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Manual de Exames
Fósforo
Menos de 1% do fósforo corporal total encontra-se no plasma, a maior
parte está nos ossos e músculos estriados. Importante na fisiologia celular,
seu metabolismo é regulado principalmente pelos túbulos renais.
Causas que levam a elevação: exercícios, hipovolemia, acromegalia, hipo-
paratireoidismo, pseudohipoparatireoidismo, metástases ósseas, hipervita-
minose D, sarcoidose, hepatopatias, embolia pulmonar, insuficiência renal,
cetoacidose diabética, menopausa e trombocitose.
Amostras não refrigeradas e com hemólise podem apresentar elevações
espúrias.
Hipofosfatemia pode ocorrer no uso de antiácidos, diuréticos, corticoides,
glicose endovenosa, hiperalimentação, diálise, sepse, deficiência de
vitamina D e desordens tubulares renais.
Algumas drogas podem interferir na determinação do fósforo: acetazola-
mida, salbutamol, alendronato, azatioprina, isoniazida, lítio, prometazina e
anticoncepcionais.
A concentração sérica sofre variação pelo ritmo circadiano, está mais alto
pela manhã e sujeito a oscilações rápidas por fatores como dieta, repouso,
período menstrual, sazonalidade, hormônio do crescimento, insulina e
função renal.
Avaliação na urina
Útil na avaliação do equilíbrio entre cálcio e fósforo e no estudo dos
cálculos urinários.
Níveis urinários elevados são encontrados no hiperparatireoidismo,
deficiência de vitamina D, uso de diurético, acidose tubular renal e
Síndrome de Fanconi.
Níveis baixos são encontrados na desnutrição, hipoparatireoidismo, pseu-
dohipoparatireoidismo, uso de antiácidos e intoxicação por vitamina D.
Várias drogas podem interferir na determinação do fósforo urinário:
acetazolamida, aspirina, diltiazen, sais de alumínio, bicarbonato,
calcitonina, corticoides e diuréticos.
Existe uma significante variação diurna na excreção urinária do fósforo
e sua excreção também depende da dieta ingerida.