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Historia do Mangá
Sua origem está no Oricom Shohatsu (Teatro das Sombras), que na época
feudal percorria diversos vilarejos contando lendas por meio de fantoches. Essas
lendas acabaram sendo escritas em rolos de papel e ilustradas, dando origem às
histórias em sequência, e consequentemente originando o mangá. Vários mangás
dão origem a animes para exibição na televisão, em vídeo ou em cinemas, mas
também há o processo inverso em que os animes tornam-se uma edição impressa de
história em sequência ou de ilustrações.
O termo mangá surgiu em 1814, nos hokusai mangá, que trazem caricaturas
e ilustrações sobre a cultura japonesa. Já o mangá moderno tem influência dos
cartuns ocidentais e de quadrinhos clássicos da Disney; e é basicamente uma criação
de Osamu Tezuka, com Shin Takarajima (“A Nova Ilha do Tesouro”), de 1947.
Em 1947, Tezuka criou publicou no formato akahon, um mangá escrito por
Sakai Shichima, Shin Takarajima (A Nova Ilha do Tesouro), um título de grande de
sucesso que chegou a vender 400 mil exemplares.
A obra de Tezuka definiu as características do mangá, como
expressões faciais exageradas, elementos metalingüísticos (linhas de velocidade,
grandes onomatopéias etc.) e enquadramentos cinematográficos para aumentar o
impacto emocional. O artista – falecido em 1989 – foi tão influente que é chamado de
Deus Mangá.
Na animação, apesar de haver desenhos anteriores produzidos no
Japão, Tezuka é considerado o fundador da indústria, com obras que marcaram a
cultura nipônica. Astroboy, em 1963, foi a primeira série animada da TV japonesa com
história contínua e personagens recorrentes. Outros trabalhos do autor, como Kimba,
o Leão Branco e A Princesa e o Cavaleiro, ajudariam a definir, em técnicas narrativas
e de animação, o que hoje é tão reconhecido nos animês.
No primeiro mangá lançado aqui foi Lobo Solitário, em 1988, pela
Cedibra, mas adaptado para a leitura ocidental. Isso invertia as artes originais e quase
todos os personagens viravam canhotos. Só quando a Conrad lançou Dragon Ball,
em 2000, os mangás passaram a sair no seu formato original, e lidos “de trás pra