58
Retornando ao Grande Oriente do Brasil, Palmeira, por sua incontestável
capacidade de liderança, tornou-se um nome proeminente e quase oracular na
Obediência. Graças a isso, em 1963, era eleito Grão-Mestre Geral, tendo, como
Adjunto, Erasmo Martins Pedro, para um mandato de cinco anos. Na alta
administração, chamados a colaborar com o Grão-Mestre, estavam nomes como
Antônio Tarcílio de Arruda Proença, Tito Áscoli de Oliva Maia, Severo Coelho de
Sousa, Moacyr Arbex Dinamarco, Osmane Vieira de Resende, Cândido Ferreira de
Almeida, José Eduardo de Abreu, Paulo Maia Lucas, Abelardo Almeida
Albuquerque, Ariovaldo Vulcano, Djalma Santos Moreira, Lysis Brandão da Rocha,
Rudolf Wensche e Oscar Argollo. Muitos eram remanescentes do Grande Oriente
Unido, destacando-se: Tarcílio Proença, como 1º. Grande Vigilante, Dinamarco,
como Grande Secretário de Administração, e Osmane, como Grande Secretário da
Guarda dos Selos.
Em sua administração, agitada, em seu início, pelo golpe de 1964, Palmeira
tratou da construção do prédio em terreno do GOB, no bairro de Fátima, da
construção do palácio Tiradentes, em Belo Horizonte, do início da construção no
terreno do GOB, em Brasília, e da questão da desapropriação do Palácio do
Lavradio, para a remodelação urbana do Rio de Janeiro. Em relação ao Lavradio,
ele comunicava, em seu relatório anual de 1965, que o governador do Estado já
havia dado ordem para que o prédio fosse resguardado da demolição. Em relação
a Brasília, comunicava que uma parte do plano de construção, à avenida W-5,
estava realizada e, nela, as Lojas funcionavam.
Em sua gestão, também foi criada a Editora Maçônica do GOB, através do
Ato nº. 2.761, de 12 de julho de 1965. A 22 de novembro de 1966, pelo Ato 2.809,
era inaugurado o escotismo no GOB e criado o Departamento Escoteiro. A 12 de
outubro de 1967, o Ato nº. 2.841, criava o Grêmio de Radioamadores do Grande
Oriente do Brasil. E, a 10 de outubro, nos termos do art. 132 da nova Constituição
do GOB (promulgada a 21 de abril), era criado o Superior Tribunal Eleitoral.
A 28 de janeiro de 1968, Dinamarco era eleito Grão-Mestre, derrotando o
candidato oficial, Célio Cordeiro. Mas, antes de entregar o primeiro malhete da
Obediência ao seu sucessor, Palmeira, a 19 de março de 1968, pelo Decreto nº.
2.080, renovava, em seus objetivos, o Ato nº. 1.617, de 3 de agosto de 1940, como