so e / de / rra / mar / meu / pran / to Ao / seu / pe / sar / ou / seu / con / ten / ta / men / to E a / ssim , / quan / do / mais / tar / de / me / pro / cu / re Quem / sa / be a / mor / te, an / gús / tia / de / quem / v i / ve Quem / sa / be a / so / li / dão, / fim / de / quem / a / ma Eu / po / ssa / me / di / zer / do a / mor / (que / ti / ve ): Que / não / se / ja i / mor / tal, / pos / to / que é / cha / ma Mas / que / se / ja in / fi / ni / to en / quan / to / du / re.

Escansão Monossílabo – verso com uma sílaba poética. Dissílabo – verso com duas sílabas poéticas. Trissílabo – verso com três sílabas poéticas. Tetrassílabo – verso com quatro sílabas poéticas. Pentassílabo (ou redondilha maior) – verso com cinco sílabas poéticas. Hexassílabo – verso com seis sílabas poéticas. Heptassílabo – verso com sete sílabas poéticas. Octossílabo – verso com oito silabas poéticas. Eneassílabo – verso com nove sílabas poéticas. Decassílabo – verso com dez sílabas poéticas. Hendecassílabo – verso com onze sílabas poéticas. Dodecassílabo (ou alexandrino) – verso com doze sílabas poéticas. Verso Bárbaro – verso com mais de doze sílabas poéticas. Os versos são classificados de acordo com o número de sílabas poéticas que possuem:

Escansão Uma rima é a repetição de uma sequência de sons a partir da vogal da última sílaba tônica do verso.

Eu ... Eu sou a que no mundo anda perdida, Eu sou a que na vida não tem norte, Sou a irmã do Sonho,e desta sorte Sou a crucificada ... a dolorida ... Sombra de névoa tênue e esvaecida, E que o destino amargo, triste e forte, Impele brutalmente para a morte! Alma de luto sempre incompreendida!... Sou aquela que passa e ninguém vê... Sou a que chamam triste sem o ser... Sou a que chora sem saber porquê... Sou talvez a visão que Alguém sonhou, Alguém que veio ao mundo pra me ver, E que nunca na vida me encontrou! Florbela Espanca

Eu ... Eu sou a que no mundo anda perd ida , A Eu sou a que na vida não tem nor te , B Sou a irmã do Sonho,e desta sor te B Sou a crucificada ... a dolor ida ... A Sombra de névoa tênue e esvaec ida , A E que o destino amargo, triste e for te , B Impele brutalmente para a mor te ! B Alma de luto sempre incompreend ida !...A Sou aquela que passa e ninguém vê ...C Sou a que chamam triste sem o ser ... D Sou a que chora sem saber porqu ê ...C Sou talvez a visão que Alguém sonh ou , E Alguém que veio ao mundo pra me ver , D E que nunca na vida me encontr ou ! E Florbela Espanca

FORMAS FIXAS

SONETO Constituído de duas quadras (estrofes com quatro versos) e de dois tercetos (estrofes com três versos), o soneto expressa em torno de uma ideia do início até o penúltimo verso. Já no último verso, considerado como chave de ouro, costuma apresentar uma síntese de tudo que foi abordado.

O DEUS- VERME Fator universal do transformismo. Filho da teleológica matéria, Na superabundância ou na miséria, Verme - é o seu nome obscuro de batismo. Jamais emprega o acérrimo exorcismo Em sua diária ocupação funérea, E vive em contubérnio com a bactéria, Livre das roupas do antropomorfismo. Almoça a podridão das drupas agras, Janta hidrôpicos , rói vísceras magras E dos defuntos novos incha a mão... Ah! Para ele é que a carne podre fica, E no inventário da matéria rica Cabe aos seus filhos a maior porção! A teleologia é uma doutrina que estuda os fins últimos da sociedade, humanidade e natureza. Insistente, persistente, pertinaz. Convivência, familiaridade, camaradagem. Doutrina filosófica que busca compreender a realidade através da atribuição de qualidades e comportamentos humanos aos seres inanimados ou irracionais.

O DEUS- VERME Fator universal do transformismo. Filho da teleológica matéria, Na superabundância ou na miséria, Verme - é o seu nome obscuro de batismo. Jamais emprega o acérrimo exorcismo Em sua diária ocupação funérea, E vive em contubérnio com a bactéria, Livre das roupas do antropomorfismo. Almoça a podridão das drupas agras, Janta hidrôpicos , rói vísceras magras E dos defuntos novos incha a mão... Ah! Para ele é que a carne podre fica, E no inventário da matéria rica Cabe aos seus filhos a maior porção! Fruto carnoso que contém uma única semente protegida por um caroço duro.  Aplanar (terras) para o plantio; arar Acumulação mórbida de serosidade (soro sanguínio ) em qualquer parte do corpo, principalmente no abdome.

balada Inicialmente, na Idade Média, a balada surgiu na forma de canto acompanhado de coreografia, tornando-se concebida posteriormente apenas como recitação lírica. A partir do século XIV ganhou moldes que se assemelham aos atuais, constituída de três oitavas e uma quadra.

BALADA DAS DAMAS DOS TEMPOS IDOS François Villon Dizei-me em que terra ou país Está Flora, a bela romana; Onde Arquipíada ou Taís, que foi sua prima germana; Eco, a imitar na água que mana de rio ou lago, a voz que a aflora, E de beleza sobre-humana? Mas onde estais, neves de outrora? E Heloísa, a mui sábia e infeliz Pela qual foi enclausurado Pedro Abelardo em São Denis, por seu amor sacrificado? Onde, igualmente, a soberana Que a Buridan mandou pôr fora Num saco ao Sena arremessado? Mas onde estais, neves de outrora? Branca, a rainha, mãe de Luís Que com voz divina cantava; Berta Pé-Grande, Alix , Beatriz E a que no Maine dominava; E a boa lorena Joana, Queimada em Ruão ? Nossa Senhora! Onde estão, Virgem soberana? Mas onde estais, neves de outrora? Príncipe, vede, o caso é urgente: Onde estão elas, vede-o agora; Que este refrão guardeis em mente: Onde estão as neves de outrora?

Vilancete Surgido pela primeira vez no Cancioneiro Geral, segundo os aspectos etimológicos, “ vilancete ” diz respeito à “ cantiguinha vilã”. Tal composição origina-se de um mote pequeno, sendo esse popular ou alheio, desenvolvendo depois nas coplas (estrofes) da glosa ou volta e se constituindo do metro tradicional, ou seja, aquele formado de cinco a sete sílabas. Destinando-se de forma específica ao canto, desapareceu no século XVIII, haja vista que os árcades e pré-românticos deixaram de cultivá-lo.

Descalça vai para a fonte Leonor pela verdura; Vai fermosa , e não segura. Leva na cabeça o pote, O testo nas mãos de prata 1 , Cinta de fina escarlata 2 , Sainho de chamalote 3 ; Traz a vasquinha de cote 4 , Mais branca que a neve pura. Vai fermosa e não segura. Descobre a touca a garganta, Cabelos de ouro entrançado 5 Fita de cor de encarnado, Tão linda que o mundo espanta. Chove nela graça tanta, Que dá graça à fermosura . Vai fermosa e não segura. 1.    mãos de prata = mãos alvas 2.    escarlata = tecido vermelho de lã 3.    sainho = casaco curto 4.    vasquinha de cote = saia com muitas pregas de uso diário 5.    cabelos louros arrumado em tranças

Rondó Caracteriza-se como um poema formado de treze versos distribuídos em três estrofes, sendo duas quadras seguidas de uma quintilha. Dessa forma, constatamos que os dois primeiros versos da primeira quadra se repetem no final da segunda, e o primeiro verso da quadra inicial se repete no fecho da quintilha, materializando-se da seguinte forma: ABab|abAB|abbaA . As letras maiúsculas representam os versos que são repetidos como estribilho. Outro aspecto que se refere à modalidade em questão diz respeito ao fato de ela não obedecer a um esquema fixo no que tange à métrica e às rimas, contudo, de forma predominante, faz-se prevalecer versos de sete ou oito sílabas poéticas.

Rondó dos Cavalinhos Manuel Bandeira Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... Tua beleza, Esmeralda, Acabou me enlouquecendo. Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... O sol tão claro lá fora E em minhalma — anoitecendo! Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... Alfonso Reys partindo, E tanta gente ficando... Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... A Itália falando grosso, A Europa se avacalhando... Os cavalinhos correndo, E nós, cavalões, comendo... O Brasil politicando , Nossa! A poesia morrendo... O sol tão claro lá fora, O sol tão claro, Esmeralda, E em minhalma — anoitecendo!

atividade Faça a versificação e escansão do poema Amar de Florbela Espanca

Referências bibliográficas http://www.mundovestibular.com.br/articles/4542/1/Versificacao/Paacutegina1.html http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/43313 http://portugues.uol.com.br/literatura/poemas-forma-fixa.html http://especialmente.com.br/arte/poesia/escansao/
Tags