MANUAL DE CAMPANHA SERVIÇO DA PEÇA DO OBUSEIRO 155 mm M109 A3 C 6-86

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About This Presentation

MANUAL DE CAMPANHA SERVIÇO DA PEÇA DO OBUSEIRO 155 mm M109 A3 C 6-86


Slide Content

1ª Edição
2003
C 6-86
MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
Manual de Campanha
SERVIÇO DA PEÇA DO
OBUSEIRO 155 mm M 109 A3

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
Manual de Campanha
SERVIÇO DA PEÇA DO
OBUSEIRO 155 mm M 109 A3

Edição
2003
C 6-86
CARGA
EM.................
Preço: R$

PORTARIA Nº 104-EME, DE 20 DE NOVEMBRO DE 2003
Aprova o Manual de Campanha C 6-86 - Serviço da
Peça do Obuseiro 155 mm M 109 A3, 1ª Edição, 2003.
O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da atribuição que
lhe confere o artigo 113 das IG 10-42 - INSTRUÇÕES GERAIS PARA A
CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS ADMINISTRATIVOS NO
ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército

041, de 18 de fevereiro de 2002, resolve:
Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha C 6-86 - SERVIÇO DA PEÇA
DO OBUSEIRO 155 MM M 109 A3, 1ª Edição, 2003, que com esta baixa.
Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua
publicação.

NOTA
Solicita-se aos usuários deste Manual de Campanha a
apresentação de sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou
que se destinem à supressão de eventuais incorreções.
As observações apresentadas, mencionando a página, o
parágrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentários
apropriados para seu entendimento ou sua justificação.
A correspondência deve ser enviada diretamente ao EME, de
acordo com o artigo 108 Parágrafo Único das IG 10-42 - INSTRUÇÕES
GERAIS PARA A CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS
ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria
do Comandante do Exército nº
041, de 18 de fevereiro de 2002.

ÍNDICE DOS ASSUNTOS
Prf Pag
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO........................................1-1 1-1
CAPÍTULO 2 - APRESENTAÇÃO DO EQUIPAMENTO
ARTIGO I - Introdução.............................................. 2-1 2-1
ARTIGO II - Descrição e Carecterísticas.................... 2-2 e 2-3 2-1
ARTIGO III- Divisão e Nomenclatura do Obus............ 2-4 e 2-5 2-5
CAPÍTULO 3 - ESCOLA DA PEÇA
ARTIGO I - Introdução.............................................. 3-1 e 3-2 3-1
ARTIGO II - Definição de Termos............................... 3-3 3-2
ARTIGO III- Guarnição da Peça................................. 3-4 e 3-5 3-2
ARTIGO IV - Comandos e Formações da Guarnição ... 3-6 a 3-15 3-3
CAPÍTULO 4 - PREPARAÇÃO PARA O TIRO E PARA
A MARCHA
ARTIGO I - Introdução.............................................. 4-1 4-1
ARTIGO II - Preparação da Posição........................... 4-2 4-1
ARTIGO III- Preparação para a marcha ...................... 4-3 4-2
ARTIGO IV - Preparação para o Tiro ........................... 4-4 4-2

Prf Pag
CAPÍTULO 5 - TIRO INDIRETO
ARTIGO I - Introdução.............................................. 5-1 a 5-3 5-1
ARTIGO II - Deveres da Guarnição no Tiro Indireto .... 5-4 a 5-9 5-2
ARTIGO III- Técnicas e Situações que Requerem
Atenção Especial...................................5-10 5-8
CAPÍTULO 6 - TIRO DIRETO
ARTIGO I - Introdução.............................................. 6-1 a 6-4 6-1
ARTIGO II - Deveres da Guarnição no Tiro direto ....... 6-5 a 6-8 6-3
CAPÍTULO 7 - TORRE
ARTIGO I - Introdução.............................................. 7-1 7-1
ARTIGO II - Sistema do Tubo.................................... 7-2 e 7-3 7-1
ARTIGO III- Sistema de Recuo.................................. 7-4 e 7-5 7-3
ARTIGO IV - Sistema Hidráulico................................. 7-6 e 7-7 7-4
ARTIGO V - Sistema de Balanço............................... 7-8 e 7-9 7-8
CAPÍTULO 8 - MUNIÇÃO
ARTIGO I - Introdução.............................................. 8-1 8-1
ARTIGO II - Composição........................................... 8-2 a 8-6 8-1
CAPÍTULO 9 - VERIFICAÇÕES PERIÓDICAS BÁSICAS
ARTIGO I - Introdução.............................................. 9-1 a 9-7 9-1
ARTIGO II - Verificações dos Equipamentos de
Controle de Tiro...................................... 9-8 a 9-129-12
CAPÍTULO 10 - MANUTENÇÕES E INSPEÇÕES
ARTIGO I - Introdução.............................................. 10-1 a 10-410-1
ARTIGO II - Tabelas de Manutenção......................... 10-5 e 10-610-3
ARTIGO III- Inspeções............................................... 10-7 e 10-810-9

Prf Pag
CAPÍTULO 11 - TÉCNIDAS E SITUAÇÕES QUE
REQUEREM ATENÇÃO ESPECIAL
ARTIGO I - Incidente de Tiro..................................... 11-1 a 11-511-1
ARTIGO II - Procedimentos em Caso de Incêndio ..... 11-6 e 11-711-4
ARTIGO III- Utilização da Conteira............................. 11-8 e 11-911-6
CAPÍTULO 12 - TRANSPORTE DO MATERIAL
ARTIGO I - Introdução.............................................. 12-1 e 12-212-1
ARTIGO II - Transporte Rodoviário............................. 12-3 e 12-412-2
ARTIGO III- Transporte Aéreo.................................... 12-5 e 12-612-3
ARTIGO IV - Transporte Ferroviário............................. 12-7 e 12-812-4
ARTIGO V - Transporte Marítimo............................... 12-9 e 12-1012-5
ARTIGO VI - Transporte Hidroviário.............................12-11 12-6
ANEXO A - PALAMENTA ACESSÓRIOS E FER-
RAMENTAL.................................................................... A-1
ANEXO B - DEVERES DA GUARNIÇÃO AO COMAN-
DO DE "PEGAR NA PALAMENTA".............................. B-1
ANEXO C - DEVERES DA GUARNIÇÃO AO COMAN-
DO DE "ATRACAR A PALAMENTA"............................. C-1
ANEXO D - ORIENTAÇÕES SOBRE ÓLEOS,
GRAXAS E LUBRIFICANTES ................ D-1 a D-3 D-1

1-1
C 6-86
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
1-1. FINALIDADE
a. Este manual destina-se a orientar os comandantes de linha de fogo (CLF)
e os chefes de peça (CP) na utilização do material em operações, na sua
manutenção e na instrução das guarnições, a fim de prepará-las para atuar de
forma coordenada e eficiente. Nele estão prescritas as funções da escola do
servente da peça, as técnicas de verificações e de manutenção orgânica, as
verificações e ajustagens do aparelho de pontaria e os procedimentos para sua
destruição e descontaminação.
b. Ele regula as atividades que se fazem necessárias desenvolver para
realizar o acionamento da peça, a ocupação de posição e o tiro do obuseiro. Na
sua parte final existem os anexos explicativos, em detalhes, de todas as
atividades nele contidas.
c. Em qualquer fase dos trabalhos, há posturas padronizadas. Exige-se do
homem o máximo de eficiência e atenção, particularmente aos procedimentos de
segurança. Na fase de treinamento inicial, o instrutor exigirá de cada um a postura
correta, de modo que não haja motivo de desatenção no desenrolar da instrução.
d. Todos os serventes devem estar em condições de substituir seus
companheiros de guarnição, quando necessário.

2-1
C 6-86
CAPÍTULO 2
APRESENTAÇÃO DO EQUIPAMENTO
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
2-1. GENERALIDADES
O obuseiro autopropulsado M 109 A3 constitui-se em um sistema de
artilharia de campanha que proporciona excelente combinação entre flexibilidade,
mobilidade, rapidez de acionamento e resistência do material, com a obtenção de
máximo alcance e potência de fogo.
ARTIGO II
DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
2-2. GENERALIDADES
a. A carcaça da viatura é feita de duralumínio e dividida em duas seções:
a do conjunto de força (motor e transmissão) e a da guarnição. A suspensão é
independente com barras de torção. Existem sete barras de torção de cada lado,
que sustentam quatorze pares de rodas de apoio. As barras extremas são dotadas
de amortecedores hidráulicos. A tensão da lagarta é conseguida através de um
ajustador de graxa. As lagartas possuem, no lado direito, 79 patins, e no lado
esquerdo, 78 patins. Em ambos os lados, os patins das lagartas são presos por
conectores.
b. O motor diesel a dois tempos é arrefecido à água, possuindo circuito
elétrico de partida a frio. O ar para o motor é sugado do compartimento da

C 6-86
2-2
guarnição do carro ou do compartimento do motor. A caixa de mudança é
transversal, seletiva, de comando hidráulico, fazendo 4 (quatro) marchas à frente
e 2 (duas) à ré. É intermediária entre o motor e o diferencial.
c. O painel de instrumentos do motorista está situado à esquerda do
compartimento, possuindo uma seção destacável, que é o painel portátil e que
pode ser colocado na parte externa da viatura, possibilitando fácil controle visual
ao motorista quando conduz o veículo aberto.
d. O sistema elétrico, anexo ao motor, consta de um alternador de 24 volts,
que carrega em baixa velocidade e é montado entre o ventilador duplo do radiador;
um retificador de selênio, que transforma corrente alternada em contínua; uma
caixa reguladora, que regula a voltagem em 24 volts para carregar a bateria e um
circuito de partida a frio. O sistema elétrico de iluminação e sinalização consiste
de faróis, luz de freio, farol de escurecimento, luz de freio de escurecimento e faróis
de infravermelho.
OBSERVAÇÃO - Não se deve parar à frente dos faróis de infravermelho
porque seus raios podem causar lesões ao corpo humano.
e. O armamento principal do veículo é o obus M 185 de 155 mm e o
secundário, para defesa aproximada, é a metralhadora .50.
2-3.CARACTERÍSTICAS DO OBUS M 109 A3
a. Designação
(1) Nomenclatura
- Obus 155 M 109 A3 AUTOPROPULSADO
(2) Simbologia
- Ob 155 M 109 A3 AP
b. Características
(1) Apresentação geral
- Peso pronto para o combate. ...................... 25 Ton
- Peso sem carga e combustível. ...................23,3 Ton
- Pressão sobre o solo. ................................. 0,71 kg/cm
2
- Bitola........................................................... 2,768 m
- Comprimento total com tubo. ...................... 9,13 m
- Comprimento total sem tubo. ...................... 6,113 m
- Altura total com Mtr .50. .............................. 3,28 m
- Largura total................................................ 3,15 m
- Vão. ............................................................ 0,46 m
- Funcionamento do mecanismo
da culatra ..................................................... Semi-automático
a partir do 1º
tiro
- Carregamento..............................................Hidráulico
- Guarnição.................................................... 06 homens
2-2/2-3

2-3
C 6-86
(2) Classificação
- Quanto ao calibre. .......................................Médio
- Quanto ao peso. ..........................................Médio
- Quanto à tração. .........................................Autopropulsado
(3) Desempenho
- Velocidade máxima à frente. ....................... 35 mph/56 km/h
- Velocidade máxima à ré.............................. 7 mph/11.3 km/h
- Rampa máxima. .......................................... 60%
- Fosso máximo............................................ 1,83 m
- Vau máximo................................................ 1,07 m
- Degrau máximo........................................... 0,53 m
- Capacidade de combustível......................... 511 litros, em dois
tanques
- Autonomia. .................................................. 354 Km
(4) Motor
- Tipo. ............................................................ Diesel, V8, dois tem-
pos, arrefecido à
água, com 405 HP
- Ignição. ....................................................... Por compressão
- Óleo combustível......................................... Diesel 40 octanas
- Capacidade do sistema de lubrificação do
motor.......................................................... 36 litros (com troca
de filtro) 25 litros (sem
troca de filtro)
- Capacidade do sistema de lubrificação da
transmissão................................................ 83 litros (quando
seco) 53 litros (repo-
sição)
- Capacidade do sistema de arrefecimento. ... 77 litros
(5) Sistema elétrico
- Voltagem nominal........................................24 volts
- Baterias....................................................... 04 (cada uma de 12
volts ligadas em sé-
rie/paralelo)
- Alternador.................................................... tipo trifásico de 100
ampères
(6) Suspensão
- Suspensão. ................................................. tipo independentes
por barras de torção
- Rodas de Apoio........................................... 14 duplas
- Ajuste da Lagarta........................................Hidráulico na polia
tensora
(7) Extintores de incêndio
- Fixos de 10 libras . ...................................... 02
- Fixos de 05 libras. ....................................... 01
(8) Armamento principal
- Designação do tubo..................................... M 185
2-3

C 6-86
2-4
- Designação do reparo.................................. M 178
- Diâmetro do tubo. ........................................ 155 mm
- Comprimento do tubo. ................................. 6,05 m
- Peso do tubo. .............................................. 1948 Kg
- Vida do tubo. ...............................................7500 TCM
- Desgaste do tubo........................................ 0,25 TCM (Cg 1 a 6).
..................................................................... 0,75 TCM (Cg 7)
..................................................................... 1,0 TCM (Cg 8)
OBSERVAÇÃO: TCM (tiro na carga máxima)
- Alcance máximo......................................... 14.600 m (Cg 7)
..................................................................... 18.000 m (Cg 8)
..................................................................... 23.300 m (Gr assisti-
da)
- Máxima cadência de tiro............................. 4 TPM (Cg 1 a 7) nos
primeiros 3 min, após
isto, voltando para a
cadência normal de
tiro.
...................................................................... 1 TPM (Cg 8)
- Cadência normal......................................... 1 TPM (Cg 1 a 7)
. ..................................................................... 1 tiro a cada 3 min
(Cg 8)
- Campo de tiro horizontal..............................6400"
- Mecanismo do recuo - tipo. .........................Hidráulico
- Comprimento do recuo................................ variável de 0,60 m a
0,90 m
- Campo de tiro vertical
Elevação:................................................. 75 graus
Depressão:.............................................. 6 graus
(9) Munição
- Capacidade (155 mm)................................. 34 tiros
- Capacidade (.50)......................................... 500 tiros
- Capacidade (7,62 mm)................................ 900 tiros
- Capacidade (Gr mão). ................................. 12
(10) Equipamento ótico
- Periscópio do motorista. .............................. M45
- Periscópio do CP. ....................................... M27
- Luneta panorâmica M117
- aumento: . ............................................. 4 x
- campo de visão:. ....................................170’’’
- suporte da luneta:. .................................M145
- Colimador M1
- Luneta p/ tiro direto - M 118
- aumento................................................. 4 x
- campo de visão:. ....................................170’’’
- suporte da luneta: . ................................M146
2-3

2-5
C 6-86
ARTIGO III
DIVISÃO E NOMENCLATURA DO OBUS
2-4.OBUS PROPRIAMENTE DITO
a. Sistema de tubo
(1) Freio de boca.
(2) Eliminador de alma.
(3) Culatra.
(4) Tubo alma.
b. Sistema de recuo
(1) Freio de recuo.
(2) Regulador de recuo.
(3) Recuperador.
(4) Amortecedor.
(5) Recompletador.
c. Sistema de giro
(1) Trava da torre.
(2) Transmissão de giro.
(3) Trava do tubo.
d. Sistema hidráulico
(1) Motor hidráulico ou conjunto de força.
(2) Cilindro de elevação.
(3) Carregador automático.
(4) Motor hidráulico.
e. Sistema de balanço
f. Reparo
g. Aparelho de pontaria
h. Palamenta - Todo instrumental necessário ao serviço da peça, como
aparelho de pontaria (lunetas), quadrante de nível, reguladores de espoleta,
colimador e balizas.
i. Acessórios - Compreendem as ferramentas e equipamentos utilizados
pelos serventes nas montagens e desmontagens autorizadas e para limpeza e
conservação da boca de fogo, reparo, munição etc. Compreende também capas
e outros objetos necessários à proteção do material quando não está em uso ou
em marcha.
2-5.DIVISÃO E NOMENCLATURA DO MECANISMO DA CULATRA
a. Culatra
- Ajustador.
- Mergulhador trava do ajustador.
2-4/2-5

C 6-86
2-6
- Placa de apoio das molas espirais.
- Molas espirais internas.
- Mola espiral externa.
- Suporte do bloco da culatra.
- Mecanismo de disparo.
- Alavanca de manejo.
- Bloco da culatra.
- Trava da alavanca de manejo.
- Alojamento do mecanismo de disparo.
- Retém do ajustador.
- Retém da árvore de comando.
- Árvore de comando.
- Engate direito.
- Engate esquerdo.
- Mola do mergulhador do ajustador.
- Guia de rotação da culatra.
b. Obturador
- Cabeça móvel do obturador.
- Anel partido dianteiro.
- Pasta Obturadora.
- Anel da pasta obturadora.
- Anel partido traseiro.
- Disco espaçador.
- Chaveta.
c. Mecanismo de disparo
- Cão.
- Copo do cão.
- Armadilha.
- Pino da armadilha.
- Manga.
- Mola da manga.
- Mola da armadilha.
- Mola do cão.
- Corpo.
- Transportador.
- Pino.
- Alavanca.
2-5

3-1
C 6-86
CAPÍTULO 3
ESCOLA DA PEÇA
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
3-1. FINALIDADE
A escola da peça tem por finalidade proporcionar à guarnição a máxima
eficiência e precisão, aliadas à elevada rapidez na execução das diversas funções.
Este capítulo prescreve os devidos comandos e funções.
3-2.INSTRUÇÕES
a. Os exercícios prescritos neste manual devem ser fielmente executados
para que se atinja a máxima eficiência e para que se evitem baixas no pessoal e
danos ao material. A guarnição deve ser instruída até que as reações aos
comandos sejam automáticas, rápidas e eficientes.
b. Os erros devem ser imediatamente corrigidos. Cada membro da guarni-
ção deve estar consciente da importância de relatar prontamente ao CP qualquer
erro descoberto, antes ou depois do comando “FOGO!”. O CP deve informar
imediatamente ao CLF sobre o erro.
c. O CLF aciona e supervisiona a escola da peça para se certificar de que
a instrução foi entendida e de que o máximo de eficiência está sendo obtido.
d. Deve haver rodízio de funções durante a instrução, de modo que cada
elemento da guarnição possa executar todas as tarefas atribuídas aos demais.
Além disso, todo o pessoal da bateria, não pertencente às guarnições das peças,
deve ser instruído para que esteja em condições de ser empregado, com
eficiência, na linha de fogo, se for necessário.

C 6-86
3-2
ARTIGO II
DEFINIÇÃO DE TERMOS
3-3. PRINCIPAIS TERMOS UTILIZADOS
a. Peça - É o conjunto da viatura tratora, obuseiro, palamenta, acessórios
e pessoal necessário ao seu serviço.
b. Pessoal - Compreende uma guarnição, composta por quatro serventes,
um motorista e um 2º ou 3º sargento CP.
c. Peça acionada - É aquela posta pelos serventes em condições de atirar.
d. Peça em posição de tiro - É a posição em que o obuseiro tem a boca
de fogo dirigida para direção geral de tiro (DGT), estando a peça acionada.
e. Direita e esquerda da peça - É a posição referida ao lado direito ou
esquerdo de um homem colocado atrás da viatura e com a frente voltada para o
tubo, estando a peça acionada ou não.
ARTIGO III
GUARNIÇÃO DA PEÇA
3-4.GUARNIÇÃO DA PEÇA
A guarnição da peça é composta pelos seguintes elementos (serventes):
a. Chefe de Peça (CP)
b. Cabo Apontador (C1)
c. Soldado Atirador (C2)
d. Soldado Carregador (C3)
e. Soldado Municiador (C4)
f. Cabo Motorista (Motr)
3-5.FUNÇÕES GERAIS DA GUARNIÇÃO
a. Chefe de Peça - O CP é um 2º
ou 3º sargento, responsável, perante o
CLF, pelo:
(1) treinamento e eficiência do pessoal;
(2) desempenho dos deveres de chefia da peça durante o tiro, verificações
e ajustagens do aparelho de pontaria e, ainda, pela inspeção e manutenção
preventiva de todo o blindado;
3-3/3-5

3-3
C 6-86
(3) observação das medidas de segurança;
(4) disciplina de camuflagem, segurança do local e medidas de proteção
contra agentes químicos, biológicos e nucleares (QBN); e
(5) manutenção, em dia e em ordem, do livro de tiro da peça e do livro
registro da viatura.
b. Apontador - É o principal auxiliar do CP no desempenho de suas
funções. As funções específicas do apontador estão prescritas nos capítulos
deste manual.
c. Atirador - É o responsável pelo registro da elevação e pela realização do
disparo.
d. Carregador - Sua principal missão é efetuar o carregamento do
obuseiro. As funções específicas do carregador estão prescritas nos capítulos
deste manual.
e. Municiador - Executa a função específica prevista neste manual e
quaisquer outras atribuídas pelo CP.
f. Motorista - A sua principal função é dirigir o blindado e executar a
respectiva manutenção preventiva. Executa outras funções prescritas neste
manual e nos manuais técnicos relativas à seu blindado, bem como, as funções
atribuídas pelo CP. Deve ser treinado para executar as funções de todos os
serventes da peça durante o tiro.
ARTIGO IV
COMANDOS E FORMAÇÕES DA GUARNIÇÃO
3-6.FORMAÇÃO DA GUARNIÇÃO
Para formar a guarnição, o chefe de peça toma o seu devido lugar perto da
peça e dá um dos comandos que se seguem:
a. “FORMAR GUARNIÇÃO!” (Fig 3-1) - A guarnição procede da seguinte
maneira:
(1) desloca-se, em passo acelerado, para o local indicado pelo CP;
(2) forma em uma só fileira, sem intervalos, com o apontador (C1) à direita
e, à sua esquerda, os demais serventes e o motorista;
(3) à frente do dispositivo estará voltada para a direção indicada pelo CP;
(4) à frente da guarnição, distanciado de três passos do C3, situa-se o
CP;
(5) pronto o dispositivo, o CP, na posição de sentido, com o braço direito
levantado e punho cerrado, deve dizer: “TAL PEÇA, GUARNIÇÃO FORMADA!”,
abaixando o braço energicamente e tomando a posição de descansar, enquanto
os componentes da peça permanecem na posição de descansar.
3-5/3-6

C 6-86
3-4
Fig 3-1. Guarnição formada
b. “À RETAGUARDA DA PEÇA, FORMAR GUARNIÇÃO!” - A este
comando a guarnição forma em uma só fileira, como descrito na letra “a.” anterior,
tomando o dispositivo da figura 3-2.
Fig 3-2. Guarnição formada à retaguarda da peça
c. “À FRENTE DA PEÇA, FORMAR GUARNIÇÃO!” - A este comando a
guarnição forma em uma só fileira, como descrito na letra “a.” anterior, tomando
o dispositivo da figura 3-3.
3-6

3-5
C 6-86
Fig 3-3. Guarnição formada à frente da peça
d. “AO LADO ESQUERDO DA PEÇA, FORMAR GUARNIÇÃO!” - A este
comando a guarnição forma em uma só fileira, como descrito na letra “a.” anterior,
tomando o dispositivo da figura 3-4.
Fig 3-4. Guarnição formada à esquerda da peça
e. “AO LADO DIREITO DA PEÇA, FORMAR GUARNIÇÃO!” - A este
comando a guarnição forma em uma só fileira, como descrito na letra “a.” anterior,
tomando o dispositivo da figura 3-5.
3-6

C 6-86
3-6
Fig 3-5. Guarnição formada à direita da peça
3-7.ENUMERAR POSTOS E DESIGNAR FUNÇÕES.
Com a guarnição formada, o comando é: “ENUMERAR POSTOS, DESIG-
NAR FUNÇÕES!”. A guarnição procede da seguinte forma:
a. Todo o pessoal toma a posição de sentido.
b. A partir do CP, cada servente ergue o braço direito com o punho cerrado,
declina a sua função em voz alta, abaixa o braço energicamente, batendo a mão
na coxa.
c. A guarnição enumera os postos e designa as funções, na seguinte ordem:
(1) CP, CHEFE DE PEÇA;
(2) C1, APONTADOR;
(3) C2, ATIRADOR;
(40 C3, CARREGADOR;
(5) C4, MUNICIADOR;
(6) MOTORISTA.
d. Após o motorista enunciar a sua função, toda a guarnição volta à posição
de descansar.
3-8. GUARNECER
a. O comando é “GUARNECER!”. É geral e pode ser dado à guarnição
formada ou à vontade, podendo a peça estar acionada ou não. O comando de
guarnecer precede uma ação que se deseja à guarnição executar.
b. Todos os movimentos são executados em passo acelerado.
c. A guarnição executa o comando, tomando o dispositivo das figuras 3-6 e
3-7, conforme for o caso.
3-6/3-8

3-7
C 6-86
Fig 3-6. Peça guarnecida acionada Fig 3-7. Peça guarnecida não
acionada
d. Após a peça estar guarnecida, o CP, na posição de sentido, com o braço
direito levantado e punho cerrado, deve dizer: “TAL PEÇA, GUARNECIDA!”,
abaixando o braço energicamente e tomando a posição de descansar, enquanto
os componentes da peça permanecem na posição de descansar.
3-9. TROCAR POSTOS
Para se treinar todos os membros da guarnição no desempenho de todas
as funções, os postos devem ser trocados freqüentemente. Com a guarnição
formada (Fig 3-1), os comandos são:
a. “GUARNIÇÃO, TROCAR POSTOS” - A este comando a guarnição
procede da seguinte forma:
(1) ao destaque de “TROCAR!”, todos tomam a posição de sentido;
(2) ao finalizar o comando (“POSTOS!”), o C1, C2 e C3 dão um passo à
esquerda, de modo que cada um assuma a posição do elemento à sua esquerda,
enquanto o C4 desloca-se, em passo acelerado, por trás da guarnição e ocupa o
lugar do C1;
(3) o motorista permanece em seu lugar, pois esta função requer
treinamento específico;
(4) toda a guarnição volta à posição de descansar.
b. “TROCAR POSTOS”- O CP designa os serventes que deverão trocar
postos. Por exemplo: “C2 e C3, TROCAR POSTOS!”. A este comando, os
serventes designados procedem como descrito na letra “a.” anterior.
3-8/3-9

C 6-86
3-8
3-10.EMBARCAR
a. Para embarcar, o comando é “PREPARAR PARA EMBARCAR, EM-
BARCAR!” ou simplesmente “EMBARCAR!”. Se qualquer elemento da guarnição
não deva embarcar, o comando deve indicar que ele permaneça em seu lugar. Por
exemplo, “PREPARAR PARA EMBARCAR, MOTORISTA PERMANEÇA EM
SEU LUGAR, EMBARCAR!”.
b. O comando “PREPARAR PARA EMBARCAR, EMBARCAR!” é execu-
tado como se segue:
(1) ao comando de “PREPARAR PARA EMBARCAR!”, a guarnição se
desloca, em passo acelerado, para as posições mostradas na figura 3-7.
(2) ao comando de “EMBARCAR!”, o CP abre a porta traseira e o pessoal
embarca, tomando as posições mostradas na figura 3-8.
(3) o CP, antes de embarcar, deve realizar uma verificação do pessoal e
do material de sua peça. Para isto, a seguinte seqüência deve ser observada:
(a) verifica se as pás das conteiras estão presas;
(b) verifica se o tubo está corretamente preso;
(c) verifica se a torre está travada;
(d) verifica se as chaves do sistema hidráulico estão desligadas;
(e) verifica se a culatra está fechada e se a alavanca de manejo está
travada;
(f) verifica se a mesa de carregamento está travada
c. Caso o comando seja “EMBARCAR!”, a guarnição procederá como
previsto na letra “b.” anterior sem, contudo, ocupar as posições mostradas na
figura 3-7. Neste caso, desloca-se diretamente para as posições apresentadas na
figura 3-8.
Figura 3-8. Peça embarcada
3-10

3-9
C 6-86
3-11.PARA DESEMBARCAR
a. O comando é “PREPARAR PARA DESEMBARCAR, DESEMBARCAR!”
ou simplesmente “DESEMBARCAR!”.
b. Ao comando preparatório, o pessoal embarcado toma a posição de pé
para poder desembarcar prontamente. À voz de execução, o pessoal desembarca
e, em passo acelerado, toma o dispositivo mostrado na figura 3-3.
c. Se o comando for simplesmente “DESEMBARCAR!” a guarnição desem-
barca conforme prescrito na letra “b.” anterior e, em passo acelerado, toma o
dispositivo mostrado na figura 3-3.
3-12.DESCANSO PARA A GUARNIÇÃO
a. O comando é “REPOUSAR!” ou “REPOUSAR NOS ELEMENTOS DE
TIRO!”, e é dado para que a guarnição possa descansar e recuperar-se, durante
a instrução de treinamento ou tiro.
b. “REPOUSAR!” - A este comando, a peça repousa nos elementos de
barragem normal, se houver, ou de vigilância, com o tubo em sua depressão
máxima, visando não sobrecarregar o mecanismo de elevação do tubo, devido ao
seu peso, como também diminuir a silhueta da peça.
c. “REPOUSAR NOS ELEMENTOS DE TIRO!” - A este comando, os
elementos de tiro não devem ser desfeitos. Este comando é dado quando for
necessário interromper temporariamente o tiro e a guarnição deve permanecer nas
imediações da peça, em condições de, rapidamente, continuar a missão interrom-
pida.
3-13.SUSPENSÃO DE TIRO
a. “CESSAR FOGO!” - Este comando deve ser dado por qualquer pessoa
que observar ato atentatório à segurança e deve ser repetido por quem o escutar,
até que o tiro seja suspenso. A guarnição procederá da seguinte forma:
(1) interromper imediatamente a execução do tiro;
(2) não alterar os elementos de trio;
(3) formar, imediatamente, à retaguarda da peça (Fig 3-2);
(4) o CP deverá informar ao CLF, caso a peça esteja carregada: “(TAL)
PEÇA CARREGADA!”;
(5) o CLF verifica as circunstâncias que motivaram o comando, corrigin-
do-as, se for o caso;
(6) o tiro prossegue ao comando de “ELEVAÇÃO (TANTO)!”.
b. “FORA DO FEIXE!” - O comando é “(TAL) PEÇA FORA DO FEIXE!”, e
pode ser dado pelo CLF ou pelo CP, caso, por qualquer motivo, a peça não puder
atirar. Quando o comando for dado pelo CP, este deverá informar ao CLF o motivo.
A guarnição procede da seguinte maneira:
3-11/3-13

C 6-86
3-10
(1) interrompe o tiro;
(2) o CP toma as providências necessárias à colocação da peça no feixe
novamente, sfc;
(3) o CLF informa à Central de Tiro;
(4) a peça volta a atirar ao comando de “(TAL) PEÇA NO FEIXE!”.
c. “ABRIGAR!” - A este comando as guarnições interrompem o que
estavam fazendo e vão para seus abrigos.
3-14.PEGAR NA PALAMENTA
a. O comando é “PEGAR NA PALAMENTA!”.
(1) O comando pode ser dado com a peça na posição ou próximo do local
em que irá ocupá-lo.
(2) As funções de cada membro da guarnição encontra-se no anexo B.
(3) Cada homem deve tomar o seu posto (Fig 3-6) quando tiver cumprido
todas as suas tarefas.
b. Normalmente, a peça é parcialmente preparada para ação, antes de
entrar em posição.
c. Todas as tarefas são feitas em ritmo acelerado.
NOTA: DURANTE A PREPARAÇÃO DA PEÇA PARA O TIRO É USUAL
TAMBÉM OS COMANDOS DE “ALTO!” E O DE “EM AÇÃO!”.
3-15.ATRACAR NA PALAMENTA (NÃO ENTENDIDO!)
a. O comando de “ATRACAR NA PALAMENTA” é dado para que a
guarnição possa desencadear todos os procedimentos necessários para deixar
a peça em condições de realizar um deslocamento.
b. As funções de cada membro da guarnição encontram-se especificadas
no Anexo C.
c. Cada homem deve tomar o seu posto (Fig 3-6) quando acabar de executar
suas funções.
3-13/3-15

4-1
C 6-86
CAPÍTULO 4
PREPARAÇÃO PARA O TIRO E PARA A MARCHA
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
4-1. GENERALIDADES
a. As peças de uma bateria são, normalmente, colocadas em posição sob
a direção do CLF e dos CP. A preparação da posição de tiro, antes de uma
ocupação, é executada em função do tempo e do pessoal disponíveis.
b. O CLF e os CP devem, sempre que possível, fazer um minucioso estudo
na carta da área a ser ocupada, pois nem sempre há possibilidades de um
reconhecimento prévio do terreno.
ARTIGO II
PREPARAÇÃO DA POSIÇÃO
4-2. GENERALIDADES
As seguintes atividades podem facilitar a ocupação de uma posição:
a. indicar no terreno o local onde o blindado deve estacionar e a DGT;
b. materializar no terreno com uma baliza a DGT, que deverá distar de 50
a 100 metros, sobre a qual o tubo deve ser orientado (ou então, o CLF indica a DGT
para cada peça com sinalização manual). Cada viatura se desloca para o seu lugar
apropriado, de acordo com a orientação do CP, que executa sinais com os braços
e as mãos.

C 6-86
4-2
c. Certificar-se de que a viatura esteja estacionada numa posição que
permita a visada luneta - goniômetro bússola (GB) de modo que nenhuma
alteração de DGT venha impedir tal visada.
ARTIGO III
PREPARAÇÃO PARA A MARCHA
4-3. GENERALIDADES
Para preparar a peça para a marcha, partindo de uma posição de tiro, o
comando é “ALTO, CESSAR FOGO! MUDANÇA DE POSIÇÃO!”. Devido à grande
mobilidade da Viatura Blindada de Combate - obuseiro autopropulsado (VBCOAP),
faz-se necessário o conhecimento de algumas verificações necessárias antes da
marcha:
a. verificar se todo o material da peça foi guardado e fixado no local
apropriado;
b. verificar se a culatra foi fechada;
c. verificar a amarração do tubo e a colocação da capa do freio de boca;
d. verificar se a torre está travada e se a chave geral da torre está desligada;
e. verificar se todos estão embarcados e com capacete; e
f. testar todo o sistema de comunicação.
ARTIGO IV
PREPARAÇÃO PARA O TIRO
4-4.PREPARAÇÃO PARA O TIRO
a. Para preparar para o tiro, o comando é “BIA ATENÇÃO!” ou “TAL PEÇA
ATENÇÃO!”. É o comando a ser dado para que a guarnição, partindo de qualquer
situação, execute os movimentos para “GUARNECER!” e “PEGAR NA
PALAMENTA!”.
OBSERVAÇÕES:
(1) Logo após a peça estar acionada, o CP deverá preparar sua peça para
o tiro, efetuando uma verificação das partes componentes do obuseiro. O objetivo
é certificar-se de que o equipamento está pronto para efetuar os disparos, em
todos os seus detalhes.
(2) Na preparação para o tiro as verificações são as seguintes:
CP e C2 - verificam a pressão dos cilindros de freio (21 a 24 PSI);
CP e C2 - verificam se os pinos dos cilindros de recuo estão entre
3 e 19 cm;
4-2/4-4

4-3
C 6-86
C3 - verifica se o tubo está limpo;
CP e C3 - verificam se as linhas da culatra estão coincidindo;
C1 - verifica o ângulo padrão (3303”’ a 3307”’);
C1 - checa o mecanismo de elevação;
C2 - prepara o arco-nível em 200”’;
C2 - verifica se a ocular da luneta cotovelo foi aberta pelo motorista;
C2 - verifica o funcionamento da culatra;
C3 - verifica o funcionamento da calha de carregamento;
C3 - verifica o sistema de comunicação;
C4 - examina a munição;
C4 - examina as chaves de espoletas;
C4 - verifica o estado e os lacres dos extintores.
(3) Após receber o pronto de cada servente em relação ao equipamento
o CP informa ao CLF: “TAL PEÇA PRONTA!”.
4-4

5-1
C 6-86
CAPÍTULO 5
TIRO INDIRETO
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
5-1. GENERALIDADES
O processo de pontaria indireta é freqüentemente empregado para apontar
o obuseiro. O tubo do obuseiro é colocado na linha centro de bateria - ponto de
vigilância (CB-PV) (caso da luneta sobre o CB) ou numa direção paralela a esta
linha. Deve-se aprimorar o adestramento dos artilheiros para que o tiro seja
disparado no momento exato e com precisão.
5-2.INSTRUÇÃO
A pontaria indireta de uma peça divide-se em “PONTARIA INICIAL” e
“PONTARIA RECÍPROCA”.
a. Pontaria Inicial - Coloca-se a linha 0-32 do Goniômetro Bússola (GB)
na direção CB-PV através de um dos quatro processos de pontaria inicial
preconizados do Manual de Campanha C 6-40 - ARTILHARIA DE CAMPANHA,
TÉCNICA DE TIRO, 1º
e 2º Vol.
b. Pontaria recíproca - Consiste em dar uma direção ao eixo do tubo da
peça, paralela à direção 0-32 do GB, através da execução de visadas recíprocas
da luneta panorâmica e do GB.
c. As instruções gerais, contidas no Capítulo 3, para conduta da escola da
peça, se aplicam também para o caso do tiro indireto. As funções do CLF são
apresentadas de um modo geral no C 6-40 e no manual que trata das Baterias do
Grupo de Artilharia de Campanha.

C 6-86
5-2
5-3.FUNÇÕES GERAIS DA GUARNIÇÃO
Estão descritas abaixo, além das prescritas no Capítulo 3.
a. O CP é o responsável por todo o serviço, de forma que a guarnição
execute corretamente suas funções, cumpra todos os comandos e observe todas
as medidas de segurança.
b. O apontador (C1) é o responsável por apontar a peça.
c. O atirador (C2) é o responsável pelo disparo da peça, além de abrir e fechar
a culatra.
d. O carregador (C3) é o responsável pelo carregamento da munição.
e. O municiador (C4) é o responsável pelo preparo da munição.
f. Motorista (Motr) conduz a VBCOAP na entrada em posição e realiza a
manutenção preventiva.
ARTIGO II
DEVERES DA GUARNIÇÃO NO TIRO INDIRETO
5-4.CHEFE DE PEÇA
a. Indicar o ponto de pontaria ao apontador tão logo tenha sido designado
pelo CLF.
b. Certificar-se de que esse ponto foi devidamente identificado. Se houver
dúvida o CP movimenta a luneta panorâmica até que as linhas dos retículos vertical
e horizontal estejam centradas no ponto de pontaria designado.
c. Supervisionar as ações de todos os serventes.
d. Conferir, juntamente com o C1, a elevação mínima.
e. Coordenar a referência do obuseiro na deriva de vigilância.
Ao final da pontaria recíproca, o CLF ordena a referência do obuseiro na
deriva de vigilância adotada pelo grupo (ou Bia). O CP, neste momento, coordena
a referência do obuseiro, que deve seguir a prioridade de acordo com o quadro a
seguir:
5-3/5-4

5-3
C 6-86
OBSERVAÇÕES: Os pontos de referência listados no quadro acima são
classificados em dois níveis com relação à precisão:
(1) Nível 1: mais preciso.
(2) Nível 2: menos preciso (alternativo sob condições meteorológicas
adversas).
(3) A escolha dos pontos de referência a serem utilizados pode variar para
cada posição de bateria. Sempre que possível, deverá ser utilizado o nível 1, que
garante uma maior precisão. Os pontos de referência, tanto próximo como
afastados, devem ser nítidos e possuir um local definido no qual será realizada a
visada.
(4) Ao final da pontaria deverão ter sido selecionados os pontos de
referência suficientes para o recobrimento setor de 6400”’ (no mínimo três, um dos
quais possa ser usado em condições meteorológicas adversas)
Nota: Sempre que possível, se utiliza pontos afastados, por serem mais
preciso que as balizas. Estes pontos são, geralmente, antenas ou torres que se
projetam no horizonte e que possuem iluminação própria, para serem utilizados
em caso de pontaria noturna. Porém, poderão ser encoberto por nuvens, por
exemplo. Para evitar que isto ocorra, se procura algum ponto afastado que não
sofra influência das condições meteorológicas, como a antena de uma casa. Para
não o perder, se coloca uma baliza a 300 m, no alinhamento com o ponto afastado.
(5) O CLF desse ser informado quando um ponto de referência por ele
determinado se tornar inviável para uma ou mais peças.
(6) A referência poderá ser feita, através dos seguintes comandos, em
ordem decrescente de prioridade:
(a) “TAL PEÇA, ATENÇÃO! PONTO DE REFERÊNCIA O INDICADO
DERIVA 3200”’! REFERIR!”
(b) “TAL PEÇA, ATENÇÃO! PONTO DE REFERÊNCIA AS BALIZAS!
DERIVA 3200” REFERIR!”
Estas serão cravadas, a critério do CLF, quando:
1) não há visibilidade na posição de bateria;
2) não existe ponto de referência afastado na região;
3) durante a pontaria noturna.
(c) “TAL PEÇA, ATENÇÃO! PONTO DE REFERÊNCIA O
COLIMADOR! DERIVA 3200”’ REFERIR!”
aicnêrefeRedsotnoPl evíNs bO9 01ModaicnâtsiD
rodamiloC1e tioNeaiDm 5
sazilaB1e tioNeaiD) xorP(m05/)sfA(m001
odatsafarfRotP1e tioNeaiDm 000.3am005.1
omixórprfRotP2e tioNeaiDm 003>
zuledetnoF2e tioNeaiDm 003>
5-4

C 6-86
5-4
f. Medir o ângulo de sítio da massa cobridora (alça de cobertura)
(1) Com o obuseiro orientado para a direção de tiro, ou já convenientemen-
te apontado, o CP efetua a medida dos sítios para os pontos críticos da máscara
ou massa cobridora. Tais medidas são feitas utilizando o obuseiro como o
instrumento, como descrito na figura 5-1.
Fig 5-1. Setores da Alça de cobertura
(2) Ao comando de “MEDIR A ALÇA DE COBERTURA!”, o CP visa ao
ponto mais elevado do setor de tiro pela geratriz inferior da alma do tubo e orienta
o C1 na direção e elevação do tubo, até que a linha de visada tangencie aquele
ponto. O C1 centraliza as bolhas dos níveis longitudinal e transversal e o CP lê a
alça de cobertura no quadrante de elevação informando-a ao CLF: ”TAL PEÇA,
ALÇA DE COBERTURA (TANTO)!”.
(3) Quando o CLF anuncia a elevação mínima para cada carga, o CP
registra os dados em sua ficha.
g. Acompanhar os comandos de tiro - Acompanha os comandos de tiro cuja
execução direta dependa do CLF. Todos os comandos devem ser anotados e o
CP deverá estar em condições de informar qualquer elemento do último comando
ao servente ou de anteriores ao CLF.
h. Registrar os elementos básicos - Registra em sua ficha os elementos,
que por sua importância, merecem ser anotados, tais como: elevações mínimas,
pontos de pontaria com derivas respectivas, tiros previstos (quando não forem
fornecidas as fichas correspondentes), limites de segurança (derivas dos limites
esquerdo e direito), número de tiros dados, correções especiais de regimagem,
etc.
i. Informar que a peça está pronta - Deverá dizer sempre: “TAL PEÇA
PRONTA!” com seu braço direito levantado verticalmente, indicando, assim, que
a peça está pronta para o tiro, tão logo o C1 informe “PRONTO”.
j. Dar o comando de “TAL PEÇA, FOGO” (quando for designado para isso)
- Em qualquer caso, o CP antes de dar o comando “(TAL) PEÇA FOGO!” (quando
for designado para isso), deve certificar-se de que todos os serventes estão em
seus devidos lugares, devido à segurança durante o recuo do tubo.
5-4

5-5
C 6-86
k. Participar ao CLF qualquer erro ou incidente de tiro - Se a peça não puder
atirar, o CP participa o fato, declarando o motivo. Por exemplo: “TAL PEÇA, NÃO
ATIROU, NEGA!”. Se verificar que a peça atirou com erro de pontaria, o CP
participa imediatamente, dizendo o quanto errou, por exemplo: ”TAL PEÇA
ATIROU 40 MILÉSIMOS À DIREITA!”. Quando o C1 avisar que as balizas estão
fora do alinhamento com a luneta, o CP notifica ao CLF e pede permissão para
tornar a alinhar as balizas. Da mesma forma, participa quaisquer outras orienta-
ções que possam prejudicar o serviço da peça.
l. Conduzir os tiros previstos - Quando é determinada a execução de tiros
previstos, o CP conduz o tiro da peça conforme o que prescreve a ficha distribuída
pelo CLF, onde se acham todos elementos necessários à execução.
m. Apontar em elevação quando é utilizado o quadrante de nível (Fig 5-2)
(1) O comando é “ÂNGULO TANTO!”, que indica que o quadrante de nível
deve ser empregado. Na pontaria em elevação, o quadrante de nível deverá ser
empregado somente quando a escala do ângulo de tiro não der a precisão
necessária para o caso, ou não puder ser utilizada.
(2) Registro do ângulo no quadrante de nível M1 - ao comando, por
exemplo, “ÂNGULO 261,8’’’! procede-se do seguinte modo: a parte superior da
chapa-índice é colocada em frente à graduação 260 da escala do quadrante de
nível e o micrômetro do braço é girado até que se obtenha a leitura 1,8.Deve-se
tomar cuidado para que seja usado o mesmo lado do quadrante de nível, quando
se registram os dados na escala e no respectivo micrômetro. As palavras “line of
fire” indicam a parte inferior do quadrante de nível, devendo a seta, que aparece ao
lado da escala graduada, apontar na direção da boca do tubo. O CP deve ter
cuidado em usar a seta que aparece ao lado da escala graduada que estiver
utilizando.
Fig 5-2 Quadrante de nível M 1 (Arco nível)
n. Observar e verificar o funcionamento do material - Observa rigorosamente
o funcionamento de todas as partes do material durante o tiro. Antes do tiro, o CP
verifica a ajustagem do aparelho de pontaria e realiza toda a inspeção final do
material. O CP, imediatamente, informa ao CLF sobre qualquer indício de mau
funcionamento do material.
5-4

C 6-86
5-6
o. Verificar, pessoalmente, antes que sejam colocados nos cunhetes,
todos os tiros não utilizados, mas que tenham sido preparados. Deve certificar-
se de que o número do lote da carga de projeção corresponde ao número do lote
do cunhete, se todos os saquitéis estão completos e em boas condições.
5-5. APONTADOR (C1)
a. Sempre que o aparelho de pontaria for empregado, o apontador centraliza
as bolhas dos níveis longitudinal (com elevação a 200’’’) e transversal. Esta
providência é condição para que o C1 dê o PRONTO ao CP.
b. O CLF, para a execução da pontaria em direção, comanda: “BATERIA
ATENÇÃO PONTO DE PONTARIA O GB!” após este comando, o C1 identifica o
ponto de pontaria, através da luneta panorâmica e coteja: “TAL PEÇA VISTO
PONTO DE PONTARIA!”. O CLF comanda: “TAL PEÇA DERIVA (TANTO)!”. O C1
coteja o comando e registra a deriva no registrador azimutal (janela superior),
agindo no botão azimutal. Visa o GB agindo no manche de direção hidráulica ou
no volante de direção. Cala-se as bolhas longitudinal e transversal. Registra-se
200”’ através do registrador de elevação e em seguida cala-se a bolha longitudinal.
Após essas operações, deve ser feito um ajuste fino da visada do GB pelo volante
de elevação e também das bolhas longitudinal e transversal e, após esses ajustes,
o C1 anuncia “TAL PEÇA PRONTA!”. Em face da segunda deriva comandada pelo
CLF, o C1 repete o comando, indica a diferença, em milésimos, entre a nova deriva
e a antiga:
A partir de então o C1 deve:
(1) caso a nova deriva seja igual à anterior - Informar “TAL PEÇA,
PRONTA!” e após receber o comando de referência do CLF/, com a coordenação
do CP, partir para a amarração da pontaria do obuseiro na deriva de vigilância; ou
(2) caso a nova deriva seja diferente de até 20 milésimos - Informar
também “TAL PEÇA, PRONTA!” porém, neste caso, o C1 deve registrar a nova
deriva, agindo no volante de direção, corrige a visada sobre o GB. Em seguida,
após receber o comando de referência do CLF, com a coordenação do CP, partir
para a amarração da pontaria na deriva de vigilância.
(3) caso nova deriva seja diferente de mais de 20 milésimos - Aguardar
uma nova deriva do CLF e proceder até que se atinja uma das situações acima.
c. Referência do obuseiro
(1) Balizas - o C1 indica a direção na qual as balizas deverão ser
plantadas e orienta o C4 na sua fixação vertical no solo, tendo como principal
critério a escolha de uma visada num terreno limpo e nivelado. Posteriormente,
anota a deriva de referência para as balizas na ficha de controle do CP.
(2) Ponto de referência afastado - O C1 refere sua luneta sobre o(s)
ponto(s) de referência afastado(s), escolhidos pelo CLF ou pelo CP, e faz a leitura
da deriva, não esquecendo de anotá-la, em seguida, na ficha controle do CP.
(3) Referência no colimador.
(4) Terminada qualquer operação anterior, o C1 pressiona e gira o botão
do registrador reajustável até que a graduação do registrador reajustável seja
3200”’. Verifica o registro pela ocular e informa: “DERIVA DE VIGILÂNCIA DE TAL
5-4/5-5

5-7
C 6-86
PEÇA (TANTO)!”. Quando isso acontecer, o tubo está orientado e não deve ser
girado até que um novo ponto de pontaria seja estabelecido.
d. Referir em um ponto comum após a peça ter sido apontada - Após
a peça ter sido apontada, o CLF pode comandar: “PONTO DE REFERÊNCIA
TORRE DE IGREJA (OU OUTRO PONTO QUALQUER), REFERIR”!. Em conse-
qüência o C1 coteja o comando, gira a luneta panorâmica para o ponto de
referência, sem mover o tubo, centraliza os níveis, registra a deriva e informa:
“DERIVA DE REFERÊNCIA DE TAL PEÇA A PONTO (TAL), (TANTO)”. O CLF
anota a deriva anunciada para utilização futura.
e. Registrar ou alterar a deriva - Registra a deriva anunciada na luneta
panorâmica e gira o tubo até que o retículo vertical coincida com um ponto de
referência (ou balizas) ou um ponto de pontaria designado.
f. Coloca o tubo na posição horizontal para que seja efetuado o carregamento.
g. Dar depressão máxima ao tubo quando a peça estiver em “REPOUSAR”.
h. Terminada a pontaria, desligar a chave geral do movimento hidráulico.
5-6. ATIRADOR (C2)
a. Auxiliar na pontaria em elevação pelo quadrante de nível de elevação M 15.
b. Auxiliar no carregamento.
c. Auxiliar o C1 na referência através do colimador.
d. Colocar a estopilha no seu local, após terem sido realizados todos os
ajustes e o tubo ter sido elevado para a posição de tiro e certificar-se que todos
os serventes estão nos seus locais devidos.
e. Realizar o disparo.
5-7. CARREGADOR (C3)
a. Municiar o obuseiro - Ao comando de “ELEVAÇÃO (TANTO)!”, o C3
recebe do C4, a munição preparada; primeiramente a granada e, em seguida os
saquitéis com a carga desejada. Obedecendo a todas as medidas de segurança
previstas para o manuseio da munição, o C3 segura com a mão direita a parte
posterior da granada, a coloca em cima da calha de carregamento e aciona o
soquete hidráulico, tendo cuidado de evitar o choque da espoleta contra qualquer
parte do obuseiro. Após o engrazamento da granada pelo soquete hidráulico,
introduz os saquitéis. O C3 não deve se mover para receber outro projetil do C4
até que o obuseiro seja disparado.
b. Inspecionar a câmara e alma - Após cada tiro, o C3 inspeciona a câmara
e a alma para verificar se estão livres de resíduos, e anuncia: “ALMA LIMPA!”.
c. Auxiliar no preparo da munição.
5-5/5-7

C 6-86
5-8
5-8. MUNICIADOR (C4)
a. Preparar a munição - Retira a munição do carro e a dispõe ao fácil
alcance. Após a carga de projeção ter sido separada, o C3 se for o caso, mantém
a granada na vertical enquanto o C4 procede a regulação da espoleta; mantém os
saquitéis não utilizados separados e alinhados, para posteriormente serem
queimados na fossa de pólvora.
b. Limpar e inspecionar a munição - Antes do tiro, toda a munição é
inspecionada e examinada pelo C4 quanto a possíveis defeitos em especial a cinta
de forçamento, nos quais podem haver sujeiras e rebarbas. A seguir as granadas
são sustentadas em suas extremidades e rigorosamente limpas. Areia ou sujeira
na munição causarão desgastes, arranhões ou outras avarias no tubo.
5-9. MOTORISTA (Motr)
a. O motorista executa a manutenção de sua viatura e qualquer outro
trabalho prescrito pelo CP.
b. A seqüência de atividades a serem executadas durante o tiro é
apresentada nos Anexos B e C.
ARTIGO III
TÉCNICAS E SITUAÇÕES QUE REQUEREM ATENÇÃO ESPECIAL
5-10. UTILIZAÇÃO DAS BALIZAS DE PONTARIA
a. Para cada obuseiro podem ser empregadas duas balizas de pontaria,
cada uma equipada com um dispositivo de iluminação. A distância mais
conveniente entre a peça e a baliza mais afastada é de 100 metros, para que se
obtenha boa visibilidade e precisão de pontaria. A baliza mais próxima deve ser
colocada a meia-distância entre a mais afastada e a luneta do obuseiro e é
alinhada pelo C1, de modo que o retículo vertical da luneta e as geratrizes
esquerdas das duas balizas fiquem no mesmo alinhamento. Para assegurar igual
espaçamento das balizas, a distância da peça a cada baliza deve ser medida a
passo, pelo mesmo homem.
b. Para uso noturno, o dispositivo de iluminação das balizas deve ser
ajustado de tal modo que a luz da baliza mais afastada apareça mais alta que a
da mais próxima . Em terrenos planos, isto pode ser executado, utilizando-se
somente a metade inferior da baliza mais próxima. Os dois dispositivos de
iluminação, colocados desta maneira, estabelecem uma linha vertical para a
execução da pontaria.
c. Correção do desalinhamento das balizas de pontaria - quando o
apontador verifica que a linha vertical da luneta foi deslocada em relação à linha
formada pelas duas balizas, ele aponta a peça de modo que a baliza de pontaria
5-8/5-10

5-9
C 6-86
mais afastada apareça exatamente a meia-distância entre a baliza mais próxima
e a linha vertical do retículo (Fig 5-3). Se o deslocamento for causado por mudança
de direção do tubo, o C1 continua a apontar como foi descrito anteriormente. Se
as condições do terreno tomarem impraticável a movimentação de uma das
balizas, a peça é reapontada em direção, como foi dito anteriormente, e referida
na baliza que não puder ser deslocada. A outra baliza é então alinhada e o
registrador de derivas é ajustado.
Fig 5-3. Visada do C1 na luneta panorâmica com as balizas na posições
relativas, quando é feita a conservação da pontaria.
5-10

6-1
C 6-86
CAPÍTULO 6
TIRO DIRETO
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
6-1. GENERALIDADES
a. O tiro com pontaria direta é uma técnica que, para sua execução, exige
um elevado padrão de adestramento da guarnição. A peça atua como uma unidade
independente, sendo o comando do tiro a cargo do chefe de peça.
b. Esta técnica é utilizada contra alvos móveis ou estacionários à curta
distância - menores que 2000 m - que, normalmente, são capazes de responder
ao fogo, quando a rapites e a precisão são muito importantes.
6-2.CARTÃO DE ALCANCES
a. A posição de bateria é dividida em setores de defesa, cabendo a cada
chefe de peça a responsabilidade por seu setor, devendo estar preparado para
atirar em todos os setores.
b. Durante o reconhecimento da posição ou imediatamente após a sua
ocupação, o CP deve:
(1) medir ou estimar os alcances, em centenas de metros, para os pontos
característicos do terreno e para prováveis vias de acesso;
(2) estabelecer pontos de referência, quando necessário;
(3) preparar um cartão de alcances;
(4) se houver disponibilidade de tempo, aperfeiçoar o cartão de alcances,
substituindo os alcances que foram estimados por outros mais precisos, obtidos
por qualquer processo (passo duplo, telêmetros laser, medidas na carta, levanta-
mento topográfico, etc).

C 6-86
6-2
c. O CLF deve atribuir números a certos pontos característicos para facilitar
subseqüentes localizações de alvos. Sempre que possível, o CP deve determinar
a elevação para cada ponto numerado e introduzir esse dado no cartão de
alcances. Quando um alvo é observado próximo a um ponto numerado, os dados
do cartão facilitam a designação do alvo e a abertura do fogo. O CLF comanda,
por exemplo: “ALVO A VIATURA EM DESLOCAMENTO, PONTO Nº
2, FOGO À
VONTADE!”.
d. O setor de tiro de uma peça deve ser livre de obstáculos que possam
dificultar o tiro e a observação. Deve-se, contudo, observar as medidas de
camuflagem da posição para impedir a sua localização.
Fig 6-1. Cartão de alcances
6-3. ALVOS
a. Os alvos para a execução do tiro direto são, normalmente, aqueles que
possam ameaçar a posição de bateria. Geralmente configuram-se como alvos
fugazes, exigindo, portanto, a realização do tiro na máxima cadência permitida ao
material.
b. Os carros-de-combate, normalmente, atacam em grupos e podem ser
acompanhados por tropas de fuzileiros a pé. Dá-se prioridade maior para atacar
aqueles alvos dentro dos limites do setor de tiro da peça e, em seguida, aos alvos
de outros setores. a prioridade dentro do setor é a seguinte:
(1) carros-de-combate a curtas distâncias que ameacem diretamente a
posição;
(2) carros-de-combate parados e desenfiados, cobrindo a progressão de
outros carros;
(3) o carro-de-combate do comandante, quando identificado;
(4) carro-de-combate mais próximo que surja de locais imprevistos.
6-2/6-3

6-3
C 6-86
OBSERVAÇÃO: O CP deve ter especial atenção aos carros-de-combate
que ameacem diretamente a posição de bateria. Este alvo terá sempre prioridade
máxima, mesmo estando fora do setor de tiro de sua peça.
6-4.MUNIÇÃO
A munição mais apropriada para o tiro direto é a granada explosiva, com a
maior carga permitida e espoleta instantânea. A espoleta retardo e tempo também
podem ser utilizadas, porém demandam um maior tempo para a sua regulagem.
ARTIGO II
DEVERES DA GUARNIÇÃO NO TIRO DIRETO
6-5. GENERALIDADES
a. Sistemas de pontaria - existem três técnicas de pontaria direta:
(1) sistema de 2 (dois) apontadores e 2 (duas) visadas;
(2) sistema de 2 (dois) apontadores e 1 (uma) visada; e
(3) sistema de 1 (um) apontador e 1 (uma) visada.
b. O sistema de 1 (um) apontador e 1 (uma) visada é o menos efetivo e, por
isto, o menos indicado para a realização do tiro. Porém, poderá ocorrer uma
situação de emergência em que se torne necessário utilizá-lo.
c. As observações abaixo são aplicáveis aos três sistemas citados:
(1) os deveres dos serventes no tiro direto são os mesmos das missões
de tiro indireto;
(2) o motorista deve permanecer no seu compartimento para movimentar
a viatura, se necessário. A escotilha deverá estar fechada para protegê-lo do sopro
proveniente do freio de boca.
(3) o CP designa o sistema de pontaria a ser utilizado e dá os comandos
iniciais para executar o tiro. A escolha do sistema depende do método que facilite
mais efetivamente bater o alvo, do pessoal e dos meios disponíveis para a
execução da pontaria.
6-6.SISTEMA DE DOIS APONTADORES E DUAS VISADAS
a. Chefe de peça - é o responsável pela condução do tiro de sua peça. Para
tanto, procede da seguinte forma:
(1) identifica o alvo designado pelo CLF. Se um grupo de alvos for
designado, deve selecionar aquele que oferece maior perigo à posição;
(2) emite o comando inicial de tiro, na seguinte seqüência:
6-3/6-6

C 6-86
6-4
NOTA: - Estimar o alcance, em centenas de metros, quando não puder
ser utilizado o cartão de alcances anteriormente preparado ou não houver
equipamento para medi-lo com precisão.
- Utilizar o quadro afixado na escotilha do CP (figura 6-2.) para o
cálculo da decalagem inicial. Um quadro adicional de decalagem está afixado no
lado esquerdo da torre, para referência do C1.
Fig 6-2. Quadro de decalagem
(3) emite comandos subseqüentes de acordo com a observação do tiro,
alterando a decalagem, o alcance ou ambos, até que o alvo seja destruído, ou outro
comando seja dado pelo CLF. O comando subseqüente é assim enunciado: “Dr
(Es) (TANTO), Alo (Enc) (TANTO)!”.
b. Cabo apontador - realiza a pontaria em direção da peça e comanda o
fogo. Procede da seguinte forma:
(1) cala a bolha do nível transversal;
(2) registra 3200 no contador de derivas, em conseqüência a linha de
visada da luneta fica paralela à do tubo;
(3) seleciona a barra de tiro direto/indireto para a posição direto para travar
o aparelho de pontaria;
OTNEMELEO LPMEXE
ovlaodoãçangiseDs aroh21,etabmoc-ed-orraC
atelopseeagrac,litejorPI E,7gC,lpxE
megalaceD0 2megalaceD
ecnaclA0 031ecnaclA
oritedeicépsE! edatnovàogoF
6-6

6-5
C 6-86
(4) se for usado o retículo central, registra a decalagem comandada no
corretor de derivas e gira o tubo, acompanhando o alvo, até coincidir o centro do
retículo com o centro do alvo ( fig 6-3). Se for utilizada a graduação do retículo
horizontal, coincidir o traço correspondente à decalagem anunciada com o centro
do alvo (fig 6-4). Utilizar a graduação da direita quando o alvo estiver se deslocando
da direita para a esquerda. Utilizar a graduação da esquerda, no caso contrário;
Fig 6-3.Uso do retículo central
Fig 6-4. Uso da graduação do retículo
(5) acompanha o alvo, girando o tubo em direção, e comanda “FOGO!”
após receber o “PRONTO!” do C2; e
(6) insere a correção de decalagem do CP e continua o processo até o
alvo ser destruído ou outro comando ser emitido.
c. Soldado atirador - realiza a pontaria em alcance da peça. Procede da
seguinte forma:
(1) cala a bolha do nível transversal, através do botão de ajuste;
(2) se utilizar a luneta cotovelo M118CA1, abaixa ou levanta o tubo acom-
panhando o alvo, até que a linha de alcance do retículo, correspondente ao coman-
dado pelo CP ou interpolado, esteja passando pelo centro do alvo (fig 6-5);
6-6

C 6-86
6-6
Fig 6-5. Luneta M118CA1
(3) se utilizar a luneta cotovelo M118A2, deverá utilizar a tabela afixada
no bloco da culatra (figura 6-6) para transformar o alcance anunciado pelo CP em
elevação. Abaixar ou levantar o tubo, até que a linha de elevação do retículo,
correspondente à verificada na tabela ou interpolada, esteja passando pelo centro
do alvo (figura 6-7);
Fig 6-6. Tabela para tiro direto
ETALPEGNARERIFTCERID
REZTIWOHMM551
ELITCEJORPEH701M
)BW(CP1A911M
EGNARV ELE
)SRETEM() SLIM(
0044
0067
0089
00011 1
00214 1
00415 1
ELITCEJORPEH701M
)BW(CP2A4M
EGNARV ELE
)SRETEM() SLIM(
0046
0060 1
0083 1
00016 1
00210 2
00414 2
41358711NPERIFTCERIDETALP
6-6

6-7
C 6-86
Fig 6-7. Luneta M118A2
(4) quando conseguir este enquadramento na visada, anuncia: “PRON-
TO!”; e continua a comandar “PRONTO!” à medida que for acompanhando o alvo;
(5) após o tiro, insere a correção de alcance do CP e continua o processo
até o alvo ser destruído ou outro comando ser emitido.
ATENÇÃO - para prevenir danos à luneta cotovelo M118, deixe-a abaixada quando
não estiver em uso. Em hipótese alguma, utilize-a como apoio das mão.
d. Soldado carregador - executa o carregamento da peça e realiza o
disparo após o “FOGO!” do C1.
6-7.SISTEMA DE DOIS APONTADORES E UMA VISADA
a. Chefe de peça - os deveres do CP são os mesmos do sistema de dois
apontadores e duas visadas, exceto no comando de tiro inicial, quando é
anunciada a elevação e não o alcance. Para tanto, deve-se utilizar as tabelas
constantes das figuras 6-8 e 6-9, conforme a munição utilizada.
b. Cabo apontador - os deveres são os mesmos do sistema de dois
apontadores e duas visadas.
c. Soldado atirador - utiliza o quadrante de nível M15 para apontar em
elevação e dispara a peça. Procede da seguinte forma;
(1) registra a elevação comandada no quadrante de nível M15;
(2) cala a bolha do nível longitudinal, abaixando ou elevando o tubo;
(3) quando a bolha estiver calada, dar o “PRONTO!”; e
(4) continua o processo registrando as correções anunciadas pelo CP,
até que o alvo seja destruído ou outro comando seja emitido.
6-8.SISTEMA DE UM APONTADOR E UMA VISADA
a. Chefe de peça - os deveres do CP são os mesmos do sistema de 2 (dois)
apontadores e uma visada.
6-6/6-8

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6-8
b. Cabo apontador - realiza a pontaria em direção e elevação da peça.
Procede da seguinte forma:
(1) registra a elevação comandada no quadrante de nível auxiliar;
(2) cala a bolha do nível longitudinal do quadrante de nível auxiliar,
elevando ou abaixando o tubo;
(3) aponta a peça em direção conforme descrito nos itens (1) a (4), da
letra b, do sistema de dois apontadores e duas visadas;
(4) quando enquadrar o alvo corretamente, comanda “FOGO!”; e
(5) insere as correções anunciadas pelo CP e continua o processo até
o alvo ser destruído ou outro comando for anunciado.
c. Soldado atirador - dispara a peça após o “FOGO!” do C1.
Fig 6-8. Tabela para tiro direto
W7gC,EArG,mm551SUBO,OTERIDORITARAPALEBAT
sortemecnaclAs omisélimoãçavelEl acitrevotnemacolseDo riTedsodaD
00122 .7 .
ecnaclaomocraritaecemoC.1
.roiamrofeuqo,m004uoodamitse
rignitaétam001edsecnalaçaF.2
ovlao
00333 .0 .1
00355 .7 .1
00467 .3 .2
00588 .6 .2
0060 10 .13 .3
0072 12 .10 .4
ecnaclamocraritaaecemoC.1
.odamitse
ovlaorardauqneodnacsubetsujA.2
.)CeL(
onm002edsecnalaçaF.3
.otnemardauqneretboétaecnacla
étaotnemardauqneoerbeuQ.4
.ovlaorignita
0083 14 .16 .4
0095 16 .13 .5
00017 18 .19 .5
00118 10 .26 .6
00210 22 .23 .7
00312 24 .29 .7
00414 26 .26 .8
00516 28 .22 .9
ecnaclamocraritaaecemoC.1
.odamitse
ovlaorardauqneodnacsubetsujA.2
.)CeL(
onm004edsecnalaçaF.3
.otnemardauqneretboétaecnacla
étaotnemardauqneoerbeuQ.4
.ovlaorignita
00618 20 .39 .9
00710 33 .39 .01
00812 35 .36 .11
00914 37 .32 .21
00026 30 .42 .31
00128 33 .42 .41
00220 45 .49 .41
6-8

6-9
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Fig 6-9. Tabela para tiro direto
W7gC,EArG,mm551SUBO,OTERIDORITARAPALEBAT
sortemecnaclAs omisélimoãçavelEl acitrevotnemacolseDo riTedsodaD
00111 .3 .
ecnaclaomocraritaecemoC.1
.roiamrofeuqo,m004uoodamitse
rignitaétam001edsecnalaçaF.2
ovlao
00322 .7 .
00333 .0 .1
00444 .3 .1
00566 .0 .2
00677 .3 .2
00788 .6 .2
ecnaclamocraritaaecemoC.1
.odamitse
ovlaorardauqneodnacsubetsujA.2
.)CeL(
onm002edsecnalaçaF.3
.otnemardauqneretboétaecnacla
étaotnemardauqneoerbeuQ.4
.ovlaorignita
00899 .0 .3
0090 10 .13 .3
00011 12 .10 .4
00112 13 .13 .4
00214 14 .16 .4
00315 16 .13 .5
00416 17 .16 .5
00517 18 .19 .5
ecnaclamocraritaaecemoC.1
.odamitse
ovlaorardauqneodnacsubetsujA.2
.)CeL(
onm004edsecnalaçaF.3
.otnemardauqneretboétaecnacla
étaotnemardauqneoerbeuQ.4
.ovlaorignita
00618 10 .26 .6
00710 21 .20 .7
00811 23 .26 .7
00912 24 .29 .7
00024 26 .26 .8
00125 28 .22 .9
00226 29 .26 .9
6-8

7-1
C 6-86
CAPÍTULO 7
TORRE
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
7-1. GENERALIDADES
a. Este capítulo destina-se a apresentar os sistemas componentes da torre
da VBC OAP M 109 A3 e suas principais características.
b. Os sistemas que compõem a torre são os seguintes:
(1) sistema do tubo;
(2) sistema de recuo;
(3) sistema hidráulico;
(4) sistema de balanço.
ARTIGO II
SISTEMA DO TUBO
7-2. GENERALIDADES
O sistema do tubo (Fig 7-1) é composto por:
a. freio de boca.
b. eliminador de alma.
c. subsistema da culatra.
d. tubo.

C 6-86
7-2
Fig 7-1. Sistema do Tubo
7-3.DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
a. Freio de boca - Tem por função colaborar no amortecimento do recuo
do obuseiro, reduzindo de 10 a 15% a força recuante. Pesa cerca de 150 kg e é
rosqueado ao tubo.
b. Eliminador de alma - Tem por função eliminar do tubo os gases
resultantes da queima das cargas de projeção, evitando que retornem ao
compartimento da guarnição quando for aberta a culatra. Os gases que impulsi-
onam a granada entram no eliminador de alma por dez válvulas criando uma grande
pressão interna. Esses gases saem através dos três orifícios existentes no
eliminador criando um vácuo no interior do tubo. Este vácuo puxa o ar de dentro
do compartimento da guarnição expulsando o restante dos gases da queima da
carga de projeção. Pesa 34 kg.
c. Subsistema da culatra - Tem por finalidade vedar a câmara e impedir
o escape de gases provenientes da queima da carga de projeção. Seu funciona-
mento é semi-automático a partir do primeiro disparo, ou seja, uma vez realizado
o tiro, a culatra terminará aberta após a volta em bateria. Esta abertura automática
ocorre devido à ação dos roletes da árvore de comando da culatra que, durante a
volta em bateria, se engrazam nas guias existentes na parte inferior do batente da
culatra. Durante a abertura da culatra, o mecanismo de disparo é deslocado para
a direita e o extrator ejeta a estopilha.
d. Tubo - Tem 6,06 m de comprimento e pesa 1,6 ton. Possui 48 raias à
direita que dão rotação à granada. A vida útil do tubo é medida em equivalência
de carga máxima. Os dados referentes a cada tipo de tubo são encontrados nas
tabelas de tiro do material.
7-2/7-3

7-3
C 6-86
ARTIGO III
SISTEMA DE RECUO
7-4. GENERALIDADES
O sistema de recuo tem por finalidade ser um conector entre as partes
recuantes (sistema do tubo) e as estáticas (torre), freando e limitando o recuo do
tubo e levando-o de volta à posição inicial (volta em bateria) e composto por:
(1) cilindros de freio de recuo;
(2) cilindro recuperador;
(3) cilindro amortecedor;
(4) cilindro recompletador.
7-5.DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
a. Cilindros de freio de recuo - São em número de dois e estão
localizados um à esquerda e acima do tubo e outro à direita e abaixo (Fig 7-1).
No seu interior existe óleo hidráulico. Sua missão é diminuir progressivamente o
recuo do tubo, até que este cesse o seu movimento para trás. O funcionamento
dos cilindros de freio baseia-se no princípio da incompressibilidade do óleo
existente em seu interior. O recuo varia de acordo com a elevação do tubo. Assim,
teremos:
(1) longo recuo: máximo de 915 mm de recuo com elevação menor ou
igual a 800 milésimos;
(2) recuo variável: elevação entre 800 e 907 milésimos;
(3) curto recuo: mínimo de 584 mm de recuo com elevação acima de 907
milésimos.
b. Cilindro recuperador - Está localizado à esquerda e abaixo do tubo
(Fig 7-1). Tem por finalidade realizar a volta em bateria e sustentar o tubo. No seu
interior existe nitrogênio a uma pressão de 700 a 750 psi. O funcionamento do
cilindro baseia-se no princípio da expansão dos gases. Um pistão existente no
interior do cilindro e solidário ao tubo comprime o nitrogênio à medida que o tubo
recua. Ao cessar a força recuante, o nitrogênio expande-se, empurrando o tubo
para sua posição inicial.
c. Cilindro amortecedor - Está localizado à direita e abaixo do tubo, no
interior do compartimento da guarnição (Fig 7-1). Tem por finalidade amortecer e
desacelerar os últimos 33 cm da volta em bateria. Isto fará com que os roletes do
mecanismo da culatra entrem com suavidade nos entalhes do batente e aconteça
uma abertura da culatra mais lenta. O funcionamento do amortecedor se dá
quando o tubo recua e o anel da culatra deixa de exercer pressão sobre a haste
do amortecedor, que avança 33 cm por ação de sua mola. No avanço do tubo, o
anel da culatra encontra a haste do amortecedor que recua comprimindo a sua
mola e forçando a passagem de óleo dentro do cilindro, amortecendo o final da
volta em bateria.
d. Cilindro recompletador - Está localizado no interior do compartimento
da guarnição, no lado superior direito (Fig 7-2). Tem a função de fornecer óleo na
7-4/7-5

C 6-86
7-4
pressão de 21 a 24 psi e manter esta pressão no sistema de recuo. Durante o tiro,
a pressão no recompletador pode chegar, no máximo a 50 psi.
Fig 7-2. Cilindro recompletador
ARTIGO IV
SISTEMA HIDRÁULICO
7-6. GENERALIDADES
O sistema hidráulico é composto de:
a. conjunto de força;
b. subsistema de elevação
c. subsistema de giro;
d. subsistema de carregamento.
7-7.DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
a. Conjunto de força - É responsável por manter todo o sistema hidráulico
sob pressão de 900 a 1200 psi (± 25), mesmo com a viatura desligada e, também,
controlar o nível de óleo. Possui um cilindro acumulador (com nitrogênio à pressão
de 500 a 550 psi), um reservatório de óleo e um motor elétrico (Fig 7-3). A pressão
do óleo pode ser verificada através do manômetro. A quantidade de óleo no interior
do reservatório pode ser verificada através do mostrador externo, e está dividida
em três níveis:
(1) Nível 1 (superior): é o nível atingido quando zeramos a pressão do
sistema;
(2) Nível 2 (intermediário): é o nível normal do sistema quando a pressão
estiver entre 900 e 1200 psi (± 25).
(3) Nível 3 (inferior): é o nível mínimo de operação do sistema. Abaixo
desta marcação, o sistema não pode ser utilizado.
7-5/7-7

7-5
C 6-86
Fig 7-3. Conjunto de Força
b. Subsistema de elevação - Tem por função elevar e abaixar o tubo. Isto
pode ser feito por meio da alavanca de elevação hidráulica ou da manivela de
elevação manual. O cilindro de elevação está localizado no teto da torre e pesa
100 kg.
c. Subsistema de giro - Tem a função de realizar o giro da torre em 6400
milésimos, travar a torre e travar o tubo. É composto por:
(1) Trava da torre - Tem por missão ser uma conexão física entre a torre
e o chassi da viatura, fazendo com que a torre não se mova quando travada. Está
localizada no painel esquerdo, abaixo do sistema de balanço (Fig 7-4).
Fig 7-4. Trava da Torre
7-7

C 6-86
7-6
(2) Transmissão de giro - Tem por função girar a torre de forma manual
ou hidráulica em 6400 milésimos e não permitir o seu deslocamento sem o
acionamento dos controles. Está localizada no lado esquerdo do compartimento
da guarnição (Fig 7-5). O giro hidráulico é acionado pela alavanca de acionamento
e o giro manual, pela manivela. A caixa de comando da torre possui três chaves
com as seguintes funções:
(a) chave 1: liga o sistema elétrico da torre;
(b) chave 2: liga o giro hidráulico.
(c) chave 3: liga a alavanca do lado direito (somente elevação).
Fig 7-5. Transmissão de Giro
(3) Trava do tubo - Tem por finalidade evitar danos e choques à torre, ao
sistema de elevação e ao sistema hidráulico, durante os deslocamentos da
viatura. Está localizada na parte dianteira do chassi da viatura (Fig 7-6). Após a
liberação do tubo, a trava é rebatida sobre a tampa do motor.
7-7

7-7
C 6-86
Fig 7-6. Trava do tubo
d. Subsistema de carregamento - Tem por função realizar o carregamen-
to da granada no tubo. É composto por uma calha de carregamento, um soquete
hidráulico (Fig 7-7) e pela alavanca de acionamento (Fig 7-8). O conjunto calha/
soquete fica alojado abaixo da culatra e preso ao tubo, e é colocado em posição
para a realização do carregamento. Após o carregamento da peça, deve-se
certificar do travamento do conjunto em seu alojamento para não ocorrer o seu
deslocamento para trás durante a elevação do tubo. A alavanca de acionamento
fica presa ao teto.
Fig 7-7. Subsistema de carregamento
7-7

C 6-86
7-8
Fig 7-8. Alavanca de acionamento
ARTIGO V
SISTEMA DE BALANÇO
7-8. GENERALIDADES
Tem como função compensar o peso do tubo, permitindo elevá-lo e abaixá-
lo com a mesma intensidade. É ligado indiretamente ao conjunto de força. É
composto por:
a. acumulador primário;
b. acumulador secundário; e
c. caixa de distribuição.
7-9.DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
a. Acumulador primário - Carregado com óleo hidráulico e nitrogênio a
uma pressão de 900 psi. Internamente, um êmbolo separa o óleo do nitrogênio.
Em conjunto com o acumulador secundário provoca uma grande pressão inicial
para iniciar a elevação. Após isto, age sozinho no restante da elevação.
b. Acumulador secundário - Com as mesmas características do anterior,
age somente para iniciar a elevação. Está carregado com nitrogênio a uma
pressão de 1500 psi.
7-7/7-9

7-9
C 6-86
c. Caixa de distribuição - Realiza a distribuição de óleo para o sistema,
controlando o seu funcionamento. Possui dois registros (Fig 7-9):
(1) válvula de drenagem (4) - registro na cor vermelha que tem por função
drenar o sistema, seja para zerar a pressão do sistema de balanço, seja para
retirar o excesso de óleo.
(2) válvula de recompletamento (3) - registro na cor branca que tem como
função permitir que se faça o recompletamento de óleo do sistema.
Fig 7-9. Caixa de distribuição
7-9

8-1
C 6-86
CAPÍTULO 8
MUNIÇÃO
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
8-1. GENERALIDADES
A munição para obus 155 mm M126/M126E1 é do tipo “componentes
separados”. Os projéteis desse tipo podem ser facilmente identificados pela
existência de tarugos com alça. O preparo de um tiro para o obus requer três
operações distintas: colocação da espoleta, da carga de projeção e da estopilha.
Os componentes de um tiro completo são embalados separadamente. A espoleta
é colocada no projétil pouco antes do carregamento e do disparo. Os projéteis e
as cargas de projeção indicados para utilização no obus 155 mm, séries M1 e
M45, são também indicados para este obus.
ARTIGO II
COMPOSIÇÃO
8-2. GENERALIDADES
a. Um tiro compreende um conjunto de elementos que são acondicionados
separadamente e têm particularidades que devem ser levadas em consideração,
quando da montagem.
b. Os elementos componentes de um tiro são:
(1) granada ou projétil;
(2) espoleta;
(3) carga de projeção; e
(4) estopilha.

C 6-86
8-2
8-3. GRANADAS
As granadas, os componentes da munição e o conteúdo das embalagens
são identificados por pinturas e inscrições. As granadas são identificadas pelo
código de cor e a pela inscrição, conforme o Quadro de Identificação das Granadas
(Pag 8-14).
a. Granadas explosivas.
(1) HE M 107
É a granada explosiva mais comum. Permite a utilização de todos os
tipos de espoletas existentes. (Fig 8-1)
Fig 8-1. Granada HE M107
(2) HE M 692 ADAM - L
(a) É uma granada que possui sub-municões, minas antipessoal que
são liberadas antes da granada atingir o solo. (Fig 8-2)
(b) Devido à liberação das submunições, o único tipo de espoleta
possível é a tempo (M577).
(c) A designação “L” significa que o tempo de retardo para a
detonação das submunições é longo e vem inscrito dentro de triângulos no corpo
da granada.
Fig 8-2. Granada HE M692
(3) HE M 731 ADAM - S
Possui as mesmas características da HE M692, diferindo apenas
pelo “S” no lugar do “L”, que significa que o tempo de retardo para a detonação das
submunições é curto. (Fig 8-3)
8-3

8-3
C 6-86
Fig 8-3. Granada HE M731
(4) HE M 718 RAAM - L
Possui as mesmas características da HE M692, sendo que as sub-
munições são anticarro e não antipessoal. (Fig 8-4)
Fig 8-4. Granada HE M718
(5) L HE M 741 RAAM - S
Possui as mesmas características da HE M731, sendo que as sub-
munições são minas anticarro e não antipessoal. (Fig 8-5)
Fig 8-5. Granada HE M741
(6) HE M 712 HEAT
É uma munição anticarro guiada por laser. Utiliza uma espoleta
própria (M740). (Fig 8-6)
Fig 8-6. Granada HE M712
(7) HE M 449 ICM
(a) É uma granada que possui cerca de 60 submunições (M43), que
detonam pouco antes de atingir o alvo, obtendo efeito tempo. (Fig 8-7)
(b) É utilizada para alvos de grandes áreas.
8-3

C 6-86
8-4
Fig 8-7. Granada HE M449
(8) HE M 483 e M 483A1
(a) Seu princípio de funcionamento é o mesmo da granada HE M 449,
sendo que possui 88 submunições e utiliza somente a espoleta M557. (Fig 8-8)
(b) A carga mínima para esta granada é a três.
(c) É utilizada sobre tropas ou pequenos alvos.
(d) As submunições detonam ao tocar o solo.
Fig 8-8. Granada HE M 483
(9) HE M 549 e M 549A1 RA
(a) Esta granada possui um sistema de propulsão auxiliar que é acio-
nado durante a sua trajetória, aumentando o seu alcance em até 6 km. (Fig 8-9)
(b) Nestas granadas deve-se utilizar as cargas de projeção M119A1
e M119A2.
Fig 8-9. Granada HE M549
b. Granadas fumígenas.
(1) WP M 110A1 e M 110A2
É uma granada que possui uma carga de fósforo branco
(2) HC M 116 e M 116B1
(a) São granadas com carga de exacloretano divididas em quatro sub-
cargas, que são liberadas pelo culote da granada antes que a esta atinja o solo.
(b) Devido à liberação das subcargas, o único tipo de espoleta
possível é a tempo M501.
8-3

8-5
C 6-86
(c) Devido ao perigo do lançamento do tarugo, quando da liberação
das subcargas, a máxima carga permitida é a Cg 6 (M4A1ou M4A2).
(3) HC M 116A1
Possui as mesmas características das M116 e M116B1, sendo que
utiliza somente as espoletas M 565 e M 577.
c. Granadas iluminativas.
M 485A1 e M 485A2
Esta granada possui um sistema de dois pára-quedas que permite
maior estabilidade e aproveitamento da iluminação. Com o acionamento da
espoleta, pelo culote é liberada uma cápsula que contém um pára-quedas.
Quando esta cápsula fica estabilizada este pára-quedas se solta permitindo que
uma nova cápsula saia de dentro da primeira sendo sustentada por um segundo
pára-quedas.
d. Granada incendiária.
WP M 110
É uma granada que tem a finalidade de causar incêndios por
intermédio do extremo calor que produz quando o fósforo branco entra em contato
com o ar.
e. Granadas químicas.
(1) H ou HD M 110
Possui uma carga química de gás mostarda (H) ou mostarda
destilada (HD).
(2) GB ou VX M 121A1
As granadas com o gás GB possui uma carga tóxica de efeito não
persistente. Já as granadas de gás VX possuem efeito persistente.
f. Granadas de exercício.
(1) TRAINING M823
(a) É uma granada de exercício que é similar a M712 HEAT, sendo
que para diferenciação seu corpo é em bronze. (Fig 8-10)
(b) Esta granada JAMAIS deve ser utilizada para tiro, somente se
presta para o treinamento e adestramento da guarnição nos trabalhos de
preparação do tiro e carregamento.
Fig 8-10. Granada Training M823
(2) PRACTICE M804
(a) Esta granada é de exercício e similar a HE M107, sendo que
possui uma pequena cápsula fumígena no seu interior e quatro cavidades por onde
sai a fumaça proveniente do acionamento da cápsula. Isto permite a visualização
do impacto da granada. (Fig 8-11)
(b) Esta granada destina-se, prioritariamente, ao treinamento do tiro.
8-3

C 6-86
8-6
Fig 8-11. Granada M804
8-4.ESPOLETAS
a. A relação entre cada granada e os tipos de espoletas possíveis de serem
utilizados é transcrita no Quadro de Relação Granada/Espoleta (Pag 8-10).
b. Espoleta instantânea
(1) M557
Permite optar por efeito instantâneo ou retardo, por intermédio de
uma chave seletora. (Fig 8-12)
Fig 8-12. Espoleta M557
(2) M572
Só permite o efeito instantâneo, não tendo opção de retardo.
(3) M739
É semelhante à M557, sendo que, além da opção por retardo, possui
também um sistema anticongelante que permite que a granada passe por chuvas
intensas e grandes altitudes, sem problemas. (Fig 8-13)
8-3/8-4

8-7
C 6-86
Fig 8-13. Espoleta M739
c. Espoleta tempo
(1) M137
Possui uma escala de tempo de 100 segundos e permite o registro
de uma casa decimal.
(2) M501
(a) Possui graduação de tempo, que vai de 2 a 75 unidades de tempo
e também permite o efeito instantâneo. (Fig 8-14)
(b) Esta espoleta somente pode ser utilizada nas granadas fumígenas
M116 e M116A1.
Fig 8-14. Espoleta M501
(3) M564
(a) Possui graduação de tempo que vai de 2 a 100 unidades de tempo,
permitindo o registro de uma casa decimal. (Fig 8-15)
(b) Permite o efeito instantâneo.
(c) Possui eliminador de sensibilidade.
Fig 8-15. Espoleta M564
8-4

C 6-86
8-8
(4) M 565 - Possui as mesmas características da M564, sem o eliminador
de sensibilidade. (Fig 8-16)
Fig 8-16. Espoleta M565
(5) M577
(a) Possui graduação de tempo que vai de 2 a 200 unidades de tempo,
permitindo o registro de uma casa decimal. (Fig 8-17)
(b) A escolha de seu evento é feita por meio de uma janela onde
existem três linhas formando quatro colunas onde se registra respectivamente a
centena, a dezena, a unidade e a casa decimal do evento.
Fig 8-17. Espoleta M577
d. Espoleta de aproximação
(1) M514
Possui uma escala de 100 segundos que permite registrar quando a
espoleta deve se armar.
(2) 728
(a) Espoleta de aproximação que funciona por ondas de rádio-
freqüência e permanece armada dos 5 aos 100 segundos, a contar do momento
do disparo. (Fig 8-18)
(b) Possui o corpo longo, só permitindo ser utilizada nas granadas
com a cavidade maior.
(c) Possui ainda uma capa preta protetora contra eletricidade.
8-4

8-9
C 6-86
Fig 8-18. Espoleta M 728
(3) M 732
(a) Espoleta com corpo curto, portanto não apresenta problema de
incompatibilidade. (Fig 8-19)
(b) É armada a partir do disparo até 150 segundos.
Fig 8-19. Espoleta M 732
e. Espoleta de retardo (M 78) - Espoleta especialmente desenvolvida para
alvos feitos de concreto, pois, devido ao seu retardo, somente detona a granada
após romper o concreto. (Fig 8-20)
Fig 8-20. Espoleta M 78
8-4

C 6-86
8-10
QUADRO DE RELAÇÃO GRANADA / ESPOLETA
* CAVIDADE NORMAL
** CAVIDADE MAIOR
8-5.CARGAS DE PROJEÇÃO
a. A relação entre cada granada e os tipos de cargas de projeção possíveis
de serem utilizados é transcrita no Quadro de Relação Carga / Granada
(Pag 8-13).
b. M3A1
(1) É composta por 4 saquitéis na cor verde (cargas de 2 a 5) e um na cor
vermelha (carga 1), numerados de 1 a 5. A carga 1 é a mínima e as demais são
sobrepostas e amarradas à primeira. (Fig 8-21)
(2) Permite atirar nas cargas de 1 a 5.
(3) Existe uma espécie de almofadas de pólvora entre as cargas 1 e 2;
3 e 4 e 4 e 5.
SADANARG
SATELOPSE
aenâtnatsnIo pmeTo ãçamixorpAo drateR
M
5
5
7
M
5
7
2
M
7
3
9
M
1
3
7
M
5
0
1
M
5
6
4
M
5
6
5
M
5
7
7
M
5
1
4
M
7
2
8
M
7
3
2
M
7
8
D,DH011MXXX
XV1A121MXX XX
EH945M XXX X
*EH701M XXX X X X X
**EH701M XXX X X XX X
EH944MXXX
EH1A384MXX
MLI584MXXX
1B611M,611MX
1A611MXX
PW011MXXX
EH137M296MXX
EH147M817MXX
CTARP408MX
8-4/8-5

8-11
C 6-86
Fig 8-21. Carga de projeção M 3A1
c. M3 - É similar à M3A1, sendo que não existe as almofadas de pólvora
entre as cargas.
d. M4A2
(1) Composta por 5 saquitéis, sendo 1 na cor vermelha e 4 brancos. O
saquitel vermelho é composto por cargas de 1 a 3, que não podem ser separadas.
Os quatro saquitéis brancos, que correspondem as cargas de 4 a 7, são
amarrados ao saquitel vermelho. (Fig 8-22)
(2) Existe uma almofada de pólvora entre as cargas 3 e 4.
(3) Permite atirar nas cargas de 3 a 7.
Fig 8-22. Carga de projeção M4A2
e. M4A1 - Similar a M4A2, sendo que não existe as almofadas de pólvora
entre as cargas.
f. M4
(1) Similar a M4A2, sendo que só permite atirar com as cargas de 5 a 7.
(2) Nesta carga existem apenas 3 saquitéis, sendo que o primeiro contém
as cargas de 1 a 5, que não podem ser separadas.
(3) Existem almofadas de pólvora entre os saquitéis.
g. M119
(1) Composta por um único saquitel de carga 8, não permitindo atirar com
carga menor.
(2) O saquitel é de cor branca e possui uma almofada de pólvora na sua
parte frontal.
8-5

C 6-86
8-12
h. M119A1
(1) É similar à carga M119, diferindo apenas no tipo de almofada de
pólvora utilizada. (Fig 8-23)
(2) Esta nova almofada permite sua utilização com as granadas M549 e
M549A1.
Fig 8-23. Carga de projeção M119A1
i. M119A2
(1) Diferente da M119A1, pois possui a sua base na cor vermelha e seu
saquitel único é de carga 7. (Fig 8-24)
(2) Como a M119A1, permite sua utilização com as granadas M549 e
M549A1.
(3) Embora sua carga seja 7, é equivalente à carga 8 das cargas de
projeção M119 e M119A1.
Fig 8-24. Carga de projeção M119A2
8-6. ESTOPILHA M82
Diferencia-se da estopilha MK2A4 do Obuseiro M114, por ser de diâmetro
maior (a MK2A4 não é compatível com o M 109). (Fig 8-25)
Fig 8-25. Estopilha
8-5/8-6

8-13
C 6-86
QUADRO DE RELAÇÃO CARGA/GRANADA
S - Sim N - Não R - Uso Restrito
SADANARG
SAGRAC
1A3Me3M2 A4Me1A4M
911M1 A911M2 A911M
1234534 567
701MEH NSSSSSSSSS S S S
944MEH NSSSSSSSSS S S S
384MEH NNSSSSSSSS S S S
137M,296MEH NNSSSSSSSS S S S
147M,817MEH NNSSSSSSSS S S S
1A584MMLI NSSSSSSSSS S S S
011MIUQ NSSSSSSSSS S S S
1A011MMUF NSSSSSSSSS S S S
611MMUF NSSSSSSSSR N N N
8-6

C 6-86
8-14
QUADRO DE IDENTIFICAÇÃO DAS GRANADAS
avonoãçacirbaFa gitnaoãçacirbaF
DH011MM UFa zniC
1sedreV2
aleramA
edreVa zniCs edreV2e dreV
1A121MÍ UQa zniC
1sedreV3
aleramA
edreVa zniC
edrev1BG
edrev2XV
edreV
944ML PXEO V
sognasoL
soleramA
oleramAO Va muhneNo leramA
1A384ML PXEO V
sognasoL
soleramA
amuhneN---
701ML PXEO Va muhneNo leramAO Va muhneNo leramA
e1A584M
2A
MULIMULIO Va cnarB1o cnarB---
611M,611M
1B
MUFMUF---a zniCa leramA1o leramA
1A611MM UF
edreV
oralC
amuhneNo terP-- -
PW011MC NI
edreV
oralC
aleramA1o hlemreVa zniCa leramA1o leramA
945/945M
1A
-XELPXE
LP
OVa muhneNo leramA---
296ML PXEO V
solugnâirT
soleramA
oleramA---
137ML PXEO V
-solugnâirT
soleramA
oleramA---
817ML PXEO V
solugnâirT
soleramA
oleramA---
147ML PXEO V
solugnâirT
soleramA
oleramA---
217ML PXEa terPa muhneNo leramA---
328MC XEe znorBa muhneNo terP-- -
408MC XEl uzAm orraM1o cnarB---
Inscrições
Nr e cor das
faixas
Cor da
granada
Inscrições
Nr e cor das
faixas
Cor da
granada
Tipo
Granadas
8-6

9-1
C 6-86
CAPÍTULO 9
VERIFICAÇÕES PERIÓDICAS BÁSICAS
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
9-1. GENERALIDADES
a. A finalidade deste capítulo é apresentar os procedimentos realizados
para a verificação e ajustagem dos equipamentos de controle de tiro do obuseiro.
b. A verificação e a ajustagem dos equipamentos de controle de tiro é
executada pela guarnição da peça, orientada pelo CLF e pelo mecânico de
armamento pesado da unidade.
c. Os intervalos para a sua execução são os seguintes:
(1) trimestralmente;
(2) o mais cedo possível, após uso prolongado;
(3) após acidentes;
(4) após deslocamento por terreno extremamente acidentado;
(5) quando for substituído o tubo, suporte da luneta ou o quadrante de
elevação;
(6) sempre que ocorrerem tiros anômalos sem causa aparente.
9-2.PREPARAÇÃO PARA AS VERIFICAÇÕES
a. Colocar o obuseiro em um terreno plano e firme.
b. Verificar o quadrante de elevação M15, a luneta panorâmica M117 e o
suporte M145 quanto a folgas ou outros defeitos óbvios.
c. Inspecionar o quadrante de nível para não ter sujeira ou amassados. Em
caso de sujeira, limpá-lo e se houver amassados substituí-lo.

C 6-86
9-2
d. Realizar a verificação do quadrante de nível (parágrafo 9-3).
e. Nivelar os munhões (parágrafo 9-4).
f. Nivelar o tubo longitudinalmente (parágrafo 9-5).
g. Realizar a verificação e a ajustagem do aparelho de pontaria
(parágrafo 9-6).
OBSERVAÇÃO: Caso não haja confiança quanto à estabilidade do tubo,
fazer o seguinte teste:
(1) utilizando o quadrante de nível verificado, coloque o tubo na elevação
+266 milésimos;
(2) desligue a chave de giro da cabine e espere 1 hora;
(3) o tubo não poderá ter abaixado mais que 3 milésimos. Se isto ocorrer,
comunicar a equipe de manutenção da unidade.
9-3.VERIFICAÇÃO DO QUADRANTE DE NÍVEL
a. Dois testes são realizados para verificar o perfeito funcionamento do
quadrante de nível a ser utilizado nas demais verificações do obuseiro: o teste do
micrômetro e o teste de ponta a ponta.
b. Teste do micrômetro
(1) Colocar o índice do braço radial em 10 milésimos positivos na escala
e o micrômetro em zero.
(2) Colocar o quadrante sobre as placas de nivelamento no bloco da
culatra com a seta “LINE OF FIRE” na direção da boca do tubo e calar a bolha,
elevando e abaixando, manualmente, o tubo.
(3) Retirar o quadrante do bloco da culatra, colocar o índice do braço radial
em zero milésimos e o micrômetro em 10 milésimos.
(4) Colocar o quadrante sobre o bloco da culatra, agora no sentido
contrário. A bolha deve permanecer calada. Caso contrário, o quadrante de nível
deve ser recolhido para manutenção.
c. Teste de ponta a ponta
(1) Colocar as escalas do quadrante em zero.
(2) Colocar o quadrante sobre as placas de nivelamento no bloco da
culatra com a seta “LINE OF FIRE” na direção da boca do tubo e calar a bolha,
elevando e abaixando, manualmente, o tubo.
(3) Colocar o quadrante na direção contrária e verificar se a bolha
permaneceu calada. Se isto ocorrer, o quadrante está regulado e a verificação
terminada.
(4) Se a bolha não voltar ao centro, girar o botão do micrômetro e tentar
calar a bolha.
(5) Se for possível calar a bolha, a correção é positiva e assim determi-
nada:
(a) ler os números pretos da escala do micrômetro e dividir por dois.
Esta é a correção do quadrante de nível (figura 9-1).
9-2/9-3

9-3
C 6-86
Fig 9-1. Correção positiva
(b) registrar esta correção na escala do micrômetro e elevar ou
abaixar o tubo manualmente até centrar a bolha.
(c) inverter a posição do quadrante. A bolha deve permanecer calada.
Anotar a correção. Está terminada a verificação.
(6) Se não for possível calar a bolha, a correção é negativa e assim
determinada:
(a) deslocar o braço radial uma graduação abaixo (-10 milésimos);
(b) colocar o quadrante sobre as placas de nivelamento e girar o botão
do micrômetro até calar a bolha;
(c) ler os números na escala do micrômetro, somar 10 a esta leitura
e dividir por dois (Fig 9-2);
Fig 9-2.
(d) registrar este resultado na escala do micrômetro (Fig 9-3), colocar
o quadrante sobre as placas de nivelamento e abaixar ou levantar o tubo até centrar
a bolha;
Fig 9-3. Escala do micrômetro
9-3

C 6-86
9-4
(e) inverter a posição do quadrante. A bolha deve permanecer calada;
(f) subtrair a leitura do micrômetro de 10. Esta é a correção do
quadrante que deverá ser anotada (Fig 9-4). A verificação está terminada.
Fig 9-4. Correção negativa
9-4.NIVELAMENTO DOS MUNHÕES
a. Finalidade - Os munhões têm que ser nivelados para assegurar que os
suportes dos equipamentos de controle de tiro estejam paralelos ao eixo do tubo.
Existem dois processos: pelo fio de prumo e pelas linhas de referência.
b. Nivelamento pelo fio de prumo.
(1) Colocar dois barbantes nas linhas de fé existentes na boca do
obuseiro, formando um retículo (Fig 9-5).
Fig 9-5. Linhas de Fé
(2) Instalar o disco de visada na câmara ou remover o percussor do
mecanismo de disparo, utilizar o orifício para realizar a visada ao invés de utilizar
o disco.
(3) Suspender o fio de prumo (3) em local de pouco ou nenhum vento a
uma altura de sete metros, com o peso dentro de um recipiente de água (4) para
estabilizá-lo (Fig 9-6). A altura do fio de prumo visa permitir a elevação do tubo até
600 milésimos.
(4) Posicionar o obuseiro de modo que a boca do tubo fique a 30 cm do
fio de prumo (Fig 9-6).
9-3/9-4

9-5
C 6-86
Fig 9-6. Fio de Prumo
(5) Instalar dois macacos hidráulicos (capacidade de 10Ton ou superior)
à frente da viatura, um à esquerda e outro à direita, utilizando um bloco de madeira
entre o macaco e o solo (Fig 9-7).
Fig 9-7. Nivelamento (Frente)
(6) Instalar outro macaco à retaguarda e ao centro da viatura (figura 9-8).
Fig 9-8. Nivelamento (Retaguarda)
(7) Colocar, manualmente, o tubo a zero.
(8) Olhando pelo disco de visada, deslocar, manualmente, o tubo em
direção, até que o cruzamento do retículo das linhas de fé esteja sobre o fio de prumo.
9-4

C 6-86
9-6
OBSERVAÇÃO: Se o tubo tiver que ser movimentado mais que 100
milésimos à esquerda ou à direita, reposicionar o obuseiro ou o fio de prumo.
(9) Agindo nos macacos colocados à frente da viatura, fazer o nivelamento
dos munhões, até que o retículo central da linha de fé (6) coincida com o do fio de
prumo (3) (Fig 9-9).
Fig 9-9. Alinhamento do Fio de Prumo
(10) Registrar 100 milésimos no quadrante de elevação M15 e elevar o
tubo manualmente até calar a bolha do nível longitudinal.
(11) Olhando pelo disco de visada, verificar se não houve desalinhamento
do retículo.
(12) Continuar elevando o tubo de 100 em 100 milésimos até atingir 600
milésimos, verificando o alinhamento do retículo com o fio de prumo.
(13) Abaixar lentamente o tubo observando o alinhamento do retículo com
o fio de prumo. Se o alinhamento for mantido, o obuseiro estará nivelado.
(14) Se houver desalinhamento, repetir as operações a partir do item (10),
sem mexer no macaco. Se a constância do alinhamento não for mantida,
comunicar o pessoal de manutenção da unidade.
c. Nivelamento pelas linhas de referência
OBSERVAÇÃO: Este processo só poderá ser utilizado se o quadrante
de elevação já estiver com as linhas de referência previamente marcadas (Ver
parágrafo 9-6)
(1) Posicionar o obuseiro em um local plano e firme.
(2) Fazer a coincidência das linhas de referência (1) e (2) do quadrante
de elevação M15 (Fig 9-10).
Fig 9-10. Quadrante M15
9-4

9-7
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(3) Registrar zero milésimo no quadrante de elevação e calar a bolha do
nível longitudinal, movimentando manualmente o tubo em elevação.
(4) Deslocar devagar o tubo em direção pelo comando manual até calar
a bolha do nível transversal do quadrante M15.
(5) Centrar novamente a bolha do nível longitudinal, elevando ou abaixan-
do, manualmente, o tubo.
(6) Verificar o nível transversal. Se a bolha estiver calada, os munhões
estão nivelados. Se não, desloque em direção o tubo até calar a bolha. Os
munhões estarão nivelados.
9-5.NIVELAMENTO LONGITUDINAL DO TUBO
a. Devido ao seu grande comprimento, há uma diferença entre a elevação
medida na boca do tubo e no bloco da culatra. Para compensá-la, introduz-se um
valor chamado correção embutida. O valor desta correção vem estampado no
bloco da culatra dos obuseiros e deve ser do conhecimento do chefe de peça e
estar anotado no livro registro da peça. Caso a correção embutida não tenha sido
registrada, ela poderá ser determinada da seguinte forma:
(1) Colocar um quadrante de nível verificado sobre a placa de nivelamento
na boca do tubo. O valor registrado no quadrante é o de sua correção previamente
medida.
(2) Calar a bolha do quadrante, elevando ou abaixando manualmente o
tubo. O tubo ficará nivelado.
(3) Retirar o quadrante e colocá-lo sobre a placa de nivelamento do bloco
da culatra. Centrar a bolha do quadrante agindo no micrômetro.
(4) A leitura no micrômetro menos a correção do quadrante será o valor
da correção embutida. Por exemplo:
- Leitura no bloco da culatra: + 1,9’’’
- Correção do quadrante: - 0,4’’’
- Correção embutida: +1,9 - (-0,4) = +2,3’’’.
b. Nivelamento longitudinal do tubo.
(1) Em um quadrante de nível verificado, registrar o valor da correção
embutida. Se o quadrante possuir correção, adicioná-la ou subtraí-la da correção
embutida.
(2) Colocar o quadrante de nível sobre a placa niveladora do bloco da
culatra e calar a bolha elevando ou abaixando o tubo manualmente.
(3) O tubo estará nivelado longitudinalmente.
9-6.LINHAS DE REFERÊNCIA
a. As linhas de referência servem para indicar a posição onde os suportes
dos equipamentos de controle de tiro estão paralelos com o eixo do tubo. Devem
ser marcadas após o nivelamento dos munhões.
b. Com um instrumento afiado, fazer a marcação nos locais apropriados (ver
na sequência) e pintar com uma cor contrastante com a pintura do equipamento
9-4/9-6

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9-8
para fácil identificação. Ter o cuidado de marcar somente a pintura do equipamen-
to, não atingindo a parte metálica.
c. Linhas de referência no quadrante de elevação M15
(1) Coloque os registradores de elevação e de correção em zero
milésimo.
(2) Calar a bolha do nível transversal pelo botão de nivelamento e a do nível
longitudinal, agindo manualmente no tubo.
(3) Fazer uma linha de referência (8) no eixo do quadrante de elevação (9)
na parte frontal (figura 9-11).
(4) Fazer outra linha de referência (10) no botão de nivelamento longitu-
dinal (5) (figura 9-11).
Fig 9-11. Linhas de Referência
d. Linhas de referência no suporte M145
(1) Nivelar o tubo como descrito no parágrafo 9-5.
(2) Calar as bolhas dos níveis longitudinal e transversal.
(3) Fazer uma linha de referência no botão de nivelamento longitudinal
(10) e seu suporte (11) (figura 9-12).
(4) Fazer outra linha na parte frontal do braço fixo do suporte (4) e o braço
móvel (5) (figura 9-12).
(5) Alinhar o índice (2) do botão de nivelamento transversal (1) com o do
seu alojamento (3) soltando os dois parafusos do botão de nivelamento e
deslocando o índice. Apertar os parafusos (figura 9-12).
(6) Retirar a luneta panorâmica e fazer uma linha de referência no corpo
do suporte M145 (9) e seu alojamento (8). Instale a luneta novamente (figura 9-12).
9-6

9-9
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Fig 9-12. Suporte M 145
9-7.VERIFICAÇÃO E AJUSTAGEM DO APARELHO DE PONTARIA
a. Finalidade - Verificar o alinhamento dos eixos óticos da luneta
panorâmica M117 e da luneta cotovelo M118, a fim de torná-los paralelos ao eixo
do tubo, tanto em deriva como em elevação. Existem três processos: pelo alvo de
retificação, pelo ponto afastado e pelo dispositivo de alinhamento M140. Serão
abordados neste parágrafo os dois primeiros processos.
b. Antes de realizar o tiro, deve-se proceder a verificação do aparelho de
pontaria, independentemente de já se ter cumprido a periodicidade descrita na
letra c. do parágrafo 9-1.
c. Medidas preliminares
(1) A inclinação do obuseiro não pode ser maior que 90 milésimos;
(2) Abrir a culatra e colocar o disco de visada;
(3) Colocar os barbantes nas linhas de fé, formando um retículo na boca
do tubo;
(4) Instalar a luneta M117 e M118;
(5) Utilizar um quadrante de nível verificado para nivelar os munhões como
se segue:
(a) Registrar no quadrante de nível a correção obtida no teste de ponta
a ponta.
(b) Colocar o quadrante transversalmente sobre o bloco da culatra
(c) Deslocar o tubo em direção até calar a bolha do quadrante de nível
(somente para o processo do alvo de retificação).
9-6/9-7

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9-10
(6) Nivelar o tubo com elevação zero (parágrafo 9-5)
(7) Calar as bolhas dos níveis transversal e longitudinal do suporte M145.
d. Processo do alvo de retificação
(1) Realizar as medidas preliminares:
(2) Preparar o alvo de retificação como se segue:
(a) montar o alvo em uma cartolina e prendê-lo a um quadro de
pedestal regulável em altura. Um fio de prumo passando pelo diagrama central
servirá para nivelar o alvo de retificação. A Fig 9-13 apresenta as medidas em
polegadas para confeccionar os diagramas.
Fig 9-13. Alvo de Retificação
(b) para utilização à noite, fazer um orifício de 1/16 polegadas no
centro de cada diagrama e cobrir com pano. Uma lanterna presa atrás do alvo de
retificação dará a iluminação do alvo para a realização da pontaria.
(3) Instalar o alvo de retificação a 50m à frente da peça, no mínimo.
(4) Sem mover o tubo, alinhar o diagrama central do alvo com o retículo
das linhas de fé, olhando pelo disco de visada. Manter a cobertura da luneta
perpendicular à linha de visada.
(5) Alinhar o retículo da luneta panorâmica com o diagrama esquerdo do
alvo, agindo no botão de derivas (1) e de elevação (2) (Fig 9-14).
(6) Verificar se o retículo das linhas de fé está coincidente com o do alvo
e se as bolhas dos níveis longitudinal e transversal do suporte da luneta estão
caladas.
(7) O registro de derivas (4) deve estar em 3200 milésimos. Caso não
esteja, remover a cobertura (5) do parafuso de ajustagem e, com uma chave de
fenda, girar até que a leitura de deriva seja 3200 milésimos (Fig 9-14).
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9-11
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Fig 9-14. Suporte M 145
(8) Alinhar o retículo da luneta cotovelo com o diagrama direito do alvo,
agindo no botão de deriva (6) e de elevação (7) do suporte M146 (figura 9-15).
(9) Deslocar as escalas móveis do suporte da luneta (8) e (9) até marcar
4 milésimos em elevação e 4 milésimos em deriva (figura 9-15). Não mexer nos
botões de elevação e deriva. Deslocar somente as escalas móveis.
Fig 9-15. Suporte M 146
(10) Está pronta a verificação e ajustagem do aparelho de pontaria.
e. Processo do ponto afastado.
(1) Selecionar um ponto nítido afastado de, no mínimo, 1500 m.
(2) Realizar as medidas preliminares.
(3) Visando através do disco de visada ou do orifício do mecanismo de
9-7

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9-12
disparo, deslocar o tubo até coincidir o retículo das linhas de fé com o canto
esquerdo superior do ponto afastado (parte central da figura 9-16).
(4) Ajustar as lunetas M117 e M118 conforme descrito nos itens (6) a (9)
da letra anterior até obter a visada apresentada na figura 9-16.
Fig 9-16. Visadas no ponto afastado
ARTIGO II
VERIFICAÇÕES DOS EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE TIRO
9-8.INTRODUÇÃO
a. Após executar as medidas preliminares, são realizadas as verificações
a seguir descritas, para se certificar do perfeito funcionamento dos instrumentos.
OBSERVAÇÃO: Se após cada verificação for observado erro fora da
tolerância estabelecida, notificar o pessoal de manutenção da unidade. A
guarnição da peça não está autorizada a realizar a manutenção dos equipamentos
de controle de tiro.
9-9.REGISTRADOR DE DERIVAS
a. Executar os seguintes procedimentos:
(1) calar as bolhas dos níveis transversal e longitudinal do suporte M145;
(2) colocar o registrador de correções em zero;
(3) fazer a referência em um ponto afastado a mais de 50m da peça. Se
o ponto afastado estiver a menos de 50m, utilizar o protetor de paralaxe;
(4) verificar a leitura no registrador de derivas. Pressionar o botão do
registrador reajustável e colocar em 3200 milésimos;
(5) girar o botão de derivas no sentido horário até completar duas voltas,
retornando a referência no ponto afastado.
OBSERVAÇÃO: Girar sempre no sentido horário. Se passar do ponto
afastado, voltar 50 milésimos e prosseguir no sentido horário até coincidir com o
ponto afastado. Este procedimento evita erros provocados pela folga do mecanis-
mo.
9-7/9-9

9-13
C 6-86
b. verificar o seguinte:
(1) a leitura no registrador de derivas não deve diferir de 1 milésimo da
anterior;
(2) a leitura no registrador reajustável deve ser de 6000 milésimos, com
tolerância de 1 (um) milésimo; e
(3) o registrador de correção deve ainda marcar zero.
9-10.REGISTRADOR DE CORREÇÕES
Executar os seguintes procedimentos:
a. executar os passos (1) ao (4) da letra a. do parágrafo 9-9;
b. inserir uma correção de Es 10 no registrador de correções;
c. verificar o seguinte:
(1) a linha de visada deve permanecer no ponto de referência;
(2) a leitura no registrador de derivas não pode diferir de 0,25 milésimos
da anterior; e
(3) a leitura no registrador reajustável deve ter se alterado de 10
milésimos.
d. Repetir os passos (2) e (3) acima com as correções de 20, 30 e 40
milésimos;
e. Repetir os passos (2) ao (4), agora com correções à direita.
9-11.SUPORTE M145 M1
OBSERVAÇÃO: Para a realização desta verificação, os munhões devem
estar perfeitamente nivelados. Verificar o nivelamento dos munhões novamente.
Executar os seguintes procedimentos:
a. executar os passos (1) ao (4) da letra a. do parágrafo 9-9, tendo o cuidado
de não movimentar o tubo em direção e lendo a deriva com precisão de 0,25
milésimos;
b. elevar o tubo a 400 milésimos. Calar as bolhas novamente e realinhar o
retículo com o ponto afastado agindo no botão de derivas. A leitura no registrador
de derivas não deve diferir de 1 (um) milésimo da leitura anterior;
c. elevar o tubo a 900 milésimos. Calar as bolhas novamente e realinhar o
retículo com o ponto afastado agindo no botão de derivas. A leitura no registrador
de derivas não deve diferir de 2 (dois) milésimos da primeira leitura realizada.
9-12.QUADRANTE DE ELEVAÇÃO M15 E QUADRANTE AUXILIAR
Executar os seguintes procedimentos (Fig 9-17):
a. calar a bolha do nível transversal (2) agindo no botão de nivelamento (1);
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C 6-86
9-14
b. colocar o registrador de correções (4) em zero;
c. girar o botão de elevação (5) até calar a bolha do nível longitudinal (6);
d. verificar a leitura no registrador de elevação (7). Deve estar entre 9999
(-1 milésimo de elevação) e 0001 (+1 milésimo de elevação);
e. colocar o quadrante de nível verificado com a correção registrada sobre
o suporte do quadrante de elevação (8). Não introduzir a correção embutida;
f. calar a bolha do quadrante de nível (10) agindo no botão do micrômetro;
g. a leitura não deve diferir mais que 0,5 milésimos para mais ou para menos;
Fig 9-17. Nivelamento do Quadrante M15
h. no suporte M145 (Fig 9-18), girar o botão de nivelamento (11) para calar
a bolha do nível transversal (12). Girar o botão de nivelamento (18) para calar a
bolha do nível longitudinal (19);
i. girar o botão de correções (13) e colocar zero no registrador de
correções (14);
j. girar o botão de elevação (15) e calar a bolha do nível de elevação (16);
l. verificar a leitura no registrador de elevação (17). Deve estar entre 9999
(-1 milésimo de elevação) e 0001 (+1 milésimo de elevação);
9-12

9-15
C 6-86
Fig 9-18. Verificação do Suporte M 145
m. calar a bolha do nível transversal do quadrante M15 e nivelar o tubo pelo
quadrante de elevação com todos os registradores zerados;
n. colocar o quadrante de nível sobre o suporte do quadrante M15 e calar
a bolha agindo no botão do micrômetro. Anotar esta leitura;
o. inserir uma correção de +5 milésimos no registrador de correções (14)
do quadrante auxiliar (Fig 9-18);
p. verificar a leitura do registrador de elevação (17). Ela deve estar alterada
de +5 milésimos;
q. girar o botão de elevação até o registrador de elevação marcar zero;
r. calar a bolha do nível de elevação elevando ou abaixando o tubo;
s. registrar no quadrante de nível o valor encontrado no item (12) acima mais
os 5 milésimos introduzidos como correção no quadrante auxiliar;
t. colocar o quadrante de nível sobre o suporte do quadrante M15. A bolha
deverá estar calada;
u. repetir os passos de (13 a (18) só que desta vez com uma correção de
-5 milésimos;
v. elevar o tubo a 400 milésimos pelo quadrante M15;
x. registrar 400 milésimos mais o valor encontrado no item (12) no quadrante
de nível;
z. colocar o quadrante de nível sobre o suporte do quadrante M15. A bolha
deverá estar calada com uma variação admissível de ± 0,5 milésimo;
aa. verificar a leitura no quadrante auxiliar. Deverá estar registrando 400
milésimos com uma variação admissível de ± 1 milésimo; e
ab. repetir os passos (20) a (23), só que agora com a elevação 800
milésimos.
9-12

10-1
C 6-86
CAPÍTULO 10
MANUTENÇÕES E INSPEÇÕES
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
10-1. GENERALIDADES
A manutenção orgânica e as inspeções sistemáticas são essenciais para
assegurar que a guarnição do obuseiro esteja preparada para cumprir imediata-
mente suas missões. Sua execução judiciosa evitará que uma falha inesperada
ocorra num momento crítico, vindo a causar danos materiais ou pessoais.
10-2. REGISTROS
Os registros históricos, de funcionamento e de manutenção, relativos ao
obuseiro, são confeccionados e mantidos em ordem, conforme instruções
contidas no livro de peça. As escalas de manutenção serão confeccionadas da
mesma maneira que os demais armamentos. Para execução destas escalas
utilizam-se as tabelas de manutenção.
10-3. MANUTENÇÃO
As instruções detalhadas para a execução da manutenção do obuseiro
serão apresentadas em manual técnico específico. As instruções de manutenção
para o chassi estão contidas nos respectivos manuais técnicos e Carta-Guia de
Lubrificação. As atividades de manutenção apresentadas a seguir, bem como a
Carta-Guia de Lubrificação do material, deve ser observada até que se publique a
documentação pertinente.

C 6-86
10-2
10-4.ORIENTAÇÕES DE MANUTENÇÃO
Antes de apresentar os tipos de manutenção serão apresentadas algumas
orientações relevantes quanto à operação das VBCOAP M109 A3, para se evitar
panes no sistema mecânico, elétrico ou hidráulico da referida viatura.
a. Motomecanização
(1) Antes de dar a partida, ligar sempre as bombas elétricas de
combustível (chave liga/desliga situada no painel).
(2)Não dar a partida com o sistema de comunicações ligado.
(3)Não dar a partida por mais de 30 (trinta) segundos cada vez.
(4) Para aquecer, ligar o motor e mantê-lo por 30 segundos em ponto
morto, para circular o óleo lubrificante nas galerias do motor, depois , por 2 a 3
minutos , em 4ª
marcha a 1200 RPM, freado.
(5) Deslocar o veículo sempre com a torre travada e o tubo apoiado.
(6) Não deixar faltar combustível, para que não haja superaquecimento
dos bicos-bomba.
(7) Não descer ladeiras em neutro.
(8) Não rebocar o carro por mais de 400 metros sem desligar as cruzetas
da transmissão.
(9) Sempre que for utilizar o sistema de preaquecimento do motor, fazê-
lo acionando o combustível (Flame Heater), e a bobina de preaquecimento (Flame
Heater Máster), simultaneamente por três vezes.
b. Armamento
(1) Não utilizar o sistema hidráulico para elevar o tubo ou girar a torre
estando o carro desligado.
(2) Não utilizar o subsistema de carregamento automático com o carro
desligado.
(3)Somente deslocar o carro com o tubo preso ao seu suporte e a torre
travada.
(4) Após a abertura da culatra, afixar a alavanca de manobra ao seu retém.
(5) Não se posicionar à frente da culatra quando for realizar o seu
fechamento.
(6) Executar o giro em 360º com elevação máxima somente com os
bancos da tripulação rebatidos.
(7) Quando girar a torre, evitar que as mangueiras do sistema hidráulico
estejam soltas.
(8) Não utilizar o sistema hidráulico da torre, sem que o nível de óleo
hidráulico esteja completo.
(9) Não elevar o tubo sem antes verificar se a mesa de carregamento
encontra-se recolhida e travada.
10-4

10-3
C 6-86
ARTIGO II
TABELAS DE MANUTENÇÃO
10-5. GENERALIDADES
a. A fim de garantir o melhor aproveitamento das potencialidades da
VBCOAP, juntamente com o máximo de segurança, foram confeccionadas
algumas tabelas especificando a manutenção a ser realizada, assim como, sua
periodicidade.
b. As tabelas de manutenção foram confeccionadas para habilitar o usuário
a manter o equipamento em uma legítima condição mecânica e operacional.
c. Elas apresentam as operações de manutenção necessárias e indicam
a freqüência com que elas devem ser executadas.
NOTA: Lubrificantes alternativos não devem ser usados sem consulta
prévia aos escalões superiores de manutenção. O Anexo “D” contém
informações sobre óleos, graxas e lubrificantes utilizados na manutenção da
VBCOAP M 109 A3.
d. Responsabilidades
(1) O Cmt U é responsável pela adequada aplicação das instruções
contidas nas tabelas de manutenção. Pode inclusive determinar que qualquer
operação seja executada mais freqüentemente do que está especificado, se as
condições, assim exigirem.
(2) O CLF é o responsável por verificar a manutenção de sua LF.
(3) O CP é o responsável por executar junto com a sua guarnição a
manutenção de acordo com as tabelas de manutenção. Se existir dúvida a
respeito da disponibilidade do obuseiro, o CP deve informar imediatamente ao
CLF, o qual, se necessário, irá solicitar o apoio do escalão de manutenção
competente.
10-6. TABELAS DE MANUTENÇÃO
a. Tabela I - Manutenção Semanal
(1) Trem de rolamento
(a) Limpeza do trem de rolamento com água.
(b) Cheque visual de todo o trem de rolamento.
(c) Reaperto de todos os conectores externos e internos.
(d) Correção da posição dos conectores (bater com a marreta de 5 Kg).
(e) Verificação do estado geral dos patins.
(f) Verificação da tensão das lagartas.
(g) Reapertos dos parafusos das rodas de apoio e polias (tensora e
motora).
(h) Verificação do nível de óleo/graxa dos cubos de rodas.
(i) Verificação das barras de torção.
10-5/10-6

C 6-86
10-4
(j) Recompletamento das graxeiras dos braços das rodas de apoio.
(k) Verificação dos amortecedores (temperatura).
(l) Verificação do nível de óleo do redutor permanente e limpar seu
parafuso internamente.
(m) Movimentar a viatura cerca de 500 metros para que se mude de
posição seus mancais e rolamentos.
(2) Chassis
(a) Retirada de todo o equipamento preso ao chassi.
(b) Limpar todo o chassi externamente com água e sabão.
(c) Secar todo o chassi.
(d) Lubrificação de todas as dobradiças do chassi.
(e) Retirada das pontas e mossas das pás das conteiras com uma
lima.
(f) Reapertar todos os parafusos da blindagem.
(g) Lubrificação dos pinos das tampas do combustível e radiador.
(h) Limpeza e lubrificação das janelas dos periscópios e verificação
das borrachas.
(i) Cheque de todas as correias para fixação do equipamento no carro.
(j) Lubrificação das molas do dispositivo de amarração do tubo e
recompletar suas graxeiras.
(k) Desmontar, limpar e lubrificar os engates para cabo de aço (2 à
frente e 2 à retaguarda).
(l) Limpar e engraxar o engate para o reboque (retaguarda).
(3) Motor
(a) Reapertar e lubrificar o pino da haste de sustentação da tampa do
motor.
(b) Reapertar os parafusos das braçadeiras do motor e transmissão.
(c) Reaperto dos parafusos das cruzetas da transmissão.
(d) Recompletar as graxeiras das cruzetas.
(e) Reaperto dos parafusos existentes entre as cruzetas e a trans-
missão.
(f) Verificar se chega ao motor o acionamento dos freios, acelerador,
câmbio e volante.
(g) Lubrificar o cabo estrangulador do motor.
(h) Verificar o funcionamento dos ventiladores do motor.
(i) Verificação dos contatos dos cabos de eletricidade da caixa
niveladora.
(j) Drenar durante 2 minutos os filtros primário e secundário até sair
diesel livre de impurezas e água.
(k) Verificar o nível de óleo do motor e da caixa e recompletar se for
o caso.
(l) Verificar o nível de água e se há vazamentos no radiador ou em
alguma mangueira.
(m) Limpar os filtros de ar (de dentro para fora).
(n) Verificação visual de todos os cabos elétricos do motor.
(4) Cabine do motorista e compartimento das baterias
(a) Abrir o orifício de drenagem sob a cabine do motorista.
10-6

10-5
C 6-86
(b) Lavar a cabine do motorista com água e sabão.
(c) Fechar o orifício de drenagem.
(d) Lubrificar as três alavancas da escotilha do motorista.
(e) Lubrificar e engraxar o suporte do assento do motorista e seu eixo.
(f) Verificar se os cabos das baterias estão fixos.
(g) Verificar o nível de água das baterias e recompletar, se for o caso.
(h) Verificar as tampas das baterias (entupimento).
(i) Abrir e limpar a tomada da partida auxiliar.
(5) Painel do motorista
(a) Ligar a chave geral e verificar o funcionamento da sua lâmpada
indicadora.
(b) Verificar a carga da bateria no seu relógio no painel.
(c) Empurrar a lâmpada do nível de água e verificar seu funcionamento.
(d) Verificar se o relógio indicador do combustível está além do
máximo ou aquém do mínimo (problema na bóia).
(e) Verificar se todos os demais relógios estão marcando zero.
(f) Verificar se a lâmpada de alerta está acesa.
(g) Testar o interruptor de partida a frio.
(h) Testar o correto funcionamento da bomba elétrica de combustível
e sua lâmpada.
(i) Testar as lâmpadas internas do painel.
(j) Verificar o funcionamento dos faróis e lanternas.
(k) Verificar o funcionamento das luzes internas da cabine do
motorista.
(l) Ligar o motor.
(m) Verificar se a lâmpada de alerta apagou.
(n) Verificar os índices dos relógios:
1) temperatura da água: 170º F a 185º F e 230º F no máximo;
2) pressão do óleo do motor: 30 a 50 psi a 1000 rpm, 50 a 70 psi
a 2100 rpm e 70 psi no máximo;
3) temperatura do óleo da transmissão: 220º F a 240º F e 300º F
no máximo
4) pressão do óleo da transmissão: 10 psi a 1000 rpm, 18 a 45 psi
a 1835 até 1900 rpm;
5) marcador de carga da bateria na faixa verde.
(o) Frear o carro, engatar a 4ª
marcha e acelerar até 1200 rpm durante
2 ou 3 minutos ou até a temperatura do motor chegar até 160° F e verificar se os
índices continuam dentro dos intervalos acima.
(p) Verificar o funcionamento da bomba de ar (interior da torre).
(q) Antes de desligar o carro, manter o motor funcionando com a
alavanca seletora de marchas em neutro a 1000 rpm até normalizar as tempera-
turas do motor e da caixa.
(r) Desligar o motor.
(s) Testar o funcionamento da bomba de porão.
(6) Tubo e Culatra
(a) Verificar o estado e limpar o freio de boca.
(b) Limpar e lubrificar o tubo.
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10-6
(c) Desmontar e limpar a cabeça móvel.
(d) Verificar o estado geral das partes da cabeça móvel.
(e) Limpar a junta de vedação elástica com água e sabão.
(f) Lubrificar e montar a cabeça móvel.
(g) Limpar o canal de fogo.
(h) Verificar a existência de ferrugem da culatra.
(i) Lubrificar toda a culatra.
(j) Verificar o correto fechamento da culatra (linhas coincidentes).
(k) Desmontar o mecanismo de disparo e montá-lo.
(l) Montar e verificar o funcionamento do mecanismo de disparo.
(7) Sistema de recuo
(a) Verificar se há vazamentos dos cilindros de freio de recuo.
(b) Verificar se os cilindros de freio de recuo estão bem fixos (porcas
e travas).
(c) Verificar a pressão do sistema (21 a 24 PSI).
(d) Verificar o afloramento dos pinos de nível de óleo do cilindro
recuperador, na parte anterior e posterior (3 a 19 mm).
(e) Verificar se há vazamento de óleo no cilindro recuperador e se a
pressão de nitrogênio está entre 700 e 750 PSI.
(f) Verificar se há vazamento de óleo no cilindro amortecedor de volta
em bateria e nas conexões.
(8) Sistema de giro
(a) Verificar o funcionamento da trava da torre.
(b) Verificar o funcionamento da trava do tubo.
(c) Engraxar a cremalheira através das graxeiras existentes no anel
da torre.
(d) Verificar o nível de óleo do sistema de transmissão de giro.
(e) Verificar se o sistema de transmissão de giro está bem fixo.
(f) Executar um giro completo na torre manualmente e com velocida-
de constante.
(g) Executar novo giro com o sistema hidráulico.
(h) Verificar se há vazamentos nos terminais e conexões do sistema
de giro.
(i) Limpar e engraxar o sistema.
(9) Conjunto de Força do Sistema Hidráulico
(a) Checar o nível de óleo na pressão zero.
(b) Fazer o teste da pressão a zero 3 vezes para verificar a pressão
do nitrogênio (500 a 550 PSI).
(c) Ligar a chave geral do sistema hidráulico e verificar se a pressão
varia a 1200 PSI.
(d) Verificar se o motor elétrico é ligado a 925 PSI e desligado a 1200
PSI.
(e) Após o funcionamento do motor, verificar se o nível de óleo está
correto, nunca deixe o motor funcionar com o nível de óleo abaixo do indicado.
(f) Verificar se existe vazamento.
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(10) Sistema de elevação
(a) Verificar se a elevação manual está elevando e abaixando o tubo
em todo o seu curso com velocidade constante.
(b) Verificar a elevação hidráulica da mesma forma.
(c) Verificar se existe vazamento no cilindro de elevação ou no pistão.
(d) Reapertar os parafusos do cilindro de elevação.
(e) Engraxar o cilindro de elevação.
(f) Verificar se o tubo eleva e abaixa com a mesma velocidade.
(g) Verificar o funcionamento da capa do escudo, caso esteja
emperrada, desmontar e engraxar o tubo, haste e mola do cilindro da capa do
escudo para evitar que a esta venha a rasgar ao elevar e abaixar o tubo.
(11) Carregador atomático
(a) Verificar se há vazamento nas mangueiras e conexões das hastes
do cilindro de carregamento.
(b) Verificar o funcionamento da trava do carregador automático.
(c) Verificar se as conexões da válvula de acionamento e da válvula
de bloqueio estão bem fixas e sem vazamentos.
(d) Limpar e lubrificar a calha de carregamento.
(e) Limpar e engraxar o suporte de apoio do carregador automático.
(f) Verificar a centragem da haste do carregador automático no interior
do tubo.
(g) Reapertar parafusos do soquete exceto os de fixação do cilindro
do soquete.
(h) Engraxar a haste do carregador automático através das graxeiras.
(i) Verificar o funcionamento do carregador automático.
OBSERVAÇÃO: Não acionar totalmente a alavanca de acionamento do
soquete hidráulico sem que a granada esteja na câmara. Para realizar o teste,
acionar gradualmente a alavanca.
(12) Equipamento ótico
(a) Limpar todos os equipamentos óticos com pano seco, pincel e
camurça.
(b) Manutenir suportes e encaixes dos equipamentos.
(c) Fazer a ajustagem dos aparelhos.
(d) Checar os dispositivos de iluminação.
(13) Torre
(a) Verificar e lubrificar as dobradiças da torre.
(b) Verificar as correias dos bancos.
(c) Verificar as conexões e os lacres dos extintores de incêndio.
(d) Verificar os extintores portáteis e seu lacre.
(e) Verificar o funcionamento do exaustor, ventilador e aquecedor da
torre.
(f) Limpar com um pano seco os contatos elétricos do giro da torre
sob a cremalheira.
b. Tabela II - Manutenção mensal
(1) Verificar no mecanismo de recuo variável do tubo se a 670 milésimos as
engrenagens não estão separadas, se não há água ou sujeira nas engrenagens.
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10-8
Lubrificar as engrenagens do mecanismo e montar novamente.
(2) Verificar se após retirar o parafuso da trava do eliminador de alma, a
esfera de aço e a mola estão em seu alojamento.
(3) Realizar a limpeza com querosene e a lubrificação do interior do tubo
e da culatra com ONLA.
c. Tabela III - Manutenção Trimestral
- Trocar os filtros de óleo do motor.
d. Tabela IV - Manutenção Semestral
(1) Trocar o óleo do motor.
(2) Trocar o óleo da caixa de transmissão.
(3) Trocar o óleo do redutor permanente.
(4) Limpar o filtro de óleo da caixa de transmissão.
(5) Limpar o respiro do redutor permanente.
(6) Trocar os filtros de combustível primário e secundário.
(7) Limpar o reservatório de combustível.
e. Tabela V - Manutenção Anual
(1) Lubrificar com graxa antióxido o interior do tubo e os elementos
componentes da culatra, nos meses do final e do início do ano, período esse, sem
instrução com o obuseiro.
(2) Realizar a limpeza do radiador e a troca da água e aditivo (64 litros
de água para 12 litros de aditivo, este com características anticongelante e
anticorrosivo a base de etileno glicol).
f. Tabela VI - Manutenção de tubo e culatra
(1) Antes do Tiro
(a) Limpar e secar o tubo.
(b) Limpar e passar uma leve camada de óleo na culatra.
(c) Limpar e secar o aparelho obturador.
(d) Verificar as condições da pasta obturadora.
(2) Após o Tiro
(a) Abrir o eliminador de alma antes de iniciar a limpeza do tubo
(b) Limpar o tubo com uma mistura de água quente (80° C) e sabão
neutro (10%), essa limpeza é necessária após o tiro para neutralizar a ação da
pólvora.
(c) Logo após, limpar com uma mistura de querosene e óleo (ONLA)
a 10%.
(d) Secar bem o tubo.
(e) Lubrificar com ONLA.
(f) Limpar e lubrificar o freio de boca.
(g) Limpar e lubrificar a cabeça móvel da culatra.
(h) Limpar a pasta obturadora com água quente e sabão neutro,
nunca deixe que essa entre em contato com qualquer tipo de lubrificante.
OBSERVAÇÃO: Após a execução das operações prescritas nas listas de
manutenção o CP deverá informar ao CLF, quaisquer falhas ou alterações
encontradas.
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ARTIGO III
INSPEÇÕES
10-7. GENERALIDADES
a. O CP deve inspecionar o seu material, diariamente. Se houver neces-
sidade de reparos ou ajustagem, deve participar, imediatamente, tal fato ao CLF,
que providenciará, então, as medidas necessárias.
b. O CLF, acompanhado do mecânico de armamento, deve proceder a uma
minuciosa inspeção nos obuseiros, equipamentos auxiliares, ferramentas e
peças sobressalentes, pelo menos, uma vez por mês.
c. Os Cmt Bia, de grupo e de escalões mais elevados devem realizar
freqüentemente inspeções de comando para verificarem se o material está sendo
manutenido de acordo com os padrões e normas prescritas, no que concerne ao
aspecto externo, condições de utilização e existência de todas as peças
mecânicas e ópticas.
10-8.TIPOS DE INSPEÇÕES
a. Antes da operação - realizada com a finalidade de verificar as condições
de operação da peça. Consiste em:
(1) Chefe de peça.
(a) Verificar se o freio de boca está bem fixo e sem fissuras.
(b) Verificar se o eliminador de alma está bem fixo e sem fissuras.
(c) Verificar a alma do tubo com o calibrador.
(d) Verificar se o bloco da culatra fecha normalmente e se há a
coincidência das marcas brancas.
(e) Verificar se a alavanca de manobra do bloco da culatra funciona
normalmente.
(f) Verificar a calibragem dos roletes de abertura automática, se não
estão quebrados ou empenados e se as canaletas da placa de abertura
automática estão sem mossas e lubrificadas com graxa.
(g) Verificar se, no mecanismo de disparo, o percussor não está
quebrado e se a armadilha e o martelo estão em condições e fazer o teste de
disparo no mecanismo.
(h) Verificar se o canal de fogo está desobstruído.
(i) Verificar se os anéis partidos da culatra estão defasados de 180º.
(j) Verificar o nível de óleo no conjunto de força da torre e se o
manômetro está marcando entre 925 e 1225 PSI, quando em funcionamento.
(k) Verificar a pressão do nitrogênio no conjunto de força que deverá
estar entre 500 e 550 PSI nas três vezes que zerar.
(l) Verificar se a pressão do recompletador está entre 21 e 24 PSI.
(m) Verificar se a tubulação de óleo e junções do freio de recuo não
apresenta vazamentos (máximo de 5 gotas em 3 minutos).
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10-10
(n) Verificar se os sistemas de giro hidráulico e manual funcionam.
(o) Verificar o nível de óleo do reservatório do sistema de giro.
(p) Verificar o funcionamento da chave elétrica da solenóide. Acionar
a chave nº 2 e verificar se o comando dos controles passa do manual para
hidráulico. Acionar a chave nº 3 e verificar se o controle de elevação passa do
principal para o auxiliar (esquerda p/ a direita).
(q) Verificar o funcionamento da trava da torre.
(r) Verificar se o sistema de balanço está equilibrado, ou seja, se para
elevar ou abaixar o tubo o esforço e a velocidade são as mesmas, tanto no manual
quanto no hidráulico.
(s) Verificar se a pressão no acumulador primário do sistema de
balanço está em 900 PSI.
(t) Verificar se a pressão no acumulador do comando manual do
sistema de balanço está entre 75 e 90 PSI.
(u) Verificar se a pressão no acumulador secundário do sistema de
balanço está em 1500 PSI.
(v) Verificar se não há nenhum vazamento ou peças quebradas no
carregador automático e fazer um teste de acionamento para a verificação do
funcionamento.
(x) Verificar se a mesa de carregamento do soquete hidráulico
permanece travada quando recolhida.
(z) Verificar a regulagem da válvula de bloqueio do carregador
automático.
(aa) Verificar se os pinos do recuperador estão entre 3 e 19 mm. Se
estiver acima de 19 mm, recompletar de óleo; se estiver abaixo de 3 mm, drene
o óleo.
(ab) Verificar se a pressão de nitrogênio do recuperador está entre
700 a 750 PSI.
(ac) Verificar se todos os instrumentos óticos estão sem fungos ou
danificados.
(ad) Executar o exercitamento do mecanismo de recuo por 3 vezes,
no mínimo, e verificar: se não há vazamentos, funcionamento do mecanismo de
abertura da culatra e se a volta em bateria ocorreu sem solavancos e totalmente.
(2) Motorista
(a) Verificar ao redor do veículo se não há falta de algum item ou
vazamentos.
(b) Verificar se não está faltando alguma tampa de drenagem do
conjunto de força e do fundo da viatura.
(c) Verificar se a borboleta de acionamento do extintor de incêndio
externo está em seu alojamento e com o lacre.
(d) Verificar se a borboleta de acionamento do extintor de incêndio
interno está em seu alojamento e com o lacre.
(e) Verificar se o nível do radiador está cheio, se necessário,
recompletar o nível.
(f) Verificar se a trava do tubo está trancada e sem alteração.
(g) Realizar a drenagem dos filtros de combustível primário e
secundário para a retirada de água.
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(h) Verificar o nível de óleo da caixa de transmissão, deve estar dentro
da marca “operating range”.
(i) Verificar o nível de óleo do motor, deve estar entre a marca “L” e a
“F” na vareta de inspeção.
(j) Ligar o motor e executar os procedimentos de aquecimento e
verificar os procedimentos do painel.
(k) Verificar se a lâmpada indicadora da chave geral em “on” está
acesa.
(l) Verificar se o “led” de aviso da chave geral apaga após 15 segundos
de funcionamento do motor.
(m) Verificar se a pressão de óleo do motor está entre 30 e 70 PSI
em ponto morto (30 PSI a 1000 RPM).
(n) Verificar se a temperatura do motor está entre 160º F e 185º F.
(o) Verificar se a temperatura do óleo da caixa de transmissão está
entre 220º F e 300º F.
(p) Verificar se a pressão do óleo da caixa de transmissão está entre
10 e 45 PSI.
(q) Verificar se a carga da bateria está no verde.
(r) Verificar se o indicador de combustível dos dois reservatórios está
funcionando.
(s) Verificar se o freio da viatura está funcionando conforme
especificação.
(t) Verificar se o freio de estacionamento funciona.
(u) Verificar se o volante fica duro ou frouxo quando se gira para a
direita ou esquerda.
b. Durante a operação - tem por finalidade verificar qualquer desempenho
anormal no funcionamento dos sistemas. Consiste em:
(1) Chefe de peça
(a) Verificar se os pinos do recuperador estão entre 3 e 19 mm. Caso
necessário, drene ou recomplete de óleo.
(b) Verificar se a pressão do recompletador está entre 21 e 50 psi.
Caso necessário, drene ou recomplete de óleo.
(2) Motorista
(a) Verificar ruídos ou vibrações estranhas no conjunto de força.
(b) Verificar, no painel do motorista, se algum instrumento está
marcando algum parâmetro anormal.
c. Após a operação - tem por finalidade localizar qualquer dano ou deficiência
no funcionamento em decorrência da operação realizada. Consiste em:
(1) Chefe de peça
(a) Verificar se o freio de boca está bem fixo e sem fissuras.
(b) Verificar se o eliminador de alma está bem fixo e sem fissuras.
(c) Verificar se o bloco da culatra está sem fissuras ou faltando peças.
(d) Verificar se os instrumentos óticos estão limpos , sem fungos ou
com condensação.
(e) Verificar se as conteiras estão sem alterações e não estão
faltando peças.
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(2) Motorista
(a) Verificar se há alguma alteração na trava do tubo.
(b) Verificar se as porcas da polia motora e das rodas de apoio não
estão frouxas.
(c) Verificar se a borracha das rodas de apoio não apresenta nenhuma
alteração.
(d) Verificar se não há nenhuma alteração no trem de rolamento.
(e) Realizar a drenagem dos filtros de combustível primário e
secundário para a retirada de água.
(f) Verificar o nível de óleo da caixa de transmissão.
(g) Verificar o nível de óleo do motor 20 min após desligar a viatura.
(h) Verificar as barras de torção.
OBSERVAÇÃO: As instruções detalhadas para a inspeção da VBCOAP
M109 A3, encontram-se no T 9 - 2350 - 217 - 10.
10-8

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CAPÍTULO 11
TÉCNICAS E SITUAÇÕES QUE REQUEREM ATENÇÃO ESPECIAL
ARTIGO I
INCIDENTE DE TIRO
11-1. GENERALIDADES
a. Incidente de tiro é uma falha na execução do tiro. Pode ocasionar sérios
danos à guarnição e ao material. Cabe ao chefe de peça, certificar-se de que todas
as precauções para a realização do tiro tenham sido tomadas, particularmente
quanto ao estado da munição utilizada e a correta relação entre seus componen-
tes.
b. As alterações descritas neste artigo raramente ocorrerão quando for
utilizado somente a munição autorizada e o obuseiro for corretamente manutenido
e operado. Porém, para evitar danos ao material e pessoal, necessário se faz
compreender como ocorre uma falha e o que deve ser feito para saná-la .
c. Dois aspectos devem ser do conhecimento do chefe de peça:
(1) somente utilizar a carga 1 em situação de emergência em combate.
Seu uso pode provocar a retenção do projetil no tubo.
(2) não ultrapassar a cadência máxima de tiro permitida. Caso seja
excedida, poderá ocorrer a deflagração espontânea da carga de projeção 1 minuto
após carregado o obuseiro.
OBSERVAÇÃO: quando forem realizados disparos combinados utilizando-se a
carga 8 e qualquer outra, considerar a cadência máxima permitida para a carga 8.

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11-2
11-2. DEFINIÇÕES
a. Tubo frio - Qualquer tubo que tenha ou não excedido a cadência máxima
de tiro e que não faça ferver ou evaporar um cotonete molhado colocado na parte
anterior da câmara de carregamento.
b. Tubo quente - Qualquer tubo que tenha excedido a cadência máxima
de tiro ou que faça ferver ou evaporar um cotonete molhado colocado na parte
anterior da câmara de carregamento.
c. Deflagração prematura - É a queima espontânea da carga de projeção
ou da estopilha quando a arma está superaquecida.
d. Deflagração retardada - É um retardo no funcionamento da estopilha
ou na queima da carga de projeção. Esse retardo pode variar de uma fração de
segundos até 10 minutos.
e. Nega - É a não realização do tiro após ser acionado o mecanismo de
disparo. Pode ser ocasionada por defeito na estopilha, na carga de projeção ou
do mecanismo de disparo. Deve ser sempre considerada como uma deflagração
retardada até que se determine as causas do problema.
f. Retenção - É quando a granada fica alojada no tubo após o funcionamento
normal da ignição e combustão da carga de projeção. Os gases formados pela
queima ficam presos na câmara. A retenção pode ocorrer quando se utiliza a
carga 1.
11-3.PROCEDIMENTOS EM CASO DE NEGA
a. Tubo frio
(1) Acionar o mecanismo de disparo mais duas vezes.
OBSERVAÇÃO: Considerar a nega como uma deflagração retardada.
Não ficar exposto às partes recuantes do obuseiro. Ao retirar a estopilha expor
somente a mão e o braço de modo a evitar danos em caso de uma deflagração.
(2) Caso não ocorra o disparo, evacuar toda a guarnição, permanecendo
somente o chefe de peça e o C2. Aguardar 2 (dois) minutos e retirar a estopilha.
(3) Verificar se a estopilha foi iniciada.
(4) Caso a estopilha tenha sido iniciada, esperar 8 (oito) minutos (tempo
de queima da carga de projeção), abrir a culatra e verificar a origem do problema:
(a) se for carga defeituosa, substituir a carga;
(b) se for carga invertida e não estando queimada, corrigir a sua
posição; e
(c) se for canal de fogo sujo, limpá-lo. Ao final de quaisquer das
correções supracitadas trocar a estopilha e reiniciar o tiro.
(5) Caso a estopilha não tenha sido iniciada, verificar se ela foi ou não
percutida. Caso positivo, trocar a estopilha e reiniciar o tiro. Caso negativo, trocar
o mecanismo de disparo, recolocar a mesma estopilha e reiniciar o tiro.
11-2/11-3

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b. Tubo quente
(1) Proceder como descrito nos itens (1) e (2) da letra anterior.
(2) Verificar se a estopilha foi iniciada.
ATENÇÃO: NÃO ABRA A CULATRA!
(3) Se a estopilha estiver iniciada, fechar o mecanismo de disparo e
proceder conforme o item (5).
(4) Se a estopilha não estiver iniciada, verificar se a mesma está ou não
percutida: se estiver percutida, substituir rapidamente a estopilha e reiniciar o tiro
dentro de 5 minutos; se não estiver percutida, trocar o mecanismo de disparo,
recolocar a estopilha e reiniciar o tiro dentro de 5 (cinco) minutos.
(5) Caso não seja possível disparar a peça no intervalo de 5 (cinco)
minutos, deve-se proceder da seguinte forma:
(a) evacuar todo o pessoal a uma distância segura;
(b) esperar 2 (duas) horas;
(c) remover a estopilha e a carga de projeção;
(d) preencher o espaço da câmara de carregamento entre o culote da
granada e a cabeça móvel com panos ou estopas para evitar o choque do projetil;
(e) fechar a culatra;
(f) prender o tubo no dispositivo de amarração;
(g) deslocar a peça cuidadosamente para um local afastado de
qualquer instalação, se necessário; e
(h) solicitar a presença da equipe de manutenção para realizar o
descarregamento da peça, ou a troca do tubo.
OBSERVAÇÃO: Caso a nega tenha ocorrido utilizando-se a carga 1,
deve-se atentar para a ocorrência da retenção. As seguintes precauções devem
ser tomadas, antes de qualquer procedimento:
- abrir todas as escotilhas;
- antes de retirar a estopilha, posicionar o tubo em elevação de
modo que o canal de fogo esteja direcionado para a porta traseira da peça;
- para retirar a estopilha posicionar-se do lado direito da culatra
e retirar a estopilha com o cuidado de não ficar exposto ao canal de fogo;
- caso a retenção seja confirmada (gases expelidos pelo canal de
fogo) e estando o tubo frio, carregar a peça com carga 4 ou maior e realizar o
disparo a comando do CLF ou descarregar a peça. Se não houve retenção,
proceder como descrito na letra a.;
- caso a retenção ocorra com o tubo quente, proceder como
descrito no item (5) da letra b. acima.
11-4.PROCEDIMENTO EM CASO DE INTERRUPÇÃO DO TIRO
a. Tubo frio - Descarregar o obuseiro ou aguardar o reinício do tiro. No
segundo caso, o cordel de disparo deve ser retirado para evitar um disparo
acidental.
b. Tubo quente - Disparar a arma ou descarregá-la dentro de 5 (cinco)
minutos. Caso este tempo seja excedido, proceder como descrito nos itens (5)
da letra b. do Parágrafo 11-3.
11-3/11-4

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11-4
11-5.DESCARREGAMENTO DA PEÇA
a. O descarregamento da peça somente deve ser feito por ordem e sob a
supervisão do CLF. Uma vez que a peça tenha sido carregada, ela deve ser
disparada. Entretanto, poderão ocorrer situações em que seja necessário o
descarregamento.
OBSERVAÇÃO: Não utilizar o soquete de descarregamento com a
granada M712.
b. Ao comando de “DESCARREGAR!”, a guarnição procede da seguinte
forma:
(1) o C2 desloca o mecanismo de disparo para a direita e retira a
estopilha;
(2) após isto, coloca o tubo a zero e abre a culatra;
(3) o C3 remove a carga de projeção e a entrega ao C4;
(4) o CP inspeciona o soquete de descarregamento para certificar-se que
está livre de obstruções;
(5) o C3 preenche a câmara de carregamento com panos ou estopa;
(6) o C2 fecha a culatra;
(7) o C4 introduz o soquete pela boca do tubo até que se encaixe na ogiva
da granada. A seguir, empurra o soquete e dá uma pequena pancada com um
bloco de madeira, se for o caso, para desengrasar a granada;
(8) o C2 abre a culatra;
(9) o C3 retira os panos ou estopa ao mesmo tempo em que ampara a
granada enquanto o C4 empurra-a para trás; e
(10) o C4 auxiliado pelo C3 recondiciona a carga de projeção e o projetil
para uso futuro.
OBSERVAÇÃO: Durante toda a operação de descarregamento, nunca
ficar atrás do tubo.
ARTIGO II
PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCÊNDIO
11-6. GENERALIDADES
a. A VBC OAP M109 A3 possui um extintor de incêndio fixo e um portátil
destinados a combater princípios de incêndio no interior do compartimento do
motor e da guarnição, respectivamente.
b. Todo o cuidado deve ser tomado para impedir que o fogo atinja o local onde
são armazenadas as cargas de projeção. Caso isto ocorra, a guarnição deve
abandonar rapidamente a peça e procurar abrigo.
11-7.OPERAÇÃO DO EQUIPAMENTO DE COMBATE AO FOGO
a. Extintor de incêndio fixo - Possui dois punhos de acionamento. O externo
fica localizado à esquerda da escotilha do motorista (figura 11-1) e o interno
11-5/11-7

11-5
C 6-86
localiza-se dentro do compartimento do motorista (figura 11-2). Quando é
acionado, expele dióxido de carbono no interior do compartimento do motor para
abafar o fogo. Proceder da forma descrita a seguir:
(1) parar a viatura;
(2) colocar a alavanca de mudanças em ponto morto;
(3) fechar a entrada de combustível e colocar o interruptor principal em
“OFF”;
(4) acionar o punho externo ou interno de ativação; e
(5) evacuar a guarnição do interior da cabine. Utilizar o extintor portátil
para ajudar no combate ao incêndio. Areia, barro ou terra são também úteis no
combate ao fogo.
Fig 11-1. Punho externo de acionamento do extintor de incêndio fixo.
Fig 11-2. Punho interno de acionamento do extintor de incêndio fixo.
ATENÇÃO: O funcionamento do extintor de incêndio fixo é seriamente
prejudicado com o motor em funcionamento e totalmente nulo quando o motor
funciona acima de 1100 RPM.
OBSERVAÇÃO: Não tentar funcionar o motor depois da extinção do
incêndio até que o motivo que o ocasionou seja corrigido.
b. Extintor de incêndio portátil - Carregado com dióxido de carbono, está
localizado na parte da frente do piso da cabine (Fig 11-3). Proceder da forma
descrita a seguir:
(1) puxar o trinco (2) para abrir e remover o extintor (1) de seu alojamento;
(2) romper o lacre e retirar o pino de segurança; e
(3) apontar para a base do fogo o mais próximo que puder e acionar o
gatilho.
11-7

C 6-86
11-6
Fig 11-3. Extintor de incêndio portátil
ARTIGO III
UTILIZAÇÃO DA CONTEIRA
11-8. GENERALIDADES
a. As conteiras foram incorporadas à VBC OAP M109 A3 para estabilizar
o armamento em terreno solto, lamacento ou arenoso. Elas sempre deverão ser
utilizadas quando se atirar nestes tipos de terreno.
b. Qualquer que seja a carga de projeção utilizada, não há necessidade de
se utilizar as conteiras quando se atirar sobre terreno firme. A determinação do
uso das conteiras dependerá de ordem do Cmt Bia.
c. A utilização das conteiras não impõem nenhuma restrição ao campo de
tiro do obuseiro. Pode-se atirar em 6400’’’ com as conteiras colocadas, sem
necessidade de movimentar a viatura.
11-9.UTILIZAÇÃO DAS CONTEIRAS
a. Cuidados
(1) Afastar-se das conteiras. Seu peso -56 kg - pode causar sérios
ferimentos.
(2) A porta traseira da cabine deve estar fechada antes de soltar a conteira
para não causar danos à bobina do telefone.
(3) Certificar-se do encaixe dos montantes no seu alojamento para evitar
que a viatura caia para trás sobre as conteiras e as quebre.
b. Colocação
(1) O CP determina a colocação das conteiras.
(2) O C1 aperta o pedal esquerdo da trava da conteira (1) enquanto o C2
aperta o pedal direito (Fig 11-4).
11-7/11-9

11-7
C 6-86
Fig 11-4. Pedal da trava da conteira
(3) O C3 solta o montante esquerdo (2), puxando-o para trás, retira o pino
de segurança (3), solta a trava de fixação da conteira (4) e abaixa a conteira no
chão (Figura 11-5).
Fig 11-5. Conteira
(4) O C4 procede da mesma forma com a conteira da direita.
(5) O CP manobra o motorista para trazer a viatura para trás até subir
sobre as conteiras certificando-se de que o montante (2) se encaixe em seu
alojamento (8)/(Fig 11-6).
(6) O motorista aciona o freio e desliga a viatura.
11-9

C 6-86
11-8
Fig 11-6. Alojamento do montante
ATENÇÃO: Nunca manobrar a viatura com as conteiras colocadas. Caso
seja preciso movimentar a peça, andar para a frente cerca de 30 m para depois
recuar sobre as conteiras novamente.
c. Retirada
(1) O CP manobra o motorista para trazer a viatura de ré contra as
conteiras.
(2) C1 e C2 soltam os montantes apertando os pedais da trava da
conteira.
(3) O CP manobra agora a viatura suavemente para a frente até liberar as
conteiras.
(4) C1 e C3 levantam a conteira esquerda, prendendo-a em sua trava e
o C3 coloca o pino de segurança..
(5) C2 e C4 procedem da mesma forma do lado direito. O C4 coloca o pino
de segurança.
11-9

12-1
C 6-86
CAPÍTULO 12
TRANSPORTE DO MATERIAL
ARTIGO I
INTRODUÇÃO
12-1. GENERALIDADES
a. Este capítulo tem por finalidade complementar os conhecimentos
do C 55-1 TRANSPORTES MILITARES, o qual deve constituir-se em leitura
obrigatória a todo militar que estiver envolvido, seja como planejador ou executan-
te, nas operações de transporte de blindados.
12-2. PARTICULARIDADES
a. Tipos de transporte - Os tipos de transportes que se prestam às viaturas
blindadas são, o rodoviário, o aéreo, o ferroviário, o marítimo e o hidroviário. No
entanto, normalmente utilizamos o transporte multimodal, ou seja, dois ou mais
tipos de transportes na mesma operação. Por exemplo pode-se citar que
dificilmente se usa o transporte marítimo ou hidroviário isoladamente, pois a partir
do porto ou para se chegar até ele, precisa-se de outro meio de transporte
(transporte rodoviário ou ferroviário).
b. Principais cuidados no transporte - Por tratar-se de viaturas pesadas
e envolver muitas vezes estruturas físicas e pessoal civil, neste tipo de operação
duas fases são fundamentais: um planejamento detalhado e uma execução
cuidadosa.
(1) No planejamento deve-se, dentre outras coisas:
(a) escolher o tipo de transporte a utilizar tomando por base as
características de cada um deles; realizar os contatos necessários;
(b) fazer reconhecimentos do itinenário e colher o máximo de
informações sobre ele;

C 6-86
12-2
(c) tomar todos os cuidados com a segurança antes durante e após
o deslocamento, nesta segurança incluem-se o balizamento correto, as amar-
rações e demais cuidados específicos de cada tipo de transporte.
(2) A execução nada mais é do que a colocação em prática do
planejamento realizado. A boa execução depende fundamentalmente de um bom
planejamento. Outro fator importante para uma boa execução é a unidade de
comando, seja qual for o tipo de transporte utilizado. Vale ressaltar, que devido ao
tamanho e peso das viaturas blindadas, quando vem a ocorrer algum tipo de
acidente normalmente decorrem vítimas fatais.
ARTIGO II
TRANSPORTE RODOVIÁRIO
12-3. GENERALIDADES
a. Devido a restrições de combustíveis e necessidade de se evitar ao
máximo o desgaste do material, não se deve deslocar viaturas sobre lagartas por
seus próprios meios, sob pena de desgastarmos os patins, sobrecarregar os
motores e transmissões, além de danificar as estradas.
b. O transporte rodoviário desenvolve-se, normalmente, em rodovias e,
eventualmente, em distâncias relativamente curtas pode ser feito através do
campo. É o meio normal para vencer espaços entre terminais, depósitos ou
instalações diversas.
c. É o processo racional para deslocamentos de menor amplitude e para o
transporte de pequenos elementos na zona de combate.
d. O transporte rodoviário é, normalmente, empregado no prolongamento
das ferrovias; entretanto, é comum seu uso para a duplicação daquelas, visando
melhorar seu rendimento.
12-4.CARACTERÍSTICAS GERAIS
a. O transporte rodoviário caracteriza-se por:
(1) apresentar grande flexibilidade, com boas possibilidades de alterna-
tivas, tanto nas vias como nos meios;
(2) apresentar elevado custo operacional, cujo valor cresce à proporção
que se reduzem as condições técnicas das vias;
(3) não depender de terminais, podendo realizar a ligação direta “porta =
a = porta”;
(4) oferecer facilidade de mobilização de meios e de pessoal especializa-
do;
(5) permitir a fácil recuperação de suas vias e de seus meios;
(6) ser menos vulnerável à ação inimiga, proporcionando boas condições
de emprego na zona de combate;
12-2/12-4

12-3
C 6-86
(7) sofrer ponderável influência das condições climáticas, cuja ação
produz efeitos negativos sobre as condições técnicas das vias e dos meios;
(8) ter reduzida capacidade para o transporte de grandes massas; e
(9) ter necessidade de um reconhecimento, preferencialmente no terreno,
do itinerário por onde passará a carreta com a viatura, devido a problemas como altura
na passagem em passarelas, túneis, fios de telefone e energia elétrica. Outro
problema é reconhecer se as pontes do itinerário suportam o peso da viatura que está
sendo transportada.
b. Vantagens
(1) Evita o desgaste desnecessário do material a ser transportado.
(2) Possibilita o menor consumo de combustível, pois, as carretas são
muito mais econômicas que a VBC.
(3) Proporciona certo descanso à tropa.
(4) Levar as VBC a locais que os outros meios, marítimo e ferroviário, são
incapazes.
c. Desvantagens
(1) Os deslocamentos não podem ser feitos a grandes distâncias, sem
paradas, devido ao cansaço dos motoristas.
(2) Impossibilidade de transportar grandes quantidades de tropa e
material devido a restrições quanto ao número de carretas.
ARTIGO III
TRANSPORTE AÉREO
12-5.CARACTERÍSTICAS GERAIS
As características dos transportes aeroviários são as seguintes:
a. grande rapidez de deslocamento;
b. número ilimitados de rotas para o mesmo ponto de destino;
c. ausência de obstáculos terrestres intermediários;
d. relativamente pequena capacidade de transporte em tonelagem e
volume de carga;
e. dependência de aeroportos ou pistas de aterragem, das condições
meteorológicas e do raio de ação das aeronaves; e
f. vulnerabilidade aos ataques aéreos e ao fogo antiaéreo.
12-6.TRANSPORTE AÉREO DE VIATURAS BLINDADAS
a. As viaturas deverão estar abastecidas com 3/4 de sua capacidade de
combustível, tampa do tanque aliviada e bateria desconectada, com os bujões
frouxos e desobstruídos.
b. Os aviões deverão ser equipados com pranchões quando transportando
viaturas ou equipamentos bélicos, de acordo com as TO respectivas das aeronave,
respeitando os limites estruturais de piso da aeronave.
12-4/12-6

C 6-86
12-4
c. As viaturas serão embarcadas nas pranchas e levadas para o Batalhão
DOMPSA, onde serão colocadas em plataformas, ou pallets, e posteriormente
embarcadas nas aeronaves, tracionadas pelo guincho bulldog, a cargo da
Aeronáutica, ou serão levadas diretamente para as bases aéreas e embarcadas
realizando um pequeno deslocamento para o interior das aeronaves, sobre
expansores de área, colocados no piso das aeronaves, de acordo com cálculo do
peso concentrado realizado pela Aeronáutica.
d. No BRASIL, o aerotransporte de viatura blindada só pode ser executado pela
aeronave C - 130 (HÉRCULES) para as VBTP M113 - B, VBR EE 9 - CASCAVEL
e VBTP EE11 - URUTU, esta última com a retirada da sua torre para diminuir a altura.
A VBC OAP M109 A3 não pode ser aerotransportada devido as aeronaves brasileiras
terem, relativamente, pequena capacidade de transporte em tonelagem.
ARTIGO IV
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
12-7. GENERALIDADES
O transporte ferroviário constitui o transporte ideal para grandes tonelagens
a grandes distâncias, por seu rendimento. Podemos dizer que o correto aprovei-
tamento da rede ferroviária dará maior poder às operações bélicas, posto que
permite, mover, concentrar e apoiar as grandes massas dos exércitos de
campanha, a grandes distâncias e com alto grau de rapidez.
12-8.CARACTERÍSTICAS
a. Positivas:
(1) pode transportar grandes quantidades de tropa e seu material
orgânico a longas distâncias e com apreciável economia de tempo. Esta
característica, porém, está condicionada ao desenvolvimento da rede ferroviária,
à capacidade de tráfego das vias e à disponibilidade do material rodante;
(2) proporcionar grande descanso à tropa transportada e evitar o desgaste
do material orgânico. Nota-se que, no tocante ao descanso proporcionado à tropa,
é necessário que se tomem algumas medidas complementares, tais como:
conforto dos assentos, instalações sanitárias adequadas, preparação dos locais
de paradas, etc.
b. Negativas:
(1) As ferrovias são altamente vulneráveis, em todo o seu trajeto, às ações
do inimigo aéreo, aeroterrestre, guerrilheiros ou sabotadores, principalmente
quando objetivam os seus pontos críticos e de reparação mais demorada, quais
sejam: pontes, viadutos, entroncamentos, gares, oficinas, depósitos, etc...; isto
exigirá certas medidas de segurança (defesa aérea, guarda dos pontos sensíveis,
emprego de trens blindados, etc).
12-6/12-8

12-5
C 6-86
(2) a rigidez das linhas conduz a itinerários fixos, reduzindo a flexibilidade
de emprego da tropa nessa ou naquela direção. Para que não se perca a
flexibilidade de emprego da tropa, torna-se necessária a combinação do transpor-
te ferroviário com o rodoviário.
(3) o transporte ferroviário para ser bem executado necessita de minuci-
oso planejamento, que deve ser estudado desde o tempo de paz. No planejamento
da construção de novas vias, deve ser considerada a missão estratégica das
ferrovias, para que possam ser dotadas de grande capacidade de tráfego e para
que suas direções favoreçam, sempre que possível, suas funções estratégicas.
ARTIGO V
TRANSPORTE MARÍTIMO
12-9. GENERALIDADES
a. As operações militares com emprego de tropas e suprimentos por modal
marítimo são geralmente chamadas de Operações Anfíbias.
b. O transporte marítimo é utilizado basicamente em duas situações bem
distintas:
(1) numa primeira situação a operação de transporte é parte integrante
de um contexto tático e é apenas uma fase da manobra da Marinha. Normalmente
o local de desembarque é uma área hostil e se constitui em objetivo de conquista
da força naval.
(2) numa segunda situação o transporte constitui-se de uma operação de
cunho administrativo, sem um contexto tático definido e cujo único objetivo é
realizar um transporte de um local para outro. Neste caso a possibilidade de
contato com o inimigo é pouco provável ou inexistente, inclusive podendo ser
realizado por navios civis adaptados.
12-10.CARACTERÍSTICAS GERAIS
a. O transporte marítimo tem como características gerais:
(1) permite transporte a grandes distâncias;
(2) realiza transportes intercontinentais;
(3) necessita grande coordenação;
(4) necessita embarcações próprias ou adaptadas;
(5) permite descanso e conforto da tropa;
(6) requer adaptação da tropa à vida embarcada;
(7) embarque e desembarque demorados; e
(8) necessita cooperação da Marinha.
12-8/12-10

C 6-86
12-6
b. Vantagens
(1) Permite transporte a grandes distâncias, inclusive intercontinentais.
(2) Permite descanso e conforto da tropa.
c. Desvantagens
(1) Necessita grande coordenação e cooperação da Marinha.
(2) Necessita embarcações próprias ou adaptadas.
(3) Requer adaptação da tropa à vida embarcada.
(3) Embarque e desembarque demorados.
(5) Necessita integração com outros tipos de transporte.
ARTIGO VI
TRANSPORTE HIDROVIÁRIO
12-11.GENERALIDADES
Possui as mesmas generalidades e características do transporte marítimo,
diferindo apenas no planejamento, o qual irá depender dos tipos de embarcações,
dos regimes pluviais e das condições de navegação do rios.
12-10/12-11

A-1
C 6-86
ANEXO A
PALAMENTA ACESSÓRIOS E FERRAMENTAL
O quadro abaixo apresenta a nomenclatura para os itens que normalmente
acompanham a VBC OAP M109 A3.
ºNe uqotsEºNo ãçircseDo ãçazilacoL
108 140-202-5201
mocPCodahlitocsE
05.rtMarapetropus
errotadroirepusetraP
204 100-196-50010 5.rtmedetropuSe rrotadroirepusetraP
303 464-433-05667 2MoipócsirePP CodahlitocseadalupúC
403 472-905-05665 4MoipócsirePa tsirotomodotnemitrapmoC
509 154-918-04212 A811MwoblEoipócseleTe rrotadroiretnI
600 392-468-0421
ocimâronaPoipócseleT
2A711M
errotadroiretnI
700 392-468-0421
ocimâronaPoipócseleT
711M
errotadroiretnI
802 072-617-5001
odazepmiledavocsE
ogofedlanac
artalucadoãçnetunamedojotsE
903 617-471-0118a ugáedoãlaGe rrotadanretxeetraperoiretnI
018 342-507-56484 1MoãçinumedojotsEe rrotadroiretnI
117 304-505-5001a zepmiledetsaHa rtalucadoãçnetunamedojotsE
215 606-660-0421
edotnop,1A1MrodamiloC
otinifnionaicnerefer
errotadroiretnI

C 6-86
A-2
ºNe uqotsEºNo ãçircseDo ãçazilacoL
313 997-356-0921
saarapnolynedojotsE
airatnopedsazilab
)anretxe(errotadroirepusetraP
417 573-855-5101
odoãvocsearapapaC
obut
errotadroiretnI
511 506-042-0215
edsadorsadacnavalA
oiopa
errotadroirepusetraP
612 399-701-0115o ifatrocetacilAa rtalucadoãçnetunamedojotsE
719 708-722-0215e vahcarapoãsnetxEs atnemarrefedaxiacadroiretnI
818 587-202-01242 OCoidnêcniedrotnitxEe rrotadroiretnI
916 853-280-5201r otartxEa rtalucadoãçnetunamedojotsE
024 353-041-0115g 01edamiLa rtalucadoãçnetunamedojotsE
120 690-292-5201
orapsidedomsinaceM
94M
)artaluc(errotadroiretnI
220 021-229-54561 tiKº sorrocoSe rrotadroiretnI
326 293-506-0215s nitapsodrotcenoC) anretxe(errotadroirepusetraP
421 628-462-0326a nretnaLe rrotadroiretnI
526 610-560-0157s eõçurtsniedlaunaMe rrotadroiretnI
621 677-467-0991
atelopseedrodalugeR
72M
artalucadoãçnetunamedojotsE
723 308-003-0921
atelopseedrodalugeR
81M
artalucadoãçnetunamedojotsE
821 677-467-0991
atelopseedrodalugeR
62M
artalucadoãçnetunamedojotsE
921 666-055-3394o elóedrodatelpmoceRa rtalucadoãçnetunamedojotsE
036 433-821-0215s açno02oletraMo ãçnetunamedojotsE
135 632-465-0215" T"meevahCs atnemarrefedojotsE
230 957-632-0215a dalucitraaçebacevahCs atnemarrefedojotsE
331 154-598-0301
edajnopsearapetropuS
obutodazepmil
oãçnetunamedojotsE
431 151-882-0394
arapaciluárdihoãçagiL
otnemamraodoãçacifirbul
oãçnetunamedojotsE

A-3
C 6-86
ºNe uqotsEºNo ãçircseDo ãçazilacoL
536 992-141-0394a ciluárdihoãçagiLo ãçnetunamedojotsE
639 776-021-02158 /3nellAevahCs atnemarrefedojotsE
734 716-021-02156 1/5nellAevahCs atnemarrefedojotsE
835 966-021-02156 1/3nellAevahCs atnemarrefedojotsE
931 235-142-0215r osrucrepodaloMa rtalucadoãçnetunamedojotsE
040 876-006-5901r onemorapsidedledroCa rtalucadoãçnetunamedojotsE
148 109-016-5901r oiamorapsidedledroCa rtalucadoãçnetunamedojotsE
241 284-841-0921
oãçanimuliedovitisopsiD
41Mazilabad
açepadroiretnI
340 730-590-0394o ãçacifirbuledariexarGs atnemarrefedojotsE
449 300-290-5148o ãçetorpedavuLs atnemarrefedojotsE
547 452-141-0394o ãçacifirbuledailotomlAo ãçnetunamedojotsE
643 517-892-0435a çepadodaedaCe rrotadroiretnI
745 540-061-0427l atemededlaBe rrotadroiretnI
849 542-076-0452o tnemucodatroPe rrotadroiretnI
943 472-905-05665 4MoipócsirePe rrotadroiretnI
050 800-137-5001r osrucrePo ãçnetunamedojotsE
153 475-021-0215e tacilAs atnemarrefedojotsE
257 167-535-0921a iratnopedsazilaBe rrotadroirepusetraP
356 950-819-0215s nitapsodrotartxEe rrotadroiretnI
458 592-967-0921o ãçaveleedlevínocrAe rrotadroiretnI
553 445-065-5201
odadanargedrotartxE
obut
artalucadoãçnetunamedojotsE
656 147-307-03013 1MadanargedrotartxEa rtalucadoãçnetunamedojotsE
753 525-620-3394
odmegatnomsedevahC
rodahlugrem
artalucadoãçnetunamedojotsE
858 024-050-0374a riexarGa çepadoãçnetunamedojotsE
959 613-392-02158 /1adnefedevahCs atnemarrefedojotsE
068 337-722-02154 /1adnefedevahCs atnemarrefedojotsE

C 6-86
A-4
ºNe uqotsEºNo ãçircseDo ãçazilacoL
165 445-068-3394
adadasivedocsiD
aramâc
artalucadoãçnetunamedojotsE
269 866-722-02156 1/9x21eteuqoSs atnemarrefedojotsE
362 397-981-02151 x½eteuqoSs atnemarrefedojotsE
464 197-981-02152 /1x21eteuqoSs atnemarrefedojotsE
562 286-232-5201a zepmiledajopsEe rrotadroiretnI
662 327-365-5201
edoãvocsearapetsaH
obutodazepmil
errotadroirepusetraP
766 546-148-0438o riesuboodanoLe rrotadroirepusetraP
869 941-122-0115l evíxelfobacetacilAs atnemarrefedojotsE
965 242-202-0452o çaedobaCe rrotadroirepusetraP
071 611-327-33948 1MatelopseedevahCa rtalucadoãçnetunamedojotsE
173 217-781-0215l eválugeracobedevahCs atnemarrefedojotsE
270 573-644-0215a rtalucadevahCa rtalucadoãçnetunamedojotsE
376 020-932-0215
adoãsnetedevahC
artaluc
artalucadoãçnetunamedojotsE
OBSERVAÇÃO: Na classificação do quadro acima, foi considerado como
palamenta, todo o material indispensável para o tiro ou para sanar incidentes
durante sua realização. A classificação como acessórios incluiu todos os demais
componentes da peça. A localização do quadro, condiz com a localização
aproximada do componente na peça, não representando a localização exata do
acessório ou da palamenta na peça.

B-1
C 6-86
PC1 C2 C3 C4 Cr toM
1
:adnamoC
anrageP
.atnemalaP
alenajaerbA
a,adreuqse
e1Codahlitocse
.errotaavartsed
alenajaerbA
.atierid
atropaerbA
.ariesart
oierfoanoicA
eoãmed
aacoloc
meahcram
.ortuen
2
atenularariteR
odacimâronap
otnemitrapmocues
uesonal-ácoloce
.etnardauq
rahceferirbA
.artaluca
oracoloceR
railixualeniap
odortned
.orrac
3
oaadnamoC
raxiab4Ce3C
sadsápsa
.sarietnoc
olugnâoacifireV
.oãrdap
aapmiL
oeartaluc
,ogofedlanac
ahlacaatset
ed
.otnemagerrac
áparaxiabA
arietnocad
.adreuqse
áparaxiabA
arietnocad
.atierid
oracolseD
aaraporrac
adraugater
raxifedmifa
adsápsa
.arietnoc
4
anoisivrepuS
rtoMoe1Co
odarutlosan
.obut
arapobutoavelE
-átlosatsirotomo
.ol
muaraperP
moclitnac
sonapeaugá
arapmilarap
levómaçebac
.artalucad
saracoloC
odaloasazilab
ododreuqse
ratnomeorrac
.oãvocseo
eracoloC
sarazinagro
esadanarg
edsagrac
oãssergorp
.orracodarof
orarramaseD
.obut
5
arapobutoaxiabA
atsirotomoeuq
odapacaeriter
.acobedoierf
oifoaçnaL
otsopoarap
.FLCod
apacaariteR
edoierfod
adraugacob
.errotan
6
soanedrooC
sodsohlabart
setnevres
sàetnarud
.sedadivita
adorigoatseT
elaunam(errot
.)ociluárdih
aesacifireV
ralucoapmat
atenulad
iofolevotoc
olepatreba
.atsirotom
a4CoaadujA
eracoloc
aramurra
àoãçinum
aeatierid
odadraugater
.orrac
odariteR
soorrac
edserotnitxe
sa,oidnêcni
edsavul
saeotseba
edsevahc
.satelopse
apmatarirbA
adralucoad
atenul
.olevotoc
ANEXO B
DEVERES DA GUARNIÇÃO AO COMANDO DE
“PEGAR NA PALAMENTA”

C 6-86
B-2
PC1 C2 C3 C4 Cr toM
7
erefnoC
etnematnuj
o1Comoc
.oãrdapolugnâ
oacifireV
otnemanoicnuf
edohlerapaod
.airatnop
aracifireV
sodoãsserp
oierfedsordnilic
e)ISP42a12(
sodosufarapso
oierfedsordnilic
.)mc91a3(
orapmiL
otnujobut
.4Comoc
orapmiL
otnujobut
.3Comoc
saesracifireV
sodsapmat
oãtsesoipócsirep
à(sadahcefmeb
oanimulietion
amlaedrodanimile
odoãçacifirevarap
.)oãrdapolugnâ
8
atenularacoloC
onacimâronap
eetnardauques
oatset
edovitisopsid
.oãçanimuli
ocraoraraperP
.'''002melevín-
ausanrartnE
ausahcef,enibac
etnemlatotahlitocse
.orracoagilsede
9
meobutoavelE
saalace'''002
sahlob
esianidutignol
.siasrevsnart
artalucamoC
acifirevadahcef
sahnilsaes
oãtse
.odnidicnioc
evahcamétnaM
eadagillareg
acifirev
oetnemetnatsnoc
sadagracedlevín
.sairetab

C-1
C 6-86
ANEXO C
DEVERES DA GUARNIÇÃO AO COMANDO DE
“ATRACAR A PALAMENTA”
PC1 C2 C3 C4 Cr toM
1
:adnamoC
anracartA
.atnemalap
atenularariteR
odacimâronap
etnardauques
onál-acoloce
ues
.otnemitrapmoc
oradrauG
.levínocra
oierfoanoicA
eoãmed
aacoloc
meahcram
.ortuen
2
obutoraxiabA
oeuqarap
atsirotom
.obutoerrama
errotaavarT
.orracoragiL
3
aerbA
iaseahlitocse
.enibacad
oacoloceR
railixualeniap
.orracodarof
.afiocaacoloC
4
anoisivrepuS
oe1Co
anrtoM
oãçarrama
.obutod
obutoaxiabA
oeuqarap
.o-erramartoM
ratnomseD
eoãvocseo
.ol-êhlocer
eracoloceR
sarazinagro
esadanarg
edsagrac
ortnedoãçejorp
.orracod
.obutoarramA
aahceF
ralucoapmat
atenulad
.olevotoc

C 6-86
C-2
PC1 C2 C3 C4 Cr toM
5
oadnamoC
arap4Ce3C
sàmereugre
sadsáp
.sarietnoc
.errotaavarT
aesacifireV
ralucoapmat
atenulad
iofolevotoc
olepadahcef
.atsirotom
a4CoaadujA
eracoloc
aramurra
ortnedoãçinum
.orracod
orraconracoloceR
edserotnitxeso
savulsa,oidnêcni
saeotsebaed
edsevahc
edsatelopse
arienam
.adazinagro
aorracoacolseD
ratlosarapetnerf
adsápsa
.arietnoc
6
soanedrooC
sodsohlabart
setnevres
sàetnarud
.sedadivita
aahceF
alenaj
.adreuqse
aahceF
.atieridalenaj
saehloceR
edsazilab
.airatnop
odoifoehloceR
.FLCodotsop
saesacifireV
sodsapmat
oãtsesoipócsirep
.sadahcefmeb
7
aahceF
.ahlitocse
oratnomseD
eoãvocse
.ol-êhlocer
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D-1
C 6-86
ANEXO D
ORIENTAÇÕES SOBRE ÓLEOS, GRAXAS E LUBRIFICANTES
D-1. QUADRO DE LUBRIFICANTES UTILIZADOS NA MNT DE CHASSI DA VBC
OAP M109 A3
edortliF
levítsubmoC
lartsemesacorT
oelÓ
etnacifirbuL
)oãçacificepse(
odacorT
etnacifirbuL
odacorT
ortliF
ededQ
MOCoelÓ
ORTLIF
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MESoelÓ
ORTLIF
ROTOM
04W51EAS
0051/sh051
sahliM
-LARTSEMES
euqeleuqa(
rerroco
)oriemirp
odedateM
adozarp
anuloc
roiretna
l63l 5,62
AXIAC
onazepmiL
ozarpomsem
anulocad
roiretna
l38l 5,54
ROTUDER
ETNENAMREP
odazepmiL
onoripser
ozarpomsem
l6,4

C 6-86
D-2
D-2. QUADRO DE ÓLEOS, GRAXAS E LUBRIFICANTES UTILIZADOS NA MNT
DA TORRE DA VBC OAP M109 A3
D-3. QUADRO DE GRAXAS UTILIZADAS NA MNT DE CHASSI DA VBC OAP
M109 A3
LAIRETAMEDOPIT ONA/ORIESUBOOIDÉMOMUSNOC
ODIXÓITNAAXARGg k01
ADATIFARGAXARGg k30
)MAG(ALPITLÚMOÃÇACILPAEDAXARGg k50
ENESOREUQl 02
)ALNO(ORTUENOELÓl 02
,14DIULFLLEHSOREA(OCILUÁRDIHOELÓ
)LLEHSalepodacirbaf
l50
LAIRETAMEDOPIT
OIDÉMOMUSNOC
ONA/ORIESUBO
)MAG(ALPITLÚMOÃÇACILPAEDAXARGg k43
AD3-XELFIPI(OITÍLEDOÃBASEDESABAAROSNETAXARG
)SÁRBORTEPAD3-TMG-LAIRTSUDNIXARBULUOAGNARIPI
gk70
D-2/D-3

ÍNDICE ALFABÉTICO
Prf Pag
A
Alvos - (Tiro Direto)...................................................................... 6-3 6-2
Apontador (C1)............................................................................ 5-5 5-6
Atirador (C2)................................................................................ 5-6 5-7
Atracar na palamenta (não entendido!) ........................................3-15 3-10
C
Características - Transporte ferroviário.........................................12-8 12-4
Características do Obus M 109 A3 ............................................. 2-3 2-2
Características gerais
- Transporte rodoviário ............................................................12-4 12-2
- Transporte aéreo..................................................................12-5 12-3
- Transporte marítimo .............................................................12-10 12-5
Cargas de projeção..................................................................... 8-58-10
Carregador (C3)........................................................................... 5-7 5-7
Cartão de alcances ..................................................................... 6-2 6-1
Chefe de peça............................................................................. 5-4 5-2
D
Definições - Incidentes de tiro .....................................................11-2 11-2
Descanso para a guarnição .........................................................3-12 3-9
Descarregamento da peça - Incidente de tiro ..............................11-5 11-4
Descrição e características
- Sistema do Tubo.................................................................. 7-3 7-2
- Sistema de Recuo............................................................... 7-5 7-3
- Sistema hidráulico............................................................... 7-7 7-4
- Sistema de balanço............................................................. 7-9 7-8
Deveres da guarnição ao comando de “ATRACAR A PALA-
MENTA”...................................................................................... C-1

Prf Pag
Deveres da guarnição ao comando de “PEGAR NA PALA-
MENTA”...................................................................................... B-1
Divisão e nomenclatura do mecanismo da culatra ....................... 2-5 2-5
E
Embarcar....................................................................................3-10 3-8
Enumerar postos e designar funções .......................................... 3-7 3-6
Espoletas.................................................................................... 8-4 8-6
Estopilha M82............................................................................. 8-68-12
F
Finalidade
- (Escola da Peça)................................................................. 3-1 3-1
- (Introdução).......................................................................... 1-1 1-1
Formação da guarnição............................................................... 3-6 3-3
Funções gerais da guarnição ..................................................... 5-3 5-2
Funções gerais da guarnição - Guarnição da peça ...................... 3-5 3-2
G
Generalidades
- (Apresentação do Equipamento).......................................... 2-1 2-1
- Descrição e Características ................................................. 2-2 2-1
- (Preparação para o Tiro e para a Marcha) ............................ 4-1 4-1
- Preparação da Posição........................................................ 4-2 4-1
- (Tiro Indireto)........................................................................ 5-1 5-1
- (Tiro Direto).......................................................................... 6-1 6-1
- (Torre).................................................................................. 7-1 7-1
- Sistema do Tubo.................................................................. 7-2 7-1
- (Munição)............................................................................. 8-1 8-1
- Composição......................................................................... 8-2 8-1
- (Verificações Periodicas Basicas) ........................................ 9-1 9-1
- (Manutenções e Inspeções) .................................................10-1 10-1
- Incidentes de tiro .................................................................11-1 11-1
- (Transporte do Material) .......................................................12-1 12-1
- Preparação a Marcha........................................................... 4-3 4-2
- Transporte rodoviário ............................................................12-3 12-2
- Deveres da Guarnição no Tiro Direto .................................... 6-5 6-3
- Sistema de Recuo............................................................... 7-4 7-3
- Tabelas de manutenção .......................................................10-5 10-3
- Sistema hidráulico............................................................... 7-6 7-4
- Procedimentos em caso de incêndio ...................................11-6 11-4
- Transporte ferroviário ............................................................12-7 12-4
- Transporte marítimo .............................................................12-9 12-5
- Utilização da conteira ..........................................................11-8 11-6

Prf Pag
- Transporte hidroviário...........................................................12-11 12-6
- Sistema de balanço............................................................. 7-8 7-8
- Inspeções............................................................................10-7 10-9
Granadas.................................................................................... 8-3 8-2
Guarnecer................................................................................... 3-8 3-6
Guarnição da peça...................................................................... 3-4 3-2
I
Instrução - (Tiro Indireto).............................................................. 5-2 5-1
Instruções - Introdução............................................................... 3-2 3-1
Introdução - Verificações dos equipamentos de controle de tiro .. 9-89-12
L
Linha de referência...................................................................... 9-6 9-7
M
Manutenção - (Manutenções e Inspeções) ..................................10-3 10-1
Motorista (Motr).......................................................................... 5-9 5-8
Munição - (Tiro Direto)................................................................. 6-4 6-3
Municiador (C4)........................................................................... 5-8 5-8
N
Nivelamento dos munhões.......................................................... 9-4 9-4
Nivelamento longitudinal do tubo................................................. 9-5 9-7
O
Obus propriamente dito............................................................... 2-4 2-5
Operação do equipamento de combate ao fogo...........................11-7 11-4
Orientações de manutenção .......................................................10-4 10-2
P
Palamenta acessórios e ferramental ........................................... A-1
Para desembarcar.......................................................................3-11 3-9
Particularidades - (Transporte do Material) ..................................12-2 12-1
Pegar na palamenta....................................................................3-14 3-10
Preparação para as verificações................................................. 9-2 9-1
Preparação para o Tiro ................................................................ 4-4 4-2
Principais termos utilizados........................................................ 3-3 3-2
Procedimento em caso de interrupção do tiro .............................11-4 11-3
Procedimentos em caso de nega ................................................11-3 11-2

Prf Pag
Q
Quadrante de elevação M15 e quadrante auxiliar .........................9-12 9-13
Quadro de graxas utilizados na Mnt de chassi da VBC OAP
M109 A3 ..................................................................................... D-3 D-2
Quadro de lubrificantes utilizados na Mnt de chassi da VBC
OAP M109 A3 ............................................................................. D-1 D-1
Quadro de óleos, graxas e lubrificantes utilizados na Mnt da
torre da VBC OAP M109 A3 ....................................................... D-2 D-2
R
Registrador de correções ............................................................9-10 9-13
Registrador de derivas................................................................. 9-99-12
Registros - Introdução .................................................................10-2 10-1
S
Sistema de dois apontadores e duas visadas .............................. 6-6 6-3
Sistema de dois apontadores e uma visada ................................ 6-7 6-7
Sistema de um apontador e uma visada ..................................... 6-8 6-7
Suporte M145 M1........................................................................9-11 9-13
Suspensão de tiro .......................................................................3-13 3-9
T
Tabelas de manutenção - (Manutenções e Inspeções) ................10-6 10-3
Tipos de inspeções.....................................................................10-8 10-9
Transporte aéreo de viaturas blindadas.......................................12-6 12-3
Trocar postos .............................................................................. 3-9 3-7
U
Utilização das balizas de pontaria...............................................5-10 5-8
Utilização das conteiras ..............................................................11-9 11-6
V
Verificação do quadrante de nível................................................ 9-3 9-2
Verificação e ajustagem do aparelho de pontaria ......................... 9-7 9-9

DISTRIBUIÇÃO
1. ÓRGÃOS
Ministério da Defesa............................................................................. 02
Gabinete do Comandante do Exército ................................................... 01
Estado-Maior do Exército...................................................................... 10
DEP, D Log, SCT .................................................................................. 01
DEE, DFA, DEPA,................................................................................ 01
D Sup, D Mnt, DMAvEx ........................................................................ 01
IPD, IPE ................................................................................................ 01
2. GRANDES COMANDOS E GRANDES UNIDADES
COTER................................................................................................. 02
Comando Militar de Área ....................................................................... 01
Região Militar/Divisão de Exército......................................................... 01
Divisão de Exército............................................................................... 01
Brigada................................................................................................. 01
Artilharia Divisionária............................................................................. 02
3. UNIDADES
Artilharia............................................................................................... 01
Batalhão de Manuntenção de Armamento ............................................. 01
Base Logística...................................................................................... 01
Batalhão Logístico................................................................................ 01
Batalhão de Suprimento........................................................................ 01
Parque Mnt ........................................................................................... 01

4. SUBUNIDADES (autônomas ou semi-autônomas)
Artilharia............................................................................................... 01
Material Bélico...................................................................................... 01
Bia Cmdo da Art Div 1ª DE .................................................................... 01
Bia Cmdo da Art Div 3ª DE .................................................................... 01
Bia Cmdo da Art Div 5ª DE .................................................................... 01
Bia Cmdo da Art Div 6ª DE .................................................................... 01
Bia Cmdo da 1ª Bda AAAe.................................................................... 01
1ª Bia LMF ............................................................................................ 01
3ª Bia LMF ............................................................................................ 01
1ª Bia do 10º GAC Mtz ......................................................................... 01
5. ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
ECEME................................................................................................ 03
EsAO .................................................................................................... 10
AMAN................................................................................................... 60
EsSA.................................................................................................... 160
CPOR................................................................................................... 01
NPOR / Art (4º
GAAAe, 4º GAC, 3º GAC AP, 3º GAAAe e 32º GAC) .. 01
EsCom, EsACosAAe, EsIE, EsMB, EsAEx, EsPCEx, EsAS, CI Bld,
CAAEx.................................................................................................. 01
6. OUTRAS ORGANIZAÇÕES
Arquivo Histórico do Exército ................................................................ 01
ADIEx/Paraguai.................................................................................... 01
Arsenais de Guerra RJ / RS / SP .......................................................... 01
Bibliex................................................................................................... 01
C Doc Ex .............................................................................................. 01
D C Mun ............................................................................................... 01

Este Manual foi elaborado com base em anteprojeto apresentado pelo
29º Grupo de Artilharia de Campanha Autopropulsado (29º GAC AP).

C 101-5
1ª Edição / 2003
Tiragem: 400 exemplares
Novembro de 2003