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COMPREENDER UM TEXTO
GLOSSÁRIO
Adubos verdes: plantas
utilizadas para melhoria
das condições do solo.
Biodiversidade:
diversidade de seres
vivos de um local.
Sistemas agroflorestais
Sistemas agroflorestais são formas de uso ou manejo
da terra, nos quais se combinam espécies arbóreas [...]
com cultivos agrícolas e/ou criação de animais, de
forma simultânea ou em sequência temporal e que
promovem benefícios econômicos e ecológicos. Os
sistemas agroflorestais ou agroflorestas apresen-
tam como principais vantagens, frente à agricultura
convencional, a fácil recuperação da fertilidade dos
solos, o fornecimento de adubos verdes, o controle
de ervas daninhas, entre outras coisas.
A integração da floresta com as culturas agríco-
las e com a pecuária oferece uma alternativa para
enfrentar os problemas crônicos de degradação
ambiental generalizada e ainda reduz o risco de
perda de produção. Outro ponto vantajoso dos sis-
temas agroflorestais é que, na maioria das vezes, as
árvores podem servir como fonte de renda, uma vez
que [...] os frutos das mesmas podem ser explorados
e vendidos. A combinação desses fatores encaixa as
agroflorestas no modelo de agricultura sustentável. [...]
Os sistemas trazem uma série de vantagens econômicas
e ambientais, tais como:
1. Custos de implantação e manutenção reduzidos;
2. Diversificação na produção aumentando a renda familiar, assim
como a melhoria na alimentação;
3. Melhoria na estrutura e fertilidade do solo devido à presença de
árvores que atuam na ciclagem de nutrientes;
4. Redução da erosão [...];
5. Aumento da diversidade de espécies;
6. Recuperação de áreas degradadas.
O modelo agroflorestal visa compatibilizar o desenvolvimento econômico
da população rural com a conservação do meio ambiente. [...]
O sistema agroflorestal com grande mistura de espécies (ocupando es-
tratos/camadas diferentes do ecossistema, tais como arbustos, árvores de
pequeno e grande porte) [...] funciona de forma bem parecida com a floresta
natural, em termos de ciclos de nutrientes, regulamentação do ciclo hídrico,
interação com a atmosfera etc.
[...] é importante ressaltar que o modelo agroflorestal não é uma solu-
ção integral para a proteção da biodiversidade. Certamente, ele reduz os
impactos das queimadas e dos agrotóxicos e visa reduzir os impactos do
desmatamento. [...]
Fonte: Centro de Inteligência em Florestas (CIFLORESTAS).
Disponível em: <http://www.ciflorestas.com.br/texto.php?p=sistemas>.
Acesso em: 22 ago. 2018.
Dois tipos de sistema agroflorestal.
(A) Cultivo de banana, pitanga e cúrcuma
em meio à mata nativa preservada. (São
Paulo, SP, 2017.) (B) Criação de gado em
meio à floresta preservada. (Santa Rita do
Pardo, MS, 2017.)
A
B
Representação esquemática de sistema agroflorestal (parte superior), identificando as espécies envolvidas (parte inferior). Nele, apenas algumas plantas da floresta são retiradas para o plantio ou para a criação de animais.
A maior parte da floresta é preservada. (Imagens sem escala; cores-fantasia.)
Fonte: OLIVEIRA, N. L. et al. Desenvolvimento sustentável e sistemas
agroflorestais na Amazônia mato-grossense. Confins Revista Franco-
-Brasileira de Geografia, n. 10, 2010.
Açaí
Mamão
Andiroba
Abacaxi
CaféMandioca
Banana
Nim
3 m 3 m
ILUSTRAÇÕES: SAMUEL SILVA
FABIO COLOMBINI GERSON SOBREIRA/TERRASTOCK
GERSON SOBREIRA/
TERRASTOCK
Milho Pupunha
Mogno
Copaíba
OBTER INFORMAÇÕES
1. O que são sistemas agroflorestais?
2. Quais são as vantagens do sistema agroflores-
tal de cultivo?
INTERPRETAR
3. Por que o modelo de sistema agroflorestal
não é considerado uma solução integral para
a perda da biodiversidade?
4. Por que as agroflorestas se encaixam no mo-
delo de agricultura sustentável?
DISCUTIR
5. Além do sistema agroflorestal, há outras formas
de cultivo que têm a preocupação ambiental,
como a agricultura orgânica. O que você conhe-
ce ou já ouviu falar sobre esse tipo de cultivo?
O que você pensa sobre alimentos orgânicos?
Compartilhe suas ideias com os colegas.
ATIVIDADES REGISTRE EM SEU CADERNO
Sistema agroflorestal
105104
Acesso para todos!
[...] Consideram-se pessoas com deficiência aquelas que têm im-
pedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual
ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade
de condições com as demais pessoas.
[...]
Fonte: BRASIL. Lei N
o
13.146, de 6 de jul. de 2015.
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Brasília, DF, jul. 2015.
Acessibilidade na entrada da
escola
1 Faixa de pedestres e farol.
2 Calçada rebaixada.
3 Entrada facilmente
identificada.
4 Calçada plana e bem
pavimentada.
5 Obstáculos na calçada
sinalizados com piso tátil.
6 Parada de ônibus próxima à
entrada.
7 Piso tátil guiando o caminho
entre a parada de ônibus e a entrada.
8 Área de embarque e
desembarque.
2
1
3
7
5
4
8
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DA NIEL ZEPPO
SUPER NORMAIS
TROCAR IDEIAS SOBRE O TEMA
Em grupo, discutam as seguintes questões.
1. Qual é a relação entre a ilustração e a tirinha
desta seção?
2. Que dificuldades de deslocamento uma pessoa
com deficiência poderia enfrentar?
3. Por que as dificuldades de acesso podem impe-
dir que uma pessoa com deficiência par ticipe
da vida em sociedade?
COMPARTILHAR
Façam um estudo sobre as condições de acessi-
bilidade na escola e em torno dela. Esse estudo pode
incluir obser vações, registros fotográficos e entre-
vistas com pessoas com deficiência. Com base no
levantamento feito, proponham ações para favorecer
a acessibilidade dessas pessoas no local pesquisado.
Organizem as conclusões desse estudo em um
tex to com imagens e compar tilhem-no com os cole-
gas e pessoas responsáveis pelos locais estudados.
Para este trabalho, vocês devem se concentrar em
questionar e colocar problemas.
•Façam observações do espaço considerando a
condição de diferentes pessoas com deficiência
e levantem questões sobre a realidade vivida
por elas.
•Identifiquem problemas e os apresentem por
meio de dados, imagens e depoimentos.
•Proponham intervenções que possam vir a
melhorar a acessibilidade de pessoas com defi-
ciência nos locais estudados.
• Consegui obser var os locais estudados imagi-
nando a situação de pessoas com diferentes
deficiências?
• Elaborei perguntas a par tir da condição de al-
guém diferente de mim?
• Apresentei os problemas identificados por meu
grupo utilizando materiais produzidos durante
as obser vações?
• Propus inter venções considerando o modo como
elas podem contribuir para a acessibilidade de
pessoas com determinadas deficiências?
COMO EU ME SAÍ?
Na página da organização sem fins lucrativos Diversa , disponível em <http://diversa.
org.br/artigos/como-chamar-pessoas-que-tem-deficiencia/>, você encontra um
texto sobre os termos utilizados para nomear as pessoas com deficiência do início
do século XX aos dias de hoje e sua relação com a conquista de direitos.
Acesso em: 17 jul. 2018.
Entrando na rede
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Explore
Propõe a
investigação de
fatos, bem como a
exploração de ideias
novas. Incentiva o
trabalho em equipe e o
uso de habilidades de
investigação científica.
Atitudes para a vida
Seção que pretende desenvolver
atitudes que podem ser utilizadas
não apenas no contexto escolar, mas
em diversos momentos do dia a dia.
Compreender um texto
Esta seção tem por objetivo
desenvolver a compreensão leitora,
trabalhando a leitura e a interpretação
de textos diversos, incluindo os de
divulgação científica. As atividades
estimulam a obtenção de informações
e a reflexão sobre o texto.
Pensar
Ciência
Propostas de reflexão
e debate sobre o
funcionamento
da Ciência, suas
características,
sua história e as
incertezas que
permeiam seu
desenvolvimento.
Material
•Espuma de barbear
•Folha de papel-toalha
Procedimento e coleta de informações
1. Em grupo, coloquem uma pequena quanti-
dade de espuma de barbear sobre a folha de
papel-toalha e observem, ainda sem utilizar a
lupa. Anotem em detalhes as características
que vocês observaram nesse material.
2. Com cuidado, coloquem a moeda sobre a
espuma e observem. A espuma de barbear
se comporta mais como um sólido, um líquido
ou um gás? Anotem suas observações.
3. Retirem, com cuidado, a moeda que estava
sobre a espuma. Analisem novamente o as-
pecto da espuma, mas desta vez com o auxílio
da lupa. Que detalhes podem ser visualizados
com o uso desse instrumento? Registrem os
detalhes que observaram.
4. Deixem a espuma de barbear sobre a folha
de papel-toalha de um dia para o outro. No
dia seguinte, observem o material primeiro
sem a lupa e depois com o auxílio desse
instrumento. Em seguida, anotem o aspecto
do material. Esse aspecto é semelhante ou
diferente ao observado no dia anterior?
Analisar e discutir
•Discutam em grupo as observações reali-
zadas. É possível concluir qual é o estado físico da espuma de barbear? Lembrem-se, ao discutir os
resultados observados, de considerar a ideia e as opiniões dos colegas, ouvindo com atenção outros
pontos de vista e refletindo sobre eles. Depois dessa reflexão, apresentem as considerações finais
do grupo aos demais colegas.
Qual é o estado físico da espuma de barbear?
Às vezes, pode ser difícil determinar o estado físico de um material,
por exemplo, a espuma de barbear. Na atividade prática a seguir, você e
seus colegas vão observar as características de uma quantidade desse
material e definir seu estado físico.
ATIVIDADES REGISTRE EM SEU CADERNO
DA NIEL ZEPPO
•Moeda de 5 centavos
•Lupa
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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As mulheres na Astronomia
Os registros mais antigos de mulheres vol-
tadas para as práticas astronômicas remontam
a 6.000 anos a.C. No entanto, foi necessário
esperar pela dinastia do imperador babilônico
Sargão I (2334-2279), da Acádia, para identificar
com precisão a primeira astrônoma da história:
En-Hedu-Anna, que viveu por volta de 2.300 a.C.,
sendo que as tábuas com os seus conhecimentos
sobre astronomia desapareceram, só restando os
seus poemas.
[...]
A partir de 1600, os nomes das mulheres começaram a aparecer
com regularidade nos anais da Astronomia. No entanto, todas vive-
ram à sombra dos homens, pai, irmão ou cônjuge cientistas a quem
ajudavam em seus trabalhos, colaboravam na redação, nos cálculos
e nas classificações. [...]
Caroline Herschel (1750-1848), apaixonada pela astronomia,
especializou-se no polimento dos espelhos dos telescópios cons-
truídos pelo seu irmão – o famoso músico e astrônomo inglês de
origem germânica, William Herschel, descobridor do planeta Urano
– para ajudá-lo. Trabalhadora incansável, ela descobriu um cometa
em 1786, o primeiro dos nove que descobriu em onze anos. Foi a
primeira mulher a receber uma remuneração pelos seus trabalhos.
[...]
Hoje, muitas mulheres se dedicam às carreiras científicas, mas
foram necessários muitos anos de lutas nessa direção. No entanto,
ainda permanecem muitos preconceitos que precisam ser comba -
tidos e eliminados. [...]
Fonte: MOURÃO, R. R. de F. As mulheres na astronomia. Tribuna Paraná,
15 abr. 2007. Disponível em: <https://www.tribunapr.com.br/arquivo/tecnologia/as-
mulheres-na-astronomia/>. Acesso em: 5 jul. 2018.
Equipe feminina de pesquisa do
Observatório de Harvard (Estados
Unidos), em 1889. Elas faziam
cálculos minuciosos e, com seus
estudos, realizaram importantes
contribuições para o avanço da
Astronomia, mas seus salários
eram muito inferiores aos de
profissionais homens.
HARVARD COLLEGE/ALAMY/FOTOARENA
1. Em sua opinião, existem profissões que são mais
“masculinas” e outras mais “femininas”? Por quê?
2. Pesquise em sua turma: quantos gostariam de ser
cientistas? Entre esses, quantos são meninos e
quantas são meninas? Há diferença na proporção
ou o resultado foi equilibrado?
3. Lembre-se dos cientistas famosos que você
conhece. Você pensou em homens ou mulheres?
Por que, ao longo do tempo, o trabalho das cien-
tistas foi menos reconhecido que o de seus pares
do sexo masculino? Levante informações históricas
sobre o assunto e compartilhe com os colegas.
4. Faça uma pesquisa sobre a vida e o trabalho de
uma mulher cientista. Reúna-se com os colegas da
classe para divulgar as informações pesquisadas
para a comunidade.
ATIVIDADES REGISTRE EM SEU CADERNO
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