14
E o seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo
Ei, gado, oi
Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo
Ei, gado, oi
Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar
Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo
Ei, gado, oi
Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo
Ei, gado, oi
Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora a sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo
Ei, gado, oi
Êh!
Disponível em: https://www.letras.mus.br/dominguinhos/1587593/. Acesso em:24 de fevereiro de 2017.
TEXTO 10
Vida de Vaqueiro
Nelson Barbalho
Quando o claro do sol vem despontando
Por detrás das montanhas lá da serra
Abro a porta e sinto o cheiro da terra
Do puleiro do quintal canta o galo
Boto a cela no lombo do cavalo
E depois de tomar meu café
Com carinho, amor e muita fé
Vou levando minha vida de gado
Sou vaqueiro, e vivo apaixonado
Por forró, vaquejada e mulher
Sou vaqueiro, e vivo apaixonado
Por forró, vaquejada e mulher
O que vejo de belo no sertão
É o gado correndo na
colina
O sorriso na boca da menina
E o segredo que tem em seu coração
Meu forró e as festas de São João
Santo Antonio, São Pedro e São José
O meu vicio você já sabe qual é
Me perdoe se isso for pecado
Sou vaqueiro, e vivo apaixonado
Por forró, vaquejada e mulher
Sou vaqueiro, e vivo apaixonado
Por forró, vaquejada e mulher...