Resumo de manejo de doenças no sorgo e milheto
De acordo com AGRIOS, a doença é classificada como o mal funcionamento de células e tecidos do hospedeiro que resulta em uma irritação continua gerada por um agente patogênico ou pelo ambiente e que conduz ao desenvolvimento de sintomas.
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Resumo de manejo de doenças no sorgo e milheto
De acordo com AGRIOS, a doença é classificada como o mal funcionamento de células e tecidos do hospedeiro que resulta em uma irritação continua gerada por um agente patogênico ou pelo ambiente e que conduz ao desenvolvimento de sintomas.
Nesse sentido, para que a infecção seja bem-sucedida são necessários três pilares: patógeno agressivo, hospedeiro suscetível e condições climáticas aptas a proliferação e sobrevivência do agente patogênico. Esta relação é denominada como triângulo da doença.
A relação patógeno-hospedeiro, é composta por um agrupamento de 5 etapas cronológicas: sobrevivência, disseminação, infecção, colonização e reprodução. Dentro deste processo, existe dois ciclos distintos, o primário, que é a primeira geração do patógeno que se estabelece na cultura, e o secundário, que se desenvolve após o ciclo primário, e corresponde a todas as gerações subsequentes do patógeno no mesmo ciclo da cultura.
Umas das classificações para as doenças de planta mais utilizadas é a de McNew, que categoriza de acordo com o processo fisiológico afetado, em relação ao patógeno. A categorização é dividida em seis grupos.
Exemplos de doenças que podem acometer tanto o sorgo como o milheto, de nome comum iguais, porém apresentam diferenças de espécies:
Podridão vermelha do colmo
Podridão seca do colmo
Mancha foliar de Pyricularia
Ferrugem
Carvão
Ergot
Míldio
Size: 15.78 MB
Language: pt
Added: Feb 08, 2023
Slides: 61 pages
Slide Content
JOÃO VITOR AGUIAR SANTANA BASTOS MANEJO DE DOENÇAS NO SORGO E MILHETO
2 Conceitos; Triângulo das doenças; Ciclo dos patógenos; Sintomas; Manejo; Posicionamento. SUMÁRIO
3 Fitopatologia: estudo de doenças nas plantas, os danos e alteração no bom funcionamento do hospedeiro; CONCEITO “ Doenças de plantas podem ser caracterizadas como um mal funcionamento das células hospedeiras e seus tecidos que resulta uma irritação continua gerada por um agente patogênico ou pelo ambiente”AGRIOS ; Fonte: Myfarm . 2021. Fonte: Syngenta. 2023.
4 TRIÂNGULO DAS DOENÇAS E PRINCÍPIOS DE WHETZEL
5 TRIÂNGULO DAS DOENÇAS Esquematizado por João Vitor, 2023. Suscetível Condições especificas Capacidade agressiva
6 Objetivo : R edução na incidência e na severidade das doenças; PRINCÍPIOS DE WHETZEL Proteção : Impedir o contato; Imunização : Promover a resistência; Terapia : Recupera a planta doente; Evasão: Fuga; Regulação : Alterar o ambiente; Exclusão : Prevenir a entrada; Erradicação : Eliminar o patógeno. Esquematizado por João Vitor. 2023.
7 CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO-HOSPEDEIRO
8 CICLO DAS RELAÇÕES PATÓGENO-HOSPEDEIRO Fonte: slideplayer , 2023. Conjunto de eventos que sucedem por uma geração do patógeno.
9 Diferencia primário e secundário; Inoculo : Estruturas do patógeno que realizam a infecção: Esporos, células bacterianas; Fonte de inoculo : Local onde o inoculo é produzido ou se encontra; Estruturas especializadas de resistência: corpos de frutificação, oósporos, escleródios . SOBREVIVÊNCIA
11 DISSEMINAÇÃO Incremento da doença ao cultivo, temporal e espacial; Liberação: Remoção do patógeno do local de origem: Vento, chuva e respingo; Dispersão: Transporte do patógeno; Deposição: Assentamento do patógeno sobre uma superfície. Fonte: Edisciplinas.usp , acessado em 2023 .
12 Inicio da patogênese, patógeno e hospedeiro entram em contato; Adesão de esporos do patógeno; Passiva: mucilagem adesiva; Ativa: produção de glicoproteínas; Germinação: tubo germinativo . INFECÇÃO Fonte: Cientic , 2004.
13 Representada pela retirada de nutrientes do hospedeiro; Produção enzimas, toxinas e hormônios: Degradação da parede celular; Biotróficos : Tecidos vivos; Necrotróficos : Tecidos mortos; Hemibiotróficos : No início biotrófico e coloniza como necrotrófico . COLONIZAÇÃO Fonte: Edisciplinas.usp , 2005.
14 Produção de inóculos ; Interior do hospedeiro, esporos são liberados após morte ou desintegração; Esporos permanecem no resto cultural, sendo fonte de inoculo pra próxima cultura; Exterior do hospedeiro, favorece a disseminação; Condições climáticas tem relação com a esporulação. REPRODUÇÃO
15 CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS
16 Relação entre sintoma e patógeno; Efeitos sobre o processos fisiologia. CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS Esquematizado por João Vitor, 2023.
17 SINTOMAS E SINAIS Fonte: Infoteca Embrapa, 2013. Fonte: Atlantica sementes, acessado em 2023.
18 DOENÇAS DO SORGO
19 ANTRACNOSE ( Colletotrichum sublineolum )-SORGO D esfolha , abortamento de vagens; Morte prematura de plântulas, reduzindo o potencial produtivo ; Temperatura moderada(25°C); Elevada umidade do ar; Molhamento foliar. Esquematizado por João Vitor, 2023.
21 ANTRACNOSE ( Colletotrichum sublineolum )-SORGO Fonte: Infoteca Embrapa, 2013. Centro das lesões: acérvulos, principal forma de identificação da doença.
22 ANTRACNOSE ( Colletotrichum sublineolum )-SORGO Fonte: Atlantica sementes, acessado em 2023. Centros necróticos, margens avermelhadas.
24 PODRIDÃO VERMELHA DO COLMO ( Fusarium moniliforme )-SORGO Afeta o enchimento dos grãos; Podridão de sementes e morte das plântulas ; Alta umidade e baixa temperatura seguido de baixa umidade e alta temperatura . Esquematizado por João Vitor, 2023.
26 PODRIDÃO SECA DO COLMO ( Macrophomina phaseolina )-SORGO D éficit hídrico e temperatura elevada durante o enchimento de grãos . Altas temperaturas e baixa umidade do ar e do solo, após o florescimento; Esquematizado por João Vitor, 2023.
28 PODRIDÃO SECA DO COLMO ( Macrophomina phaseolina )-SORGO O colmo torna-se macio, devido à desintegração da medula, permanecendo somente os vasos. Fonte: Infoteca Embrapa, 2013.
29 PODRIDÃO SECA DO COLMO ( Macrophomina phaseolina )-SORGO Fonte: Infoteca Embrapa, 2013. Presença esclerócios pretos e pequenos.
30 PODRIDÃO SECA DO COLMO ( Macrophomina phaseolina )-SORGO Acamamento. Fonte: Atlantica sementes, acessado em 2023.
31 MANCHA FOLIAR DE PYRICULARIA ( Pyricularia grisea Sacc .)-SORGO F avorecido por temperatura acima de 25°C; Elevada umidade relativa do ar; Plantio adensado. Esquematizado por João Vitor, 2023.
32 Pontuações de coloração marrom . MANCHA FOLIAR DE PYRICULARIA ( Pyricularia grisea Sacc .)-SORGO Fonte: Plantix , 2023.
33 MANCHA FOLIAR DE PYRICULARIA ( Pyricularia grisea Sacc .)-SORGO Fonte: Infoteca Embrapa, 2013. L esões de formato circular elíptico; Bordas de coloração marrom escura e centro acinzentado; Halo amarelo-clorótico em torno das lesões.
34 DOENÇAS DO MILHETO
35 FERRUGEM ( puccinia substriata )- MILHETO Temperaturas amenas alta umidade do ar; Períodos curtos de temperaturas favoráveis já possibilitam; Sintomas inicias em folhas próximas ao solo. Produção de grãos e qualidade e qualidade de forragens; I nfecção em todos os estágios de desenvolvimento; P erdas mais severas, primeiros estádios; Esquematizado por João Vitor, 2023.
37 FERRUGEM ( puccinia substriata ) -MILHETO Fonte : Agrolink , 2023. Pústulas de até 3mm.
38 CARVÃO ( Moesziomyces penicillariae )-MILHETO Principal doença da cultura do milheto ; T emperaturas variando de 21°C a 31°C ; U midade relativa do ar maior que 80 %. Perda na produção; Esquematizado por João Vitor, 2023.
39 CARVÃO ( Moesziomyces penicillariae )-MILHETO Fonte: InfotecaEmbrapa , 2013. Se inicia no estigma, estruturas fúngicas de coloração verda ( Sori ).
42 ERGOT OU DOENÇA AÇURADA Dificultam a colheita M au aspecto ao produto; T emperaturas amenas e alta umidade de ar; Florescimento; Temperaturas que desfavorecem a polinização. Esquematizado por João Vitor, 2023.
43 ERGOT ( Claviceps fusiforms Loveless )- MILHETO Fonte: InfotecaEmbrapa , 2013 . Exsudação de um líquido açucarado e pegajoso.
44 ERGOT ( Sphacelia sorghi )- SORGO Fonte: Embrapa Milho e Sorgo, 2010 . Capaz de infectar e se desenvolver apenas em ovário não-fertilizado.
45 MÍLDIO Plantas com infecção sistêmica tornam-se estéreis e não produzem grãos . I nfecção sistêmica e localizada; Plantas com idade de até 15 dias desenvolvem infecção sistêmica ; Esquematizado por João Vitor, 2023.
48 MÍLDIO ( Sclerospora graminicola )-MILHETO Temperatura em torno de 18 a 20°C e elevada umidade; Incidência de luz solar por algumas horas. Plantas com idade de até 30 dias desenvolvem infecção sistêmica; Esquematizado por João Vitor, 2023.
49 MÍLDIO ( Sclerospora graminicola )-MILHETO Fonte: Embrapa Milho e Sorgo, 2009. Localizada : S uperfície da folha esbranquiçada.
50 Sistêmico: Deformação da inflorescência; MÍLDIO ( Sclerospora graminicola )-MILHETO Fonte: PLANTIX, acessado em 2023. Fonte: Embrapa Milho e Sorgo, 2009. Estruturas florais adquirem aspecto de pequenas folhas.
54 P ráticas que favoreçam uma boa polinização; Níveis adequados de nitrogênio e potássio; E liminação de restos culturais; Rotação de culturas ; MANEJO CULTURAL
55 MILHETO Realizar aplicação preventiva 25 DAP; Avaliar a evolução da doença, se necessário 45 DAP. MANEJO QUÍMICO Fonte: A ttosementes , 2022.
56 Tratamento de sementes; 2 Aplicações entre v3 e v6, pré - pendoamento ; 1 Pré - pendoamento (maior complexo de doenças); Triazol (cura); Estrobilurina ( evitar a entrada de doenças); Não utilizar fungicida quando estiver soltando as flores, ocorre abortamento. MANEJO QUÍMICO
57 Fungicida de contato e sistêmico; Metalaxil -m e fludioxonil ; Acilalaninato e fludioxonil ; 100 mL /100 kg sementes; T ratamento de sementes; 218,00 reais o litro; 2,18 reais a dose. MANEJO QUÍMICO Fonte: Adapar , acesso em 2023.
58 Tiofanato -Metílico e Fluazinam ; Benzimidazol e Fenilpiridinilamina ; 180 mL /100 kg de sementes; Tratamento de sementes ; 175,00 reais o litro; 31,50 reais a dose. MANEJO QUÍMICO Fonte: Adapar , acesso em 2023.
59 Fungicida sistêmico; Azoxistrobina e tebuconazol ; Estrobilurina e Triazol ; 500 mL /ha; 142,00 reais o litro; 71,00 reais a dose. MANEJO QUÍMICO Fonte: A dama, acesso em 2022.
60 RECOMENDAÇÃO Esquematizado por João Vitor, 2023.