Manual de Redação e Estilo do Estadão

srdoamaral 6,092 views 327 slides Jul 12, 2015
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About This Presentation

Manual de Redação e Estilo do Estadão de Eduardo Martins


Slide Content

3» edi‹o
EDUARDO MARTINS

© S.A. O Estado de S. Paulo
Todos os direitos reservados
Dados Internacionais de Cataloga‹o na Publica‹o (CIP)
(C‰mara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Martins Filho, Eduardo Lopes, 1939Ñ
Manual de Reda‹o e Estilo de O Estado de S. Paulo /
Eduardo Martins. 3» edi‹o, revista e ampliada Ñ
S‹o Paulo: O Estado de S. Paulo, 1997.
1. O Estado de S. Paulo (Jornal). 2. Jornalismo Ñ
S‹o Paulo (Estado)Ñ Manuais de estilo I. T’tulo.
96Ñ4983 CDDÑ808.06607
êndices para cat‡logo sistem‡tico
1. Jornalismo: Reda‹o e estilo: Ret—rica 808.06607
2. Reda‹o jornal’stica: Ret—rica 808.06607
Coordena‹o
Reda‹o e Marketing de Circula‹o do Estado
Produ‹o e fotolitos
Central de Artes do Grupo Estado
Editora‹o eletr™nica
Carlos Alberto Kose
Revis‹o
Maria do Ros‡rio Sousa
Vera Fedschenko Leite
Vera Lucia de Freitas
Capa
Flavio Bassani/Studio Maker

Apresenta‹o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Pref‡cio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Cap’tulo 1¼ Ð Normas internas e de estilo . . . . . . . . . . . . . 13
Cap’tulo 2¼ Ð O uso da crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
Cap’tulo 3¼ Ð Os cem erros mais comuns . . . . . . . . . . . . . 321
Cap’tulo 4¼ Ð Guia de pronœncia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
Cap’tulo 5¼ Ð Escreva certo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333
Pesos e medidas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 397
Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 399

Edi‹o da S.A. O ESTADO DE S. PAULO ¥ Av. Eng. Caetano çlvares, 55 CEP 02598-900 S‹o Paulo SP
¥ Caixa Postal 8.005 CEP 01065-970 SP ¥ Tel.: 856-2122 (PABX) ¥ End. Telegr‡fico: ESTADO. ¥ Telex:
011-23511 FAX N¼s 265-6203 265-2297 266-2206 266-1289 ¥ NetEstado: http://www.estado.com.br.
M MMMiiiissssssss‹‹‹‹oooo
Editar um ve’culo de comunica‹o e informa‹o defensor da demo-
cracia, da livre iniciativa, id™neo, moderno e comprometido com o seu
permanente aprimoramento.
Ser inovador, oferecendo produtos e servios de qualidade a seus lei-
tores e anunciantes, promovendo o desenvolvimento dos seus recursos
humanos e garantindo rentabilidade aos seus acionistas. Buscar constan-
temente o jornalismo diferenciado e investigativo, difusor de idŽias plu-
ralistas e que analise e interprete fatos isentamente e esteja sempre vol-
tado para os interesses do cidad‹o.
Diretor-respons‡vel
Ruy Mesquita
Diretor
Jœlio CŽsar Mesquita
Diretor de Reda‹o
Alu’zio Maranh‹o

O Manual de Reda‹o e Estilode O Estado de S. Paulo
virou not’cia faz muito tempo, desde 1990, quando foi lan-
ada sua primeira edi‹o. Afinal, em um pa’s que ostenta
carncias profundas no acesso das pessoas ˆ cultura e in-
forma‹o e a tiragem mŽdia dos livros n‹o se distancia da
faixa dos 3 mil exemplares, um Manualcom estas caracte-
r’sticas j‡ ultrapassa a barreira das 500 mil unidades dis-
tribu’das. Trata-se sem dœvida de uma boa not’cia, por ser-
vir de term™metro do interesse em escrever melhor, num
portugus objetivo e correto, mas sem pedantismos.
De autoria do jornalista Eduardo Martins, 57 anos, 37
deles dedicados ao of’cio de moldar textos na Reda‹o do
Estado, o Manualchega agora ˆ terceira edi‹o. Cada um
dos seus verbetes traz a experincia de quem chefiou incon-
t‡veis editorias no jornal, foi seu secret‡rio de Reda‹o e j‡
por oito anos auxilia a Dire‹o da Reda‹o no controle de
qualidade dos textos publicados.
N‹o Ž uma tarefa f‡cil. O mato-grossense Eduardo Mar-
tins l o jornal diariamente com olhos de lupa, capazes de
esquadrinhar de erros ortogr‡ficos a constru›es gramati-
cais mal desenhadas, passando por desobedincias das nor-
mas adotadas pelo Estado para grafar datas, nœmeros, hora,
nomes de personalidades estrangeiras, e assim por diante.
Toda essa auditoria a servio da L’ngua Portuguesa Ñ e do
leitor Ñ se materializa em anota›es ˆ margem das p‡gi-
nas do jornal, encaminhadas a cada um dos editores para
as providncias necess‡rias. Esse trabalho permite a Eduar-
do dar tiros certeiros contra o desconhecimento da l’ngua.
AlŽm de registrar os escorreg›es de rep—rteres e redatores,
ele cotidianamente faz transmitir para cada um dos termi-
5

nais de computador de todos os jornalistas do Estadore-
gras e instru›es extra’das do pr—prio Manual, ou impostas
por situa›es novas, para que os erros deixem de ser come-
tidos.
A miss‹o de Eduardo Martins tem de ser cumprida em
tempos dif’ceis, diante do grande estrago causado em ati-
vidades que dependem da L’ngua Portuguesa pelo longo pe-
r’odo de trevas em que o ensino no Pa’s foi tragado pela fa-
lncia da m‡quina pœblica. Hoje, fala-se e escreve-se pior
que em gera›es passadas. E as reda›es brasileiras n‹o s‹o
nenhum o‡sis nesse deserto. Mas, se padecem da mesma
s’ndrome que ataca nos exames para o vestibular e nos tex-
tos de telenovelas, as reda›es podem e devem se conver-
ter em s—lidas trincheiras de defesa do conhecimento da
l’ngua. O ManualŽ uma afiada arma nessa guerra.
H‡ 20 anos ou mais, as regras internas de reda‹o eram
exclusividade dos jornais. N‹o se pensava em edit‡-las para
o pœblico. Aquilo era coisa para dicionaristas e/ou gram‡-
ticos, pessoas tidas como grandes eruditos e detentores de
um saber que beirava o inacess’vel. A profissionaliza‹o
crescente da atividade jornal’stica, porŽm, permitiu que se
percebesse que aqueles manuais poderiam ser editados em
livro para um mercado carente de publica›es voltadas
para a aplica‹o pr‡tica da l’ngua.
Os jornais, tanto quanto outras m’dias, vivem momen-
to importante em sua hist—ria, acossados por novos siste-
mas de difus‹o de informa›es, surgidos na esteira de uma
revolu‹o tecnol—gica que em uma dŽcada e meia mostrou
que pode haver inœmeras formas de transmitir uma not’-
cia de maneira t‹o eficiente, atrativa e rent‡vel quanto a
impressa em uma folha de papel.
Como competir no mercado de informa›es contra sis-
temas que distribuem not’cias para computadores em ve-
locidade superior ˆquela alcanada pelo r‡dio e TV?A per-
gunta martela a cabea de editores de jornais no mundo in-
teiro. Um jornal como o Estado passou por desafios que o
fizeram, em 122 anos de existncia, um ve’culo de lingua-
6

gem moderna, de pagina‹o arejada, com novas se›es e
cadernos. Mas os desafios n‹o se esgotam. Eles se sucedem
e n‹o permitem que nenhuma publica‹o possa se consi-
derar uma obra acabada. Tudo, como a linguagem, est‡ em
constante evolu‹o.
Cada vez se tem menos tempo para a leitura, impera-
tivo que fundamenta v‡rias reformas em jornais baseadas
no farto uso de ilustra›es e no encurtamento do texto. ƒ
vis’vel, nas duas œltimas dŽcadas, a tendncia ao emprego
parcimonioso de longos par‡grafos, de frases intermin‡veis,
verdadeiro teste de f™lego para quem se disp›e a praticar
leitura em voz alta. O jornalismo est‡ ficando mais objeti-
vo, os textos, mais diretos e, por isso mesmo, se torna fun-
damental o bom manejo da l’ngua.
OManual de Reda‹o e Estilosedimenta, ainda, uma
hist—rica e gratificante convivncia do Estado com o ensi-
no e o conhecimento. A mesma preocupa‹o que ligou o
jornal ˆ funda‹o da Universidade de S‹o Paulo e a mesma
convic‹o que o tornou pioneiro na cria‹o do caderno Cul-
tura, na dŽcada de 50, fazem-no lanar mais esta edi‹o do
Manual, adotado tambŽm em outros jornais e atŽ como
livro de aux’lio para o ensino do Portugus nas escolas.
AlŽm de aperfeioar a qualidade de cada jornalista do
Estado, o Manualdemocratiza um acervo de conhecimen-
tos atŽ bem pouco tempo atr‡s confinado nas reda›es. Os
ventos que empurram o jornalismo para novas f—rmulas de
edi‹o tambŽm varrem regras estabelecidas em outras ati-
vidades. Por isso, o ManualŽ feito a partir da preocupa‹o
com o que Ž moderno e eficiente na comunica‹o. Este Ž
um motivo suficiente para garantirmos que novas edi›es
vir‹o.
Alu’zio Maranh‹o
Diretor de Reda‹o
7

Esta terceira edi‹o do Manual de Reda‹o e Estiloapresenta
consider‡veis altera›es em rela‹o ˆ original, de 1990. Assim, cen-
tenas de verbetes foram acrescentados ao texto, para corrigir omis-
s›es ou incluir assuntos que passaram a ocupar o notici‡rio nos œl-
timos anos.
Simultaneamente o livro foi acrescido de trs cap’tulos. O pri-
meiro deles destina-se a resolver uma das dificuldades mais an-
gustiantes de quem gosta de escrever: o uso da crase. Mas ele n‹o
apenas trata em profundidade da quest‹o, como relaciona cente-
nas de locu›es em que o aacentuado est‡ ou n‹o presente.
O segundo Ž uma rela‹o daqueles que se consideraram os cem
erros mais comuns do idioma, com uma explica‹o sucinta sobre
a maneira de evitar cada um deles e outros semelhantes. Apesar
de, na maioria, eles figurarem no corpo do Manual, com a sua pu-
blica‹o em um œnico bloco visou-se a fornecer ao leitor um rotei-
ro sobre sua presena cada dia mais constante no idioma.
O terceiro esclarece a pronœncia de algumas centenas de pala-
vras sobre as quais costuma haver dœvidas, indicando onde recai
o acento e se o som Ž aberto ou fechado.
De qualquer forma, o objetivo deste trabalho continua o
mesmo: expor, de modo ordenado e sistem‡tico, as normas edito-
riais e de estilo adotadas pelo Estado. O Manual n‹o pretende, com
isso, tolher a criatividade de editores, rep—rteres e redatores, nem
impor camisas-de-fora aos jornalistas da empresa. Seu objetivo Ž
claro: definir princ’pios que tornem uniforme a edi‹o do jornal.
Ele tem cunho eminentemente jornal’stico. Por isso, mesmo os
grandes cap’tulos da gram‡tica foram reproduzidos com essa preo-
cupa‹o. ƒ exemplo o uso do artigo, examinado em profundidade
por se tratar de uma das quest›es mais diretamente relacionadas
com a atividade do profissional da imprensa. O mesmo intuito
9

orientou a exposi‹o das normas ortogr‡ficas, do emprego do h’fen,
dos tempos e modos verbais, das instru›es de estilo, do que se
deve ou n‹o usar. A extens‹o de alguns verbetes corresponde ˆ im-
port‰ncia que o assunto tem para a produ‹o de um bom texto.
Embora destinado a jornalistas, o livro pode tambŽm consti-
tuir eficiente auxiliar de todos aqueles que precisem escrever com
regularidade, estejam se preparando para exames de reda‹o ou
queiram conhecer as principais particularidades da l’ngua portu-
guesa. Os erros mais comuns do idioma mereceram aten‹o espe-
cial e n‹o apenas se alerta o leitor para eles, como se mostra a me-
lhor maneira de evit‡-los, sempre que poss’vel por meio de regras
pr‡ticas.
O volume est‡ dividido em cinco partes. A primeira reœne, em
ordem alfabŽtica, verbetes que tornam claro o que se entende por
um bom texto jornal’stico e instru›es pr‡ticas e te—ricas para es-
crever bem, com corre‹o e eleg‰ncia. Sem se pretender um trata-
do de jornalismo, revela igualmente os princ’pios b‡sicos para a
edi‹o do jornal. Ela relaciona ainda as normas internas do Esta-
do, entre elas a maneira de usar negrito ou it‡lico, maiœsculas e
minœsculas, nœmeros, formas de tratamento, abreviaturas, siglas,
etc., e trata dos grandes cap’tulos da gram‡tica, como a concor-
d‰ncia, regncia, forma‹o do plural, normas de acentua‹o, con-
juga‹o verbal e uso do artigo. Finalmente, d‡ no›es de ortogra-
fia (incluindo-se o uso do h’fen)e estilo (palavras a evitar, boas e
m‡s constru›es da l’ngua, etc.). Este Ž o cap’tulo b‡sico do livro,
servindo atŽ mesmo de ’ndice remissivo para todo o trabalho, pois
contŽm chamadas para centenas de outros verbetes e para as de-
mais se›es do Manual.
A segunda, terceira e quarta partes constituem os novos cap’-
tulos do volume, j‡ mencionados. A œltima, Escreva Certo, Ž um
vocabul‡rio, destinado a esclarecer dœvidas a respeito da grafia das
palavras. Inclui milhares de nomes comuns, pr—prios (ˆ exce‹o
dos nomes de pessoas)e geogr‡ficos, voc‡bulos estrangeiros ou j‡
aportuguesados e marcas e nomes de produtos cada vez mais uti-
lizados no notici‡rio. Nesta edi‹o, a lista foi ampliada em cerca
de 2 mil palavras, quase todas termos que surgiram na imprensa
nos œltimos anos.
10

Na grande maioria, os exemplos constantes do Manualforam
extra’dos de jornais e revistas, o que lhes d‡ um car‡ter de perma-
nente atualidade. Eles s‹o abundantes e tm por objetivo manter
o profissional o mais pr—ximo poss’vel das constru›es com que se
defronta no dia-a-dia.
As repeti›es que aparecem ao longo do livro s‹o propositadas.
Por isso, casos especiais de concord‰ncia podem constar do cap’-
tulo geral dedicado ao assunto e de verbetes isolados. O que se pre-
tendeu foi fazer que o consulente nunca deixasse de encontrar as
formas procuradas, em um ou outro local. E tambŽm, pela insis-
tncia, contribuir para que elas se fixassem melhor na mem—ria.
Os verbos mais comuns da l’ngua portuguesa cuja regncia
possa oferecer dificuldades figuram no manual e se observou o cri-
tŽrio do uso geral ou o dos exemplos dos bons autores. Com base
na tradi‹o da l’ngua ou nos dicion‡rios do gnero, em muitos
casos o Estado optou por uma forma, entre duas ou mais poss’veis:
ˆ menor dœvida sobre o assunto, nunca deixe de consultar o ver-
bete respectivo, no primeiro cap’tulo do Manual.
Como todo jornal, o Estado adota algumas formas pr—prias de
reda‹o, ortografia ou estilo. Sempre que isso ocorre, no entanto,
faz-se a devida ressalva. Um exemplo: os dicion‡rios grafam, em
geral, oceano Atl‰ntico, ba’a de Guanabara, golfo PŽrsico, etc. No
jornal, a palavra que indica o acidente tem inicial maiœscula: Ocea-
no Atl‰ntico, Ba’a de Guanabara, Golfo PŽrsico, etc.
Faz parte ainda deste volume uma rela‹o de palavras vetadas.
S‹o termos que a Reda‹o, a seu exclusivo critŽrio, julga antijor-
nal’sticos, grosseiros, ultrabatidos ou, ao contr‡rio, rebuscados de-
mais para uso normal no notici‡rio. Ë exce‹o dos voc‡bulos vul-
gares (avacalhar ou esculhambar, por exemplo)ou chulos, os de-
mais poder‹o ser admitidos em artigos ou cr™nicas de colaborado-
res externos, mas n‹o em trabalhos idnticos dos profissionais da
empresa. Alguns exemplos de palavras e express›es consideradas
antijornal’sticas ou sofisticadas: primeiro mandat‡rio da Na‹o,
burgomestre, transfusionado, soldado do fogo, agiliza‹o, necr—po-
le, nosoc™mio, tantaliza‹o, program‡tico, emergencial,alavanca-
gem, a n’vel de,etc.
Na consulta ao Manual, dever‹o ser obedecidas, entre outras,
regras pr‡ticas como: a)As locu›es, na quase totalidade dos casos,
11

12
tm como base a sua palavra-chave. Assim, procure ˆ medida que
em medida, e n‹o na letra a.Igualmente, de encontro a pode ser lo-
calizada em encontro e a n’vel de, em n’vel.b)O verbete entre
aspas indica que se trata de forma errada ou n‹o usada pelo jornal
(exemplo: ÒcongressualÓ). c)A referncia prefiraimplica a existn-
cia de uma ou mais op›es. Fica evidente que o Estado se definiu
por uma delas, apenas.
Para que o consulente n‹o deixe de encontrar o que busca, esta
edi‹o do Manualcriou centenas de remiss›es. Em raas e c‹es, por
exemplo, indica-se que a explica‹o est‡ em animais. Tentou-se
tambŽm prever a que verbete o leitor iria recorrer para esclarecer
determinada quest‹o. Assim, em mim, abrem-se duas chamadas,
para as express›es entre mim e ti e para eu fazer.Nas formas pare-
cidas (como se‹o, sec‹o, sess‹o e cess‹o), uma delas registra a di-
ferena entre as palavras e nas outras se aponta em que verbete fi-
gura a explica‹o.
Na prepara‹o do Manual, foi muito importante a colabora‹o
do fil—logo Celso Cunha e da professora Fl‡via de Barros Carone,
j‡ falecidos. Os dois estudiosos do idioma deram opini›es valio-
sas a respeito de quest›es extremamente controvertidas do idio-
ma e assuntos nos quais, pela pr—pria din‰mica da l’ngua, as gra-
m‡ticas e dicion‡rios ainda s‹o omissos. Em sua mem—ria, o nosso
reconhecimento.
E.M.

13
Este cap’tulo do Manual de Reda‹o e Estilo do Estado exp›e
as instru›es gerais e espec’ficas indispens‡veis ˆ prepara‹o
de um bom texto noticioso e agrupa, da maneira mais pr‡tica
poss’vel, as normas internas, gramaticais, ortogr‡ficas e de es-
tilo necess‡rias a esse trabalho.
Por normas internas entenda-se o conjunto de princ’pios
destinado ˆ uniformiza‹o do texto do jornal, desde o modo de
grafar o pr—prio nome do Estado atŽ a forma de usar o negrito
e o it‡lico, as maiœsculas e minœsculas, os nomes pr—prios, as
aspas, os sinais de pontua‹o, etc.
Dada a sua —bvia import‰ncia para o texto de um jornal como
o Estado, as quest›es gramaticais receberam aten‹o especial,
entre elas as regras de concord‰ncia, as normas de acentua‹o,
o emprego dos pronomes, o uso do artigo, a conjuga‹o verbal,
o infinitivo, a forma‹o do plural, a utiliza‹o do h’fen, etc. De-
zenas de verbos tambŽm figuram neste cap’tulo, com a sua con-
juga‹o e regncia. A crase, pela dificuldade que representa para
grande nœmero de pessoas, mereceu um cap’tulo especial deste
livro, o 2¼. Nele o leitor encontrar‡ tambŽm algumas centenas
de locu›es com ou sem o aacentuado.
Da mesma forma, palavras que poderiam oferecer proble-
mas quanto ˆ grafia mereceram transcri‹o, apesar de o cap’-
tulo Escreva Certo incluir grande parte das que o Estado jul-
gou suscet’veis de dœvida.
Esta parte do manual trata ainda, com riqueza de detalhes,
de todas as quest›es de estilo consideradas essenciais para a
produ‹o de um texto elegante e correto. Ao mesmo tempo
13
Normas internas
e de estilo

alerta para formas pobres ou viciosas de reda‹o, para redun-
d‰ncias comprometedoras, para modismos absolutamente des-
cart‡veis.
Na parte jornal’stica propriamente dita, detalhes dispens‡-
veis sobre leads, t’tulos, reportagem, etc., foram poupados ao
leitor, mas se procurou, em todo o tempo, deixar clara a filoso-
fia editorial do Estado a respeito dessas e de outras quest›es
b‡sicas do jornalismo. E, o que Ž fundamental, com o m‡ximo
poss’vel de exemplos reais, para que o profissional saiba o que
deve ou n‹o fazer.
Edi‹o Ñ H‡ uma sŽrie de itens deste cap’tulo que forne-
cem ao leitor razo‡vel no‹o de conjunto sobre os conceitos
inerentes ˆ edi‹o de um jornal. Por isso, embora cada um deles
possa sempre ser consultado individualmente, recomenda-se a
sua leitura em bloco, para que eles funcionem como um efi-
ciente roteiro do texto noticioso.
Esses verbetes, que consubstanciam os princ’pios e concei-
tos jornal’sticos, Žticos e profissionais do Estado, s‹o: acusa-
›es, adjetiva‹o, antinot’cia, compara›es, cronologia, de-
clara›es textuais, denœncias, duplo sentido, encampa‹o,
entrevista, erros, Žtica interna, eufemismo, exageros, explica-
‹o, fechamento, fluxo regular, g’ria e linguagem coloquial,
ilustra›es, impessoalidade, impropriedades, indefinidos, in-
tert’tulos, jogos de palavras, leads, legendas, localiza‹o,
lugar-comum, mem—ria, modismo, mortes (como tratar),
ÒmuletasÓ, nariz-de-cera, not’cia antecipada, not’cias em se-
qŸncia, —bvio, opini›es, ouvir os dois lados, palavras dispen-
s‡veis, palavras e locu›es vetadas, palavras estrangeiras, pa-
lavras inexistentes, pauta, pesquisa, pessoas no notici‡rio,
pleonasmo, policial (notici‡rio), precis‹o, rebuscamento, re-
gionalismos, remiss‹o, repercuss‹o, repeti›es, reportagem,
ritmo da frase, segundo clich, sentido incompleto, sentimen-
tos, simplicidade, su’te, tamanho do texto, texto-legenda, t’-
tulose valores absolutos.
ƒ indispens‡vel que este cap’tulo seja lido atentamente, para
que voc saiba que tipo de informa‹o esperar e obter dele: ele
lhe ser‡ muito œtil no dia-a-dia.
14

15
Instru›es gerais
1 Ñ Seja claro, preciso, direto, ob-
jetivoe conciso. Use frases curtas e
evite intercala›es excessivas ou or-
dens inversas desnecess‡rias. N‹o Ž
justo exigir que o leitor faa compli-
cados exerc’cios mentais para com-
preender o texto.
2 Ñ Construa per’odos com no
m‡ximo duas ou trs linhas de 70 to-
ques. Os par‡grafos, para facilitar a
leitura, dever‹o ter cinco linhas
cheias, em mŽdia, e no m‡ximo oito.
A cada 20 linhas, convŽm abrir um
intert’tulo.
3 Ñ A simplicidade Ž condi‹o
essencial do texto jornal’stico. Lem-
bre-se de que voc escreve para todos
os tiposde leitor e todos, sem exce-
‹o, tm o direito de entender qual-
quer texto, seja ele pol’tico, econ™mi-
co, internacional ou urban’stico.
4 Ñ Adote como norma a ordem
direta, por ser aquela que conduz
mais facilmente o leitor ˆ essncia da
not’cia. Dispense os detalhes irrele-
vantes e v‡ diretamente ao que inte-
ressa, sem rodeios.
5 Ñ A simplicidade do texto n‹o
implica necessariamente repeti‹o
de formas e frases desgastadas, uso
exagerado de voz passiva (ser‡ inicia-
do, ser‡ realizado), pobreza vocabu-
lar, etc. Com palavras conhecidas de
todos, Ž poss’vel escrever de maneira
original e criativa e produzir frases
elegantes, variadas, fluentes e bem
alinhavadas. Nunca Ž demais insistir:
fuja, isto sim, dos rebuscamentos, dos
pedantismos vocabulares, dos ter-
mos tŽcnicos evit‡veis e da erudi‹o.
6 Ñ N‹o comece per’odos ou pa-
r‡grafos seguidos com a mesma pala-
vra, nem use repetidamente a mesma
estrutura de frase.
7 Ñ O estilo jornal’stico Ž um
meio-termo entre a linguagem liter‡-
ria e a falada. Por isso, evite tanto a
ret—rica e o hermetismo como a g’ria,
o jarg‹o e o coloquialismo.
8 Ñ Tenha sempre presente: o es-
pao hoje Ž precioso; o tempo do lei-
tor, tambŽm. Despreze as longas des-
cri›es e relate o fato no menor nœ-
mero poss’vel de palavras. E proceda
da mesma forma com elas: por que
opor veto aem vez de vetar, apenas?
9 Ñ Em qualquer ocasi‹o, prefira
a palavra mais simples: votar Ž sem-
pre melhor que sufragar; pretender Ž
sempre melhor que objetivar, inten-
tar ou tencionar; voltar Ž sempre me-
lhor que regressar ou retornar; tribu-
nal Ž sempre melhor que corte; pas-
sageiro Ž sempre melhor que usu‡rio;
elei‹o Ž sempre melhor que pleito;
entrar Ž sempre melhor que ingres-
sar.
10 Ñ S— recorra aos termos tŽc-
nicosabsolutamente indispens‡veis
e nesse caso coloque o seu significa-
do entre parnteses. Voc j‡ pensou
que atŽ h‡ pouco se escrevia sobre
juros sem chamar ’ndices, taxas e n’-
veis de patamares?Que preos eram
cobrados e n‹o praticados?Que pa-
r‰metros equivaliam a pontos de re-
ferncia?Que monitorar correspon-
dia a acompanhar ou orientar?Adote
como norma: os leitores do jornal, na
maioria, s‹o pessoas comuns, quan-

16
do muito com forma‹o espec’fica
em uma ‡rea somente. E desfaa
mitos. Se o notici‡rio da Bolsa exige
um ou outro termo tŽcnico, uma re-
portagem sobre abastecimento, por
exemplo, os dispensa.
11 Ñ Nunca se esquea de que o
jornalista funciona como interme-
di‡rio entre o fato ou fonte de infor-
ma‹o e o leitor. Voc n‹o deve limi-
tar-se a transpor para o papel as decla-
ra›es do entrevistado, por exemplo;
faa-o de modo que qualquer leitor
possa apreender o significado das de-
clara›es. Se a fonte fala em deman-
da, voc pode usar procura, sem ne-
nhum preju’zo. Da mesma forma tra-
duza patamar por n’vel, posiciona-
mento por posi‹o, agilizar por dina-
mizar, conscientiza‹o por conven-
cimento, se for o caso, e assim por
diante. Abandone a c™moda pr‡tica
de apenas transcrever: voc vai ver
que o seu texto passar‡ a ter o m’ni-
mo indispens‡vel de aspas e qualquer
entrevista, por mais complicada,
sempre tender‡ a despertar maior in-
teresse no leitor.
12 Ñ Procure banir do texto os
modismos e os lugares-comuns. Voc
sempre pode encontrar uma forma
elegante e criativa de dizer a mesma
coisa sem incorrer nas f—rmulas des-
gastadas pelo uso excessivo. Veja al-
gumas: a n’vel de, deixar a desejar,
chegar a um denominador comum,
transparncia, instigante, pano de
fundo, estourar como uma bomba,
encerrar com chave de ouro, segredo
guardado a sete chaves, dar o œltimo
adeus. Acrescente as que puder a esta
lista.
13 Ñ Dispense igualmente os
preciosismos ou express›es que pre-
tendem substituir termos comuns,
como: caus’dico, Edilidade, soldado
do fogo, elenco de medidas, data na-
tal’cia, primeiro mandat‡rio, chefe
do Executivo, precioso l’quido, aero-
nave, campo-santo, necr—pole, casa
de leis, petardo, fisicultor, C‰mara
Alta, etc.
14 Ñ Proceda da mesma forma
com as palavras e formas empoladas
ou rebuscadas, que tentam transmi-
tir ao leitor mera idŽia de erudi‹o. O
notici‡rio n‹o tem lugar para termos
comotecnologizado, agudiza‹o,
consubstancia‹o, execucional, ope-
racionaliza‹o, mentaliza‹o, trans-
fusional, paragonado, rentabilizar,
paradigm‡tico, program‡tico, em-
blematizar, congressual, instrucio-
nal, embasamento, ressociabiliza-
‹o, dialogal, transacionar, parabe-
nizare outros do gnero.
15 Ñ N‹o perca de vista o univer-
so vocabular do leitor. Adote esta
regra pr‡tica: nunca escreva o que
voc n‹o diria. Assim, alguŽm rejei-
ta (e n‹o declina de)um convite, pro-
tela ou adia (e n‹o procrastina)uma
decis‹o, aproveita (e n‹o usufrui)
uma situa‹o. Da mesma forma, pre-
fira demora ou adiamento a delonga;
antipatia a idiossincrasia; disc—rdia
ou intriga a ciz‰nia; cr’tica violenta
a diatribe; obscurecer a obnubilar,
etc.
16 Ñ O r‡dio e a televis‹o podem
ter necessidade de palavras de som
forte ou vibrante; o jornal, n‹o.
Assim, goleiro Ž goleiro e n‹o golei-
r‹o. Da mesma forma, rejeite inven-
›es como zagueir‹o, bec‹o, jog‹o,
pelotao, galera(como torcida)e si-
milares.
17 Ñ Dificilmente os textos no-
ticiosos justificam a inclus‹o de pa-
lavras ou express›es de valor absolu-
toou muito enf‡tico, como certos ad-
jetivos (magn’fico, maravilhoso, sen-
sacional, espetacular, admir‡vel, es-
plndido, genial), os superlativos (en-
graad’ssimo, delicios’ssimo, com-

17
petent’ssimo, celebŽrrimo)e verbos
fortes como infernizar, enfurecer,
maravilhar, assombrar, deslumbrar,
etc.
18 Ñ Termos coloquiais ou de
g’riadever‹o ser usados com extrema
parcim™nia e apenas em casos muito
especiais (nos di‡logos, por exemplo),
para n‹o darem ao leitor a idŽia de
vulgaridade e principalmente para
que n‹o se tornem novos lugares-co-
muns. Como, por exemplo: a mil, ba-
rato, galera, detonar, deitar e rolar,
flagrar, com a corda (ou a bola)toda,
legal, grana, bacana, etc.
19 Ñ Seja rigoroso na escolhadas
palavras do texto. Desconfie dos sin™-
nimos perfeitos ou de termos que sir-
vam para todas as ocasi›es. Em geral,
h‡ uma palavrapara definir uma si-
tua‹o.
20 Ñ Faa textos imparciais e ob-
jetivos. N‹o exponha opini›es, mas
fatos, para que o leitor tire deles as
pr—prias conclus›es. Em nenhuma
hip—tese se admitem textos como:
Demonstrando mais uma vez seu ca-
r‡ter volœvel, o deputado Ant™nio de
Almeida mudou novamente de par-
tido. Seja direto: O deputado Ant™-
nio de Almeida deixou ontem o PMT
e entrou para o PXN. ƒ a terceira vez
em um ano que muda de partido. O
car‡ter volœveldo deputado ficar‡
claro pela simples men‹o do que
ocorreu.
21 Ñ Lembre-se de que o jornal
exp›e diariamente suas opini›es nos
editoriais, dispensando coment‡rios
no material noticioso. As œnicas ex-
ce›es poss’veis: textos especiais as-
sinados, em que se permitir‡ ao autor
manifestar seus pontos de vista, e ma-
tŽrias interpretativas, em que o jorna-
lista dever‡ registrar vers›es diferen-
tes de um mesmo fato ou conduzir a
not’cia segundo linhas de racioc’nio
definidas com base em dados forneci-
dos por fontes de informa‹o n‹o ne-
cessariamente expressas no texto.
22 Ñ N‹o use formas pessoais
nos textos, como: Disse-nos o depu-
tado... / Em conversa com a reporta-
gem do Estado.../ Perguntamos ao
prefeito... / Chegou ˆ nossa capital.../
Temos hoje no Brasil uma situa‹o
peculiar. / N‹o podemos silenciar
diante de tal fato. Algumas dessas
constru›es cabem em coment‡rios,
cr™nicas e editoriais, mas jamais no
notici‡rio.
23 Ñ Como norma, coloque sem-
pre em primeiro lugar a designa‹o do
cargo ocupado pelas pessoas e n‹o o
seu nome: O presidente da Repœbli-
ca, Fernando Henrique Cardoso... /
O primeiro-ministro John Major... /
O ministro do ExŽrcito, Zenildo de
Lucena...ƒ em fun‹o do cargo ou ati-
vidade que, em geral, elas se tornam
not’cia. A œnica exce‹o Ž para car-
gos com nomes muito longos. Exem-
plo:O engenheiro Jo‹o da Silva, pre-
sidente do Sindicato das Empresas
de Compra, Venda, Loca‹o e Admi-
nistra‹o de Im—veis Residenciais e
Comerciais de S‹o Paulo (Secovi),
garantiu ontem que...
24 Ñ Voc pode ter familiaridade
com determinados termos ou situa-
›es, mas o leitor, n‹o. Por isso, seja
expl’cito nas not’cias e n‹o deixe
nada subentendido. Escreva, ent‹o: O
delegado titular do 47¼ Distrito Poli-
cial informou ontem..., e n‹o apenas:
O delegado titular do 47¼ informou
ontem.
25 Ñ Nas matŽrias informativas,
o primeiro par‡grafo deve fornecer a
maior parte das respostas ˆs seis per-
guntas b‡sicas:o que, quem, quando,
onde, como epor qu. As que n‹o pu-
derem ser esclarecidas nesse par‡gra-
fo dever‹o figurar, no m‡ximo, no se-

18
gundo, para que, dessa r‡pida leitura,
j‡ se possa ter uma idŽia sum‡ria do
que aconteceu.
26 Ñ N‹o inicie matŽria com de-
clara‹o entre aspase s— o faa se esta
tiver import‰ncia muito grande (o
que Ž a exce‹o e n‹o a norma).
27 Ñ Procure dispor as informa-
›es em ordem decrescente de impor-
t‰ncia(princ’pio da pir‰mide inverti-
da), para que, no caso de qualquer ne-
cessidade de corte no texto, os œlti-
mos par‡grafos possam ser suprimi-
dos, de preferncia.
28 Ñ Encadeie o lead de maneira
suave e harmoniosa com os par‡gra-
fos seguintes e faa o mesmo com
estes entre si. Nada pior do que um
texto em que os par‡grafos se suce-
dem uns aos outros como comparti-
mentos estanques, sem nenhuma
fluncia: ele n‹o apenas se torna dif’-
cil de acompanhar, como faz a aten-
‹o do leitor se dispersar no meio da
not’cia.
29 Ñ Por encadeamento de par‡-
grafos n‹o se entenda o c™modo uso
de v’cios lingŸ’sticos, comopor outro
lado, enquanto isso, ao mesmo
tempo, n‹o obstantee outros do g-
nero. Busque formas menos batidas
ou simplesmente as dispense: se a se-
qŸncia do texto estiver correta, esses
recursos se tornar‹o absolutamente
desnecess‡rios.
30 Ñ A falta de tempo do leitor
exige que o jornal publique textos
cada dia mais curtos(20, 40 ou 60 li-
nhas de 70 toques, em mŽdia). Por
isso, compete ao redator e ao rep—rter
selecionar com o m‡ximo critŽrio as
informa›es dispon’veis, para incluir
as essenciais e abrir m‹o das supŽr-
fluas. Nem toda not’cia est‡ jornalis-
ticamente t‹o bem encadeada que
possa ser cortada pelo pŽ sem maio-
res preju’zos. Quando houver tempo,
reescreva o texto: Ž o mais recomen-
d‡vel. Quando n‹o, v‡ cortando as
frases dispens‡veis.
31 Ñ Proceda como se o seu texto
seja o definitivo e v‡ sair tal qual voc
o entregar. O processo industrial do
jornal nem sempre permite que os co-
pies, subeditores ou mesmo editores
possam fazer uma revis‹o completa
do original. Assim, depois de pronto,
reveja e confira todo o texto, com cui-
dado. Afinal, Ž o seu nome que assi-
na a matŽria.
32 Ñ O recurso ˆ primeira pessoa
s— se justifica, em geral, nas cr™nicas.
Existem casos excepcionais, nos
quais rep—rteres, especialmente, po-
der‹o descrever os fatos dessa forma,
como participantes, testemunhas ou
mesmo personagens de coberturas
importantes. Fique a ressalva: s‹o
sempre casos excepcionais.
33 Ñ Nas not’cias em seqŸncia
(su’tes), nunca deixe de se referir,
mesmo sumariamente, aos antece-
dentes do caso. Nem todo leitor pode
ter tomado conhecimento do fato que
deu origem ˆ su’te.
34 Ñ A corre‹o do notici‡rio res-
ponde, ao longo do tempo, pela credi-
bilidade do jornal. Dessa forma, n‹o
d not’cias apressadas ou n‹o confir-
madas nem inclua nelas informa›es
sobre as quais voc tenha dœvidas.
Mesmo que o texto j‡ esteja em pro-
cesso de composi‹o, sempre haver‡
condi›es de retificar algum dado im-
preciso, antes de o jornal chegar ao
leitor.
35 Ñ A corre‹o tem uma varian-
te, a precis‹o: confira habitualmente
os nomes das pessoas, seus cargos, os
nœmeros inclu’dos numa not’cia,
somas, datas, hor‡rios, enumera›es.
Com isso voc estar‡ garantindo
outra condi‹o essencial do jornal, a
confiabilidade.

19
36 Ñ Nas vers›es conflitantes,
divergentes ou n‹o confirmadas,
mencione quais as fontes respons‡-
veis pelas informa›es ou pelo menos
os setores dos quais elas partem (no
caso de os informantes n‹o poderem
ter os nomes revelados). Toda caute-
la Ž pouca e o m‡ximo cuidado nesse
sentido evitar‡ que o jornal tenha de
fazer desmentidos desagrad‡veis.
37 Ñ Quando um mesmo assun-
to aparecer em mais de uma editoria
no mesmo dia, dever‡ haver remis-
s‹o, em it‡lico, de uma para outra:
Mais informa›es sobre o assunto na
p‡gina... / A repercuss‹o do seqŸes-
tro no Brasil est‡ na p‡gina... / Na p‡-
gina... o prefeito fala de sua candida-
tura ˆ Presidncia. / Veja na p‡gina...
as rea›es econ™micas ao discurso
do presidente.
38 Ñ Se voc tem v‡rios originais
para reescrever, adote a tŽcnica de
marcar as informa›es mais impor-
tantes de cada um deles. Voc ganha-
r‡ tempo e evitar‡ que algum dado re-
levante fique fora do notici‡rio.
39 Ñ Nunca deixe de ler atŽ o fim
um original que v‡ ser refeito. Mesmo
que voc tenha apenas 15 linhas dis-
pon’veis para a nota, a linha 50 do
texto primitivo poder‡ conter infor-
ma›es indispens‡veis, de referncia
obrigat—ria.
40 Ñ Preocupe-se em incluir no
texto detalhes adicionaisque ajudem
o leitor a compreender melhor o fato
e a situ‡-lo: local, ambiente, antece-
dentes, situa›es semelhantes, previ-
s›es que se confirmem, advertncias
anteriores, etc.
41 Ñ Informa›es paralelas a um
fato contribuem para enriquecer a sua
descri‹o. Se o presidente dorme du-
rante uma conferncia, isso Ž not’cia;
idem se ele tira o sapato, se fica con-
versando enquanto alguŽm discursa,
se faz trejeitos, etc. Trata-se de deta-
lhes que quebram a monotonia de co-
berturas muito ‡ridas, como as ofi-
ciais, especialmente.
42 Ñ Registre no texto as atitu-
des ou rea›es das pessoas, desde que
significativas: mostre se elas est‹o
nervosas, agitadas, fumando um ci-
garro atr‡s do outro ou calmas em ex-
cesso, n‹o se deixando abalar por
nada. Em matŽria de ambiente, essas
indica›es permitem que o leitor
saiba como os personagens se com-
portavam no momento da entrevista
ou do acontecimento.
43 Ñ Trate de forma impessoalo
personagem da not’cia, por mais po-
pular que ele seja: a apresentadora
Xuxaou Xuxa, apenas (e nunca a
Xuxa), PelŽ (e n‹o o PelŽ), Piquet (e
n‹oo Piquet), Ruth Cardoso (e n‹oa
Ruth Cardoso),etc.
44 Ñ Sempre que poss’vel, men-
cione no texto afonte da informa‹o.
Ela poder‡ ser omitida se gozar de ab-
soluta confiana do rep—rter e, por al-
guma raz‹o, convier que n‹o aparea
no notici‡rio. Recomenda-se, no en-
tanto, que o leitor tenha alguma idŽia
da procedncia da informa‹o, com
indica›es como: Fontes do Pal‡cio
do Planalto... / Fontes do Congres-
so... / Pelo menos dois ministros ga-
rantiram ontem que..., etc.
45 Ñ Na primeira cita‹o, colo-
que entre parnteses o nome do par-
tido e a sigla do Estado dos senadores
e deputados federais: o senador Jo‹o
dos Santos (PSDB-RS), o deputado
Francisco de Almeida (PFL-RJ). No
caso dos deputados estaduais de S‹o
Paulo e dos vereadores paulistanos,
mencione entre parnteses apenas a
sigla do partido.
46 Ñ O Estado n‹o admite gene-
raliza›es que possam atingir toda

20
uma classe ou categoria, raas, cre-
dos, profiss›es, institui›es, etc.
47 Ñ Um assunto muito sugesti-
vo ou importante resiste atŽ a um
mau texto. N‹o h‡, porŽm, assunto
mediano ou meramente curioso que
atraia a aten‹o do leitor, se a not’cia
se limitar a transcrever burocratica-
mente e sem maior interesse os dados
do texto.
48 Ñ Em caso de dœvida, n‹o he-
site em consultar dicion‡rios, enci-
clopŽdias, almanaques e outros livros
de referncia. Ou recorrer aos espe-
cialistas e aos colegas mais experien-
tes.
49 Ñ Veja alguns exemplos de
textos noticiosos objetivos, simples e
diretos, constitu’dos de frases curtas
e incisivas (todos eles sa’ram no Es-
tado como chamadas de primeira p‡-
gina):
Os juros passaram a ser fator im-
portante para os consumidores dis-
postos a fazer compras neste fim de
ano. Dos 261 paulistanos ouvidos
pelo InformEstado, 82,8% disseram
que v‹o gastar menos no Natal em
rela‹o ao ano passado. O alto custo
do financiamento das compras foi
apontado por 34,5% dos entrevista-
dos como motivo b‡sico para a deci-
s‹o. O comŽrcio e a indœstria redu-
ziram as margens de lucro, o gover-
no atenuou as restri›es ao crŽdito e
o mercado oferece produtos mais ba-
ratos que no œltimo Natal, mas os
juros pesam.
A sonda liberada pela nave Ga-
lileu mergulhou ontem por cerca de
75 minutos na atmosfera de Jœpiter,
atŽ ser pulverizada pela press‹o dos
gases que constituem o planeta. Foi
a primeira vez que um equipamento
terrestre chegou a um dos grandes
planetas distantes do sistema solar.
A c‡psula enviou informa›es sobre
a temperatura e a composi‹o qu’-
mica de Jœpiter.
O governo pretende retirar do
Congresso o projeto de reforma da
Previdncia e reapresent‡-lo em
duas partes. Uma vai incluir os pon-
tos em que existe consenso entre os
parlamentares e a outra, s— os temas
polmicos, como os que tratam dos
servidores pœblicos, militares e pro-
fessores. O presidente Fernando
Henrique Cardoso passou ao seu
vice, Marco Maciel, a tarefa de ana-
lisar os efeitos pol’ticos da decis‹o,
depois que o ministro da Previdn-
cia foi afastado das negocia›es.
Irrequieto, Carlos Nunzio suge-
ria chamar-se CŽsar e levava no
bolso uma sovela, instrumento pon-
tiagudo usado pelos sapateiros. Logo
despertou a suspeita da pol’cia e foi
preso anteontem como o poss’vel
Òman’aco do estileteÓ, que j‡ atacou
sete mulheres na zona leste. Na de-
legacia, os policiais o filmaram e exi-
biram o teipe ˆs v’timas. Mas nenhu-
ma o identificou e Carlos foi liberta-
do ontem ˆ tarde.
A tradicional chuva de papel pi-
cado que encerra o ano na Bolsa de
Valores de S‹o Paulo teve clima de
festa para os operadores, mas de me-
lancolia para os aplicadores. Os in-
vestimentos em a›es acusaram
perda real de 16,7% e a comemora-
‹o foi dos que optaram pela renda
fixa. Os CDBs, em primeiro lugar,
renderam 25,89% acima da infla‹o.

21
As cidades e as praias ganham
nova vida com o ver‹o, que comea
oficialmente hoje ˆs 6h18. A moda
imp›e modelos arrojados ˆs mulhe-
res, com ombros e costas de fora. A
minissaia tambŽm faz parte do vi-
sual de S‹o Paulo e outras capitais.
No Rio, Santos, Guaruj‡, Ubatuba,
Bertioga e outros pontos preferidos
dos veranistas, Ž tempo de biqu’ni,
saladas, sorvete e alegria.
Frank Sinatra, cantor que emba-
lou trs gera›es, completa 80 anos
tera-feira. Apelidado simplesmente
de A Voz, imitava Bing Crosby, mas
superou o ’dolo. Ganhou 1 disco de
multiplatina, 1 de platina e 21 de
ouro. Fez filmes, venceu um Oscar.
Foi amigo de John Kennedy e do
g‰ngster Lucky Luciano. Teve mu-
lheres fant‡sticas. Viveu. My WayŽ
a mœsica que o representa.
Sens’vel ˆs mudanas de ventos,
ansiosa e arrogante ao mesmo
tempo, a Frana funciona como um
pisca-alerta. Suas crises indicam
sempre que as sociedades est‹o
dando alguma virada. As greves mo-
numentais que lanam ˆs ruas do
pa’s 1 milh‹o de manifestantes
podem significar uma dolorosa en-
trada de toda a Europa numa nova
etapa da modernidade.
Hoje Ž o dia em que Cannes vai
parar. Ë espera de um olhar. Ou de
um sorriso. N‹o pelo filme, Milagro.
Mas pelo diretor, Robert Redford.
Um outsider. Na tela, uma Pasiona-
ria: S™nia Braga.
Veja, ao contr‡rio, trs par‡grafos
de sete linhas cheias sem nenhum
ponto e repletos de intercala›es que
dificultam a seqŸncia normal da lei-
tura:
O fazendeiro e piloto de avi›es
Carlos de Almeida Valente, que
mora na cidade de Prateados, no ex-
tremo norte do Pa’s, apontado pela
Pol’cia Federal como um dos reis do
contrabando e transportando em
seus avi›es bimotores e turbinados
mais de 70% das mercadorias con-
trabandeadas dos Estados Unidos e
Paraguai para o Brasil, ter‡ seus ne-
g—cios financeiros investigados pela
Receita Federal, que far‡ completa
devassa nas suas empresas.
A esperada divulga‹o, na noite
de sexta-feira, do INPC de janeiro,
que, pela primeira vez em quase 20
meses, voltou a ser utilizado como
par‰metro para a corre‹o de um
agente econ™mico Ñ no caso, os sa-
l‡rios Ñ e apresentou uma varia‹o
recorde de 35,48%, veio confirmar o
que j‡ se temia: os n’veis de recom-
posi‹o dos sal‡rios, que pela f—rmu-
la aprovada pelo Congresso Nacio-
nal v‹o variar de apenas 1,51% a
7,48%, n‹o s‹o suficientes sequer
para fazer frente ˆ infla‹o real de fe-
vereiro.
De sua casa, no elegante bairro
de Beverly Hills, o papa da psicolo-
gia esportiva norte-americana, mais
de 40 livros publicados, traduzido
atŽ para o russo ainda em plena
Žpoca da guerra fria, o dr. Briant
Cratty, orientador do grupo de psic—-
logos da equipe ol’mpica de Tio Sam,
levantou da poltrona e, numa liga-
‹o para o gin‡sio onde a sele‹o do
pa’s gastava as œltimas energias em
jogo que n‹o influiria na sua coloca-
‹o, mandou chamar o especialista
que cuidava do v™lei e foi direto ao
assunto
.

22A Abolir
A. Ver h‡, a, p‡gina 137.
A (para).1 Ñ Verbos como dar, enviar,
informar, escrever, consagrar, causar
e outros semelhantes ou equivalentes
exigem a preposi‹o a, e n‹o para. Re-
pare que todos obedecem a esta estru-
tura: dar (enviar, informar, dedicar,
causar, devolver, vender, distribuir,
etc.)alguma coisa a alguŽm.
2 Ñ Eis alguns deles: aconselhar,
atribuir, causar, ceder, comunicar,
conceder, conferir, consagrar, dar, de-
dicar, devolver, dirigir, dispensar, dis-
tribuir, doar, emprestar, encaminhar,
entregar, enviar, facultar, fornecer, in-
formar, mandar, ministrar, ocasionar,
oferecer, ofertar, outorgar, pagar, par-
ticipar, prestar, proporcionar, receitar,
recomendar, render, restituir, revelar
e vender.
3 Ñ Exemplos:Deu (cedeu, devol-
veu, entregou, emprestou, enviou,
mandou, ofereceu, ofertou, restituiu)
o livro ao amigo. / Causaram (ocasio-
naram)danos ao aparelho. / Atribu’-
mos (concedemos, conferimos, outor-
gamos)o prmio aos vencedores. /
Dispensaram (dedicaram)aten‹o
aos favelados. / Prestaram (rende-
ram)homenagem aos pracinhas. /
Comunicaram (informaram, partici-
param, revelaram)o fato aos familia-
res. / Pagou a d’vida ao amigo.
4 Ñ Com verbos de movimento, a
indica deslocamento r‡pido, provis—-
rio, e para, deslocamento demorado
ou definitivo: Vai a Paris (vai e volta
logo). / Vai para Paris (vai de mudan-
a ou vai para ficar algum tempo). /
Levou os filhos ˆ casa da m‹e (levou
e trouxe de volta). / Levou os filhos
para a casa da m‹e (levou e deixou,
pelo menos por algum tempo). / Veio
ao Brasil(veio e voltou para o seu
pa’s). / Veio para o Brasil(veio e ficou
pelo menos algum tempo).
A algum lugar e n‹o em. Com verbos de
movimento, use a e n‹o em: Fui ao
teatro(e n‹o no). / Cheguei ˆ cidade
(e n‹o na). / Chamaram-no ao telefo-
ne. /Levou os filhos ao circo. / Des-
ceu ao segundo andar. / Voltou ao
Brasil. / Saiu ˆ janela. Igualmente:
chegada a, ida a, vinda a.
Abade. Feminino: abadessa.
ÒAbalo s’smicoÓ. Prefira terremoto,tre-
mor de terraou simplesmente abalo.
Abdicar. 1 Ñ Prefira a regncia indireta:
D. Pedro I abdicou da coroa do Bra-
sil. / Nunca abdicava dos seus prin-
c’pios. 2 Ñ A forma direta (abdicou o
trono, abdicou os seus princ’pios),
menos usada, deve ser admitida so-
mente em artigos ou coment‡rios as-
sinados. 3 Ñ O verbo pode tambŽm
ser intransitivo (dispensa comple-
mento): D. Pedro I abdicou. / Por j‡
estar muito velho, o rei achou melhor
abdicar.
Abdome. Prefira esta forma a abd™men.
Abenoar. Conjuga-se como magoar
(ver, p‡gina 166).
Abolir. Conjuga‹o. Pres. ind.: Aboles,
abole, abolimos, abolis, abolem. Pres.
subj.: N‹o existe. Imper. afirm.:
Abole, aboli. (N‹o tem a 1» pessoa do
pres. ind.)
Instru›es espec’ficas

Abreviaturas. 1 Ñ Nos textos corridos,
evite ao m‡ximo usar abreviaturas:
Comprou 3 quilos(e n‹o 3 kg)de
carne./ O carro rodou 243 quil™me-
tros(em vez de 243 km). / O terreno
media 25 hectares(e n‹o 25 ha)./
Chegou ˆs 8 horas(e n‹o ˆs 8 h). / Um
gal‹o americano tem 3,785 litros(e
n‹o 3,785 l). De qualquer forma, repa-
re que existe espao (3 kg)entre o nœ-
mero e a abreviatura que exprime
valor ou grandeza.
2 Ñ Quando necess‡rio, porŽm (t’-
tulos, tabelas, quadros ou textos espe-
c’ficos em que medidas ou grandezas
apaream com muita freqŸncia),
consulte a lista de abreviaturas deste
manual (verbete seguinte). No caso de
textos em que a grandeza ou medida
v‡ aparecer muitas vezes, Ž poss’vel
abrevi‡-la, desde que ela aparea por
extenso pelo menos na primeira vez
em que for citada.
3 Ñ Os t’tulos dr. e dra. (s— para
mŽdicos), sr. e sra. ou d. (dom e dona)
devem ser escritos de preferncia na
forma abreviada e com inicial minœs-
cula. (Pela norma oficial, s‹o em
maiœsculas: Dr. Ant™nio, Sr. JosŽ dos
Santos.)
4 Ñ Abrevie igualmente as formas
cerimoniosas de tratamento; s— que,
neste caso, use iniciais maiœsculas: S.
Sa.(e n‹oSua Senhoria), V. Exa.(e n‹o
Vossa Excelncia), S. Ema. (e n‹o Sua
Eminncia).
5 Ñ N‹o abrevie outros t’tulos
como: prof. Ant™nio (use professor
Ant™nio), eng. JosŽ (engenheiro JosŽ),
gen. Tinoco (general Tinoco). Exce-
‹o: transcri‹o de documentos ou
listas de promo›es das Foras Arma-
das.
6 Ñ Nenhuma das abreviaturas do
sistema mŽtrico decimal tem ponto
ou plural:1 km, 6 km(e nunca 6
kms.), 1 h, 5 h(e nunca5 hs.), 2m, 6
kg, 16 l(e n‹ols.), 25 ha, 30 t, 40 g, 57
min, 18 s, 18h16min14s (s— neste
caso, sem espao entre os nœmeros e
a abreviatura).
7 Ñ Tm plural com s as abrevia-
turas constitu’das pela redu‹o de pa-
lavras e as que representam t’tulos ou
formas de tratamento: sŽcs. 15 e 16,
p‡gs. 54, 55 e 56 e segs., srs., sras., drs.,
dras., S. Sas.(repare que o S. de Sua
fica invari‡vel), V. Exas.(o mesmo
ocorre com o V. de Vossa), etc. Exce-
‹o: d. (para dons e donas).
8 Ñ TambŽm recebem s as abrevia-
turas que se identificam com siglas:
dois PMs, cinco TVs, quatro GPs, 8
HPs, etc.
9 Ñ Alguns plurais se fazem com a
duplica‹o da letra: A. (autor), AA.
(autores), E. (editor), EE. (editores). A
duplica‹o da letra pode tambŽm in-
dicar o superlativo: D. (digno), DD.
(dign’ssimo).
10 Ñ As indica›es a.C. e d.C.
(antes e depois de Cristo)devem ser
empregadas abreviadamente e com o
a e o d em minœsculas.
11 Ñ Evite abreviar S‹o e Santo, a
n‹o ser nos t’tulos. A forma Ž S. para
ambos os casos: S. JosŽ, S. Amaro, S.
Catarina (e n‹o Sto. Amaroou Sta.
Catarina).
12 Ñ Apenas em casos excepcio-
nais, e mesmo assim somente nos t’-
tulos, se admitir‡ que um nome geo-
gr‡fico seja abreviado: P. Prudente, C.
do Jord‹o, R. G. do Norte, A. Latina,
N. York(repare que s‹o formas feias,
graficamente). Poder‡ ter livre curso
nos t’tulos, por j‡ se tratar de caso con-
sagrado, a abreviatura S. (de S‹o, Santo
e Santa): S. Carlos, S. AndrŽ.
13 Ñ Trs nomes de cidades pode-
r‹o, apenas nos t’tulos, ser substitu’-
dos por siglas: SP (S‹o Paulo), BH
(Belo Horizonte)e NY (Nova York).
Use Rio, e n‹o RJ, porque o nœmero
de sinais Ž praticamente o mesmo.
14 Ñ As abreviaturas dos nomes
dos Estados s‹o constitu’das sempre
de duas letras, ambas maiœsculas e
sem ponto: SP, AM, BA, GO, PE,etc.
23Abreviaturas Abreviaturas

15 Ñ Por quest›es gr‡ficas, o Esta-
don‹o usa, nas abreviaturas, as for-
mas em que determinada letra ou con-
junto de letras aparece em corpo redu-
zido e no alto da palavra: sr.
a
, dr.
a
,
ex.
ma
, c.
el
. Empregue, simplesmen-
te: sra., dra., exma., cel., etc.
16 Ñ Por motivo de simplifica‹o,
as abreviaturas aparecem, na maior
parte dos casos, sem pontos interme-
di‡rios: HP, e n‹o H.P.; CIF, e n‹o
C.I.F.; rpm, e n‹o r.p.m.; SOS, e n‹o
S.O.S.,etc.
17 Ñ Mesmo nos endereos (a n‹o
ser que se trate de uma sŽrie deles e
haja necessidade de economizar espa-
o), evite as abreviaturas: Rua Augus-
ta (e n‹oR. Augusta), Avenida Pau-
lista (em vez deAv. Paulista), Praa
do Patriarca (e n‹oP. do Patriarca),
Largo do Tesouro (e n‹oLgo. do Te-
souro). Da mesma forma, tel., em vez
de telefone, s— quando for muito ne-
cess‡rio.
18 Ñ Os s’mbolos qu’micos podem
ser representados por uma ou duas le-
tras. Quando por uma, ela Ž sempre
maiœscula; quando por duas, a primei-
ra Ž maiœscula, a segunda, minœscula
e n‹o h‡ ponto: P (f—sforo), I (iodo), N
(nitrognio), Ag (prata), Ca (c‡lcio),
Cs (cŽsio), etc. Os s’mbolos n‹o figu-
ram na lista de abreviaturas do ma-
nual por n‹o terem maior interesse
jornal’stico, mas constam do Dicio-
n‡rio AurŽlio, no nome do elemento
qu’mico.
19 Ñ Use S.A.como abreviatura de
Sociedade An™nima, por ser a forma
oficial, e n‹oS/A.
20 Ñ Recorra sempre ˆ abreviatu-
ra TV para o nome da emissora, e
nunca ˆs formas Tv ou Tev: TV
Globo (e n‹oTv Globo ou Tev Glo-
bo), TV Bandeirantes,etc.
21 Ñ S— abrevie as palavras artigo
ou artigos (art.ou arts.)em textos ofi-
ciais quando for essa a forma original.
Caso contr‡rio, use a palavra por ex-
tenso.
22 Ñ Se tiver necessidade de for-
mar abreviaturas (em casos excepcio-
nais, apenas), o procedimento reco-
mendado Ž faz-las terminar numa
consoante e n‹o em vogal. Assim, fil.
ou filos. para filosofia, f’s. para f’sica,
etc. Se cortar a palavra num grupo de
consoantes, mantenha-as: depr. para
depreciativo, e n‹o dep., —pt. e n‹o —p.
para —ptica, etc.
23 Ñ O acento existente na pala-
vra original mantŽm-se na abreviatu-
ra:p‡g., p‡gs.(p‡ginas), sŽc., sŽcs.(sŽ-
culos).
24 Ñ Ver tambŽm siglas, p‡gina
267.
Abreviaturas (lista).
A.Ñ autor
aa.Ñ assinados(as)
AA.Ñ autores
a.C.Ñ antes de Cristo
a.D.Ñ anno Domini
Al.Ñ Alameda
alm.Ñ almirante
alm.-esqdra.Ñ almirante-de-
esquadra
a.m.Ñ ante meridiem
ap.Ñ apartamento
AR Ñ Administra‹o Regional
asp.Ñ aspirante
Av. Ñ Avenida
bel.Ñ bacharel
brig.Ñ brigadeiro
btl.Ñ batalh‹o
¡C Ñ grau centesimal, cent’grado ou
Celsius
c.-alm.Ñ contra-almirante
cap.Ñ capit‹o
cap. Ñ cap’tulo
cap.corv.Ñ capit‹o-de-corveta
cap.frag.Ñ capit‹o-de-fragata
cap.m.g.Ñ capit‹o-de-mar-e-guerra
caps.Ñ cap’tulos
cap.-ten.Ñ capit‹o-tenente
cav.Ñ cavalaria
cc. Ñ cent’metro cœbico
cel. Ñ coronel
cgÑ centigrama(s)
C.G.S. Ñ cent’metro, grama,
segundo
24Abreviaturas Abreviaturas

Cia. Ñ companhia
CIFÑ cost, insurance and freight
(custo, seguro e frete)
clÑ centilitro(s)
cm Ñ cent’metro(s)
cm
2
Ñ cent’metro(s)quadrado(s)
cm
3
Ñ cent’metro(s)cœbico(s)
cm/s Ñ cent’metro(s)por segundo
c—d. Ñ c—digo
com. Ñ comandante
comp. Ñ companhia (militarmente)
Cr
$Ñ cruzeiro
Cz
$Ñ cruzado
d. Ñ dom
d. Ñ dona
D. Ñ digno
d.C. Ñ depois de Cristo
DD. Ñ dign’ssimo
dec. Ñ decreto
dgÑ decigrama(s)
DLÑ Decreto-Lei
dr. Ñ doutor
dra. Ñ doutora
dras. Ñ doutoras
drs. Ñ doutores
E. Ñ editor
EÑ Este
ed. Ñ edi‹o
EE. Ñ editores
EMÑ Estado-Maior
Ema. Ñ Eminncia
emb. Ñ embaixador
eng. Ñ engenheiro(a)
Esc. Ñ Escola
etc. Ñ et cetera
ex. Ñ exemplo(s)
Exa. Ñ Excelncia
exma. Ñ excelent’ssima
exmo. Ñ excelent’ssimo
Fed Ñ Federal Reserve (o Banco
Central dos EUA)
fem. Ñ feminino
fl. Ñ folha
fls. Ñ folhas
FOB Ñ free on board (livre a bordo)
fr. Ñ frei
g Ñ grama(s)
gen. Ñ general
GMT Ñ Greenwich Meridian Time
(hora do meridiano de Greenwich)
GW Ñ gigawatt
h Ñ hora(s)
ha Ñ hectare(s)
hab. Ñ habitante(s)
hl Ñ hectolitro(s)
HP Ñ horse-power (cavalo-vapor)
ib. Ñ ibidem (no mesmo lugar)
id. Ñ idem (o mesmo)
i.e. Ñ id est (isto Ž)
ilma. Ñ ilustr’ssima
ilmo. Ñ ilustr’ssimo
inf. Ñ infantaria
Jr. Ñ Jœnior
¡KÑ grau(s)Kelvin
kg Ñ quilograma(s)
kHz Ñ quilohertz
km Ñ quil™metro(s)
km
2
Ñ quil™metro(s)quadrado(s)
km/hÑ quil™metro(s)por hora
KOÑ nocaute
kVÑ quilovolt(s)
kVAÑ quilovolt(s)-ampre(s)
kW Ñ quilowatt(s)
kWh Ñ quilowatt(s)-hora
l Ñ litro(s)
lb. Ñ libra, libra-peso
log. Ñ logaritmo
LPÑ long-playing
Ltda. Ñ Limitada
mÑ metro(s)
m
2
Ñ metro(s)quadrado(s)
m
3
Ñ metro(s)cœbico(s)
mAÑ miliampre(s)
maj.Ñ major
mal. Ñ marechal
mŽd. Ñ mŽdico
mgÑ miligrama(s)
MHz Ñ megahertz
min Ñ minuto(s)
ml Ñ mililitro(s)
mlle. Ñ mademoiselle (senhorita)
mm Ñ mil’metro(s)
mm
2
Ñ mil’metro(s)quadrado(s)
mm
3
Ñ mil’metro(s)cœbico(s)
MM. Ñ merit’ssimo
mme. Ñ madame
m/minÑ metro(s)por minuto
mons. Ñ monsenhor
mr. Ñ mister (senhor)
mrs. Ñ mistress (senhora)
25Abreviaturas Abreviaturas

m/sÑ metro(s)por segundo
MTS Ñ metro, tonelada, segundo
mV Ñ milivolt(s)
MW Ñ megawatt
N Ñ Norte
NCz
$Ñ cruzado novo
N. da R. Ñ nota da reda‹o
N. do A.Ñ nota do autor
N. do E.Ñ nota do editor
N. do T.Ñ nota do tradutor
NE Ñ Nordeste
N.N. Ñ abreviatura com que se
oculta um nome em programas,
cartazes, subscri›es, etc.
n¼Ñ nœmero
N. S.Ñ Nosso Senhor
N. Sa.Ñ Nossa Senhora
N.T.Ñ Novo Testamento
OÑ Oeste
obs.Ñ observa‹o
op. cit.Ñ opus citatum (obra citada)
oz.Ñ ona(s)(peso)
p‡g. Ñ p‡gina
p‡gs. Ñ p‡ginas
pe. Ñ padre
p. ex. Ñ por exemplo
pg. Ñ pago
Ph.D. Ñ Philosophiae Doctor
(doutor em filosofia)
pl. Ñ plural
p.m. Ñ post meridiem
prof. Ñ professor
profa. Ñ professora
profas. Ñ professoras
profs. Ñ professores
P.S. Ñ post scriptum (p—s-escrito)
ptÑ ponto
QG Ñ quartel-general
R. Ñ Rua
R$ Ñ Real
Revmo. Ñ Reverend’ssimo
rpm Ñ rota‹o por minuto
rps Ñ rota‹o por segundo
s Ñ segundo(s)(de tempo)
S. Ñ Santa, Santo, S‹o
S Ñ Sul
S.A. Ñ Sociedade An™nima
sarg. Ñ sargento
s/dÑ sem data
sŽc. Ñ sŽculo
sŽcs. Ñ sŽculos
seg. Ñ seguinte
segs. Ñ seguintes
S. Ema. Ñ Sua Eminncia
S. Emas. Ñ Suas Eminncias
S. Exa. Ñ Sua Excelncia
S. Exas. Ñ Suas Excelncias
SOS Ñ sinal de socorro
sr. Ñ senhor
sra. Ñ senhora
sras. Ñ senhoras
S. Revma. Ñ Sua Reverend’ssima
S. Revmas. Ñ Suas Reverend’ssimas
srs. Ñ senhores
srta. Ñ senhorita
S. Sa. Ñ Sua Senhoria
S. Sas. Ñ Suas Senhorias
t Ñ tonelada
tel. Ñ telefone
ten. Ñ tenente
ten.-cel. Ñ tenente-coronel
Trav. Ñ Travessa
TVÑ televis‹o
V Ñ volt(s)
V. Ñ voc
VA Ñ volt-ampre
V. A. Ñ Vossa Alteza
v.-alm. Ñ vice-almirante
V. Ema. Ñ Vossa Eminncia
V. Emas. Ñ Vossas Eminncias
V. Exa. Ñ Vossa Excelncia
V. Exas. Ñ Vossas Excelncias
V. Revma. Ñ Vossa Reverend’ssima
V. Revmas. Ñ Vossas
Reverend’ssimas
vs. Ñ versus (contra)
V. S. Ñ Vossa Santidade
V. Sa. Ñ Vossa Senhoria
V. Sas. Ñ Vossas Senhorias
VT Ñ videoteipe
W Ñ watt(s)
W Ñ Oeste
w.c. Ñ water-closet
Wh Ñ watt-hora
x Ñ versus (no futebol)
yd Ñ yard(s)(jarda)
(No Estado, use as abreviaturas
dessa forma. Pela norma oficial, as
que indicam t’tulos ou formas de
26Abreviaturas Abreviaturas

tratamento tm inicial maiœscula:
Cel. Augusto, Sr. Ant™nio, D. Lucia-
no, Dra. AngŽlica, etc.)
Abrir.AlguŽm abre alguma coisa ou al-
guma coisa abre-se (de preferncia):
Prefeito abre centro hoje / Feira abre-
se (e n‹o abre)com m—veis do futuro
Abster-se. Conjuga‹o. Pres. ind.: Abs-
tenho-me, abstŽns-te, abstŽm-se, abs-
temo-nos, abstendes-vos, abstm-se.
Imp. ind.: Abstinha-me, etc. Pret.
perf. ind.: Abstive-me, etc. M.-q.-
perf. ind.: Abstivera-me, etc. Fut.
pres.: Abster-me-ei, etc. Fut. pret.:
Abster-me-ia, etc. Pres. subj.: Que me
abstenha, etc. Imp. subj.: Se me abs-
tivesse, etc. Fut. subj.: Se me abstiver,
etc. Imper. afirm.: AbstŽm-te, abste-
nha-se, abstenhamo-nos, abstende-
vos, abstenham-se. Ger.: Abstendo-
se. Part.: Abstido.
Acabamento final.Redund‰ncia.
Acabar. 1 Ñ Acabar, com maior proprie-
dade, equivale a completar, terminar,
concluir: J‡ acabaram o servio. / Pre-
tende acabar o livro esta semana. 2
Ñ NinguŽm, no entanto, acaba uma
greve, uma assemblŽia ou um dŽficit.
Use estes equivalentes mais corretos:
Acordo p›e fim(e n‹o acaba)ˆ greve
dos metalœrgicos. / Professores sus-
pendem (e n‹o acabam)a greve. /
Banc‡rios encerram(e n‹o acabam)
a assemblŽia. 3 Ñ Intransitivamente,
porŽm, esse uso Ž correto: Acaba a
greve dos portu‡rios. / Acaba a as-
semblŽia dos motoristas de t‡xi.
Acabar com. 1 Ñ Significa p™r fim a ou
destruir, dar cabo de: A empresa aca-
bou com as mordomias. / Sua fora
acabou com os advers‡rios. 2 Ñ Por
isso, para dizer que alguma coisa se
encerra simultaneamente com outra,
use termina ou encerra-se: Bienal ter-
mina (encerra-se)hoje com promo-
›es (para evitar o duplo sentido pre-
sente em acaba hoje com promo›es).
Acaso, caso. Com se, use acaso: Se acaso
voc chegasse... / Se acaso voc qui-
ser...Caso rejeita o se: Caso voc quei-
ra... / Caso voc chegasse...Acaso
pode tambŽm aparecer em frases
como: Acaso lhe perguntaram algu-
ma coisa?
Aceitado, aceito. Com ter e haver, use
aceitado; com ser e estar, aceito:
Tinha (havia)aceitado, foi (estava)
aceito.
Acender-se. Alguma coisa se acende e
n‹o acende, apenas:A l‰mpada acen-
deu-se. / Seus olhos acenderam-se de
emo‹o.
Acendido, aceso. Com ter e haver, use
acendido; com ser e estar,aceso:
Tinha (havia)acendido, foi (estava)
aceso.
Acentua‹o.
1 Ñ Proparox’tonas
Acentuam-se todas as palavras
proparox’tonas:sŽculo, ‡vido, decrŽ-
pito, C‰mara, sœbito, c™modo, qui-
sŽssemos, far’amos.
Observa‹o. Incluem-se nesta
regra as palavras terminadas em di-
tongos crescentes:‡gua, m‡goa, ‡rea,
superf’cie, Ant™nio, in—cuo, in’quo,
c™nscio, tnue, sŽrie, m’ngua, cart—-
rio, misŽria, l‡bio, aŽreo, v‡cuo, obl’-
quo, abstmio, rel’quia, amb’guo, de-
s‡gŸe, bil’ngŸe.
2 Ñ Parox’tonas
Acentuam-se as parox’tonas ter-
minadas em l, n, r, x, i, is, u, us, ei, eis,
um, uns, ‹o, ‹os, ‹, ‹s, ps: m—vel, es-
t‡vel, An’bal, h’fen, elŽtron, NŽlson,
aœcar, fmur, rev—lver, l‡tex, t—rax,
jœri, cœtis, v’rus, b™nus, p™nei, f—s-
seis, f™sseis, f—rum, ‡lbuns, —rg‹o, —r-
g‹os, ac—rd‹o, ac—rd‹os, —rf‹, —rf‹s,
’m‹, ’m‹s, b’ceps, f—rceps.
Observa›es
a)As parox’tonas terminadas em
ons mantm o acento, inexistente no
caso de ens: nutrons, elŽtrons, pr—-
tons, c—lons, hifens, viagens, liquens,
homens, nuvens.
b)Os prefixos terminados em i ou
r n‹o tm acento: semi-autom‡tico,
anti-sŽptico, super-homem, inter-re-
gional.
27Abrir Acentua‹o

c)Pode-se ainda considerar a regra
inversa: acentuam-se todas as parox’-
tonas, ˆ exce‹o das terminadas em a,
as, e, es, o, os, am, em e ens. Exem-
plos:casa, antenas, fome, condes,
lucro, Carlos, falam, imagem, ori-
gens.
3 Ñ Ox’tonas
Acentuam-se as terminadas em a,
as, e, es, o, os, em e ens: Par‡, Sata-
n‡s, cafŽ, rev, invŽs, vocs, compl™,
cip—, comp™s, av—s, porŽm, tambŽm,
contŽm, retm, refŽns, convŽns, para-
bŽns.
Observa›es
a)N‹o se acentuam as ox’tonas ter-
minadas em i, is, u e usprecedidas de
consoante:parti, Paris, Edu, tatu,
Perus, tabus.
b)Acentua-se o porqu t™nico: o
porqu da crise.
c)As formas verbais ox’tonas em
a, e e o, seguidas de lo, la, lose las, re-
cebem acento:am‡-lo, faz-la,
comp™-los, disp™-las, rep™-las-ia, des-
crev-los-’amos, mat‡-lo. Se a letra
final for i, precedida de consoante ou
vogal n‹o pronunciada, n‹o existe
acento:pedi-las, parti-lo, segui-los,
impedi-la.
4 Ñ Monoss’labos
Acentuam-se os monoss’labos t™-
nicos terminados em a, as, e, es, o e
os: j‡, g‡s, fŽ, cr, pŽs, ms, J™, J—, n—s,
p™s, d‡-lo, f‡-lo-ia, v-las, p™-los.
Observa›es
a)O acento permanece nos prefi-
xos p—s, prŽe pr—: p—s-operat—rio, prŽ-
hist—ria, Pr—-Mem—ria.
b)Os monoss’labos em i, is, u, us,
eme ens n‹o tm acento:vi, quis, cru,
nus, bem, vens.
c)O qu t™nico Ž acentuado: N‹o
sei por qu. / Para qu?/ O qu da
quest‹o. / Um qu maiœsculo. / Um
qu de mistŽrio.
5 Ñ Encontros voc‡licos
a)Os ditongos abertos Ži, Žis, Žu,
Žus, —ie —is s‹o sempre acentuados:
idŽia, papŽis, chapŽu, mausolŽus, he-
r—is, anz—is, rŽis, r—i, s—is, cŽus, vŽu.
Os ditongos ai, au e ui, porŽm, n‹o
tm acento:incaico, arauto, gratuito
(œi).
b)O hiato ™o, quando no fim da pa-
lavra, recebe acento, mesmo que se
trate do plural ou de redu‹o:enj™o,
v™o, v™os, aben™o, z™o, z™os.
c)A forma em Ñ dos verbos dar,
crer, ver, ler e derivados Ñ tem cir-
cunflexo no primeiro e: dem, crem,
vem, lem, descrem, revem, re-
lem.
d)Nos grupos gue, guem, gues, gui,
guis, que, queme ques, acentua-se o
u t™nico:apazigœe, argœem, averi-
gœes, argœi, argœis, obliqœe, obli-
qœem, obliqœes. Se a termina‹o for
gua ou qua, n‹o existe acento:averi-
gua (gœa), apaziguas(gœas), obliqua
(qœa)eobliquas (qœas).
6 Ñ I e u dos hiatos
Tm acento o i e o u t™nicos, acom-
panhados ou n‹o de s, que n‹o formem
ditongo com a vogal anterior e este-
jam isolados na s’laba: ca’da (ca-’-da,
iisolado na s’laba), ate’sta (ate-’s-ta,
grupo isisolado na s’laba),ju’za, ra’-
zes, pro’be, tru’smo, saœde, miœdo,
reœnem, Criciœma, feiœra.
Observa›es
a)N‹o se acentuam oi nem o u,
porŽm, se formarem s’laba com l, m,
n, re z (porque n‹o estar‹o isolados
na s’laba)ou forem seguidos de nh:
Raul, Ataulfo, ruim, amendoim,
Coimbra, caindo, Constituinte,
oriundo, diurno, sairmos, atrairdes,
poluir, juiz, raiz, bainha, campainha,
moinho.
b)Mesmo que se trate de palavras
ox’tonas, o i e o u deste caso (isolados
na s’laba)s‹o acentuados:Ca’, Jun-
dia’, Hava’, sa’, Tambaœ, Jaœ, Itaœ,
baœs, Crateœs, teiœ.
c)A regra vale tambŽm para as for-
mas verbais seguidas delo, la, lose
las: distra’-lo, substitu’-la, atra’-los-
‡, subtra’-las-emos.
28Acentua‹o Acentua‹o

d)N‹o se acentua, nas palavras pa-
rox’tonas, a vogal repetida: Saara,
xiita, Mooca.
e)Mesmo precedidos de vogal, os
ditongos iu e ui n‹o tm acento: saiu,
contribuiu, possuiu, instituiu, pauis
(de paul).
7 Ñ Acento diferencial
Persiste nas seguintes palavras: c™a
e c™as (verbo coar ou substantivo, si-
n™nimo de coa‹o); f™rma (para dife-
renciar de forma); p‡ra (verbo e prefi-
xo, como em p‡ra-quedas), mas n‹o
em parasnem param;pŽlae pŽlas
(verbo pelar ou sin™nimo de bola);
plo e plos (cabelo); pŽlo (verbo
pelar); pra (fruta, barba e interrup-
tor), mas n‹o peras; Pro (nome ou
fruta); p™de (para diferenciar de pode,
com som aberto); p—lo e p—los (parte
da Terra e jogo); p™r (verbo, para dife-
renciar de por, preposi‹o); tm
(verbo, plural)e vm (verbo, plural).
Os voc‡bulos p™la, p™las, p™lo e p™los
mantiveram o acento, mas n‹o s‹o de
uso jornal’stico.
O sinal foi abolido, no entanto, em
todos os demais casos: ele (antes, le),
selo, aquele, toda, ovo, fosse, almoo,
esteve.
8 Ñ Acento grave
Existe apenas nas crases:ˆ, ˆs,
ˆquela, ˆquelas, ˆquele, ˆqueles,
ˆquilo, ˆqueloutro, ˆqueloutros,
ˆqueloutra, ˆqueloutras.
9 Ñ Abreviaturas
Se numa abreviatura se mantŽm a
s’laba acentuada da palavra, o sinal
permanece: sŽc. (sŽculo), p‡gs. (p‡gi-
nas), c™n. (c™nego).
10 Ñ Trema
Usa-se quando o u depois doq ou
g for pronunciado: agŸentar, seqŸes-
tro, tranqŸilo, lingŸia, qŸinqŸnio,
eqŸino, freqŸente, conseqŸncia,
agŸei, BirigŸi, ambigŸidade, eqŸes-
tre, AnhangŸera.Repare que s— exis-
te trema antes de ee i.
N‹o tm acento
1 Ñ Os voc‡bulos formados pelo
acrŽscimo da termina‹o mente e dos
sufixos iniciados por z: solidamente
(antes, s˜lidamente), cortesmente
(antes,cortsmente), sozinho (antes,
s˜zinho), cafezal (antes, cafzal).
2 Ñ A termina‹o amos do pretŽ-
rito (para muitos, am‡mos, desej‡-
mos), atŽ porque no Brasil o som Ž fe-
chado: amamos (m‰), desejamos (j‰).
3 Ñ As termina›es ai (cantai), au
(cacau, mau), ia (varia), ie (assobie),
io (sadio), oa (coroa), oe (abenoe),ua
(perua), ue (atue)e uo (recuo). A si-
tua‹o n‹o se altera se houver s: Ba-
tatais, Manaus, pedias, desafios,
atues, etc.
4 Ñ O o fechado do grupo voc‡lico
oio: apoio, comboio, joio.
5 Ñ O plural das palavras termina-
das em s: meses, portugueses, corte-
ses.
Acerca de, cerca de, h‡ cerca de. 1 Ñ
Acerca de. Equivale a sobre, a respei-
to de: Falou acerca da nomea‹o, do
autor, do governo. / Explique-me tudo
acerca do PIS. 2 Ñ A cerca deou cerca
de. Corresponde a perto de, aproxima-
damente: Os jogadores ficaram a
cerca de 20 metros uns dos outros. /
Cerca de 100 pessoas estavam ali. /
Dizia isso a cerca de 50 alunos. / O
exŽrcito ficou reduzido a cerca de
duas dezenas de homens. / Encontrei-
o a cerca de dois quil™metros da casa.
3 Ñ H‡ cerca de. Usa-se no lugar de
faz aproximadamente, desde mais ou
menos: H‡ cerca de dois anos o gover-
no baixou essas medidas. / Partiu h‡
cerca de 15 minutos.
Acessar. Use o verbo apenas como sin™-
nimo de acionar ou chamar um arqui-
vo na inform‡tica. Mas ele n‹o signi-
fica ter acesso a uma rodovia, por
exemplo, como nesta frase: A melhor
maneira de ÒacessarÓo (de chegar ao,
de atingir o)Guaruj‡ no momento Ž
pela balsa.
29Acerca de, cerca de... Acessar

Achar, encontrar.Use achar para defi-
nir aquilo que se procura e encontrar
para o que, sem inten‹o, se apresen-
ta ˆ pessoa:Achou o que procurava. /
O menino achou o c‹o perdido. / Agri-
cultores encontram f—ssil em S‹o JosŽ
do Rio Preto. / Documento raro en-
contrado no por‹o da biblioteca.
Acidente, incidente. AcidenteŽ um
acontecimento imprevisto ou infeliz,
desastre: acidente de tr‰nsito, o aci-
dente entre o ™nibus e o caminh‹o,
um acidente na estrada, acidente de
trabalho, acidente p—s-operat—rio. In-
cidente designa circunst‰ncia casual,
epis—dio, peripŽcia, atrito: Um inci-
dente entre os dois pol’ticos. / O in-
cidente fez que rompessem a amiza-
de.
Aconselhar. Regncia. 1 Ñ Aconselhar
alguŽm ou alguma coisa (tr. dir.): Os
pais aconselharam o filho. / O l’der
aconselhou o emprego da persuas‹o.
2 Ñ Aconselhar alguma coisa a al-
guŽm (tr. dir. e ind.):Aconselhou re-
pouso ao doente. / Aconselhou aos so-
negadores que pagassem seus dŽbi-
tos. / Todos lhe aconselharam caute-
la.3 Ñ Aconselhar alguŽm a alguma
coisa (tr. dir. e ind.): Todos o aconse-
lharam a esperar. / Aconselhei os ir-
m‹os a intern‡-lo. 4 Ñ Aconselhar,
apenas (intr.): ƒ um homem que sabe
aconselhar.5 Ñ Aconselhar-se com
ou sobre (pron.): Todos se aconselha-
ram com o advogado. / Aconselhou-
se sobre o que fazer nesse caso.
Acontecer. 1 Ñ Use o verbo apenas no
seu significado mais espec’fico, de su-
ceder de repente. Acontecer d‡ sem-
pre uma idŽia de inesperado, desco-
nhecido, imponder‡vel, como nos
exemplos: Caso acontecesse o desa-
bamento, muitas mortes poderiam
ocorrer. / O fato aconteceu h‡ cem
anos. / Se algum mal lhe acontecer,
ninguŽm ser‡ culpado.
2 Ñ No sentido de ser, haver, rea-
lizar-se, ocorrer, suceder, existir, veri-
ficar-se, dar-se, estar marcado para, re-
corra, com maior propriedade, a uma
destas op›es (entre parnteses): O
show acontece ˆs(est‡ marcado para
as)22 horas. / A manifesta‹o acon-
teceu(realizou-se, foi)ontem. / Em-
bora raramente aconteam(ocorram)
casos de apreens‹o de entorpecen-
tes... / Est‡ previsto para acontecer
em(est‡ previsto para, simplesmente)
dezembro. / Se a sa’da de X realmen-
te acontecer (suceder)... / O pontapŽ
inicial acontecer‡ (ser‡ dado)no dia
30. / A falta n‹o aconteceu (existiu)./
Festival acontece(realiza-se, comea)
sem o maestro. / N‹o aconteceu
(houve)o debate marcado. / A reces-
s‹o j‡ acontece(existe, chegou). / Os
recursos n‹o vm acontecendo (apa-
recendo, surgindo).
A sem‰ntica explica a raz‹o: acon-
tecer tem traos comuns a esses ver-
bos, mas n‹o o significado completo
deles. Por isso, seu uso Ž impr—prio ou
inadequado nos casos referidos.
3 Ñ Outra op‹o Ž mudar a frase e
usar o agente como sujeito (em vez do
ato por ele praticado): A pol’cia
apreendeu(em vez dea apreens‹o
aconteceu)a mercadoria. / Milton
Nascimento canta hoje(em vez de o
show de Milton Nascimento aconte-
ce hoje). / Os jogadores se reapresen-
tam (em vez de a reapresenta‹o dos
jogadores acontece)ˆs 9 horas. / O jo-
gador renovar‡ o contrato(em vez de
a renova‹o do contrato acontecer‡)
segunda-feira. / A sess‹o comeou
(em vez de o in’cio da sess‹o aconte-
ceu)ˆs 15 horas.
4 Ñ Com os pronomes indefinidos
e demonstrativos, porŽm, e com o que
interrogativo, o uso de acontecer Ž
apropriado: Tudo acontece aqui. / Isso
n‹o aconteceria se ele fosse avisado. /
Como acontece isso?/ Nada aconte-
ce sem que ele saiba. / O que aconte-
ceu na cidade?
5 Ñ O verbo s— se conjuga nas ter-
ceiras pessoas: acontece, acontece-
ram, aconteceria, acontecessem, etc.
30Achar, encontrar Acontecer

Ac—rd‹o. Plural: ac—rd‹os.
Acordar. Use acordar como despertar e
equivalentes. No sentido de ajustar,
combinar, acertar, resolver de comum
acordo, prefira uma destas formas.
Acudir. Conjuga‹o. Pres. ind.: Acudo,
acodes, acode, acudimos, acudis, aco-
dem.Pres. subj.: Acuda, acudas,
acuda, acudamos, acudais, acudam.
Imper. afirm.: Acode, acuda, acuda-
mos, acudi, acudam.
Acumular.Um prmio ou alguma coisa
acumula-se, e n‹o acumula, apenas:
Prmio da Sena acumula-se (e n‹o
acumula)novamente. / Os livros
acumulavam-se (e n‹o acumulavam)
sobre a mesa.
Acusa›es.1 Ñ Nunca atribua um
crime a alguŽm, a menos que a pessoa
tenha sido presa em flagrante (e n‹o
haja dœvidas a respeito da sua culpa)
ou confessado o ato. Mesmo que seja
a pol’cia quem faa a acusa‹o, reco-
menda-se cautela para que o jornal, in-
voluntariamente, n‹o difunda uma
vers‹o que se possa demonstrar equi-
vocada ou inver’dica. Assim, a n‹o ser
nos casos not—rios, refira-se sempre ao
acusado nestes termos: Fulano de tal,
acusado de ser o matador de... / Fula-
no de tal, acusado de ser o principal
receptador de j—ias da cidade...
Nunca afirme que ele Ҏ o matadorÓ
ou Ҏ o principal receptadorÓ, a n‹o ser
nas hip—teses j‡ mencionadas.
2 Ñ O Estadon‹o publica insultos
ou acusa›es de irregularidades, cri-
mes e corrup‹o em off (sem que o de-
nunciante tenha o nome revelado),
como, por exemplo: Segundo fontes
do Planalto, o ministro demitido pelo
governo recebia comiss›es de emprei-
teiras. / Corre na cidade que fulano
j‡ mandou matar mais de dez adver-
s‡rios pol’ticos. / Consta que o depu-
tado Jo‹o da Silva n‹o honra os com-
promissos assumidos. Lembre-se: a
responsabilidade por acusa›es graves
como essas (mas totalmente vagas)
passa toda para o jornal.
3 Ñ Isso n‹o significa que voc n‹o
possa divulgar acusa›es sem atribu’-
las a uma fonte. Se o seu informante
Ž da mais absoluta confiana ou se
voc tem documentos que fundamen-
tem a denœncia, deve public‡-la. ƒ di-
reito do editor ou da Dire‹o da Reda-
‹o, porŽm, conhecer a origem das in-
forma›es para decidir sobre a conve-
nincia ou n‹o da publica‹o, uma vez
que, tambŽm neste caso, a responsa-
bilidade final cabe sempre ao Estado.
4 Ñ Nos t’tulos, especialmente,
estas instru›es dever‹o ser seguidas
ˆ risca. Como norma, procure sempre
mostrar ao leitor que se trata de uma
acusa‹o ou denœncia, e n‹o de um
fato provado: Deputado acusa minis-
tro de desvio de verbas / Ministro
acusado de desviar verbas / Emprei-
teiro denuncia concorrncia.
5 Ñ Finalmente, lembre-se de que
todo acusado tem o direito de respos-
ta. O ideal Ž publicar a denœncia e a
explica‹o ou a rŽplica do acusado ao
mesmo tempo. Se a simultaneidade
for absolutamente imposs’vel (por
n‹o se localizar o acusado, por exem-
plo), n‹o deixe a resposta passar do dia
seguinte. Ouvir o atingido pelas de-
nœncias Ž essencial, mesmo que voc
tenha a certeza da procedncia das in-
forma›es contra ele.
6 Ñ Ver tambŽm denœncias, p‡gi-
na 90.
ÒAcusar queÓ. Acusa-sealguŽm, mas
n‹o se acusa que alguŽm...
Adentrar.N‹o use. Op›es: entrar, pe-
netrar, ingressar.
Adentro. Uma palavra s—: mato aden-
tro, porta adentro, pa’s adentro, noite
adentro.
Adequar. Conjuga‹o. Pres. ind.: Ade-
quamos, adequais (n‹o tem as outras
pessoas).Pres. subj.: N‹o tem.Imper.
afirm.: Adequai v—s. Os demais tem-
pos s‹o regulares: adequava, adequou,
adequaria, adequasse, etc. Em vez dos
inexistentes ÒadequaÓou ÒadeqŸeÓ,
31Ac—rd‹o Adequar

use, portanto, ajusta, ajuste, adapta,
adapte ou equivalente.
Aderir. Conjuga‹o. Pres. ind.: Adiro,
aderes, adere, aderimos, aderis, ade-
rem. Pres. subj.: Adira, adiras, adira,
adiramos, adirais, adiram. Imper.
afirm.: Adere, adira, adiramos, aderi,
adiram.
ÒAdiar para depoisÓ.Redund‰ncia. N‹o
use. S— se pode adiar alguma coisa
para depois, para outro diaou para o
futuro.
Adivinhar, adivinho. Com di.
Adjetiva‹o.O texto noticioso deve li-
mitar-se aos adjetivos que definam
um fato (noticioso, pessoal, vizinho,
pr—ximo, sulino,etc.), evitando aque-
les que envolvam avalia‹o ou encer-
rem carga elevada de subjetividade
(evidente, imponder‡vel, belo, bom,
—timo, inteligente, infinito,etc.).
Mesmo nas matŽrias opinativas, em
que o autor tem maior necessidade de
recorrer aos adjetivos, a parcim™nia Ž
boa conselheira. O jornalista pode
sempre mostrar que um temporal foi
devastador e um incndio foi violen-
to. Ou que uma pea constitui retum-
bante fracasso. Tudo isso sem poluir
seu texto com dezenas de qualificati-
vos.
Em qualquer tipo de texto, porŽm,
tome cuidado com os Òadjetivos for-
tesÓ: eles seguramente surpreender‹o
o leitor, no mau sentido, ou lhe dar‹o
a idŽia de que alguŽm tenta impingir-
lhe opini›es definitivas sobre algo ou
alguŽm: borbulhante cemitŽrio,
nudez estonteante, exuberante mo-
delo, cidade esfuziante, movimento
frenŽtico, sucesso reluzente, idŽia
fant‡stica, espet‡culo maravilhoso,
cen‡rio deslumbrante, ilumina‹o
feŽrica, participa‹o brilhante, artis-
ta genial, monumental inteligncia,
xito retumbante, atua‹o irrepreen-
s’vel, desempenho perfeito.
Adjetivo por advŽrbio.1 Ñ O adjetivo
pode exercer a fun‹o de advŽrbio,
quando ent‹o fica invari‡vel (em
geral, pode ser substitu’do pela forma
em mente ou pela express‹o de
modo...): Falem baixo(de modo
baixo). / Respondam alto (de modo
alto). /Eram pessoas demasiado(de-
masiadamente)desconfiadas. / Tos-
sia forte(fortemente). / Eles n‹o raro
(raramente)se perdiam. / O punhal
feriu fundo(de modo fundo)./ Ela fa-
lava ‡spero. / Agiu r‡pido. / Precisa-
mos pensar claro. / N‹o podiam
andar mais ligeiro. / Foram direto ao
assunto. / Olhou-a firme. / Chegam
breve ao Brasil. / Compra barato e
vende caro. / Sa’ram sœbito da sala. /
Falemos sŽrio. / Vejam primeiro
quem vem. / Escreve gostoso (de
modo gostoso).
2 Ñ AlŽm desses adjetivos, funcio-
nam como advŽrbios, entre outros:
afoito, calmo, delgado, direito, diver-
so, duro, exato, fiado, fino, folgado,
frio, grosso, imenso, infinito, junto,
manifesto, mole, rasgado, rijo, segun-
do e suave.
Administra‹o regional. Em maiœs-
culas quando especificada: Adminis-
tra‹o Regional (ou Regional, apenas)
da Lapa, Administra›es Regionais
(ou Regionais)da SŽ e Pinheiros.Em
minœsculas quando n‹o especificada:
a administra‹o regional, essa admi-
nistra‹o regional, a regional, essa re-
gional, as regionais, as administra-
›es regionais.
Administrar. Constru›es como admi-
nistrar a situa‹o, administrar o con-
flito, administrar a vit—ria, etc., n‹o
existem formalmente no idioma e s—
devem ser usadas em textos muito es-
peciais, mas n‹o no notici‡rio.
AdvŽrbios em mente.1 Ñ Os advŽrbios
terminados em mente formam-se
pelo acrŽscimo do sufixo ˆ flex‹o fe-
minina do adjetivo: espertamente,
francamente, lindamente. 2 Ñ Se o
adjetivo terminar em s, apenas se
adiciona a termina‹o mente: portu-
guesmente, burguesmente.3 Ñ Repa-
re que o acento original do adjetivo
32Aderir AdvŽrbios em mente

desaparece: logicamente (e n‹o l˜gi-
camente, como antes), portugues-
mente (e n‹o portugusmente), so-
mente, etc. 4 Ñ Quando houvermais
de um advŽrbiona frase, use o sufixo
apenas no œltimo, deixando os demais
adjetivos na forma feminina: Ali esta-
va ela, s—bria e elegantemente traja-
da. / Dura, mas lealmente disputa-
das, eram elei›es decisivas para o
destino do pa’s.5 Ñ Por uma quest‹o
de nfase, a termina‹o mente pode
ser repetida: Agia sempre ponderada-
mente e calmamente (no Estado,
porŽm, use a forma reduzida).
Advertir (conjuga‹o). Como servir
(ver, p‡gina 266): advirto, advertes;
que eu advirta; etc.
Advertir (regncia). 1 (tr. dir.)Ñ Ad-
moestar, observar, prevenir: O pai ad-
vertiu severamente os filhos. / EUA
advertem que reagir‹o aos ataques
no Golfo PŽrsico. / S— ent‹o advertiu
que era tarde. / Escapou do perigo por-
que o advertiram.2 (tr. ind.)Ñ Aten-
tar: Custou, mas advertiu naquele de-
talhe. 3 (tr. dir. e ind.)Ñ Advertir al-
guŽm de alguma coisa ou advertir a al-
guŽm alguma coisa: O governo adver-
te o Pa’s dos riscos da recess‹o. / Fa-
zenda adverte o presidente de que a
infla‹o foge ao controle. / Advertiu-
o de que se enganava. / As empresas
advertiram aos consumidores que
iam faltar produtos no mercado. Ob-
serva‹o: Com as preposi›espara,
sobree contra, use alertar.
Aedes.Em it‡lico. Aedes tem inicial
maiœscula: Aedes aegypti, Aedes al-
bopictus (tigre-asi‡tico).
Aero...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte. O h intermedi‡rio desaparece,
enquanto o r e o s devem ser dobra-
dos: aeroespacial, aeroclube, aerorra-
quia, aerossol, aeroterrestre.
ÒAer—dromoÓ.Use apenas aeroporto.
Afazer. Conjuga-se como fazer (ver, p‡-
gina 127).
Afeg‹o. Use esta forma, e n‹o afegane.
Flex›es: afeg‹, afeg‹os, afeg‹s.
Aficionado. Um c s—.
Afim, afim de, a fim de.1 Ñ Afim, numa
œnica palavra, corresponde a seme-
lhante ou parente por afinidade:
almas afins, voc‡bulos afins, o sogro
Ž afim(parentesco sem lao sangu’-
neo)da nora.2 Ñ A fim deequivale a
para: Chegou cedo a fim de terminar
o servio. 3 Ñ Estar a fim de, no sen-
tido de estar com vontade de, s— deve
figurar em textos coloquiais ou decla-
ra›es:Est‡ a fim de sair hoje.
Afora.Concord‰ncia. Ver exceto, p‡gi-
na 122.
Afora, a fora.1 Ñ Afora, numa palavra
s—, significa ˆ exce‹o de, alŽm de,
para o lado de fora, ao longo(tempo e
espao): Sa’ram todos, afora(menos,
ˆ exce‹o de)o pai. / Teve sete filhos,
afora(alŽm de)alguns bastardos. /
Saiu pela porta afora(para o lado de
fora). / Andou pelo Brasil afora(ao
longo, espao). / N‹o estudou pelo
ano afora(ao longo, tempo). 2 ÑA
fora, separadamente, existe apenas
em oposi‹o adentro: De dentro a
fora.
Aforismo.E nunca aforisma.
Afro.1 Ñ Pode ser adjetivo e substanti-
vo, flexionando-se normalmente:os
povos afros, ritmos afros, mœsica
afra, cabeleiras afras, os afros do cen-
tro do continente,etc. 2 Ñ Como pre-
fixo, exige h’fen na constitui‹o de ad-
jetivos p‡trios: afro-asi‡ticos, afro-
brasileiro, afro-lusitano, afro-negro.
Nos demais compostos, n‹o h‡ h’fen:
afrolatria, afrogenia,etc.
ÒAgilizarÓ, Òagiliza‹oÓ.Palavras veta-
das. Use dinamizar, tornar mais ‡gil,
acelerar, apressar, estimular ou incen-
tivar, conforme o caso (e os substan-
tivos correspondentes).
Agitar. Evite. A palavra cria t’tulos
muito genŽricos, como: Greve de jo-
gadores agita Fluminense. / Tiroteio
agita favela. / Atentado agita Jeru-
33Advertir Agitar

salŽm. Greve, tiroteio e atentado
fazem bem mais do que agitar um
lugar.
Agradar. 1 Ñ Use agradarcomo transi-
tivo indireto(com preposi‹o a)no
sentido de satisfazer, contentar: As
novas medidas agradaram aos em-
pres‡rios. / Nada lhe agradaria mais.
2 Ñ Como transitivo direto(sem pre-
posi‹o), empregue agradar apenas
como equivalente a acariciar, afagar:
Agradou o filho. 3 Ñ O verbo pode
ainda ser intransitivo: O espet‡culo
agradou muito. E pronominal: Agra-
dava-se dos amigos.
Agradecer. Regncia. 1 (tr. dir.)Ñ Mos-
trar-se grato por: Agradeceu o favor re-
cebido. 2 (tr. ind.)Ñ Demonstrar gra-
tid‹o: Recebi o livro e ainda n‹o lhe
agradeci. 3 (tr. dir. e ind.)Ñ Demons-
trar gratid‹o a alguŽm: Agradeceu a
Deus a graa alcanada. / Agradeceu-
lhes a gentileza. 4 (intr.)Ñ Ganhou
um presente e nem agradeceu. Obser-
va›es: Como se agradece sempre a al-
guŽm, n‹o existe a formaÒagradec-
loÓ, mas apenas agradecer-lhe.Igual-
mente n‹o se agradece alguŽm por al-
guma coisa, como neste exemplo real:
TŽcnico Òagradece jogadorÓ pela ho-
menagem.
Agravante. Palavra feminina:aagravan-
te, uma agravante.
Agredir. Conjuga‹o. Pres. ind.: Agrido,
agrides, agride, agredimos, agredis,
agridem. Pres. subj.: Agrida, agridas,
agrida, agridamos, agridais, agridam.
Imper. afirm.: Agride, agrida, agrida-
mos, agredi, agridam.
Agreement. Use a forma inglesa, agree-
ment, e n‹o a francesa, agrŽment.
ÒAgricult‡velÓ.Prefira cultiv‡vel.
Agro...Liga-se sem h’fen ˆ palavra ou
elemento de composi‹o seguinte:
agroaucareiro, agrogeografia,
agroindœstria, agropecu‡ria, agrovi-
la.
Aguar. Verbo regular. Conjuga‹o. Pres.
ind.: çguo, ‡guas, ‡gua, aguamos,
aguais, ‡guam. Pret. perf.: AgŸei,
aguaste, aguou, aguamos, aguastes,
aguaram. Pres. subj.: ‡gŸe, ‡gŸes,
‡gŸe, agŸemos, agŸeis, ‡gŸem. Imper.
afirm.: ‡gua, ‡gŸe, agŸemos, aguai,
‡gŸem. Imper. neg.: N‹o ‡gŸes, n‹o
‡gŸe, n‹o agŸemos, n‹o agŸeis, n‹o
‡gŸem.
Aids. Inicial minœscula: Aumenta o nœ-
mero de casos de aids.
Ajuda de custo. E n‹o de custas.
Ajudar. Regncia. 1 Ñ Ajudar alguŽm
ou alguma coisa:Ajudou o pai, aju-
dou os amigos. / îculos ajudam a lei-
tura. 2 Ñ Ajudar alguŽm em (antes de
substantivo)ou ajudar alguŽm a
(antes de infinitivo): O filho ajuda o
pai na loja. / Todos o ajudaram no ser-
vio. / Ele o ajudou a conseguir em-
prego. / O menino ajudou a m‹e a
sair. 3 Ñ Ajudar a: Ler ajuda a pensar.
4 Ñ Ajudar a alguŽm: Eles ajudaram
ao amigo. / N‹o lhe posso ajudar
agora.(ƒ regncia a evitar, porŽm.)5
Ñ Ajudar, apenas: Disse que queria
ajudar e n‹o atrapalhar. / Procure al-
guŽm para ajudar.6 Ñ Ajudar-se:
Todos se ajudaram. / Se ele n‹o se aju-
dasse, n‹o teria sarado.
...al. Cuidado, pois o sufixo forma pala-
vras eruditas e ˆs vezes pern—sticas:
demissional, emergencial, laborato-
rial, congressual, ficcional, dialogal,
situacional, etc.
ÒË laÓ.Use ˆ, apenas, e n‹o ˆ la em fra-
ses como:Piloto ˆ Senna(e n‹o ˆ la
Senna), decis‹o ˆ mineira (e n‹o ˆ la
mineira). Igualmente, filŽ ˆ moda(e
n‹o ˆ la moda).
Al‡.Desta forma, e n‹o Allah.
Alaz‹o.Flex›es: alaz‹, alaz›es (prefira)
e alaz‹es.
Alcaide. Apenas em editoriais ou artigos
assinados, como sin™nimo de prefei-
to. Feminino: alcaidessa.
çlcool. Plural: ‡lcoois.
Alcor‹o. Use esta forma, e n‹o Cor‹o.
Plural: Alcor›es (prefira)e Alcor‹es.
34Agradar Alcor‹o

Alde‹o. Flex›es: alde‹, alde›es (prefira),
alde‹es e alde‹os.
AlŽm. Dispensa tambŽme ainda: AlŽm
de criticar a oposi‹o, censurou os
aliados (e n‹o ÒtambŽm censurouÓou
Òainda censurouÓ).
AlŽm... Exige h’fen: alŽm-atl‰ntico,
alŽm-fronteiras, alŽm-mar, alŽm-tœ-
mulo, AlŽm-Para’ba. No entanto:
Alentejo, alentejano.
Alem‹o. Flex›es: alem‹, alem‹s e ale-
m‹es.
Alem‹o-ocidental. Flex›es: alem‹es-
ocidentais, alem‹-ocidental e alem‹s-
ocidentais.
Alem‹o-oriental.Flex›es: alem‹es-
orientais, alem‹-oriental e alem‹s-
orientais.
Alerta. 1 Ñ Palavra invari‡vel quando
interjei‹o ou advŽrbio:Alerta! Os
inimigos vm a’. / Os homens vigia-
vam o farol alerta(alerta = atenta-
mente). 2 Ñ ƒ vari‡vel quando adjeti-
vo, com o sentido de atento, ou subs-
tantivo, como sin™nimo de aviso: Vi-
giam com cuidado, s‹o homens aler-
tas(= atentos). / Ambos estavam aler-
tas (= atentos)./ As sentinelas deram
v‡rios alertas.
Alertar. Regncia.1 Ñ A regncia usual
Ž a direta:O barulho alertou os vigi-
lantes.2 Ñ Admite-se, modernamen-
te, o verbo como transitivo direto e in-
direto (alertar alguŽm de, para, sobre
e contra alguma coisa): Alertou-o de
que este n‹o era o momento. / Aler-
tou o amigo para (sobre)os riscos da
decis‹o. / O governador alertou os ci-
dad‹os contra o radicalismo. 3 Ñ
TambŽm pode ser usada a forma aler-
tar para (apenas nos t’tulos), sem
men‹o ˆ pessoa ou coisa alertada:
MŽdicos alertam para o perigo do uso
de pesticidas. / Relator alerta para
atraso na vota‹o do projeto.4 Ñ N‹o
existe a forma alertar que(alerta-se
alguŽm, mas n‹o se alerta que).
Alface. Palavra feminina: a alface.
Algo de.Concord‰ncia: ver alguma
coisa de, nesta p‡gina.
AlguŽm. 1 Ñ Deve ser empregado ape-
nas no sentido positivo: AlguŽm est‡
a’?/ Queria ser alguŽm na vida. / Se
alguŽm perguntar, diga que sa’mos. 2
Ñ Em frases negativas, use ninguŽm:
Falou o que quis, sem que ninguŽm
(e n‹o alguŽm)o contestasse. / N‹o
via ninguŽm (e n‹o alguŽm)que pu-
desse ajud‡-lo.
Algum.1 Ñ Antes do substantivo, tem
valor positivo:ƒ necess‡rio algum
(um, certo)esforo para aprender. /
Traga algum (qualquer)amigo com
voc. / Algum dia o Pa’s resolver‡
seus problemas.2 Ñ Depois do subs-
tantivo, equivale a nenhume deve ser
precedido de outra negativa, em geral
n‹o, nada, sem ou nem:N‹o fez esfor-
o algum para aprender. / Chegou
ontem, sem trazer amigo algum com
ele. / N‹o aceitava gentilezas nem
favor algum. 3 Ñ Quando as expres-
s›es de modo, de maneira, de forma,
de jeito e equivalentes d‹o valor nega-
tivo ˆ ora‹o, algum dispensa o uso de
n‹o, nem, nada e sem: De maneira al-
guma faremos isso. / De modo algum
pude convenc-la.
Alguma coisa de. Concord‰ncia.1 Ñ O
adjetivo que vem depois n‹o varia: Ela
tem alguma coisa de bom(e nuncade
boa). / A moa ocultava alguma coisa
de misterioso(e n‹o de misteriosa). 2
Ñ Se n‹o houver preposi‹o, faz-se a
concord‰ncia normal:Ela tem algu-
ma coisa boa. / A moa ocultava al-
guma coisa misteriosa.3 Ñ Seguem
a mesma norma nenhuma coisa de,
qualquer coisa de, algo de, nada dee
tudo de:Ela tem tudo de bom. / A
moa n‹o tem nada de misterioso.
Algum (alguns)de (dentre). Concord‰n-
cia. 1 Ñ No singular, o verbo concor-
da com algum: Algum de n—s estar‡
presente. / Algum de v—s ser‡ convi-
dado. / Algum deles concordar‡ co-
nosco.2 Ñ No plural, o verbo concor-
da com a palavra, express‹o ou
35Alde‹o Algum (alguns)de (dentre)

pronome que vier depois de alguns de
ou alguns dentre: Alguns de n—s esta-
remos presentes. / Alguns dentre v—s
sereis convidados. / Alguns deles con-
cordar‹o conosco.3 Ñ Modernamen-
te, a tendncia Ñ j‡ aceita pelos gra-
m‡ticos Ñ Ž levar o verbo para a ter-
ceira pessoa: Alguns de n—s estar‹o
presentes. / Alguns dentre v—s ser‹o
convidados. / Alguns de n—s conti-
nuam vivos. 4 Ñ Seguem a mesma re-
gra:diversos de, muitos de, nenhum
de, poucos de, qual(is) de, qualquer
(quaisquer) de, quantos de, um (uns)
dee v‡rios de.
çlibi. Aportuguesado, com acento. Plu-
ral: ‡libis.
Alternativa. 1 Ñ N‹o use a forma outra
alternativa, uma vez que a alternati-
va Ž sempre outra: N‹o havia alterna-
tiva. / Eles n‹o tinham alternativa. 2
Ñ Evite, igualmente, œnica alternati-
va: se n‹o h‡ outra possibilidade, n‹o
se pode falar em alternativa. Substi-
tua a palavra, neste caso, por sa’da,
op‹o, recurso, procedimento, possi-
bilidade, etc.
Alto-falante. Plural: alto-falantes. E
aten‹o: alto e n‹o Òauto-falanteÓ.
Alto-forno.Plural: altos-fornos.
Alto-relevo. Plural: altos-relevos.
Alunissar, alunissagem. Use estas duas
formas para definir o ato de pousar na
Lua ou o pr—prio pouso.
Alvorada. Formas corretas: Pal‡cio da
Alvorada, o Alvorada.
Am‡lgama. Palavra proparox’tona. Em-
bora admita os dois gneros, prefira o
masculino: um am‡lgama, oam‡lga-
ma.
Ambi...Liga-se sem h’fen ˆ palavra ou
elemento de composi‹o seguinte:
ambidestro, ambiesquerdo, ambissi-
nistro, ambivalente.
Ambos, ambos os.1 Ñ Use apenas estas
duas formas, uma vez que ambos os
doise ambos de dois, embora corre-
tas, devem limitar-se ˆs transcri›es
ou aos textos liter‡rios. 2 Ñ A palavra
refere-se tanto a pessoas como a coi-
sas, —rg‹os ou grupos: Ambos chega-
ram atrasados. / Que livros escolheu?
Ambos. / Nesse cen‡rio, ambos, sol-
dados e jagunos, mediam foras. 3
Ñ Quando o substantivo determina-
do por ambos estiver claro, Ž obriga-
t—rio o uso do artigo: Representava
ambas as casas do Congresso. / Con-
sulte ambos os livros. / Segurou o
rosto com ambas as m‹os. 4 Ñ Escre-
va, sem receio, pessoas de ambos os
sexos: ninguŽm vai pensar em herma-
froditas.
A menos de. Ver h‡ menos de, p‡gina
138.
Ë mesa.Na locu‹o, ˆ d‡ idŽia de pro-
ximidade, equivalendo a junto ˆ: Sen-
tou-se ˆ mesa. / Tomou lugar ˆ mesa.
Na mesaseria sobre a: Subiu na mesa
para trocar a l‰mpada. Da mesma
forma, ao volante, ˆ m‡quina (e n‹o
na m‡quina), ao piano, ˆ janela, etc.
A meu ver. E n‹o ao meu ver.
Amoral, imoral. Amoralequivale a que
n‹o tem o senso da moral: Trata-se de
um indiv’duo amoral. / A arte, para
Oscar Wilde, Ž amoral (e nunca imo-
ral). Imoral designa o que viola os
princ’pios da moral: Trata-se de um
indiv’duo imoral (isto Ž, libertino,
lascivo). / Este livro Ž imoral.
Amostragem. Use a palavra somente
para designar o processo de sele‹o de
uma amostra com fins estat’sticos: A
amostragem utilizada na pesquisa...
Nos demais casos, o que se deve em-
pregar Ž amostra, simplesmente.
Amsterd‹. Desta forma. Os naturais da
cidade s‹o: amsterdams, amsterda-
mesa, amsterdameses e amsterdame-
sas.
An‹o.Flex›es: an‹, an›es (prefira)e
an‹os.
Anci‹o. Flex›es: anci‹, anci‹os (prefira),
anci›es e anci‹es.
Andaluz. Feminino: andaluza.
Aneurisma. Palavra masculina: o aneu-
risma. 36çlibi Aneurisma

Anexado, anexo. Para expressar uma
a‹o, use anexado tanto com ter e
haver como com ser e estar: Tinha
(havia)anexado, foi (estava)anexado
aos autos. Prefira anexo como adjeti-
vo: casa anexa, documentos anexos.
Anexo. 1 Ñ N‹o tem fun‹o de advŽr-
bio. Dessa maneira, s‹o incorretas as
formas: ÒAnexoÓenvio a carta. / ÒEm
anexoÓenvio a carta. / ÒAnexoÓa
esta envio a carta.2 Ñ Como adjeti-
vo, sua forma habitual, anexo deve fi-
gurar em frases como: Envio a carta
anexa. / PrŽdios anexos ao central. /
Anexas lhes encaminho as cita›es. /
A certid‹o est‡ anexa aos autos.
Anfitri‹o.Flex›es: anfitri‹ (prefira), an-
fitrioa e anfitri›es.
Anglo...1 Ñ H’fen na forma‹o de adje-
tivos p‡trios: anglo-americano,
anglo-brasileiro, anglo-sax‹o. An-
glo-catolicismosegue a mesma nor-
ma. 2 Ñ Nos demais compostos, n‹o
h‡ h’fen:anglofilia, anglofobia, an-
gloman’aco.
Animais. 1 Ñ Use inicial minœscula
para designar as raas de animais: ca-
valo manga-larga; gado santa gertru-
des, holands, aberdeen, jŽrsei; c‹o
pastor alem‹o, fox-terrier, rottweiler,
weimaraner; gato siams; can‡rio
roller, etc. Repare que muitos nomes
j‡ est‹o aportuguesados. 2 Ñ Para a
forma‹o do feminino, ver macho,
fmea, p‡gina 166.
Anivers‡rio. Como o pr—prio nome diz,
s— ocorre uma vez por ano. Assim,
como n‹o existe anivers‡rio mensal
ou trimestral, use data-base ou ven-
cimento para aplica›es: As caderne-
tas com vencimento (ou data-base)
hoje pagar‹o rendimentos de 5%.
Ano. a)Sem ponto: no ano 2000, em
2010, etc. b) Ver ao ano, ao dia, ao
ms, p‡gina 38.
ÒAno que vemÓ.Prefira as formas no ano
que vemou no pr—ximo ano, mais eu-
f™nicas que Òano que vemÓou Òano
pr—ximoÓ: O IR mudar‡ no ano que
vem(ouno pr—ximo ano).
Ansiar. Conjuga-se como odiar (ver, p‡-
gina 203): anseio, anseia, anseiam,
anseie, anseiem, etc.
Ant‡rtida. Desta forma. O adjetivo,
porŽm, Ž ant‡rtico:zona glacial an-
t‡rtica, continente ant‡rtico, aves
ant‡rticas.
Ante...H’fen antes deh, re s: ante-his-
t—rico, ante-republicano, ante-sala.
Nos demais casos, o h’fen n‹o existe:
anteato, anteestrŽia, anteontem, an-
tediluviano.
ÒAntecipar queÓ.AlguŽm antecipa al-
guma coisa, mas n‹oantecipa que...
Ante o, ante a.Sem preposi‹o ou crase:
Sucumbiu ante o perigo (e n‹oante
ao). / O Palmeiras caiu ante a Portu-
guesa (e n‹oante ˆ).
Antes de, antes que.1 ÑAntes derege
palavras: Antes de sair, pediu um
favor. / Partiu antes do amanhecer. 2
Ñ Antes queliga ora›es:Saia antes
que eu me irrite. / Seu vulto era vis’-
vel antes mesmo que acendesse a
luz. / Tomei a decis‹o antes que ele o
fizesse.
Antever.Conjuga-se como ver (ver, p‡-
gina 297): antevejo, antevs; antevia;
antevi; que eu anteveja; se eu antevis-
se; se eu antevir; etc.
Anti...1 Ñ ƒ seguido de h’fen quando o
segundo elemento comea por h, re
s:anti-histam’nico, anti-r‡bico, anti-
sŽptico, anti-semita. Nos demais
casos:antiaŽreo, antiespasm—dico,
antiinflacion‡rio, antiof’dico, anti-
cristo, antimatŽria,etc. 2 Ñ Use o
prefixo sempre com h’fen quando ele
se ligar a um nome pr—prio, substi-
tuindo a preposi‹o contra: anti-Bra-
sil, anti-Gorbachev, anti-Clinton,
anti-EUA, anti-Rœssia, anti-Mirage.
3 Ñ Quando anti se liga a um subs-
tantivo comum, o adjetivo resultante
n‹o tem plural: carros antitanque (e
n‹oantitanques), medicamentos an-
tichoque.
37Anexado, anexo Anti...

Antiguidade. Use sem trema, em qual-
quer sentido: Loja de antiguidades. /
Referncias ˆ Antiguidade.
Antinot’cia.Procure, na not’cia, expli-
car sempre o que aconteceu, em vez
do que n‹o aconteceu. Haver‡ sempre
uma forma positiva Ñ basta procur‡-
la Ñ de transmitir a informa‹o ao lei-
tor, seja no lead, seja no t’tulo.
Veja alguns exemplos conden‡veis
de lead negativo:O novo pedido de li-
cena do cargo, feito pelo prefeito
paulistano, n‹o foi votado ontem
pela C‰mara Municipal. / O presi-
dente da Repœblica n‹o ir‡ mais ao
Par‡ amanh‹, como estava progra-
mado, para assistir ao assentamento
de 500 fam’lias na Fazenda Lajeado. /
O Conselho Nacional de Tr‰nsito n‹o
decidiu ontem sobre o novo limite de
velocidade nas principais estradas
brasileiras. / A d’vida contra’da pela
Cesp continua sem explica›es. / N‹o
houve nenhuma novidade ontem nas
investiga›es realizadas pela pol’cia
de S‹o Paulo para localizar o Òman’a-
co do ‡cidoÓ.
Em todos esses casos, a abertura re-
comend‡vel teria obrigatoriamente
de revelar a causa de nada disso ter
acontecido. Veja uma solu‹o: Por
causa do agravamento das divergn-
cias entre o governo e o Congresso, o
presidente da Repœblica decidiu can-
celar a viagem que faria amanh‹ ao
Par‡, para assistir ao assentamento
de 500 fam’lias na Fazenda Lajeado. /
S— na pr—xima semana a C‰mara Mu-
nicipal decidir‡ sobre o pedido de li-
cena do prefeito que, por falta de
qu—rum, deixou de ser votado ontem.
Proceda da mesma forma nos t’tu-
los, fugindo das formas pouco eluci-
dativas como: Sobrevivente n‹o pres-
ta depoimento / Exames do deputado
n‹o terminaram / Presidente n‹o vai
ao Par‡ / Nada decidido sobre velo-
cidade. / Filho de ministro n‹o pres-
ta novo depoimento.
Seria indispens‡vel nesses t’tulos
dizer, por exemplo: MŽdicos impe-
dem depoimento de sobrevivente /
Deputado far‡ exames por mais trs
dias / Presidente cancela visita ao
Par‡ / Adiada decis‹o sobre velocida-
de. / Filho de ministro recusa-se a
depor de novo.
Antropo...Liga-se sem h’fen ˆ palavra
ou elemento de composi‹o seguinte:
antropocntrico, antropogeografia,
antropomagnetismo, antropossocio-
logia.
Anuir. 1 Ñ ƒ transitivo indireto e exige
as preposi›es a e em: O juiz anuiu ao
desejo do promotor. / Todos anu’ram
em sair. / Anu’ram ˆ proposta, ao pe-
dido, ˆ inten‹o. 2 Ñ Pode ser intran-
sitivo (sem complemento): Convi-
dou-os a ficar e eles anu’ram imedia-
tamente.
ÒAnversÓ. Use AntuŽrpia.
Ao ano, ao dia, ao ms.1 Ñ Adote essas
formas apenas para taxas e juros.
Assim: O banco cobrava juros de
100% ao ano./ A poupana crescia
6% ao ano.2 Ñ Em todos os demais
casos, use por ano, por ms, por dia:
Os funcion‡rios recebiam 15 sal‡rios
por ano(e n‹o Òao anoÓ)/ Eram turis-
tas que podiam viajar para o exterior
v‡rias vezes por ano / A festa era rea-
lizada duas vezes por ms./ Andava
10 quil™metros por dia.3 Ñ Escreva
igualmentepor semana,por quinze-
na,por semestre, etc.
Ao ms. Ver ao ano, ao dia, ao ms,
nesta p‡gina.
Aonde, onde.1 Ñ Aondeusa-se com
verbos de movimento: Aonde ele
foi?/ Aonde essas medidas do gover-
no v‹o levar?/ Aonde nos conduzir‹o
esses desmandos?2 Ñ Onde indica
permanncia:Onde ele est‡?/ Encon-
trou os livros onde lhe indiquei. /
Onde passaremos o dia?3 Ñ Em ter-
mos pr‡ticos, aonde pode ser substi-
tu’do por aque lugar, paraque lugar,
enquanto onde equivale a emque
lugar.
38Antiguidade Aonde, onde

Apagar-se.Prefira esta forma, e n‹o apa-
gar, apenas: A luz apagou-se. / ƒ pre-
ciso evitar que os fornos se apaguem.
Aparecida. A cidade Ž Aparecida, e n‹o
ÒAparecida do NorteÓ.
Apaziguar. Conjuga-se como averiguar
(ver, p‡gina 50).
Apelar para. 1 Ñ O certo Ž apelar para
e n‹o apelar a: Agricultores apelam
para o governo. / Pais apelam para se-
cret‡rio contra escola. / N‹o sabiam
para quem apelar. 2 Ñ Se a estrutura
da frase exigir outro para, use ent‹o
recorrer em vez de apelar: A propa-
ganda recorre ao nu masculino para
atrair o pœblico feminino. 3 Ñ Existe
ainda a forma apelar de (interpor re-
curso):O advogado apelou da senten-
a.
Apelidos. 1 Ñ No caso de ser necess‡rio
identificar as pessoas por apelidos, es-
creva-os em it‡lico:Zel‹o, o Gordo,
Fumaa,etc. 2 Ñ A norma n‹o vale
para os apelidos de dom’nio pœblico
ou de esportistas, que devem ser gra-
fados em corpo normal: Chico Buar-
que, ZŽ Ramalho, Juca de Oliveira,
Careca, Bebeto, Didi, etc.
Apiedar-se. Prefira ter pena de. Se ne-
cess‡rio, porŽm, conjugue o verbo
como regular: eu me apiedo, tu te
apiedas; que eu me apiede, que tu te
apiedes (e n‹o que eu me apiade); etc.
ÒApoiamentoÓ. N‹o existe. Use com-
promisso de apoio ou forma seme-
lhante.
ÒApontar queÓ.AlguŽm aponta alguma
coisa, mas n‹o aponta que...
Aportuguesamento. Ver palavras es-
trangeiras, p‡gina 209.
Ap—s. Usa-se em formas como:Saiu
ap—s o pai. / Ano ap—s ano. / Ap—s si.
/ Falaremos ap—s. / Ap—s o jogo.Ap—s
ao, do jarg‹o esportivo, n‹o existe.
Sempre que poss’vel, porŽm, prefira
depois de, mais usual.
Aposentar-se. AlguŽm se aposentae
n‹o aposenta, simplesmente: Muitos
acham que o brasileiro se aposenta
cedo. / Ele j‡ se aposentou.
Ap—s mais partic’pio.Com partic’pio,
use depois dee nunca ap—s: depois de
realizado(e n‹oap—s realizado),de-
pois de promulgada(e n‹oap—s pro-
mulgada), etc.
Aposto. 1 Ñ ƒ a palavra ou express‹o
que explica ou resume outro termo da
ora‹o: A CBS, rede de televis‹o dos
EUA,denunciou o tr‡fico de influn-
cia no governo. / Veneza, a cidade dos
canais, atrai visitantes do mundo
todo. / Guimar‹es Rosa, escritor, era
diplomata de carreira. / N—s,pobres
mortais, s— pod’amos fazer-lhe as
vontades. / Jack, o Estripador, foi
tema de dezenas de filmes. Quando
vem depois do fundamental (a palavra
modificada), o aposto fica entre v’rgu-
las, como nos exemplos acima.
2 Ñ Procure distinguir jornalistica-
mente os casos em que o aposto vai
entre v’rgulas ou n‹o.
a)Usa-seentre v’rgulas o nome do
detentor de um cargo ou a qualifica-
‹o de uma pessoa quando s— uma
pessoa pode ocupar o cargo ou ter de-
terminada qualifica‹o:O jogador foi
recebido no Rio pela mulher, AngŽli-
ca.(Se a frase, sem v’rgula, fosseÒo jo-
gador foi recebido no Rio pela mulher
AngŽlicaÓ, isso indicaria que o joga-
dor tem mais de uma mulher.)/ O se-
nador foi ˆ festa com a namorada, Eli-
zeth.(Se fosse ÒO senador foi ˆ festa
com a namorada ElizethÓ, a falta da
v’rgula indicaria que ele tem mais de
uma namorada.)Veja outros exem-
plos: O presidente da Repœblica, Fer-
nando Henrique Cardoso, garantiu...
(s— h‡ um presidente da Repœblica). /
O governador de S‹o Paulo, M‡rio
Covas, requereu ontem... (s— h‡ um
governador de S‹o Paulo).
b)N‹o existe v’rgula quando mais
de uma pessoa pode ocupar o cargo ou
ter determinada qualifica‹o: O pro-
motor de Justia Jo‹o de Almeida
39Apagar-se Aposto

enviou ontem... (h‡ mais de um pro-
motor de Justia). / O ex-presidente
da Repœblica Fernando Collor decla-
rou... (h‡ mais de um ex-presidente da
Repœblica vivo). / O deputado federal
por S‹o Paulo Delfim Netto pediu...
(h‡ mais de um deputado federal por
S‹o Paulo)./ Ant™nio chegou ˆ festa
com o filho Marcos (essa forma indi-
ca que Ant™nio tem mais de um filho).
Se ele s— tivesse um filho, o certo seria:
Ant™nio chegou ˆ festa com o filho,
Marcos.
c)Um erro comum Ž acreditar que
o œltimo extem seu nome entre v’r-
gulas. Isso n‹o acontece e deve-se pro-
ceder da forma explicada no item 2: O
ex-presidente da Repœblica Itamar
Franco (aplica-se a regra de que ele Ž
um ex-presidente entre v‡rios)n‹o foi
convidado para a solenidade. / O ex-
governador de S‹o Paulo Luiz Anto-
nio Fleury Filho (tambŽm Ž um ex-go-
vernador entre v‡rios)perdeu o con-
trole anteontem... / O ex-tŽcnico da
sele‹o brasileira Carlos Alberto Par-
reira (Ž um ex-tŽcnico da sele‹o,
entre v‡rios)admitiu os desentendi-
mentos com...
3 Ñ O aposto pode ter uma ora‹o
como fundamental: O governo per-
deu seu maior trunfo,a confiana que
o povo tinha no novo plano. /Disse-
lhe o que queria: que todos deixassem
logo o prŽdio.
4 Ñ O aposto concorda com o fun-
damental, sempre que poss’vel: A em-
presa, propriet‡ria da marca... / A
praa, a mais belada cidade... / Os
produtos,artigos de luxo... / N—s, bra-
sileiros, temos fama de homens cor-
diais.
5 Ñ Ver tambŽm cargos (como
usar), p‡gina 57.
Ap—strofo. O uso do ap—strofo (Õ)limi-
ta-se a estes casos:
a)Para indicar a supress‹o da vogal
em certas palavras compostas ligadas
pela preposi‹o de: m‹e-dՇgua,
caixa-dՇgua, pau-dՇgua, galinha-
dÕangola, pau-dÕarco, pau-dÕalho, etc.
b)Por extens‹o, em express›es
equivalentes a palavras compostas:
gota dՇgua, falta dՇgua erasos
dՇgua (olhos). Nos demais casos, use
de ‡gua: gole de ‡gua, jatos de ‡gua,
etc. Na linguagem liter‡ria ou colo-
quial, mas apenas em casos raros e es-
peciais, Ž poss’vel aparecerem as va-
riantes: nՇgua (cair nՇgua, dar com
os burros nՇgua), dÕalma(espelhos
dÕalma, suspiros dÕalma), dÕouro(so-
nhos dÕouro),nÕalma(tristezas
nÕalma)e minhÕalma(vivem ainda
em minhÕalma...).
c)Para reproduzir certas pronœn-
cias populares:Õt‡, Õteve (embora, em
exemplos semelhantes, o sinal possa
ser omitido, desde que se ressalte tra-
tar-se de forma popular).
d)Para indicar a supress‹o ou fus‹o
de letras nos versos por exigncias da
metrifica‹o:cÕroa (coroa), espÕrana
(esperana), ofÕrecer (oferecer), Õstar
(estar), coÕeste (com este), perÕla (pŽ-
rola), etc.
Aprazer. Conjuga‹o. Pres. ind.: Apra-
zo, aprazes, apraz, aprazemos, apra-
zeis, aprazem. Imp. ind.: Aprazia,
apraz’amos. Pret. perf. ind.: Aprouve,
aprouveste, aprouve. M.-q.-perf. ind.:
Aprouvera, aprouveras, aprouvera.
Fut. ind.: Aprazerei, aprazer‡s, apra-
zer‡. Fut. pret.: Aprazeria, aprazerias.
Pres. subj.: Apraza, aprazas. Imp.
subj.: Aprouvesse, aprouvesses. Fut.
subj.: Aprouver, aprouveres. Ger.:
Aprazendo. Part.: Aprazido.
Aprender.Antes de infinitivo, exige a:
Aprendeu finalmente a respeitar os
outros.
Aprovar. Governos n‹o aprovam proje-
tos nos Legislativos. Assim, o correto
Ž: O governo tentar‡ conseguir a apro-
va‹o r‡pida das reformas constitu-
cionais. / O governo quer fazer apro-
var no Congresso lei que simplifique
os processos judiciais. / A Prefeitura
quer convencer a C‰mara a aprovar
40Ap—strofo Aprovar

(ou quer fazer a C‰mara aprovar...)a
nova Lei do Zoneamento. E n‹o: O go-
verno quer aprovar no Congresso as
reformas constitucionais. / A Prefei-
tura quer aprovar na C‰mara a nova
Lei do Zoneamento...
ÒAprovar queÓ.AlguŽm aprova alguma
coisa, mas nunca se aprova que(al-
guŽm tenha feito algo, por exemplo).
Aproximadamente. 1 Ñ Indica arredon-
damento: Aproximadamente cinco
pessoas, aproximadamente 20 crian-
as. Assim, nunca escreva: Aproxi-
madamente trs pessoas, aproxima-
damente 123 crianas,etc. 2 Ñ A con-
cord‰ncia Ž expressa pelo numeral ou
equivalente:Perdeu-se aproximada-
mente 1 tonelada de cereais. / Apro-
ximadamente 20 carros se chocaram.
Aproximar-se.AlguŽm ou alguma coisa
aproxima-se de, e n‹o aproxima de
apenas: A temperatura aproxima-se
(e n‹oaproxima)dos 40 graus. / Este
Ž o exemplo que mais se aproxima do
caso citado.
Aquele.Ver este, esse, aquele, p‡gina
117.
Ëquele, ˆquela, ˆquilo. Em vez de a
aquele, a aqueles, a aquela, a aquelas
e a aquilo, usam-se as formas ˆquele,
ˆqueles, ˆquela, ˆquelas eˆquilo:
Deu o livro ˆquele aluno(ouˆqueles
alunos). / Fez o elogio ˆquela moa
(ouˆquelas moas). / Referiu-se ˆqui-
lo.
Aquele de. Concord‰ncia no singular:
Aquele de n—s que ir‡. / Aquele de v—s
que far‡. / Aquele dentre eles que
sair‡. No plural:Aqueles de n—s que
iremos. / Aqueles de v—s que fareis. /
Aqueles dentre eles que sair‹o. Mo-
dernamente, admite-se tambŽm:
Aqueles de n—s que ir‹o. / Aqueles de
v—s que far‹o, etc.
Aquele que. Use aquele que, em vez de
o que,apenas quando esta constru‹o
for de dif’cil pronœncia. Assim:O
livro Ž aquele a que me referi,em vez
de: O livro Ž o a que me referi. Nos
demais casos, prefira o que:Este disco
Ž o que pedi. / Condenou os que n‹o
o favoreciam.
AquŽm...ƒ sempre seguido de h’fen:
aquŽm-fronteiras, aquŽm-mar,
aquŽm-oceano, aquŽm-pireneus. No
entanto: aquentejano.
Aqui. N‹o pode ser usado para substi-
tuir S‹o Paulo ou o Brasil em frases
como: S‹o Paulo joga hoje aqui. /
Sting j‡ est‡ aqui. / Habita‹o, aqui,
Ž um problema sŽrio. / NinguŽm mais
quer viver aqui.
Aquilo. Ver este, esse, aquele, p‡gina
117.
Ar condicionado, ar-condicionado.Sem
h’fen, Ž o pr—prio ar: O ar condiciona-
do lhe faz mal. Com h’fen, designa o
aparelho: Comprou um ar-condicio-
nado. Plural: ares-condicionados.
Areal, are‹o, arear.Sem i.
ArgŸir.Conjuga‹o. Pres. ind.: Arguo,
argœis, argœi, argŸimos, argŸis, ar-
gœem.Imp. ind.: ArgŸia, argŸias, etc.
Pret. perf. ind.: ArgŸi, argŸiste, ar-
gŸiu, argŸimos, argŸistes, argŸiram.
M.-q.-perf. ind.: ArgŸira, argŸiras, ar-
gŸira, etc. Pres. subj.: Argua, arguas,
etc.Imper. afirm.: Argœi, argua, ar-
guamos, argŸi, arguam.
Arqui...Exige h’fen antes de h, re s:
arqui-hiperb—lico, arqui-rom‰ntico,
arqui-secular. Nos demais casos: ar-
quiav™, arquiesdrœxulo, arquiinimi-
go, arquidiocese, arquimilion‡rio.
Arrear, arriar. ArrearÑ preparar, enfei-
tar: Arreou o cavalo. Arriar Ñ baixar:
Arriou a bandeira.
Ar refrigerado, ar-refrigerado.Sem h’-
fen, Ž o pr—prio ar:O ar refrigerado lhe
faz mal. Com h’fen, Ž o aparelho:
Mandou consertar o ar-refrigerado.
Plural: ares-refrigerados.
Arreglo. E n‹o ÒarregoÓ: O lutador pediu
arreglo. / N‹o era homem de arreglos.
ÒArriscando cairÓ.Use ameaando cair.
Arruinar.Conjuga‹o. Pres. ind.: Arru’-
no, arru’nas, arru’na, arruinamos, ar-
ruinais, arru’nam. Pres. subj.: Arru’-
ne, arru’nes, arru’ne, arruinemos, ar-
41ÒAprovar queÓ Arruinar

ruineis, arru’nem.Imper. afirm.: Ar-
ru’na tu, arruinai v—s. Nos demais
tempos, o acento cai na termina‹o e
n‹o no i (arruinei, arruinara, etc.).
Artes‹o.Flex›es: artes‹ e artes‹os.
Artigo definido.Veja algumas das prin-
cipais situa›es em que se usa o arti-
go definido (o, a, os, as):
1 Ñ Uso geral
a)Individualiza o substantivo: O
marido, a mulher e os filhos compa-
receram ˆ festa. / Aquele era o dono
da empresa.
b)D‡ nfase a uma situa‹o œnica:
N‹o era um jornalista; era o jornalis-
ta.
c)Precede os nomes de trabalhos li-
ter‡rios e art’sticos (se o artigo fizer
parte do nome, ir‡ em maiœsculas):
Gostava mais do Quincas Borba que
das Mem—rias P—stumas de Br‡s
Cubas. / Preferia Os Lus’adas ˆs Me-
m—rias do C‡rcere.
d)Particulariza nomes de coisas
(prŽdios, edif’cios, ve’culos, embarca-
›es, etc.)e a concord‰ncia se faz com
a idŽia expressa pela coisa: a (nave)
Challenger, o (porta-avi›es)Minas
Gerais, o(prŽdio)Martinelli, o (edif’-
cio)Joelma, o(navio)Ana NŽri, o(re-
mŽdio)AZT.
e)Exprime no singular a idŽia de
plural de um gnero, categoria, grupo
ou subst‰ncia: O tamoio aliou-se ao
francs, no Rio. / ÒO sertanejo Ž antes
de tudo um forte.Ó
f)Com fun‹o pronominal, evita
um sentido amb’guo:Entre o exŽrci-
to brasileiro e o argentino.O segundo
o deixa claro que se trata de dois exŽr-
citos e n‹o de umconstitu’do de bra-
sileiros e argentinos simultaneamen-
te.
2 Ñ Com possessivo
a)ƒ facultativo o uso do artigo
antes de possessivo que acompanha
um substantivo:meu carro, o meu
carro; sua casa, a sua casa; prejudicar
nossa viagem, prejudicar a nossa via-
gem. Para muitos autores, com a
omiss‹o do artigo a frase ganha em le-
veza. Assim, a forma Sua m‹e, seu pai
e seu irm‹o cantam bemtem mais
ritmo que A sua m‹e, o seu pai e o seu
irm‹o cantam bem.
b)Usa-se o artigo se o possessivo
estiver isolado e se pretender parti-
cularizar a afirma‹o: Esta casa Ž a
minha. / Todos devem zelar pelo
nome dos seus.
c)N‹o se usa o artigo quando o pos-
sessivo pertence a uma f—rmula de tra-
tamento, faz parte de um vocativo ou
equivale a alguns, muitos: Recorro a
(e n‹oˆ)Vossa Senhoria. / Nossa Se-
nhora chorava. / Veja, meu amigo,
quanta maldade. / Todos temos nos-
sos defeitos.
d)TambŽm n‹o tm artigo expres-
s›es como em minha opini‹o, a meu
ver, a seu ver, em meu poder, em nos-
sas m‹os, a seu bel-prazer, por vossa
vontade, por meu mal, algo de seu,
muito de meu, etc.
e)O artigo substitui o possessivo
quando usado antes do nome de par-
tes do corpo, peas de roupa, objetos
de uso pessoal, faculdades do esp’rito
e rela›es de parentesco: Mexeu os
braos (e n‹oos seus braos). / Pas-
sou a m‹o pelos cabelos. / Vestiu a ca-
misa e as calas. / Colocou os —culos,
a capa e o chapŽu, e saiu. / Lembra-
va-se remotamente do pai.
3 Ñ Com nomes geogr‡ficos
a)Usa-se normalmente o artigo
com os nomes de pa’ses, regi›es, con-
tinentes, montanhas, vulc›es, deser-
tos, constela›es, rios, lagos, oceanos,
mares e grupos de ilhas: o Brasil, os
Estados Unidos, a Ant‡rtida, a Bai-
xada Santista, a Europa, os Alpes, os
Andes, o Vesœvio, o Saara, o Cruzei-
ro do Sul, a Ursa Maior, o Tiet, o Ti-
ticaca, o Atl‰ntico, o Mediterr‰neo,
os Aores.Exce‹o. Alguns pa’ses e
regi›es, no entanto, rejeitam o artigo:
Portugal, Angola, Moambique,
Cabo Verde, S‹o TomŽ e Pr’ncipe,
42Artes‹o Artigo definido

Macau, Timor, Andorra, Israel, Ara-
g‹o eCastela.
b)N‹o se usa o artigo definido, em
geral, com os nomes de cidades, de lo-
calidades e da maioria das ilhas:S‹o
Paulo, Visconde de Mau‡, Malta,
Cuba. Exce‹o. Nomes de cidades
que se formaram de substantivos co-
muns conservam o artigo: o Recife, o
Rio de Janeiro, o Porto, o Havre, o
Cairo. Algumas ilhas tambŽm man-
tm o artigo: a C—rsega, a Sic’lia, a
Sardenha, a Madeira, a Groenl‰ndia.
c)Com rela‹o aos Estados brasi-
leiros, h‡ alguns que admitem o arti-
go e outros, n‹o. Ver quais s‹o no ver-
bete Estados (artigo), p‡gina 116.
d)N‹o se usa o artigo, em geral,
com nomes de planetas e estrelas:
Urano, Plut‹o, S’rius, Can—pus. Exce-
›es: a Terra eo Sol.
e)Os pontos cardeais e colaterais
exigem artigo (mesmo quando desig-
nam ventos): ÒS‹o os do Norte que
vm.Ó/ A caravana dirigia-se para o
sul. / Est‡ soprando o noroeste. Quan-
do indicam apenas dire‹o, dispen-
sam o artigo: Vento de leste. / Cami-
nhadas de norte a sul.
f)H‡ artigo quando se qualifica ou
determina um nome geogr‡fico: Visi-
tei a Roma do Coliseu. / Era a estra-
tŽgica Malta. / Morei no S‹o Paulo
dos cafezais(Estado). / Mudou-se
para a S‹o Paulo da garoa (cidade).
4 ÑCom nomes pr—prios
a)N‹o se usa o artigo quando se
trata de personagens ilustres, de pes-
soas com as quais n‹o se tem intimi-
dade e de nomes de santos:Admirava
Joana dÕArc. / Chegou com Maria. /
Era devota de Santo Ant™nio.Exce-
‹o. Existe artigo quando se designa a
festa referente ao santo: Assisti ao me-
lhor S‹o Jo‹o da minha vida.
b)Usa-se o artigo para indicar inti-
midade com a pessoa, determina‹o
de um nome pr—prio e apelido ou qua-
lificativo de pessoas:Andava sempre
com o Jo‹o. / Admirava o Napole‹o
conquistador. / Ali estava o Barbu-
do. / Descendia de Isabel, a Redento-
ra. Exce‹o: Frederico Barba-Roxa.
5 Ñ Com t’tulos e pronomes de
tratamento
a)Usa-se o artigo em t’tulos que in-
dicam profiss‹o, cargo ou condi‹o: o
professor Jo‹o Carlos, o general Er-
nesto Geisel, o doutor Pereira da
Cunha, a escritora Lygia Fagundes
Telles.
b)Usa-se o artigo com as palavras
senhor, senhora e senhorita: O senhor
Jo‹o dos Santos morreu ontem. /
Falou com a senhora baronesa. / Per-
guntou pela senhorita Maria. N‹o se
usa o artigo, porŽm, quando alguŽm se
dirige ˆ pr—pria pessoa: Adeus, senhor
Ant™nio.
c)N‹o se usa o artigo antes das for-
mas dom, frei, s—ror e monsenhor e
antes dos t’tulos e denomina›es de
origem estrangeira, como madame,
lorde, sir, lady, etc.: Era frei Ambr—sio
que chegava. / Falou com dom Lucia-
no. / Conhecia monsenhor Vicente. /
Casou-se com madame Claude. / Os
ingleses encantam-se com lady
Diana.
d)N‹o se usa o artigo antes das for-
mas de tratamento iniciadas por pos-
sessivo:Entrego o livro a Vossa Exce-
lncia. / Ali estava Sua Alteza.
6 ÑCasos especiais
a)Nas enumera›es, o uso do arti-
go depende da necessidade ou n‹o de
especifica‹o:O Brasil, a Argentina e
o Uruguai debateram a d’vida exter-
na (especificado). / Falava correta-
mente portugus, italiano e francs
(n‹o especificado).
b)Quando empregado com um
substantivo de uma sŽrie, o artigo
deve ser usado para os demais: O Bra-
sil, a Argentina e o Uruguai discuti-
ram...e n‹o O Brasil, Argentina e
Uruguai discutiram...
c)Pode-se usar o artigo apenas com
o primeiro substantivo, desde que os
demais representem um conjunto
43Artigo definido Artigo definido

estreitamente unido:Para sua tese,
recolheu as hist—rias, mitos, supersti-
›es e provŽrbios correntes na regi‹o.
d)Quando se trata de coisas dife-
rentes expressas pelo mesmo substan-
tivo, repete-se o artigo; quando se
trata da mesma coisa, n‹o: Apoiava o
antigo e o atual governo. / O goleiro
dominava a pequena e a grande
‡rea. / Tinha o vago, mas persistente
sentido da morte. / Ouviram a nova
e discut’vel vers‹o da mœsica. / Deu-
lhe a triste ou melanc—lica not’cia.
e)A repeti‹o do artigo d‡ nfase ˆ
frase: Era o mesmo, o verdadeiro, o
inigual‡vel Anselmo.
f)SeqŸncia de superlativos exige
repeti‹o: Era o mais competente, o
mais culto e o mais premiado dos re-
p—rteres do jornal. / Ali estava a
maior, a melhor e a mais bela mode-
lo do pa’s.
7 ÑOmiss‹o do artigo
a)Jornalisticamente, admite-se a
omiss‹o do artigo definido, apenas
nos t’tulos, como medida de econo-
mia de sinais: Agora, governo usa
infla‹o que quiser. / Brasil repele
acusa›es de imperialismo.
b)Mantenha o artigo, porŽm,
mesmo nos t’tulos, com superlativos
ou palavras de sentido absoluto: Mi-
nistro diz que Brasil Ž o pa’s mais pro-
tecionista. / Cai o œltimo invicto.
c)Com os partic’pios e com os ver-
bos intransitivos colocados antes do
sujeito, use sempre o artigo: Desco-
nhecido o paradeiro do menino. /
Acusado o ministro da Fazenda. /
Chega hoje o presidente da Frana.
8 Ñ N‹o se usa o artigo
a)Em provŽrbios, compara›es
breves, sentenas e antes de substan-
tivos de sentido geral ou indetermina-
do: Amor com amor se paga. / Verme-
lho como sangue. / Tempo Ž dinhei-
ro. / Cortesia imp›e cortesia. / Crian-
a tem mais disposi‹o que adulto.
b)Quando se emprega o verbo ser
para uma defini‹o: ÒPol’tica Ž a arte
do poss’vel.ÓSe o verbo for outro, n‹o
h‡ defini‹o e usa-se o artigo:A pol’-
tica trata... / A medicina busca recur-
sos...
c)Nos vocativos: Que quer,
homem?/ Ande logo, irm‹o.
d)Com express›es como cheirar a,
saber a, pedir perd‹o, pedir esmola,
fazer penitncia, declarar guerra,
ouvir missa, dar esmola, etc.: Isto
cheira a rosas. / A bebida sabe a
vinho. / O pa’s declarou guerra aos vi-
zinhos. / O filho pediu perd‹o ao pai.
e)Antes das palavras casa, terra
(opondo-se a bordo, que tambŽm dis-
pensa o artigo)e pal‡cio: Veio de
casa. / Foi para casa. / Avistou terra. /
Desceu a terra. / Gritou de bordo. / O
senador foi chamado a pal‡cio. / O
presidente ainda estava em pal‡cio.
H‡ artigo se estiver claro o sentido de
determina‹o:Voltou ˆ casa dos
pais. / Avistou a terra desejada. / N‹o
conhecia o Pal‡cio dos Bandeirantes.
f)Depois de cujo:Era o homem
cujo pai(e nunca cujo o pai)procur‡-
vamos.
g)De forma repetida, com os super-
lativos o mais, os mais: Eram os pro-
fissionais Òos maisÓcompetentes. H‡
trs formas poss’veis (prefira a primei-
ra): Eram os profissionais mais com-
petentes. / Eram os mais competen-
tes profissionais. / Eram profissionais
os mais competentes.
h)Antes de palavras que designam
matŽria de estudo: Lecionava mate-
m‡tica. / Estudava portugus.
i)Quando palavras (e seus sin™ni-
mos)como tempo, motivo, oportuni-
dade, ensejo, ocasi‹o, disposi‹o,
fora, valor e ‰nimo (para alguma
coisa)est‹o associadas a verbos como
haver, ter, faltar, dar, pedir e equiva-
lentes: N‹o tive tempo para sair. /
Pediu nova oportunidade para provar
sua competncia. / Faltou-lhe ‰nimo
(oudisposi‹o)para enfrentar o desa-
fio. / Pedimos permiss‹o para ficar.
44Artigo definido Artigo definido

Artigo indefinido.O artigo indefinido
(um, uma, unse umas)serve princi-
palmente para apresentar pessoas, ob-
jetos ou espŽcies ainda desconhecidas
(ao contr‡rio do artigo definido, que se
refere em geral a algo j‡ mencionado:
o homem, os princ’pios, a Constitui-
‹o, a m‹e e as filhas,etc.): Ali esta-
va um homem ou uma mulher?/ Era
um belo p™r-do-sol, com uma cor que
o casal jamais havia visto.
Deve, porŽm, ser evitado, especial-
mente nos t’tulos, quando desneces-
s‡rio ou quando n‹o tiver fun‹o na
frase: Indœstria rejeita (um)aumento
generalizado de impostos / Atleta re-
cebe(um)trofŽu na It‡lia.
1 Ñ Use o artigo
a)Para dar realce ao substantivo:O
menino era um gnio. / O desenhista
tem um trao admir‡vel.
b)Para esclarecer melhor substan-
tivo j‡ empregado anteriormente com
artigo definido: Fez a advertncia ne-
cess‡ria, uma advertncia que n‹o
deixava margem a dœvidas. / Trazia
consigo o livro de h‡bito, um livro
velho e j‡ sem capa.
c)Para representar, no singular,
toda uma espŽcie ou categoria:Este,
sim, Ž um profissional. / Um homem
n‹o pratica atos t‹o cruŽis.
d)Para indicar aproxima‹o ou ar-
redondamento (sempre antes de nu-
meral):Morei ali uns seis anos. / A
conversa consumiu uma boa meia
hora.
e)Em correla‹o com outro: Um
assaltante entrou no banco e o outro,
no carro. / Uns chegaram e os outros
sa’ram.
f)Antes de nomes pr—prios, para in-
dicar semelhana, representa‹o de
espŽcie ou fam’lia e aspectos impre-
vistos de uma pessoa: Agia como um
Torquemada. / Faltava um De Gaul-
le na Frana.
g)Para designar obras de um artis-
ta: Roubado um Renoir no Louvre. /
Tinha um Mir— na sala.
h)Com nomes geogr‡ficos, quan-
do qualificados: Um Amazonas de
‡guas barrentas. / Viu uns Andes des-
conhecidos e nevados.
i)Para indicar intensidade, em ex-
press›es coloquiais: Mostrava uma
inocncia... / Era dado a uns repen-
tes. / Deu um olhar...
2 Ñ Dispense o artigo
Ë exce‹o dos casos de realce e dos
outros mencionados no item 1, os ar-
tigos um, uma, uns, umaspodem,
quase sempre, ser evitados (ou me-
lhor, devem, pois seu uso excessivo
constitui galicismo). Veja se a frase
n‹o se altera com a supress‹o do arti-
go. Se n‹o, considere-o dispens‡vel. E
evit‡vel, como nos casos abaixo:
a)Antes dos adjetivos ou pronomes
igual, semelhante, tal, certo, outro e
qualquer: O senador falava com
(uma)igual solenidade. / Nunca lhe
ocorrera (uma)semelhante idŽia. /
Recusou-se a proferir(um)tal dispa-
rate. / A providncia chegou com
(um)certo atraso. / O casal teve (um)
outro filho um ano depois. / Havia
(uma)outra coisa de que n‹o sabia. /
N‹o aceita (um)qualquer emprego.
Exce›es. Admite-se o artigo, po-
rŽm, em casos nos quais o adjetivo ou
pronome vem depois do substantivo e
quando tal torna indeterminado um
nome de pessoa:Pediu uma camisa
igual ˆ do amigo. / Tinha uma pele se-
melhante ˆ minha. / A menina disse
uma coisa certa. / Est‡ a’ um tal Al-
fredo. / Traga os meninos um dia
qualquer. Com frases negativas ou in-
terrogativas, porŽm, recomenda-se a
omiss‹o do artigo:Jamais se leu bes-
teira igual. / Nunca se cometeu bar-
baridade tal. / Quem produziria arti-
gos semelhantes?
b)Logo depois do verbo ser, ainda
mais se a supress‹o der harmonia ˆ
frase:O jogador era (um)homem de
45Artigo indefinido Artigo indefinido

duas caras. / Ele Ž (um)rep—rter muito
competente.
c)Em express›es comparativas:Es-
tava em(uma)t‹o deplor‡vel situa-
‹o como o pai. / Queria ganhar(um)
melhor sal‡rio. / Buscava(uma)
maior aproxima‹o com os filhos. / O
sol queimava qual(uma)fornalha.
d)Em express›es de quantidade:
Trouxe (uma)grande por‹o de man-
timentos. / Havia(uma)enorme
quantidade de erros no texto. / Con-
seguiu(um)pequeno capital para ini-
ciar o neg—cio. / Era(uma)gente hu-
milde.
e)Nas enumera›es: (Uma)Me-
sa, (um)arm‡rio e (umas)cadeiras
acumulavam-se nos cantos do sa-
l‹o. / Estavam ali: pai, irm‹o,(uns)
velhos amigos e (uns)companheiros
de trabalho, a confort‡-lo.
f)Nos apostos: O amigo, (um)jor-
nalista experiente, ensinou-lhe os se-
gredos da profiss‹o. / A esposa, (uma)
mulher muito doente, exigia aten‹o
permanente.
3 Ñ Fuja das muletas
O artigo indefinido aparece muitas
vezes nos t’tulos de maneira forada,
para o redator ganhar espao. Evite
esse recurso, porque fica evidente o ar-
tificialismo no uso do artigo, como
nesta sŽrie de exemplos reais: Depu-
tados s‹o convidados para(um)al-
moo / Brasileiro vai receber(um)t’-
tulo na Frana / Porteiro evita(um)
assalto a(um)apartamento / F’sicos
produzem (uma)nova prote’na / Pro-
posta de (um)deputado provoca
(uma)enorme rea‹o / Aut™nomos
condenam (um)aumento do ISS / Ve-
readores preparam (uma)emenda
que altera o zoneamento / Este cava-
lo tem (um)bom desempenho na
grama.
4 Ñ Adote o certo
Como artigo, pronome ou nume-
ral, eis alguns usos corretos do um ou
uma: Governo cancela mais uma na
guerra ˆs credenciais / Mais uma loja
multada pela fiscaliza‹o / Vaga no
MinistŽrio destina-se a um nordesti-
no / Bolsa converte mil a›es em
uma / Pol’cia atira em manifestantes:
um morre / Elizabeth II em Berlim,
em um gesto pol’tico (nfase)/ CIA
deu um milh‹o a (um)dissidente ira-
niano(o primeiro um, numeral, justi-
fica-se, mas o segundo surge como
simples muleta).
Artigos.1 Ñ AtŽ 9, em ordinais; de 10
em diante, use cardinais:artigo 1¼, ar-
tigo 7¼, artigo 10, artigo 42. 2 Ñ No
texto corrido, empregue a palavra por
extenso. S— adote a forma abreviada
na transcri‹o de documentos em que
ela figure dessa maneira. 3 Ñ Abrevia-
tura: art., arts.
A seu ver.E n‹o Òao seu verÓ. Igualmen-
te: a meu ver, a nosso ver, etc.
Aspas.1 Ñ Servem principalmente para
indicar a reprodu‹o literal de um pe-
r’odo, ora‹o, trecho de frase, palavra,
lema ou slogan: Foi Euclides da
Cunha quem escreveu: ÒO sertanejo
Ž antes de tudo um forte.Ó/ Segundo
o ministro, Òo aumento das exporta-
›es Ž a œnica sa’da para a economia
brasileira no momentoÓ. / O presi-
dente afirmou que a gravidade da
crise pol’tica Òn‹o permite hesita-
›esÓ. / O professor considerou Òim-
piedosaÓa nova sistem‡tica do Im-
posto de Renda. / Ministro repele
ÒameaasÓ. / O tema da reda‹o do
vestibular foi: ÒO homem e a m‡qui-
naÓ. / ÒOrdem e Progressoӎ o d’sti-
co da Bandeira.
2 Ñ As aspas podem ser emprega-
das tambŽm para ressaltar o valor de
uma palavra ou express‹o ou para in-
dicar o seu uso fora do contexto habi-
tual:Circunl—quio significa Òrodeio
de palavrasÓ. / Para ele, existe sem-
pre um ÒmasÓem tudo. / Paris Ž con-
siderada a ÒCidade LuzÓ. / O exŽrci-
to rechaou nova ofensiva dos Òul-
trasÓ.
3 Ñ O Estadoescreve em corpo di-
ferente (e n‹o entre aspas)os nomes
46Artigos Aspas

de obras art’sticas e cient’ficas e os
apelidos: O Memorial de Aires. / O as-
saltanteJanj‹o. Nos t’tulos, porŽm,
use entre aspas essas palavras e ex-
press›es.
4 Ñ As palavras estrangeiras v‹o
em corpo comum no texto, e n‹o entre
aspas: Bancos cobram maior spread
do Brasil. / Reuni‹o discute tŽcnicas
de marketing. / No programa do
show, rock, jazz e funk.
5 Ñ Na transcri‹o de ’ntegras, do-
cumentos, discursos, etc., abra aspas
apenas no comeo e no fim do texto,
e n‹o a cada in’cio de par‡grafo. Se
voc acrescentar algum t’tulo auxiliar
ao texto, feche aspas antes dele e as
abra novamente depois.
6 Ñ Se a frase inteira estiver entre
aspas, o sinal de pontua‹o (ponto
final, de interroga‹o, de exclama‹o,
etc.)ser‡ englobado por elas; caso con-
tr‡rio, ficar‡ depois das segundas
aspas:Disse o artista pl‡stico: ÒAl-
guŽm discorda dessa filosofia de
vida?Ó/ O artista pl‡stico disse que
vivia Òpara pintarÓe pintava Òpara
viverÓ. / Segundo o professor, Òa fora
criativa da economia j‡ se transferiu
para o setor informalÓ. / Quem se
lembra ainda do Ònada a declararÓ?/
Todos garantiram: ÒIremos atŽ o
fim.Ó
7 Ñ Use a aspa simples (Õ)para mar-
car a frase, express‹o ou palavra de um
texto que j‡ esteja entre aspas:Diz a
nota oficial: ÒO governo rejeita a clas-
sifica‹o de Ôomisso e insens’vel aos
anseios popularesÕque consta do ma-
nifesto da oposi‹o.Ó/ O documento
diz: ÒA euforia do Ôj‡ ganhouÕpode
prejudicar o candidato.Ó/ ҃ preci-
soÓ, advertiu o deputado, Òevitar que
das galerias partam novos gritos de
ÔcanalhasÕou ÔvendidosÕcontra n—s.Ó
8 Ñ Em casos excepcionais (econo-
mia de sinais, por exemplo), admite-
se a aspa simples nos t’tulos, em vez
das duplas: Governo adverte: ÔChega
de demagogiaÕ.
9 Ñ Quanto ao uso jornal’stico das
aspas na reprodu‹o de afirma›es ou
opini›es, consulte o verbete declara-
›es textuais, p‡gina 86.
Aspirar.Regncia. 1 (tr. dir.)Ñ Inalar,
respirar, absorver: Aspirou o ar vicia-
do. / Aspiramos o doce perfume.2 (tr.
ind.)Ñ Desejar muito, pretender:As-
pirava ao cargo de gerente. / Era tudo
a que aspirava.3 Ñ N‹o admite a
forma pronominal lhe, que deve ser
substitu’da por a ele, a ela: O valor do
prmio fez que aspirassem ardente-
mente a ele.
Assassinar.Significa matar premedita-
damente: Assassinou o advers‡rio.
Nos demais casos use matar: Matou o
ladr‹o.
Assassino de.Parricida Ñ do pai; matri-
cida Ñ da m‹e; fratricida Ñ do irm‹o
ou da irm‹; filicida Ñ do filho; uxori-
cida Ñ da esposa; mariticida Ñ do ma-
rido; infanticida Ñ de uma criana, es-
pecialmente de recŽm-nascido; regici-
da Ñ de um rei; deicida Ñ de um deus;
homicida Ñ de outra pessoa; suicida
Ñ de si pr—prio. Os substantivos cor-
respondentes: parric’dio, matric’dio,
fratric’dio, etc.
Assentir.Regncia. 1 Ñ No sentido de
concordar, consentir, prefira a regn-
cia assentir em: Assentiram em
ficar. / Assentiu em fazer a doa‹o. /
Assentiu no pedido.2 Ñ Como sin™-
nimo de ceder ou aceder,assentir
constr—i-se melhor com a: Assentiu
ao pedido da filha. / Assentiu aos de-
sejos dos colegas. 3 Ñ Pode ainda ser
intransitivo (sem complemento): In-
sistiram tanto que ele assentiu.
Assessoria. Use Assessoria de Impren-
sa, desde que o —rg‹o tenha esse nome
formal. A pessoa Ž assessor de Im-
prensa.
Assim como.Concord‰ncia. 1 Ñ No
caso de sujeito composto ligado por
assim como, o verbo concorda com o
primeiro deles: O pai, assim como o
47Aspirar Assim como

filho, sofre de diabete. A raz‹o do sin-
gular: h‡ uma idŽia de predomin‰ncia
do primeiro elemento sobre o segun-
do. Proceda da mesma forma com
bem como, com, como, da mesma
forma que, do mesmo modo que, etc.
2 Ñ O plural se justifica apenas nos
casos (raros)em que se queira atribuir
a mesma import‰ncia aos dois sujei-
tos: O presidente, assim como(bem
como, com, como, da mesma forma
que, do mesmo modo que)o primei-
ro-ministro, compareceram ˆ cerim™-
nia.
Assistncia.Apenas no basquete. No fu-
tebol, use passe.
Assistir.l Ñ No sentido de presenciar
ou comparecer, exige sempre a prepo-
si‹o a: Assisti ao jogo. / A comitiva
assistiu ˆ abertura dos trabalhos da
C‰mara. / Os fiŽis assistiram ˆ missa.
Observa›es. Uma vez que n‹o exis-
te voz passiva com verbo transitivo in-
direto, Ž errado dizer: O jogo Òfoi as-
sistidoÓ(o certo: visto, presenciado)
por 50 mil pessoas. Ainda sobre um
jogo ou espet‡culo, n‹o se pode escre-
ver que alguŽm queriaÒassisti-loÓ,
mas apenas assistir a ele (pelo fato de
o verbo ser indireto, rejeita o ocomo
complemento). 2 Ñ Como sin™nimo
de prestar assistncia a, ajudar, socor-
rer, o verbo constr—i-se em geral com
objeto direto: O mŽdico assistiu o
doente. / Os governos federal e esta-
dual assistiram os flagelados. 3 Ñ
Com a preposi‹o a, pode ainda equi-
valer a favorecer, caber (direito ou
raz‹o), caso em que admite tambŽm o
pronome lhe:N‹o assistia direito
algum aos reclamantes. / ƒ claro que
lhe assiste raz‹o nesse caso. 4 Ñ Ë ex-
ce‹o do item 3, assistirrejeita lhe.
Assim, para substituir a frase n—s as-
sistimos ˆ sess‹o, s— se pode dizer que
assistimos a elae n‹o que ÒlheÓas-
sistimos.
Assumir.1 Ñ Em ingls Ž que assumir
significa supor, tomar como certo, ad-
mitir, considerar. Por isso, use uma
dessas op›es em frases como: ÒAssu-
mindoÓ(supondo, considerando)que
a idŽia seja vi‡vel, como execut‡-la?/
Consulado ÒassumeÓ(admite, reco-
nhece)que h‡ falhas nos vistos. / MŽ-
dico ÒassumeÓ(admite)ter abusado
de paciente. / ÒAssumindoÓ(tendo
como certo, admitindo)que ocorres-
se a fecunda‹o, o desenvolvimento
do embri‹o seria duvidoso. 2 Ñ N‹o
use, portanto, em nenhuma hip—tese,
a forma assumir que... 3 Ñ No senti-
do de chamar ou tomar para si, o que
se assume Ž a responsabilidade, o
risco, o dever, a autoria, a fun‹o, o en-
cargo de alguma coisa, e n‹o essa coisa
em si. Veja os exemplos: O grupo as-
sumiu a autoria do atentado (e n‹o o
grupo assumiu o atentado). / O fun-
cion‡rio assumiu a responsabilidade
pelos erros (e n‹o assumiu os erros). /
O Banco Central assumiu o encargo
das negocia›es(e n‹o assumiu as ne-
gocia›es).
Asterisco.E n‹o Òaster’sticoÓ.
Astro...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte:astroarqueologia, astronave-
ga‹o, astrorriza, astrossofia.
A tempo. Verh‡ tempo, a tempo, p‡gi-
na 138.
AtŽ ... n‹o. Use neme n‹o ÒatŽ ... n‹oÓ:
Nem o presidente ficou alheio ˆs di-
vergncias (em vez de: ÒAtŽÓo presi-
dente Òn‹oÓficou alheio ˆs divergn-
cias).
Atender. 1 Ñ Para pessoas, use a regn-
cia direta (atender alguŽm): O mŽdi-
co atendeu o doente. / O governo
atender‡ os prefeitos. / O ministro
atendeu-os. Empregue tambŽm esta
forma para telefone, campainha, bair-
ro, cidade, regi‹o, etc., porque fica
claro que se atendeu quem fez a liga-
‹o telef™nica ou tocou a campainha
e os moradores do bairro, cidade, re-
gi‹o, etc.: Atendeu o telefone. / O pre-
feito e o vice atenderam a Vila Jagua-
ra. / O governador disse que atende-
r‡ os munic’pios do sudeste do Esta-
do. 2 Ñ Para coisas (pedidos, suges-
t›es, intima›es, etc.), adote a regn-
48Assistncia Atender

cia indireta (atender a): Atendeu aos
pedidos do pai. / Atenderam aos con-
selhos, ˆs solicita›es, ao requeri-
mento, aos avisos, ˆ intima‹o.
Atentado. Um grupo reivindica ou assu-
me a autoriade um atentado, e n‹o o
pr—prio atentado.
Atenuante.Palavra feminina: a ate-
nuante, algumas atenuantes.
AtŽ o, atŽ ao.Use atŽ o, atŽ a, atŽ os e
atŽ as, em vez de atŽ ao, atŽ ˆ, atŽ aos
e atŽ ˆs: Vou atŽ o fim. / Levou a visi-
ta atŽ a porta. / Estendeu suas terras
atŽ os limites do Estado. / AtŽ as 8
horas.
AtŽ porque.a)Porqueem uma palavra
s—: N‹o deve se arrepender, atŽ por-
que deixou o time em boa situa‹o.
b)A forma seria por queapenas no
caso de substituir por qual, pelo qual:
AtŽ por que (por qual)caminho ele foi
queriam saber.
Aterrissar.1 Ñ Com dois ss. Use tam-
bŽm pousar e descer. 2 Ñ Evite os mo-
dismos aterrissar na mesa de alguŽm,
aterrissar no Congresso, aterrissar no
Planalto, etc. 3 Ñ Para pouso na Lua,
use os termos alunissare alunissa-
gem.
Ateu.Feminino: atŽia.
Atingir.Sem preposi‹o: As medidas
econ™micas atingiram principalmen-
te os(e n‹o aos)mais pobres. / As pe-
dras atingiram as crianas (e n‹o
ˆs). / O frio atingiu o (e n‹o ao)n’vel
mais intenso. / A infla‹o atingir‡ 2%
este ms(e n‹o a 2%).
Ë-toa, ˆ toa.1 Ñ Ë-toa Ž adjetivo inva-
ri‡vel com o sentido de irrefletido,
f‡cil, desprez’vel:problema ˆ-toa,
servio ˆ-toa, indiv’duo ˆ-toa, pes-
soas ˆ-toa.2 Ñ Sem h’fen, ˆ toa sig-
nifica sem destino, irrefletidamente,
ao acaso, inutilmente:Fez o sacrif’cio
ˆ toa. / Andava ˆ toa pela cidade. /
Brigou com o amigo ˆ toa.
Atol.Inicial maiœscula: Atol de Muru-
roa, Atol das Rocas.
Atrair.Conjuga-se como cair (ver, p‡gi-
na 55).
Atr‡s, atraso, atrasar.Sempre com s.
AtravŽs de.1 Ñ AtravŽs exige sempre a
preposi‹o de. 2 Ñ A locu‹o, no seu
sentido correto, equivale a por dentro
de, de um lado a outro, ao longo de:
Cavalgou atravŽs de prados e flores-
tas. / Viajou atravŽs de todo o pa’s. /
Olhava atravŽs da janela. / Foi sem-
pre o mesmo homem honesto atravŽs
de anos e anos.3 Ñ Por isso n‹ouse
atravŽs decomopor meio de, por in-
termŽdio deou porsimplesmente,
preferindo uma dessas formas:Soube
da not’cia pelo (e n‹o ÒatravŽs doÓ)
r‡dio, pela imprensa, pela televis‹o. /
Os mudos se comunicam por meio de
gestos. / A not’cia chegou por inter-
mŽdio do porta-voz. / O gol foi mar-
cado por Tœlio. / O assunto foi resol-
vido por meio de decreto.
Audio...Liga-se sem h’fen ao elemento
seguinte:audiofreqŸncia, audiogra-
ma, audiotransformador, audiovi-
sual.
Ë uma. Ver uma (crase), p‡gina 294.
Aumentar.Regncia. 1 Ñ Aumentar al-
guma coisa: As montadoras aumen-
taram os preos ontem. / N‹o parava
de aumentar seu patrim™nio. / O bi-
n—culo aumenta os objetos. / O esta-
do de saœde aumentou sua ansieda-
de.2 Ñ Aumentar alguma coisa em:
Aumentou o preo em 10%. / Aumen-
tou o preo em 50 reais. / Aumentou
em dez metros o comprimento da
barreira.3 Ñ Aumentar em:A cida-
de n‹o parava de aumentar em popu-
la‹o. / O som aumentou em inten-
sidade. 4 Ñ Aumentar de: Aumentou
de peso. 5 Ñ Aumentar, apenas: Os
problemas do Pa’s aumentaram
muito. / Os preos aumentam todo
dia.
Aumentativos.A exemplo dos diminu-
tivos, procure evit‡-los, ou us‡-los
com muita parcim™nia, mesmo em
textos coloquiais. Os que j‡ se incor-
poraram ˆ linguagem habitual, no
49Atentado Aumentativos

entanto (port‹o, casar‹o, etc.), pode-
r‹o ser livremente empregados. Aten-
te para as normas que regulamentam
a quest‹o:
a)Os aumentativos formam-se
principalmente com a desinncia ‹o
(feminino: ona): barrac‹o, papel‹o,
pared‹o, caldeir‹o, grand‹o (grando-
na), chor‹o (chorona), mand‹o (man-
dona), solteir‹o (solteirona), etc.
b)Outros sufixos aumentativos:
aa(barcaa), ao(balao, ricao),
alha(muralha, fornalha), alh‹o(gran-
dalh‹o, vagalh‹o), alho(chocalho),
anzil(corpanzil), ar‹o(casar‹o), arŽu
(fogarŽu, povarŽu), arra(bocarra),
arr‹o(santarr‹o), asco(penhasco),
astro(criticastro, poetastro), az(vila-
naz, ladravaz), ‡zio(cop‡zio), eira(fo-
gueira), eir‹o(vozeir‹o), eiro(cruzei-
ro), —rio(fin—rio), orra(cabeorra),
ua(dentua), z‹o(pez‹o)e zarr‹o
(homenzarr‹o ecanzarr‹o).
c)Cuidado, pois o aumentativo
pode assumir car‡ter pejorativo, de
desprezo ou de ironia:bob‹o, covar-
d‹o, vermelh‹o, poetao, mulheraa,
bobalh‹o, gentalha, amarel‹o,etc.
d)N‹o estranhe: muitas palavras
femininas tm aumentativos mas-
culinos, como cabe‹o, port‹o, mu-
lher‹o, figur‹o, caix‹o, casar‹o, cal-
deir‹o, etc.
e)Evite os aumentativos que sur-
gem como meros modismos. Exem-
plos:zagueir‹o, goleir‹o, bec‹o, jui-
z‹o, chutao, defesaa, goleirao, etc.
Aumentos.1 Ñ Ao noticiar aumentos
de preos, nunca deixe de mencionar
o novo valor, a porcentagem do au-
mento e o preo anterior. Informe
tambŽm se Ž o primeiro, terceiro ou
quinto do ano e quanto o resultado
acumulado j‡ acusa. Se poss’vel, com-
pare sempre esse total com o ’ndice de
infla‹o atŽ o momento (mostre se o
aumento supera o ’ndice ou fica abai-
xo dele). 2 Ñ No caso dos carros, alŽm
de informar a porcentagem do aumen-
to, registre o preo atual e o anterior
de alguns dos principais modelos da
f‡brica.
Ausncia.No singular em frases como:
Com a ausncia de Pedrinho e Almei-
da, o time... / Os presentes criticaram
a ausncia do governador e do prefei-
to na solenidade(e nunca Òas ausn-
ciasÓ).
Austro...Liga-se com h’fen ao termo se-
guinte na forma‹o de adjetivos p‡-
trios:austro-alem‹o, austro-brasilei-
ro, austro-hœngaro.
Auto...H’fen antes de vogal, h, re s:
auto-afirma‹o, auto-estrada, auto-
indu‹o, auto-™nibus, auto-hipnose,
auto-retrato, auto-suficincia. Em
outros casos:autodetermina‹o, au-
tobiografia, autolota‹o, autovacina.
Autobiografia.AlguŽm escreve a auto-
biografia, e n‹o a suaautobiografia
(redund‰ncia).
Aut—psia.Embora haja restri›es ˆ for-
ma‹o desta palavra, use-a livremen-
te.
ÒAvacalha‹oÓ, ÒavacalharÓ.N‹o use.
S‹o vulgaridades.
ÒAvant-premireÓ.Prefira prŽ-estrŽia.
Avaro.Sem acento (pronuncia-se av‡ro).
Avenida. Inicial maiœscula: Avenida
Faria Lima.
Averiguar.Conjuga‹o. Pres. ind.: Ave-
riguo, averiguas, averigua, averigua-
mos, averiguais, averiguam. Pret.
perf. ind.: AverigŸei, averiguaste, ave-
riguou, etc.Pres. subj.: Averigœe, ave-
rigœes, averigœe, averigŸemos, averi-
gŸeis, averigœem.Imper. afirm.: Ave-
rigua, averigœe, averigŸemos, averi-
guai, averigœem.
Avestruz.Prefira o masculino: o aves-
truz.
Avisar.Regncia. 1 Ñ Avisar alguŽm:
Achou mais prudente avisar os cole-
gas. / Quis avis‡-lo logo. 2 Ñ Avisar
alguŽm de (para ou sobre):Avisou os
amigos dos (para os, sobre os)riscos
que corriam. / Avisou-os da (sobre a)
tragŽdia. / Avisou-a para que evitas-
50Aumentos Avisar

se os lugares desertos. 3 Ñ Avisar al-
guma coisa a alguŽm (forma condena-
da por alguns gram‡ticos):Avisou aos
convidados que n‹o queria presen-
tes. / Avisou-lhes que nada pretendia
para si. 4 Ñ Avisar de alguma coisa:
Avisou dos perigos que corriam. 5 Ñ
Avisar, apenas: Quem avisa amigo Ž. /
Ele chegou ontem sem avisar. 6 Ñ
Nunca use o verbo com dois objetos
diretos, como em: O piloto avisou
ÒosÓpassageiros ÒqueÓo avi‹o ia
pousar (o certo: avisou aos passagei-
ros que... ou avisou os passageiros de
que...).
Ë vista de.Ver vista, p‡gina 312.
Aziago.Sem acento (a pronœncia corre-
ta Ž azi‡go).
Azul-marinho.Palavra invari‡vel: gra-
vata azul-marinho, ternos azul-mari-
nho. Marinho segue a mesma regra:
gravata marinho, ternos marinho.
Bacanal.Palavra feminina: abacanal.
Bahia.1 Ñ Com h quando designa o
nome do Estado. 2 Ñ O h cai, porŽm,
nos termos derivados: baiano, baiani-
dade, coco-da-ba’a, laranja-da-ba’a,
etc.
Ba’a.Escreva Ba’a de Guanabara, de
Todos os Santos, de Paranagu‡, etc.
Bairro. Inicial minœscula: o bairro de Pi-
nheiros.
Baixo.Use a baixoem frases como:
Olhou-o de alto a baixo.
Baixo-relevo.Plural: baixos-relevos.
Baixo-ventre.Plural: baixos-ventres.
Balana, balano.Balanacomercial,
balanode pagamentos.
ÒB‰leÓ.Use BasilŽia.
Baliza.Com z, assim como balizar ou
balizamento.
Bandeira Nacional. Iniciais maiœsculas.
Bandeirante(s).1 Ñ Bandeirante, sem s:
o bandeirante (desbravador), popula-
‹o bandeirante (paulista), o bandei-
rante (o paulista), uma bandeirante
(moa adepta do bandeirantismo).
Todas essas formas admitem plural:
os bandeirantes (desbravadores e pau-
listas), homens bandeirantes (paulis-
tas), as bandeirantes (moas).Ainda
Bandeirante, sem s, mas como nome
pr—prio: o avi‹o Bandeirante, um
Bandeirante, a Casa do Bandeirante,
o Bandeirante(de BirigŸi). 2 Ñ Ban-
deirantes, nome pr—prio, com s: dois
Bandeirantes(avi›es), Rodovia dos
Bandeirantes, Avenida dos Bandei-
rantes (S‹o Paulo), Pal‡cio dos Ban-
deirantes, Rede Bandeirantes, Ban-
deirantes (cidade do Paran‡).
Bangue-bangue.Desta forma.
Banir.Conjuga-se como abolir (ver, p‡-
gina 22): Banes, bane; bane tu, bani
v—s. N‹o tem a 1» pessoa do pres. ind.
e todo o pres. subj.
Banto.E n‹o ÒbantuÓ.
Bar‹o.Feminino: baronesa.
Barato.1 Ñ Barato j‡ encerra idŽia de
preo. Dessa forma, preo baratoŽ re-
dund‰ncia. Escreva livro barato, pro-
dutos baratos. Para preo, use baixo,
m’nimo, reduzido, insignificante, etc.
2 Ñ Como adjetivo, a palavra varia:
Comprou roupas baratas. / P™s anœn-
cio procurando uma casa barata / S—
freqŸenta lugares baratos. 3 Ñ Como
advŽrbio, permanece invari‡vel:
Comprei barato estas frutas. / AtŽ
que sa’ram barato tamanhos desafo-
ros. / As frutas custam 10% mais ba-
rato(e n‹omais baratas)a partir de
amanh‹.
Barman.Plural: barmen.
Barra.Use a barra: 1 Ñ Em formas como
km/h, homens/hora, tonelada/ms,
carros/dia. 2 Ñ Para separar um verso
do outro, em composi‹o recorrida. 3
Ñ Na alternativa e/ou (Estariam ali
os pais e/ou os filhos). 4 Ñ Nas datas:
3/6/90.
51Ë vista de Barra

52
BasilŽia.E n‹o ÒBaselÓ.
Bastante.1 Ñ ƒ invari‡vel (advŽrbio)no
sentido de muito, suficientemente:
Estavam bastante preocupados. /
Todos ficaram bastante satisfeitos.
2 Ñ ƒ vari‡vel (adjetivo)quando equi-
vale a suficiente, que basta: Havia
provas bastantes do crime. / Somos
bastantes (suficientes)para fazer o
trabalho. 3 Ñ N‹o usea palavra como
sin™nimo de muitos, em grande quan-
tidade, em frases deste gnero: Havia
ÒbastantesÓ(muitas)pessoas na
praa. / ÒBastantesÓ(muitas)escolas
aumentaram as mensalidades.
Bastar.Concorda regularmente com o
sujeito: Bastam estes exemplos. / Trs
sal‡rios m’nimos j‡ lhe bastam para
viver.
Basti‹o.Plural: basti›es (prefira)e bas-
ti‹es.
Batavo.E nunca Òb‡tavoÓ.
Bate-estaca.Um bate-estaca, dois bate-
estacas.
Bater. Um carro bate ou alguŽm bate
com o carro em alguma coisa: O carro
bateu no ™nibus. / O motorista bateu
com o carro em dois ™nibus. Mas n‹o:
O motorista Òbateu o carroÓem dois
™nibus.
Bater (horas).Concord‰ncia. Ver horas,
p‡gina 140.
B‡varo.Natural da Baviera (e n‹o Òda
Bav‡riaÓ).
ÒBeijingÓ. Use Pequim.
Bem...Exige h’fen antes de palavra que
tenha vida aut™noma ou quando a
pronœncia o justifique:bem-acabado,
bem-aventurado, bem-comportado,
bem-dormido, bem-educado, bem-
fazer, bem-feito, bem-humorado,
bem-intencionado, bem-lanado,
bem-nascido, bem-posto, bem-que-
rer, bem-sucedido, bem-vindo. Exce-
›es: bendito, benfazejo, benfeitor,
benfeitoria, benquerena, benque-
rente, benquistar, benquisto. (Veja no
cap’tulo Escreva Certoa rela‹o das
palavras em que bemse liga com h’fen
ao termo seguinte.)
Bem como.Concord‰ncia. Ver assim
como, p‡gina 47.
Bem-vindo.Desta forma. Benvindo Ž
nome de homem.
Bn‹o. Plural: bn‹os.
Bendizer. Conjuga-se como dizer (ver,
p‡gina 99).
Beneficncia. E nunca ÒbeneficinciaÓ.
Da mesma forma, beneficente, e n‹o
ÒbeneficienteÓ.
Beneficiar.O verbo Ž direto: Seu gover-
no beneficiou os (e n‹o ÒaosÓ)paren-
tes. / O ‡rbitro beneficiou a (e n‹o
҈Ó)equipe da casa.
Berbere. Sem acento (pronuncia-se ber-
bŽre).
Bestial—gico. E n‹o Òbestial—gioÓ.
Bexiga. E n‹o ÒBixigaÓ(S‹o Paulo).
BH. Aceit‡vel, apenas em t’tulos, para
substituir Belo Horizonte.
ÒBiÓ. Nunca use, muito menos em t’tu-
los, para substituir bilh‹o ou bilh›es.
Bi...Liga-se sem h’fen ao elemento se-
guinte, eliminando-se o h intermedi‡-
rio e duplicando-se o r e o s: biat™mi-
co, bicampeonato, bielŽtrico, bigra-
nulado, biebdomad‡rio, biiodeto, bi-
lateral, biovulado, birreator, bisse-
xual, biun’voco.
ÒBichaÓ.N‹o use, especialmente para
designar homossexual. Se se tratar do
verme, prefira lombriga.
Bilh‹o.a)Aten‹o: o valor n‹o Ž o
mesmo em todos os pa’ses. No Brasil,
na Frana e nos Estados Unidos, o nœ-
mero equivale a mil milh›es (1 mais
9 zeros: 1.000.000.000). Na Inglater-
ra, na Espanha, na Alemanha, em Por-
tugal e em outros pa’ses, corresponde
a um milh‹o de milh›es, ou um tri-
lh‹o no Brasil (1 mais 12 zeros:
1.000.000.000.000). b)Concord‰ncia.
Ver milh‹o, p‡gina 177.
Bimensal, bimestral. BimensalÑ que
ocorre ou circula duas vezes por ms,
quinzenal:pagamento bimensal, re-
vista bimensal. Bimestral Ñ que
BasilŽia Bimensal, bimestral

ocorre ou circula de dois em dois
meses:rod’zio bimestral, revista bi-
mestral.
Bio...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte, duplicando-se o r ou s que ini-
cie s’laba: bioastronomia, bioener-
gia, biobot‰nico, biomagnŽtico, bior-
ritmo, biossatŽlite.
Bi—psia.Prefira bi—psia a biopsia, embo-
ra ambas as formas sejam corretas.
BirigŸi.Com trema e sem acento no i.
Bisav™, trisav™, tetrav™. Bisav™Ñ pai do
av™. Trisav™Ñ pai do bisav™. Tetra-
v™Ñ pai do trisav™ (variante popular:
tatarav™). Da mesma forma,bisav—,
trisav—e tetrav—(tatarav—, na forma
popular). Dessa forma, tetrav™(ou ta-
tarav™)n‹o Ž o pai do bisav™, como se
usa habitualmente.
Bisneto, trineto, tetraneto. BisnetoÑ
filho do neto. TrinetoÑ filho do bis-
neto. TetranetoÑ filho do trineto (va-
riante popular: tataraneto). Como se
v, o tetraneto(ou tataraneto)n‹o Ž
o filho do bisneto, como se usa habi-
tualmente.
Blitz.Existem dois equivalentes em
portugus: incurs‹o (guerra)e batida
(policial). Plural: blitze.
Boa parte. Concord‰ncia no singular:
Boa parte das sugest›es ser‡ aprovei-
tada. / Boa parte das pessoas j‡ pas-
sou.
Boa vontade.1 Ñ Boa vontade e m‡ von-
tade, bom gosto e mau gosto, bom
humor e mau humor funcionam
como uma œnica palavra quando pre-
cedidos de mais, menos, muito e
pouco. 2 Ñ O mesmo ocorre com ou-
tras express›es semelhantes. Assim,
use:mais boa vontade(e n‹omelhor
vontade), mais m‡ vontade(e n‹o
pior vontade), mais bom gosto, mais
mau gosto, mais bom humor, mais
mau humor. 3 Ñ Igualmente, menos
boa vontade, menos m‡ vontade,etc.
4 Ñ Muito e pouco concordam com a
express‹o:muita boa vontade, pouca
m‡ vontade. 5 Ñ Com as palavras
compostas, a concord‰ncia torna-se
mais —bvia:mais boa-fŽ, muita boa-
fŽ, mais m‡-fŽ, pouca boa-fŽ, muitas
boas-vindas, poucas boas-festas. 6 Ñ
Usam-se essas express›es tambŽm
com melhor e pior:a melhor boa von-
tade, o pior mau humor, o melhor
bom gosto, a pior m‡-cria‹o, a pior
m‡-fŽ, a melhor boa-fŽ,etc.
Boca-a-boca, boca a boca.Quando subs-
tantivo, tem h’fen (Ž o pr—prio proces-
so): O boca-a-boca Ž a melhor forma
de divulgar uma pea teatral. Sem
h’fen, Ž mera locu‹o (indica a forma
do processo): A not’cia correu boca a
boca.
Bochincho.E n‹o ÒbochichoÓe muito
menos ÒbuxixoÓ.
Boemia.J‡ Ž aceit‡vel o brasileirismo
boemia(m’a), em vez do erudito bo-
mia(vida noturna), conforme regis-
tram o AurŽlio e o Vocabul‡rio Orto-
gr‡fico, da Academia Brasileira de Le-
tras. Use apenas Bomia, porŽm, para
designar a regi‹o da Europa.
Bojo.Evite a express‹o Òno bojo deÓ,
ruim jornalisticamente.
Bola da vez. Modismo. Evite.
Bolsa de Valores. 1 Ñ Inicial maiœs-
cula: a)Para uma ou mais bolsas es-
pec’ficas. Assim: a Bolsa de Valores
de S‹o Paulo, a Bolsa de Valores do
Rio, a Bolsa de S‹o Paulo, a Bolsa do
Rio, a Bolsa de Nova York, as Bolsas
de Valores de S‹o Paulo e do Rio, as
Bolsas de S‹o Paulo e do Rio.b)Quan-
do a palavra Bolsa estiver substituin-
do a Bolsa de S‹o Paulo (neste caso ela
pode aparecer semo nome da cidade)
ou de outra cidade (mas sempre com
o nome desta cidade citado): Estran-
geiros fazem Bolsa bater recorde (era
a de S‹o Paulo). / Crise derruba Bolsa
em S‹o Paulo. / Queda do d—lar afeta
Bolsa em Nova York.
2 Ñ Inicial minœscula: Quando a
palavra for usada genericamente ou
para duas ou mais bolsas n‹o especi-
ficadas no t’tulo. Exemplos: O me-
lhor investimento atualmente Ž
53Bio Bolsa de Valores

jogar na bolsa. / Crise derruba bol-
sas. / Exemplo mexicano afeta bolsas
da AmŽrica Latina. / Entrada de d—-
lares anima as bolsas.
Bom.Ver em Ž preciso, p‡gina 111, a
concord‰ncia de Ž bom.
Bomba.1 Ñ Liga-se com h’fen a outro
substantivo:argumento-bomba, car-
ros-bomba. 2 Ñ Evite as locu›es
cair, estourare explodir como uma
bomba, que s‹o lugares-comuns.
Bonach‹o.Flex›es: bonachona e bona-
ch›es.
Bons motivos para comemorar. Lugar-
comum. N‹o use.
Bordel.Plural: bordŽis (BordŽus Ž nome
de cidade).
Border™. Desta forma.
BordŽus. Aportuguesamento do nome
da cidade francesa Bordeaux.
Bordo. Use a bordo de apenas no senti-
do literal (a bordo do navio, passagei-
ros a bordo)e nunca no figurado, mero
modismo (a bordo do mandato, a
bordo do marido, a bordo de seus sen-
timentos,etc.).
Borgonha. Aportuguese o nome da re-
gi‹o francesa.
Bossa nova, bossa-nova.1 Ñ Sem h’fen,
designa maneira recente de fazer algu-
ma coisa:a bossa nova (na mœsica). 2
Ñ Com h’fen, Ž o adjetivo correspon-
dente, que n‹o varia no plural:mœsi-
ca bossa-nova, teatro bossa-nova,
concep›es bossa-nova.
Botij‹o. Prefira esta forma a buj‹o.
Branco.N‹o existe voto ÒbrancoÓ, mas
apenas em branco.
Brandir. Conjuga‹o. S— tem as formas
em que ao d se segue e ou i: brande,
brandiu, etc.
Br‡s. Com spara designar tanto o bair-
ro como os nomes pr—prios: Vences-
lau Br‡s, Br‡s Cubas,etc.
Brecht. Aten‹o para o primeiro nome:
Bertolte n‹o Bertold.
Bruos. De bruos, no plural.
Bucho, buxo. BuchoÑ est™mago; buxo
Ñ planta.
Bulir. Conjuga-se como acudir (ver, p‡-
gina 31): bulo, boles; bulia; que eu
bula; bole tu, buli v—s; etc.
Buqu. Desta forma, tanto para o rama-
lhete de flores como para o aroma do
vinho.
Burgomestre. Aceit‡vel apenas em edi-
toriais ou artigos Ñ mas nunca em re-
portagens ou not’cias como sin™nimo
de prefeito.
Button. E nunca ÒbottomÓ, que signifi-
ca fundo, traseiro, em ingls, nem
ÒbottonÓ.
ÒBuxixoÓ.N‹o existe. O certo Ž bochin-
cho.
Buzina. Com z.
Cabeleireiro. Aten‹o para o i.
Caber. Conjuga‹o. Pres. ind.: Caibo,
cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem.
Pret. perf. ind.: Coube, coubeste,
coube, coubemos, coubestes, coube-
ram. M.-q.-perf. ind.: Coubera, coube-
ras, coubera, coubŽramos, coubŽreis,
couberam. Imp. subj.: Coubesse, cou-
besses, coubesse, coubŽssemos, cou-
bŽsseis, coubessem. Fut. subj.: Cou-
ber, couberes, couber, coubermos,
couberdes, couberem. N‹o tem impe-
rativo. Os demais tempos s‹o regula-
res. (Partic’pio: cabido.)
Cabo.Inicial maiœscula: Cabo da Boa
Esperana.
Cabo eleitoral.Sem h’fen.
Cabul. Escreva desta forma o nome da
capital do Afeganist‹o.
Cacoete.Significa tique, mania. Por
isso, Ž inadequado escrever que um jo-
gador Òn‹o tem cacoete de atacanteÓ.
54Bom Cacoete

Cac—fato. ƒ o encontro de s’labas, em
palavras diferentes, formando som
desagrad‡vel ou palavra obscena. N‹o
deve constituir preocupa‹o obsessi-
va de quem escreve, mas h‡ cac—fatos
perfeitamente evit‡veis, comopor ra-
z›es (por motivos),triunfo da(vit—ria
da), etc.
Eis alguns casos que ocorrem com
freqŸncia e, entre parnteses, op›es
para contorn‡-los: paraninfo deou
da, bafo deou da (h‡lito de ou da),
boca dela (sua boca), de ent‹o(da’,
dessa Žpoca),j‡ nela, por r‡dio(pelo
r‡dio),por radia‹o(pela radia‹o),
por raz›es(por motivos),por cada
(para cada, por), conforme j‡, o time
j‡, deu-me j‡, critica Garcia, Lorca
ganha, marca gol, nunca gostou(ja-
mais gostou), confisca gado, critica
governador, ela tinha, s— linha,etc. Se
necess‡rio, mude a estrutura da frase
para fugir, pelo menos, aos mais fla-
grantes.
Cada.1 Ñ Acompanha um substantivo,
outro pronome ou numeral e, no uso
correto, indica diversidade de a‹o:
Usa cada dia (um dia um, outro dia
outro)um terno diferente. / Cada jor-
nalista tem seu estilo. / Cada maca-
co no seu galho.2 Ñ Se a a‹o for a
mesma, deve-se usar todo: Faz a
barba todo dia(em vez de cada dia)./
Estuda ingls todo dia(e n‹o cada
dia)./ Muda de casa todo ano(e n‹o
cada ano).3 Ñ N‹o pode ser usa-
do antes de plural (cada fŽrias, cada
—culos, cada nœpcias), mas apenas
antes de numeral: cada 3 dœzias, cada
seis pessoas, cada 30 dias.Concor-
d‰ncia, neste caso: Cada 3 dœzias cus-
tam... / Cada seis pessoas v‹o... /
Cada 30 dias representam...4 Ñ Pode
combinar-se com qual e um, quando
falta o substantivo: Cada qual sabe o
que fazer. / Venha cada qual com seu
par. / Cada um herdar‡ duas casas. /
Veja se cada uma sabe como agir.5
ÑCada umŽ tambŽm a forma corre-
ta nas referncias a valores expressos
anteriormente: As blusas custam 40
reais cada uma(e n‹o40 reais cada)./
Vendia livros a 30 reais cada um(e
n‹o a 30 reais cada). 6 Ñ N‹o se usa
cada um, porŽm, antes de substanti-
vos que indicam valor ou medida:
Cada hora(e n‹o cada uma hora),
cada real (e n‹ocada um real),cada
quil™metro, cada quilo, cada ano,
etc. A raz‹o: cada j‡ encerra a idŽia de
unidade.
Cada qual.Verbo na terceira pessoa do
singular quando cada qual resumir
uma enumera‹o: MŽdico, jornalista,
engenheiro, cada qual tem sua Žtica.
Cada um.Verbo na terceira pessoa do
singular:Cada um deles tem seu
quarto. / Cada um de n—s trabalha
em empresas diferentes. / Cada um
de v—s ser‡ chamado a opinar. A con-
cord‰ncia Ž a mesma se cada um re-
sume uma enumera‹o: Pai, m‹e,
filho, cada um tinha seu quarto.
C‹es. Ver animais, p‡gina 37.
ÒCafet‹oÓ.Vulgaridade. Use c‡ften.
Cair. Conjuga‹o. Pres. ind.: Caio, cais,
cai, ca’mos, ca’s, caem.Imp. ind.:
Ca’a, ca’as, ca’a, ca’amos, ca’eis,
ca’am. Pret. perf. ind.: Ca’, ca’ste,
caiu, ca’mos, ca’stes, ca’ram. M.-q.-
perf. ind.: Ca’ra, ca’ras, ca’ra, ca’ra-
mos, ca’reis, ca’ram.Fut. pres.: Cai-
rei, cair‡s, cair‡, cairemos, caireis,
cair‹o. Fut. pret.: Cairia, cairias, cai-
ria, cair’amos, cair’eis, cairiam. Pres.
subj.: Caia, caias, caia, caiamos,
caiais, caiam. Imp. subj.: Ca’sse, ca’s-
ses, ca’sse, ca’ssemos, ca’sseis, ca’s-
sem. Fut. subj.: Cair, ca’res, cair, cair-
mos, cairdes, ca’rem.
ÒCair geadaÓ.A geadan‹o cai, embora
alguns dicion‡rios usem o termo
nesse sentido. Ela Ž produto da con-
densa‹o das gotas de orvalho na plan-
ta. Escreva, por isso, formar-se geada
ou gear.
Caixa.1 Ñ A palavra Ž feminina quan-
do designa se‹o, reparti‹o ou —rg‹o:
Foi atŽ a caixa. / A Caixa Econ™mi-
ca.2 Ñ Como livro de escritura‹o,
55Cac—fato Caixa

tem o gnero masculino: Registrou as
despesas no caixa. 3 Ñ Por fim, se se
refere ao funcion‡rio, concorda com o
sexo deste:Ele Ž o novo caixa do
banco. / Ela era a caixa da empresa.
Caixa de...O outro elemento vai para o
plural:caixa de f—sforos, caixa de pa-
litos, caixa de sapatos,etc.
Calda, cauda. CaldaÑ solu‹o de aœ-
car:calda de caramelo. CaudaÑ
rabo, apndice: cauda do macaco,
piano de cauda.
C‰mara.A casa do Congresso chama-se,
oficialmente, C‰mara dos Deputa-
dos(e n‹o ÒC‰mara FederalÓ). Os ve-
readores s‹o membros da C‰mara
Municipal. Pode-se usar C‰mara,
apenas, desde que fique claro a qual
delas o texto se refere.
C‰mera.Designe desta forma o apare-
lho fotogr‡fico, de cinema, de v’deo,
etc. Escreva, no entanto, mœsica de
c‰marae n‹o de c‰mera.
Caminhoneiro, caminhonete.Use estas
formas em lugar de camioneiro e ca-
mioneta.
Campeonato.Inicial maiœscula:o Cam-
peonato Brasileiro de Futebol, o
Campeonato Paulista, o Campeona-
to Gaœcho, o Campeonato Espanhol,
etc.
ÒCampesinatoÓ, campesino.Campesi-
naton‹o existe em portugus (use ca-
tegoria ruralou os trabalhadores ru-
rais)e campesinodeve ser substitu’-
do por agr’cola, ruralou campestre,
conforme o caso.
Campons.Quando se tratar do Brasil,
substitua a palavra por lavrador, agri-
cultor, trabalhador rural, plantador,
cortador de cana(se for o caso), etc.
Campos El’sios.E n‹o ÒEl’seosÓ.
C‰mpus.Aportuguesado:o c‰mpus, os
c‰mpus.
Canal.Inicial maiœscula: Canal da
Mancha.
Candidato a. 1 Ñ Os cargos a que as pes-
soas se candidatam ficam sempre no
singular: candidatos a deputado (e
n‹o a deputados), a l’der, a vereador,
a prefeito, a mŽdico, a fiscal, a dati-
l—grafo,etc. 2 Ñ Se as candidatas
forem mulheres, h‡ duas possibilida-
des: a)O cargo fica no masculino se
puder ser ocupado por pessoas de
qualquer sexo: Ela foi candidata a
prefeito. / H‡ 50 candidatas a depu-
tado em S‹o Paulo. / Eram 30 candi-
datas a datil—grafo.b)Se o cargo se
destinar apenas a mulheres, fica no fe-
minino: Eram dez candidatas a secre-
t‡ria(presume-se que se exijam mu-
lheres apenas). /Havia muitas candi-
datas a costureira.3 Ñ A preposi‹o
usada com candidato, candidatura e
candidatar-se Ž ae n‹o para: Candi-
dato a governador, candidatura ao
Senado. / Candidatou-se a um minis-
tŽrio.
C‰non. Plural: c‰nones.
C‹o.Feminino: cadela. Plural: c‹es.
Capel‹o.Plural: capel‹es.
Capitais brasileiras. Ver Estados, p‡gi-
na 116.
Capital. Inicial minœscula, seja a refe-
rncia a S‹o Paulo ou a qualquer outra
capital do Pa’s: A capital. / Chuva
causa mortes na capital. / Tr‰nsito
p‡ra a capital. / A capital de S‹o
Paulo, a capital fluminense, a capital
federal, as capitais.
Capit‹o. Flex›es: capit‹ (prefira), capi-
toa e capit‹es.
Cap’tulos.AtŽ 10, em ordinais; de 11 em
diante, em cardinais. Use algarismos
ar‡bicos, e n‹o romanos:cap’tulo 1¼,
cap’tulo 10¼, cap’tulo 25.
Capta/capita. Captar, decapitar, per ca-
pita, desta forma.
Cara. Quando se tratar de pessoas, pre-
fira rosto.
Cara-p‡lida.Com h’fen. Plural: caras-
p‡lidas.
Cara-pintada.Com h’fen. Plural: caras-
pintadas.
Car‡ter. Plural: caracteres.
56Caixa de... Car‡ter

Cardio... Liga-se sem h’fen ˆ palavra ou
elemento seguinte. Exemplos:car-
diograma, cardiologia, cardiorrespi-
rat—rio, cardiovascular.
Cargos (como usar). 1 Ñ A institui‹o
que alguŽm representa tem inicial
maiœscula. Assim: a Presidncia da
Repœblica, o MinistŽrio da Fazenda,
a Secretaria do Planejamento, a Pro-
curadoria-Geral da Repœblica, a
Consultoria-Geral da Repœblica, a
Vice-Presidncia da Repœblica, a Su-
perintendncia do Abastecimento.
2 Ñ O ocupante do cargo, no en-
tanto, Ž indicado com inicialminœs-
cula: o presidente da Repœblica, o mi-
nistro da Fazenda, o secret‡rio do
Planejamento, o procurador-geral da
Repœblica, o consultor-geral da Re-
pœblica, o vice-presidente da Repœ-
blica, o prefeito de S‹o Paulo, o supe-
rintendente do Abastecimento, o
gerente de Esportes, o diretor de Cir-
cula‹o, o assessor de Imprensa, o di-
retor de Futebol, o gerente de Pesqui-
sas e Planejamento, etc.
3 Ñ Cargo antes. Com raras exce-
›es, o cargo ou a qualifica‹o de uma
pessoa deve vir antes do nome, por-
que Ž ele (ou ela)que justifica a sua
presena no notici‡rio: O governador
de S‹o Paulo, M‡rio Covas... / O pre-
feito de S‹o Paulo, Celso Pitta... (e
nunca: M‡rio Covas, governador de
S‹o Paulo..., ou Celso Pitta, prefeito
da capital...)Da mesma forma: O di-
retor da Receita Federal, Jo‹o de Al-
meida, revelou... / O tŽcnico do Ca-
brob—, Jo‹o da Silva...
4 Ñ Feminino.O Estadoadota no
feminino o t’tulo dos cargos ocupados
por mulheres ou a sua qualifica‹o.
Assim: ministra, primeira-ministra,
senadora, deputada, governadora, se-
cret‡ria, prefeita, vereadora, ju’za,
promotora, procuradora, desembar-
gadora, advogada, engenheira, capi-
t‹, etc. Aten‹o: use presidentetanto
para o homem como para a mulher.
5 Ñ T’tulo ou qualifica‹o.Pro-
cure dar sempre um t’tulo ou qualifi-
ca‹o ˆ pessoa inclu’da no notici‡rio:
o pr’ncipe Charles, a princesa Anne,
a rainha Elizabeth, o papa Jo‹o Paulo
II, o empres‡rio Ant™nio Erm’rio de
Moraes, o escritor Jorge Amado, o te-
nista Pete Sampras, o piloto Michael
Schumacher, o cantor Em’lio Santia-
go, o compositor Chico Buarque, o
professor Jo‹o de Almeida, o advoga-
do Saulo Ramos, a dona de casa
Joana Rodrigues, etc.
6 Ñ Governo federal.O Estadode-
signa governo e governo federal com
inicial minœscula. Assim: O comba-
te ˆ sonega‹o proposto pelo governo
federal ser‡ uma tarefa dif’cil de ser
cumprida. / ƒ mais um tributo impos-
to pelo governo.
Cargos (h’fen). 1 Ñ Use h’fen na desig-
na‹o dos cargos que fazem parte da
hierarquia normal das empresas par-
ticulares e pœblicas e entidades.
Assim: secret‡rio-geral, diretor-res-
pons‡vel, diretor-financeiro, secret‡-
rio-executivo, diretor-gerente, s—cio-
gerente, diretor-administrativo, edi-
tor-chefe, editor-executivo, gerente-
administrativo, diretor-adjunto, edi-
tor-assistente, diretor-comercial, pri-
meiro-secret‡rio, etc.
2 Ñ S— n‹o haver‡ h’fen quando
essas palavras forem ligadas pela pre-
posi‹o de: diretor de Reda‹o, geren-
te de Vendas, diretor de Finanas,
chefe de Produ‹o, editor de Texto,
secret‡rio de Esportes, ministro da
Fazenda, chefe de Reportagem, etc.
3 Ñ ƒ importante n‹o confundir o
caso dos cargos de hierarquia interna
com a simples denomina‹o da ativi-
dade de uma pessoa. Dessa forma, n‹o
existe h’fen em: jornalista econ™mi-
co, diretor teatral, cientista pol’tico,
cronista esportivo, engenheiro eletr™-
nico, engenheiro civil, cirurgi‹o pl‡s-
tico, mŽdico operador, ator c™mico,
assessor legislativo, etc.
57Cardio... Cargos (h’fen)

4 Ñ No caso de patentes militares,
porŽm, use o h’fen, mesmo com de:
capit‹o-de-mar-e-guerra, capit‹o-de-
fragata, general-de-exŽrcito, general-
de-divis‹o, general-de-brigada, etc.
Cargos (uso da v’rgula).Ver aposto,
item 2, p‡gina 39.
Carioca, fluminense. CariocaÑ da ci-
dade do Rio de Janeiro:moa carioca,
praias cariocas, a prefeitura carioca.
Fluminense Ñ do Estado do Rio de Ja-
neiro: cidades fluminenses, as serras
fluminenses, o governo fluminense.
O governo ou o governador Ž sempre
fluminense. Da mesma forma,As-
semblŽia Legislativa fluminense, po-
l’cia fluminense. Com rela‹o ˆ cida-
de do Rio de Janeiro, useprefeito ca-
rioca, C‰mara carioca,etc.
Carnaval.Inicial minœscula: carnaval.
Caro. 1 Ñ Caro j‡ significa de preo ele-
vado. Dessa forma, Òpreo caroÓcons-
titui redund‰ncia. Escreva: O p‹o est‡
caro. / Artigos caros.O preo pode ser
alto, elevado, exagerado, excessivo,
etc. 2 Ñ Quando adjetivo, varia: Com-
prou roupas caras. / S— freqŸenta lu-
gares caros. / Estas frutas s‹o caras.3
Ñ Como advŽrbio (equivale a de
modo caro), permanece invari‡vel:
Comprei caro estas frutas. / Vendeu
caro as duas casas. / Pagou caro aque-
les desaforos. / As bebidas custam
25% mais caro a partir de amanh‹.
Carros. No caso do aumento do preo
dos carros, alŽm de informar a porcen-
tagem da eleva‹o, registre o preo
atual e o anterior de alguns dos prin-
cipais modelos da f‡brica.
Carta Magna. Iniciais maiœsculas.
Cartel. Inicial maiœscula: Cartel de Me-
dell’n.
Casal. Concord‰ncia no singular: O
casal Jo‹o da Silva e Maria Santini
danou muito na festa (e nunca Òdan-
aramÓ).
Casar. Regncia. 1 Ñ Casar alguŽm (tr.
dir.): O juiz os casou no cart—rio. / O
deputado casou a filha ontem. / O es-
critor casa bem as idŽias.2 Ñ Casar
alguŽm ou alguma coisa com ou a: O
padre casou o empres‡rio com a mo-
delo. / Ele casava a fraqueza com a
indiferena. / Seu texto casava a ele-
g‰ncia ao apuro lingŸ’stico.3 Ñ
Casar com (tr. ind.): A moa casou
com o tio. / O deputado casou com a
senadora.4 Ñ Casar, apenas (intr.): O
jogador casou muito jovem. / Quan-
do nem esperava mais, casou. 5 Ñ
Casar-se com ou a (pron.): Ele se casou
com a vizinha. / Sua m‡goa casou-se
com o despeito. / Suas aspira›es ca-
savam-se ˆs do pai.
Caso.1 Ñ Ver acaso, p‡gina 27. 2 Ñ
Com inicial minœscula quando sin™-
nimo de epis—dio: caso Watergate,
caso Lubeca.
Cassete. Funciona como palavra inva-
ri‡vel quando acompanha um subs-
tantivo:fita cassete, gravadores cas-
sete.
Castel‹o.Flex›es: castel‹ (prefira), cas-
teloa, castelana, castel›es (prefira)e
castel‹os.
Castelhano. Ver espanhol, p‡gina 114.
Cataclismo. E n‹o ÒcataclismaÓ.
Catal‹o. Flex›es: catal‹ e catal‹es.
Catalisar. Com s, assim como catalisa-
dor.
Cateter. Sem acento (pronuncia-se cate-
tŽr).
Caudal. No masculino: o caudal, um
caudal.
CD-ROM. Plural: CD-ROMs. Aten‹o.
N‹o pronuncie CD-ÒrumÓ, mas CD-
r™m.
Ceasa. ƒ o nome popular, em S‹o Paulo,
da Companhia de Entrepostos e Ar-
mazŽns Gerais do Estado de S‹o Paulo
(Ceagesp)e do local onde est‡ situa-
da. No texto, use a forma Ceagesp. Em
outras cidades e Estados, existem —r-
g‹os chamados Ceasa, redu‹o de
Central de Abastecimento S.A.
Cedio. Forma correta, e n‹o ÒsedioÓ.
58Cargos (uso da v’rgula) Cedio

Cela, sela. CelaÑ aposento; sela Ñ as-
sento.
Centigrama. Palavra masculina: dois
centigramas.
Cent’metro. Ver dist‰ncia, p‡gina 98.
Centro... Exige h’fen na forma‹o de ter-
mos geogr‡ficos ou gent’licos: centro-
americano, centro-africano, Centro-
Oeste, Centro-Sul. Nos demais senti-
dos, liga-se ˆ palavra ou elemento de
composi‹o seguinte sem h’fen: cen-
troavante, centroencef‡lico, centro-
mŽdio, centrossomo.
Cerca de. 1 Ñ Indica arredondamento,
assim como coisa deou perto de:
cerca de cinco crianas, perto de dez
homens, coisa de mil pessoas. Assim,
nunca indique nœmeros exatos com
essas formas:cerca de 18 pessoas,
perto de 74 homens, coisa de 152
crianas.2 Ñ A concord‰ncia Ž ex-
pressa pelo numeral ou equivalente:
Cerca de mil pessoas se reuniram
ali. / Perto de uma tonelada de gne-
ros foi perdida na enchente. / Exis-
tiam cerca de 50 crianas em cada
sala. / Cabia ali coisa de uma cente-
na de livros. 3 Ñ Diferena entre acer-
ca de, a cerca de, cerca dee h‡ cerca
de: ver acerca de, p‡gina 29.
Cerebro... Liga-se sem h’fen ao elemen-
to seguinte:cerebrocard’aco, cere-
bropsicose, cerebrorraquidiano. Ex-
ce‹o:cŽrebro-espinhal.
Certificar. Regncia. 1 Ñ Certificar al-
guma coisa: A decis‹o certificou seus
conhecimentos. 2 Ñ Certificar al-
guŽm de alguma coisa: Certificaram-
no da decis‹o. / Certificaram os ami-
gos do ocorrido. / Queria certific‡-lo
da verdade. 3 Ñ Certificar alguma
coisa a alguŽm: Certificaram-lhe o
ocorrido. / Certificou-lhe que nin-
guŽm duvidava da sua competncia.
4 Ñ Certificar-se de: Queria certifi-
car-se da verdade. / Pretendo certifi-
car-me dos acontecimentos.
Certo.1 Ñ Antes do substantivo, equi-
vale a algum, qualquer: Tinha certas
regalias. / Certo dia ele chegou, t‹o
misteriosamente como partira. / A
amizade de certas pessoas n‹o faz
falta. 2 Ñ Depois do substantivo,
equivale a verdadeiro, definido, exato:
A amizade das pessoas certas faz
falta. / Ele chegou no dia certo. / Es-
colheu a carreira certa. 3 Ñ S— quan-
do existe idŽia de nfase, pode apare-
cer o umantes de certo(o normal,
porŽm, Ž a omiss‹o do artigo): N‹o es-
condia uma certa m‡goa. / Tinha
certa necessidade de afirma‹o. /
Levou certo tempo para se retirar. /
Chegou certo dia sem avisar. / Guar-
dava certa graa da juventude.
Cerzidor. Feminino: cerzideira.
Cerzir. E n‹o ÒserzirÓ.
Ces‡rea, cesariana. Desta forma, um
termo com ee outro com i. Prefira, no
entanto, cesariana ou opera‹o cesa-
riana.
Cess‹o. Ver se‹o, p‡gina 261.
Chacina. Chacina n‹o mata pessoas,
nem provoca a morte delas, porque Ž
efeito e n‹o causa. Assim, Ž errado es-
crever: Chacina ÒmataÓseis na peri-
feria. / Chacina Òcausa a morteÓde
m‹e e dois filhos. Veja op›es corre-
tas: M‹e e dois filhos executados na
periferia. / Chacina deixa trs mortos
na periferia. / M‹e e dois filhos s‹o v’-
timas de chacina.
Chamar. Regncia. 1 Ñ Chamar al-
guŽm: Chamou o filho e sa’ram. /
Chamou-o ˆs 6 horas. 2 Ñ Chamar al-
guŽm para ou a:Chamou os funcio-
n‡rios para uma reuni‹o. / Chamou
os filhos a si. / Chamou-os para avis‡-
los do jogo. 3 Ñ Chamar por alguŽm:
Chamou por eles. / Chamou pelos
amigos. 4 Ñ Chamar alguŽm ou algu-
ma coisa de: Chamou o inimigo de co-
varde. / Chamou a atitude de intem-
pestiva. / Chamou aquela idŽia de
agress‹o ˆ nacionalidade. 5 Ñ Cha-
mar, apenas: Todos comearam a
chamar ao mesmo tempo. / P™s-se a
chamar, em v‹o. / O telefone est‡
chamando. 6 Ñ Chamar-se: Ele se
chama Ant™nio. / Chamou-se louco.
59Cela, sela Chamar

7 Ñ H‡ outras constru›es poss’veis,
que convŽm evitar, no entanto, por
terem uso jornal’stico muito restrito:
O amigo chamava-o perdul‡rio. /
Chame-lhe Maria, se voc quiser. /
Chamou-lhe de ingnuo. / Chamou
sonhador ao amigo.
Chamar a aten‹o. Chama-se a aten‹o
de alguŽm, mas ninguŽm Ҏ chamado
ˆ aten‹oÓ.
Chamariz. E n‹o ÒchamariscoÓ.
Champanhe. Palavra masculina: o
champanhe.
Chance.Use a palavra apenas no senti-
do positivo: O time ainda tem chan-
ces de ser campe‹o. Nos demais
casos, recorra a risco, possibilidade ou
probabilidade: Droga reduz risco (e
n‹o ÒchanceÓ)de enfarte. / Pacientes
desse grupo tm maiores possibilida-
des (e n‹o ÒchancesÓ)de contrair a
doena. / A probabilidade(e n‹o
ÒchanceÓ)de um rŽu negro ser conde-
nado Ž muito maior.
Chanceler. Na Alemanha e na çustria,
corresponde a primeiro-ministro e
n‹o a ministro das Rela›es Exterio-
res.
Ch‹o. Como adjetivo (plano, franco,
simples, despretensioso), admite fe-
minino, ch‹:idŽias ch‹s, palavras
ch‹s, maneira ch‹. Plural: ch‹os
(substantivo e adjetivo).
ÒChargeadoÓ. N‹o existe em portugus.
Use atacado, assediado ou acossado.
Charlat‹o. Flex›es: charlat‹ (prefira),
charlatona, charlat‹es (prefira)e char-
lat›es.
Chassi. Use chassi no singular e chassis
no plural.
Chato. 1 Ñ Pode ser usado normalmen-
te como sin™nimo de plano, liso: Era
um objeto chato como um disco voa-
dor.2 Ñ No entanto, para substituir
maante, restrinja seu emprego ˆ lin-
guagem coloquial ou ˆs frases entre
aspas. No lugar, conforme o caso, re-
corra a desagrad‡vel, aborrecido, mo-
n—tono ou cansativo.
Chave. Liga-se com h’fen a outro subs-
tantivo e n‹o varia no plural: quest‹o-
chave, postos-chave.
ÒChecarÓ. Anglicismo a evitar. Verifi-
car, conferir, confrontar e comparar
tm o mesmo significado. Substitua
checagem pelos substantivos corres-
pondentes.
Chefe. A mesma forma para o masculi-
no e o feminino:o chefe, a chefe, as
chefes.
Chegar a. 1 Ñ Verbos de movimento
exigem a e n‹o em:Delega‹o russa
chega hoje a (e n‹o ÒemÓ)S‹o Paulo.
Igualmente: A chegada do jogador ao
(e n‹o ÒnoÓ)Brasil est‡ marcada para
amanh‹. 2 Ñ Chegar em, s— na desig-
na‹o de tempo (Chegar‡ em meia
hora. / Chegamos em cima da hora)
ou com a palavra casa(Chegou tarde
em casa).
ÒChicÓ. Use chique ou elegante.
China. Elemento usado nos adjetivos
p‡trios compostos: sino. Exemplos:
sino-brasileiro, sino-japoneses.
Chope. Use a forma aportuguesada: um
chope, trs chopes.
Chor‹o. Flex›es: chorona e chor›es.
Chuchu. Forma correta.
Chutar, chute. S— no futebol. No bas-
quete, use arremessar e arremesso.
ÒCiclo viciosoÓ. N‹o existe. O certo Ž
c’rculovicioso.
Cidad‹o. Flex›es: cidad‹ e cidad‹os.
Cidades (nomes reduzidos). 1 Ñ O Es-
tadorejeita, tanto nos t’tulos como no
notici‡rio, as formas abreviadas ÒCa-
ragu‡Ó(por Caraguatatuba), ÒGuar‡Ó
(por Guaratinguet‡), ÒItaqu‡Ó(por Ita-
quaquecetuba)eÒPindaÓ(por Pinda-
monhangaba). Use sempre o nome
completo da cidade. 2 Ñ Prefira sem-
pre Rio a Rio de Janeiro. 3 Ñ Nos t’-
tulos, S‹o Paulo pode ser abreviada
para SP, Belo Horizonte, para BH e
Nova York, para NY. Mas n‹o use PA
para Porto Alegre nem LA para Los
Angeles.
60Chamar a aten‹o Cidades (nomes reduzidos)

Cientificar. Regncia. 1 Ñ Cientificar
alguŽm:Antes de mudar o projeto, Ž
preciso cientific‡-los. 2 Ñ Cientificar
alguŽm de alguma coisa: O governo
cientificou o Pa’s das mudanas na
Previdncia. / Venho cientific‡-lo da
nossa decis‹o.3 Ñ Cientificar-se de
alguma coisa: Queria antes cientifi-
car-se do ocorrido.
Cima. O a n‹o se junta a cima em fra-
ses como: Olhou-a de baixo a cima
(para cima).
Cinco-estrelas. Ver estrelas, p‡gina 118.
Cine.A redu‹o s— pode ser usada antes
de um nome: Cine Brasil.N‹o escre-
va, porŽm: Fecha mais um ÒcineÓ
(mas cinema)em S‹o Paulo.
CinqŸenta. ƒ a forma correta, e nunca
ÒcincoentaÓ. Use igualmente cin-
qŸenten‡rio, cinqŸent‹o, etc.
Cintra, Sintra. CintraŽ tanto sobreno-
me quanto o nome de uma serra de
Minas. A sede de concelho ou serra de
Portugal chama-se Sintra.
Circuito.Sem acento (pronuncia-se cir-
cœito).
Circular.Um documento circula, mas
n‹o se pode Òcircular um documen-
toÓ. Assim, escreva: O documento (o
jornal)circulou entre todos os funcio-
n‡rios da empresa (e nunca: A empre-
sa ÒcirculouÓo documento (o jornal)
entre os funcion‡rios). O certo, neste
caso, Ž:A empresa fez o documento
(o jornal)circular entre os funcion‡-
rios.
Circular com desenvoltura. Modismo.
Evite.
C’rculo vicioso. E n‹o Òciclo viciosoÓ.
Cirurgi‹o. Flex›es: cirurgi‹, cirurgi›es
(prefira)e cirurgi‹es.
Cis...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte: cisalpino, cisplatino, cisrena-
no, cisserrano, cisuraniano.
Cisto. Prefira quisto.
ÒCitar queÓ. Cita-se alguma coisa ou al-
guŽm, mas n‹o se cita que: Citou v‡-
rios autores que defendiam a mesma
teoria (em vez de:ÒCitou queÓv‡rios
autores defendiam a mesma teoria).
Citibank. Sem y, assim como a holding
do grupo, Citicorp. Para a forma abre-
viada, use Citi.
Ciz‰nia. Desta forma.
Cl‹. Palavra masculina: o cl‹, os cl‹s.
Classifica‹o. Mesmo que haja mais de
um concorrente de um campeonato
ou torneio em 1¼, 2¼, 3¼, 4¼ lugar, etc.,
a classifica‹o ser‡ apresentada sem-
pre nesta ordem, sem saltar posi›es.
Exemplo: 1¼ Ñ Michel Renault e
Franz Mann, 18 pontos; 2¼ Ñ Charles
Smith e Alain Piccoli, 16 pontos; 3¼ Ñ
Carlino Autobelli, 12 pontos (e
nunca: 1¼ Ñ Michel Renault e Franz
Mann, 18 pontos; 3¼ Ñ Charles Smith
e Alain Piccoli, 16 pontos; 5¼ Ñ Car-
lino Autobelli, 12 pontos). Adote o
mesmo critŽrio para o futebol, v™lei,
basquete ou qualquer outro esporte.
Classifica‹o, classificar-se.Use a pre-
posi‹o para: Conseguiu classifica-
‹o para o torneio. / Classificou-se (e
n‹oÒclassificouÓapenas)para a final
do campeonato.
Clipe. Aportuguesado. Plural: clipes.
Club, Clube. Seguem-se os nomes de al-
guns clubes em que a palavra aparece
ora grafada como Club, ora como
Clube: Autom—vel Club do Brasil,
Autom—vel Clube Paulista, Clube
Alto dos Pinheiros (SP), Clube Naval
(Rio), Club Transatl‰ntico (SP),
Country Club (Rio), Esporte Clube
Pinheiros(SP),Esporte Clube S’rio
(SP),Iate Clube do Rio de Janeiro,
Jockey Club Brasileiro, Jockey Club
de S‹o Paulo, Touring Club eIta-
nhang‡ Golf Club.
CNBB. Conferncia(e n‹o ÒConfedera-
‹oÓ)Nacional dos Bispos do Brasil.
CNEN. Desta forma, em cA.
CNPq. Nome da entidade: Conselho
Nacional de Desenvolvimento Cien-
t’fico e Tecnol—gico (a designa‹o
Conselho Nacional de Pesquisas Ž an-
tiga).
61Cientificar CNPq

Co...De acordo com as normas oficiais,
Ҏ seguido de h’fen, quando tem a sig-
nifica‹o de a pare o segundo ele-
mento possui vida aut™noma na l’n-
guaÓ: co-autoria, co-beligerante, co-
contratante, co-doador, co-eleito, co-
fundador, co-gerir, co-herdeiro, co-in-
quilino, co-mandat‡rio, co-nacional,
co-opositor, co-participante, co-pro-
du‹o, co-rŽu, co-secante, co-tangen-
te, co-un’voco, co-valncia, co-varia-
‹o. Como s‹o inœmeras as exce›es
ou casos em que fica dif’cil aplicar a
regra geral, convŽm consultar o dicio-
n‡rio. Alguns exemplos de palavras
em que o prefixo cose liga sem h’fen
ao elemento seguinte: coaglutina‹o,
coessncia, coestaduano, coeternida-
de, cofun‹o, coirm‹o, coliga‹o, co-
mistura, conota‹o, coobriga‹o,
correlativo, correligion‡rio, covolu-
me.
Cobrar. Cobra-se alguma coisa (a al-
guŽm), mas n‹o se cobra alguŽm: Eles
cobraram as horas extras. / Os depu-
tados cobraram-lhe o apoio prometi-
do (e n‹o: Eles Òcobraram o presiden-
teÓ. / Eles Òcobraram o presidenteÓ
pelo apoio prometido).
Cobrir. Conjuga‹o.Pres. ind.: Cubro,
cobres, cobre, cobrimos, cobris, co-
brem. Pres. subj.: Cubra, cubras,
cubra, cubramos, cubrais, cubram.
Imper. afirm.: Cobre, cubra, cubra-
mos, cobri, cubram. Os demais tem-
pos s‹o regulares.
Coca, coca’na. Coca Ž a planta e coca’-
na, a droga: Mastigou as folhas de
coca. / Era viciado em coca’na.
Cogitar. 1 Ñ Use cogitar, de preferncia,
como indireto: NinguŽm cogitara de
deix‡-lo sozinho. / Descansar era
tudo de que cogitava naquele mo-
mento.2 Ñ Mais raramente, constr—i-
se tambŽm com as preposi›es em e
sobre: Prometeu cogitar na suges-
t‹o. / Ficou a cogitar sobre como po-
deria sair daquela situa‹o. 3 Ñ Por
admitir a regncia direta, pode ser em-
pregado na passiva:O assunto n‹o foi
cogitado na reuni‹o.
Coimbra. Adjetivo p‡trio: coimbr‹o. Fe-
minino: coimbr‹. Plural: coimbr‹os.
Coisa de. Ver cerca de, p‡gina 59.
Colaborar. Colabora-se com alguŽm,
mas se colabora para alguma coisa:
Os empres‡rios colaboraram com os
pol’ticos. / Tudo colabora para o su-
cesso da campanha. / Ele colaborou
para as obras da igreja.
Colarinho-branco. Com h’fen designa a
pessoa: Era um crime t’pico de cola-
rinho-branco. / A puni‹o foi basea-
da na Lei do Colarinho-Branco.
ÒColch‹oÓ.A carne Ž cox‹o(de coxa)e
n‹o Òcolch‹oÓ: cox‹o mole, cox‹o
duro.
Colchetes. Servem para intercalar ob-
serva›es em textos alheios:ÒA’ eu
disse ao Petr™nio [Petr™nio Portela,
ent‹o presidente do Senado] que o
projeto n‹o poderia ser aprovado.Ó
Cole‹o de ... O outro elemento vai para
o plural:cole‹o de selos(e n‹oÒde
seloÓ), cole‹o de bot›es, de livros,
etc.
C—lera. Use a palavra no feminino,
tanto para designar fœria, raiva, quan-
to a doena:Enfrentou a c—lera da
multid‹o. / Eram doentes contami-
nados pela c—lera.
Coletivos. Segue-se uma rela‹o de co-
letivos, alguns —bvios e outros menos
conhecidos. Da lista foram exclu’dos
termos que, embora espec’ficos, n‹o
tm uso jornal’stico (como fato, para
cabras, ou c‡fila, para camelos). Se
n‹o encontrar a palavra adequada,
lembre-se de que muitos deles funcio-
nam como curingas, caso de bando,
grupo, turma, etc.:
AlcatŽia Ñ de lobos, de javalis, de
panteras, de hienas.
Armada Ñ de navios de guerra.
ArquipŽlago Ñ de ilhas.
Arsenal Ñ de armas e muni›es.
AssemblŽia Ñ de pessoas reunidas.
Atlas Ñ de mapas.
62Co... Coletivos

Baixela Ñ de utens’lios de mesa.
Banca Ñ de examinadores.
Banda Ñ de mœsicos.
Bando Ñ de pessoas em geral, de aves,
de ciganos, de bandidos.
Batalh‹o Ñ de soldados.
Bateria Ñ de peas de guerra, de cozi-
nha, de instrumentos de percuss‹o,
de perguntas.
Biblioteca Ñ de livros catalogados.
Bosque Ñ de ‡rvores.
Buqu Ñ de flores.
Cabido Ñ de c™negos.
Cacho Ñ de bananas, de uvas.
Cambada Ñ de coisas que estejam
penduradas no mesmo gancho ou
de ladr›es, malandros, moleques.
Cancioneiro Ñ de can›es, de poesias
l’ricas.
Caravana Ñ de viajantes, de estudan-
tes, de peregrinos.
Cardume Ñ de peixes.
Cinemateca Ñ de filmes.
Claque Ñ de pessoas pagas para aplau-
dir.
Clero Ñ de sacerdotes em geral.
ColŽgio Ñ de eleitores, de cardeais.
Colet‰nea Ñ de textos escolhidos.
Col™nia Ñ de imigrantes, de bactŽ-
rias, de formigas.
Comunidade Ñ de cidad‹os.
Conc’lio Ñ de bispos convocados pelo
papa.
Conclave Ñ de cardeais reunidos para
eleger o papa.
Congresso Ñ de deputados, de sena-
dores, de diplomatas, de cientistas,
de estudiosos.
Consist—rio Ñ de cardeais presididos
pelo papa.
Constela‹o Ñ de astros, de estrelas.
Cordilheira Ñ de montanhas.
Corja Ñ de pessoas ordin‡rias em
geral: corja de bandidos, bbados,
vagabundos, assassinos.
Coro Ñ de anjos, de cantores.
Corpo Ñ de alunos, de eleitores, de ju-
rados.
Discoteca Ñ de discos ordenados.
Elenco Ñ de artistas, de atores, de jo-
gadores.
Enxame Ñ de abelhas.
Esquadra Ñ de navios de guerra.
Esquadrilha Ñ de avi›es.
Fauna Ñ de animais de uma regi‹o.
Feixe Ñ de raios luminosos, de lenha.
Flora Ñ de plantas de uma regi‹o.
Fornada Ñ de p‹es.
Frota Ñ de navios de guerra ou mer-
cantes e de ve’culos pertencentes ˆ
mesma empresa.
Gado Ñ conjunto de animais criados
em fazendas.
Galeria Ñ de quadros, de est‡tuas e de
objetos de arte em geral.
Grupo Ñ de pessoas ou coisas em
geral: grupo de rapazes, de traba-
lhadores, de ilhas, de casas.
Hemeroteca Ñ de jornais e revistas ar-
quivados.
Horda Ñ de indisciplinados, de selva-
gens.
Junta Ñ de dois bois, de mŽdicos, de
examinadores, de governantes.
Jœri Ñ de pessoas que julgam.
Legi‹o Ñ de soldados, de anjos, de de-
m™nios.
Leva Ñ de presos, de recrutas.
Manada Ñ de gado grosso em geral:
manada de bois, burros, bœfalos,
cavalos, Žguas, elefantes.
Matilha Ñ de c‹es de caa.
Molho Ñ de chaves, de verdura.
Multid‹o Ñ de pessoas.
Ninhada Ñ de pintos.
Nuvem Ñ de fumaa ou de coisas de
tamanho reduzido: nuvem de gafa-
nhotos, de pernilongos.
Pelot‹o Ñ de soldados.
Pilha Ñ de coisas dispostas umas
sobre as outras: pilha de livros, pra-
tos, tijolos, discos.
Pinacoteca Ñ de quadros.
Plantel Ñ de animais de raa.
Praga Ñ de insetos nocivos.
Prole Ñ de filhos.
Quadrilha Ñ de ladr›es, de bandidos.
Ramalhete Ñ de flores.
63Coletivos Coletivos

Rebanho Ñ de gado de corte, leiteiro
ou produtor de l‹: rebanho de bois,
cavalos, carneiros, ovelhas, cabras.
RŽstia Ñ de cebolas, de alhos.
Revoada Ñ de qualquer ave em v™o:
revoada de pardais, de pombos.
Roda Ñ de pessoas.
Ronda Ñ de policiais em patrulha.
Seleta Ñ de textos escolhidos.
Tripula‹o Ñ de marinheiros ou aero-
nautas.
Tropa Ñ de muares.
Trouxa Ñ de roupas.
Turma Ñ de pessoas reunidas: turma
de estudantes, trabalhadores, mŽ-
dicos.
Universidade Ñ de faculdades.
Vara Ñ de porcos.
Viveiro Ñ de aves presas, de peixes
confinados.
Vocabul‡rio Ñ de palavras.
Coloca‹o. 1 Ñ N‹o use coloca‹oco-
mo sin™nimo de sugest‹o, observa-
‹o, ressalva, idŽia: Ele fez uma Òco-
loca‹oÓ. / Era uma Òcoloca‹oÓ
equivocada. / A Òcoloca‹oÓapre-
sentada pelo deputado...2 Ñ Empre-
gue, no lugar, alguma das palavras
mencionadas ou outra equivalente
em sentido. Proceda da mesma forma
com colocar.
Coloca‹o das palavras na ora‹o.
1 Ñ Adjetivo
a)O adjetivo vem normalmente
depois do substantivo: Homem alto. /
PrŽdios velhos. / Pedra dura. / Parti-
do democr‡tico.
b)Por nfase, eufonia, ritmo ou cla-
reza da frase, pode-se colocar o adjeti-
vo antes do substantivo: A arisca
ave. / A bela moa leu um bom livro. /
O esperto menino. / O ativo deputa-
do. / Os terr’veis momentos. / As ale-
gres comadres.
c)Os superlativos melhor, pior,
maior e menor precedem o substanti-
vo: O melhor amigo. / A pior decla-
ra‹o. / O maior problema (e n‹oo
problema maior)./ Os menores obje-
tos.
d)Alguns adjetivos assumiram po-
si‹o fixa em rela‹o ao substantivo:
Mero acaso, mera coincidncia. / Ver-
dade nua. / Senso comum. / M‹o di-
reita, m‹o esquerda.
e)Em muitos casos, a posi‹o do
adjetivo altera o seu significado. Diz-
se ent‹o que, colocado depois do subs-
tantivo, o adjetivo est‡ no sentido real
e antes, no figurado: homem bom
(bondoso), bom homem (ingnuo);
homem grande (alto), grande homem
(eminente); menino pobre (sem re-
cursos), pobre menino (coitado); diri-
gente alto (de grande estatura), alto
dirigente (importante); redator sim-
ples (singelo), simples redator (mero).
f)Com bom e mau, o sentido mais
comum Ž o figurado, vindo, por isso,
o adjetivo antes do substantivo (e, na
maior parte das vezes, a associa‹o ad-
jetivoÑsubstantivo forma como que
uma palavra composta): bom dia, m‡
hora, mau h‡lito, boa vontade, bons
ventos, bom gosto, mau costume,
mau aspecto, m‡ forma, bom pres-
sentimento, boa vit—ria, boa ocasi‹o.
Se o significado for o real, o adjetivo
ficar‡ normalmente depois do subs-
tantivo: homem mau, homem bom,
a‹o m‡, ‡gua boa, meninos maus.
g)Com os indefinidos, a altera‹o
de sentido torna-se ainda mais pro-
nunciada: alguma coisa (uma), coisa
alguma (nenhuma); certo homem
(um determinado), homem certo
(exato); qualquer pessoa (alguma),
pessoa qualquer (desqualificada).
2 Ñ Artigo, pronome e numeral
Vm normalmente antes do subs-
tantivo: o caso, um caso; esse livro,
nosso livro; todo dia, cada reporta-
gem; trs horas, sexto dia.
Exce›es. a)Por quest‹o de realce
ou eufonia, os possessivos e demons-
trativos podem seguir-se ao substan-
tivo: Com amigo meu ninguŽm faz
64Coloca‹o Coloca‹o das palavras na ora‹o

isso. / Referiu-se de novo ˆ casa, casa
essa que ninguŽm conhecia.
b)Os numerais sucedem ao subs-
tantivo quando designam datas, p‡gi-
nas, partes de uma obra, artigos de lei,
decretos e portarias, papas, reis, sŽ-
culos e endereos: dia 7, p‡gina 14,
cap’tulo 6¼, artigo 2¼, par‡grafo 1¼,
Jo‹o XXIII, Lu’s XV, sŽculo 20, casa
25, apartamento 16.
3 Ñ Verbo
O verbo auxiliar precede o princi-
pal: Pretendia saber. / Foi morto na
guerra. / Estava ferido. / Tinha-se for-
mado. / Queria sair.
4 Ñ AdvŽrbio
a)Os advŽrbios que acompanham
um adjetivo, um partic’pio isolado e
outro advŽrbio usualmente se colo-
cam antes deles: Uma jovem t‹o
bela. / O letreiro estava meio apaga-
do. / Ficou muito desconfiada. /
Tocou muito bem.
b)Os advŽrbios de modo (assim,
bem, mal, depressa, devagar, melhor,
pior e os terminados em mente)que
modificam o verbo vm geralmente
depois dele: O menino desenha bem
(mal). / Os velhos caminhavam de-
vagar (depressa). / Sua saœde est‡ me-
lhor (pior). / Ela andava assim. / De-
sapareceu rapidamente. / Morreu su-
bitamente do cora‹o. / Os gover-
nantes parecem estar revendo lenta-
mente essa posi‹o.
c)Os advŽrbios de tempo e de lugar,
assim como as express›es equivalen-
tes, podem colocar-se antes ou depois
do verbo (entre eles, est‹o: agora,
ainda, amanh‹, hoje, ontem, antes,
cedo, depois, ent‹o, j‡, nunca, sempre,
ˆ noite, ˆ tarde, de dia, de manh‹, em
breve, de vez em quando, abaixo,
acima, adiante, a’, alŽm, ali, aqui,
atr‡s, c‡, dentro, fora, l‡, longe, onde,
ao lado, em cima, de perto, por onde,
para baixo, etc.): De vez em quando
alguŽm se feria ali. / Em breve ele es-
tar‡ longe. / Aqui dentro faz tanto frio
como l‡ fora. / Ele veio atr‡s de n—s. /
J‡ lhe pedi para ficar sempre entre
n—s. / Para baixo todo santo ajuda.
d)S— inicie frase com advŽrbio,
porŽm, quando ele ou a locu‹o com
esse valor tenham fun‹o essencial na
ora‹o: Aqui se faz, aqui se paga. /
Amanh‹, finalmente, o lanamento
da Challenger 45. / Agora o governo
fala em conter gastos. / Na sexta-
feira, bem cedo, partir‹o para o Rio. /
Com pressa, ele pedia que todos sa’s-
sem. Nos demais casos, coloque o ad-
vŽrbio ou a express‹o com esse valor
na posi‹o que as normas recomen-
dam. Assim: TV mostra amanh‹ Co-
rinthians x Botafogo. / O Brasil abre
na segunda-feira a AssemblŽia-Geral
da ONU. / Sai hoje a rela‹o dos con-
correntes ao Oscar. / Eles devem real-
mente ser os melhores. E n‹o: Ama-
nh‹, TV mostra... / Segunda-feira, o
Brasil abre... / Hoje, sai a rela‹o... /
Realmente, eles devem ser...
5 ÑN‹o e nem
Estas negativas precedem sempre o
verbo: N‹o disse. / N‹o foi trabalhar
nem se justificou.
Coloca‹o dos termos na ora‹o.A ora-
‹o em portugus Ž a direta, isto Ž, su-
jeito (quando houver), predicado e
complementos(quando houver): O
tempo est‡ firme. / Deve chover ama-
nh‹. / O governo alterou as normas
do Imposto de Renda. / O rio trans-
bordou. Se houver dois complemen-
tos, o objeto direto em geral antecede
o indireto: Os EUA deram ontem um
ultimato ˆ L’bia. / A enfermeira en-
volveu a criana no cobertor. / O
aluno devolveu o livro ˆ biblioteca.
1 Ñ Sujeito depois do verbo
a)Na passiva com o pronome se:
Fazem-se ternos. / Vendem-se fru-
tas. / Constroem-se casas. Note que
na voz passiva o sujeito recebe a a‹o
(ternos s‹o feitos, frutas s‹o vendi-
das, casas s‹o constru’das). H‡ casos
em que o seindica apenas um verbo
65Coloca‹o dos termos na ora‹o Coloca‹o dos termos na ora‹o

pronominal e o sujeito vem antes
deste porque se trata da voz ativa (o
sujeito pratica a a‹o):O vizinho
mudou-se. / O pa’s declarou-se em
guerra.
b)Nas ora›es reduzidas de gerœn-
dio, partic’pio e infinitivo: Retirando-
se o valent‹o, todos respiraram ali-
viados. / Retirado o valent‹o, todos
respiraram aliviados. / Ao se retirar o
valent‹o, todos respiraram aliviados.
c)Em geral, nas ora›es iniciadas
pelos advŽrbios interrogativos ou por
pronome interrogativo que n‹o seja
sujeito: Aonde se dirigem eles?/
Como morrem os homens?/ Quem
somos n—s para esperar essa graa?/
Por que saiu ele t‹o cedo?/ Que disse
ela?/ Quanto custa uma dœzia de
ovos?O sujeito vem antes, porŽm,
quando a frase tem a locu‹o Ž que,
quando se inicia a frase com o sujeito
e quando a palavra interrogativa figu-
ra no fim da frase: Onde Ž que voc
estava?/ Esse livro por que est‡
aqui?/ Ele queria o qu?
d)Nas ora›es exclamativas e im-
perativas: Vivam as fŽrias! / Morra o
ditador! / Como Ž dura a vida! /
Benza-os Deus! / Vejam todos este
exemplo.
e)Nas ora›es que explicam cita-
›es: ÒO pa’s precisa de todos os ci-
dad‹osÓ, disse o presidente. / ÒTerra
ˆ vistaÓ, exclamou o marinheiro.
f)Nas ora›es condicionais cons-
tru’das sem conjun‹o: Fossem eles
mais novos... / TivŽssemos n—s outra
op‹o... / Fizessem os homens por
merecer... / Pudessem eles chegar
mais cedo...
g)Em ora›es de car‡ter narrativo:
Corria a dŽcada de 30... / Passaram
anos e anos... / Chegara o tempo da
esperana...
h)Em certas constru›es com ver-
bos que s— se usam na terceira pessoa
(pelo menos em sentido restrito):
Acontecem coisas incr’veis aqui. /
Restou-lhe o filho como consolo. /
Basta um dia. / Faltam homens no re-
gimento.
i)Em geral, nas ora›es com ver-
bos intransitivos: Chega hoje o presi-
dente da Repœblica. / Sopra o vento,
ruge o le‹o e a manh‹ desponta. / Bri-
lha o sol. / Nasce o dia. / Dormem as
crianas. / Prossegue o festival de no-
mea›es. / Recomeam as aulas.
j)Quando se quer ressaltar a idŽia
expressa por um verbo de liga‹o (ser,
estar, parecer, ficar, permanecer, etc.):
Este n‹o era o seu dia. / Estava crua
a comida. / Ficava longe aquele
posto. / Permanecia parado na esqui-
na o carro da pol’cia.
2 ÑOutros casos
a)O verbo figura no comeo da
ora‹o que determina tempo, dist‰n-
cia, peso, medida ou nœmero: S‹o 5
horas. / S‹o 6 quil™metros daqui atŽ
o centro. / Faltam s— 30 metros. /
Eram 30 meninos.
b)A nfase pode fazer que o objeto
direto ou indireto venha antes: Desta
‡gua n‹o beberei. / Comida para
todos prometeu o governador.
c)O verbo inicia frases de car‡ter
existencial: Era uma vez um sapo que
virou pr’ncipe. / Existem naquela
‡rea muitos ’ndios.
d)O sujeito pode ser deslocado para
o fim da frase quando se quer chamar
a aten‹o sobre ele: O chefe Ž ele. / Se
ninguŽm quiser ir, vou eu.
e)As ora›es que servem de sujei-
to ao verbo de liga‹o (ser, estar, pare-
cer, ficar, etc.)vm, em geral, depois
deste: Estava acertado que ele seria
promovido. / ƒ justo que todos o re-
verenciem. / Parece certo que nin-
guŽm o indicou. / ƒ preciso muita
cautela. / ƒ necess‡rio maior cuida-
do. / ƒ proibido pisar na grama.
f)Na passiva com o verbo ser, o par-
tic’pio inicia a frase, se esta exprime
desejo ou vontade: Benditos sejam
vossos pais. / Amaldioados sejam os
assaltantes.
66Coloca‹o dos termos na ora‹o Coloca‹o dos termos na ora‹o

g)As ora›es que servem de sujei-
to ou complemento a outras seguem-
se ao verbo principal: N‹o se sabe se
ele chegou. / Esperamos que ele con-
siga o lugar. / Concordo em que fi-
quem conosco. / Seu mal Ž n‹o ser
realista. / Tinha medo de que n‹o o
compreendessem. Em um ou outro
caso, porŽm, essas ora›es podem vir
antes da ora‹o principal ou estar in-
tercaladas nela: Que falavam mal,
percebia-se logo. / Se ele chegou, n‹o
se sabe. / O deputado, se era contra
o projeto, n‹o o dizia.
h)As ora›es subordinadas adjeti-
vas (s‹o introduzidas quase sempre
por um pronome relativo e tm como
antecedente um substantivo ou pro-
nome)podem vir depois da ora‹o
principal ou nela ser intercaladas:
Estas eram as mulheres de quem gos-
tavam. / As mulheres de quem gosta-
vam eram estas. / O modo como o fi-
zeram indicava sua origem. / Conse-
guiu tudo quanto queria. / O pai, que
amava os filhos, n‹o queria separar-
se deles. / Acharam o local onde es-
tava enterrado o tesouro. / O local
onde estava enterrado o tesouro per-
manecia ignorado.
i)As ora›es subordinadas adver-
biais (s‹o introduzidas por conjun-
›es e exprimem circunst‰ncias de
tempo, modo, fim, causa, condi‹o,
etc.)podem aparecer antes, no meio
ou depois da ora‹o principal: Quan-
do o vimos, deixamos a sala. / N—s,
quando o vimos, deixamos a sala. /
Deixamos a sala, quando o vimos. /
Apesar de serem os melhores, n‹o
foram aprovados. / N‹o foram apro-
vados, apesar de serem os melhores. /
Porque acreditava no mŽdico, o
doente levantou-se. / O doente levan-
tou-se porque acreditava no mŽdico.
Coloca‹o pronominal.A norma da l’n-
gua Ž a coloca‹o do pronome ‡tono
(me, te, se, lhe, o, a, nos, vos, lhes, os,
as)depois do verbo: As reuni›es do
Congresso iniciaram-se ontem. / Os
meninos feriram-se no acidente.
(Veja no fim do verbete as normas usa-
das no Estadopara a coloca‹o de pro-
nomes.)
Determinadas palavras ou tipos de
frase, porŽm, exigem que o pronome
fique antes do verbo: As reuni›es do
Congresso, que se iniciaram ontem,
nada prometem de novo este ano. /
Os meninos n‹o se feriram no aciden-
te.
Como o pronome n‹o pode vir de-
pois de um verbo no futuro do presen-
te ou futuro do pretŽrito (antigo con-
dicional), nesses casos o pronome Ž
intercalado no verbo: Dir-se-ia que
todos ficaram satisfeitos. (E n‹o:
Diria-se que...)
Pronome antes do verbo
(pr—clise)
1 Ñ Verbo precedido de palavras de
sentido negativo(n‹o, nunca, jamais,
nada, nenhum, nem, ninguŽm): O
homem n‹o se alterou. / Nada me re-
volta. / Jamais lhe explicaram a
raz‹o. / Nunca vos procuraram?/ Ela
n‹o foi nem se deixou levar. / Nin-
guŽm nos perdoar‡ a ausncia. / Ne-
nhum dos passageiros se feriu no aci-
dente.
2 Ñ Verbo precedido de advŽrbio
(aqui, ali, c‡, l‡, muito, bem, mal,
sempre, somente, depois, ap—s, j‡,
ainda, antes, agora, talvez, acaso, por-
ventura): Aqui se faz, aqui se paga. /
J‡ nos convidaram. / Muito lhe agra-
deo o favor. / Sempre lhe dizia que
viesse. / Depois eu os procuro. / Ainda
nos pedir‡ desculpas. / Talvez se in-
terne amanh‹ para tratamento. /
Agora vos digo: sois o mais gentil. /
Acaso lhe interessa este livro?
Observa‹o.Se depois do advŽrbio
se fizer uma pausa, em geral expressa
pela v’rgula, o pronome ficar‡ depois
do verbo: Antigamente, falava-se
muito nesse assunto. / Hoje, escreve-
67Coloca‹o pronominal Coloca‹o pronominal

se muito e pensa-se pouco. / Ali, pre-
cisa-se de empregados.
3 Ñ Verbo precedido de que, em
qualquer sentido (menos quando
substantivo): ƒ o que lhe pedi. / Diga-
lhe que se v‡ embora. / O livro que
voc nos emprestou Ž —timo. / Desco-
nheciam o assunto de que lhe haviam
falado. Quando substantivo: Oqu
da quest‹o foi-lhe mostrado. / O qu
(letra)escreve-se com acento.
4 Ñ Verbo precedido de conjun‹o
subordinativa (porque, embora, con-
forme, se, como, quando, conquanto,
caso, quanto, segundo, consoante, en-
quanto, quanto mais... mais): N‹o foi
trabalhar porque se havia machuca-
do. / Como nos prometeram, chega-
ram cedo. / Se os homens se compe-
netrarem... / Embora lhe tenha avisa-
do... / Conforme o alertara... / Quan-
do o amigo se preparava para sair... /
Caso lhe interesse saber... / Tanto se
preocupava quanto se divertia. / Agiu
segundo (consoante, conforme)o
irm‹o lhe sugerira. / Quanto mais a
pol’cia se omite, mais os assaltos se
alastram.
5 Ñ Verbo precedido de pronome
relativo (o qual, quem, cujo, onde): As
mulheres ˆs quais nos referimos... / ƒ
o homem a quem se atribuiu a mis-
s‹o. / Em S‹o Paulo, onde se radi-
cou... / O pedido cujo atendimento se
recomenda...
6 Ñ Verbo precedido depronome
indefinido(algum, alguŽm, diversos,
muito, pouco, v‡rios, tudo, outrem,
algo): Algum se salvar‡. / AlguŽm o
traria de qualquer forma. / Muito (ou
pouco)se espera dele. / Nada se perde,
tudo se transforma. / Algo me diz que
ele vir‡ hoje.
7 Ñ Verbo precedido de pronome
demonstrativo(isto, isso, aquilo):
Isto me agrada. / Isso te satisfaz?/
Aquilo lhe diz respeito.
8 Ñ Em frases que exprimem de-
sejo ou exclama‹o: Deus lhe
pague! / Bons ventos o levem. / Bons
olhos o vejam. / Nossa Senhora a pro-
teja. / Macacos me mordam! / Raios
o partam!
9 Ñ Verbo no gerœndio precedido
da preposi‹o em ou de advŽrbio: Em
se tratando de esporte, prefere o fute-
bol. / N‹o o fazendo, voc se arrisca
a perder o amigo. / Bem o dizendo,
mal o negando.
10 Ñ Verbo precedido das conjun-
›es coordenativasn‹o s—... mas tam-
bŽm, quer... quer, j‡... j‡, ou... ou,
ora... ora: N‹o s— me trouxe a enco-
menda, mas tambŽm me ofereceu
um presente. / Quer se retire, quer se
acomode... / Ou se afasta ou se en-
quadra nas normas. / Ora se irrita,
ora se mostra alegre. Observa‹o. As
conjun›es coordenativas e, mas,
porŽm, todavia, contudoe portanto
n‹o atraem o verbo.
11 Ñ Com as formas verbais pro-
parox’tonas: N—s lhe perdoar’amos a
desfeita. / N—s o ter’amos feito. / N—s
nos derram‡vamos em elogios.
12 Ñ Nas ora›es iniciadas por
pronome interrogativo: Quem te
falou a respeito do caso?/ Como o pu-
deram fazer?
Pronome depois do verbo
(nclise)
1 Ñ Por ser a norma da l’ngua, em-
bora o portugus do Brasil tenha a ten-
dncia oposta: Os carros chocaram-se
de frente. / As crianas punham-se a
chorar quando sentiam fome. Regra
pr‡ticaÑ O pronome vem depois do
verbo quando n‹o h‡ nenhuma pala-
vra que o atraia.
2 Ñ Quando o verboinicia a frase:
Deram-lhe o recado, afinal?/ Fala-se
muito nesse problema agora. / Ven-
dem-se apartamentos. / Procura-se
um bom empregado. Para lembrar.
N‹o se inicia per’odo com pronome
obl’quo. Admite-se essa forma apenas
na linguagem coloquial ou nas decla-
ra›es colocadas entre aspas: ÒMe d
68Coloca‹o pronominal Coloca‹o pronominal

a m‹oÓ, dizia a moa. / ÒMe faa um
favor.Ó
3 Ñ Com o gerœndio (n‹o precedi-
do de em ou advŽrbio): Apagou a luz,
deixando-nos no escuro. / N‹o quei-
ra engan‡-lo fazendo-se de pobre.
4 Ñ No imperativo afirmativo:
Vamos, amigos, cheguem-se aos
bons. / Meu filho, prepara-te, apres-
sa-te.
Pronome intercalado (mes—clise)
1 Ñ Para iniciar frase: Poder-se-‡
fazer a festa amanh‹. / Dir-lhe-ia
todos os desaforos que pudesse. / Tr‡-
lo-‡ a reboque.
2 Ñ Quando n‹o existe nada que
atraia o verbo no futuro do presente
ou no futuro do pretŽrito (antigo con-
dicional): O torneio iniciar-se-‡ no
domingo. / A vida devolv-lo-ia ˆ rea-
lidade.
Observa‹o. Por estarem hoje
mais ligadas ˆ linguagem erudita,
convŽm, no entanto, sempre que pos-
s’vel, evitar essas formas.
Veja op›es: A festa poder‡ ser rea-
lizada (oufeita)amanh‹. / Pretendia,
queria, ia dizer-lhe todos os desafo-
ros que pudesse. / Vai traz-lo a rebo-
que.
Casos opcionais
1 Ñ Com os pronomes pessoais:
Ela disse-me assim, ela me disse
assim. / Eu o procuro amanh‹, eu pro-
curo-o amanh‹. / N—s recompusemo-
nos, n—s nos recompusemos. A eufo-
nia, porŽm, recomenda o pronome
antes do verbo, neste caso.
2 Ñ Com o infinitivo que n‹o faa
parte de locu‹o verbal: Sem os forar
a nada, sem for‡-los a nada. / AtŽ se
chegar ˆ solu‹o, atŽ chegar-se ˆ so-
lu‹o. / Depois de se p™r ˆ disposi‹o,
depois de p™r-se ˆ disposi‹o. / Por
lhes trazer a fita, por trazer-lhes a fita.
Exce›es. N‹o combine por com os
pronomes o, a, os, as(use por faz-los,
apenas, em vez de Òpor os fazerÓ)nem
acom os pronomes o, a, ose as (use
preferia morrer a deix‡-la, a deix‡-
los, etc., em vez de Òa a deixarÓ, Òa os
deixarÓ).
Locu›es verbais
1 Ñ Verbo auxiliar mais infinitivo
a)Se n‹o houver atra‹o, o prono-
me fica depois do auxiliar ou do infi-
nitivo: Quero-lhe dizer a verdade,
quero dizer-lhe a verdade. / A moa
deve-se resguardar, a moa deve res-
guardar-se.
b)Se houver atra‹o, o pronome
fica antes do auxiliar ou depois do in-
finitivo: N‹o lhe quero dizer a verda-
de, n‹o quero dizer-lhe a verdade. / A
moa jamais se precisava resguardar,
a moa jamais precisava resguardar-
se.
2 Ñ Verbo auxiliar mais preposi-
‹o e infinitivo
a)Se n‹o houver atra‹o, o prono-
me fica depois da preposi‹o ou do in-
finitivo: Deixou de a procurar, deixou
de procur‡-la.
b)Se houver atra‹o, o pronome
fica antes do auxiliar ou depois do in-
finitivo: N‹o a deixou de procurar,
n‹o deixou de procur‡-la.
Observa‹o. Tanto no caso 1 como
no 2, a coloca‹o do pronome depois
do infinitivo Ž a prefer’vel (dizer-lhe,
procur‡-la).
3 ÑVerbo auxiliar mais gerœndio
a)N‹o havendo atra‹o, o prono-
me fica depois do auxiliar ou do ge-
rœndio: Vinha-lhe dizendo a verdade,
vinha dizendo-lhe a verdade. / A
festa estava-se realizando, a festa es-
tava realizando-se. / Ia-se desfazen-
do, ia desfazendo-se. Prefer’veis:
Vinha-lhe dizendo, estava-se reali-
zando, ia-se desfazendo.
69Coloca‹o pronominal Coloca‹o pronominal

b)Havendo atra‹o, o pronome fica
apenas antes do auxiliar: N‹o lhe
vinha dizendo a verdade. / Sabia que
a festa se estava realizando ali. / Tudo
se ia desfazendo.
4 Ñ Verbo auxiliar mais partic’-
pio
a)N‹o havendo atra‹o, o prono-
me fica depois ou antes do auxiliar:
Os chefes haviam-no recomendado,
os chefes o haviam recomendado. / O
amigo tinha-lhe feito um favor, o
amigo lhe tinha feito um favor. No
in’cio de frase, ocorre apenas a mes—-
clise: Ter-lhe-ia dito algo desagrad‡-
vel?/ Dir-se-ia que n‹o pretendia vol-
tar.
b)Havendo atra‹o, o pronome fica
apenas antes do auxiliar: Quis saber
por que o haviam recomendado. / O
amigo tambŽm lhe tinha feito um
favor. / Quem lhe teria dito algo de-
sagrad‡vel?
Para lembrar: Em nenhuma hip—-
tese o pronome pode estar depois do
partic’pio, sendo, pois, absurdas for-
mas como Òdito-lheÓ, Òrecomendado-
oÓ, Òfeito-nosÓ, Òpedido-lhesÓ, etc.
Observa›es finais
1 Ñ As normas de atra‹o ou n‹o
do pronome levam em conta a ora‹o
completa. Considere-se, por exemplo,
o per’odo: Nunca, diga-se a prop—si-
to, lhe pedi favor algum. H‡ duas ora-
›es: Nunca lhe pedi favor algum /
diga-se a prop—sito. O nuncaatrai o
lhe da ora‹o principal (nunca lhe
pedi), mas n‹o o seda ora‹o comple-
mentar (diga-se a prop—sito).
Outro exemplo: O homem que
anda muito na rua cansa-se mais.
Existem igualmente duas ora›es: O
homem cansa-se mais/que anda
muito na rua. O se de cansa-se fica
depois do verbo porque n‹o h‡ nada
na ora‹o principal que atraia o pro-
nome (o homem cansa-se).
Mais um caso: Era dono da loja
que, recorde-se, vendia artigos im-
portados.
2 Ñ O que subentendido atrai o
pronome como se estivesse expresso
na frase: Requeiro se digne informar-
nos (que se digne). / Peo-lhe me deixe
sair (que me deixe).
3 Ñ Pronome depois do futuro do
presente ou do pretŽrito. Em nenhu-
ma hip—tese pode ocorrer um caso
desses, sendo, pois, absurdas formas
como Òteria-lheÓdito, Òfaria-seÓo tra-
balho, Òpoderia-seÓrealizar, Òdiria-seÓ
que ele estava atrasado, Òfar‹o-lheÓa
vontade, Òdirei-lheÓa verdade, Òcon-
tar‡-nosÓtudo a respeito do caso.
No ÒEstadoÓ
O Estadoaceita o uso, no notici‡-
rio, do pronome obl’quo colocado
entre dois verbos, sem necessidade de
se ligar por h’fen ao primeiro deles.
Trata-se de uma caracter’stica do por-
tugus do Brasil que n‹o Ž mais pos-
s’vel desprezar:Ele estava se prepa-
rando para sair. / Falta dՇgua pode
se agravar hoje. / Ele tinha se revol-
tado contra o pai. / Devia estar se
aborrecendo com tudo aquilo. / Que-
ria se livrar do amigo. / Vai se casar
esta semana. / Esses homens podem
nos ajudar. / Venho lhe trazer o meu
apoio. / Tinha nos decepcionado.
Colocar. 1 Ñ Colocar significa p™r em
algum lugar e deve ser usado para coi-
sas materiais: Colocou o copo no ar-
m‡rio. / Colocou os azulejos na pare-
de. 2 Ñ P™r se emprega nas locu›es
e frases feitas, no sentido figurado e
na defini‹o de coisas abstratas e do
esp’rito: p™r em pr‡tica, p™r frente a
frente, p™r o dedo na ferida, p™r em
xeque, p™r em pratos limpos, p™r um
ponto final, p™r fogo, p™r o assunto em
dia, p™r a mesa, p™r os pensamentos
em ordem, etc. 4 Ñ Em qualquer si-
tua‹o, sempre que poss’vel, prefira
p™ra colocar.
70Colocar Colocar

Colorir. Conjuga‹o. S— tem as formas
em que ao r se segue e ou i: colore, co-
lorimos, etc.
Com (concord‰ncia). Ver concord‰ncia
(verbo, sujeito composto, item d, p‡-
gina 75).
Com...H’fen antes de vogal: com-
aluno, com-irm‹o. Nos demais casos:
combatente, concelebra‹o, confe-
derado, consacerdote, contor‹o.
Coma. Use a palavra no masculino para
definir o estado de saœde e, por exten-
s‹o, insensibilidade, apatia: o coma
do doente, coma (=apatia)pol’tico,
coma profundo.
Comando militar.l Ñ Para o chefe de
um Comando Militar, use as formas:
o comandante militar do Sudeste, o
comandante militar do Planalto (e
n‹oo comandante do Comando Mi-
litar do Sudeste, etc.). 2 Ñ Ver quais
s‹o os comandos no verbete militares,
p‡gina 178.
Comear. Antes de infinitivo, exige a:
O prŽdio comeou a cair. / Vai come-
ar a chover logo.
Comemora‹o de. Use em comemora-
‹ode, e n‹o em comemora‹oa: Em
comemora‹o dos 25 anos de casa-
do. / Em comemora‹o do centen‡rio
de funda‹o da cidade.
Comemorar. Use o verbo apenas no sen-
tido de celebrar, festejar, evitando o
seu emprego em frases como come-
morar o centen‡rio da morte de al-
guŽm, comemorar o cinqŸenten‡rio
do terremoto que destruiu alguma ci-
dade, etc. Nestes casos, recorra a assi-
nalar, marcar, lembrar, evocar ou re-
viver. Proceda da mesma forma com
comemora‹oe comemorativo.
ÒComentar queÓ. AlguŽm comenta al-
guma coisa, mas n‹o comenta que...
ÒComentar sobreÓ. 1 Ñ O verbo pede
objeto direto: Os alunos comenta-
vam favoravelmente a aula (e n‹o
ÒsobreÓa aula)./ O tŽcnico n‹o quis
comentar a expuls‹o do jogador. 2 Ñ
Com sobre, use fazer coment‡rios: Os
alunos fizeram coment‡rios sobre a
aula.
Comercializar. Envolve uma sŽrie de
opera›es e n‹o a venda pura e sim-
ples. Assim: Os agricultores tm difi-
culdades para comercializar a safra. /
Os artes‹os v‹o vender (e n‹o Òco-
mercializarÓ)os produtos na feira.
Proceda da mesma forma com comer-
cializa‹o.
Comiss‹o. Com inicial maiœscula ape-
nas quando particularizada:Comis-
s‹o de Finanas, as Comiss›es de Jus-
tia e Oramento. Nos t’tulos ou se-
gunda referncia, em minœsculas: O
projeto, j‡ aprovado pela comis-
s‹o... / Ministro depor‡ em comiss‹o.
Commodity. ƒ o singular. Plural: com-
modities.
ÒCommonwealthÓ. Use Comunidade
Brit‰nica.
Com n—s, com v—s.S‹o corretas essas
formas quando o pronome tem com-
plemento ou reforo: Eles queriam
falar com n—s mesmos (oucom v—s
mesmos), e n‹o Òconosco mesmosÓ
nem Òconvosco mesmosÓ. Da mesma
forma: com n—s dois, com v—s todos,
com n—s ambos, com v—s outros, com
n—s pr—prios, etc.
Com o objetivo de. Prefira para.
Como. Concord‰ncia. Verassim como,
p‡gina 47.
ÒComo sendoÓ. Express‹o ruim, desne-
cess‡ria e evit‡vel: Foi considerado
Òcomo sendoÓo melhor em campo.
Use simplesmente: Foi considerado o
melhor em campo. / Julgaram-no
(como sendo)o melhor jornalista do
ano.
ÒComo se recordaÓ, Òcomo se sabeÓ. Fra-
ses feitas inaceit‡veis. Como, na
maior parte dos casos, n‹o se recorda
nem se sabe, explique ao leitor os an-
tecedentes do caso, sem rodeios des-
necess‡rios.
Compara›es.Por transmitirem fre-
qŸentemente uma imagem afetada,
quando n‹o artificial, as compara›es
71Colorir Compara›es

devem ser usadas com extremo rigor
ou evitadas, o que Ž sempre mais pru-
dente. Mesmo na linguagem colo-
quial, recomenda-se cautela. Atente
para alguns maus exemplos (reais)do
recurso ˆs compara›es:Para sua
substitui‹o, h‡ tantas possibilida-
des quanto estrelas no universo. / A
cidade no Natal volta a ficar movi-
mentada como um formigueiro. / Ele
reclamou feito um louco. / Estava
apanhando mais do que judas em s‡-
bado de Aleluia. / Soltava fogo pelo
nariz como um drag‹o. / Uma vez
aberto o pacote, as promessas v‹o
para o lixo, como o papel dos embru-
lhos. / As bandas de rock surgem e
somem como cogumelos ou defi-
nham t‹o celeremente quanto libŽlu-
las. / Ficou perdido como um n‡ufra-
go.
Embora n‹o constituam propria-
mente compara›es, existem ima-
gens de reforo da frase que tm quase
a mesma fun‹o e incorrem em idn-
tico tipo de risco: Uma avalanche de
fot—grafos cercou o artista. / Havia na
sala um clima de vel—rio. / Previa-se
um calor de rachar catedrais. Devem
ser evitadas a todo custo, em benef’-
cio da objetividade.
Compara›es(formas). 1 Ñ Nas com-
para›es Ž indiferente o uso de do que
ou que: ƒ mais rico do que ouque o
pai. / NinguŽm se empenhou mais
pela aprova‹o do projeto do queou
que ele. O do que, de certa maneira,
Ž mais coloquial e o que aparece com
maior freqŸncia na linguagem escri-
ta. 2 Ñ Mesmo que as formas pare-
am pouco euf™nicas, s‹o as locu›es
ao do, do do e equivalentes que
devem ser usadas quando se omite
uma palavra nas compara›es: Seu
carro era inferior ao do amigo. / O ’n-
dice ficou acima do do ano passado. /
As vendas de maro podem ficar
abaixo das de fevereiro. ƒ como se se
escrevesse: Seu carro era inferior ao
carro do amigo. / O ’ndice ficou
acima do ’ndice do ano passado. / As
vendas de maro podem ficar abaixo
das vendas de fevereiro.3 Ñ Do e da
simplesmente n‹o estabelecem com-
para›es, sendo, pois, erradas formas
como: Estava com trs pontos a mais
ÒdaÓ(o certo do que a)Portuguesa. /
Pediu 2 mil lugares a mais ÒdoÓ(o
certo: do que o)autorizado. 4 Ñ ƒ ita-
lianismo usar daquele e daquilo para
introduzir compara›es. Assim: O
clube gastou mais que arrecadou (e
n‹o ÒdaquiloÓque arrecadou). / Era
mais violento do que os que chega-
ram depois (e n‹o ÒdaquelesÓque
chegaram depois).
Comparecer. 1 Ñ Prefira a forma com-
parecer a e n‹o em: Compareceu
ontem ao tribunal. / Compareceu ˆ
reuni‹o, ˆ assemblŽia. 2Ñ Com em,
Ž apropriado este uso: Tem compare-
cido muito em pœblico. 3Ñ O verbo
admite ante ou perante quando signi-
fica prestar contas: Compareceu ante
o rei. / Compareceu perante o Tribu-
nal de Justia. 4Ñ Pode tambŽm dis-
pensar complemento: Apesar de con-
vidado para a festa, n‹o compareceu.
Comparecimento. No singular em fra-
ses como: O comparecimento de Juca
e Alem‹o ao treino atraiu grande nœ-
mero de torcedores. / Os presentes
elogiaram o comparecimento do go-
vernador e do prefeito ˆ solenidade (e
nunca Òos comparecimentosÓ).
Compartilhar. Regncia. 1 (tr. dir.)Ñ O
funcion‡rio compartilhou o sucesso
da empresa. / A esposa compartilhou
a sua dor. 2 (tr. ind.)Ñ N‹o compar-
tilhava da alegria da fam’lia. 3 (tr. dir.
e ind.)Ñ Ele compartilhou suas vit—-
rias com os amigos.
Compelir. Conjuga-se como aderir (ver,
p‡gina 32): compilo, compeles; que eu
compila, etc.
Competir. Conjuga-se como servir(ver,
p‡gina 266): compito, competes;
competia; que eu compita; compete
tu, competi v—s; etc.
72Compara›es (formas) Competir

Complicar-se.Alguma coisa se compli-
cae n‹o complica, apenas: A situa‹o
do time complicou-se. / Seu mal com-
plicou-se nos œltimos dias.
Comprazer-se.Conjuga‹o. Pres. ind.:
Comprazo, comprazes, compraz,
comprazemos, comprazeis, compra-
zem. Imp. ind.: Comprazia, compra-
zias, comprazia. Pret. perf. ind.: Com-
prazi, comprazeste, comprazeu, com-
prazemos, comprazestes, compraze-
ram (prefira)ou comprouve, com-
prouveste, comprouve, comprouve-
mos, comprouvestes, comprouve-
ram.M.-q.-perf. ind.: Comprazera,
comprazeras, comprazera (prefira)ou
comprouvera, comprouveras, com-
prouvera. Fut. ind.: Comprazerei,
comprazer‡s. Fut. do pretŽrito: Com-
prazeria, comprazerias. Pres. subj.:
Compraza, comprazas. Imp. subj.:
Comprazesse, comprazesses (prefira)
ou comprouvesse, comprouvesses.
Fut. subj.: Comprazer, comprazeres
(prefira)ou comprouver, comprouve-
res. Ger.: Comprazendo. Part.: Com-
prazido.
Comprimento, cumprimento.Compri-
mento significa extens‹o, dist‰ncia: o
comprimento da mesa, 6 quil™me-
tros de comprimento. Cumprimento
equivale a sauda‹o ou ato de cum-
prir: um cumprimento com a cabea,
o cumprimento das leis.
Computar. N‹o tem as trs primeiras
pessoas do pres. ind.:ÒcomputoÓ,
ÒcomputasÓ, ÒcomputaÓ(s— se usam
as trs do plural, computamos, com-
putais, computam), opres. subj.(n‹o
existe ÒcomputeÓ, ÒcomputemÓ, etc.),
nem o imper. neg.O imper. afirm.,
portanto, admite apenas a forma com-
putai v—s.
Comunicar. 1 Ñ Comunica-se alguma
coisa a alguŽm, mas n‹o se comunica
alguŽm sobre (oude)alguma coisa: O
ministro comunicou as decis›es aos
assessores. / O ministro comunicou-
lhes as decis›es. / O ministro comu-
nicou as decis›es a eles. Nunca,
porŽm: O ministro Òcomunicou os
assessoresÓsobre as oudas decis›es.
2 Ñ Da mesma forma, ninguŽm pode
ser comunicado (mas informado, avi-
sado ou cientificado)de alguma coisa:
Foi informado (e n‹o ÒcomunicadoÓ)
sobre a decis‹o. / Foi avisado (e n‹o
ÒcomunicadoÓ)de que n‹o deveria
voltar aqui. / Foram cientificados (e
n‹o ÒcomunicadosÓ)sobre as novas
normas da empresa.Aten‹o. Escre-
ver que alguŽm Òfoi comunicado deÓ
alguma coisa Ž considerado pelos gra-
m‡ticos um dos erros graves do idio-
ma.
ÒComunidade EuropŽiaÓ. Passou a cha-
mar-se Uni‹o EuropŽia.
Concelho. Com cindica circunscri‹o
administrativa: Leiria Ž sede de con-
celho.
Concertar, consertar. ConcertarŽ o
mesmo que ajustar, conciliar: Con-
certar opini›es, divergentes. Conser-
tar significa reparar, corrigir: Conser-
tar a casa, o carro, a roupa. / Conser-
tar o que dissera.
Concerto, conserto. Concertodefine es-
pet‡culo musical, acordo, harmonia:
concerto para piano e orquestra, o
concerto das na›es, concerto grosso,
concerto de vozes, concerto de louvo-
res. Conserto corresponde a reparo,
reforma: o conserto do carro, o con-
serto da casa.
Concitar. A regncia mais usada jorna-
listicamente Ž concitar alguŽm aal-
guma coisa: Os l’deres concitaram a
popula‹o a reagir. / Todos o concita-
ram ˆ luta.
Conclamar. No sentido de convidar,
convocar, a regncia normal Ž concla-
mar alguŽm para alguma coisa: Con-
clamaram os amigos para ajud‡-los. /
O governo conclamou o pa’s para a
luta contra a droga.
ÒConclus‹o finalÓ.Redund‰ncia (a me-
nos que se trate de uma sŽrie de con-
clus›es parciais que conduzam a uma
definitiva).
73Complicar-se ÒConclus‹o finalÓ

Concord‰ncia.
Adjetivo com substantivo
Para efeito de concord‰ncia, as nor-
mas v‡lidas para o adjetivo aplicam-
se tambŽm ao pronome, artigo, nume-
ral e partic’pio. O substantivo a que
eles se referem pode ˆs vezes dar lugar
a um pronome.
1 Ñ Fundamentos
a)O adjetivo concorda com o subs-
tantivo em gnero (masculino e femi-
nino)e nœmero (singular e plural):
PrŽdio alto. / Casa branca. / Homens
bons. / Mesas antigas. / Duas mulhe-
res.
b)O adjetivo ir‡ para o plural mas-
culino quando pelo menos um dos
substantivos for masculino: Homens
e mulher bons. / MŽdico e enfermei-
ras dedicados. / A’ compreendidos
estes e aquelas.
c)MantŽm-se a concord‰ncia
mesmo que haja preposi‹o entre o
adjetivo e o substantivo: Desgraados
dos homens. / Coitadas das mulhe-
res.
2 Ñ Adjetivo com dois ou mais
substantivos
Esteja o adjetivo antes ou depois
dos substantivos, voc acertar‡ sem-
pre se fizer a concord‰ncia no plural:
ÒA m‹o esquerda, entre cujos ’ndi-
ce e polegar...Ó/ Terno e gravata es-
curos. / îtimos texto e conhecimen-
tos. / Atentos o governo e as Foras
Armadas. / Reajustados o sal‡rio m’-
nimo e os aluguŽis. / Convocados o
Senado, a C‰mara e o Supremo. /
Mortos pai e filho no litoral.
Observa›es
a)O adjetivo colocado antes de
dois ou mais substantivos pode con-
cordar com o substantivo mais pr—xi-
mo: Branca tœnica e sand‡lia. /
Ò...notando o estrangeiro modo e
uso.Ó/ îtimo texto e conhecimen-
tos. / Seu pai e filhos. / Suas filhas e
mulher.
O adjetivo, no entanto, vai obriga-
toriamente para o plural se os subs-
tantivos forem predicativos do obje-
to, nomes pr—prios, t’tulos ou formas
de tratamento: Julgava perdidas a fŽ
e a esperana (predicativo do obje-
to)./ Trazia espertos o desejo e as vir-
tudes (pred. do obj.). / A Justia decla-
rou culpados o pai e a filha. / Os ir-
m‹os Caetano e Beth‰nia. / Os ap—s-
tolos Pedro e Paulo. / Os generais
Costa e Silva e MŽdici. / Os srs. Silva
e Cia.
b)Se o adjetivo vem depois de dois
ou mais substantivos, pode tambŽm
concordar com o mais pr—ximo: Um
terno e uma gravata escura. / Ternos
e gravata escura. / Terno e gravatas
escuras. / Elogiamos o seu esforo,
empenho e dedica‹o extrema.
Quando os substantivos s‹o sin™ni-
mos ou formam grada‹o (como no
œltimo exemplo acima), h‡ gram‡ti-
cos que defendem a concord‰ncia Ñ
que, no entanto, n‹o Ž obrigat—ria Ñ
com o mais pr—ximo.
3 ÑVerbo de liga‹o
Com verbo de liga‹o (ser, estar,
parecer, ficar, etc.), o adjetivo vai para
o plural, em qualquer caso, e segue as
normas gerais de concord‰ncia: O de-
poimento e o laudo pericial eram con-
clusivos. / A loja e a residncia esta-
vam inundadas. / As casas e o prŽdio
de apartamentos pareciam velhos. /
Eram justos o preo fixado e a comis-
s‹o. / Estavam liberados a testemu-
nha e o rŽu.
Apenas se o verbo de liga‹o esti-
ver antes dos substantivos, admite-se
tambŽm a concord‰ncia com o mais
pr—ximo (no Estado, prefira o plural,
de qualquer forma): Era justo o preo
fixado e a comiss‹o. / Estava libera-
da a testemunha e o rŽu.
4 Ñ Um substantivo e dois ou mais
adjetivos
a)Substantivo antes
H‡ trs possibilidades: Os gover-
nos brasileiro e francs; o governo
74Concord‰ncia Concord‰ncia

brasileiro e o francs; o governo bra-
sileiro e francs. / Os poderes tempo-
ral e espiritual; o poder temporal e o
espiritual; o poder temporal e espiri-
tual.
A primeira forma (Os governos
brasileiro e francs, os poderes tem-
poral e espiritual)Ž jornalisticamen-
te a mais recomend‡vel, embora a se-
gunda (O governo brasileiro e o fran-
cs, o poder temporal e o espiritual)
soe melhor em alguns casos. Con-
vŽm, apenas, evitar a terceira (Ogo-
verno brasileiro e francs, o poder
temporal e espiritual), por induzir a
duplo sentido.
b)Substantivo depois
Admitem-se quatro formas: A pri-
meira e a segunda sŽrie; a primeira e
segunda sŽrie; a primeira e a segunda
sŽries; a primeira e segunda sŽries. /
O quarto e o sŽtimo andar; o quarto
e sŽtimo andar; o quarto e o sŽtimo
andares; o quarto e sŽtimo andares.
As melhores: A primeira e a segun-
da sŽrie, a primeira e segunda sŽries. /
O quarto e o sŽtimo andar, o quarto
e sŽtimo andares.
5 Ñ Adjetivos compostos
S— o œltimo elemento Ž flexionado:
estudos hist—rico-filos—ficos, tecidos
azul-claros, rela›es anglo-franco-
brasileiras, partidos social-democra-
tas, partidos democrata-crist‹os, ho-
mens bem-intencionados, not’cias
extra-oficiais, pa’ses n‹o-alinhados,
pol’tica econ™mico-financeira, vida
profissional-amorosa. Exce‹o. Fle-
xionam-se os dois termos de surdo-
mudo, seja a palavra adjetivo compos-
to ou substantivo: Homens surdos-
mudos, moa surda-muda, mulheres
surdas-mudas, os surdos-mudos, a
surda-muda, as surdas-mudas.
6 Ñ Casos especiais
Veja cada um deles nos verbetes
um e outro, nem um nem outro, pr—-
prio, junto, menos, poss’vel(o mais,
o menos, o melhor, o pior), anexo,
cores, um dos que, incluso, etc.
Verbo
1 Ñ Regra b‡sica
O verbo concorda com o sujeito em
nœmero e pessoa: O prŽdio ruiu. / Ele
chegou ontem. / N—s pedimos para
sair. / Alugam-se apartamentos. / Os
ministros anunciaram o novo pacote.
2 ÑSujeito composto
Adote como norma: o sujeito com-
posto leva o verbo para o plural, este-
ja o verbo antes ou depois do sujeito.
Exemplos:Partiram lotados o trem e
o ™nibus. / O homem e o filho feri-
ram-se no acidente. / Reportagem,
cr’tica e coment‡rio tm lugar num
jornal ou revista.
Observa‹o. O verbo pode ficar no
singular (no Estado, apenas em textos
especiais e declara›es)nos seguintes
casos:
a)Verbo antes do sujeito compos-
to: Passar‡ o cŽu e a terra. / Ò... se a
tanto me ajudar engenho e arte.Ó/
Saiu Jo‹o e os demais.
Exce‹o. Se os sujeitos forem todos
nomes pr—prios ou se indicarem refle-
xibilidade, reciprocidade, o plural ser‡
obrigat—rio: Vieram Maria, Pedro e
Jo‹o. / Feriram-se o agressor e a v’ti-
ma. / De ambos os lados, cresceram
o rancor e o —dio.
b)O sujeito composto indica uma
grada‹o, crescente ou decrescente:
ÒUma palavra, um gesto, um olhar
bastava.Ó/ ÒO pr—prio interesse, a
gratid‹o, o mais restrito dever fica
impotente...Ó
c)O sujeito Ž formado por palavras
sin™nimas ou tomadas como um
todo: ÒA vida e o tempo nunca
p‡ra.Ó/ ÒEstes receios, este proceder
meticuloso pode matar-nos.Ó.
d)Se os dois sujeitos estiverem li-
gados pela preposi‹o comou por ou-
tras palavras e locu›es que indiquem
companhia, o verbo ficar‡ no singular
se o primeiro elemento prevalecer
sobre o segundo. E nesse caso convŽm
colocar o segundo entre v’rgulas:
75Concord‰ncia Concord‰ncia

O rei, com a corte e toda a nobreza,
participou da missa solene. Proceda
da mesma forma nas frases em que o
comŽ substitu’do por locu›es de
sentido equivalente ou aproximado:
O presidente, ao lado dos ministros,
deu in’cio ˆs solenidades. / O gene-
ral, acompanhado do ajudante-de-
ordens, passou as tropas em revista.
O plural justifica-se apenas nos
casos (mais raros)em que ambos os
elementos tm igual nfase: A m‹e
com a filha foram salvas do incndio.
3 Ñ Pronomes pessoais
A primeira pessoa prevalece sobre
a segunda e a terceira, a segunda pre-
valece sobre a terceira e o verbo fica
no plural: Eu e tu chegamos cedo (eu
+ tu = n—s). / Eu, tu e a tua irm‹ fomos
aprovados (eu + tu + tua irm‹, que
equivale a ela, no caso). / Tu e ele vies-
tes de carro (tu + ele = v—s). / Tu e os
Pires perdestes o trem (tu + eles =
v—s)./ Tu e teu pai sa’stes do edif’cio
juntos (tu + ele = v—s)./ Ele e a m‹e
eram bem-vindos (ele + ela = eles). /
Eu e as bicicletas nos chocamos (eu
+ elas = n—s). / Tu e os carros j‡ estais
ˆ vista (tu + eles = v—s).
Observa›es
a)Modernamente, admite-se o
verbo na terceira pessoa do plural
quando tu e v—s se combinarem com
ele, eles ou equivalentes (por causa da
dificuldade no uso do tempo verbal
correspondente a v—s): Tu e os carros
j‡ estavam ˆ vista. / Eles e v—s j‡ tm
lugares marcados.
b)Se o verbo estiver antes dos pro-
nomes, a concord‰ncia pode ser feita
com o mais pr—ximo (no Estado,
porŽm, coloque o verbo no plural): Era
ele e sua tia que chegavam. / Poder‡s
tu e o motorista levar-me ao Centro?
4 Ñ Sujeito constitu’do de ora›es
ou infinitivos
O verbo fica no singular: Que ele
entre e saia a toda hora n‹o causa es-
panto. / Andar e nadar faz bem ˆ
saœde. / Comer, dormir e vadiar era
s— o que queria. / ÒSerem os homens
uma coisa e parecerem outra Ž f‡cil.Ó
Exce‹o. Verbo no plural se houver
contraste entre os sujeitos ou se esti-
verem substantivados: O comer e o
dormir engordam uma pessoa. / Nas-
cer e morrer fazem parte da vida.
5 Ñ Sujeitos resumidos por um
pronome indefinido
O verbo fica no singular quando os
sujeitos s‹o resumidos pelos prono-
mes tudo, nada, nenhum, cada um,
cada qual, outro, ninguŽm, alguŽm,
isso, isto, aquilo: Casas, pontes,
estradas, tudo se perdeu com a
enchente. / Amigos, colegas, paren-
tes, ninguŽm o alertou sobre os riscos
da viagem. / Pai, m‹e, irm‹, alguŽm
deve cham‡-lo ˆ realidade. / MŽdico,
engenheiro, advogado, cada qual tem
seu c—digo de Žtica.
6 Ñ Coletivo ou palavras que
dem essa idŽia
a)Sem complemento Ñ Concor-
d‰ncia normal com o verbo: O povo
saiu. / A gente chegou. / Os cardumes
subiam o rio.
b)Com complemento Ñ Faa a
concord‰ncia do verbo com o sujeito,
no singular, e n‹o com o complemen-
to, no plural: A maioria dos empre-
gados chegou atrasada no dia da en-
chente. / A maior parte dos trabalhos
figurava na exposi‹o. / Grande nœ-
mero de pessoas aderiu ˆ iniciativa. /
Estava destru’da parte dos afrescos. /
Um sem-nœmero de crianas fazia
barulho. / Boa parte dos habitantes
mora na periferia. / Um grupo de la-
dr›es dominou os clientes do banco. /
Uma por‹o de crianas esperava a
distribui‹o dos alimentos. / Uma
equipe de policiais prendeu os se-
qŸestradores. / Um total de 20 tŽcni-
cos participou da opera‹o.
Observa‹o. Aceita-se (no Estado,
apenas em textos especiais ou decla-
ra›es)a concord‰ncia com a idŽia de
plural expressa pelo complemento
em casos como: A maioria das pes-
76Concord‰ncia Concord‰ncia

soas foram feridas. / Grande nœmero
de passageiros deixaram de pagar a
passagem.
7 Ñ Palavras no plural, mas com
idŽia de singular
O verbo fica no singular: Plos
ainda tem acento. / N—s Ž um prono-
me. / Casas est‡ no plural. / Frases Ž
o sujeito da ora‹o. / L‡grimas Ž coisa
que ele n‹o tem.
8 Ñ Nomes pr—prios no plural
a)Sem artigo Ñ Verbo no singular:
Andradas fica em Minas. / Mem—rias
P—stumas de Br‡s Cubas consagrou
Machado de Assis / Divinas Palavras
j‡ foi representada em S‹o Paulo (Ž
uma pea).
b)Com artigo no plural Ñ Verbo
no plural, faa ou n‹o o artigo parte do
nome: As Mem—rias P—stumas de
Br‡s Cubas lhe causaram profunda
impress‹o. / Os Estados Unidos re-
presentam... / Os Andes consti-
tuem... / Os Alpes ficam... / Os Lus’a-
das imortalizaram Cam›es. / Os Ser-
t›es consagraram Euclides da
Cunha. / Os Maias deram a Ea ine-
g‡vel prest’gio.
Exce‹o. Com o verbo sere predi-
cativo no singular, o verbo pode ficar
no singular: Os Lus’adas Ž a obra-
prima de Cam›es. / Os Sert›es Ž o
nome da obra que imortalizou Eucli-
des da Cunha.
9 Ñ Nas indica›es de preo, me-
dida, quantidade, por‹o ou equiva-
lente
Verbo no singular: Trs quil™me-
tros Ž muito. / Dois cap’tulos Ž
pouco. / Mil reais Ž demais por esse
artigo. / Cem d—lares pode parecer
exagerado. / Cem vagas representa
muito nessa escola. / Dois teros de
um meio Ž dois sextos. / Quatro anos
de mandato Ž pouco, julga o presiden-
te.
Exce‹o. Com dias e horas, a con-
cord‰ncia Ž a normal: Eram 9 horas. /
S‹o 6 horas. / Hoje Ž dia 15 de agos-
to. / Hoje s‹o 15 de agosto.
10 ÑSujeito no singular e predi-
cativo no plural
Com o verbo ser (e mais raramen-
te parecer), ocorre a concord‰ncia por
atra‹o, isto Ž, se o sujeito estiver no
singular e o predicativo no plural, o
verbo concordar‡ com o predicativo,
e n‹o com o sujeito: O que lhe peo
s‹o fatos concretos. / Tudo s‹o flo-
res. / Nada s‹o flores. / Tudo parecem
flores. / Isto s‹o os ossos do of’cio. /
Isso eram manobras inconseqŸen-
tes. / Aquilo foram hist—rias. / Amor
s‹o venturas e sofrimento. / Sua
maior alegria continuam sendo os fi-
lhos. / O grande prazer das crianas
vinham sendo aqueles brinquedos. /
O resto (ouo mais)s‹o casos sem im-
port‰ncia.
Observa›es
a)Se o sujeito for pessoa ou nome
de pessoa, a concord‰ncia se far‡ re-
gularmente: Joana Ž as del’cias da
m‹e. / O homem Ž cinzas. / O filho
era as venturas do casal.
b)Se o sujeito for nome de coisa,
poder‡, para muitos gram‡ticos, ficar
no singular: A comida era s— verdu-
ras.
O verbo no plural, no entanto, tem
o apoio da maioria dos estudiosos (A
comida eram s— verduras)e Ž a forma
adotada pelo Estado.
11 Ñ Predicativo Ž substantivo
abstrato
O predicativo n‹o concorda com o
sujeito quando Ž substantivo abstra-
to: As espinhas ou acnes s‹o um enig-
ma para a medicina (e n‹o s‹o enig-
mas). / Para muitos, as cadernetas de
poupana eram a melhor garantia
para o futuro (e n‹o eram as melho-
res garantias)./ Estas providncias
foram a salva‹o das finanas da em-
presa.
77Concord‰ncia Concord‰ncia

12 Ñ Pronome pessoal com predi-
cativo
a)Se o pronome pessoal vem de-
pois do verbo, o verbo concorda com
ele: O autor do livro sou eu, mas o
editor sois v—s. / O respons‡vel pelo
erro somos n—s (prefer’vel: Os respon-
s‡veis...). / O chefe Žs tu. / Os herdei-
ros somos eu e teus irm‹os.
b)Havendo dois pronomes pes-
soais, a concord‰ncia se faz com o pri-
meiro:Eu n‹o sou voc. / N—s n‹o
somos voc. / Tu n‹o Žs eu. / Ele n‹o
Ž eu (outu).
13 Ñ Pronome interrogativo com
predicativo
Nas ora›es que comecem com
pronome interrogativo, o verbo con-
corda com o substantivo ou pronome
pessoal: Que s‹o objetos diretos,
Pedro?/ Que somos n—s?/ Quem sois
v—s?/ Quem Žs tu?/ Quem teriam
sido os autores do atentado?/ Que
s‹o trs dias?
14 Ñ Concord‰ncia com a idŽia
H‡ casos em que a concord‰ncia se
faz com a coisa subentendida e n‹o
com o nome que a expressa: A Vozes
foi premiada com o Jabuti (subenten-
de-se a editora). / A Faria Lima vive
congestionada (avenida)./ O Joelma
pegou fogo num 1¼ de fevereiro (edif’-
cio)./ O Para’ba Ž sinuoso (rio)./ S‹o
Paulo Ž a mais populosa (cidade)./
S‹o Paulo Ž o mais populoso (Esta-
do)./ A Gustavo Barroso est‡ avaria-
da (fragata)./ A Apollo foi ˆ Lua
(nave)./ A Dersa ser‡ reformulada
(empresa)./ O Opala (carro),a Cara-
van (perua).
15 Ñ Formas de tratamento
O verbo concorda com a pessoa que
recebe o tratamento: Vossa Exceln-
cia est‡ errado (homem), Vossa Exce-
lncia est‡ errada (mulher). / Sua
Santidade chegou atrasado (o papa)./
Vossa Alteza Ž bondoso (pr’ncipe),
Vossa Alteza Ž bondosa (princesa).
16 Ñ N—s no lugar de eu
Quando o pronome n—s substitui
eu(plural de modŽstia), o verbo fica
no singular: Estamos grato por tudo
(eu estou). / Somos favor‡vel ˆ deci-
s‹o (eu sou). ƒ forma a evitar, porŽm.
17 Ñ N—s subentendido
Quando a pessoa que fala se inclui
num grupo, o verbo concorda com o
pronome n—s: Todos aprovamos a de-
cis‹o (eu + eles, n—s + eles)./ ƒramos
seis na casa. / Os paulistas (n—s, os
paulistas)somos descendentes dos
bandeirantes. / A causa teria mais
fora do que supomos os leigos.
18 Ñ Verbos impessoais
Como n‹o existe sujeito, o verbo
fica na 3» pessoa do singular: Choveu
muito em S‹o Paulo este ano. / Ven-
tava demais naquele morro. / J‡
houve ocasi›es mais favor‡veis que
esta. / Fazia frio de madrugada. /
Pode haver muitas pessoas no show.
l9 Ñ Sujeito indeterminado
O verbo vai para a 3» pessoa do plu-
ral: Pediram-me que a procurasse. /
Est‹o guiando muito mal nas estra-
das paulistas. / Disseram-lhe que
sa’sse.
Se a indetermina‹o do verbo for
indicada pelo pronome se, usa-se a 3»
pessoa do singular: Cantou-se e
tocou-se muito ali. / Ainda se vive
mal em muitas regi›es brasileiras. /
Vive-se e morre-se de amor.
20 Ñ Sujeito que representa a
mesma pessoa ou coisa
O verbo fica no singular: Deus, o
Criador, o Onipotente, paira sobre
todas as coisas. / ÒEsse primeiro pal-
pitar da seiva, essa revela‹o da cons-
cincia a si pr—pria, nunca mais me
esqueceu...Ó(M. de Assis)/ O presi-
dente da Repœblica e membro da
ABL convidou...
Erros
Alguns erros de concord‰ncia vm-
se tornando muito comuns. Por isso,
78Concord‰ncia Concord‰ncia

esteja atento para que n‹o apaream
no seutexto. Veja as situa›es em que
a maior parte deles ocorre (todos os
exemplos s‹o reais):
1 Ñ Verbo, complemento, aposto
ou ora‹o dependente colocados
antes do sujeito: Ser‹o realizados
hoje os sorteios (e nunca Òser‡ reali-
zadoÓ)./ Viu como era feita (e n‹o Òera
feitoÓ)a aguardente. / Est‡ marcada
(e n‹o ÒmarcadoÓ)para o dia 22 uma
grande manifesta‹o. / Ter‹o tempe-
ro caseiro os quitutes... (e n‹o Òter‡Ó)/
Os contratos trazem embutida (e n‹o
ÒembutidoÓ)uma corre‹o. / Foi pu-
blicada (e n‹o ÒpublicadoÓ)no Di‡rio
Oficial uma rela‹o... / N‹o deixam
(em vez de ÒdeixaÓ)de causar estra-
nheza certas situa›es... / Ficou cons-
tatada (e n‹o ÒconstatadoÓ)apenas
uma forte tor‹o... / Chegam (e n‹o
ÒchegaÓ)a ser irritantes (e n‹o Òirri-
tanteÓ)os constantes erros... / Tem de
ser levada (e n‹o ÒlevadoÓ)em conta
a disposi‹o... / Se prevalecerem (em
vez de ÒprevalecerÓ)as evidncias... /
S‹o importantes (e n‹o Ҏ importan-
teÓ)esses pontos... / Errados, errados
mesmo (e n‹o Òerrado, errado
mesmoÓ)s‹o os termos...
2 Ñ Nœcleo do sujeito distante do
verbo: Os preparativos para a cria‹o
do novo bairro j‡ estavam pratica-
mente conclu’dos (e n‹o Òj‡ esta-
vaÓ...)./ As execu›es determinadas
por partidos clandestinos de esquer-
da, na dŽcada de 70, eram (e n‹o
ÒeraÓ)uma verdade incontest‡vel. /
FŽrias fora de hora levam (e n‹o
ÒlevaÓ)m‹es ao p‰nico. / As acusa-
›es ao presidente daquele sindicato
de trabalhadores demonstravam (e
nunca ÒdemonstravaÓ)a possibilida-
de...
3 Ñ Nœcleo do sujeito no singular
acompanhado de uma express‹o pre-
posicionada no plural, que completa
ou altera o seu sentido Ñ o verbo fica
no singular (n‹o deixe que a falsa
no‹o de plural influencie a concor-
d‰ncia): Como essa diversidade de
assuntos n‹o agradava (e nunca
ÒagradavamÓ)aos leitores... / A pro-
du‹o dos especiais de mœsica brasi-
leira Ž de (e nunca Òs‹o deÓ...)/ A ful-
minante ascens‹o do candidato nas
pesquisas eleitorais mudou (e n‹o
ÒmudaramÓ)o conceito... / O preo
das passagens aŽreas sobe (e n‹o
ÒsobemÓ)hoje. / A publica‹o das
fotos da modelo prejudicou (e n‹o
ÒprejudicaramÓ)a sua reputa‹o.
4 Ñ O queexige o verbo no singu-
lar e no masculino: O que se ouvia
eram frases indignadas (e nunca o
que Òse ouviamÓ...). / O que n‹o Ž ad-
mitido Ž a interna‹o... (e n‹o o que
n‹o Ҏ admitidaÓ...).
5 Ñ ƒ quen‹o varia em frases como
as que se seguem (repare que est‡ in-
tercalada uma express‹o preposicio-
nada): ƒ nesses movimentos que a
pl‡stica sobressai (e nunca Òs‹oÓnes-
ses movimentos que...)./ ƒ sobre
esses aspectos que ele deve meditar
(e n‹o Òs‹oÓsobre esses aspectos
que...)./ ƒ dessas coisas que (em vez
de Òs‹oÓdessas coisas que...).
6 Ñ Bastar, existir, faltar, restare
sobrar variam normalmente: Bastam
alguns minutos. / Falou sobre as di-
ferenas que existiam entre eles. /
Existem muitas concep›es equivo-
cadas. / Faltam motivos que expli-
quem o crime. / Restavam poucas
pessoas na sala. / Sobram idŽias, mas
faltam meios para p™-las em pr‡tica.
Conde.Feminino: condessa.
Condor.O certo Ž condor (d™r)e n‹o
Òc™ndorÓ.
ÒConferncia de imprensaÓ.Em portu-
gus, use entrevista coletiva.
Conferir.Conjuga-se como servir (ver,
p‡gina 266).
Confidenciar. O verbo significa dizer
em segredo, em confiana, na intimi-
dade, e est‡ sendo muito usado erra-
damente no lugar de revelar ou infor-
79Conde Confidenciar

mar. Veja como empreg‡-lo correta-
mente: O diretor da organiza‹o con-
fidenciou a amigos que n‹o vai tomar
a iniciativa de deixar o cargo. / O de-
putado confidenciou ˆ fam’lia que
n‹o ser‡ candidado ˆ reelei‹o. Ou
seja, disseram em segredo, em con-
fiana, na intimidade.
Nos casos seguintes, no entanto,
confidenciar n‹o tem sentido: ÒReal-
mente, a negocia‹o est‡ adianta-
daÓ, confidenciou (disse, garantiu, in-
formou, adiantou)o diretor do time
no vesti‡rio. / A atriz confidenciou
(revelou)ˆ revista Not’cias que est‡
esperando um filho. / O l’der confi-
denciou (comunicou, revelou, infor-
mou)aos 400 convencionais qual a
posi‹o do partido na quest‹o.
Confrade.Feminino: confreira.
Confraternizar. Sem se: Os amigos con-
fraternizam. / Confraternizava atŽ
com os advers‡rios.
ÒCongressualÓ.Use do Congresso e
nunca congressual.
Conquistar o seu espao. Lugar-co-
mum. Evite.
Conseguir.Conjuga-se como servir
(ver, p‡gina 266).
ÒConseguir com queÓ.Fazer com que Ž
que admite a preposi‹o. Use conse-
guir queem frases como: Ele conse-
guiu que todos os convidados compa-
recessem ˆ festa (e n‹o conseguiu
com que).
ÒConsenso geralÓ.Redund‰ncia. N‹o
existe consenso de alguns, por exem-
plo.
Consentir.Conjuga-se como mentir
(ver, p‡gina 177).
Consertar, conserto.Ver concertar e
concerto, p‡gina 73.
Consigo.S— pode ser usado com o sen-
tido reflexivo: Ele fala consigo
mesmo. / Os homens carregam con-
sigo as suas penas. / O fot—grafo trou-
xe consigo as anota›es do rep—rter.
Embora admiss’vel em Portugal, Ž in-
correto no Brasil o uso de consigoco-
mo equivalente a com voc, com o se-
nhor. N‹o escreva, pois: Quero falar
consigo. / Vou consigo.
Constroem.Sem acento.
Construir.Conjuga‹o. Pres. ind.:
Construo, constr—is, constr—i, cons-
tru’mos, constru’s, constroem.
Imper. afirm.: Constr—i, construa,
construamos, constru’, construam.
Os demais tempos s‹o regulares.
Consulesa.Designa tanto a mulher do
c™nsul como a funcion‡ria que exer-
ce o cargo.
Consumar, consumir. Conjuga‹o
(pela ordem). Pres. ind.: Consumo,
consumas, consuma, consumamos,
consumais, consumam; consumo,
consomes, consome, consumimos,
consumis, consomem. Imp. ind.:
Consumava, consum‡vamos, consu-
mavam; consumia, consum’amos,
consumiam. Pret. perf. ind.: Consu-
mei, consumou, consumamos, con-
sumaram; consumi, consumiu, con-
sumimos, consumiram. M.-q.-perf.
ind.: Consumara, consum‡ramos,
consumaram; consumira, consum’-
ramos, consumiram. Fut. pres.: Con-
sumarei, consumar‡, consumaremos,
consumar‹o; consumirei, consumir‡,
consumiremos, consumir‹o. Fut.
pret.: Consumaria, consumar’amos,
consumariam; consumiria, consumi-
r’amos, consumiriam. Pres. subj.:
Consume, consumes, consume, con-
sumemos, consumeis, consumem;
consuma, consumas, consuma, con-
sumamos, consumais, consumam.
Imp. subj.: Consumasse, consum‡s-
semos, consumassem; consumisse,
consum’ssemos, consumissem.
Imper. afirm.: Consuma tu, consume
voc, consumemos n—s, consumai
v—s, consumem vocs; consome tu,
consuma voc, consumamos n—s,
consumi v—s, consumam vocs.
Imper. neg.: N‹o consumes tu, n‹o
consume voc, n‹o consumemos n—s,
n‹o consumeis v—s, n‹o consumem
vocs; n‹o consumas tu, n‹o consu-
80Confrade Consumar, consumir

ma voc, n‹o consumamos n—s, n‹o
consumais v—s, n‹o consumam
vocs. Ger.: Consumando; consumin-
do. Part.: Consumado; consumido.
Contabilizar. Evite o modismo. O verbo
deve ser substitu’do por computar,
experimentar, contar, levantar,
acusar ou registrar em ora›es como:
Caixa ÒcontabilizaÓ(registra, acusa)
grande procura pelos financiamen-
tos. / Partido ÒcontabilizaÓ(experi-
menta, sofre)seis grandes derrotas no
Estado. / Sua pea atŽ agora Òconta-
bilizouÓ(acusou, reuniu)um pœblico
de 52 mil pessoas. / O acidente Òcon-
tabilizouÓ(deixou)12 mortos e 25 fe-
ridos. / A prefeitura passou o dia
ÒcontabilizandoÓ(levantando)os
preju’zos causados pela chuva.
Contar.Equivale a relatar, descrever, re-
ferir: N‡ufrago conta como conse-
guiu salvar-se. / Mulheres contam as
torturas do carrasco. N‹o tem,
porŽm, o sentido de dizer ou afirmar
que lhe Ž inadequadamente atribu’do
em frases como: O presidente do
Banco Central contou que o governo
acredita na queda da infla‹o. / O
tŽcnico contou tambŽm que os joga-
dores n‹o haviam cumprido as deter-
mina›es. / O delegado contou que o
esquema de segurana visava a pro-
teger os atletas.
Contendo.ƒ errado o uso de contendo
no lugar de comem frases como: Uma
casa com (e n‹o contendo)cinco
quartos. / Documentos com (e n‹o
contendo)dados incorretos. / Repor-
tagens com (e n‹o contendo)infor-
ma›es tendenciosas e contradit—-
rias.
Contestar.Em espanhol significa res-
ponder a, e n‹o contrariar.
Contingente.E n‹o ÒcontigenteÓ.
ÒContinuar aindaÓ.Redund‰ncia. Con-
tinuar j‡ encerra a idŽia de ainda. Use
apenas: Ele continua l‡. / O governo
continuava a emitir dinheiro.
Contra.1 Ñ N‹o equivale a em rela‹o
a, em compara‹o a ou enquanto,
como tem sido impropriamente
usado em frases do tipo de: A carne
subiu 80% contra um aumento de
35% em mŽdia de outros produtos.
Formas vi‡veis: A carne subiu 80%,
enquanto o aumento de outros pro-
dutos foi de 35% em mŽdia. / A carne
subiu 80% em rela‹o a (em compa-
ra‹o a)um aumento de 35% em
mŽdia de outros produtos. 2Ñ Con-
tra tem plural, quando substantivado:
Os pr—s e os contras. / Os contras da
Nicar‡gua.
Contra...H’fen antes de vogal, h, re s:
contra-almirante, contra-ataque,
contra-espi‹o, contra-indica‹o,
contra-ofensiva, contra-harm™nico,
contra-revolu‹o, contra-regra, con-
tra-senso. Nos demais casos: contra-
cheque, contradana, contram‹o,
contragolpe, contratempo.
ÒContraceptivoÓ. ƒ mera transposi‹o
do ingls contraceptive. Por isso, use
anticoncepcional.
Contradizer.Conjuga-se como dizer
(ver, p‡gina 99): contradigo, contradi-
zes; contradizia; contradisse; contra-
dissera; contradirei; contradiria; que
eu contradiga; se eu contradissesse; se
eu contradisser; contradize tu, contra-
dizei v—s; contradizendo, contradito.
Contrair.Conjuga-se como cair (ver, p‡-
gina 55).
Contralto.O contralto (se se tratar de
homem ou menino com essa voz)e a
contralto (cantora): o contralto Jo‹o
Carlos; a contralto Lu’sa da Silva;
Francisca Pinheiro, contralto brasilei-
ra; etc.
Contram‹o.Pode ser substantivo (O
carro entrou na contram‹o), adjetivo
invari‡vel (pista contram‹o, ruas
contram‹o)e advŽrbio (O motorista
entrou contram‹o. / Sua casa fica
contram‹o para mim).
Contr‡rio. 1 Ñ A locu‹o ao contr‡rio
indica oposi‹o: O policial n‹o se
omitiu no acidente, mas, ao contr‡-
rio, atŽ participou do salvamento das
81Contabilizar Contr‡rio

v’timas. 2 Ñ Ela n‹o pode ser utiliza-
da, por isso, quando indica mera subs-
titui‹o ou alternativa: ÒAo contr‡-
rioÓ(o certo: de maneira diferente)do
que pensavam, machucou a perna e
n‹o a cabea. / Trouxe o jornal e n‹o
a revista, Òao contr‡rioÓ(diferente-
mente)do que haviam pedido.
Contrata‹o.No singular em frases co-
mo: A contrata‹o de Pedrinho e Car-
los pelo time... / Com a contrata‹o
de mais trs jogadores, o time... (e
nunca Òas contrata›esÓ).
Convalescena.E n‹o Òconvalescn-
ciaÓ.
Convergir.Conjuga-se como aderir
(ver, p‡gina 32): convirjo, converges;
convirja, convirjas; converge tu, con-
vergi v—s.
Convertidos em. E n‹o ÒparaÓ: Os valo-
res foram convertidos em d—lares.
Convidar.Antes de infinitivo, exige a:
Tempo bom convida a sair.
Convir.Conjuga-se como vir (ver, p‡gi-
na 308): convenho, convŽns, convŽm;
convinha; convim, convieste, con-
veio; que eu convenha; que eu con-
viesse; se convier; convindo (part. e
ger.); etc.
ÒConviver juntoÓ.Redund‰ncia. Convi-
ver j‡ encerra a idŽia de companhia.
Copa.Com inicial maiœscula antes do
nome que determina: Copa Uni‹o,
Copa do Mundo. Com minœsculas,
porŽm, na segunda referncia:A copa,
essa copa. / Conquistou a copa.
C—pias. Livros e discos tm exemplares
e n‹o Òc—piasÓ, mera transposi‹o do
ingls copy (plural: copies): O livro j‡
vendeu 400 mil exemplares (e n‹o
Òc—piasÓ). / O disco j‡ sai com 800 mil
exemplares encomendados.
Cor (concord‰ncia).Ver nomes de cor,
p‡gina 191.
Cor-de-carne.Invari‡vel: mai™s cor-de-
carne.
Cor-de-rosa.Invari‡vel: blusas cor-de-
rosa.
Cores. O certo Ž em corese n‹o Òa
coresÓ: transmiss‹o em cores, televi-
s‹o em cores.
Corinthians. Desta forma. O torcedor Ž
corintiano, sem h.
Corpo a corpo, corpo-a-corpo.Sem
h’fen, a locu‹o designa a forma da
luta: Lutavam corpo a corpo.Com
h’fen, designa a pr—pria luta e n‹o
varia no plural: O terr’vel corpo-a-
corpo, os terr’veis corpo-a-corpo. /
Houve um corpo-a-corpo entre os lu-
tadores.
ÒCorrer atr‡s do preju’zoÓ.AlŽm de
constituir modismo, Ž express‹o in-
correta. Corre-se atr‡s do empate, da
vit—ria, da vantagem, do t’tulo, do
lucro e nunca Òdo preju’zoÓ.
Corrigido.Use corrigido tanto com os
auxiliares ser e estar(e n‹o correto)
quanto com ter e haver: O trabalho
foi corrigido ou j‡ estava corrigido. /
O rep—rter tinha (ou havia)corrigido
o texto. N‹o confunda com a formaO
trabalho estava correto,em que cor-
reto n‹o Ž partic’pio, mas adjetivo
(equivalente a certo, sem erros).
Corrim‹o. Plural: corrim‹os (prefira)e
corrim›es.
Corriola. E n‹o ÒcurriolaÓ.
Corroborar. Corrobora-se alguma coisa
ou alguma coisa com outra: Ele corro-
borou o argumento. / O cientista cor-
roborou a teoria com as suas pesqui-
sas.
Corroem.Sem acento.
Cortes‹o. Flex›es: cortes‹, cortes‹os
(prefira)e cortes›es.
Coser, cozer. Coser a roupa(costurar),
cozer os alimentos (cozinhar).
Costa, costas. No singular equivale a li-
toral: Percorreu toda a costa. No plu-
ral, ˆ parte do corpo: Dor nas costas. /
Machucou as costas.
ÒCosturar um acordoÓ. Modismo. N‹o
use.
Cotia, cutia. CotiaÑ cidade; cutia Ñ
animal.
82Contrata‹o Cotia, cutia

83
Cox‹o.E n‹o Òcolch‹oÓ(mole ou duro)
para a carne.
Cozer. Ver coser, p‡gina 82.
Craque. Aportuguesado, tanto para de-
signar o atleta quanto a imita‹o de
barulho ou a quebra financeira.
Crase. Ver p‡gina 315.
Crer.Conjuga‹o. Pres. ind.: Creio,
crs, cr, cremos, credes, crem. Pret.
perf. ind.: Cri, creste, creu, cremos,
crestes, creram. Pres. subj.: Creia,
creias, creia, creiamos, creiais,
creiam. Pret. imp. subj.: Cresse, cres-
ses, cresse, crssemos, crsseis, cres-
sem. Fut. subj.: Crer, creres, crer, crer-
mos, crerdes, crerem. Imper. afirm.:
Cr, creia, creiamos, crede, creiam.
Imper. neg.: N‹o creias, n‹o creia, n‹o
creiamos, n‹o creiais, n‹o creiam.
Part.: Crido.
Crescer. Alguma coisa cresce, mas n‹o
se cresce alguma coisa. Assim: O pa’s
espera que o nœmero de empregos
cresa. E n‹o: O pa’s espera ÒcrescerÓ
o nœmero de empregos.
ÒCriar novosÓ.Redund‰ncia. Criar j‡
encerra a idŽia de novo. Escreva,
assim, criar mil empregos por dia e
n‹ocriar mil novos empregos por dia,
criar op›es e n‹ocriar novas op›es,
etc.
Cris‰ntemo. E n‹o ÒcrisantemoÓ(cri-
santmo).
Crist‹o. Flex‹o: crist‹ e crist‹os.
Cronologia.No desfecho de coberturas
que se arrastem por meses ou anos,
uma forma pr‡tica de situar o leitor
no tempo Ž publicar a cronologia dos
acontecimentos, com uma indica‹o
sum‡ria dos dias em que houve algum
fato digno de nota. Com matŽria de
pesquisa (que pode sair paralelamen-
te), nem sempre se obtŽm o mesmo
efeito.
Croqui. ƒ o singular. Plural: croquis.
Cujo. 1 Ñ O uso correto de cujo (cuja,
cujos e cujas)exige trs condi›es: a)
haver antecedente(possuidor)e con-
seqŸente(coisa possu’da)diferentes;
b)existir equivalncia com do qual
(da qual, dos quais e das quais); c)estar
clara a idŽia de posse. Exemplos:O
pa’s cuja popula‹o cresce sem parar
enfrenta problemas. / Os meninos
cuja m‹e estava sendo operada
aguardavam no corredor.
Desdobrando a explica‹o: a)H‡
antecedentes, possuidores(o pa’s, os
meninos), e conseqŸentes, coisas pos-
su’das (cuja popula‹o, cuja m‹e),
ambos diferentes; b)existe equivaln-
cia comdo qual: o pa’s a popula‹o
do qual cresce sem parar, os meninos
a m‹e dos quais estava sendo opera-
da;c)est‡ clara a idŽia de posse: a po-
pula‹o Ždo pa’s ea m‹e, dos meni-
nos.
Regra pr‡tica.Inverter os termos
e lig‡-los pela preposi‹o de, caso em
que fica evidente a no‹o de posse: a
popula‹o do pa’s, a m‹e dos meni-
nos.
Outros exemplos de cujo correta-
mente empregado:Eis a carta cujo
conteœdo voc desconhecia(o con-
teœdo da carta). / Veja os livros cujos
autores lhe recomendei. / S‹o os he-
r—is cujos feitos glorificamos. / Os ho-
mens cuja honra e coragem sobres-
sa’am(a honra e a coragem dos ho-
mens)./ O jornal cujo esp’rito e cuja
tradi‹o elogiaram.
2 Ñ Se o verbo, palavra ou expres-
s‹o que se segue a cujo exige preposi-
‹o, ela ter‡ de ser usada com esse re-
lativo: O rep—rter a cujo texto nos re-
ferimos(e n‹o Òcujo texto nos referi-
mosÓ)./ Os pensadores de cujos prin-
c’pios discordamos. / A casa por cujos
port›es passamos. / O jornal em cuja
reda‹o trabalharam. / A matŽria
para cujo vestibular se prepararam. /
O espet‡culo a cujo in’cio assisti-
ram. / O mŽdico de cuja mem—ria
somos cultores. / A obra em cujos
princ’pios se inspirou e a cuja argu-
menta‹o cedeu.
Os exemplos equivalem a: O rep—r-
ter ao texto do qual nos referimos./
Cox‹o Cujo

Os pensadores dos princ’pios dos
quais discordamos. / A casa pelos
port›es da qual passamos. / O jornal
na reda‹o do qual trabalharam.
3 Ñ O antecedente e o conseqŸen-
te de cujo podem ser uma express‹o,
desde que de sentido completo (em
outras palavras: como se fossem uma
palavra composta): O jornal cuja Edi-
toria de Pol’tica... / A Editoria de Po-
l’tica cujos rep—rteres... / O hotel cujo
chefe de portaria... / O chefe de por-
taria cujos subordinados... / O amigo
cujo nome de batismo... / O clube
cuja lista de s—cios...
4 Ñ ƒ erro repetir o antecedente de-
pois de cujo (a moa cujo livro da
moa, os her—is cujos feitos dos he-
r—is,etc.)e tambŽm usar artigo ap—s
o pronome(a moa cujo ÒoÓlivro, os
her—is cujos ÒosÓfeitos, o mŽdico
cuja ÒumaÓpreocupa‹o, etc.).
5 Ñ Se n‹o houver rela‹o de
posse, torna-se incorreto o uso de
cujo, mesmo que o pronome possa ser
substitu’do por dos quais: Os clubes
que fazem parte do grupo, Òcujos
principaisÓs‹o o S‹o Paulo, o Pal-
meiras e o Santos.Como falta a coisa
possu’da, eis a frase certa: Os clubes
que fazem parte do grupo, dos quais
os principais s‹o ...
6 Ñ Outros exemplos de frases er-
radas com cujo (note: cujo n‹o corres-
ponde a o qual):O 9 de julho de 1932,
em cuja data... (use data na qual)./
N‹o sei de cujo livro voc falou(falta
antecedente)./ Referiu-se a neg—cios
cujos (que os)clientes da corretora
n‹o conseguiram honrar. / Herdou
uma fazenda cuja fazenda (que, a
qual)o tornou rico. / O prmio foram
10 mil reais, cuja import‰ncia depo-
sitou no banco (import‰ncia que ou
a qual depositou no banco)./ Os ami-
gos de cujos (dos quais)se separou
(falta conseqŸente).../ O carro cujo
(que, o qual)quebrou n‹o era dele.
Cujo com pronome. O cujoatrai o pro-
nome localizado na mesma ora‹o: ƒ
um pedido cujo despacho se reco-
menda. / A carta cujo conteœdo o in-
trigava finalmente ia ser aberta.
Cumprimento.Ver comprimento, p‡gi-
na 73.
Cupido, cœpido. CupidoÑ deus do
amor; cœpido Ñ ganancioso, ambicio-
so, ‡vido:homem cœpido, olhares cœ-
pidos.
Cupom.Use cupom e cupons (e n‹o
cup‹o).
Curinga. E n‹o ÒcoringaÓ.
Curriculum vitae.Prefira curr’culo(s),
a menos que se queira dar muita n-
fase ˆ carreira da pessoa.
Curta-metragem.Plural: curtas-metra-
gens.
Curto-circuito.Plural: curtos-circui-
tos.
Custa. O certo Ž ˆ custa de e n‹o ҈s
custas deÓ: Vive ˆ custa da mulher. /
Elegeu-se deputado ˆ custa de con-
chavos.
Custar barato, custar caro. Barato e caro
n‹o variam depois de custar:Com-
bust’veis custam 30% mais caro(e
n‹o caros). / Esses artigos custam ba-
rato(e n‹o baratos)./ A carne j‡ custa
mais caro(e n‹o cara)./ As blusas
custam mais barato(e n‹obaratas)
que as camisas.
Cutia.Ver Cotia, p‡gina 82.
Czar.Desta forma. Derivados: czarina
(a imperatriz), czarŽviche (pr’ncipe
herdeiro), czarevna (princesa herdei-
ra), czarismo e czarista.
DՇgua.1 Ñ ƒ a forma empregada nas
palavras compostas:caixa-dՇgua,
m‹e-dՇgua, barriga-dՇgua, gali-
nha-dՇgua, olho-dՇgua, pau-
dՇgua.2 Ñ Por extens‹o, pode ser
usada em express›es que equivalem
84Cujo com pronome DՇgua

a palavras compostas:gota dՇgua,
falta dՇgua erasos dՇgua (olhos).
Nos demais casos, prefira da oude
‡gua:jatos de ‡gua, gole de ‡gua, pu-
reza da ‡gua, barulho da ‡gua,etc. 3
Ñ Em casos especiais, admite-se
nՇgua: caiu nՇgua, dar com os bur-
ros nՇgua,etc. (Sobre casos an‡logos,
ver ap—strofo, p‡gina 40).
Dali a, daqui a.1 Ñ Sempre com a quan-
do indicarem tempo ou medida: Dali
a meia hora, dali a dez quil™metros,
daqui a seis meses, daqui a dois dias
(e n‹odali meia hora, daqui dez dias,
etc.). 2 Ñ Aten‹o: nunca usedaqui
Òh‡Ódois meses, dali Òh‡Ódez dias,
erros graves.
Damas.O jogo Ž de damas, no plural.
Da mesma forma que.Concord‰ncia.
Ver assim como, p‡gina 47.
Daquelas, daqueles.Sempre no plural
em frases como:Est‡ num dia daque-
les. / Nunca aceitaria uma situa‹o
daquelas (e nunca ÒdaqueleÓ, Òda-
quelaÓ).
Daquele, daquilo. Ver compara›es
(formas), p‡gina 72.
Daqueles que.Concord‰ncia. Verdos
que, p‡gina 102.
Daqui a.Ver dali a, nesta p‡gina.
Dar (horas).Concord‰ncia. Ver horas,
p‡gina 140.
Dar a.ƒ a, e n‹o para, a preposi‹o exi-
gida por dar: Deu boas explica›es
aos (e n‹o Òpara osÓ)eleitores. / Evi-
tou dar apoio ao candidato. / Dava
sempre contribui›es ˆ institui‹o. /
Deram as caracter’sticas do carro aos
policiais.
Dar ˆ luz.ƒ esta a express‹o correta, e
n‹o Òdar a luz aÓou Òdar ˆ luz aÓ: Pro-
fessora deu ˆ luz qu’ntuplos. / Deu ˆ
luz um menino. / Amaldioou a mu-
lher que o dera ˆ luz. S‹o erradas, por-
tanto, as formas: Professora deu ˆ luz
ÒaÓqu’ntuplos. / Deu a luz ÒaÓum
menino. / Amaldioou a mulher que
ÒlheÓdera ˆ luz.
Dar entrada a.Desta forma: dar entra-
da a um processo.
Dar-se ao luxo, ao trabalho.As duas ex-
press›es est‹o corretas. O pronome
obl’quo funciona como objeto direto
e ao luxo ou ao trabalho, como obje-
to indireto:Ele se deu ao luxo de ir
ˆquele restaurante. / Dei-me ao tra-
balho de arrumar a estante esta
manh‹.
Data-base. Plural: datas-base.
Datas.1 Ñ V‹o sempre em algarismos:
Chega dia 9. / O prazo vence em 1¼
de junho. / Avenida 9 de Julho, Largo
7 de Setembro, Rua 2 de Outubro. 2
Ñ Ver express›es de tempo, p‡gina
124.
Davi, David.Use Davi para o persona-
gem b’blico e David para o nome de
quem se assine dessa forma: David
Cardoso, David Niven, David Bowie.
De. 1 Ñ Use de, e n‹o em, para definir
o material de que alguma coisa Ž feita:
artesanato de (e n‹oÒemÓ)madeira,
cesta de(e n‹oÒemÓ)palha, peas de
bronze, jaquetas de ant’lope, calas
de couro, laje de concreto, ponte de
ao, blusas de l‹, camisas de seda,
etc. 2 Ñ Ver tambŽm Òem sedaÓ, p‡-
gina 105.
De a, de o, de ele, de aquele. N‹o se faz
a contra‹o da preposi‹o com o arti-
go quando este Ž parte do sujeito, nem
da preposi‹o com o pronome se ele
funciona como sujeito ou o determi-
na. Assim, eis os exemplos corretos:
Apesar de o (e n‹odo)presidente ter
dito a verdade, ninguŽm acreditou
nele. / Depois de a (e n‹oda)equipe
ter sido escalada, ele pediu para
jogar. / O fato de o consumidor ver-
se obrigado a pagar mais... / Apesar
de aqueles (e n‹odaqueles)crimino-
sos terem sido capturados... / Depois
de esses fatos terem ocorrido... /
Antes de estes dirigentes se pronun-
ciarem... / ƒ hora de ela ir embora. /
O fato de esta experincia ser mar-
cante... / Apesar de este nœmero ser
dif’cil de confirmar... / O fato de ela
85Dali a, daqui a De a, de o, de ele, de aquele

ter-se alegrado... / Reclamou por a(e
n‹opela)irm‹ n‹o ter sido promovi-
da. / Insistiu em o (e n‹ono)filme ser
exibido. / Acreditou em ela ser ino-
cente(e n‹onela)./ Assistiram a o (e
n‹oao)Congresso ser fechado. De
qualquer forma, evite as formasa o,
por o, por a, em o, em ela, ruins jor-
nalisticamente, e construa a frase de
outra maneira.
Observa‹o. H‡ gram‡ticos que
aceitam essa contra‹o; o Estado,
porŽm, segue a norma da l’ngua.
De‹o. Plural: de›es (prefira), de‹es e
de‹os.
ÒDe atŽÓ, Òem atŽÓ.Use atŽ, simples-
mente:Pagamento atŽ cinco presta-
›es mensais. / Carro financiado atŽ
20 meses.
Debacle.Prefira ru’na, derrota, cat‡s-
trofe.
De baixo, debaixo.Separado em frases
como olhar de baixo a cima, roupa de
baixo.Nos demais casos, debaixo:
Subiu depressa, mas agora est‡ de-
baixo. / Estava debaixo da ‡rvore.
Debater.Regncia. 1 (tr. dir.)Ñ Empre-
s‡rios querem debater o pacto.2 (tr.
dir. e ind.)Ñ Empres‡rios querem de-
bater pacto com trabalhadores. 3
(intr.)Ñ N‹o estavam debatendo, es-
tavam discutindo.4 (pron.)Ñ O
doente debatia-se no leito.5 Ñ N‹o
existe a forma debater sobrealguma
coisa (use debater pacto, por exem-
plo, e n‹o debater sobre pacto).
Debruar-se.AlguŽmse debrua e n‹o
debrua, simplesmente: A moa de-
bruou-se na janela. / Debruou-se a
noite toda sobre os livros.
Debutante, debutar.Aceit‡veis apenas
para definir a apresenta‹o de uma
jovem ˆ sociedade. Nos demais casos,
use estreante e estrear.
Decerto.Uma palavra s—.
Decigrama.Palavra masculina: um de-
cigrama.
Dec’metro.Ver dist‰ncia, p‡gina 98.
DŽcimo terceiro. Sem h’fen.
Declara›es textuais.1 Ñ A reprodu‹o
de declara›es textuais (entre aspas)
Ž importante e valoriza o texto. E
principalmente mostra ao leitor que
houve preocupa‹o do rep—rter em re-
colher opini›es ou frases originais,
expressivas, marcantes, de efeito ou
espirituosas.
2 Ñ ƒ preciso, porŽm, ter o senso
exato da medida: nem declara›es
textuais em excesso, que dem ao lei-
tor a impress‹o de informa›es derra-
madas na lauda sem nenhum critŽrio,
nem declara›es textuais de menos,
que n‹o permitam ao leitor ao menos
saber se o rep—rter efetivamente falou
com o entrevistado ou se apenas re-
colheu informa›es de segunda m‹o
sobre as suas opini›es.
3 Ñ Algumas recomenda›es de
ordem pr‡tica sobre a forma de utili-
zar este recurso:
a)Procure usar declara›es tex-
tuais a cada um ou dois par‡grafos da
matŽria. Uma frase por par‡grafo j‡
seria uma boa medida e ela funciona-
ria quase como uma testemunha que
confirmasse a hist—ria ou fato que o
rep—rter quer levar ao leitor. Exem-
plo: A queda de uma barreira provo-
cou congestionamento de 20 quil™-
metros na Marginal do Pinheiros, em
S‹o Paulo. ÒFoi horr’velÓ, disse a ad-
vogada Denise Barros, que ficou
presa no tr‰nsito durante quatro
horas. O texto conta uma hist—ria e
usa a personagem para lhe dar veraci-
dade. O leitor tender‡ a confiar mais
nas informa›es que lhe est‹o sendo
transmitidas (n‹o Ž s— o rep—rter que
est‡ dizendo aquilo; outra pessoa est‡
confirmando a informa‹o).
b)ƒ preciso, no entanto, saber usar
bem as aspas. Veja como a frase seria
reproduzida erradamente: A advoga-
da Denise Barros, que passava pelo
local, diz que Òfoi horr’vel ficar presa
no tr‰nsito durante quatro horasÓ. O
recomend‡vel: ÒFoi horr’velÓ, disse a
advogada Denise Barros, que passa-
86De‹o Declara›es textuais

va pelo local. ÒFiquei presa no tr‰n-
sito durante quatro horas.ÓRepare
que n‹o h‡ necessidade de nenhum
outro verbo declarativo depois da se-
gunda frase: fica claro que Ž a mesma
pessoa quem fala.
c)N‹o coloque nunca ponto para
dar continuidade a uma declara‹o
entre aspas. Por exemplo: ÒFoi horr’-
vel. Fiquei quatro horas presa no
tr‰nsitoÓ, disse a advogada Denise
Barros. O certo Ž quebrar a frase ao
meio: ÒFoi horr’velÓ, disse a advoga-
da Denise Barros. ÒFiquei quatro
horas presa no tr‰nsito.Ó
d)Apenas na transcri‹o de tre-
chos de discursos, pronunciamentos,
documentos oficiais, ordens do dia e
mais alguns poucos textos como
esses, ser‡ permitida a inclus‹o de
mais de uma frase entre aspas.
Mesmo assim, a indica‹o vir‡ sem-
pre antesdo trecho reproduzido, e
nunca depois.
O certo: Explicou o presidente:
ÒEm 1950, havia dois partidos de um
s— criador, Getœlio Vargas. Os l’deres
do PSD n‹o tinham o menor cons-
trangimento em votar no candidato
do PTB. Afinal, eram todos ex-gover-
nadores nomeados por ele. A situa-
‹o agora Ž muito diferente.ÓO erra-
do: ÒEm 1950, havia dois partidos de
um s— criador, Getœlio Vargas. Os l’-
deres do PSD n‹o tinham o menor
constrangimento em votar no candi-
dato do PTB. Afinal, eram todos ex-
governadores nomeados por ele. A si-
tua‹o agora Ž muito diferenteÓ, ex-
plicou o presidente.
Em entrevistas ou na reprodu‹o
de declara›es isoladas, esta forma
est‡ vetada.
e)Finalmente, n‹o despeje sobre o
leitor uma torrente intermin‡vel de
aspas, como neste exemplo: O prefei-
to declarou que Òo problema dos am-
bulantes vai ser resolvidoÓe Òo cen-
tro da cidade ficar‡ limpo atŽ o fim
do msÓ, porque Òo compromisso
dele Ž com a popula‹o de S‹o
PauloÓe n‹o apenas Òcom os que vo-
taram nos candidatos do partidoÓ.
4 Ñ Nunca deixe de p™r entre aspas
as palavras e express›es contunden-
tes, redundantes ou —bvias que, pela
estrutura da frase, possam ser atribu’-
das pelo leitor ao jornal, quando na
verdade s‹o do entrevistado: O time
entrar‡ em campo amanh‹, Òa me-
nos que seja novamente burlado em
seus direitosÓ, advertiu o presiden-
te. / Para o economista, o oramento
municipal Ž simplesmente Òirrespon-
s‡velÓ. / O assaltante disse estar ar-
rependido do crime, embora saiba
que isso Òn‹o traz a menina de vol-
taÓ./ Ministro critica ÒhistŽricosÓdo
mercado financeiro.
5 Ñ N‹o recorra ˆs declara›es
textuais apenas como forma de con-
tornar as dificuldades que voc esteja
tendo para traduzir as informa›es
ou opini›es do entrevistado. Mesmo
que este diga, por exemplo, que o
vulto era de dif’cil visualiza‹o, vo-
c, com maior propriedade, escreva
simplesmente: Segundo o entrevista-
do, a pessoa (oufigura ou vulto)era
dif’cil de identificar (oudistinguir ou
ver).
6 Ñ Embora as declara›es entre
aspas devam transcrever com fidelida-
de as palavras do entrevistado, adapte
o texto ˆs normas gramaticais, acerte
as concord‰ncias, elimine as repeti-
›es muito freqŸentes e contorne os
v’cios de linguagem. A menos, claro,
que haja alguma raz‹o para manter li-
teralmente o texto.
7 Ñ A adapta‹o do texto ˆs nor-
mas lingŸ’sticas n‹o deve, porŽm, per-
mitir que ele assuma car‡ter artificial.
Uma jovem cantora, por exemplo, di-
ficilmente diria frases como estas que
lhe foram atribu’das:ÒTudo entre n—s
sempre foi resolvido no seio da fam’-
liaÓouÒMeu pai n‹o p™de aceitar ver-
me posar nua para uma revistaÓ. A
express‹o seio da fam’liae a forma
87Declara›es textuais Declara›es textuais

n‹o p™de aceitar ver-me posarsoam
falsas no contexto.
8 Ñ Pode haver casos em que con-
venha ressaltar os erros ou as formas
estranhas das declara›es textuais.
Nesse caso, nunca deixe de acrescen-
tar um sic!, entre parnteses, logo de-
pois do erro ou da afirma‹o.
9 Ñ Declara›es textuais s—
devem abrir not’cia ou reportagem
quando forem realmente de grande
import‰ncia: ÒO Brasil voltar‡ a hon-
rar seus compromissos.ÓCom esta
declara‹o, o ministro X p™s fim
ontem ˆ morat—ria que o Pa’s havia
decretado um ano antes.
10 Ñ N‹o permita que a declara-
‹o entre aspas mude o sujeito da ora-
‹o, transformando o discurso indire-
to em direto: O prefeito garantiu que
Òeu n‹o permitirei esse descalabroÓ.
O sujeito estava na terceira pessoa
(garantiu)e passou para a primeira
(permitirei), quebrando o ritmo e a es-
trutura do texto. Casos semelhantes
podem ser contornados por constru-
›es como:ÒN‹o permitirei esse des-
calabroÓ, garantiu o prefeito. / O pre-
feito garantiu: ÒN‹o permitirei esse
descalabro.Ó/ O prefeito garantiu
que n‹o permitir‡ Òesse descalabroÓ.
Outros exemplos igualmente ina-
ceit‡veis: O presidente disse que
Òchegou ao meu conhecimento
que...Ó/ O diretor da TV informou
que, Òse tivŽssemos obtido a limi-
nar, ...Ó/ O maestro afirmou que Òpo-
demos muito bem fazer um hino...Ó/
A modelo acha que tem um lado sen-
sual Òdo qual muito me orgulhoÓ. /
O ditador reservava seu tempo livre
Òpara aprofundar-me em assuntos
como hist—ria e economiaÓ.
11 Ñ Mesmo que n‹o altere a pes-
soa do verbo, o uso de pronomes pos-
sessivos (nosso, seu, sua, etc.)tam-
bŽm indica a mudana do sujeito:
Disse que durante o dia Òdesempe-
nhava muito bem suas fun›es na co-
zinhaÓ. A œnica coisa que ele poderia
ter dito era:ÒDurante o dia, desem-
penhava minhasfun›es na cozi-
nha.ÓOutros exemplos errados: O
empres‡rio afirmou tambŽm que
Òtudo ser‡ feito na nossa empresa
para conquistar o mercado de super-
geladosÓ. / Segundo o artista, Ònin-
guŽm muda o meu pensamentoÓ.
12 Ñ Abra e feche aspas cada vez
que truncar uma declara‹o por ob-
serva›es introduzidas no texto:ÒA
na‹oÓ, prosseguiu o deputado, Òes-
pera agora que o governo finalmente
revele os nomes dos corruptos.Ó
13 Ñ Nos di‡logos, use travess›es
e n‹o aspas:
Com um largo sorriso, o presiden-
te disse ao visitante:
Ñ O senhor chegou na hora.
O chefe do Gabinete comunicou
ent‹o a presena de mais um convi-
dado.
Ñ Ant™nio Carlos, voc foi um
tigre Ñ saudou o presidente. Ñ Por
aqui, senhores. E se dirigiu com os
dois recŽm-chegados para o sal‹o de
recep‹o.
14 Ñ Ver tambŽm os verbetes as-
pas, p‡gina 46, e encampa‹o, p‡gina
105.
Defender. Use substantivo e n‹o infini-
tivo depois: Comiss‹o defende inde-
niza‹o para torturados (e n‹o Òde-
fende indenizarÓ).
ÒDefender queÓ.NinguŽm defende que,
mas defende alguma coisa:Deputado
defende a fus‹o de bancos(em vez de:
Deputado defende que bancos
devam se fundir). Da mesma forma:
Jornal defende apoio dos EUA ao Bra-
sil na ONU (e n‹o: Jornal defende que
EUA devem apoiar o Brasil na
ONU).
DŽficit.Desta forma. Plural: dŽficits.
ÒDefinir queÓ.AlguŽm define alguma
coisa, mas n‹o define que...
Deflagrar.Prefira decretar, iniciar, abrir,
provocar, desencadear: A insatisfa-
88Defender Deflagrar

‹o popular provocou a rebeli‹o (em
vez de deflagrou)./ Depois de duas
horas de reuni‹o, os metalœrgicos de-
cretaram a greve. / Manobras de bas-
tidores abrem a sucess‹o(em vez de
deflagram)./ Os estudantes inicia-
ram(e n‹o deflagraram)o movimen-
to ˆs 10 horas.
De forma que.Ver de maneira que,
nesta p‡gina.
Defronte de.E n‹o Òdefronte aÓ: Ficou
parado defronte do palanque.
De Gaulle.1 Ñ Com dminœsculo quan-
do se citar o nome todo: o general
Charles de Gaulle. Com D maiœs-
culo quando se usar a forma reduzi-
da:o general De Gaulle.2 Ñ N‹o h‡
nenhuma prova de que o general
tenha dito que Òo Brasil n‹o Ž um pa’s
sŽrioÓ. Evite a cita‹o, portanto.
Deitar-se.AlguŽm se deitae n‹o deita,
apenas: Ele se deita cedo todo dia. /
O Sol deita-se mais tarde no ver‹o. /
Todos se deitaram no ch‹o, quando
os assaltantes mandaram.
Deixar claro, evidente.1 Ñ O adjetivo
varia nas locu›es deixar claro, evi-
dente, n’tido, patente e outras do g-
nero:Eles deixaram clara (e n‹o
claro)sua inten‹o. / Deixaram evi-
dentes (e n‹o evidente)suas preten-
s›es. / Hav’amos deixado n’tidas(e
n‹on’tido)nossas preferncias. /
Deixaram patentes (e n‹opatente)os
riscos que todos iriam correr.2 Ñ A
locu‹o s— fica invari‡vel se for segui-
da de que: Deixaram claro que as de-
cis›es eram arriscadas.
ÒDeixar com queÓ. Use deixar que, em
frases como: O excesso de trabalho
n‹o deixou que (em vez de Òdeixou
com queÓ)ele tirasse fŽrias naquele
ms. Fazer Ž que admite o com, mas
deixar, n‹o.
Deixar mais infinitivo. 1 Ñ N‹o flexio-
ne o infinitivo: Deixe as l‡grimas ro-
lar. / Os policiais deixaram as pes-
soas sair.2 Ñ Ver infinitivo, p‡gina
145.
Deixe-me dizer, deixe-o fazer.E nunca
Òdeixe eu dizerÓ, Òdeixe ele fazerÓ, etc.
Deletar. Aceit‡vel apenas na inform‡ti-
ca. Nos demais casos, use apagar, des-
fazer, suprimir:Queria apagar (e
nunca ÒdeletarÓ)aquelas impress›es
da mem—ria.
Demais, de mais.1 Ñ Numa palavra s—,
tem o sentido de em excesso, muito,
demasiadamente: Fala demais. /
Havia gente demais ali.Equivale
ainda a alŽm disso, os restantes: Che-
gou cansado; demais, estava doen-
te. / Os demais convidados...2 Ñ De
maisequivale a a mais(e op›e-se a de
menos):Recebeu dinheiro de mais. /
Isso n‹o Ž nada de mais.
De maneira que.ƒ a locu‹o correta,
assim como de modo que, de forma
que, de sorte que(e nunca de Òmanei-
rasÓque, de ÒmodosÓque, de ÒformasÓ
que...). Use sempre essas formas, em
vez de Òde maneira aÓ, Òde modo aÓ,
Òde forma aÓ, Òde sorte aÓ, etc.: Fez o
trabalho de maneira que agradasse
ao chefe (e n‹ode maneira a agradar
ao chefe)./ Voltou o rosto de modo
que n‹o fosse visto de frente (em
lugar dede modo a n‹o ser visto)./
Preencheu o formul‡rio de forma que
n‹o deixasse dœvidas (e n‹ode forma
a n‹o deixar dœvidas).
Democrata, democr‡tico.Use demo-
crata como substantivo:Os demo-
cratas defendem a pluralidade parti-
d‡ria.E democr‡tico como adjetivo:
S‹o homens democr‡ticos, princ’-
pios democr‡ticos, atitudes demo-
cr‡ticas, etc. Exce‹o:democrata,
como adjetivo, apenas quando se re-
ferir a partidos chamados Democra-
tas (como o dos EUA): Os candidatos
democratas (isto Ž, advers‡rios dos
republicanos).
Democrata-crist‹o, democrata-social.
O plural, tanto do adjetivo como do
substantivo, Ž democrata-crist‹os e
democrata-sociais: partidos demo-
crata-crist‹os, organiza›es demo-
89De forma que Democrata-crist‹o, ...

crata-sociais; os democrata-crist‹os,
os democrata-sociais.
De modo que.Ver de maneira que, p‡-
gina 89.
Demolir.Conjuga‹o. S— tem as formas
em que ao lse segue eou i: demole,
demoliram, etc.
Denegar.Prefira negar, recusar, rejeitar.
Denegrir. Conjuga-se como agredir
(ver, p‡gina 34): denigro, denigres; de-
negri; que eu denigra; se eu denegris-
se; etc.
Dengue. 1 Ñ Palavra feminina quando
designa a doena: a dengue, a dengue
hemorr‡gica(transmitida pelo mos-
quito Aedes aegypti). O tigre-asi‡tico
(Aedes albopictus)Ž respons‡vel por
outra forma da dengue. 2 Ñ Dengue,
no masculino, significa dengo: o den-
gue da passista.
Dente de leite.O dente vai sem h’fen e
a categoria esportiva, com: Dentistas
criam banco de dentes de leite. / Co-
mea hoje o campeonato dos dentes-
de-leite.
Dentre.Use dentre apenas quando
puder substitu’-lo por do meio de:
Ressurgiu dentre os mortos. / Dentre
todos ele saiu vencedor. / Tirou uma
dentre as cinco moas para danar. /
Era o cientista que, dentre todos os
homens, sobrevivera milagrosamen-
te.Nos demais casos, o correto Ž
entre.
Dentro de. 1 Ñ Use dentro de, correta-
mente, como equivalente a no inte-
rior de, no ’ntimo de ou no espao de
(sentido concreto): dentro de casa,
dentro de mim, dentro de alguns
dias.2 Ñ Se o significado n‹o for esse,
recorra a em, de acordo com, segun-
doou equivalente (entre parnteses,
a op‹o recomend‡vel): A divergn-
cia dentro do partido (no partido),
dentro do Pal‡cio do Planalto(no Pa-
l‡cio), dentro do Parque Ant‡rtica
(no Parque), dentro dessa filosofia
(segundo essa filosofia),dentro desse
ponto de vista(de acordo com), den-
tro da democracia que se pretende
adotar (segundo, de acordo com),
dentro da estratŽgia da entidade(se-
gundo), dentro do que se acredita ser
poss’vel (de acordo com),etc.
ÒDenunciar queÓ.N‹o use esta forma,
pois ninguŽm Òdenuncia queÓ. De-
nuncia-se alguma coisa: Deputado
denuncia desvio de verbas(e n‹o: De-
putado Òdenuncia queÓverbas foram
desviadas).
Denœncias.1 Ñ Como intŽrprete do lei-
tor, o Estadose sente no dever de pu-
blicar toda denœncia fundamentada
que lhe chegue ao conhecimento.
Ali‡s, o jornal considera essa uma de
suas fun›es sociais mais importan-
tes, por estar diretamente ligada ˆ de-
fesa da moral pœblica e do dinheiro do
contribuinte. O cidad‹o merece ser
defendido em todos os planos, muni-
cipal, estadual e federal. Por isso, o re-
p—rter deve empenhar-se em manter
essa caracter’stica permanente do jor-
nal.
Veja alguns exemplos de matŽrias
de denœncia: desvio ou m‡ aplica‹o
de verbas pœblicas; conchavos entre
parlamentares e governantes em pre-
ju’zo da popula‹o; favorecimento
oficial a empresas particulares; con-
corrncias com cartas marcadas;
obras dispendiosas, cujo custo n‹o
corresponda ˆ utilidade; tr‡fico de in-
fluncia; apadrinhamento e nepotis-
mo no servio pœblico; compras pœ-
blicas sem concorrncia; mordomias
e gastos exagerados de servidores, go-
vernantes ou parlamentares; viagens
desnecess‡rias ˆ custa do governo,
com di‡rias elevadas; transa›es du-
vidosas em qualquer n’vel da admi-
nistra‹o pœblica; uso de recursos pœ-
blicos em benef’cio de particulares;
manipula‹o dos bancos estaduais
em favor de empresas de protegidos;
sal‡rios pœblicos em desacordo com a
realidade do Pa’s, etc.
2 Ñ O jornal exige, no entanto, que
os fatos sejam apurados com rigor,
90De modo que Denœncias

devendo os rep—rteres ou editores
conservar em seu poder, durante o
tempo conveniente, os documentos
comprobat—rios das irregularidades
apontadas. As denœncias feitas por
terceiros cujo nome n‹o possa ser di-
vulgado dever‹o, sempre, ser conferi-
das com alguma outra fonte de con-
fiana.
3 Ñ Ao montar a matŽria, se voc
sentir alguma insegurana na mani-
pula‹o dos dados, n‹o hesite em re-
correr a especialistas (advogados, eco-
nomistas, etc.), para que nenhuma in-
forma‹o corra o risco de desmenti-
do. Assim, s— considere o texto em
condi›es de publica‹o quando tiver
comprovado todas as denœncias nele
inclu’das.
4 Ñ Finalmente, n‹o pense em de-
nœncia apenas quando o dinheiro pœ-
blico estiver envolvido. H‡ fatos apa-
rentemente corriqueiros cuja divul-
ga‹o poder‡ melhorar muito o dia-a-
dia do leitor, como: coleta de lixo mal-
feita; mudanas de tr‰nsito realizadas
sem critŽrio; derrubada irregular de
‡rvores; polui‹o de ‡reas por indœs-
trias que n‹o observem as normas
ambientais; contamina‹o dos rios da
cidade; polui‹o sonora; invas‹o de
‡reas residenciais pelo comŽrcio, etc.
Repare que esses assuntos figuram
com freqŸncia nas cartas dos leito-
res. Por que ent‹o n‹o tomar a inicia-
tiva tambŽm?
5 Ñ Ver tambŽm acusa›es, p‡gi-
na 31.
Depor. 1 Ñ Dep›e-se emalgum lugar e
n‹o aalguŽm ou a algum —rg‹o: Dep™s
na (e n‹o ҈Ó)comiss‹o.2 Ñ Pode-se
tambŽm depor, apenas: Convocado,
recusou-se a depor.
Deputado por.E n‹o de: deputado por
S‹o Paulo, deputado pelo Cear‡.
ÒDe queÓ.1 Ñ Nenhum verbo direto Ñ
responde ˆ pergunta o qu Ñ aceita a
forma de que. Por isso, ninguŽm acre-
dita de que, julga de que, pensa de
que, cr de que, comenta de que, nota
de que, declara de que, afirma de
que,etc., mas acredita que, julga que,
pensa que, afirma que,e assim por
diante. 2 Ñ Ver em que (com prepo-
si‹o), p‡gina 244, o uso de locu›es
como ter confiana, esperana, dese-
jo de que.
De repente.a)Desta forma, e n‹o Òder-
repenteÓ. b)Cuidado com o uso exces-
sivo: a express‹o tornou-se modismo
ou ÒmuletaÓ.
Derreter-se.Alguma coisa se derretee
n‹o derrete apenas:A neve(ouo gelo)
derreteu-se. / Sua frieza derreteu-se.
Desagradar.Use o verbo sempre como
transitivo indireto(com preposi‹o
a):A nova exigncia do CMN desa-
gradou aos bancos. / Quando estava
mal-humorado, tudo lhe desagrada-
va. / A proposta desagradou ao Nor-
deste.Como pronominal, o verbo
pede a preposi‹o de:Desagradou-se
da atitude dos amigos.
Desaguar.Conjuga-se como aguar (ver,
p‡gina 34): des‡gua, des‡guam, etc.
Descarrilar.Use apenas esta forma,
assim como descarrilamento, em vez
de descarrilhar, desencarrilhar, etc.
Descartar. 1 Ñ Como sin™nimo de afas-
tar, deve ser sempreacompanhado
das palavras possibilidade, hip—tese,
probabilidade, idŽia, sugest‹o, pro-
posta e outras semelhantes em frases
como: Governo descarta possibilida-
de de acordo com credores(e n‹o: Go-
verno descarta acordo com credo-
res)./ Estado descarta hip—tese de in-
terven‹o em hospital. / Economista
descarta probabilidade de aumento
da infla‹o. / MinistŽrio descarta a
idŽia de abono. / Sindicatos descar-
tam proposta de greve.2 Ñ Sempre
que poss’vel, substitua descartar,
com vantagem, por afastar (afasta
possibilidade, afasta hip—tese, afasta
idŽia,etc.).
Descoberta, descobrimento.1 Ñ Use
descobrimento para designar o ato de
descobrir: descobrimento do Brasil,
descobrimento da energia at™mica
91Depor Descoberta, descobrimento

(note que a coisa descoberta j‡ exis-
tia). 2 Ñ Descoberta equivale a in-
ven‹o: a descoberta da bomba at™-
mica, a descoberta da vacina contra
a paralisia infantil, a descoberta da
penicilina, a descoberta da cura do
c‰ncer.
Descobrir.Conjuga-se como cobrir
(ver, p‡gina 62).
Descolamento. E n‹o ÒdeslocamentoÓ
da retina.
Descortino. Forma correta, e n‹o Òdes-
cort’nioÓ.
Descrer. Conjuga-se como crer (ver, p‡-
gina 83).
ÒDescrever queÓ. AlguŽm descreve al-
guma coisa, mas n‹o descreve que...
Descriminar, discriminar.1 Ñ Descri-
minar equivale a inocentar, tirar o ca-
r‡ter de crime de: descriminar (e n‹o
descriminalizar oudescriminizar)o
uso da maconha.2 Ñ Discriminar
significa distinguir, segregar, separar:
discriminar o parceiro, discriminar
as minorias raciais.Os substantivos
correspondentes seguem a mesma
norma: descrimina‹o (e n‹odescri-
minaliza‹o oudescriminiza‹o)do
uso da maconha, discrimina‹o ra-
cial.
Desde.1 Ñ Sempre sem crase:Desde as
duas horas(e n‹o Òdesde ˆsÓ). / Desde
o dia anterior(e n‹o Òdesde aoÓ).2 Ñ
N‹o pode ser usado em express›es
como:A R‡dio Tal, transmitindo
desde Ribeir‹o Preto(usetransmi-
tindo de Ribeir‹o Preto), ... / O presi-
dente, falando pelo telefone desde
Amsterd‹ (de Amsterd‹), ...3 Ñ O
uso normal de desde Ž com atŽ (e mais
raramente com a):Navegou desde o
Atl‰ntico atŽ o Pac’fico. / Desde o pai
e a m‹e aos filhos, genros e noras,
todos estavam presentes. 4 Ñ Com
express›es de tempo, pode ser usado
isoladamente ou com atŽ: Est‡ doen-
te desde a semana passada. / Traba-
lhava desde a alvorada atŽ o anoite-
cer. 5 Ñ A locu‹o desde quesignifi-
ca a partir do momento em que, uma
vez que:Ficou encantado desde que
(a partir do momento em que)a co-
nheceu. /Desde que(uma vez que)se
julga superior, deve fazer o servio so-
zinho.
Desfazer.Conjuga-se como fazer (ver,
p‡gina 127).
Desfrutar. Prefira a regncia direta: Des-
frutou bons momentos em compa-
nhia da namorada. / O pa’s desfruta
a reputa‹o de bom pagador. / Des-
frutou seus bens atŽ a morte. (Moder-
namente, j‡ se admite a forma desfru-
tar de.)
Desgovernar. Um ve’culo desgoverna-
se, e n‹o desgoverna, apenas: O ca-
minh‹o desgovernou-se na ladeira.
Desimpedir.Conjuga-se como pedir
(ver, p‡gina 215).
Desmentir. 1 Ñ Conjuga-se como men-
tir (ver, p‡gina 177). 2 Ñ Prefira a
formadesmentir alguma coisaa des-
mentir que:O Planalto desmente
rompimento com a oposi‹o (e n‹o:
O Planalto desmente que v‡ romper
com a oposi‹o). Com que, use ne-
gar:O Planalto nega que pretenda
romper com a oposi‹o.
Desmi(s)tificar. 1 Ñ Desmistificar
equivale a revelar a verdadeira fei‹o
de, desmascarar, desmoralizar:Erros
seguidos o desmistificaram diante
da platŽia. / O advers‡rio conseguiu
desmistificar sua aura de s‡bio. Des-
mitificar corresponde a tirar o car‡ter
de mito de:A Rœssia desmitificou a
figura de Stalin. / A sociedade mo-
derna desmitificou o tabu do sexo.
Desobedecer. Regncia. Ver obedecer,
p‡gina 201.
De sorte que. Ver de maneira que, p‡-
gina 89.
Despedir.Conjuga-se como pedir (ver,
p‡gina 215).
Despencar. Como o verbo tem valor ab-
soluto, Ž errado escrever, por exem-
plo: IR do setor financeiro despenca
41,9%.Usar essa forma equivale a
dizer que o eleitorado prefere 51,8%
92Descobrir Despencar

um candidato ou que uma empresa
exorbita 88,9% nos preos. Siga uma
destas op›es: IR do setor financeiro
cai 41,9% (fica claro que ele despen-
cou)/ IR do setor financeiro despen-
ca. O mesmo racioc’nio se aplica ˆ va-
ria‹o dos ’ndices da Bolsa de Valores.
Despender.Desta forma.
Despercebido.1 Ñ Em textos jornal’s-
ticos, o correto Ž despercebido (que
n‹o foi notado, que n‹o atraiu a aten-
‹o): O fato passou despercebido aos
jornalistas. 2 Ñ Desapercebido tem
uso muito mais restrito e significa
desprevenido, desprovido: desaperce-
bido de dinheiro, de recursos; desa-
percebido para a guerra.
Despir. Conjuga-se como servir (ver,
p‡gina 266): dispo, despes; que eu
dispa; etc.
Desprendimento.E n‹o Òdespreendi-
mentoÓ.
Desses, destes.Sempre no plural em fra-
ses como: Jamais diria uma coisa
dessas (e n‹o ÒdessaÓ). / Nunca acei-
taria um absurdo destes. / Voc con-
corda com um disparate desses?
Desses que.Concord‰ncia. Ver dos
que, p‡gina 102.
Destaques.1 Ñ Usenegrito(modo 1 do
terminal), caso o corpo do texto seja
o normal, e negrito it‡lico(modo 5)
caso o corpo seja o negrito):
a)No nome do jornal e suas varian-
tes: O Estado de S. Paulo, EstadoeEs-
tad‹o.
b)Nas perguntas das entrevistas
tipo pingue-pongue:
Estado Ñ Por que o senhor renun-
ciou ao cargo?
Jo‹o de AlmeidaÑ Achei que n‹o
havia mais condi›es para ficar no go-
verno.
c)Nas notas publicadas no pŽ dos
artigos, coment‡rios, etc., para indi-
car quem Ž o autor:X Ž professor de
Literatura da USP. / Y Ž secret‡rio-
geral do MinistŽrio da Justia.
d)Nas chamadas da 1» P‡gina e nas
chamadas internas para outras p‡gi-
nas: P‡gina A17 / Mais informa›es
nas p‡ginas A14, B16 e C8 / êntegra
do projeto na p‡gina A8
e)Na assinatura, por extenso ou
com iniciais, colocada no pŽ da matŽ-
ria e na referncia ˆ participa‹o de
outros profissionais no texto: (Jo‹o de
Almeida)/ J. A. / Colaborou Carlos da
Silva. / Colaboraram Carlos da Silva
e Alberto Moreira.
2 Ñ Useit‡lico(modo 4 do termi-
nal), caso o corpo do texto seja o nor-
mal, ou corpo normal (modo 0), caso
o corpo seja o it‡lico:
a)No nome dos cadernos, suple-
mentos ou se›es do Estadoe dos de-
mais —rg‹os jornal’sticos da empresa
ou de seus produtos: Caderno 2, Es-
tadinho, Jornal da Tarde, Agncia Es-
tado, R‡dio Eldorado, Jornal do Car-
ro, Espao Informal.
b)No nome dos demais jornais e
revistas: Jornal do Brasil, The New
York Times, Le Monde, Veja, News-
week. Observa‹o. Use o mesmo
corpo do texto para o nome das emis-
soras de r‡dio e TV: R‡dio Cultura,
Rede Globo, TV Record (com a œnica
exce‹o da R‡dio Eldorado).
c)No nome de obras art’sticas em
geral (mœsicas, filmes, v’deos, peas
de teatro, painŽis, quadros, escultu-
ras, livros, programas de r‡dio e TV,
etc.): Cora‹o de Estudante, Let it Be,
a Sonata ao Luar, A òltima Tenta‹o
de Cristo, Macuna’ma,o v’deoVida
sem Cor, Vestido de Noiva, Guerni-
ca, Abaporu, Os Maias, Novo Dicio-
n‡rio AurŽlio, Estad‹o no Ar, Domin-
g‹o do Faust‹o, Hist—ria de Amor.
N‹o vai em it‡lico, porŽm, o nome
de conferncias, simp—sios, cursos,
congressos, etc., que, de qualquer
forma, dever‡ ser escrito com iniciais
maiœsculas: A AmŽrica Latina e os
Pa’ses do Primeiro Mundo, A Influn-
cia da Televis‹o na Forma‹o da Per-
sonalidade da Criana, O SŽculo 21.
93Despender Destaques

d)Nas palavras de g’ria ainda n‹o
absorvidas pelo idioma ou nos termos
empregados no sentido figurado: A
moa considerou o livro chocante. /
O prefeito criticou os pianistasdo
Congresso. / Um puxadorde autom—-
veis, os cigarras, um espianto, a cor-
tadeira(ladra), o presunto, um berro
(rev—lver). / Tirar um sarro. / Saca!
Legal! Falou!
e)Nos apelidos (desde que n‹o de
dom’nio pœblico): Fininho, Russo,
Alem‹o, Carlinhos Gordo, ZŽ Ca-
timba, etc. Em corpo normal, no en-
tanto: Xuxa, PelŽ, Gugu (apresenta-
dor), Vicentinho, Betinho, Luiz‹o.
f)Para destacar alguma palavra da
frase: O orador pronunciou o corrup-
tocom nfase. / No caso, ladr‹oŽ um
termo muito forte.
g)Nos nomes cient’ficos de ani-
mais e plantas: Aedes aegypti, Coffea
arabica. Use tambŽm it‡lico nos g-
neros (inseto do gnero Glossina),
mas n‹o nas ordens ou fam’lias: fam’-
lia das leguminosas, ordem das rosa-
les.
h)Para marcar o nome de cada ci-
dade mencionada no mesmo texto: O
presidente da Repœblica disse ontem,
em Ribeir‹o Preto, que... J‡ em Bra-
s’lia, ˆ noite, insistiu...
i)Na remiss‹o a outros textos pu-
blicados na mesma edi‹o: A coloca-
‹o dos times no Campeonato Paulis-
ta (ver ao lado)revela... / O decreto
do presidente da Repœblica sobre a re-
formula‹o do Imposto de Renda (’n-
tegra na p‡gina B8)mostra... / No seu
discurso aos novos oficiais (ver abai-
xo), o ministro do ExŽrcito garantiu...
3 Ñ N‹o v‹o em negrito nem em
it‡lico:
a)As palavras em destaque nos t’-
tulos, olhos, janelas e legendas, que
dever‹o ser escritas entre aspas: ÒEs-
tadoÓganha o Prmio Esso. / ÒOs êrisÓ
se torna o quadro mais caro do
mundo. / Foge o assaltante ÒBar‹oÓ.
b)As palavras ou locu›es estran-
geiras. Evite-as ao m‡ximo, mas,
quando necess‡rias, v‹o no mesmo
corpo do texto: rock, jazz, best seller,
libor, shopping center, pizza, in me-
moriam, tour de force, parti pris. (Se
voc n‹o estiver escrevendo para o
jornal, no entanto, convŽm marcar
esses termos com negrito, it‡lico ou
aspas.)
c)Os nomes, modelos e tipos de
navios, avi›es, foguetes, naves espa-
ciais, satŽlites, sondas, armamentos,
ve’culos em geral, etc.: Minas Gerais,
Bateau Mouche, Costa Marina, Jaœ,
14 Bis, Phantom, Mirage, Boeing, DC-
10, Sputnik, Challenger, Endeavour,
Telstar, Urutu, Escort, Mercedes-
Benz.
d)O nome de sociedades, escolas,
associa›es e empresas estrangeiras
ou brasileiras e o de produtos comer-
ciais: Harvard, British Petroleum,
Exxon, Bank of America, Votorantim,
Aos Villares, Martini, Bombril,
Coca-Cola, Chivas Regal.
Destroem.Sem acento.
Destr—ier.Plural: destr—ieres.
Destruir.Conjuga-se como construir
(ver, p‡gina 80).
Desvalido.Sem acento (pronuncia-se
desval’do).
Desvalorizar-se.Alguma coisa se des-
valoriza e n‹o desvaloriza, apenas: A
moeda desvaloriza-se todo dia. /
Suas a›es desvalorizaram-se.
Desviar-se.AlguŽm ou alguma coisase
desviae n‹o desvia, apenas: O moto-
rista conseguiu desviar-se a tempo. /
O carro desviou-se do pedestre. / A
prefeitura n‹o se desviou das metas
traadas.
Detalhe. ƒ redund‰ncia falar em Òpe-
quenos detalhesÓ. Todo detalhe Ž pe-
queno.
Deter.Aten‹o para algumas formas:
detinha (e n‹o ÒdetiaÓ); deteve, deti-
veram (e n‹o ÒdeteuÓ, ÒdeteramÓ); de-
tivera (e n‹o ÒdeteraÓ); se ele detives-
94Destroem Deter

se (e n‹o Òse ele detesseÓ); se ele deti-
ver (e n‹o Òse ele deterÓ).
Deteriora‹o.Formas corretas: deterio-
ra‹o, deteriorar(-se), deteriorado, de-
terior‡vel. E n‹o Òdeterioriza‹oÓ,
ÒdeteriorizarÓ, etc.
Deteriorar-se. Alguma coisa se deterio-
ra e n‹o deteriora, apenas:As rela-
›es entre eles deterioraram-se. / A
carne deteriorou-se.
ÒDetetizadoÓ. De DDT s— pode derivar
dedetizado, e n‹o ÒdetetizadoÓ, erro
muito comum.
Detonar.1 Ñ Significa fazer explodir,
disparar, produzir explos‹o: A espole-
ta n‹o detonou. / O assaltante deto-
nou a arma. 2 Ñ Nao use o verbo no
sentido figurado, como sin™nimo de
provocar, desencadear, destruir, fazer
sucesso, porque se trata de modismo:
O fumo provoca(e n‹o ÒdetonaÓ)a
asma em crianas. / As cr’ticas de-
sencadearam(e n‹o ÒdetonaramÓ)a
crise. / O jogador destruiu (e n‹o Òde-
tonouÓ)o trabalho do tŽcnico. / A ar-
tista arrasou (e n‹o ÒdetonouÓ)em
Angra.
De vez que.Ver vez, p‡gina 307.
Devido a. 1 Ñ N‹o use essa locu‹o no
lugar de por causa de, em raz‹o de, gra-
as a, em virtude de, em conseqŸn-
cia de. Ela pode sempreser substitu’-
da por uma dessas, em frases como: O
empate n‹o provocou surpresa,por
causa da (e n‹o devido ˆ)igualdade
entre os dois times. / Em conseqŸn-
cia do (e n‹o devido ao)forte calor, a
cidade... / A informa‹o n‹o estava
dispon’vel por causa de, em raz‹o de,
em conseqŸncia de (e n‹o devido a)
problemas de comunica›es. / Gra-
as ˆ, em virtude da (e n‹o devido ˆ)
boa forma f’sica, fez a caminhada
sem se cansar.
2 Ñ Devido a varia quando se refe-
re diretamente a um substantivo ou
pronome, equivalendo a causado por,
decorrente de:Eram ferimentos devi-
dos (causados por, decorrentes de)ˆ
queda que sofrera. / Prestou as home-
nagens devidas a ele. / A queda devi-
da ˆ instabilidade da Bolsa agravou-
se h‡ alguns dias.
Dia.Inicial maiœscula para designar
datas: Dia das M‹es, Dia da Criana.
Dia-a-dia, dia a dia.Com h’fen, designa
a rotina ou o trabalho di‡rio: O dia-a-
dia da empresa. / Para usar no dia-a-
dia. / Seu dia-a-dia Ž sempre agitado.
Sem h’fen, equivale a diariamente,
com o correr dos dias, dia por dia: ƒ
trabalho para fazer dia a dia. / Dia a
dia ele confirma o acerto da sua con-
trata‹o.
Diabete.Prefira esta forma: a diabete.
Di‡cono.Feminino: diaconisa.
Di‡rio Oficial.Escreva em it‡lico ape-
nas o nomeDi‡rio Oficial.Assim, o
Di‡rio Oficialda Uni‹o, oDi‡rio Ofi-
cialdo Estado, oDi‡rio Oficialdo Pa-
ran‡, etc.
Dias da semana (em outras l’nguas).
Alem‹o.Segunda Ñ Montag; tera
Ñ Dienstag; quarta Ñ Mittwoch;
quinta Ñ Donnerstag; sexta ÑFrei-
tag; s‡bado Ñ Samstag; domingo Ñ
Sonntag. Sempre com inicial maiœs-
cula.
Espanhol. Segunda Ñ lunes; tera
Ñ martes; quarta Ñ miŽrcoles; quin-
ta Ñ jueves; sexta Ñ viernes; s‡bado
Ñ s‡bado; domingo Ñ domingo.
Francs. Segunda Ñ lundi; tera Ñ
mardi; quarta Ñ mercredi; quinta Ñ
jeudi; sexta Ñ vendredi; s‡bado Ñ sa-
medi; domingo Ñ dimanche.
Ingls. Segunda Ñ Monday; tera
Ñ Tuesday; quarta Ñ Wednesday;
quinta Ñ Thursday; sexta Ñ Friday;
s‡bado Ñ Saturday; domingo Ñ Sun-
day. Sempre com inicial maiœscula.
Italiano. Segunda Ñ lunedi; tera
Ñ martedi; quarta Ñ mercoledi;
quinta Ñ giovedi; sexta Ñ venerdi; s‡-
bado Ñ sabato; domingo Ñ domeni-
ca.
Diferentemente. ƒ esta forma que se
deve usar quando diferente puder ser
substitu’do por de modo diferente: Di-
ferentemente (de modo diferente)de
outros intelectuais(e n‹o Òdife-
95Deteriora‹o Diferentemente

renteÓde outros intelectuais), ele
sempre gostou das festas populares. /
Ela, diferentemente (e n‹o Òdiferen-
teÓ)de outras pessoas, evita critic‡-
lo.
Diferir.Conjuga-se como aderir (ver,
p‡gina 32): difiro, diferes; que eu difi-
ra; difere tu, diferi v—s; etc.
ÒDifundir queÓ. AlguŽm difunde algu-
ma coisa, mas n‹o difunde que...
Digladiar. E n‹o ÒdegladiarÓ.
Dignar-se. Usa-se com a preposi‹o de
(e n‹o a)ou sem ela: Ele n‹o se dig-
nou de responder (em vez deÒn‹o se
dignou aÓ)./ Esta Ž a ajuda que ele se
dignou proporcionar aos amigos.
Dignit‡rio.E n‹o Òdignat‡rioÓ.
Diminutivos.1 ÑInho e zinho
a)A forma depende da acentua‹o
e da termina‹o da palavra. Com os
monoss’labose palavras ox’tonas,
por exemplo, usa-se zinho:pezinho,
heroizinho, m‹ozinha, bonzinho,
benzinho, barzinho, casalzinho, mu-
lherzinha, sofazinho, avozinha, nari-
zinho,etc.
b)Emprega-se ainda zinho com as
proparox’tonas e com as parox’tonas
terminadas em ‹, ‹o, ditongoe hiato:
lampadazinha, camarazinha, gangs-
terzinho, sitiozinho, indiozinho, Ma-
riozinho, orf‹ozinho, ruazinha, lua-
zinha, seriezinha, etc.
c)Com as palavras parox’tonas,
usa-se mais o prefixo inho, popular,
subsistindo zinho nos casos em que
inho soaria pouco euf™nico ou nas for-
mas de origem erudita e liter‡ria:
branquinho, cavalinho, barquinho,
gordinho, anjinho, pestinha, casi-
nha, filhinha, sacolinha, avezinha,
baldezinho, ilhazinha, golezinho,
praiazinha,etc.
d)Existem dezenas de exce›es ˆs
normas expostas, algumas j‡ consa-
gradas pelo uso:chacrinha, prainha,
radinho, Emilinha, Amelinha, Marii-
nha, xicrinha, ruinha, etc.
e)Quando a palavra termina em z,
sou s + vogal, acrescenta-se a ela o
sufixo inho: narizinho, rapazinho,
Luisinho, piresinho, rosinha, prince-
sinha, inglesinha, paisinho(pequeno
pa’s), etc.
f)AlŽm dos substantivos e adjeti-
vos, tambŽm os advŽrbios admitem
os diminutivos, em certos casos:ago-
rinha, devagarinho (ou devagarzi-
nho),adeusinho, rapidinho, cedinho,
pertinho, longinho, etc. S‹o, no en-
tanto, formas coloquiais, que devem
ser evitadas no notici‡rio, a n‹o ser
em casos especiais.
g)Para formar o plural, flexiona-se
a palavra, retira-se o sfinal e acrescen-
ta-se a termina‹o zinhos (exemplo:
pŽs - s + zinhos):pezinhos, m‹ozi-
nhas, p‹ezinhos, an›ezinhos, ale-
m‹ezinhos, trenzinhos, heroizinhos,
cora›ezinhos, tuneizinhos, papeizi-
nhos, jornaizinhos, chapeuzinhos,
florezinhas, homenzinhos, barrizi-
nhos(barris - s + zinhos), etc. Aten-
‹o. No caso das palavras do item e,
acrescenta-se apenas um sˆ forma do
singular: narizinhos, inglesinhos,
paisinhos, camisinhas, rosinhas, etc.
h)S‹o irregulares alguns plurais
populares:mulherzinhas, florzinhas,
colherzinhas, pastorinhas e outros.
2 Ñ Outros sufixos
O diminutivo pode ser formado
ainda por uma sŽrie de outros elemen-
tos de composi‹o (alguns deles de-
preciativos)como: acho (riacho), apo
(fiapo), cula (part’cula), culo (homœn-
culo, corpœsculo), ebre (casebre), eca
(soneca), eco (jornaleco), ejo (lugare-
jo), el (cordel), ela (rodela), eta (sale-
ta), ete (filete), eto (folheto), ica (pe-
lica), ico (burrico), il (covil), ilha (flo-
tilha), ilho (fundilho), im (espadim),
ino (pequenino), isco (chuvisco), ita
(senhorita), ito (mosquito), oca (enge-
nhoca), oila (mooila), ola (rapazola),
ota (aldeota), ote (caixote, serrote),
ucho (papelucho), ula (cŽlula), ulo
(gl—bulo)e zito (Zezito).
96Diferir Diminutivos

3 Ñ Uso
Jornalisticamente, o diminutivo
em inho e zinho deve ser evitado ou
usado com muita modera‹o, prefe-
rindo-se, na maior parte dos casos, a
formapŽ pequeno, em vez de pezi-
nho, nariz pequeno, em vez de nari-
zinho, etc. Em matŽrias de car‡ter co-
loquial, eles poder‹o ter livre empre-
go. Lembre-se, porŽm, de que o abuso
desse recurso empobrece o texto, tor-
nando-o quase composi‹o escolar.
4 ÑOutros sentidos
Nem sempre o diminutivo tem re-
la‹o com o tamanho; ˆs vezes indi-
ca uma forma afetiva de tratamento
e, em outras, equivale a um tanto: pai-
zinho (pai),amiguinho, bonitinho
(um tanto bonito), etc.
Dinheiro.1 Ñ Use sempre algarismos:
2 reais, 5 d—lares, 4 francos, 8 mar-
cos, 10 libras.
2 Ñ Abaixo de mil reais, evite o ci-
fr‹o, a menos que se trate de t’tulos
ou quantias n‹o redondas: A revista
custa 5 reais. / O produto subiu
ontem para 80 centavos. / O apare-
lho foi comprado por 900 reais.
3 Ñ Acima de mil reais, para nœ-
meros redondos, h‡ duas formas pos-
s’veis:O carro esporte custa R$ 120
mil. / O carro esporte custa 120 mil
reais (ambas prefer’veis a R$
120.000,00).
4 Ñ Se for necess‡rio usar trs
casas da moeda depois da v’rgula, o
certo ser‡ dizer, por exemplo, para
0,432 real, quatrocentos e trinta e
dois milŽsimos de real.
5 Ñ Caso se tenham quantias que-
bradas, adote a f—rmula mista: R$
1,23 milh‹o (equivalente a1 milh‹o
230 mil), R$ 8,45 milh›es, US$ 3,86
bilh›es.Se n‹o for poss’vel fazer o ar-
redondamento, escreva, ent‹o, o nœ-
mero completo: R$ 342.675.654,00,
US$ 78.765.432.876,00.
6 Ñ A œnica moeda estrangeira
cujo s’mbolo se admite Ž o d—lar: US$
54.324,00(assim, com ponto antes e
v’rgula no fim, e n‹o ˆ americana:
US$ 54,000.00). Escreva as demais
por extenso:5 milh›es de libras, 18,5
bilh›es de liras, 143 mil francos, 342
milh›es de marcos.
7 Ñ Faa sempre a convers‹o da
moeda estrangeira em reais: A Com-
panhia do Metr™ conseguiu um em-
prŽstimo de 10 milh›es de d—lares
(tantos reais)para continuar as obras
da linha LesteÑOeste. / Banco d‡ fi-
nanciamento de 318 milh›es de mar-
cos (tantos reais)ao Brasil.
8 Ñ Ë Editoria de Economia ser‡
permitida a exce‹o a esta regra quan-
do os assuntos de que estiver tratan-
do tiverem no d—lar um valor-padr‹o
(d’vida externa, cota›es ou transa-
›es internacionais, etc.).
9 Ñ Nunca recorra a formas como
R$ 18.500 milh›es (o certo: R$ 18,5
bilh›es)ouR$ 18.500 mil (o certo:R$
18,5 milh›es).
10 Ñ A abreviatura de real Ž R$,
com espao entre o cifr‹o (com um
trao vertical)e o nœmero: R$
5.670.845,00, R$ 2 milh›es.
Dinheiro (concord‰ncia).a)O verbo ou
adjetivo concorda expressamente
com a quantia: Pagou R$ 150 mil ao
jogador, correspondentes (e n‹o Òcor-
respondenteÓ)a 15% do valor do
passe. / Recebeu R$ 350 mil, livres (e
n‹o ÒlivreÓ)de despesas. / Foram-me
cobrados (e n‹o Òfoi-me cobradoÓ)5
mil reais. / Pagaram-se (e n‹o Òpagou-
seÓ)R$ 20 mil pelo carro.b)Ver em
milh‹o, p‡gina 177, a concord‰ncia
espec’fica de milh‹o, bilh‹o e trilh‹o.
Dinossauro.E n‹o ÒdinosauroÓ.
Diploma de ... Se se tratar de mulher, di-
ploma de mŽdica,diploma de advo-
gada,diploma de professora,etc.
Direito. Ver Òque tem direitoÓ, p‡gina
247.
ÒDiretivaÓ.Use diretriz ou norma.
Discri‹o.Sempre com i quando signi-
fica reserva, modera‹o: Sua discri-
‹o era absoluta. / Vestia-se com dis-
cri‹o.(E nunca Òdiscre‹oÓ).97Dinheiro Discri‹o

Discriminar. Ver descriminar, p‡gina
92.
Disenteria. E n‹o ÒdesinteriaÓ.
Disparado. Na fun‹o de advŽrbio, fica,
como este, invari‡vel: Ela Ž, dispara-
do, a melhor atriz. / Os casados ga-
nharam dos solteiros, disparado.
Disparar. Est‡ vetado para substituir
dizer, por mais forte que seja a afirma-
‹o da pessoa (em frases como:ÒEle
n‹o perde por esperarÓ, disparou o
advers‡rio. / O deputado disparou
violentas cr’ticas ao ministro. / O
ator disparou a primeira pergunta ao
cineasta.). Fuja tambŽm da termino-
logia bŽlica (fogo de barragem, trin-
cheira, fuzilaria, tiroteio,etc.), muito
desgastada no notici‡rio.
ÒDispensa apresenta›esÓ. Se uma pes-
soa dispensa apresenta›es, por que
gastar espao para explicar quem Ž
ela?Evite o lugar-comum.
ÒDisponibilizarÓ. N‹o existe. Use tor-
nar dispon’vel, colocar ˆ disposi‹o,
ficar dispon’vel, etc.
Disque. Com h’fen: Disque-Pizza.
Dist‰ncia.1 Ñ Com nœmeros redondos,
use sempre por extenso as medidas
que exprimem dist‰ncia ou compri-
mento: 40 quil™metros, 12 metros, 50
cent’metros, 6 dec’metros.(Nos t’tu-
los e tabelas, pode-se usar a abrevia-
tura:40 km, 12 m, 50 cm, 6 dm.)2 Ñ
Para indicar nœmeros n‹o exatos,
adote estas formas: 40,5 quil™metros,
12,3 metros, 55,4 cent’metros, 6,5 de-
c’metros.Como no caso acima, nos
t’tulos e tabelas permite-se a abrevia-
tura:40,5 km, 12,3 m, 55,4 cm, 6,5
dm. 3 Ñ Se a medida for inferior a 2,
ficar‡ no singular:1,4 quil™metro, 0,6
metro, 1,9 cent’metro, 0,3 dec’metro.
4 Ñ Repare que as abreviaturas n‹o
tm ponto nem plural e h‡ espao
entre o nœmero e elas:4 m, 16 km, 50
cm. 5 Ñ Nos textos em que a medida
aparece muitas vezes, pode-se us‡-la
por extenso na primeira e abreviada-
mente nas demais.
Dist‰ncia (crase). 1 Ñ N‹o existe crase
quando a locu‹o a dist‰nciaŽ inde-
terminada: Observou a cena a dist‰n-
cia. / A pol’cia ficou a dist‰ncia. 2 Ñ
Existe crase quando a dist‰ncia Ž de-
terminada: Estava ˆ dist‰ncia de 15
metros do local. / A pol’cia ficou ˆ
dist‰ncia de 5 metros dos manifes-
tantes.
Distinguir.Conjuga‹o. Pres. ind.: Dis-
tingo, distingues, distingue, distin-
guimos, distinguis, distinguem. Pres.
subj.: Distinga, distingas, distinga,
distingamos, distingais, distingam.
Imper. afirm.: Distingue tu, distingui
v—s.
Distrair.Conjuga-se como cair (ver, p‡-
gina 55).
Distrair-se. AlguŽmse distraie n‹o dis-
trai, apenas: As crianas distra’ram-
se no parque. / Ele n‹o se distrai nun-
ca.
Distrito Policial. O nœmero Ž sempre
ordinal: 46¼ Distrito Policial, 8¼ DP(e
nunca 46 DP).
Diversos de.Concord‰ncia. Ver algum
(alguns) de, p‡gina 35.
Divertir. 1 Ñ Conjuga-se como servir
(ver, p‡gina 266): divirto, divertes;
que eu me divirta; diverte, diverti;
etc. 2Ñ AlguŽm se divertee n‹o di-
verte, apenas:Todos eles se diverti-
ram muito. / Quem se divertiu mais
na festa?
D’vida externa brasileira. Na primeira
referncia do texto, fale sempre em
d’vida externa brasileira. Nas de-
mais men›es Ž que se poder‡ usard’-
vida brasileira, d’vida externaou d’-
vida, simplesmente.
Divisa. Ver fronteira, p‡gina 132.
Divis‹o sil‡bica. A divis‹o de uma pa-
lavra no fim da linha se faz pelas suas
s’labas constitutivas e n‹o pela sua
forma‹o:bi-sa-v™, su-bal-ter-no, de-
sor-dem, e-xo-ne-rar, tran-sa-tl‰n-ti-
co, di-sen-tŽ-ri-co.
98Discriminar Divis‹o sil‡bica

1 Ñ O que n‹o se separa
a)Os ditongos e os tritongos (gru-
pos de duas ou trs vogais pronuncia-
das numa s— emiss‹o de voz):cau-sa,
doi-do, a-fei-to, pleu-ra, bai-xa, cou-
ro, gra-tui-to, men-tiu, a-gŸen-tar, U-
ru-guai, i-guais.
Incluem-se nesta norma os diton-
gos seguidos de uma vogal: bai-a-no,
coi-o-te, fei-o-so, pli-a-de, Cui-a-b‡,
boi-a-da.
b)Os grupos ia, ie, io, oa, ua, ue e
uo, quando ‡tonos (o acento recai na
s’laba anterior):his-t—-ria, sŽ-rie, dœ-
bio, m‡-goa, ‡-gua, t-nue, con-t’-
guo.
c)A consoante inicial n‹o seguida
de vogal:gno-mo, mne-m™-ni-co,
pneu-m‡-ti-co, psi-c—-lo-go.
d)Os grupos ch, lhe nh:mar-cha,
co-cho, ve-lho, fo-lha, ba-nhei-ra, ga-
nho.
2 ÑPrefira n‹o separar
As vogais dos hiatos (grupos de
duas vogais que se pronunciam sepa-
radamente), por mera quest‹o de as-
pecto gr‡fico: va-ria-do, car-naœ-ba,
pa-ra’-so, ru’-na, cu-rio-so, Ma-rie-ta,
graœ-na, ca-coe-te, a-taœ-de, ca’-eis,
due-lo, je-su’-ta, saœ-de, miœ-do,
poei-ra, rai-nha, in-fluir, des-leal, cal-
ma-ria, psi-co-lo-gia, con-doer, cul-
tue, coor-de-nar, caa-tin-ga, in-fiel,
fri’s-si-mo, vee-men-te.
3 Ñ O que se separa
a)As consoantes pertencentes a s’-
labas diferentes:op-‹o, oc-ci-pi-tal,
ab-di-car, Žt-ni-co, sub-me-ter, abs-
tra-to, ob-ten-‹o, trans-por-te, in-
tac-to, ap-ti-d‹o, ins-pi-rar, cons-pur-
car, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra.
b)As consoantes dos gruposrr, ss,
c, sc, se xc: car-rei-ra, cas-sa-‹o,
pros-pec-‹o, nas-cer, des-a, ex-ces-
so.
c)A consoante simples acompa-
nhada da vogal que Ž pronunciada
junto com ela:ma-ca-co, pe-sa-do,
de-se-jo, pr—-xi-mo, de-sen-ga-no,
gra-m‡-ti-ca.
d)As consoantes dos grupos bl e br
separam-se quando s‹o pronunciadas
separadamente e ficam na mesma s’-
laba quando pronunciadas de uma s—
vez: sub-lin-gual, su-ble-va-‹o, ab-
ro-gar, de-bru-ar.
ÒDivulgar queÓ. AlguŽm divulga algu-
ma coisa, mas n‹o divulga que...
Dize-me com quem... A forma correta
do provŽrbio Ž: Dize-me com quem
andas e te direi quem Žs (e nunca
Òdiga-meÓ...).
Dizer. Conjuga‹o.Pres. ind.: Digo,
dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem.
Pret. perf. ind.: Disse, disseste, disse,
dissemos, dissestes, disseram. M.-q.-
perf. ind.: Dissera, disseras, dissera,
dissŽramos, dissŽreis, disseram.Fut.
pres.: Direi, dir‡s, dir‡, diremos, di-
reis, dir‹o.Fut. pret.: Diria, dirias,
diria, dir’amos, dir’eis, diriam. Pres.
subj.: Diga, digas, diga, digamos, di-
gais, digam. Imp. subj.: Dissesse, dis-
sesses, dissesse, dissŽssemos, dissŽs-
seis, dissessem. Fut. subj.: Disser, dis-
seres, disser, dissermos, disserdes,
disserem. Imper.: Dize, diga, diga-
mos, dizei, digam. Ger.: Dizendo.
Part.: Dito.
Dizer (derivados). Aten‹o para alguns
tempos: prediz; predizia; predisse;
predissera; predir‡; prediria; prediga;
se predissesse; se predisser; etc. Da
mesma forma, bendizia, condisse,
contradissera, desdir‡, maldissesse,
etc.
Dizer (entidades). Governo n‹o diz,
nem entidades. Eles podem garantir,
negar, confirmar, revelar, etc., mas
n‹o dizer, declarar ou afirmar (como
em Petrobr‡s diz, Itamaraty afirma,
governo declara).
Dizer (substitutos).Em princ’pio, os
verbos mais recomend‡veis para tex-
tos que envolvam declara›es s‹o os
insubstitu’veis dizer, afirmar, decla-
rar, garantir, prometere poucos mais.
No seu lugar, podem ser usados ou-
tros, desde que com muito critŽrio,
entre os quais acreditar, achar, julgar,
99Divulgar que Dizer (substitutos)

admitir, esclarecer, explicar, con-
cluir, prosseguir,etc.
O que n‹o Ž vi‡vel Ž o uso indiscri-
minado de pretensos substitutos que
na verdade n‹o se prestam a textos de-
clarat—rios ou n‹o tm o sentido que
ˆs vezes lhes Ž atribu’do. Veja exem-
plos inaceit‡veis, todos reais:
ÒO senhor Ž de direita ou de es-
querda?Ó, inaugurou fulano (era um
rep—rter dando in’cio a uma entrevis-
ta coletiva). / ÒA pol’cia Ž como um
corpo tomado 80% pelo c‰ncerÓ, dis-
para friamente o delegado. / ÒN‹o
vamos promover evas‹o de rendaÓ,
discursa o presidente da Federa‹o. /
ÒEu gosto Ž de fazer gol aos 46 minu-
tos do segundo tempoÓ,festejou Mil-
ton Reis(repare que o Milton Reis n‹o
est‡ festejando nada). / ÒA caverna foi
formada pelo trabalho das ‡guas que
pressionaram a rocha e produziram
um buraco deste tamanhoÓ, exibe,
abrindo os braos (exibe por decla-
ra)./ ÒOs professores ganham mal,
mas as aulas tambŽm andam bem
ruinsÓ, polemiza a presidente(ela es-
tava dando entrevista e Òpolemizan-
doÓsozinha). / ÒEstou vivendo um pe-
sadeloÓ, desespera-se Marlene. / ÒE
se ele acerta a cobrana de falta?Ó,
tremeo tŽcnico. /ÓDe jeito nenhum
eu fico com o preju’zoÓ, bufava de
raiva Carlos Roberto. / ÒAcho esse
’ndice de mortalidade muito eleva-
doÓ, espanta-se fulano(que na verda-
de est‡ opinando, e n‹o se espantan-
do). / ҃ uma pena que eu tenha sido
afastadoÓ, choramingao centroa-
vante (que apenas se est‡ queixando).
Essa pr‡tica encerra trs riscos: a)
Editorializa‹o. O texto tende a ser
opinativo, porque o rep—rter atribui
ju’zos de valor ˆs declara›es do en-
trevistado. E a norma do EstadoŽ dei-
xar a opini‹o para os editoriais. b)Ar-
tificialidade. AlguŽm usa palavras
como sentencia, sustenta, confiden-
cia, enfatiza, embasa, notificae ou-
tras semelhantes?c)ÒOriginalida-
deÓ. Inconscientemente, o jornalista
participa de uma competi‹o de ori-
ginalidade que todos sabem onde co-
mea, mas nunca onde vai terminar.
Veja alguns verbos que voc pode
usar, desde que expressem com preci-
s‹o as declara›es a reproduzir:acen-
tuar, achar, aconselhar, acreditar,
acrescentar, acusar, adiantar, admi-
tir, advertir, advogar, afirmar, alegar,
alegrar-se, alertar, ameaar, analisar,
antecipar, anunciar, apontar, apre-
goar, aprovar, argumentar, assegurar,
atestar, avaliar, avisar, brincar, cal-
cular, citar, cobrar, comentar, com-
plementar, completar, conceituar,
conciliar, conclamar, concluir, con-
cordar, condenar, confirmar, consi-
derar, constatar, contar, corrigir, de-
cidir, defender, definir, demonstrar,
denunciar, depor, desafiar, descrever,
desculpar-se, desmentir, destacar,
duvidar, entusiasmar-se, esclarecer,
exemplificar, explicar, finalizar, fri-
sar, fundamentar, garantir, gracejar,
ilustrar, imaginar, indagar, informar,
insinuar, insistir, ironizar, julgar, jus-
tificar, lamentar, lembrar, manifes-
tar, narrar, notar, objetar, observar,
opinar, perguntar, pregar, presumir,
prevenir, proclamar, prometer, pro-
por, prosseguir, protestar, provocar,
reafirmar, reagir, rebater, reconhecer,
reconsiderar, recordar, reforar, refu-
tar, reprovar, retrucar, ressaltar, res-
salvar, resumir, revelar, salientar, su-
gerir, surpreender-se, vaticinar,etc.
Dizer (para)que. O certo Ž dizer que e
n‹o Òdizer para queÓ: Diga-lhe que
venha almoar conosco (e n‹o: Diga-
lhe Òpara que venhaÓalmoar conos-
co)./ Disse-lhe que sa’sse logo(e n‹o:
Disse-lhe Òpara sairÓlogo).
D—. Palavra masculina:muito d—.
Doar. Conjuga-se como magoar (ver,
p‡gina 166).
Doenas. Inicial maiœscula apenas no
nome pr—prio: s’ndrome de Down,
s’ndrome do p‰nico, mal de Alzhei-
100Dizer (para)que Doenas

mer, doena de Parkinson, sarcoma
de Kaposi, tumor de Ewing, aids.
ÒDoente graveÓ. GraveŽ o estado do
doente, e n‹o o doente.
Doer. 1 Ñ S— se conjuga nas terceiras
pessoas: Pres. ind.: D—i, doem. Imp.
ind.: Do’a, do’am.Pret. perf. ind.:
Doeu, doeram. M.-q.-perf. ind.:
Doera, doeram.Fut. pres.: Doer‡,
doer‹o. Fut. pret.: Doeria, doeriam.
Pres. subj.: Doa, doam. Imp. subj.:
Doesse, doessem. Fut. subj.: Doer,
doerem.Ger.: Doendo.Part.: Do’do.
2 Ñ Como pronominal (doer-see con-
doer-se), tem todas as pessoas: eu me
d™o, tu te d—is; que eu me condoa, que
n—s nos condoamos; etc.
Dois-dormit—rios. Com h’fen quando
designa o tipo de apartamento: Com-
prou um dois-dormit—rios.
Dois-pontos. S‹o usados principalmen-
te:
1 Ñ Nas cita›es, com verbo ex-
presso ou oculto: Depois da reuni‹o
com o presidente, o ministro do Tra-
balho prometeu: ÒOs sal‡rios este
ano ganhar‹o da infla‹o.Ó/ Almei-
da: ÒA recess‹o est‡ no fim.Ó
2 Ñ Nas enumera›es:Vieram trs
dos seus filhos: Jo‹o, JosŽ e Maria. /
O deputado fez duas ameaas: de-
nunciar o acordo e romper com o go-
verno.
3 Ñ Nas exemplifica›es, not’cias
subsidi‡rias, esclarecimentos, s’nte-
ses ou conseqŸncias do que foi enun-
ciado: Previs‹o de Delfim: a recess‹o
ser‡ pior que a de 1981. / J‡ se sabe:
faltar‡ cerveja. / O governo reage:
C—digo Penal para os agressores. /
Instituto faz as contas e avisa: a in-
fla‹o vai subir. / Depois de dez anos,
mulher n‹o desiste: acha que o ma-
rido est‡ vivo. / Justificou-se: o que
pretendia era chamar a aten‹o para
o problema.
4 Ñ Nos vocativos que encabeam
cartas, requerimentos e of’cios:Pre-
zado senhor: / Magn’fico Reitor: /
Ilmo. sr.:
5 Ñ N‹o use os dois-pontos nos t’-
tulos para introduzir retranca ou pro-
cedncia e assim ganhar espao, em
frases como:Carne: autorizado o au-
mento / Paraguai: elei›es ser‹o em
janeiro.
Dois toques, dois-toques. Use treino de
dois toques, sem h’fen, e um dois-to-
ques, com h’fen: A sele‹o realizou
um treino de dois toques ontem. / A
sele‹o realizou um dois-toques
ontem.
D—lar.1 Ñ Converta sempre o valor em
reais (entre parnteses depois da men-
‹o em d—lares). A œnica exce‹o Ž
para o notici‡rio sobre a d’vida exter-
na brasileira, que pode continuar ape-
nas em d—lares, e para as cota›es in-
ternacionais. 2 Ñ Admite-se, por eco-
nomia de espao, a f—rmula com ci-
fr‹o e o valor em d—lares: US$ 30 mi-
lh›es, US$ 23.560,00.
Dom.1 Ñ Use, de preferncia, a forma
abreviada:d. Jo‹o VI, d. Pedro I, d.
Pedro II.2 Ñ Como tratamento ecle-
si‡stico, precede, em geral, o preno-
me:d. Eugnio, d. Ivo, d. Paulo Eva-
risto.No caso em que o religioso seja
mais conhecido pelo sobrenome,
porŽm, o d. pode ser usado com ele:
d. Scherer, d. Castro Meyer. 3 Ñ N‹o
use artigo antes de dom: Encontra-
ram d. Ant™nio.
Domic’lio.1 Ñ ƒ em domic’lio a expres-
s‹o que se usa para entregas: Fazem-
se entregas em domic’lio(e n‹o ÒaÓ
domic’lio). Equivale a: Fazem-se en-
tregas em casa. Da mesma forma:
D‹o-se aulas em domic’lio. 2 Ñ A do-
mic’lioexige verbo de movimento:
Conduziram o doente a domic’lio. /
Foram lev‡-lo a domic’lio.
Do mesmo modo que.Concord‰ncia.
Verassim como, p‡gina 47.
Dona.1 Ñ Os nomes femininos n‹o
devem ser precedidos de dona. Escre-
va simplesmente o nome da mulher
que faa parte do notici‡rio: Ruth
Cardoso, Lila Covas. 2 Ñ Preserve
101ÒDoente graveÓ Dona

obviamente as declara›es: ÒIsso Ž
com d. MargaridaÓ.
Do que. Com verbos seguidos da prepo-
si‹o de, deve-se usar do que, e nunca
o que:N‹o sei do que ele gosta (e
nunca:N‹o sei o que ele gosta). Em-
bora correta, evite a forma o de que
por s— ter uso liter‡rio e antigo:N‹o
sei o de que ele gosta.
Do que (compara‹o).Ver compara›es
(formas), p‡gina 72.
Dos que.Concord‰ncia no plural, assim
comodesses que oudaqueles que:
N‹o sou dos que(desses que, daque-
les que)se abalam com pouco. / Ele
Ž dos que(desses que, daqueles que)
fazem alarde ˆ toa.
Doutor. D esse tratamento apenas aos
mŽdicos. E na forma abreviada: dr.
Dubl. Evite: virou lugar-comum dizer
que alguŽm Ž Òdubl de ministro e
candidatoÓou Òdubl de jogador e
empres‡rioÓ, por exemplo.
Dupla.Concord‰ncia no singular: A
dupla Jacqueline e Sandra ganhou
medalha de ouro em Atlanta (e n‹o
ÒganharamÓ).
Duplo sentido.Evite as ora›es ou pa-
lavras que possam dar falsa idŽia do
que se escreveu, mesmo que essa im-
press‹o seja moment‰nea e se desfa-
a com a leitura mais atenta do texto.
Na maior parte das vezes Ñ lembre-
se Ñ o leitor passa pela not’cia, ape-
nas, e n‹o se detŽm nela. Veja alguns
exemplos de dubiedade:
O deputado conversou com o pre-
sidente da C‰mara na sua sala(de
qual deles?). / X n‹o aceita Y; quer o
irm‹o(o pr—prio ou o de Y?). /De 200
denœncias a regional s— pune 15(de-
nœncias ou infratores?Ñ no caso,
eram infratores). / Ela aparecer‡ bre-
vemente(no caso, pretendeu-se dizer
rapidamente e n‹o em breve)num se-
riado. / Prefeito reassume pedindo
aumento de sal‡rio(n‹o era para ele,
mas para os trabalhadores). / Elevado
o preju’zo das lojas(est‡ elevado ou
foi elevado?). / N‹o existe nenhuma
possibilidade que seja reformulada
(n‹o era a possibilidade, mas o que se
disse antes que seria reformulado). /
Ladr‹o de carro tem pena(foi puni-
do, e n‹o ficou com pena)atŽ o ano
2000. / Apesar de uma bola na trave
de Baiano (na verdade, foi Baiano
quem chutou a bola na trave).
Mais alguns casos: Centro vai fun-
cionar atŽ agosto(isto Ž, atŽ agosto
comea a funcionar e n‹o funcionar‡
apenas atŽ agosto). / Mesa-redonda
debate sa’da para crises em S‹o
Paulo(debate em S‹o Paulo ou as cri-
ses Ž que s‹o em S‹o Paulo?Ñ no
caso, debate em S‹o Paulo). / A lou-
cura de Jo‹o, que contagiou a mulher
(quis-se falar de Jo‹o, que havia con-
tagiado a mulher com Aids antes de
ficar louco). / Uma promo‹o espe-
cial para voc, que est‡ nos œltimos
dias(a promo‹o ou voc est‡ nos œl-
timos dias?). / Artista nu impede que
jornal circule(n‹o foi um homem nu
que impediu, mas a publica‹o de
uma foto sua, nu, levou ˆ suspens‹o
da circula‹o do jornal). /Mutir‹o
contra a violncia do governo com-
pleta um ano(o mutir‹o Ž que Ž do
governo, n‹o a violncia, como o
texto insinua erroneamente). /Preso
acusado de crime (trata-se de um
preso que foi acusado de crime ou da
pris‹o do acusado de um crime?).
H‡ uma situa‹o especial, digna da
maior aten‹o, em que se termina por
afirmar o contr‡rio do que se preten-
de: Sem concurso pœblico, como
manda a lei, o governador nomeou o
procurador. / Deixando de consultar
o Congresso, como determina a
Constitui‹o, o presidente nomeou o
embaixador. Nos dois casos, a lei
manda realizar concurso pœblico e
consultar o Congresso, embora a rigor
a not’cia afirme exatamente o oposto
(sem concurso, de acordo com a lei,
ou deixando de consultar o Congres-
so, de acordo com a Constitui‹o).
Duque. Feminino: duquesa.
102Do que Duque

Durante. Durantesignifica no tempo
de ou pelo espao de, n‹o devendo,
portanto, simplesmente substituir de
ou em:O jogador chegou durante a
madrugada (o certo: de madruga-
da)./ Pa’s precisa crescer 5% duran-
te 1997 (em 1997)./ Astr—logo prev
muitas mortes durante este ano (este
anoouneste ano, apenas).
ƒ.A inicial Ž maiœscula no nome de
obras art’sticas: Tudo ƒ Ilus‹o.
...ear e n‹o eiar. 1 Ñ A termina‹o dos
verbos Ž eare n‹o eiar: enfear, recear,
cear, passear, apartear, etc. O is— apa-
rece nas formas conjugadas quando o
acento cai no eque precede a termi-
na‹o ar: re-cei-a, en-fei-am, cei-o, re-
cei-em, apar-tei-e, pas-sei-as. 2 Ñ
N‹o existe inas formas em que o
acento cai depois do eque precede a
termina‹o ar: rece-amos (e n‹o Òre-
ceiamosÓ), ce-aste, enfe-aram, passe-
ais, rece-avas, enfe-aria, passe-ou,
aparte-emos, rece-eis, etc. 3 Ñ Ver
tambŽm verbo (conjuga›es), p‡gina
298.
ƒ bom. VerŽ preciso, p‡gina 111.
Eclipse. Masculino: o eclipse.
ECT.Sigla da Empresa Brasileira de
Correios e TelŽgrafos (e n‹o EBCT).
ÒEdilÓ, ÒEdilidadeÓ.Use apenas verea-
dor e C‰mara Municipal (ou C‰mara,
simplesmente).
...em. ƒ a forma correta destas flex›es:
crem, dem, lem evem.
ƒ feio. Ver Ž preciso, p‡gina 111.
Efeito. Liga-se sem h’fen a outro subs-
tantivo ou a nomes de produtos ou
pessoas para formar express›es como:
efeito estufa, efeito cascata, efeito
Orloff.
ÒEireÓ.Use Repœblica da Irlanda.
ÒEis aquiÓ. Redund‰ncia. Eis j‡ signifi-
ca aqui est‡.
Eis por que. Sempre com o por que se-
parado.
Eis que. 1 Ñ A locu‹o deve ser usada
apenas quando d‡ idŽia de surpresa ou
imprevisto:Quando menos se espe-
rava, eis que comeou a confus‹o. /
Eis que surge finalmente a estrela-
dÕalva. 2 Ñ Com o sentido de causa,
prefira uma vez que ou porque:Ele
deve vencer a prova, uma vez que(e
n‹o eis que)Ž o atleta mais veloz da
competi‹o./ O recurso deve ser re-
jeitado porque (e n‹o eis que)n‹o
tem fundamento jur’dico.
Ele, ela. N‹o podem funcionar como ob-
jeto direto. Por isso, nunca escreva: O
pai repreendeu ÒeleÓ(o certo: repre-
endeu-o). / Eu vi ÒelasÓ(o certo: Eu
as vi).
Elefante.Coletivo: manada. Feminino:
elefanta (ÒelefoaÓn‹o existe)e ali‡.
Elegido, eleito. Prefira elegido com ter
e haver e eleito, com ser e estar: Tinha
(havia)elegido, foi (estava)eleito.J‡
se admite, porŽm, o uso de eleito com
ter e haver: Tinha eleito.
Elei‹o, elei›es. No singular quando se
tratar de uma œnica elei‹o:a elei‹o
presidencial. No plural quando forem
v‡rias:as elei›es de 1998, as elei›es
de prefeito e vereador,etc.
ÒElementosÓ. Jarg‹o policial. Use ho-
mens, jovens, suspeitos, etc.
ÒElencarÓ.Palavra inexistente. N‹o
use.
Elenco. Use apenas para atores. Nos de-
mais casos, prefira lista ou rela‹o.
Eletro...1 Ñ Liga-se sem h’fen ao ele-
mento seguinte: eletroacœstica, ele-
troencefalograma, eletro’m‹, eletro-
motriz, eletrorradiologia, eletrosso-
no. 2 Ñ N‹o faa a fus‹o do o com a
vogal seguinte: eletroacœstica(e n‹o
eletracœstica), eletroencefalograma
(e n‹oeletrencefalograma),etc.
El’sio. Com i: Campos El’sios.
103Durante El’sio

ÒElo de liga‹oÓ. Redund‰ncia: elo j‡
quer dizer liga‹o.
Elucubra‹o. Com u, assim como elu-
cubrar.
ƒ mau. VerŽ preciso, p‡gina 111.
ÒEm azulÓ. N‹o use a preposi‹o em
antes de nome de cor:Entalhes Òem
marromÓ. O certo Ž entalhes mar-
rons, casas azuis, desenhos amarelos,
tapetes verdes (e n‹o em verde), etc.
Embaixadora, embaixatriz. Embaixa-
doraÑ mulher que exerce o cargo;
embaixatriz Ñ mulher do embaixa-
dor.
Embaixo. Numa palavra s—.
ÒEmbasamentoÓ, ÒembasarÓ. Palavras
vetadas. Use fundamento, base,
raz‹o, motivo, fundamentar, basear,
etc.
Embora. 1 Ñ Exige subjuntivo: Embo-
ra confie no time, o tŽcnico armou
um esquema defensivo (e n‹o embo-
ra ÒconfiaÓ). / Embora v‡ sair logo...
(e n‹o embora Òsair‡Ólogo...). 2 Ñ A
palavra atrai o pronome colocado na
mesma ora‹o: Embora no caso se
trate (e n‹o Òtrate-seÓ)de uma pessoa
sŽria... 3 Ñ Emboran‹o deve acom-
panhar gerœndio. Use, ent‹o: Embora
seja feliz, fulano... (e n‹o:Embora
sendo feliz, fulano...).
ÒEm-chefeÓ. Elimine a preposi‹o em:
comandante-chefe.
Em cima. Separado. No entanto: enci-
mar, encimado.
Em com express›es de tempo. 1Ñ
Grande parte das express›es de tempo
pode ser usada com a preposi‹o em
ou sem ela. Alguns exemplos:na pri-
meira vez (em)que, na œltima vez
(em)que, no ano (em)que, no dia
(em)que, no instante (em)que, no
ms (em)que, no momento (em)que,
no tempo (em)que. Prefira a norma
da l’ngua, isto Ž, o uso da preposi‹o:
na primeira vez em que a viu, no ano
em que chegou ao Brasil, no dia em
que nos mudamos, no instante em
que deu conta de si, no momento em
que lhe fez a comunica‹o, no tempo
em que os animais falavam. Omita a
preposi‹o apenas em casos especiais,
e quando a eufonia o exigir: A primei-
ra vez que vi Paris, o dia que me quei-
ras,etc.
2 Ñ Com semana, ms e ano, es-
pecialmente, prefira o uso de noe na,
que tornam as formas mais euf™nicas:
Na semana que vem (e n‹o semana
que vem), no ano que vem, no ms
que vem, no ms passado (e n‹o ms
passado), na semana passada, no ano
passado, etc.
Em com gerœndio. Evite as formas em
se tratando de, em me vendo chegar,
em sendo eleito, em conquistando o
governo,etc. Proceda da maneira
mais usual:tratando-se de, vendo-
me chegar, sendo eleito, conquistan-
do o governo.E seja sempre comedi-
do ao recorrer ao gerœndio.
Em com verbo de movimento. Ver a
algum lugar e n‹o em, p‡gina 22.
Emergir, imergir. 1 Ñ Emergirequiva-
le a vir ˆ tona, aparecer: O submari-
no emergiu na entrada da barra. / A
Lua emergia no horizonte. 2 Ñ Imer-
gir significa mergulhar, lanar, em-
brenhar-se: O pŽ imergiu no lodo. / O
ditador imergiu o povo na guerra. / O
animal imergiu na floresta.3 Ñ Use
emerso e imerso da mesma forma:S—
a cabea estava emersa (fora
dՇgua). / Continuou imerso nos seus
pensamentos.
EMFA. Desta forma.
Emigrar, imigrar. EmigrarŽ sair de um
pa’s para se fixar em outro: Emigrou
do Jap‹o, fixando-se no Brasil. Imi-
grar equivale a entrar em um pa’s es-
tranho para nele viver: Milhares de
europeus imigraram para o Brasil no
comeo do sŽculo.Da mesma forma:
emigranteÑimigrante, emigra‹oÑ
imigra‹o e emigradoÑimigrado. (Os
emigrantes que deixaram o Jap‹o no
sŽculo passado... / Os imigrantes que
chegaram ao Brasil nos anos 30...).
104ÒElo de liga‹oÓ Emigrar, imigrar

Eminente, iminente. 1 Ñ Eminentesig-
nifica ilustre, sublime, elevado: cien-
tista eminente, morro eminente. 2 Ñ
Iminente quer dizer prestes a aconte-
cer: perigo iminente, aprova‹o imi-
nente. 3 Ñ Da mesma forma, eminn-
cia (a eminncia do parecer)e imi-
nncia (a iminncia do perigo).
Emissoras de r‡dio e TV. Ver nomes de
emissoras de r‡dio e TV, p‡gina 191.
Em o, em ele, em aquele, em esse. Use
essas formas quando oo, ele, aquele,
esse, este, etc., forem sujeito ou obje-
to do verbo:N‹o vejo problema em o
menino ficar aqui (em essemenino,
em este menino,em aquelemenino).
A contra‹o(no, nele, etc.)n‹o cabe,
no caso. De preferncia, mude a frase
para evitar essas constru›es, antijor-
nal’sticas.
Empatar. Use empatar por, e nunca
Òempatar emÓ, pois os adjuntos adver-
biais de quantidade n‹o admitem a
preposi‹o em. Repare que, se um
time ganha ou perdepor, tambŽm em-
patapor. Da mesma forma, empate
por ou empatede, e n‹o Òempate emÓ.
Empecilho. E n‹o ÒimpecilhoÓ.
Emprestar. 1 Ñ Use emprestar apenas
como ceder por emprŽstimo: Empres-
tou o livro ao amigo. / Emprestava di-
nheiro habitualmente.2 Ñ No senti-
do de pedir ou tomar emprestado, em-
pregue estas express›es, e nunca Òem-
prestar deÓ: Pediu emprestada a bici-
cleta do amigo. / Tomou emprestados
2 mil reais (repare na concord‰ncia:
emprestado varia conforme o termo
ou express‹o a que se refere).
Em preto e branco. Empreto e branco:
televis‹o em preto e branco, progra-
ma em preto e branco, foto em preto
e branco.
Em que pese a. 1 Ñ Quando a refern-
cia for a pessoa, use essa express‹o e
o pese fica invari‡vel:Em que pese a
ela, farei o neg—cio. / Em que pese aos
inimigos, nada lhes devemos. / Em
que pese a todos n—s, infelizmente o
governo n‹o volta atr‡s. 2 Ñ Quando
a referncia for a coisa, concorde o
verbo com o sujeito:Em que pesem os
argumentos contr‡rios... / Em que
pese a falta de escrœpulos alheia... 3
ÑRegra pr‡tica: no caso 1, subenten-
de-se sempre isto entre o que e o pese:
Em que (isto)pese a todos n—s... / Em
que (isto)pese aos inimigos...
ÒEm sedaÓ. N‹o use a preposi‹o em
para indicar o material de que alguma
coisa Ž feita, como vestido ÒemÓ seda.
O certo Ž vestido de seda, est‡tua de
bronze, m—vel de jacarand‡, escultu-
ra de m‡rmore, casa de alvenaria,
terno de tropical, chapŽu de palha,
etc.
ƒ muito, Ž pouco. Estas e outras formas
semelhantes (com verbo de liga‹o)
n‹o variam em frases como: Cem
reais Ž muito por essa blusa ouŽ
pouco, Ž demais, Ž suficiente, Ž bas-
tante, era demais,etc. Igualmente:
Dois metros de seda era pouco para o
vestido. / Quinze dias Ž tempo sufi-
ciente para a viagem.
Encampa‹o.Todo cuidado Ž pouco para
que o jornal evite passar ao leitor,
como suas, opini›es ou conceitos ex-
pressos por outras pessoas. Veja os
principais casos em que a not’cia ou o
t’tulo encampa uma opini‹o ou con-
ceito alheio:
1 Ñ Quando alguŽm faz uma decla-
ra‹o reproduzida no t’tulo sem a in-
dica‹o do nome do autor:Dados da
reserva cambial brasileira est‹o cor-
retos / O Brasil exportar‡ mais este
ano / Lucro j‡ n‹o atrai tanto as em-
presas / Plano vai repor as perdas sa-
lariais / A Terra Ž um organismo
vivo / S‹o Paulo precisa parar de cres-
cer.
Em todos esses casos, era indispen-
s‡vel revelar quem dava as informa-
›es ou opini›es, para que o jornal n‹o
ficasse respons‡vel por elas.
2 Ñ Quando se admite como ver-
dadeira, no t’tulo, uma alega‹o ou
justificativa de alguŽm: Chanceler
105Eminente, iminente Encampa‹o

n‹o sabia da a‹o americana. / O jo-
gador que se perdeu na madrugada. /
Treinador ingls s— quer aprender.
No primeiro caso, o chanceler
negou saber da a‹o americana. O t’-
tulo, porŽm, diz taxativamente que
ele n‹o sabia. No segundo, o jogador
alegou ter chegado atrasado ˆ concen-
tra‹o porque se perdera, e n‹o por-
que ficara bebendo. No terceiro, o
treinador ingls est‡ fazendo apenas
um jogo de palavras. Um recurso para
contornar o pequeno nœmero de si-
nais do t’tulo Ž usar aspas: A CIA,
tambŽm, Òn‹o sabia de nadaÓ/ O jo-
gador Òque se perdeuÓna madruga-
da.
3 Ñ Se o t’tulo confirma uma
acusa‹o, pode eventualmente deixar
de mencionar o autor da afirma‹o,
desde que se trate de fonte oficial
(como no exemplo abaixo, em que a
pr—pria Casa Branca admitiu o fato):
Reagan agiu para ajudar os contras.
4 Ñ H‡ denœncias que freqŸente-
mente encerram considera›es.
Deixe muito claro, se poss’vel com o
uso de aspas, que n‹o se trata de con-
ceitos emitidos pelo jornal. Veja o
exemplo:O senador catarinense con-
sidera um absurdo esses cargos esta-
rem nas m‹os de parentes do presi-
dente do instituto, muitos incapaci-
tados para exercer as fun›es. A frase
muitos incapacitados... deveria estar
entre aspas ou acompanhada de uma
ressalva, como muitos dos quais o
parlamentar considera incapacita-
dos para... Caso contr‡rio, poder‡ pa-
recer que o coment‡rio Ž do jornal.
5 Ñ No notici‡rio pol’cial, nunca
chame de criminoso, estuprador, as-
saltante, etc., quem n‹o tenha confes-
sado o crime ou sido preso em flagran-
te. Veja um exemplo incorreto: Morto
com 30 tiros por tentar violentar me-
nino. Leia, porŽm, o que dizia a not’-
cia: Moradores do bairro tal mata-
ram a tiros o feirante X, acusado de
ter violentado... E um correto:Sus-
peito de violncia contra menino Ž
linchado.
6 Ñ Se uma empresa, entidade ou
—rg‹o n‹o estiver comprovadamente
envolvido num ato criminoso, jamais
a identifique com a a‹o que seus em-
pregados ou funcion‡rios tiverem
praticado, com generaliza›es como
a gangue do ICP, a quadrilha da
Acme, etc.
Encapuzado, encapuzar. E n‹o Òencapu-
adoÓou ÒencapuarÓ.
ÒEncarar de frenteÓ. Redund‰ncia. En-
carar j‡ significa olhar de frente(nin-
guŽm encara de lado ou de costas).
Pode-se, isto sim, encarar alguŽm fi-
xamente, firmemente, com arrog‰n-
cia, com temor, etc.
Encarregar. Regncia. 1 Ñ Encarregar
alguŽm de alguma coisa: Decidiram
encarreg‡-lo do trabalho. / A m‹e en-
carregou a filha de fazer as compras.
2 Ñ Encarregar-se de:Ele se encarre-
gou de trazer os documentos.
Encerrar-se. Alguma coisa se encerra e
n‹o encerra, apenas:O jogo encerrou-
se mais cedo. / Feira encerra-se e ven-
das agradam aos organizadores.
ÒEncher o sacoÓ. Vulgaridade. Nunca
use.
Encontrar. Ver achar, p‡gina 30.
ÒEncontrar a morteÓ. Lugar-comum.
N‹o use.
Encontrar-se com. No sentido de reu-
nir-se com, avistar-se, use a forma
pronominal: Encontrou-se com o
amigo (e n‹o Òencontrou comÓ)/ Saiu
para encontrar-se com os gerentes.
Encontro. Veja a diferena entre as lo-
cu›es: a)Ao encontro de emprega-
se para designar uma situa‹o favor‡-
vel: O aumento veio ao encontro das
suas necessidades (satisfez as suas
necessidades). / A pol’tica e a socio-
logia v‹o ao encontro uma da outra
(completam-se). b)De encontro ain-
dica oposi‹o, choque: O governo n‹o
deve ir de encontro ˆs aspira›es do
106Encapuzado, encapuzar Encontro

povo (ir contra). / Foi de encontro aos
desejos do pai(agiu contra).
Endereos. Ver localiza‹o, p‡gina 162.
ƒ necess‡rio. Ver Ž preciso, p‡gina 111.
E nem. 1 Ñ Como j‡ significa e n‹o, a
conjun‹o nem rejeita o e em casos
como: N‹o foi nem ficou. / N‹o fao
nem quero. / N‹o se anda nem se
corre. / Nunca o viu nem ver‡.Tam-
bŽm quando nem significa e semou
n‹o, inexiste o e:Ficou sem amigo
nem (e sem)dinheiro. / Nem fala nem
se move (n‹o).2 Ñ Admite-see nem
apenas quando n‹o h‡ negativa antes
ou quando a express‹o equivale ae
nem mesmo, e nem sequer, e muito
menos(reforo ou nfase): Estuda-
vam o dia todo e nem se lembravam
de comer. / Meu irm‹o chegou ontem
e nem me telefonou ainda. / E nem
da pr—pria vida estou seguro.
ÒEnfrentar boas condi›esÓ. Enfrentar
indica confronto. Por isso, Ž errado
empregar o verbo como no exemplo
seguinte: O motorista no momento
vai ÒenfrentarÓ(o certo: encontrar)
boas condi›es de tr‰nsito.
ÒEnfrentar de frenteÓ.Redund‰ncia.
NinguŽm enfrenta de outra forma (e
enfrentar j‡ encerra a palavra frente).
Engolir. Conjuga‹o. Engulo, engoles,
engole, engolimos, engolis, engolem;
engolia; engoli; engolira; engolirei;
engoliria; que eu engula; se eu engo-
lisse; se eu engolir; engole tu, engula,
engulamos, engoli, engulam; etc.
Enquanto. 1 Ñ Exige correla‹o do
tempo do verbo (em geral, o imperfei-
to: falava, dizia, revelava, pedia)
quando usado jornalisticamente para
introduzir duas ou mais informa›es
simult‰neas ou complementares:En-
quanto prossegue o julgamento dos
acusados, o governo prepara novas
a›es contra os guerrilheiros. / En-
quanto o tŽcnico atribui aos jogado-
res o mŽrito pelas vit—rias do time,
estes s— destacam um nome: o do pr—-
prio tŽcnico. / Enquanto o n’vel de
desemprego cresceu na Grande S‹o
Paulo, a renda dos assalariados caiu
na mesma propor‹o. / Enquanto o
porta-voz do Planalto dava as expli-
ca›es pedidas pela imprensa, o pre-
sidente sa’a pelos fundos do pal‡-
cio. / Enquanto o governo n‹o cum-
prir sua promessa de cortar gastos,
dificilmente o dŽficit pœblico ser‡
contido.
2 Ñ Este recurso favorece a forma-
‹o de frases longas e cheias de inter-
cala›es. Pense sempre nisso quando
escrever um texto do gnero e pro-
cure tornar o per’odo o mais objetivo
poss’vel.
3 Ñ Em nenhuma hip—tese mistu-
re os tempos verbais: Enquanto X es-
tranhou tal coisa, Y dizia que... / En-
quanto X insiste na idŽia, Y contes-
tou essa pretens‹o... / Enquanto os
golfinhos procuraram praias deser-
tas, o pingŸim d‡ uma li‹o de
vida... / Enquanto a CBF convidou X
para tŽcnico da sele‹o, o Santos
quer o mesmo treinador.
4 Ñ Evite (por se tratar sentido eru-
dito que se est‡ tornando modismo)
o uso de enquanto como sob o aspec-
to de, em frases deste tipo: Fez um re-
trato do escritor enquanto intelec-
tual. / Era um homem enquanto po-
l’tico e outro enquanto empres‡rio. /
Falou sobre a filosofia enquanto
cincia.
ÒEnquanto queÓ. Use enquanto, ape-
nas, em vez de Òenquanto queÓ: Os
atacantes treinavam chutes a gol, en-
quanto (e n‹o Òenquanto queÓ)os de-
fensores se preparavam fisicamente.
Enrugar-se. Alguma coisaenruga-se e
n‹o enruga, apenas: A pele enruga-se
na velhice. / O tecido enrugou-se.
Ensinar. Antes de infinitivo, exige a: A
vida ensina a ser prudente.
ÒEnte queridoÓ. Lugar-comum. N‹o
use.
Entourage. Masculino: o entourage.
Entrada. No singular em frases como:A
entrada de Jo‹ozinho e Marc‹o no
107Endereos Entrada

time... / O time melhorou com a en-
trada de Jo‹ozinho e Marc‹o (e n‹o
Òas entradasÓ).
ÒEntrar dentroÓ. Redund‰ncia. Use en-
trar em.
Entre. Exige a existncia de pontos de
referncia. N‹o deve, por isso, ser
usado quando se tem um conjunto de
pessoas ou coisas. Assim: Entre mim
e ti, entre n—s, entre amigos, entre os
homens (mas n‹o Òentre a humani-
dadeÓ), entre os espectadores (mas
n‹o Òentre o pœblicoÓ), entre os ato-
res (mas n‹o Òentre o elencoÓ), entre
os habitantes (mas n‹o Òentre a po-
pula‹oÓ), etc. Nesses casos, use com,
em, no meio de, etc.
Entre...H’fen antes de h: entre-hostil.
Nos demais casos: entreaberto, entre-
fechado, entreposto, entrerriano, en-
tressafra.
Entre ... e.Usa-se e e n‹o a em frases
como:Entre 15 e 20 pessoas estavam
ali. / Chegar‡ entre as 20 e as 22
horas. / A idade dos candidatos va-
riava entre 18 e 25 anos.
Entregado, entregue. Prefira entregado
com ter e haver e entregue, com ser e
estar:Tinha (havia)entregado, foi
(estava)entregue.J‡ se admite,
porŽm, o uso de entregue com ter e
haver:Havia entregue.
Entre mais artigo repetido. No caso de
entre anteceder dois termos, o artigo
que determinar um deles dever‡ ser
repetido para o segundo:Entre o go-
verno brasileiro e o francs(e n‹o:
Entre o governo brasileiro e fran-
cs). / Entre a vida e a morte (e n‹o:
Entre a vida e morte).Em casos como
o segundo, com a idŽia de indetermi-
na‹o, Ž poss’vel omitir completa-
mente o artigo: Entre vida e morte... /
Entre lazer e trabalho...
Entre mim e ti. ƒ a forma correta, uma
vez que eu e tu n‹o podem ser regidos
de preposi‹o. Rejeite, pois, constru-
›es comoentre eles e eu, entre eu e
tu, entre ti e eu, etc., que devem ser
substitu’das por entre eles e mim,
entre mim e ti, entre ti e mim,etc.
Entre si, entre eles. 1 Ñ Quando o su-
jeito pratica e recebe a a‹o, usa-se
entre si: Os constituintes discutiam
entre si. / Os jogadores brigavam
entre si mesmos.2 Ñ Se o sujeito Ž
um e o complemento, outro, a forma,
ent‹o, Ž entre eles:Nada mais existe
entre eles. / O segredo ficou entre eles
mesmos. / O prmio foi repartido
entre eles pr—prios.
Entretanto. Use entretanto ou no en-
tanto, mas nunca Òno entretantoÓ.
Entreter. Aten‹o para algumas formas:
entretinha (e n‹o ÒentretiaÓ); entrete-
ve, entretiveram (e n‹o ÒentreteuÓ,
ÒentreteramÓ), entretivera (e n‹o Òen-
treteraÓ); se ele entretivesse (e n‹o Òse
ele entretesseÓ); se ele entretiver (e
n‹o Òse ele entreterÓ).
Entrever.Conjuga-se como ver (ver, p‡-
gina 297).
Entrevista.
a)Texto corrido
A entrevista constitui uma das
principais fontes de informa‹o de
um jornal e est‡ presente, direta ou
veladamente, na maioria das not’cias
que ele publica. Ela pode tanto ser a
pr—pria reportagem como apenas
parte dela. N‹o vem ao caso discutir
os tipos de entrevistas que podem
aparecer na imprensa. ConvŽm, no
entanto, que voc esteja atento para
uma sŽrie de princ’pios e preceitos
que poder‹o ajud‡-lo a fazer melhor
esse trabalho:
1 Ñ Antes de qualquer coisa, pro-
cure saber quanto tempo voc ter‡
para a entrevista. Se forem poucos mi-
nutos, v‡ direto ao assunto e evite in-
trodu›es desnecess‡rias.
2 Ñ Informe-se sobre o entrevista-
do e o assunto. ƒ o m’nimo que voc
pode fazer para que suas perguntas
sejam pertinentes e objetivas.
3 Ñ N‹o confie apenas na mem—-
ria. Faa anota›es e, se necess‡rio,
use gravador. Voc pode precisar
108ÒEntrar dentroÓ Entrevista

reproduzir literalmente uma frase de-
licada, contundente, agressiva ou atŽ
bomb‡stica, e Ž bom estar preparado
para isso.
4 Ñ Nunca se esquea de que a opi-
ni‹o que o leitor quer conhecer Ž a do
entrevistado e n‹o a do rep—rter.
5 Ñ Voc pode fazer perguntas di-
retas e incisivas ao entrevistado sem
que o clima de cordialidade da con-
versa seja prejudicado.
6 Ñ Procure evitar atritos com o
entrevistado; quem sair‡ perdendo
ser‡ o leitor.
7 Ñ H‡ entrevistados mais e
menos dif’ceis; com habilidade,
porŽm, salvo rar’ssimas exce›es,
ser‡ sempre poss’vel conseguir deles
pelo menos as informa›es e opini›es
essenciais.
8 Ñ Se voc julgar que o entrevis-
tado n‹o respondeu satisfatoriamen-
te ˆ pergunta ou usou de evasivas, in-
sista; caso n‹o haja de novo uma res-
posta direta ˆ indaga‹o, registre o
fato na reportagem: ele pode signifi-
car muito, em certos casos.
9 Ñ Esteja preparado para acompa-
nhar o rumo que a entrevista seguir;
embora voc possa ter um roteiro
preestabelecido, ser‡ muita pretens‹o
esperar que o entrevistado o cumpra
ˆ risca.
10 Ñ N‹o se deixe conduzir nas co-
letivas e, se poss’vel, tome a iniciati-
va; sempre haver‡ quem se disponha
a fazer perguntas de pouca ou nenhu-
ma import‰ncia e voc poder‡ corri-
gir o rumo da entrevista.
11 Ñ Espere o entrevistado con-
cluir seu pensamento para lhe fazer
uma nova pergunta; nada Ž mais irri-
tante, para ele e para o leitor, que uma
resposta pela metade.
12 Ñ A pauta Ž sempre uma indi-
ca‹o m’nimado que voc deve cum-
prir. Ela pode conter perguntas obri-
gat—rias e voc deve faz-las. A parte
restante da entrevista, porŽm, depen-
de exclusivamente do rep—rter.
13 Ñ Evite perguntas —bvias, como
indagar da m‹e que acaba de ver a
morte do filho:ÒComo a senhora est‡
se sentindo?ÓOu a quem assinou um
contrato milion‡rio: ÒVoc est‡ feliz
com o contrato que assinou?Ó
14 Ñ Por mais ca—tica que seja a
entrevista, voc pode orden‡-la no
texto final, agrupando os assuntos em
blocos para a melhor compreens‹o do
leitor, em vez de manter a falta de co-
nex‹o ou de seqŸncia do texto.
15 Ñ Faa perguntas curtas e obje-
tivas, que n‹o permitam divaga›es e
verdadeiras defesas de tese ao entre-
vistado.
16 Ñ Procure editar a entrevista,
dando-lhe um texto corrido e reser-
vando o estilo pergunta e resposta
apenas aos casos especiais, em que
seja œtil conhecer a opini‹o do entre-
vistado em detalhes.
17 Ñ Varie o texto, para fugir do
c™modo, mas mon—tono estilo: disse;
a seguir; continuou; prosseguiu; mais
adiante;etc.
18 Ñ Finalmente, as entrevistas
s‹o concedidas ao Estadoe n‹o aos
seus cadernos ou suplementos (e Ž
essa indica‹o que deve aparecer no
texto).
b)Perguntas e respostas
Siga estas instru›es nas entrevis-
tas de perguntas e respostas:
1 Ñ O assunto e o entrevistado
devem ser suficientemente impor-
tantes para que se justifique o recur-
so a esse tipo de matŽria.
2 Ñ A menos que haja alguma
raz‹o especial para mant-los, elimi-
ne do texto os erros e repeti›es que
as pessoas cometem habitualmente
quando falam.
3 Ñ Sempre que poss’vel, entre-
meie a entrevista com destaques (ja-
nelas, por exemplo): frases bem esco-
lhidas, polmicas ou originais contri-
buem para que o leitor se sinta atra’-
do pelo texto.
109Entrevista Entrevista

4 Ñ Em entrevistas muito exten-
sas, convŽm quebrar o texto com t’-
tulos auxiliares, que ajudam a tornar
a p‡gina mais agrad‡vel e menos pe-
sada graficamente.
5 Ñ Evite estender-se demais nas
perguntas e resuma as respostas do
entrevistado. Conserve, no entanto, a
essncia da opini‹o dele e suas frases
mais expressivas ou contundentes.
6 Ñ Escolha para a abertura da ma-
tŽria um corpo maior que o do texto
e reproduza, se poss’vel entre aspas,
algumas das principais afirma›es e
opini›es do entrevistado.
7 Ñ As perguntas v‹o sempre em
negrito, com a indica‹o Estadoem
caixa-alta-e-baixa, e n‹o com o nome
do caderno ou suplemento do jornal
que esteja publicando a entrevista.
8 Ñ Use o corpo normal (claro)
para as respostas e mantenha apenas
o nome do entrevistado em negrito.
Na primeira resposta, o nome dele de-
ver‡ aparecer por extenso; nas de-
mais, na forma simples pela qual for
conhecido.
9 Ñ No caso de se tratar de um pin-
gue-pongue entre duas personalida-
des, o nome da que faz as perguntas
ir‡ por extenso na primeira vez e re-
sumidamente na segunda (exemplo:
Mario Vargas Llosa; depois, Llosa).
Adote o mesmo procedimento para a
que responde (como: Eduardo Galea-
no; depois, Galeano).
10 Ñ Se o Estadoreproduzir entre-
vista de algum jornal ou revista cujos
servios esteja autorizado a utilizar,
substitua simplesmente o nome do
jornal pelo da outra publica‹o e, com
rela‹o ˆ pessoa que fala, adote as nor-
mas j‡ expostas.
11 Ñ Nas entrevistas coletivas, h‡
duas possibilidades: a)Apresentar
cada pergunta com o nome do jornal,
revista ou emissora a que pertence o
jornalista que a fez. b)Usar apenas a
indica‹o pergunta, caso n‹o se possa
ou n‹o se pretenda identificar cada
pessoa que se dirigiu ao entrevistado.
12 Ñ Deixe uma linha de branco
entre cada bloco de perguntas e res-
postas.
13 Ñ Veja um exemplo sobre como
editar a entrevista de perguntas e res-
postas:
Estado Ñ Voc entregou o livro ao
editor sem o œltimo par‡grafo. Por
qu?
Chico Buarque Ñ Eu tinha dois fi-
nais escritos. Precisava matar o Ben-
jamim, que j‡ Ž apresentado quando
vai morrer. Abri para ele a possibili-
dade de achar que tudo fosse um
sonho. Mas deixei o outro final, mais
seco, sem sonho.
Estado Ñ Benjamim Ž melhor do
queEstorvo?
ChicoÑ A estrutura Ž mais com-
plexa, h‡ mais coisas acontecendo.
Encontrei mais impasses e... Est‡
bem, gosto mais de Benjamim. Meu
receio era n‹o repetir, n‹o parecer.
Da’ a op‹o pela narrativa na terceira
pessoa. Mas tem o estilo. A import‰n-
cia fundamental do segundo livro Ž
definir o estilo. Sou eu.
Envolto, envolvido. Use envolto como
sin™nimo de enrolado(Estava envol-
to no cobertor)e envolvido nos de-
mais sentidos do verbo, mesmo com
o auxiliar ser:Foi envolvido pelos par-
ceiros. / Estava envolvido na conspi-
ra‹o. / Negou que estivesse envolvi-
do no esc‰ndalo.Se o auxiliar for ter,
empregue apenas a forma envolvido:
J‡ tinha envolvido o filho no cober-
tor. / Negou que se tivesse envolvido
no esc‰ndalo.
ÒEnvolvendoÓ.1 Ñ Use acidente de
™nibus, desastre de trem, acidente
entre um ™nibus e dois carros, cho-
que de avi›es, desastre de avi‹oe
nunca desastre Òenvolvendoәni-
bus, acidente ÒenvolvendoÓum ™ni-
110Envolto, envolvido ÒEnvolvendoÓ

bus e dois carros, etc. 2 Ñ N‹o em-
pregue essa forma tambŽm quando
ela puder ser substitu’da por preposi-
‹o: Incidente ÒenvolvendoÓ(com)
jornalistas, acidente ÒenvolvendoÓ
(com)dois carros, reuni‹o Òenvol-
vendoÓ(entre)empres‡rios e sindica-
listas, o jogo ÒenvolvendoÓ(entre)o
Corinthians e o Santos, etc.
Enxaguar. Conjuga-se como aguar (ver,
p‡gina 34).
E/ou. Evite o abuso, mas, quando neces-
s‡rio, adote essa forma em frases
como: Incluem-se na rela‹o canto-
res e/ou mœsicos. / Queria o apoio de
escritores e/ou jornalistas.N‹o h‡
barra, porŽm, se o eacompanhar
meras ora›es alternativas:Ele che-
gou apressado e, ou fica, ou vai em-
bora ainda hoje.
Epidemia, surto.1 Ñ A diferena Ž de
amplitude: a epidemia atinge um
grande nœmero de pessoas numa ‡rea
extensa e o surto, um nœmero limita-
do de pessoas numa ‡rea mais ou
menos restrita. 2 Ñ O termo epide-
miavale apenas para seres humanos:
no caso de doena que atinja grande
nœmero de animais, o certo Ž epizoo-
tia.
ƒ preciso. 1 Ñ Com sujeito indetermi-
nado, as locu›es Ž preciso, Ž proibi-
do, Ž necess‡rio, Ž bom, Ž feio e ou-
tras semelhantes PODEM permane-
cer invari‡veis: ƒ preciso muita cau-
tela. / ƒ necess‡rio ajuda. / ƒ proibi-
do entrada. / Vitamina Ž bom para a
saœde. / ƒ feio blusa em menino. /
N‹o foi preciso rodeios.2 Ñ No en-
tanto, sempre que se quiser deixar
clara a determina‹o ou ela estiver
evidente pelo uso de artigo, pronome
ou adjetivo ao lado do substantivo, a
concord‰ncia dever‡ ser a regular:
N‹o foram necess‡rios rodeios. /
Toda vitamina Ž boa para a saœde. /
ƒ proibida a entrada. / ƒ necess‡ria
muita ajuda. / ƒ feia essa blusa no
menino. 3 Ñ Prefira a concord‰ncia
normal, sempre que poss’vel.
ƒ prefer’vel. Ver preferir, p‡gina 233.
ƒ proibido. Ver Ž preciso, nesta p‡gina.
E que. Evite essa express‹o, usando ape-
nas o e ou o que (ou o qual, a qual, os
quais eas quais, quando necess‡rio,
para maior clareza), e n‹o os dois jun-
tos:ƒ um tipo de assunto de mau
gosto que(e n‹oe que)deveria ser evi-
tado. / Ali acamparam trs fam’lias
de ’ndios guaranis, procedentes de
Mato Grosso, que (e n‹oe que)h‡ dez
anos vm peregrinando pelo Pa’s. / O
general, que est‡ fazendo nova visita
ˆs tropas e (e n‹oe que)pretende vol-
tar logo a Bras’lia, deixar‡ o servio
ativo este ano. / No livro que escre-
veu depois da explos‹o e (e n‹oe que)
se tornou um cl‡ssico... / A raz‹o: o
quen‹o tem fun‹o na frase.
ƒ que. 1 Ñ Nesta forma, a locu‹o fica
invari‡vel e vem sempre entre o su-
jeito e o verbo (a concord‰ncia se faz
como se ela n‹o existisse): N—s Ž que
pagamos. / Eles Ž que devem sair. /
V—s Ž que podeis dizer isso.2 Ñ Se o
sujeito for colocado entre o verbo ser
e o que, a concord‰ncia ser‡ normal:
Somos n—s que pagamos. / S‹o eles
que devem sair. / Sois v—s que podeis
dizer isso.
Equivale a dizer. ƒ a forma correta,
assim como equivale a fazer, e nunca
Òequivale dizerÓ, Òequivale fazerÓ.
Valer, sim, admite essa forma: vale
dizer, vale transcrever.
Equivaler. Conjuga-se como valer (ver,
p‡gina 296).
Era.Inicial maiœscula apenas em Era
Crist‹. Nos demais casos: era ceno-
z—ica, era do jazz, era at™mica.
Era uma vez. O verbo permanece inva-
ri‡vel:Era uma vez uma princesa... /
Era uma vez sete an›es... (ser,no
caso, equivale ahaver).
ƒramos seis. Frases desse tipo formam-
se sem a preposi‹o em: ƒramos seis. /
ƒramos oito ˆ mesa. / Ficamos qua-
tro na sala. / êamos cinco amigos pela
estrada. / Est‡vamos trs no autom—-
111Enxaguar ƒramos seis

vel. (E n‹o:ƒramos em oito, ficamos
em quatro, ’amos em cinco, est‡va-
mos em trs).
ÒEr‡rio pœblicoÓ. Redund‰ncia. O er‡-
rio Ž sempre pœblico.
ErgomŽtrico, ergon™mico.1 Ñ A ergo-
metriamede o esforo muscular de
um trabalho: esteira ergomŽtrica, bi-
cicleta ergomŽtrica.2 Ñ O estudo dos
efeitos do trabalho no organismo hu-
mano Ž a ergonomia. Por isso: tecla-
do ergon™mico, cadeira ergon™mica.
3 Ñ ÒErgonometriaÓe ÒergonomŽtri-
coÓn‹o existem.
Ermit‹o. Flex›es: ermit‹ (prefira), er-
mitoa, ermit›es (prefira), ermit‹es e
ermit‹os.
...Žrrimo.ƒ o superlativo apenas dos ad-
jetivos terminados em ree ro: cŽle-
bre, celebŽrrimo; negro, nigŽrrimo;
pobre, paupŽrrimo.Por isso, nunca
escreva ÒelegantŽrrimoÓ, ÒabsolutŽr-
rimaÓ, ÒchiquŽrrimoÓ, ÒsimplŽrrimoÓ
(o certo Ž elegant’ssimo, absolut’ssi-
ma, chiqu’ssimo, elegant’ssimo),
etc., modismos sem apoio na gram‡-
tica e admiss’veis somente em textos
de car‡ter coloquial.
Erros.Para manter sua confiabilidade e
credibilidade, o jornal deve fazer o
poss’vel para n‹o publicar erros de ne-
nhuma espŽcie. Veja alguns dos casos
que ocorrem com maior freqŸncia e
procure evit‡-los:
1 Ñ Nomes. O Estadoescreve os
nomes e sobrenomes segundo a forma
que as pessoas adotam. Por isso, veri-
fique-os sempre com cuidado, para
que figurem no notici‡rio de maneira
correta. A observa‹o vale tambŽm
para os nomes geogr‡ficos e palavras
estrangeiras. Em caso de dœvida, con-
sulte o vocabul‡rio do fim deste vo-
lume.
2 Ñ Siglas. Procure tambŽm expli-
car convenientemente as siglas ao lei-
tor e evite discrimin‡-las erradamen-
te. Por exemplo: STF Ž SupremoTri-
bunal Federal e n‹o ÒSuperiorÓTribu-
nal Federal. Da mesma forma, CNBB
Ž ConfernciaNacional dos Bispos do
Brasil e n‹o ÒConfedera‹oÓNacio-
nal, e INSS Ž Instituto Nacional do
Seguro e n‹o Òda SeguridadeÓSocial.
3 Ñ Palavras. A lista publicada no
fim deste volume inclui a maioria das
palavras da l’ngua portuguesa que
possam dar margem a dœvidas quan-
to ˆ ortografia, alŽm de milhares de
termos estrangeiros, designa›es geo-
gr‡ficas e nomes de produtos ou de
empresas muito usados no notici‡rio.
Nunca deixe de recorrer a ela.
4 Ñ Informa‹o. ƒ um dos erros
mais graves que o jornal pode divul-
gar. Por isso, confira sempre cuidado-
samente as informa›es que recolher;
recorra a mais de uma fonte, quando
necess‡rio; verifique, enfim, todos os
dados em que possa haver qualquer
engano que comprometa a seriedade
da not’cia.
5 Ñ Servios.ƒ um dos piores tipos
de erro que o jornal pode publicar. O
leitor muitas vezes programa as suas
atividades em fun‹o do hor‡rio de
uma sess‹o de teatro ou cinema e Ž
natural que se irrite quando a infor-
ma‹o fornecida n‹o corresponde ˆ
realidade. Por isso, confira sempre
com todo o cuidado Ñ principalmen-
te se voc recebeu a indica‹o com
muita antecedncia Ñ se a televis‹o
vai mesmo transmitir ao vivo deter-
minado jogo, se o filme, a pea de tea-
tro, o show, a festa, etc., comeam efe-
tivamente no hor‡rio divulgado, se o
local Ž realmente o do espet‡culo, se
as inscri›es de um concurso ou do
vestibular v‹o mesmo atŽ determina-
do dia. Para um leitor do jornal, ne-
nhuma desculpa ou retifica‹o com-
pensa a perda da inscri‹o para uma
prova, por exemplo.
6ÑEnumera›es. Tenha sempre
em mente: Ž comum uma not’cia
dizer que havia seis pessoas presentes
num determinado local e, na hora de
relacionar os nomes, fornecer apenas
112ÒEr‡rio pœblicoÓ Erros

cinco deles. Por isso, conte sempre os
nomes para ver se s‹o mesmo seis.
7 Ñ Nœmeros. A transcri‹o de nœ-
meros das anota›es do rep—rter ou do
texto provis—rio para o definitivo fa-
vorece o aparecimento de erros no ori-
ginal. ƒ outro item a ser conferido
com aten‹o.
8 Ñ Concord‰ncia. Dos erros gra-
maticais, Ž talvez o que surge com
maior freqŸncia nos textos. Repasse
o original com cuidado para elimin‡-
los e consulte o verbete concord‰n-
cia, subt’tulo erros, p‡gina 78.
9 Ñ Conhecimento. Evite que
erros de conhecimento comprome-
tam o texto. N‹o diga, por exemplo:
Um rel‰mpago caiu no fio do tr—le-
bus. O que atinge o fio Ž o raio. N‹o
escreva, tambŽm: Havia muitas pes-
soas no fŽretro (o fŽretro Ž o caix‹o,
n‹o o cortejo). / Somente amanh‹ de-
ver‡ ser extra’da a c‡psula da v’tima
(a c‡psula Ž apenas o envolt—rio da
bala). Outra forma a evitar: A geada
caiu...A geada forma-se, n‹o cai (Ž o
resultado do congelamento das gotas
de orvalho). Finalmente, lembre-se: a
Muralha da Chinan‹o Žuma das sete
maravilhas do mundo.
10 Ñ Cita›es. Nunca cite de me-
m—ria, porque provavelmente voc
cometer‡ algum equ’voco. Consulte
um dicion‡rio de cita›es, recorra ao
Arquivo, apele para os colegas. Tudo
justifica o esforo para evitar uma
transcri‹o errada ou incompleta.
11 Ñ Declara›es. Leia sempre
com cuidado suas anota›es ou volte
a fita do gravador para que as declara-
›es de entrevistados sejam reprodu-
zidas com a maior fidelidade poss’vel.
Lembre-se de que qualquer distor‹o
nas afirma›es n‹o apenas levar‡
uma informa‹o incorreta ao leitor
como criar‡ problemas para voc e
para o jornal.
12 Ñ Autores. Consulte dicion‡-
rios, livros especializados ou o Arqui-
vo para fugir a um erro muito comum
nas informa›es: a cita‹o incorreta
ou trocada do nome do autor de uma
obra ou declara‹o ou mesmo a men-
‹o incompleta (se uma mœsica, por
exemplo, Ž de Noel Rosa e Vadico, es-
creva isso, e n‹o se refira apenas ao
parceiro mais famoso).
13 Ñ IntŽrpretes. Proceda da mes-
ma forma com rela‹o aos intŽrpre-
tes. Voc pode confundir o ator que
trabalhou num filme com o de outro
ou a cantora que gravou uma can‹o
com outra.
14 Ñ Mem—ria. Por tudo isso, des-
confie da mem—ria. O Arquivo, por
exemplo, Ž sempre uma fonte mais
segura. Se voc est‡ em cima da hora
de concluir a matŽria, entregue-a ˆ
chefia. E procure em seguida conferir
a informa‹o em dœvida. Sempre ha-
ver‡ tempo de corrigi-la.
15 Ñ Gram‡tica. Nem todos s‹o
obrigados a conhecer todas as regras
gramaticais. Por isso, este manual
teve a preocupa‹o de relacionar as
principais delas. Nunca deixe de es-
clarecer nenhuma dœvida sobre crase,
concord‰ncia, conjuga‹o verbal, re-
gncia, forma‹o do plural, coloca‹o
de pronomes, acentua‹o e outras.
Folheie o manual regularmente para
ir descobrindo as demais e, principal-
mente, observa›es sobre formas gra-
maticais corretas e incorretas, dife-
renas entre mal e mau, etc. O leitor
merece todo o empenho para que o
nœmero de erros de uma edi‹o do jor-
nal se reduza cada dia mais.
16 Ñ êntegras. Erros de linguagem
em textos oficiais Ñ notas, transcri-
‹o de discursos, comunicados, proje-
tos, etc. Ñ devem em geral ser corri-
gidos, principalmente quanto ˆ acen-
tua‹o, grafia, pontua‹o, regncia e
concord‰ncia. Evite apenas desfigurar
o teor desses documentos. Em casos
especiais (mas sempre com consulta
ˆ Dire‹o de Reda‹o), eles podem ser
mantidos, desde que se registre ex-
pressamente a observ‰ncia do texto
113Erros Erros

original ou se marquem os erros mais
gritantes com um sic. N‹o leve em
conta nas ’ntegras a rela‹o de pala-
vras vetadas constante do Manual.
17 Ñ Os cem mais.Ver na p‡gina
321 a lista dos cem erros mais co-
muns do idioma
Escala‹o. No singular em frases como:
O tŽcnico confirmou a escala‹o de
JosŽ e Pedro. / Com a escala‹o de
Juca, Alem‹o e Zezinho, o tŽcnico
pretende tornar o time mais ofensivo
(e nunca Òas escala›esÓ).
Esc‰ndalo. Inicial minœscula: esc‰nda-
lo Watergate.
Escriv‹o.Flex›es: escriv‹ e escriv‹es.
ÒEsculhamba‹oÓ, ÒesculhambarÓ.
Vulgaridades. N‹o use.
Escusa, escusar. Com s.
Escutar, ouvir.1 Ñ Prefira escutar
quando o sentido for o de prestar aten-
‹o para ouvir, ouvir com aten‹o,
atender aos conselhos de:Escutou o
disco. / J‡ n‹o escuta os amigos. 2 Ñ
Ouvir equivale a perceber pela audi-
‹o: N‹o ouvi o barulho. / Da sala
ouvia o ranger das m‡quinas.
Esf’ncter. Desta forma. Plural: esfincte-
res (pronuncia-se esfinctŽres).
Esgotar-se. Alguma coisa esgota-se e
n‹o esgota, apenas: O livro esgotou-
se rapidamente. / Sua pacincia j‡ se
havia esgotado.
...Žsimo. ƒ mero modismo usar a termi-
na‹o de centŽsimo, milŽsimoemi-
lionŽsimopara criar superlativos
como ÒbonitŽsimoÓ, ÒelegantŽsimoÓ,
ÒgatŽsimaÓ. S— textos muito especiais
podem justificar essas formas.
Espanha.Elemento de composi‹o nos
adjetivos p‡trios: hispano(hispano-
americano).
Espanhol. 1 Ñ Nomes
Os nomes de origem espanhola
apresentam normalmente o sobreno-
me paterno antes do materno. Por
isso, numa segunda referncia, Ž o so-
brenome intermedi‡rio que deve ser
usado para identificar a pessoa: Mi-
guel de Cervantes Saavedra (Cervan-
tes),Fidel Castro Ruz (Castro),Au-
gusto Pinochet Ugarte (Pinochet),
Francisco Franco Bahamonde (Fran-
co),Adolfo Su‡rez Gonz‡lez (Su‡-
rez). Jornalisticamente, use apenas o
nome e o sobrenome paterno (a n‹o
ser em casos excepcionais):Miguel de
Cervantes, Fidel Castro, Francisco
Franco, Adolfo Su‡rez, Augusto Pi-
nochet.
2 Ñ Acentua‹o
Para grafar corretamente os nomes
espanh—is, observe as principais re-
gras de acentua‹o do idioma:
a)Acentuam-se as palavras ox’to-
nas terminadas em vogal, n ou s: cafŽ,
Mir—, JosŽ, sof‡s, Mart’, Per—n, Cora-
z—n, Al‡n, Beltr‡n, GuillŽn, algœn,
Medell’n, Alfons’n, Juli‡n, RubŽn,
Hern‡n.Aten‹o: Juan n‹o tem acen-
to, mas Le—n, sim.
b)Acentuam-se as palavras parox’-
tonas que n‹o terminem em vogal, n
ou s:m‡rmol, fœtbol, ‡rbol, t—rax,
L—pez, Rodr’guez, M‡rquez, Mart’-
nez, huŽsped, azœcar.
c)Acentuam-se todas as palavras
proparox’tonas:gŽnero, œltimo, p‡ja-
ro, l’quido, M‡laga.
d)N‹o se acentuam as palavras ter-
minadas em encontros voc‡licos ‡to-
nos:Mario, Julio, historia, democra-
cia (pronuncia-se democr‡cia), nun-
cio, serie, colonia, tenue, ciencia, jui-
cio.
e)Acentuam-se as palavras termi-
nadas em encontros voc‡licos t™ni-
cos:Mar’as, Garc’a, br’o, d’a, tele-
graf’a, polic’a, cortes’a, roc’o.
f)Acentua-se o i ou u que faa parte
de um hiato: Raœl, sonre’r, ca’da, tra-
seœnte, Belaœnde, le’do, reœne, aœn,
ra’z.Exce‹o. N‹o h‡ acento quando
as vogais em hiato s‹o u ei ou i e u:
Ruiz, Luis, ruido, ruina, miura, des-
truir, jesuita.
3 Ñ Particularidades
a)Como o a seguido de m ou n, o
e e o o em espanhol tm som fecha-
114Escala‹o Espanhol

do, n‹o existe acento circunflexo no
idioma, mas apenas o agudo:gŽnero,
p‡nico, can—nico, c—modo, err—neo,
C‡mpora, l‡mpara.
b)Como o s entre duas vogais tem
sempre o som de , n‹o existe o grupo
ss em espanhol: Asunci—n, asesor,
Paso de los Libres, El Paso, asesino,
as’, cosaco, asalto, asaz, Asiria.
c)O pronome obl’quo agrega-se ao
verbo sem h’fen:haberse, darles, es-
cr’base, aprob‡ndose, inform‡ndo-
nos, llŽvatelo, recibirle, entrŽguese-
lo.
4 ÑPalavras parecidas
H‡ palavras que n‹o significam,
em espanhol, o que parecem em por-
tugus. Cuidado ao traduzi-las (entre
parnteses est‡ o sentido correto ou
principal do termo em portugus):
contestar (responder), nadie (nin-
guŽm), ninguno (nenhum), todav’a
(ainda), aparato (aparelho), huelga
(greve ou folga), exquisito (excelen-
te), papa (batata), pelo (cabelo),sin
embargo(mas, porŽm), embarazada
(gr‡vida), torpe (desajeitado), entre-
tanto (por enquanto), sobrenombre
(apelido), apellido (sobrenome), por
supuesto (claro, l—gico), coche
(carro), inversiones (investimentos),
desarrollarse (desenvolver-se), desar-
rollo (desenvolvimento), presunto
(suposto), chorizo (salame), mu–eca
(boneca), crianza (cria de animal),
ni–o (menino), cachorro (filhote de
animal), anfiteatro (local de vel—rio),
clase (aula), aula (classe), polvo (p—),
s—lo (sozinho), pegar (bater), tirar (ar-
remessar, jogar), embrujo (encanto),
mal caracter (explosivo, de pavio
curto), presupuesto (oramento),
danŽs (dinamarqus).
5 ÑNome oficial.
O nome oficial do idioma Ž espa-
nhol e n‹o castelhano.
Espatifar-se. Alguma coisa espatifa-see
n‹o espatifa, apenas: A garrafa caiu e
espatifou-se no solo. / A janela espa-
tifou-se com a pedrada.
ÒEspeculadoÓ.AlguŽm especula com
ou sobre alguma coisa, mas alguma
coisa nuncaҎ especuladaÓ. Assim:
C’rculos pol’ticos especularam sobre
a sa’da do ministro(e nunca:A sa’da
do ministro Òfoi especuladaÓ...).
Esperar. Por trazer impl’cita a no‹o de
desejo, expectativa favor‡vel, o verbo
n‹o deve ser usado no sentido negati-
vo, caso em que o correto Ž preverou
temer: Empresa prev (e n‹oÒespe-
raÓ)preju’zo de R$ 50 mil. / Todos
previam(e nuncaÒesperavamÓ)a sua
morte. / Oposi‹o teme ou prev der-
rota (e n‹o ÒesperaÓ).
Espinhal. Use esta forma: medula espi-
nhal, nervo espinhal.
Esporte. Invari‡vel como adjetivo: carro
esporte, camisas esporte.
Esposo e esposa. Ver marido e mulher,
p‡gina 173.
Espreguiar-se. AlguŽm se espreguiae
n‹o espreguia, apenas: Saiu da
cama e espreguiou-se demorada-
mente. / Bocejou e espreguiou-se.
Esquecer. Regncia. l Ñ Esquecer algu-
ma coisa:NinguŽm esquece tais ofen-
sas. / Ele esqueceu que tinha compro-
misso ˆ noite. / O escritor esqueceu
os originais no t‡xi.2 Ñ Esquecer-se
de alguma coisa: Eles se esqueceram
do compromisso./ Queria que nin-
guŽm se esquecesse dela. 3Ñ Moder-
namente, j‡ se admite a forma esque-
cer de:Esqueceu de fazer o traba-
lho. / Esqueceu dos amigos. 4Ñ Pode
tambŽm ser intransitivo (dispensar
complemento): Bebe para esquecer. 5
Ñ Esquecer tem outros tipos de re-
gncia, todos, porŽm, de uso mais li-
ter‡rio que jornal’stico.
ÒEstad‹oÓ. Ver O Estado de S. Paulo, p‡-
gina 203.
Esse. Ver este, esse, aquele, p‡gina 117.
Est‡dio.Inicial maiœscula no nome (ofi-
cial ou popular)da praa de esportes:
Est‡dio do Morumbi, Est‡dio Pales-
tra It‡lia. Inicial minœscula se a indi-
115Espatifar-se Est‡dio

ca‹o for genŽrica: o est‡dio de Ara-
raquara, o est‡dio do Juventus.
ÒEstadoÓ.VerO Estado de S. Paulo, p‡-
gina 203.
Estado. Com inicial maiœscula, tanto
para designar o poder oficial ou uma
na‹o quanto as unidades em que se
divide um pa’s: O Estado tem poder
sobre os cidad‹os. / A teoria do Esta-
do. / O Estado de S‹o Paulo, o Esta-
do(S‹o Paulo), os Estados de Minas
e Bahia, os Estados e munic’pios, os
governadores dos Estados do Sul, na-
quele Estado, etc.
Estados. l Ñ ƒ esta a rela‹o dos Esta-
dos brasileiros, suas capitais, as re-
gi›es em que se situam e as siglas que
os identificam: Acre Ñ Rio Branco,
Norte, AC; Alagoas Ñ Macei—, Nor-
deste, AL; Amap‡ Ñ Macap‡, Norte,
AP; Amazonas Ñ Manaus, Norte,
AM; Bahia Ñ Salvador, Nordeste,
BA; Cear‡ Ñ Fortaleza, Nordeste,
CE; Distrito Federal Ñ Centro-
Oeste, DF;Esp’rito Santo Ñ Vit—ria,
Sudeste, ES; Goi‡s Ñ Goi‰nia, Cen-
tro-Oeste, GO; Maranh‹o Ñ S‹o
Lu’s, Nordeste, MA; Mato GrossoÑ
Cuiab‡, Centro-Oeste, MT; Mato
Grosso do Sul Ñ Campo Grande,
Centro-Oeste, MS; Minas GeraisÑ
Belo Horizonte, Sudeste, MG; Par‡ Ñ
BelŽm, Norte, PA; Para’ba Ñ Jo‹o
Pessoa, Nordeste, PB; Paran‡ Ñ Curi-
tiba, Sul, PR; Pernambuco Ñ Recife,
Nordeste, PE; Piau’ Ñ Teresina, Nor-
deste, PI;Rio Grande do Norte Ñ
Natal, Nordeste, RN; Rio Grande do
SulÑ Porto Alegre, Sul, RS;Rio de
JaneiroÑ Rio de Janeiro, Sudeste, RJ;
Rond™nia Ñ Porto Velho, Norte, RO;
Roraima Ñ Boa Vista, Norte, RR;
Santa Catarina Ñ Florian—polis, Sul,
SC; S‹o PauloÑ S‹o Paulo, Sudeste,
SP; Sergipe Ñ Aracaju, Nordeste, SE,
e Tocantins Ñ Palmas, Norte, TO. 2
Ñ Ver tambŽmregi›es do Brasil, p‡-
gina 251.
Estados (artigo). Em alguns casos, o
nome dos Estados brasileiros Ž prece-
dido de artigo; em outros, n‹o. Tm
artigo: o Acre, o Amap‡, o Amazo-
nas, a Bahia, o Cear‡, o Distrito Fe-
deral, o Esp’rito Santo, o Maranh‹o,
o Par‡, a Para’ba, o Paran‡, o Piau’,
o Rio de Janeiro, o Rio Grande do
Norte, o Rio Grande do Sul eo Tocan-
tins. N‹o tm artigo:Alagoas, Goi‡s,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Minas Gerais, Pernambuco, Rond™-
nia, Roraima, Santa Catarina, S‹o
PauloeSergipe.
Estados Unidos. l Ñ Sempre com o ar-
tigo e o verbo no plural:Os Estados
Unidos s‹o... / Os Estados Unidos
elegeram...Da mesma forma: Todos
os Estados Unidos aplaudiram o dis-
curso do presidente. / Veio dos Esta-
dos Unidos.2 Ñ Aportuguese o nome
dos seguintes Estados norte-america-
nos:Alasca, Calif—rnia, Carolina do
Norte, Carolina do Sul, Colœmbia
(Distrito de), Fl—rida, Ge—rgia, Ha-
va’, Nova York, Novo MŽxico, Pensil-
v‰nia, Porto Rico e Virg’nia. Os de-
mais ser‹o escritos na forma inglesa.
3 Ñ Aportuguese tambŽm estes
nomes de cidade: Colœmbia, FiladŽl-
fia, Indian‡polis, S‹o Francisco,
Nova York eSanta FŽ.Escreva em in-
gls os demais (San Diego, San Anto-
nio, El Paso, Los Angeles, Buffalo,
Phoenix, Memphis,etc.). Em caso de
dœvida, consulte a rela‹o de palavras
do cap’tulo Escreva Certo.
Estadual, estatal.Estadual Ñ Relativo
ˆs unidades da Federa‹o: o governo
estadual, as d’vidas estaduais.Esta-
tal Ñ relativo ao Estado como na‹o
ou poder pol’tico: empresa estatal,
voracidade estatal.
Estar.Conjuga‹o. Pres. ind.: Estou,
est‡s, est‡, estamos, estais, est‹o.
Imp. ind.: Estava, estavas, estava, es-
t‡vamos, est‡veis, estavam. Pret.
perf. ind.: Estive, estiveste, esteve, es-
tivemos, estivestes, estiveram. M.-q.-
perf. ind.: Estivera, estiveras, estive-
ra, estivŽramos, estivŽreis, estive-
ram. Fut. pres.: Estarei, estar‡s, esta-
116ÒEstadoÓ Estar

r‡, estaremos, estareis, estar‹o. Fut.
pret.: Estaria, estarias, estaria, esta-
r’amos, estar’eis, estariam. Pres.
subj.: Esteja, estejas, esteja, esteja-
mos, estejais, estejam. Imp. subj.: Es-
tivesse, estivesses, estivesse, estivŽs-
semos, estivŽsseis, estivessem.Fut.
subj.: Estiver, estiveres, estiver, esti-
vermos, estiverdes, estiverem.
Imper. afirm.: Est‡ tu, esteja voc, es-
tejamos n—s, estai v—s, estejam vocs.
Imper. neg.: N‹o estejas tu, n‹o este-
ja voc, n‹o estejamos n—s, n‹o este-
jais v—s, n‹o estejam vocs. Infin.:
Estar. Flexionado: Estar, estares,
estar, estarmos, estardes, estarem.
Ger.: Estando. Part.: Estado.
Est‡ rindo ˆ toa. Modismo. Evite.
Esta semana. Ver semana, p‡gina 263.
Est‡vamos trs. VerŽramos seis, p‡gi-
na 111.
Este, esse, aquele.l Ñ Este. a)Designa
pessoa ou coisa pr—xima de quem fala:
Este livro Ž meu. / Esta mesa, este jor-
nal, esta p‡gina, esta matŽria, esta
cr™nica, esta cr’tica, esta empresa,
este homem.b)Refere-se igualmente
ao lugar em que alguŽm est‡: Este
apartamento, este local, este pa’s,
esta casa, este hotel, esta piscina.c)
Indica um per’odo de tempo presen-
te, que ainda n‹o terminou, um man-
dato, uma gest‹o, etc.: este ano(o ano
que vivemos), este ms(o ms atual),
esta semana(a semana em que se
est‡),este sŽculo, esta tarde, esta
manh‹, esta vida, esta noite, este mo-
mento, este governo, esta adminis-
tra‹o, esta crise.Aten‹o: Esta Ž a
forma de uso jornal’stico mais
comum. d)Identifica, numa ora‹o, o
termo mais pr—ximo: Eram duas
irm‹s, Josefa e Maria; esta (Maria, no
caso), a loira, e aquela (Josefa), a mo-
rena.
2 Ñ Esse. a)Indica pessoa ou coisa
um pouco afastada de quem fala ou
pr—xima de um interlocutor: Por
favor, traga-me esse livro. / Cuidado
com essa cadeira. / Essa menina n‹o
toma jeito. / Veja se esse rel—gio est‡
funcionando. b)Usa-se como segun-
da referncia a pessoa ou coisa:Che-
gou a S‹o Paulo em 1954; nesse ano
foi comemorado o 4¼ centen‡rio da
cidade. / Anos depois de ter lido o
Ulysses, percebeu a influncia desse
livro na sua vida.c)Designa alguma
coisa que j‡ passou:Esse ms, o das
enchentes em S‹o Paulo, marcou
tambŽm a elei‹o do prefeito. / Esse
tempo que n‹o volta mais sempre
deixa saudades.
3 Ñ Aquele. a)Refere-se a pessoa
ou coisa afastada de quem fala e de
quem ouve: V‡ buscar aquele livro. /
Voc est‡ vendo aquela estrela?/
Eles devem aparecer naquela esqui-
na.b)Indica um tempo passado:
Aquelas fŽrias foram as melhores da
sua vida. / Aquela safra de cafŽ bateu
o recorde do sŽculo. c)Identifica,
numa ora‹o, o termo mais distante:
Visitaram a Argentina e o Chile;
neste, viajaram pelos lagos andinos
e, naquela, esquiaram em Bariloche.
4 Ñ Isto (esta coisa), isso (essa
coisa)e aquilo (aquela coisa)seguem
a mesma norma, mas s— podem ser
usados para coisas. Em rela‹o a pes-
soas, tm sentido pejorativo.
5 Ñ C‡ e aqui equivalem a este;a’,
a esse;l‡e ali, a aquele.
6 Ñ Tal pode substituir esse e
aquele, especialmente, ou dar car‡ter
indefinido ao substantivo que acom-
panha:tal homem (esse, aquele), tais
assuntos (esses), tais modelos (aque-
les), tal dia e tal hora,etc.
Estigma. Tem sentido altamente nega-
tivo. Por isso, est‡ errado o tŽcnico
que queria seu time Òcom o estigma
do vencedorÓ.A equipe poderia, isto
sim, apresentar Òa marcaÓou Òa ob-
sess‹o do vencedorÓ. Veja exemplos
corretos: Est‡ marcado pelo estigma
da aids. / Queria se livrar do estigma
de retranqueiro. / O pa’s sofre com o
estigma da fome.
117Est‡ rindo ˆ toa Estigma

Estilhaar-se. Alguma coisa se estilha-
ae n‹o estilhaa, apenas:O jarro
caiu e estilhaou-se. / O vidro esti-
lhaou-se com o tiro.
Estiver/tiver, estivesse/tivesse. Ver
tiver/estiver, tivesse/estivesse, p‡gi-
na 289.
ÒEst—riaÓ.Em qualquer sentido, use
apenas hist—ria.
Estragar-se. Alguma coisase estragae
n‹o estraga, apenas:Por causa do
calor, os alimentos estragaram-se. /
Carro que fica ao relento estraga-se
rapidamente.
Estrangeirismos. Ver palavras estran-
geiras, p‡gina 209.
Estrear. Pode-se estrear uma roupa, uma
pea, um teatro, um cinema, etc., mas
n‹o escreva, por exemplo: O Corin-
thians estrŽia Jo‹ozinho hoje.
Estrelas. 1Ñ Use com h’fen a qualifi-
ca‹o dos hotŽis: Era um leg’timo
cinco-estrelas. / Hospedou-se num
hotel trs-estrelas. / Aquele uma-es-
trela o satisfazia.2 Ñ No entanto: Era
um hotel de quatro estrelas.
Estudar.Use o substantivo, e n‹o infi-
nitivo depois: Governo estuda am-
plia‹o do crŽdito (e n‹o Òestuda am-
pliarÓ). / Receita estuda eleva‹o do
ganho da poupana (e n‹o Òestuda
elevarÓ).
Esvaziar-se.Alguma coisa se esvaziae
n‹o esvazia, apenas:O est‡dio esva-
ziou-se logo. / As ruas esvaziam-se no
feriado. / Todas as suas pretens›es se
esvaziaram.
Etc. 1 Ñ Use v’rgula antes de etc. Em-
bora a express‹o original, et cetera, j‡
contenha e, a abreviatura etc. apare-
ce sempre precedida do sinal no For-
mul‡rio Ortogr‡fico, que define a
norma legal do idioma. Essa pr‡tica
terminou por oficializar o emprego da
v’rgula, seguido pela maioria esmaga-
dora dos gram‡ticos brasileiros.
Assim: Havia ali gatos, c‹es, gali-
nhas, etc. 2 Ñ Nunca use eantes de
etc.Assim: Comprou camisas, cal-
as, meias, etc. (e nunca: Comprou
camisas, calas, meias, Òe etc.Ó3 Ñ
Por extens‹o do sentido original, etc.
pode tambŽm ser adotado para pes-
soas: Vieram comigo Jo‹o, Carlos,
JosŽ, etc.4 Ñ Segundo ainda o Formu-
l‡rio, usa-se ponto-e-v’rgula antes de
etc.no caso de enumera›es consti-
tu’das de v‡rios termos agrupados em
categorias: Com os ditongos ‹e e ‹i,
escrevem-se: p‹es, m‹ezinhas, capi-
t‹es; z‹ibo, c‹ibra; etc.N‹o h‡ ponto-
e-v’rgula, porŽm, se a enumera‹o in-
cluir apenas termos simples: Eis algu-
mas abreviaturas que tm a letra w:
kw = quilowatt; w = watt; W = Oeste,
etc. 5 Ñ Se a frase tiver outro sinal de
pontua‹o, este costuma ser empre-
gado antes de etc., como neste exem-
plo do gram‡tico Celso Luft: Levan-
tar cedo. Respirar o ar puro da
manh‹. Fazer gin‡stica. Etc. 6 Ñ Se
o etc.encerrar a ora‹o, n‹o duplique
o ponto. O de etc.serve tambŽm
como ponto final.
ƒtica interna.Pense que o jornal tem
leitores de todas as tendncias, raas,
credos e religi›es. Por isso, procure
sempre ser isento no notici‡rio, espe-
cialmente naquele que envolva ques-
t›es delicadas, e evite utilizar frases,
alus›es ou conceitos que possam me-
lindrar as pessoas.
Lembre-se de que muitos leitores
de 50, 60 ou 70 anos podem conside-
rar ofensivos termos que n‹o causa-
riam surpresa aos mais jovens. Esse
equil’brio de linguagem Ž fundamen-
tal para que o jornal continue a gozar
do conceito de —rg‹o respeit‡vel e res-
peitoso para com os seus assinantes e
compradores habituais.
1 Ñ Jornais e revistas. Sempre que
fizer referncia a not’cia publicada
em outro jornal ou revista, escreva
claramente qual foi o —rg‹o que a di-
vulgou. Eufemismos como revista se-
manal paulistaou jornal cariocan‹o
se justificam. O leitor tem o direito
de saber qual Ž a publica‹o mencio-
nada, atŽ mesmo para procurar a
118Estilhaar-se ƒtica interna

informa‹o na pr—pria fonte que a di-
vulgou.
2 Ñ Palavr›es e vulgaridades. Por
princ’pio e em respeito ao leitor, o Es-
tadon‹o publica palavr›es nem vul-
garidades. Assim, todo texto que,
mesmo em transcri›es, contiver ex-
press›es como essas deve ser subme-
tido ˆ Dire‹o da Reda‹o. Por vulga-
ridades entendam-se termos ou lo-
cu›es como: de saco cheio, encher o
saco, puxa-saco, bicha, veado, vea-
dagem, cafet‹o, porrada, esculham-
bar, avacalha‹o, tes‹o, pentelho, sa-
pat‹o, vaca (n‹o o animal), saco,
mijar, sacanagem, fresco (pejorati-
vo), frescura, babaca, partir para o
tapa, quebrar a cara,etc.
3 Ñ Palavras ofensivas. AlŽm dos
palavr›es, h‡ uma sŽrie de palavras
que ofendem aqueles a quem se diri-
gem. Nem todo gordoaceita ser cha-
mado dessa forma, muito menos de
balofo. Se a pessoa tiver orelhas de
abano, para que dever‡ o jornal agra-
var esse complexo?E em que a not’-
cia ajudar‡ uma pessoa muito feia se
lembrar essa condi‹o a todo momen-
to?O mesmo vale para as rugas ou a
celulite das atrizes, para opera›es
pl‡sticas tratadas de forma deprecia-
tiva, etc. Se as pessoas s‹o vaidosas,
por que agredir esse aspecto da sua
personalidade?Proceda da mesma
forma com termos como baixinho,
narigudo, beiudo, careca, barrigudo
e outros do gnero.
4 Ñ Deficincias f’sicas. Trate
com dignidade os deficientes f’sicos e
use a palavra tŽcnica, e n‹o termos
populares e ofensivos, para design‡-
los. Assim, por exemplo, estr‡bico e
n‹o vesgo, impotente e n‹o broxa.
Outros termos a evitar: caolho, ma-
neta, perneta, manco, zarolho,etc.
5 Ñ Negro e mulato. Se necess‡-
rio, use a forma negro(e nunca preto,
colored, pessoa de cor, crioulo, pardo,
etc.). Mulatoe mulatas‹o aceit‡veis
quando se justificar a especifica‹o,
na not’cia, da cor da pele da pessoa.
No notici‡rio policial, s— faa refern-
cia a negro quando se tratar de pessoa
procurada: A pol’cia procura dois ho-
mens negros e um branco, acusados
de... Nos demais casos, raramente h‡
necessidade de falar em brancos, ne-
gros ou mulatos. No notici‡rio geral,
a palavra s— tem sentido se a pr—pria
pessoa se referir a ela ou se houver
uma denœncia de discrimina‹o ra-
cial. Por isso, n‹o descreva um joga-
dor, artista ou personalidade como,
por exemplo: Jo‹o da Silva, 32 anos,
negro(a menos que o personagem
proclame a sua negritude). A œnica
exce‹o seria para casos muito inco-
muns (o primeiro presidente negro de
um pa’s, o primeiro cardeal negro,
etc.). O Estadon‹o compactua com
casos de racismo e os denuncia sem-
pre.
6 Ñ Velho. Na maior parte dos
casos, a palavra tem conota‹o pre-
conceituosa. Se necess‡rio, revele a
idade da pessoa que ficar‡ clara essa
condi‹o. E idosoŽ sempre prefer’vel
a velho.
7 Ñ Homossexual. ƒ outro termo
que s— deve aparecer no notici‡rio se
tiver rela‹o com o fato descrito. Por
exemplo: um homossexual foi morto
por alguŽm presumivelmente ligado
a uma quadrilha especializada em as-
sassinar esse tipo de pessoas. Outro
exemplo: um artista assumidamente
homossexual admite que essa condi-
‹o influenciou o seu trabalho. Mais
um: por causa de sua op‹o sexual, al-
guŽm contraiu aids. Ë exce‹o de
casos como esses, n‹o h‡ raz‹o para
men›es a respeito.
8 Ñ Menores. Por fora de lei, me-
nores envolvidos em crimes n‹o po-
der‹o ter os nomes publicados no jor-
nal (identifique-os apenas pelas ini-
ciais), nem suas fotos divulgadas.
Lembre-se, porŽm, de que a inclus‹o
do nome dos pais na not’cia imedia-
tamente revelar‡ quem Ž o menor.
119ƒtica interna ƒtica interna

O C—digo de Menores Ž claro a respei-
to, quando pro’be Òexpressamente a
identifica‹o de menor em not’cia
que se publique a seu respeito em di-
vulga‹o em geral, especialmente na
imprensa escrita e televisada, seja
pelo nome, fotografia, filia‹o e ape-
lidoÓ. O Estadoprocede da mesma
forma com rela‹o a menores v’timas
de atos que lhes possam trazer proble-
mas de car‡ter social ou lhes acarre-
tar discrimina›es (estupro, por
exemplo).
9 Ñ Corre‹o. Toda informa‹o
errada que o Estadopublicar dever‡
ser retificada na edi‹o seguinte, na
mesma se‹o que a divulgou, sob o t’-
tulo Corre‹o, ressalvados os casos
excepcionais, que exijam maior des-
taque. Justificam um reparo, dessa
forma, erros graves de data, nomes er-
rados, fatos atribu’dos a pessoas que
n‹o os praticaram e outros do gnero.
Erros gr‡ficos que dem margem a in-
terpreta‹o dœbia quanto ˆs reais in-
ten›es do jornal devem ser igual-
mente corrigidos. Assim, se por uma
falha se escreve o sujeito fulano de
tal, em vez de o prefeito fulano de tal,
n‹o se deve deixar de, logo em segui-
da, esclarecer ao leitor que houve um
engano no texto da not’cia. Uma cor-
re‹o sum‡ria pode ser, por exemplo:
A not’cia publicada ontem na p‡gi-
na 5 do Estado, sob o t’tulo..., apre-
senta uma incorre‹o. Quem coman-
dava o ent‹o II ExŽrcito em..., ano em
que fulano de tal foi cassado, era o
general X e n‹o o general Y.
10 Ñ Doenas. O jornal deve infor-
mar claramente do que uma pessoa
sofre, foi operada ou morreu. N‹o h‡
sentido em esconder que alguŽm tem
c‰ncer, por exemplo, ou mesmo aids.
Caso n‹o revele essa informa‹o, a
not’cia estar‡ sendo desleal com o lei-
tor e ocultando-lhe um fato que ele
merece conhecer. Apenas, trate a
doena com naturalidade, sem sensa-
cionalismo.
11 Ñ Suic’dios. Se uma pessoa co-
nhecida se suicidou, a not’cia deve re-
vel‡-lo ao leitor, tambŽm para que
este n‹o receba a informa‹o pela me-
tade. Em qualquer relato de morte, o
m’nimo que se quer saber Ž de que
maneira ou em que circunst‰ncias ela
ocorreu: Doena?Acidente?Suic’-
dio?Por mais doloroso que seja o fato,
evite disfar‡-lo.
12 Ñ Raas e nacionalidades.
Nunca recorra a palavras que agridam
raas, nacionalidades ou tendncias
pol’ticas, como carcamano, comuna,
china(por chins), turco (por ‡rabe),
polaco, japa, gringo, galego, portu-
gus ou lusitano (no mau sentido),
pau-de-arara, cabea-chata, baiano
(para qualquer nordestino), judeu (no
mau sentido), judiar, judia‹o, ama-
relo(por oriental), vermelho (por co-
munista), etc.
13 Ñ Qualificativos. Designe a
pessoa sempre pela sua ocupa‹o
principal e n‹o por outra, acess—ria
(ou por um qualificativo), que tenha
por objetivo apenas rebaix‡-la peran-
te o leitor. Se um astr—logo for nomea-
do ministro, ele ser‡ ministro no no-
tici‡rio, e n‹o astr—logo. Idem um sin-
dicalista que se eleja deputado. Ou
um chacareiro que atinja posi‹o po-
l’tica de destaque.
14 Ñ Iniciais. AlŽm do caso dos
menores, iniciais poder‹o tambŽm
ser utilizadas, a critŽrio da Dire‹o da
Reda‹o, para designar autores de de-
nœncias que possam causar-lhes pro-
blemas ou risco de vida e mulheres
adultas v’timas de estupro cuja iden-
tidade o jornal admita preservar.
15 Ñ Desempregado (tŽcnico). Eli-
mine um v’cio do notici‡rio esporti-
vo: o de se referir a todo tŽcnico de fu-
tebol dispensado por um clube como
Òmais um desempregadoÓ. Diga ape-
nas que ele foi demitido ou dispensa-
do. Trata-se de um trabalhador como
outro qualquer e o desempregado, no
caso, d‡ sempre ˆ not’cia um sentido
120ƒtica interna ƒtica interna

pejorativo, que pode perfeitamente
ser evitado.
16 Ñ Vender e comprar (jogador).
Fale sempre em compra e venda do
passe e n‹o do atleta, que Ž um ser hu-
mano e n‹o mercadoria em transa‹o.
Eu. 1 Ñ N‹o pode funcionar como ob-
jeto direto. Por isso, nunca escreva:
Ele mandou ÒeuÓficar (o certo: man-
dou-me ficar). 2 Ñ Verpronomes
retos, item 2, p‡gina 241.
Eufemismo.ƒ o uso de uma palavra
mais branda no lugar de outra. Exem-
plo: dizer que alguŽm Ž esquecido
para n‹o cham‡-lo de omisso. S— deve
ser usado para evitar palavr›es ou ter-
mos que possam chocar o leitor.
Tenha cuidado para n‹o encampar
um tipo de eufemismo de que o go-
verno lana m‹o regularmente a fim
de se promover ou disfarar iniciati-
vas antip‡ticas. Exemplo: as autorida-
des econ™micas usam o eufemismo
realinhamento para substituir o au-
mento de preos que se consideram
desatualizados. Da mesma forma, no
governo Geisel falou-se muito em
aperfeioamento democr‡tico quan-
do n‹o havia uma democracia que
correspondesse plenamente a essa
classifica‹o.
No rod’zio de carros adotado em
S‹o Paulo, a Secretaria do Meio Am-
biente recorreu ˆ palavra ades‹o, de-
liberadamente, para caracterizar o
cumprimento dessa determina‹o
legal. Nem todos os que respeitaram
o rod’zio, porŽm, aderiram a ele (mui-
tos paulistanos deixaram o carro em
casa apenas por temor da multa pre-
vista na lei). TambŽm j‡ se usou a pa-
lavra eutan‡sia para definir a mera re-
tirada de —rg‹os de corpos ainda n‹o
clinicamente mortos em TaubatŽ.
Fique alerta especialmente com rela-
‹o aos termos aperfeioamento, me-
lhoria, recupera‹oe outros que fre-
qŸentemente ocultam inten›es em
vez de exprimir realidades.
Euro... Liga-se com h’fen ao elemento
seguinte na forma‹o de adjetivos p‡-
trios:euro-africano, euro-afro-ameri-
cano, euro-asi‡tico. Nos demais
compostos, n‹o existe h’fen:euroco-
munismo, eurod—lar.
Evacuar. Use o verbo apenas no sentido
fisiol—gico:evacuar sangue. Nos de-
mais, prefira desocupar, esvaziar, re-
tirar de, sair de, deixar livre. E substi-
tua evacua‹o por desocupa‹o, reti-
rada, esvaziamento, sa’da de, etc.: Po-
l’cia esvazia a Paulista./ Governo de-
socupa ‡rea invadida. / Comea a re-
tirada dos flagelados da regi‹o inun-
dada.
Evadir-se. AlguŽm se evadee n‹o eva-
de, apenas: Os detentos evadiram-se.
Prefirafugir, no entanto.
Evento. O termo aplica-se apenas a
acontecimento ou fato importante.
Nos demais casos, use reuni‹o, pro-
mo‹o, realiza‹o, congresso, simp—-
sio, show, concerto, etc., em vez de
evento, genericamente.
Ex... Com o sentido de cessamento ou
estado anterior, Ž sempre seguido de
h’fen:ex-presidente, ex-governador,
ex-prefeito, ex-diretor, ex-aluno, ex-
oficial. N‹o confundir essas com for-
mas comoexpatriar, expropriar, exa-
bund‰ncia,em que o prefixo ex tem
outros significados, ligando-se, ent‹o,
sem h’fen ao elemento seguinte.
Ex (uso). l Ñ Ao designar alguŽm com
o prefixo ex, nomeie o cargo mais alto
que a pessoa ocupou, e n‹o o mais re-
cente. Assim, o ex-presidente Jo‹o de
Almeida(e n‹oo ex-governador Jo‹o
de Almeida ou o ex-prefeito Jo‹o de
Almeida), o ex-ministro F‡bio An-
drade (e n‹oo ex-deputado F‡bio An-
drade), etc. A ordem de import‰ncia
dos cargos, para estabelecer a hierar-
quia, Ž a seguinte: presidente da Re-
pœblica, vice-presidente, ministro,
governador, senador, deputado fede-
ral, deputado estadual, prefeito e ve-
reador. No caso de prefeito e deputa-
do estadual, use o bom senso: o ex-
121Eu Ex (uso)

prefeito de uma capital, por exemplo,
Ž mais importante que um ex-depu-
tado estadual.
2 ÑEx-ministro. AlguŽm Ž ex-mi-
nistro, apenas, ou ministro de um go-
verno passado. Assim, o ex-ministro
M‡rio Henrique Simonsen ou o mi-
nistro da Fazenda no governo Ernes-
to Geisel, M‡rio Henrique Simonsen.
Nunca, porŽm,o ex-ministro da Fa-
zenda do governo Ernesto Geisel,
M‡rio Henrique Simonsen.
3 Ñ S— chame de ex-presidentes,
ex-governadores, etc., os ainda vivos.
Os que j‡ morreram s‹o o presidente
Castelo Branco, o presidente Jusceli-
no Kubitschek, o governador Ade-
mar de Barros,etc.
4 Ñ Ver nos verbetes aposto, p‡gi-
na 39, ecargos (como usar), p‡gina
57, quando o nome de um ocupante
de cargo vai ou n‹o entre v’rgulas.
Exageros.Evite as afirma›es definiti-
vas, categ—ricas, que tentem impor a
todos uma verdade no m’nimo pass’-
vel de discuss›es, ou ultrapassem os
limites do razo‡vel. Como nestes
exemplos: O mundo do espet‡culo
no Brasil se divide, a partir de agora,
em antes e depois de Tina Turner no
Maracan‹. / Antes de Guimar‹es
Rosa, o que havia no Brasil n‹o po-
deria ser chamado de literatura. / Foi
necess‡rio que o deputado Carlos de
Sousa se elegesse para que a C‰mara
readquirisse a dignidade perdida. /
NinguŽm, a n‹o ser Paulo Macedo,
poderia tocar Beethoven de maneira
t‹o sublime. / Este foi o maior presi-
dente que o Brasil Ñ e possivelmen-
te qualquer outro pa’s do mundo Ñ
j‡ teve. / Steve Harris, como todo
mundo sabe, Ž o melhor baixista do
heavy metal. / O tŽcnico, enfurecido,
manifestou sua ira contra o critŽrio
de desempate do torneio.
ÒExatosÓ.Fuja do modismo, atŽ porque
o per’odo Ž que Ž exato, e n‹o o nœ-
mero. Op‹o: Trabalhou exatamente
2 meses e 14 dias no projeto(e n‹o
ÒexatosÓ2 meses e 14 dias). Na maior
parte dos casos, porŽm, nem o exata-
mente Ž necess‡rio.
Exce‹o. l Ñ ÒExcess‹oÓ(com dois ss)
constitui erro grosseiro. 2 Ñ Em por-
tugus, n‹o existe a locu‹oÒexce‹o
feita deÓ, que dever‡ ser substitu’da
por ˆ exce‹o deou com exce‹o de.
3 Ñ Ver em exceto, nesta p‡gina, a
concord‰ncia de ˆ exce‹o de.
Exceder. Prefira a regncia direta: A via-
gem n‹o excedia uma hora (e n‹o a
uma hora). / A receita excedeu em
muito o (e n‹o ao)montante previs-
to.
Exceto. l Ñ O verbo concorda com o pri-
meiro sujeito: O grupo, exceto n—s
dois, partiu de manh‹ cedo. / Nin-
guŽm, exceto eles, quis fazer a matŽ-
ria. / Todos, exceto v—s, ser‹o convi-
dados. Note que houve apenas uma
intercala‹o: Todos ser‹o convida-
dos, exceto v—s. Seguem a mesma
normaafora, fora, menos, salvo, ˆ ex-
ce‹o de, etc. 2 Ñ Para maior clare-
za, mantenha o regime do verbo:Pro-
moveu todos os funcion‡rios, exceto
o mais novo. / Falou de todos, exce-
to do pai. / Danava com todos, ex-
ceto com os desajeitados.Proceda da
mesma forma com menos (Falou de
todos, menos do pai).
Exerc’cio. Use sempre a locu‹o em
exerc’cio para designar um vice ou
outra pessoa que substitua o detentor
de um cargo: O presidente em exerc’-
cio, JosŽ de Almeida, ... / O governa-
dor em exerc’cio, Carlos Sampaio, ...
ExŽrcito de Salva‹o. E n‹o da Salva‹o.
Existir. Concord‰ncia normal: Existem
muitas pessoas ali. / N‹o existiam
mais dœvidas a respeito. / As irregu-
laridades denunciadas sempre ha-
viam existido.
ÒExitarÓ. Erro grosseiro. O certo Ž hesi-
tar.
ÒExitosoÓ. N‹o existe. Use bem-sucedi-
do ou equivalente.
122Exageros ÒExitosoÓ

123
Expedir. Conjuga-se como pedir (ver,
p‡gina 215).
Expelir. Conjuga-se como aderir (ver,
p‡gina 32): expilo, expeles; que eu ex-
pila; expele tu, expeli v—s; etc.
Expiar. Com x no sentido de pagar,
remir(crime, pecado, etc.): expiar o
crime, expiar a falta. Igualmente,
bodeexpiat—rio.
Expirar. 1 Ñ Com x equivale a expelir
o ar dos pulm›es, morrer, terminar e
definhar, entre outros significados:
Inspirar e expirar./ Murmurou pala-
vras incompreens’veis e expirou em
seguida. / O prazo expira hoje. Repa-
re: expira e n‹o expira-se. 2 Ñ Com
s corresponde a estar vivo, soprar,
exalar e respirar (Ž pouco usado, no
entanto).
Explica‹o.1 Ñ Todo termo que o lei-
tor n‹o conhea ou lhe possa causar
estranheza ou dœvidas deve ser ime-
diatamente explicado entre parnte-
ses, em qualquer ‡rea do notici‡rio
(medicina, economia, geral, pol’tica,
esportes, direito, etc.). Lembre-se de
que ninguŽm Ž obrigado a conhecer
palavras espec’ficas desses setores ou
de outros.
Veja como proceder: O Brasil con-
seguiu a redu‹o do spread (taxa de
risco) cobrado pelos bancos estran-
geiros. / A neurofibromatose (doena
que aleija, desfigura e mata suas v’-
timas) Ž a meta priorit‡ria... / A ci-
rurgia foi adiada por causa de uma
arritmia card’aca (batimento irregu-
lar do cora‹o). / O senador previu
um quadro de estagfla‹o (estagna-
‹o com infla‹o) no Pa’s ainda este
ano. / Os trabalhadores com leuco-
penia (diminui‹o do nœmero dos
gl—bulos brancos do sangue) n‹o
podem exercer suas fun›es em am-
biente polu’do. / As pessoas tendem
a herdar baixos ’ndices de metabolis-
mo Ñ o processo pelo qual o corpo
transforma os alimentos em energia
Ñ e esta Ž a causa do aumento inco-
mum de peso.
Outros termos ou express›es que
justificar‹o explica‹o sempre:mio-
c‡rdio, cautelar, servio da d’vida,
libor, prime rate, drogas anabolizan-
tes, leuc—citos, teodolito, ergonomia,
etc. Pense ainda: por mais que o lei-
tor de futebol oua falar sempre em
mœsculo adutor, panturrilha, contra-
tura muscular, tend‹o de Aquiles,
traumatismo cranianoou mesmo a
prosaica distens‹o, saber‡ ele exata-
mente o que cada um significa?
2 Ñ A explica‹o n‹o deve limitar-
se a palavras ou express›es estranhas
ao leitor, mas pode fornecer-lhe, na
maioria dos casos, informa›es adi-
cionais. Nas not’cias sobre pessoas,
por exemplo, identifique o persona-
gem com indica›es como: O empre-
s‡rio Jo‹o de Almeida (Grupo Acme),
a marchande Maria de Sousa (Gale-
ria Estrela), a socialite Regina Mar-
tins, a modelo Francisca Barbosa, a
escritora Joana Carvalho(e n‹o ape-
nas Regina Martins, Francisca Barbo-
sa, Joana Carvalho), etc.
3 Ñ A menos que se trate de casos
de absoluto dom’nio pœblico, as alu-
s›es ou cita›es, mesmo de forma ve-
lada, devem transmitir ao leitor uma
idŽia daquilo a que a not’cia se est‡
referindo. Apesar de toda a divulga-
‹o, a maioria dos leitores sabe exata-
mente quem constitu’a o grupo do
poire?Quando voc escreve que h‡
algo de novo no ar alŽm dos avi›es
de carreira, todos se lembrar‹o de que
se trata de uma frase do Bar‹o de Ita-
rarŽ?O leitor identificar‡ de imedia-
to uma alus‹o ˆ turma de S‹o JosŽ do
Pericum‹com as pessoas que cerca-
vam JosŽ Sarney?Ou a men‹o de que
alguŽm ser‡ famoso durante 15 mi-
nutos no ano 2000recordar‡ o autor
da frase, Andy Warhol?Da mesma
forma as referncias a pr‡ticas da cul-
tura alternativa, como o zen, o I
Ching, a macrobi—tica, a astrologia,
cair‹o no vazio se o leitor n‹o estiver
afeito a esses assuntos.
Expedir Explica‹o

Por isso, procure n‹o fazer refern-
cias isoladas no texto sem comple-
ment‡-las com indica›es que permi-
tam sua melhor identifica‹o. Voc
evitar‡ que, no fim, elas se tornem
frases de efeito em circuito fechado.
Como, por exemplo, no texto abaixo:
O mais obstinado dos defensores da
ado‹o da pena de morte no Brasil, o
deputado Y, repetiu os seus j‡ conhe-
cidos argumentos sobre a efic‡cia do
fator intimida‹o. Quantos leitores
do jornal saber‹o quais s‹o os seus j‡
conhecidos argumentos?
Explodir. l Ñ S— tem as formas em que
ao d se segue e ou i: explode, explo-
dia, explodir‡, etc. Assim, n‹o exis-
tem ÒexplodoÓ, ÒexpludoÓ, ÒexplodaÓ,
ÒexpludaÓ, etc. 2 Ñ ƒ intransitivo no
sentido de rebentar, estourar: A
bomba explodiu no edif’cio. Evite es-
crever: Os terroristas explodiram o
avi‹o, o prŽdio, o carro,etc. Neste
caso, use, corretamente, fizeram ex-
plodir.
ÒExpor queÓ. Exp›e-sealgo, mas n‹o se
exp›e que.
Exportar para. E n‹o a: O Brasil expor-
ta frango para o Iraque.
Express›es de tempo.
l Ñ Uso da preposi‹o
a)Com os dias da semana e as pa-
lavras este e dia, Ž facultativo o uso
da preposi‹o: X chega (no)domin-
go. / A exposi‹o abre-se (na)sexta-
feira. / O acordo ser‡ firmado ainda
(n)este ms. / O presidente volta ao
Brasil (no)dia 30. Na maior parte dos
casos, a omiss‹o da preposi‹o torna
a frase mais direta, mais incisiva.
b)Com semana, ms e ano, porŽm,
prefira a forma com preposi‹o, mais
euf™nica:X regressa na semana que
vem, no ms que vem, no ano que
vem(e n‹osemana que vem, ms
que vem, ano que vem). / Y chegou
na semana passada, no ms passado,
no ano passado(em vez de semana
passada, ms passado, ano passa-
do). / Z vir‡ na semana vindoura, no
ms vindouro, no ano vindouro, na
pr—xima semana, no pr—ximo ms,
no pr—ximo ano (em vez de semana
vindoura, ano pr—ximo, etc.).
2 ÑDias da semana
a)Use no texto, de preferncia, a
forma completa: segunda-feira, quar-
ta-feira. Nos t’tulos, se necess‡rio, re-
corra ˆ abreviada: segunda, quarta.
No plural, variam os dois elementos:
segundas-feiras, teras-feiras, quar-
tas-feiras, quintas-feiras, sextas-fei-
ras.
b)Nas enumera›es, a forma redu-
zida Ž melhor que a completa por evi-
tar a repeti‹o de feira, que deve cons-
tar (podendo, porŽm, dispensar-se)
apenas do œltimo termo:Na noite de
segunda para tera-feira... / As ses-
s›es realizam-se ˆs segundas, quar-
tas e sextas-feiras. / O congresso ir‡
de tera a quinta-feira. / Haver‡ um
sorteio na tera e outro na quinta-
feira.
c)Como recurso, e apenas nos t’-
tulos, poder‹o ser usados nœmeros,
mantendo-se o h’fen, no entanto: A
atriz chega 2»-feira. / O Congresso
reabre-se 5»-feira.Mesmo em nœme-
ros, admite-se a forma reduzida:A
atriz chega 2» / O Congresso reabre-
se na 5». Evite, porŽm, a redu‹o 3»-
feiraou 3», porque a rigor o que est‡
escrito Ž terceira-feiraou terceira, e
n‹o tera-feiraou tera.
d)Use sempre o dia da semana, e
n‹o o do ms, se o fato estiver previs-
to para os sete dias seguintes. Assim,
se a edi‹o for a do dia 2, e houver
uma reuni‹o marcada para o dia 7, re-
fira-se ˆ tera ou quinta, e n‹o ao dia
7.
e)O dia seguinteŽ sempre ama-
nh‹, e nunca s‡bado (se a edi‹o for a
de sexta)ou quarta-feira (se a edi‹o
for a de tera). A œnica exce‹o per-
mitida (e recomendada)Ž usar nesta
segunda-feirana edi‹o de domingo.
A raz‹o: o jornal de domingo comea
a circular no s‡bado ˆ tarde e a indi-
124Explodir Express›es de tempo

ca‹o segunda-feiraeliminar‡ quais-
quer dœvidas.
f)N‹o use as formasna pr—xima
quinta-feira, na sexta-feira vindoura,
no s‡bado que vem, no domingo pas-
sado, na tera-feira œltima, na œlti-
ma quarta-feira.Se voc anunciar al-
guma coisa para quinta-feira, por
exemplo, ficar‡ claro que Ž a pr—xima.
E, se voc escrever que algo se reali-
zou s‡bado, ter‡ sido sempre no s‡ba-
do passado. Por isso, escreva apenas:
A exposi‹o comea quinta-feira. / O
torneio encerrou-se domingo. Em ne-
nhuma hip—tese use as variantespr—-
ximo futuro oupr—ximo passado.
3 ÑDias do ms
a)N‹o use o nome do ms se a data
a que voc se refere estiver compreen-
dida nos 30 dias seguintes. Supondo-
se a edi‹o de 20 de setembro, not’-
cias sobre o dia 30 de setembro ou 16
de outubro sairiam desta forma:O es-
t‡dio reabre-se (no)dia 30. / Feira de
inform‡tica comea (no)dia 16 (e
n‹odia 16 de outubro).
b)Se a data superar os 30 dias se-
guintes, torna-se obrigat—rio citar o
nome do ms: O est‡dio reabre-se em
30 de outubro (oudia 30 de outu-
bro)./ Feira de inform‡tica comea
em 5 de novembro (ou dia 5 de no-
vembro).
c)Conserve sempre a palavra dia
em exemplos como os seguintes: O
est‡dio reabre-se dia 30 (e n‹o a 30)./
Prazo para pagar IPTU vai atŽ dia 16
(e n‹ovai atŽ 16). / Aumento amea-
a quem n‹o pagar IR atŽ dia 28 (e
n‹oatŽ 28).
d)O dia 1¼ dever‡ ser escrito sem-
pre desta forma, em ordinal: Traba-
lhadores decretam greve para o dia 1¼
(e n‹opara o dia 1)./ O governo fixa
a data do recenseamento: 1¼ de feve-
reiro.
e)O dia referido Ž sempre o pr—xi-
mo, o vindouro, o passadoou o œlti-
mo. Por isso, dispense essas indica-
›es: O est‡dio reabre-se dia 30 (e
n‹ono pr—ximo dia 30)./ Pesquisa
vai atŽ o dia 15(e n‹oatŽ o dia 15
vindouro)./ O torneio comeou dia
16 (e n‹ono œltimo dia 16)./ A atriz
chegou dia 5(e n‹odia 5 passado).
f)Escreva os dias do msem alga-
rismos, e n‹o por extenso:1¼ de agos-
to(e n‹o primeiro de agosto),16 de
novembro(e nunca dezesseis de no-
vembro),dia 1¼,etc. A œnica exce‹o
admitida s‹o as datas hist—ricas, e
assim mesmo quando se quiser dar
realce a elas: o Sete de Setembro, o
Nove de Julho.
g)Use esta forma, tanto no notici‡-
rio como nos t’tulos:12 de agosto de
1987, 10 de setembro de 1947, 4 de
maro.Apenas em casos especiais
(tabelas, enumera›es, quadros, etc.)
recorra ˆ nota‹o abreviada: 3/9/54,
8/11/1987. Nunca, porŽm, adote no
notici‡rio formas como:A festa co-
mea em 4/8. / O presidente dos EUA
visitar‡ o Brasil em 9/2/98.
h)Em nenhuma hip—tese use o d’-
gito 0 antes do nœmero referente a dia
ou ms:Dia 5 de novembro (e nunca
dia 05 de novembro). / 8/4/95 (e
nunca08/04/95).
4 Ñ Meses
a)N‹o use a palavra ms antes do
nome do pr—prio ms: X volta ao Bra-
sil em dezembro (e n‹ono ms de de-
zembro). / A volta de X est‡ prevista
para dezembro (e n‹opara o ms de
dezembro).
b)Pr—ximo e passado podem ser
usados livremente para designar o
ms, assim como a express‹o que
vem: X volta ao Brasil no pr—ximo
ms (no ms que vem)./ Y viajou
para a Europa no ms passado.
5 Ñ Anos
a)Da mesma forma, use apenas o
nœmero designativo do ano, sem a pa-
lavra anoantes dele: X volta ao Bra-
sil em 1997 (e n‹ono ano de 1997)./
A volta de X est‡ prevista para 1997
(e n‹opara o ano de 1997). Exce‹o:
ano 2000, anos 30, anos 80.
125Express›es de tempo Express›es de tempo

b)Pr—ximo e passado podem tam-
bŽm ser livremente empregados para
designar o ano, assim como a expres-
s‹o que vem: X volta ao Brasil no pr—-
ximo ano (no ano que vem). / Y via-
jou para a Europa no ano passado.
c)O nœmero referente ao ano n‹o
tem ponto: 1996, 1957, 2000(e nunca
1.996, 1.957, 2.000).
Exprimido, expresso. Use exprimido
com ter e haver e expresso, com ser e
estar:Tinha (havia)exprimido, foi
(estava)expresso.
ÒExpropriarÓ. S— em cita›es (entre
aspas)pode ser usado como sin™nimo
de roubar.
Expulsado, expulso. Use expulsado
com ter e haver e expulso, com ser e
estar: A pol’cia tinha expulsado os
manifestantes. / Os manifestantes
foram expulsos da sala.
Exterior. Inicial minœscula: O prefeito
viaja de novo para o exterior. / O Bra-
sil vende mais carros para o exterior.
Extinguir.l Ñ Use extinguido com os
auxiliares ter e haver: Os bombeiros
tinham (haviam)extinguido as cha-
mas.E extinto, com ser, estar ou ficar:
As chamas foram (estavam, ficaram)
extintas. 2 Ñ Conjuga-se como dis-
tinguir (ver, p‡gina 98). 3 Ñ Repare:
a palavra n‹o tem trema.
Extorquir.1 Ñ Alguma coisa Ž extor-
quida e n‹o alguŽm: Extorquiu di-
nheiro do amigo (e n‹o Òextorquiu o
amigoÓ. 2 Ñ Conjuga‹o. S— tem as
formas em que ao qu se segue e ou i:
extorque, extorquir‡, etc.
Extra.Admite o plural e n‹o se liga com
h’fen ˆ palavra anterior: horas extras,
servios extras, edi›es extras. Fle-
xiona-se tambŽm como substantivo:
os extras (figurantes)da novela.
Extra...l Ñ H’fen antes de vogal, h, re
s: extra-alcance, extra-escolar, extra-
oficial, extra-uterino, extra-hospita-
lar, extra-regulamentar, extra-senso-
rial. Exce‹o j‡ consagrada pelo uso:
extraordin‡rio. Nos demais casos: ex-
traconjugal, extrajudicial, extratro-
pical.2 Ñ Quando se liga a um adje-
tivo, forma outro adjetivo, vari‡vel:
artigos extrafinos, seres extraterre-
nos.3 Ñ Se o elemento com que extra
se combina Ž substantivo, o adjetivo
resultante n‹o varia:fatores extra-
campo, passeios extraprograma.
Extrapolar.O verbo, a rigor, s— existe no
sentido matem‡tico. Por isso, nos de-
mais casos, adote exceder, ultrapas-
sar, exorbitar, ir alŽm de (e n‹o, por
exemplo: Ele ÒextrapolouÓda sua
competncia. / A pol’cia Òextrapo-
louÓao proibir aquelas manifesta-
›es... / Desta vez a figurinista Òex-
trapolouÓ/ Os modelos Òextrapola-
ramÓos limites do bom senso).
Extrema-direita, extrema direita. Com
h’fen, designa o jogador ou a posi‹o
no futebol. Sem h’fen, Ž a tendncia
pol’tica. Da mesma forma, extrema-
esquerda e extrema esquerda.
ÒExultar de alegriaÓ. Redund‰ncia. S—
se exulta de alegria.
Faa-o entrar. E nunca Òfaa ele entrarÓ,
Òfaa ele dizerÓ, etc.
ÒFace aÓ. Use em face de ou ante no
lugar de face a, locu‹o inexistente
em portugus:Em face da (ouante a)
confus‹o reinante no pres’dio, a dire-
‹o cancelou as visitas.
Fais‹o. Flex›es: faisoa (prefira), fais‹,
fais›es (prefira)e fais‹es.
Falar. l Ñ Como sin™nimo de afirmar,
declarar, enunciar, deve-se usar dizer:
O presidente disse (e n‹ofalou)que
o Pa’s est‡ no rumo certo. / N‹o diga
(e n‹ofale)nada a ele. / Que voc
disse (e n‹ofalou)a ele?/ Eu n‹o
disse isso (e n‹ofalei). / Venha logo,
disse o pai ao filho. / O bbado dizia
palavras sem nexo. / Um sorriso diz
126Exprimido, expresso Falar

muito. / Ele tinha dito (e n‹ofalado)
que o incndio fora proposital.
2 Ñ Falar aparece, mais adequada-
mente, em frases como:Fale a lingua-
gem do povo. / Ele fala v‡rias l’n-
guas. / N‹o fale nesses assuntos. / Ele
falou em ficar. / N‹o fale com o mo-
torista. / N‹o me fale nisso. / Esse
pensamento fala ˆ raz‹o. / O deputa-
do quer falar com o governador. / Ele
fala muito, mas n‹o diz nada. / Se
voc falar com ela, diga-lhe que n‹o
demore.Repare que, em nenhum des-
tes casos,falarequivale a afirmar, de-
clarar ou enunciar.
3 Ñ Regra pr‡tica. Com que, use
sempre dizer, e nunca falar:Ele disse
que (e n‹o falou que)o incndio
havia sido criminoso. / Os pais do se-
qŸestrador disseram que(em vez de
falaram que)ninguŽm os afastaria
dali.
ÒFalecerÓ. No notici‡rio, use morrer.
Falncia. Use apenas para empresas.
Para pessoas (f’sicas), empregue in-
solvncia.
Falir.1 Ñ Conjuga‹o. S— tem as for-
mas em que aolse segue o i. Pres.
ind.: Falimos, falis (n‹o existem as
outras pessoas). Pres. subj.: N‹o tem.
Imper. afirm.: Fali v—s (œnica pessoa).
Os demais tempos s‹o regulares
(falia, faliu, falira, falira, faliria, falis-
se, etc.). Substitua os tempos inexis-
tentes por:abre falncia, que venha
a falir,etc. 2 Ñ No sentido de quebrar
financeiramente, o verbo rejeita com-
plemento. Por isso, ninguŽm pode
Òfalir uma empresaÓ, mas fazer uma
empresa falir.
Faltar. Ao contr‡rio de outros verbos
que indicam tempo, faltar deve ir
para o plural tanto quando indica
tempo como nos demais significados:
Faltam duas horas para o in’cio da
sess‹o. / Faltam dois anos para o em-
pregado se aposentar. / Faltam 5 mi-
nutos para as 8 horas. / Faltam cores
ao quadro. / Faltam vagas. / N‹o lhe
faltaram oportunidades na vida.
Faltar mais infinitivo. Faltarn‹o varia
quando est‡ ligado a um infinitivo:
S‹o trabalhos que ainda me falta
fazer. / Falta mandar nove volumes
ainda. / Ali estavam os contratos que
faltava assinar.
Famigerado.Significa famoso, cŽlebre, e
n‹o bandido, celerado. Por isso, Ž pa-
lavra a evitar. Em alguns casos, pode
ser substitu’do por indigitado.
Familiares. Prefira parentes, mais
usual.
Fantasma. Use como adjetivo e sem
aspas quando vier depois de um subs-
tantivo: empresa fantasma, funcio-
n‡rios fantasmas, O Navio Fantas-
ma.
Favorecer.Favorece-se alguŽm ou algu-
ma coisa: Gostava de favorecer os (e
n‹oÒaosÓ)amigos. / O retrato favo-
receu-a. / O ‡rbitro favoreceu o time
da casa.
Fax.N‹o flexione: um fax, cinco fax.
Faz cinco meses, faz dias bonitos. 1Ñ
Em ora›es desse tipo, com idŽia de
tempo ou fen™menos da natureza,
fazer Ž impessoal, isto Ž, n‹o tem su-
jeito. O verbo, portanto, fica no sin-
gular: Faz cinco meses que cheguei
aqui. / Faz duas horas que ele saiu. /
Fez dez anos ontem que o prefeito
morreu. / Em setembro faz dias
muito bonitos. 2 Ñ A regra mantŽm-
se no caso de haver um auxiliar: Vai
fazer seis meses que o presidente as-
sumiu o governo. / Deve fazer mui-
tas semanas de sol este ano. 3 Ñ Se
a frase tiver sujeito, obviamente este
concordar‡ com o verbo, mesmo que
esteja clara a no‹o de tempo: Eles fi-
zeram dez anos de casados.
Fazenda. Inicial maiœscula: Fazenda
Santa Elisa.
Fazer.Conjuga‹o.Pres. ind.: Fao,
fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem.
Pret. perf. ind.: Fiz, fizeste, fez, fize-
mos, fizestes, fizeram.M.-q.-perf.
ind.: Fizera, fizeras, fizera, fizŽramos,
fizŽreis, fizeram. Fut. pres.: Farei,
127ÒFalecerÓ Fazer

far‡s, far‡, faremos, fareis, far‹o.Fut.
pret.: Faria, farias, faria, far’amos, fa-
r’eis, fariam. Pres. subj.: Faa, faas,
faa, faamos, faais, faam. Imp.
subj.: Fizesse, fizesses, fizesse, fizŽs-
semos, fizŽsseis, fizessem. Fut. subj.:
Fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes,
fizerem. Imper. afirm.: Faze, faa, fa-
amos, fazei, faam. Part.: Feito. Os
demais tempos s‹o regulares.
Fazer (derivados).Aten‹o para alguns
tempos: satisfar‡, satisfar‹o; satisfa-
ria, satisfariam; satisfaa, satisfaam;
se ele satisfizesse, satisfizessem; se
ele satisfizer, satisfizerem. Da mesma
forma: afazer, desfazer, liquefazer,
perfazer, rarefazer, refazer (perfez,
perfariam; refizeram, refar‹o).
Fazer as vezes de.Sem crase.
Fazer com que, fazer que.l Ñ No senti-
do de fingir, s— se pode usarfazer que:
Fez que n‹o ouviu a advertncia. /
Fez que n‹o viu o amigo. 2 Ñ Como
esforar-se ou empenhar-se por, cau-
sar, obrigar a, existem as duas formas,
fazer com queefazer que. Prefira, no
entanto, fazer que: Fez que lhe auto-
rizassem a sa’da. / O trabalho do ad-
vogado fez que o rŽu fosse absolvido.
/ Seu empenho faz que lhe reconhe-
am a capacidade.
ÒFazer erroÓ, Òfazer faltaÓ. Em bom por-
tugus, fazern‹o substitui cometer
ou praticar. Use, pois: cometer erros,
praticar faltas, cometer equ’vocos,
distra›es, enganos,etc.
Fazer mais infinitivo.1 Ñ N‹o flexione
o infinitivo: Press‹o sindical faz po-
l’ticos recuar (e n‹o recuarem). / O
jogo fez os pais se atrasar. 2 Ñ Ver in-
finitivo, p‡gina 145.
ÒFazer mortesÓ.Para mortes, use causar
e provocar, nunca fazer: Avi‹o cai e
causa 15 mortes (e n‹o ÒfazÓ15 mor-
tes oumortos). / Dia violento provo-
ca dez mortes no Rio (e n‹oÒfazÓdez
mortos). Da mesma forma n‹o em-
pregue fazer para feridos:Temporal
ÒfazÓdez feridos. O certo:Temporal
fere dez pessoas. / Temporal causa fe-
rimentos em dez pessoas.
ÒFazer a sua estrŽiaÓ.Use estrear, mais
direto.
Fechamento.Cada editoria tem um ho-
r‡rio de fechamento (deadline)Ñ fi-
xado pela Dire‹o da Reda‹o Ñ que
deve ser rigorosamente obedecido
para evitar que, numa rea‹o em ca-
deia, o jornal termine chegando ˆs
bancas ou aos assinantes com atraso.
Mesmo em dias de coberturas ex-
traordin‡rias ou de fatos de œltima
hora, faa o poss’vel para manter-se
no deadline estabelecido. Em casos
como esses, todos sabem Ñ o leitor
inclusive Ñ que o jornal est‡ ofere-
cendo a melhor cobertura poss’vel, e
n‹o a ideal. E lembre-se: voc sempre
tem o recurso do 2¼ clich para enri-
quecer ou complementar o notici‡rio
e consertar eventuais falhas de texto
ou edi‹o.
Federa‹o. Inicial maiœscula quando
designa o conjunto dos Estados: A
crise estadual ameaa a unidade da
Federa‹o.
Feio. Ver em Ž preciso, p‡gina 111, a
concord‰ncia de Ž feio.
Fe’ssimo. Um i s—.
Feito de. Um material Ž feito dee nunca
Òfeito emÓ. Assim: est‡tuas feitas de
madeira, pea feita de fibra de carbo-
no, etc.
Fel‡. Feminino: fela’na.
Felizmente. N‹o use nas not’cias e re-
portagens em frases como:Felizmen-
te n‹o houve mortos no acidente. /
Felizmente o Brasil comea a conter
a infla‹o. O texto deve ser objetivo
e felizmente expressa uma opini‹o.
Fmea. Vermacho, fmea, p‡gina 166.
Feminino. Este manual registra, nos
respectivos verbetes, alguns femini-
nos irregulares e outros que possam
causar dœvidas, como anci‹o, anci‹;
di‡cono, diaconisa; sult‹o, sultana,
etc. Para evitar erros, nunca deixe de
consult‡-los.
128Fazer (derivados) Feminino

Feminino (cargos). Ver cargos (como
usar), p‡gina 57.
Fen™meno.Liga-se com h’fen a outro
substantivo: pianista-fen™meno, ani-
mais-fen™meno.
FŽretro.ƒ o caix‹o mortu‡rio e n‹o o fu-
neral. Dessa forma, n‹o diga que o fŽ-
retro foi muito concorrido ou queal-
guŽm compareceu ao fŽretro. Acom-
panha-se um fŽretro, um fŽretro sai de
algum lugar para outro, etc.
FŽria, fŽrias. 1 Ñ FŽria designa o dinhei-
ro arrecadado em um per’odo de
tempo: Sua fŽria di‡ria aumentava
muito no ver‹o. 2 Ñ Use fŽrias, sem-
pre no plural, para indicar os dias de
descanso legal: Tirava fŽrias sempre
no ver‹o. 3 Ñ Existem as duas for-
mas, em fŽrias e de fŽrias. No Estado,
prefira a primeira: O colunista X est‡
em fŽrias.
Ferir.Conjuga‹o. Pres. ind.: Firo,
feres, fere, ferimos, feris, ferem. Pres.
subj.: Fira, firas, fira, firamos, firais,
firam.Imper. afirm.: Fere, fira, fira-
mos, feri, firam.
ÒFerros retorcidosÓ. Lugar-comum. N‹o
use.
FGTS.Aten‹o: Fundo de Garantia do
(e n‹o por)Tempo de Servio.
Fiado.Pode ser advŽrbio ou adjetivo.
Como advŽrbio, a palavra permanece
invari‡vel:Comprei a casa fiado. /
Vendeu os carros fiado. Como adjeti-
vo, faz a concord‰ncia normal: Os ar-
tigos foram fiados pelo vendedor. /
Isto Ž conversa fiada.
Fiel. Superlativo: fidel’ssimo.
Figadal. E nunca ÒfidagalÓ(vem de f’ga-
do).
Figur‹o. Flex›es: figurona e figur›es.
FiladŽlfia. EmFiladŽlfia e n‹o na Fila-
dŽlfia.
Filantropo. E n‹o Òfil‰ntropoÓ.
Filipe. E n‹o Felipe, a menos que a pes-
soa se assine dessa forma.
Filo...Liga-se sem h’fen ˆ palavra ou
elemento de composi‹o seguinte,
duplicando-se or e o s que iniciem s’-
labas: filocomunista, filosofia, filo-
tŽcnico, filorretina, filossoviŽtico.
Fim, final. 1 Ñ Fim Ž a palavra correta
para indicar o tŽrmino ou a conclus‹o
de alguma coisa: no fim da semana,
no fim do ms, no fim do ano, no fim
do sŽculo, atŽ o fim de 1988, atŽ o fim
do trabalho, atŽ o fim dos dias, no
fim do jogo.Repare que existem atŽ
frases feitas formadas por fim: fim de
semana, fim de ano, fim de sŽculo,
fim de tarde, fim de noite, etc. 2 Ñ
Finaldeve ser empregada apenas em
duas condi›es: a)Para definir a parte
final de alguma coisa ou uma decis‹o
de campeonato: O final da —pera Ž
muito bonito. / A platŽia chorou no
final do filme. / A final do campeo-
nato ser‡ disputada domingo. b)
Como adjetivo: Esta Ž a palavra final
sobre o caso.
Fim de semana.Sem h’fen.
Finalmente. Tem plural quando subs-
tantivado: Queriam chegar aos final-
mentes.
Finlands. Prefixo nos adjetivos p‡trios:
fino(fino-russo, fino-hœngaro).
Fiorde. Aportuguesamento de fjord.
ÒFirenzeÓ. Escreva Florena.
Fisco.Inicial maiœscula: Deve muito
dinheiro ao Fisco.
ÒFisicultorÓ. O Estados— usa preparador
f’sico.
Fisio... Liga-se sem h’fen ˆ palavra ou
elemento de composi‹o seguinte:fi-
sioecon™mico, fisiogenia, fisiotera-
pia.
Flagra, flagrar. Formas populares, acei-
t‡veis apenas na linguagem coloquial
ou em declara›es.
Flagrante, fragrante. 1 Ñ Flagrantesig-
nifica tanto evidente, patente, como
o ato de ser surpreendido em alguma
situa‹o: Flagrante delito, injustia
flagrante. / Flagrante de adultŽrio,
apanhado em flagrante.2 Ñ Fra-
grante Ž perfumado: Ar fragrante, flo-
res fragrantes. 3 Ñ Substantivos cor-
129Feminino (cargos) Flagrante, fragrante

respondentes: flagr‰ncia (desusado)e
fragr‰ncia.
Flash. Plural: flashes.
Flecha.Com ch. Flexa, s— em alguns
nomes pr—prios.
Fleuma, fleum‡tico. Desta forma.
Fluido, fluir, fruir. a)Fluido (œi). Pode
ser substantivo: A ‡gua e os gases s‹o
fluidos. / Fluido material, fluido
ideal, fluido vital, fluido para freios.
Ou adjetivo, com o sentido de pouco
espesso, corrente, l’mpido, frouxo:
—leo fluido, estilo fluido, idŽias flui-
das. b)Flu’do. Partic’pio de fluir: O
tempo havia flu’do rapidamente. c)
Fluir. Equivale a proceder, correr,
manar: A ‡gua flu’a da fonte. / O
tr‰nsito flui facilmente nos feria-
dos. / Todas as coisas fluem de Deus.
d)Fruir. Significa aproveitar, desfru-
tar, possuir: Fru’a todos os favores
poss’veis. / Ainda bem que fru’am
dos bens que adquiriam.e)Fru’do.
Partic’pio de fruir: Tinha fru’do todas
as vantagens do cargo.
Fluminense. Ver carioca, p‡gina 58.
Fluxo regular.1 Ñ Nunca retenha ma-
tŽrias com voc desnecessariamente.
Depois que a p‡gina estiver diagrama-
da, os textos dever‹o ser titulados e
enviados um a um para composi‹o,
e n‹o todos de uma vez, apenas quan-
do o œltimo deles for considerado li-
berado. Lembre-se: o acœmulo de ori-
ginais nas horas de pico atrasa consi-
deravelmente o fechamento do jor-
nal.
2 Ñ Textos muito extensos Ñ
como ’ntegras, entrevistas, listas de
aprovados no vestibular, relat—rios e
outros Ñ dever‹o ser preparados o
mais cedo poss’vel, mesmo que a p‡-
gina ainda n‹o esteja diagramada.
Essa providncia facilita o trabalho de
fechamento e permite o ganho de mi-
nutos muito importantes na prepara-
‹o da edi‹o do dia.
3 Ñ Da mesma forma, textos espe-
ciais Ñ como p‡ginas brancas (sem
anœncios), reportagens de domingo,
etc. Ñ dever‹o ser compostos anteci-
padamente para que se evite sobrecar-
ga das edi›es, especialmente da de
domingo, j‡ por si maior que as nor-
mais.
Fobia.Significa medo exagerado: Fobia
das multid›es, fobia de avi‹o. N‹o
tem o sentido de mania, obsess‹o,
neurose, que lhe est‡ sendo atribu’do
cada vez mais, como nesta frase real:
Por que essa fobia de querer home-
nagear o compositor?Da mesma
forma, fobia por modismoscaracteri-
zaavers‹o e n‹oatra‹o por modis-
mos.
Folgaz‹o. Flex›es: folgaz‹ (prefira), fol-
gazona e folgaz›es.
Foli‹o. Flex›es: foliona e foli›es.
Fondue. Palavra feminina: a fondue.
Fone. Indica um nœmero: Fone 2204-
2000. Nunca use, porŽm: Denœncia
leva a ÒfoneÓ(mas telefone)de se-
qŸestrador.
Fora. 1 Ñ Pode ser advŽrbio e como tal
fica invari‡vel:Estavam todos fora
da lista. / Gostava de dormir fora de
casa.2 Ñ Como substantivo, admite
o plural: Levou dois foras sucessi-
vos. / Deu muitos foras na festa.3 Ñ
Emprega-se tambŽm como sin™nimo
de afora:Fora os amigos, ninguŽm
mais lhe dava aten‹o. 4 Ñ Concor-
d‰ncia: ver exceto, p‡gina 122.
Fora-da, fora de.S‹o invari‡veis (como
palavras compostas ou locu›es): os
fora-da-lei, indiv’duos fora-da-lei; os
fora de sŽrie, carros fora de sŽrie; es-
tavam fora de si, est‡vamos fora de
n—s.
Fora de si. S— pode ser usado na tercei-
ra pessoa (do singular ou plural):Ele
ficou fora de si. / Eles ficaram fora de
si.Nos demais casos, Ž obrigat—ria a
concord‰ncia:Fiquei fora de mim. /
Ficaste fora de ti. / Ficamos fora de
n—s.
Forar. Antes de infinitivo, exige a: O
frio fora a ficar em casa.
130Flash Forar

Foreign Office. ƒ o MinistŽrio das Rela-
›es Exteriores da Inglaterra.
Forma. 1 Ñ Ver em de maneira que, p‡-
gina 89, como usar a locu‹o de for-
ma que. 2 Ñ Ver emassim como, p‡-
gina 47, a concord‰ncia da locu‹o da
mesma forma que.
Forma pela qual. Prefira forma pela
qual(forma pela qual foi contratado,
p. ex.)a forma como.
Formar-se em. a)Uma pessoa se forma
ou Ž formada em uma disciplina: for-
mado em Direito, formado em Medi-
cina. b)Nunca, porŽm, escreva que
alguŽmse formou Òem mŽdicoÓou Ž
formado Òem advogadoÓ.O que se
pode dizer Ž: Formou-se mŽdico. /
Formou-se engenheiro.
Formas de tratamento. Ver tratamento
(formas), p‡gina 291.
Formicida. Masculino: o formicida.
Foro, f—rum, f—runs. Use foro no senti-
do de jurisdi‹o, ju’zo (foro ’ntimo),
privilŽgio, etc. E f—rum especifica-
mente para designar o tribunal: o
f—rum municipal. Plural, tambŽm
aportuguesado: f—runs.
Forte. Evite o jarg‹o de preparador f’si-
co: ninguŽm Òtreina forteÓ,Òtrabalha
forteÓou faz um Òtrabalho forteÓ.
Fortuito. Sem acento: pronuncia-se for-
tœito.
Foto... 1 Ñ Liga-se sem h’fen ao termo
seguinte: fotoelŽtrico, fotocomposi-
‹o, fotomontagem, fotorreporta-
gem, fotossens’vel. Aten‹o para o
h’fen em foto-legenda. 2 Ñ Se o se-
gundo elemento comear por vogal,
n‹o faa a fus‹o: assim, fotoelŽtricoe
n‹ofotelŽtrico, fotoirradia‹o e n‹o
fotirradia‹o, etc.
Frade. Feminino: freira.
Fragrante. Ver flagrante, p‡gina 129.
Francs. Algumas regras pr‡ticas: 1 Ñ
O Ž indica a termina‹o do masculi-
no e o Že, a do feminino: nŽ (nascido),
nŽe (nascida); AimŽ (homem), AimŽe
(mulher); privŽ (privado), privŽe (pri-
vada). 2 Ñ O Ž designa som fechado
e o , som aberto. Assim, Žlve pro-
nuncia-se lŽve, Molire (MoliŽre),
frre (frŽre), Žcole (c—le), passŽ
(pass), Eugne (EugŽne).
Franco... 1 Ñ Exige h’fen quando se liga
a outro elemento para formar um ad-
jetivo p‡trio:franco-americano, fran-
co-brasileiro, franco-italiano. Nos
demais compostos, n‹o existe h’fen:
franc—filo, francofobia, francomania.
2 Ñ Nas formasfranco-atirador, fran-
co-bordo, franco-maom efranco-
maonaria,franco tem o sentido de
livre e une-se com h’fen ˆ palavra se-
guinte.
Franco-atirador. Plural: franco-atirado-
res.
Frankenstein. E n‹o ÒFranksteinÓ.
Franquear.ƒ o verbo para franquia e
franchising: O parque franqueou a
entrada. / A empresa aumentou sua
rede de franqueados. / O grupo fran-
queou novos interessados.
Fratricida. Desta forma (tri).
Frei. 1 Ñ A palavra s— pode ser usada
como forma de tratamento, antes do
nome do religioso: Conheci frei An-
t™nio ontem. / Frei Bento chegou
atrasado ˆ cerim™nia(sem artigo).
2 Ñ Como frei n‹o pode substituir
frade, escreva corretamente: A Justi-
a condenou os frades(e n‹oÒos
freisÓ)dominicanos. / O frade (e n‹o
Òo freiÓ)dirigia a igreja. / Um dos fra-
des era frei AngŽlico. 3 Ñ Feminino:
s—ror.
FrenŽtico. Virou modismo. Evite.
Frente. 1 Ñ S‹o corretas as locu›es em
frente de, na frente de e em frente a.
Use as duas primeiras, por uma ques-
t‹o de uniformidade: O casal conver-
sava em frente da escola. / N‹o fu-
mava na frente do pai.2 Ñ ÒFrente
aÓ, inexistente em portugus, pode
ser substitu’da por em frente de, dian-
te de, ante, perante, defronte de:O de-
putado apresentou-se bem diante do
(ante o, perante o)advers‡rio. / Esta-
va parado defronte da est‡tua. / O
131Foreign Office Frente

tœnel terminava em frente do obelis-
co. S‹o v‡lidas, no entanto, as formas
fazer frente ae frente a frente. 3 Ñ O
correto Ž para a frente, e n‹o Òpara
frenteÓ. 4 Ñ N‹o h‡ crase em frente a
frente.
Frio.Superlativos: fri’ssimo, frigid’ssi-
mo.
Fronteira.Entre pa’ses Ñ fronteira;
entre Estados Ñ divisa; entre munic’-
pios Ñ limite.
Frustrar(-se). Sempre com tr.
Fugir. Conjuga-se como acudir (ver, p‡-
gina 31): fujo, foges; fugia; fugi; fugi-
ra; fugirei, fugiria; que eu fuja; se eu
fugisse; foge tu, fugi v—s; fugindo, fu-
gido; etc.
Fun‹o. 1Ñ A locu‹o em fun‹o de s—
pode ser usada quando equivale a fi-
nalidade, dependncia: O time joga-
va em fun‹o do advers‡rio. / O po-
l’tico agia em fun‹o dos seus obje-
tivos. / O homem vivia em fun‹o da
fam’lia. 2 Ñ Ela n‹o corresponde,
porŽm, a em virtude de, por causa de,
em conseqŸncia de ou por, casos em
que deve ser substitu’da por uma des-
sas formas: A entrega do navio foi an-
tecipada pela(e n‹o Òem fun‹o daÓ)
rapidez do trabalho do estaleiro. / A
Justia tomou a iniciativa em conse-
qŸncia do(e n‹o Òem fun‹o doÓ)
grande nœmero de processos ˆ espera
de julgamento. / Na dŽcada passada
as montadoras pararam por causa
das(e n‹o Òem fun‹o dasÓ)greves. /
Recebeu a promo‹o graas ˆs (e n‹o
Òem fun‹o dasÓ)suas qualidades.
Funeral. Prefira esta forma a funerais.
Furto, roubo. 1 Ñ Furto e furtar relacio-
nam-se com o ato de alguŽm se apo-
derar de um bem alheio ˆs escondi-
das: furto de carros, livros furtados
da estante.2 Ñ Roubo e roubar pres-
sup›em violncia ou ameaa: Os as-
saltantes roubaram o carro e feriram
o motorista. / O roubo ao banco ocor-
reu na hora de maior movimento.
Fusos hor‡rios do Brasil. O Brasil tem
quatro fusos hor‡rios em rela‹o ˆ
hora de Bras’lia: uma hora a maisÑ
Fernando de Noronha;mesma hora
Ñ Alagoas, Amap‡, Bahia, Cear‡, Es-
p’rito Santo, Goi‡s, Maranh‹o, Minas
Gerais, Par‡ (parte do Estado: BelŽm,
Marab‡, Caraj‡s, Tucuru’, Bragana e
Camet‡), Para’ba, Paran‡, Pernambu-
co, Piau’, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Norte, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, S‹o Paulo, Sergipe e Tocan-
tins;uma hora a menosÑ Amazonas
(parte do Estado: Manaus, Manacapu-
ru, Parintins, Humait‡, MauŽs, Ita-
coatiara, Coari e Urucum), Mato
Grosso, Mato Grosso do Sul, Par‡
(parte do Estado: SantarŽm, îbidos,
Itaituba e Oriximin‡), Rond™nia e Ro-
raima;duas horas a menos Ñ Acre e
Amazonas (parte do Estado: Boca do
Acre e Carauari). Assim, 20 horas de
Bras’lia equivalem a 21 horas de Fer-
nando de Noronha, 20 horas de S‹o
Paulo, 19 horas de Mato Grosso e 18
horas do Acre.
Futebol. Segue-se uma sŽrie de palavras
e express›es do futebol que podem
causar dœvidas quanto ˆ grafia (se tm
ou n‹o h’fen, por exemplo): cabea-
de-‡rea, cabea-de-bagre, cabea-de-
chave, centroavante, centromŽdio,
dois toques (um treino de), dois-to-
ques(um), extrema-direita, extrema-
esquerda, lateral-direita, lateral-di-
reito, lateral-esquerda, lateral-es-
querdo, mŽdio de apoio, mŽdio-vo-
lante, meia-armador, meia-direita,
meia-esquerda, meio-de-campo (e
n‹o Òmeio-campoÓ), oitava-de-final,
ponta-de-lana, ponta-direita, ponta-
esquerda, ponteiro-direito, ponteiro-
esquerdo, quarta-de-final, quarta-
zaga, quarto-zagueiro, semifinal, se-
mifinalista, zaga-central, zagueiro-
central.
Futuro do subjuntivo. Aten‹o para al-
gumas formas que podem causar dœ-
vidas. Derivados de p™r: se ele supu-
ser, dispuser, repuser, compuser, im-
132Frio Futuro do subjuntivo

puser. Derivados de ver: se ele revir,
previr, antevir, entrevir (prover Ž re-
gular: se ele prover). Derivados de vir:
se ele provier, intervier, convier, so-
brevier, advier. Derivados de ter: se
ele mantiver, detiver, contiver, reti-
ver, sustiver, entretiver, obtiver. De-
rivados de dizer: se ele desdisser, con-
disser, predisser, entredisser. Deriva-
dos de fazer: se ele refizer, perfizer,
desfizer, afizer.
Futuro e futuro do pretŽrito com prono-
me.Depois do futuro e do futuro do
pretŽrito (antigo condicional), n‹o se
pode usar o pronome obl’quo. S‹o,
portanto, erradas formas como
Òdarei-lheÓ, Òfar‹o-nosÓ, Òprocurar‡-
seÓ, Òcriaria-seÓ, Òpediriam-teÓ, etc. O
correto, nesses casos, Ž intercalar o
pronome: dar-lhe-ei, far-nos-‹o, pro-
curar-se-‡, criar-se-ia, pedir-te-iam.
Ou, de preferncia, coloc‡-lo antes do
verbo: Eu lhe darei, eles nos far‹o,
algo se criaria, etc.
Gandhi. E n‹o Ghandi.
G‰ngster, gangsterismo. Aportuguesa-
dos. Plural de g‰ngster: g‰ngsteres.
Gangue. Desta forma. Quando poss’vel,
use quadrilha.
Ganhar. O verbo tem sentido positivo.
Por isso, um time n‹o pode ÒganharÓ
mais baixas.Da mesma forma, nin-
guŽm ÒganhaÓumacicatriz no rosto,
um processo, uma puni‹o, uma re-
preens‹o, uma advertncia, uma
multa ou uma descompostura. Pode,
isso sim, receber uma puni‹o, uma
repreens‹o, etc.
ÒGanhar gr‡tisÓ. Redund‰ncia. Equiva-
lente correto: levar ou receber de
graa.
Ganhar por ou de. Para expressar um re-
sultado numŽrico, use ganharpor ou
ganharde:Ganhou o jogo por 2 a 0
oude 2 a 0.
Ganho. Use ganho tanto com ser e estar
quanto com ter e haver: O jogo foi
ganho no primeiro tempo. / O time
havia ganho a oitava partida segui-
da. Ganhado, embora correto, j‡ Ž de
uso raro, mesmo com ter e haver.
Garom. Desta forma. Feminino: garo-
nete.
Garoto-propaganda.Plural: garotos-pro-
paganda.
Gastado, gasto.Prefira gastado com ter
e haver e gasto, com ser e estar: Tinha
(havia)gastado, foi (estava)gasto.J‡
se admite, porŽm, o uso de gasto com
ter e haver: Tinha gasto.
Gastro... Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte:gastrobronquite, gastronefr’-
tico, gastrozo‡rio. Quando o segundo
elemento comea por vogal, mante-
nha o o: gastroenterite, gastrointesti-
nal.
Gay. Faa o plural normalmente:
homem gay, filmes gays, os gays.
Giser. Plural: giseres
Gmeos. 1 Ñ A palavra pode designar
tanto as crianas nascidas no mesmo
parto como cada uma delas: A profes-
sora teve gmeos. / S— um gmeo so-
breviveu.Quando n‹o houver especi-
fica‹o, subentendem-se duas crian-
as. 2 Ñ Nos demais casos: trsÑ tri-
gmeos; quatro Ñ quadrigmeos ou
qu‡druplos; cinco Ñ qu’ntuplos; seis
Ñ sxtuplos; sete Ñ sŽtuplos; oito Ñ
—ctuplos, nove Ñ n™nuplos; dez Ñ
dŽcuplos.
Geminadas. Casas geminadas(e nunca
ÒgerminadasÓ).
Gene. E n‹o ÒgenÓ.
Genial, gnio. Pense bem e seja come-
dido: quantas pessoas realmente me-
recem essas qualifica›es?
Genitor(a). Use pai ou m‹e. Genitor e
genitora, s— em casos muito espe-
ciais.
Gente. 1 Ñ Como forma de tratamento
(a gente), use o termo apenas na lin-
133Futuro e futuro... Gente

guagem coloquial. 2 Ñ Concord‰n-
cia. Verbo na terceira pessoa:Ele
disse que a gente estava proibido
(para homens)de entrar ali. / Ele
disse que a gente estava proibida
(para mulheres)de entrar ali. 3 ÑA
gente = n—s. Nunca escreva a gente
ÒfizemosÓ, a gente ÒfomosÓ.
Gent’licos.Ver naturais de ..., p‡gina
184.
Geo... Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte, dobrando-se o r e o s que ini-
ciem s’laba: geoeconomia, geobot‰-
nica, georrinco, geossinclinal.
George, Georges. GeorgeÑ em ingls
(George Washington); Georges Ñ em
francs(Georges Simenon).
Geral. Na designa‹o de cargos, —rg‹os
e institui›es, liga-se com h’fen ao
substantivo: consultor-geral, gover-
nador-geral, procurador-geral, Pro-
curadoria-Geral, Diretoria-Geral,
AssemblŽia-Geral, etc.
Gerar. a)Use gerar livremente como si-
n™nimo de procriar ou produzir ener-
gia: A moa gerou uma criana pre-
destinada./ A usina vai gerar mais
energia.b)Nos demais casos, no en-
tanto, substitua gerarpor causar, pro-
vocar, criar, produzir e atŽ render:
Tese sobre pobreza gera (cria, causa,
provoca)polmica. / Lanamento de
b™nus deve gerar (render, produzir)2
milh›es de d—lares. / O pr’ncipe diz
que salvar a Amaz™nia gera (cria,
produz)renda e empregos. c)Para
efeito de t’tulos, lembre-se de que
causar tem apenas um sinal a mais
que gerar e criar tem atŽ meio sinal a
menos.
Gerir. Conjuga-se como aderir (ver, p‡-
gina 32): giro, geres; geria; geri; gerira;
gerirei; geriria; que eu gira; se eu ge-
risse; gere tu, geri v—s; etc.
Germano... H’fen na forma‹o de adje-
tivos p‡trios ou de sentido religioso:
germano-catolicismo, germano-lati-
no.Nas demais palavras:germanofi-
lia, germanologia.
Germe. Prefira esta forma, sem n no
final.
ÒGestarÓ. Use gerar:DomŽstica quer
gerar (e n‹oÒgestarÓ)criana para
casal.
ÒGest›esÓ, ÒgestionarÓ.1 Ñ Use gest‹o
ou gest›es apenas como sin™nimo de
administra‹o: a gest‹o passada, as
diversas gest›es da empresa. 2 Ñ
Gest›es n‹o tem o sentido de nego-
cia›es, entendimentos ou conversa-
›es(empregue estes termos)e Òges-
tionarÓ(tambŽm vetado)nem sequer
consta dos dicion‡rios.
Gigante. Flexiona-se normalmente e
qualifica um substantivo sem h’fen:
preguia gigante, ondas gigantes.
G’ria e linguagem coloquial.Evite as
palavras de g’ria. Quando fizerem
parte de uma declara‹o, use-as em
it‡lico. Se forem muito espec’ficas
(jarg‹o policial, por exemplo), colo-
que em seguida, entre parnteses, o
seu significado: ÒPeguei umbagulho
(objeto qualquer), fumei umbaseado
(cigarro de maconha)e depoisman-
dei (roubei)o carro.ÓA linguagem co-
loquial e os termos de g’ria de uso
comum dispensam as aspas, mas
devem ser empregados apenas em
casos especiais, nos textos mais leves,
opinativos ou ir™nicos que realmente
os justifiquem.
Glut‹o. Flex›es: glutona e glut›es.
Goleada. S— considere goleada a vit—ria
de um time que tenha marcado pelo
menos quatro gols em outro.
ÒGoleir‹oÓ. Jarg‹o esportivo. N‹o use.
Golfo.Inicial maiœscula: Golfo PŽrsico.
Gostar. Prefira a regncia indireta,gos-
tar de: Todos gostam de aten‹o. / As
pessoas de quem gostamos. / Esta Ž a
atividade de que ele mais gosta. /
Trouxe tudo de que gostava(e n‹o:
Trouxe tudo o que gostava).
Gourmand, gourmet. GourmandŽ o
que come muito, que Ž guloso; gour-
met indica o apreciador e conhecedor
de pratos finos. 134Gent’licos Gourmand, gourmet

Governadores de S‹o Paulo.Junta Go-
vernativa(Prudente de Morais, Ran-
gel Pestana e coronel Joaquim de
Sousa Mursa), de 16/11/1889 a
14/12/1889); Prudente de Morais, de
14/12/1889 a 18/10/1890; Jorge Tibi-
ri‡, de 18/10/1890 a 7/8/1891; AmŽ-
rico Brasiliense, de 8/3/1891 a
15/12/1891; Cerqueira CŽsar, de
15/12/1891 a 23/8/1892;Bernardino
de Campos , de 23/8/1892 a
15/4/1896; Peixoto Gomide, de
15/4/1896 a 1/5/1896; Campos Sales,
de 1/5/1896 a 31/10/1897; Peixoto
Gomide, de 31/10/1897 a 10/11/1898;
Fernando Prestes de Albuquerque,
de 10/11/1898 a 1/5/1900; Rodrigues
Alves, de 1/5/1900 a 13/2/1902; Do-
mingos de Morais, de 13/2/1902 a
3/7/1902; Bernardino de Campos, de
3/7/1902 a 1/5/1904; Jorge Tibiri‡,
de 1/5/1904 a 1/5/1908; Albuquerque
Lins, de 1/5/1908 a 1/5/1912; Rodri-
gues Alves, de 1/5/1912 a 1/5/1916;
Altino Arantes, de 1/5/1916 a
1/5/1920; Washington Lu’s, de
1/5/1920 a 1/5/1924;Carlos de Cam-
pos, de 1/5/1924 a 27/4/1927; Dino
Bueno, de 27/4/1927 a 14/7/1927;
Jœlio Prestes, de 14/7/1927 a
19/2/1930; Heitor Penteado, de
19/2/1930 a 24/10/1930; general
Hast’nfilo de Moura, de 24/10/1930
a 29/10/1930; JosŽ Maria Whitaker,
de 30/10/1930 a 6/11/1930; Pl’nio
Barreto, de 6/11/1930 a 25/11/1930;
coronel Jo‹o Alberto, de 25/11/1930
a 25/7/1931; Laudo Camargo, de
25/7/1931 a 13/11/1931;general Ma-
nuel Rabelo, de 13/11/1931 a
7/3/1932; Pedro de Toledo(interven-
tor, de 7/3/1932 a 10/7/1932, e gover-
nador aclamado, de 10/7/1932 a
2/10/1932); coronel Herculano de
Carvalho, de 2/10/1932 a 6/10/1932;
general Valdomiro Lima , de
6/10/1932 a 27/7/1933; general Dal-
tro Filho, de 27/7/1933 a 21/8/1933;
Armando de Sales Oliveira(inter-
ventor, de 21/8/1933 a 11/4/1935, e
governador, de 11/4/1935 a
29/12/1936); Henrique Bayma,de
29/12/1936 a 5/1/1937; Cardoso de
Melo Neto, de 5/1/1937 a 25/4/1938;
general Francisco JosŽ da Silva Jœ-
nior, de 25/4/1938 a 27/4/1938; Ade-
mar de Barros, de 27/4/1938 a
4/6/1941; Fernando Costa, de
4/6/1941 a 27/10/1945; Sebasti‹o
Nogueira de Lima, de 27/10/1945 a
3/11/1945; Macedo Soares, de
3/11/1945 a 14/3/1947; Ademar de
Barros, de 14/3/1947 a 31/1/1951;
Lucas Nogueira Garcez, de 31/1/1951
a 31/3/1955; J‰nio Quadros, de
31/3/1955 a 31/3/1959;Carvalho
Pinto, de 31/3/1959 a 31/3/1963;
Ademar de Barros, de 31/3/1963 a
6/6/1966; Laudo Natel,de 6/6/1966 a
31/1/1967;Abreu SodrŽ, de
31/1/1967 a 15/3/1971; Laudo Natel,
de 15/3/1971 a 15/3/1975; Paulo Egy-
dio, de 15/3/1975 a 15/3/1979; Paulo
Maluf, de 15/3/1979 a 14/5/1982; JosŽ
Maria Marin, de 14/5/1982 a
15/3/1983; Franco Montoro, de
15/3/1983 a 15/3/1987; Orestes
QuŽrcia, 15/3/1987 a 15/3/1991; Luiz
Antonio Fleury Filho, 15/3/1991 a
15/3/1995; M‡rio Covas, 15/3/1995.
Governo. Inicial minœscula: o governo
brasileiro, o governo de S‹o Paulo.
Gozar. No sentido de ter, ser dono de, o
verbo exige de: Goza de grande pres-
t’gio, de boa fama (e n‹o Ògoza gran-
de prest’gioÓ, etc.).
Gozo, gozoso.Sempre com z.
Gr‹, gr‹o. Formas reduzidas de grande.
Use gr‹ para combinar com o femini-
no e gr‹o, com o masculino: Gr‹-Bre-
tanha, gr‹-cruz, gr‹-duquesa, gr‹o-
duque, gr‹o-mestre, gr‹o-ducado,
gr‹o-rabino, gr‹o-turco, gr‹o-vizir.
Gr‹-cruz tem o gnero masculino
quando designa o detentor da gr‹-
cruz: um gr‹-cruz.No plural, nem
gr‹nem gr‹ovariam:as gr‹-cruzes,
as gr‹-duquesas, os gr‹o-duques, os
gr‹o-vizires.
135Governadores de S‹o Paulo Gr‹, gr‹o

Gr‹-Bretanha. Compreende a Inglater-
ra, a Esc—cia e o Pa’s de Gales. O
Reino Unido inclui os trs e a Irlanda
do Norte. Com a Repœblica da Irlan-
da, essas regi›es formam as Ilhas Bri-
t‰nicas.
ÒGraciosamenteÓ. Use de graa ou gra-
tuitamente.
Gr‹-fino. Flex›es:gr‹-fina, gr‹-finos e
gr‹-finas. Derivados: gr‹-finismo e
gr‹-finagem.
Grama (gnero). Palavra masculina
quando significa peso: um grama, tre-
zentos gramas, oitocentos gramas.
Como equivalente a relva Ž que tem
o gnero feminino: A grama do jar-
dim. / N‹o pise na grama.
Grama (uso). Ver medidas, p‡gina 397.
Grande.Comparativo: maior. Superla-
tivo: m‡ximo e grand’ssimo. Gran-
dess’ssimo Ž malformado e tem uso
pejorativo.
Grande mais nome de cidade.Por estar
clara a idŽia de cidade, a concord‰n-
cia faz-se no feminino:a Grande S‹o
Paulo, a Grande Porto Alegre, a
Grande Paris, a Grande Nova York.
S‹o exce›es os casos em que o nome
da cidade seja precedido do artigo o:o
Grande Rio, o Grande Cairo, o Gran-
de Porto, etc.
Grande nœmero ou quantidade de.Con-
cord‰ncia. Vermaioria,p‡gina 167.
Grandess’ssimo.E n‹o Ògrandiss’ssi-
moÓ. ƒ forma aceit‡vel somente na
linguagem coloquial ou em declara-
›es.
Gr‹o. 1 Ñ Ver gr‹, p‡gina 135. 2 Ñ Plu-
ral: gr‹os.
Gr‡tis, gratuito. 1 Ñ GratuitoŽ adjeti-
vo e deve ser usado com o verbo ser
ou substantivos: A entrada Ž gratui-
ta. / Ingressos gratuitos, ensino gra-
tuito, acusa›es gratuitas. 2 Ñ Gr‡-
tis Ž advŽrbio e pode ser substitu’do
por gratuitamente: Recebeu gr‡tis
(gratuitamente)o ingresso. / Conse-
gui o livro gr‡tis (gratuitamente). Por
isso, n‹o diga que o estacionamento
Ҏ gr‡tisÓ, mas gratuito. 3 Ñ Gratui-
to n‹o tem acento: pronuncia-se gra-
tœi-to.
Grave. ƒ o estado do doente ou do feri-
do e n‹o ele pr—prio. Por isso, n‹o
existem Òdoentes gravesÓ ou Òferidos
gravesÓ.
Greco... Liga-se com h’fen ao elemento
seguinte na forma‹o de adjetivos p‡-
trios: greco-latino, greco-romano,
greco-italiano. Nos demais compos-
tos, n‹o existe h’fen: grecofonia, gre-
colatria.
Greve. ƒ empregado quem faz. A de pa-
tr›es chama-se locaute.
Grosso modo. E n‹o Òa grosso modoÓ.
Grupo. Inicial maiœscula e mesmo
corpo do texto: Grupo Estado, Grupo
Votorantim.
Grupo de... 1 Ñ O verbo concorda com
grupo: Um grupo de retirantes vinha
(e n‹o ÒvinhamÓ)pela estrada. 2 Ñ O
segundo elemento vai sempre para o
plural:grupo de empresas, grupo de
pessoas, etc.
Guaran‡. Masculino: o guaran‡.
Guarda. Para pessoa, admite os dois g-
neros:o guarda da escola, a guarda
do vesti‡rio. O servio ou institui‹o
tem apenas a forma feminina: a Guar-
da Civil, a guarda do Pal‡cio, a troca
da guarda.
Guarda... 1 Ñ Como tempo verbal ou
substantivo, entra na forma‹o de pa-
lavras compostas. O segundo elemen-
to fica no singular nestes compostos:
guarda-chuva, guarda-civil, guarda-
comida, guarda-florestal, guarda-
loua, guarda-marinha, guarda-
meta, guarda-noturno, guarda-p—,
guarda-roupa, guarda-sexo, guarda-
sol eguarda-volante. Todos admitem
o plural. Quando o primeiro elemen-
to Ž verbo (guardacomo tempo de
guardar), s— o segundo varia: os guar-
da-comidas, os guarda-metas, os
guarda-p—s. Quando o primeiro ele-
mento Ž substantivo (guardacomo
136Gr‹-Bretanha Guarda...

policial), os dois variam: os guardas-
civis, os guardas-florestais, os guar-
das-volantes. 2 Ñ O segundo elemen-
to j‡ est‡ no plural nestes outros com-
postos: o guarda-costas, os guarda-
costas; guarda-fios, guarda-freios,
guarda-j—ias, guarda-livros, guarda-
m—veis, guarda-pratas, guarda-vesti-
dos, guarda-vidas eguarda-volumes.
3 Ñ Aten‹o para os casos em que o
h’fen n‹o existe:guarda avanada,
guarda de honra eguarda nacional.
Guardi‹o. Flex›es: guardi‹, guardi‹es
(prefira)e guardi›es.
Guaruj‡. Siga a forma corrente: o Gua-
ruj‡, no Guaruj‡.
Guerra. Inicial maiœscula para designar
conflitos: Guerra do Paraguai, Guer-
ra do Vietn‹, 2» Guerra Mundial. Ini-
cial minœscula, porŽm, em guerra fria
(n‹o Ž o nome de um conflito).
Guinness.Desta forma.
Guisa. Com s: ˆ guisa de.
Guisado, guisar. Com s.
Guizo.Com z.
H‡, a. 1 Ñ H‡ indica passado e pode ser
substitu’do por faz:Eles sa’ram h‡
muito tempo. / As elei›es ocorre-
ram h‡ dois meses. / H‡ muitos anos
que eles foram contratados. / Os ho-
mens chegaram h‡ pouco.2 Ñ A ex-
prime dist‰ncia ou tempo futuro:As
elei›es ocorrer‹o daqui a dois
meses. / De hoje a trs dias correr‡ o
prazo. / O avi‹o estava a cinco mi-
nutos de S‹o Paulo. / Estamos a dois
meses da inaugura‹o da nova sede
da empresa. / O atirador estava a
dois metros de dist‰ncia.Repare que
em nenhum dos casos o a pode dar
lugar a faz.
H‡, havia. 1 Ñ Quando o verbo que
acompanha haverest‡ no imperfeito
ou no mais-que-perfeito, deve-se usar
havia, e n‹o h‡:Ele estava ali havia
(e n‹oh‡)muito tempo. / Ele estive-
ra ali havia(e n‹oh‡)muito tempo.
Regra pr‡tica. Substitua haver por
fazer, que ficar‡ clara a forma a usar:
Ele estava ali fazia muito tempo (e
n‹ofaz muito tempo)./ Ele estivera
ali fazia (e n‹ofaz)muito tempo. Re-
pare que a a‹o se encerrou; o h‡ in-
dicaria que ela prossegue.
Outros casos em que se deve usar
havia (sempre equivalente a fazia)e
n‹o h‡: Havia meses os dois assalta-
vam motoristas. / Ele doara sangue
ao filho havia poucos meses. / Havia
quase um ano que n‹o o encontra-
va. / Estava sem dormir havia trs
dias. / A agncia parecia abandona-
da havia anos. / Havia oito jogos que
o time n‹o vencia. / A frase n‹o lhe
sa’a da cabea havia v‡rias sema-
nas. / Tinha chegado havia pouco ao
Rio. / Havia anos que a casa n‹o era
pintada. / Sua paix‹o fazia-o sofrer
havia dez anos. / Havia muito tempo
estava tentando reparar a falha.
2 Ñ Admite-se h‡ com imperfeito
ou mais-que-perfeito em dois casos:
a)Se o tempo for considerado a partir
do momento em que se vive: Tivera
uma discuss‹o com X h‡ (faz)15 dias
(o tempo Ž contado a partir do mo-
mento atual). / Voc j‡ sabia h‡ (faz)
muito tempo que ele n‹o foi para o
ex’lio. b)Se o imperfeito estiver no
lugar do perfeito:H‡ cem anos nas-
cia Villa-Lobos. / H‡ mais de 50 anos
chegava o primeiro imigrante.
H‡ ... atr‡s. O uso do h‡ rejeita o atr‡s
quando se refere a tempo: H‡ seis
anos atr‡s fui contratado pela empre-
sa, portanto, Ž redundante. O correto:
H‡ seis anos fui contratado pela em-
presa. / Seis anos atr‡s fui contrata-
do pela empresa.
Habeas-corpus. Com h’fen. Admite-se
habeas para t’tulos.
ÒH‡bitat naturalÓ. Redund‰ncia. Todo
h‡bitat Ž natural.
137Guardi‹o ÒH‡bitat naturalÓ

ÒHabituŽÓ. Prefira freqŸentador.
H‡ cerca de. Ver acerca de, p‡gina 29.
H‡ de. Sem h’fen, assim como h‡s de,
hei de, h‹o de, etc.:Hei de vencer. /
Resistir quem h‡ de.
Haja recursos. Nesse tipo de frase, de
car‡ter exclamativo, o verbo haver Ž
impessoal e, portanto, n‹o varia: Haja
recursos para esse novo trem da ale-
gria. / Haja homens para manter
uma guerra t‹o sem sentido.
Haja vista. E nunca Òhaja vistoÓ. A lo-
cu‹o tambŽm n‹o varia no plural.
Veja dois exemplos de Rui Barbosa:
ÒHaja vista o decreto de 13 de outu-
bro.Ó/ ÒHaja vista as minhas Cartas
de Inglaterra...Ó
Haltere, halteres. Desta forma.
Hambœrguer. Desta forma. Plural: ham-
bœrgueres.
H‡ menos de, a menos de. Na locu‹o
h‡ menos de, o h‡ encerra idŽia de
passado e pode ser substitu’do por faz:
Partiu para a Frana h‡ (faz)menos
de dois meses. / O pa’s conquistou a
independncia h‡ (faz)menos de
cinco anos.Em a menos de, o a indi-
ca dist‰ncia, quantidade ou tempo fu-
turo e n‹o pode ser substitu’do por
faz:Estava a menos de trs metros do
abismo. / Falou a menos de 50 pes-
soas. / Estava a menos de dois anos
da aposentadoria.
H‡ tempo, a tempo. Em h‡ tempo, o h‡
pode ser substitu’do por faz ou exis-
te: Ele chegou h‡ (faz)tempo. / H‡
(existe)tempo de sair e tempo de
ficar.Na locu‹o a tempo, o a Ž pre-
posi‹o e pode ser substitu’do por
outra preposi‹o (e nunca por faz):
Chegou a (com)tempo de assistir ao
jogo.
Haver.Conjuga‹o. Pres. ind.: Hei, h‡s,
h‡, havemos, haveis, h‹o.Imp. ind.:
Havia, havias, havia, hav’amos, ha-
v’eis, haviam. Pret. perf. ind.: Houve,
houveste, houve, houvemos, houves-
tes, houveram. M.-q.-perf. ind.: Hou-
vera, houveras, houvera, houvŽra-
mos, houvŽreis, houveram. Fut.
pres.: Haverei, haver‡s, haver‡, have-
remos, havereis, haver‹o. Fut. pret.:
Haveria, haverias, haveria, haver’a-
mos, haver’eis, haveriam. Pres. subj.:
Haja, hajas, haja, hajamos, hajais,
hajam.Imp. subj.: Houvesse, houves-
ses, houvesse, houvŽssemos, houvŽs-
seis, houvessem. Fut. subj.: Houver,
houveres, houver, houvermos, hou-
verdes, houverem.Imper. afirm.: H‡
tu, haja voc, hajamos n—s, havei v—s,
hajam vocs.Imper. neg.: N‹o hajas
tu, n‹o haja voc, n‹o hajamos n—s,
n‹o hajais v—s, n‹o hajam vocs.
Infin.: Haver. Flexionado: Haver, ha-
veres, haver, havermos, haverdes, ha-
verem. Ger.: Havendo. Part.: Havido.
Havia muitas pessoas. 1 Ñ Haver, co-
mo sin™nimo de existir, suceder, fa-
zer, Ž impessoal e, portanto, n‹o tem
sujeito. O verbo fica na terceira pes-
soa do singular:N‹o h‡ vagas. / Ha-
via (e n‹o haviam)muitas pessoas
ali. / Nunca houve tantos acidentes
de tr‰nsito como agora. / Haveria
muitas op›es alŽm dessa?/ Haver‡
anos mais felizes que estes?/ Se hou-
vesse mais policiais na rua, a cidade
teria maior segurana. 2Ñ A regra
mantŽm-se no caso de haverformar
locu‹o com um verbo auxiliar:Deve
haver muitas pessoas ali. / Pode
haver compradores interessados no
carro. / Estava havendo fraudes na
Previdncia. / Costumava haver
muitos acidentes naquela esquina.
3 Ñ Quando haverpode ser substitu’-
do por ter, a concord‰ncia Ž a normal:
Ainda n‹o haviam sido feitas as cor-
re›es. / Eles haveriam de sair da
sala. / H‹o de cumprir o prazo, custe
o que custar.
Hebreu.Feminino: hebrŽia.
Her—i. Feminino: hero’na.
Herpes. Oherpes, os herpes.
Hetero... Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte, com a elimina‹o doh e a du-
plica‹o do r e do s intermedi‡rios:
heteroagress‹o, heteroerotismo, he-
138ÒHabituŽÓ Hetero...

teroimuniza‹o, heterometab—lico,
heterorraf’deo, heterossexual.
Heureca. E n‹o ÒeurecaÓou ÒeurekaÓ.
Hidro... 1 Ñ Liga-se sem h’fen ao termo
seguinte, duplicando-se o r e o s in-
termedi‡rios: hidroavi‹o, hidrocar-
boneto, hidrodin‰mica, hidromine-
ral, hidrorragia, hidrossolœvel, hidro-
via. 2 Ñ Quando o segundo elemen-
to comear por vogal, mantenha o o
do prefixo, como em hidroavi‹o.
ònica exce‹o, por j‡ estar consagra-
da pelo uso: hidrelŽtrica.
H’fen. Ligam-se por h’fen os elementos
das palavras compostas que mantm
a pr—pria acentua‹o ou, segundo as
regras oficiais, Òsua independncia fo-
nŽticaÓ, formando o conjunto perfei-
ta unidade de sentido. Dessa forma, o
h’fen justifica-se nos seguintes casos:
1 Ñ Nas palavras compostasem
que o conjunto constitui Òuma unida-
de sem‰nticaÓ, mesmo que seus ele-
mentos Ñ embora mantenham a
acentua‹o pr—pria Ñ percam a iden-
tifica‹o, desde que considerados iso-
ladamente: ‡gua-marinha, arco-’ris,
galinha-dÕangola, couve-flor, guarda-
p—, pŽ-de-meia, p‡ra-choque, porta-
chapŽus.
a)Incluem-se nesta norma os com-
postos em que figuram elementos fo-
neticamente reduzidos: bel-prazer,
Žs-sueste, mal-pecado, su-sueste.
b)O sinal se imp›e quando o com-
posto resultante tem car‡ter figurado
e sentido muito diferente das palavras
que o constituem: pŽ-de-moleque,
papo-de-anjo, saia-justa, caixa-preta,
m‹o-boba, cara-de-pau, roleta-russa.
c)O antigo artigo elune-se por
h’fen ao substantivo rei: el-rei, aqui-
del-rei.
d)Quando se perde a no‹o do
composto, normalmente por um dos
elementos n‹o ter vida pr—pria na l’n-
gua, n‹o cabe o h’fen:abrolhos, ban-
carrota, fidalgo, vinagre.
e)No caso das locu›es, as normas
oficiais disp›em que, como Òn‹o tm
unidade de sentidoÓ, n‹o devem ser
unidas por h’fen:v—s outros, a deso-
ras, a fim de, contanto que.
f)As formas verbais ˆs quais se in-
tercalam ou agregam pronomes e os
voc‡bulos compostos cujos elemen-
tos s‹o ligados por h’fen conservam
os acentos gr‡ficos: am‡-lo-‡, am‡-
reis-me, am‡sseis-vos, dev-lo-ia, f‡-
la-emos, p™-las-’amos, possu’-las,
provm-lhes, retm-nas, ‡gua-de-co-
l™nia, p‹o-de-l—, p‡ra-quedas, pesa-
papŽis.
2 Ñ Nas formas verbaisa que se
intercalam ou acrescentam prono-
mes: ama-lo (amas elo), am‡-lo
(amar elo), d-se-lhe, f‡-lo-‡, ofere-
c-la-ia, rep™-lo-eis, serenou-se-te,
traz-me.Na maior parte dos casos,
essas formas servem apenas de exem-
plo, uma vez que tm uso jornal’sti-
co pouco recomend‡vel. Observa‹o.
As formas lo, la, los e lastambŽm se
unem por h’fen aos pronomes nos e
vos e ao advŽrbio eis: no-lo, no-las,
vo-la, vo-los, ei-lo.
3 Ñ Nos voc‡bulos formados por
sufixosque representam formas adje-
tivas, como au (grande), guau
(grande)e mirim (pequeno), quando o
exige a pronœncia e quando o primei-
ro elemento acaba em vogal acentua-
da graficamente: and‡-au, amorŽ-
guau, anaj‡-mirim, capim-au.
4 Ñ Na forma‹o de palavrasa
partir da aglutina‹o dos prefixos e
demais elementos de composi‹o
com outros termos, segundo regras
pr—prias, particulares a cada prefixo
ou a cada grupo deles. Este manual re-
laciona, em cada prefixo (veja, por
exemplo, anti, extra, intra, etc.),
quando e em que casos se exige o
h’fen. Independentemente dessa pr‡-
tica, segue-se uma lista de elementos
de composi‹o que se ligam sem
h’fenao elemento seguinte, devendo-
se, porŽm, duplicar o r e o s: aceto,
acro, adeno, alo, alvi, amino, andro,
anemo, anfi, angio, aniso, arqueo, ar-
139Heureca H’fen

terio, artro, auri, bacterio, bradi, bra-
qui, caco, cefalo, ciclo, cine, cino,
cisto, cito, cloro, cripto, cromo,
crono, de, des, di, dis, dorso, eco, ecto,
endo, epi, eqŸi, esfero, espleno, esta-
filo, estereo, estilo, etno, faringo,
fibro, glosso, grafo, hagio, halo, hemo,
hipo, homeo, homo, ideo, laringo,
leuco, linfo, lito, megalo, meso, meta,
mio, morfo, narco, naso, necro, nitro,
noso, octo, odonto, oftalmo, oligo,
omo, oni, organo, ornito, orto, osteo,
oto, oxi, penta, peri, pilo, piro, plano,
plati, pleuro, pneumo, quadri, retro,
rino, sacro, sarco, sidero, tecno, tetra,
tri, uro, vaso, xanto, xilo, zoo.
5 Ñ Nas palavras derivadasde
um nome pr—prio constitu’do por
dois ou mais termos ou de uma ex-
press‹o: Mato Grosso Ñ mato-gros-
sense; Terceiro Mundo Ñ terceiro-
mundista; S‹o Paulo Ñ s‹o-paulino;
Fernando Henrique Ñ fernando-hen-
riquismo; bom moo Ñ bom-mocis-
mo; bossa nova Ñ bossa-novista.
6 Ñ Travess‹o e n‹o h’fen.Para
ligar palavras ou grupos distintos de
palavras, que n‹o formam um tercei-
ro significado, usa-se o travess‹o e
n‹o o h’fen. S‹o casos em que n‹o
existe um conjunto sem‰ntico, como
nas palavras compostas, mas apenas
encadeamentos do tipo dos que se se-
guem (o h’fen formaria uma palavra
composta, quando o que se tem, nos
casos citados, Ž uma cadeia vocabu-
lar):A liga‹o S‹o PauloÑSantos. / A
viagem BrasilÑEUA. / Foguete
terraÑar. / Entendimentos gover-
noÑsindicatos. / O acordo ClintonÑ
Chirac. / O antagonismo capitalÑ
trabalho.Ver outros exemplos no
item 4 do verbete travess‹o, p‡gina
292.
7 Ñ Ver tambŽm substantivo mais
substantivo, p‡gina 274.
Hindu, indiano. HinduÑ adepto da re-
ligi‹o (hindu’smo);indiano Ñ natu-
ral da êndia, relativo ˆ êndia.
Hino Nacional. Iniciais maiœsculas.
Hiper... H’fen antes de r: hiper-realis-
mo, hiper-reativo, hiper-rugoso. Nos
demais casos:hiperacidez, hipercat—-
lico, hiperestŽtico, hiperinfec‹o, hi-
perorg‰nico, hipersens’vel, hiperten-
so.
Hispano... Exige h’fen quando entra na
forma‹o de adjetivos p‡trios: hispa-
no-brasileiro, hispano-americano.
Nos demais compostos:hispanofilia,
hispan—fobo, hispanomania.
Hist—ria. Use apenas esta forma e nunca
Òest—riaÓ.
Hombridade. Desta forma.
Homilia. E n‹o Òhom’liaÓ.
Honor‡rios. Ver sal‡rios, p‡gina 259.
Hora extra. Sem h’fen.
Horas (concord‰ncia). 1 Ñ Os verbos
bater, dar, faltar, restar, ser e soar
concordam com o nœmero de horas:
Chegou assim que bateram 6 horas. /
J‡ deram 8 horas no rel—gio da igre-
ja. / Faltam quatro horas para o in’-
cio do jogo. / Restam apenas trs
horas do prazo. / S‹o 2 horas da
manh‹. / Devem estar soando 10
horas agora. / Resta uma hora e
meia. / ƒ 1h20. 2 Ñ Aten‹o.Fazer e
haver, em casos semelhantes, n‹o va-
riam:Faz dez horas que ele partiu. /
H‡ seis horas que o dia raiou.
Horas (uso). 1 Ñ Ë exce‹o dos t’tulos
e tabelas, evite abreviar as horas re-
dondas:ˆs 15 horas, ˆs 8 horas (e n‹o
ˆs 15 h, ˆs 8 h).
2 Ñ Use sempre 14, 17, 22 horas,
em vez de 2 ou 5 da tardee 10 da
noite. Escreva tambŽm ˆs 2 ou ˆs 4
horas,e n‹o ˆs 2 ou ˆs 4 da madru-
gada. Repare que as horas v‹o sempre
em algarismos:ˆs 4 horas, ˆ 1 hora.
3 Ñ Considere genericamente: a
madrugada vai da zero ˆs 6 horas; a
manh‹, das 6 ao meio-dia; a tarde, do
meio-dia ˆs 18 e a noite, das 18 ˆs 24
horas. Se necess‡rio, nos hor‡rios de
transi‹o, faa ressalvas como:no co-
meo da manh‹, no in’cio da noite,
aos primeiros minutos de hoje,etc.
140Hindu, indiano Horas (uso)

4 Ñ Nas horas quebradas, useh,
mine s para as horas, minutos e se-
gundos (sem s), sem dar espao entre
os nœmeros: 5h15, 18h05(o min s— Ž
necess‡rio se a indica‹o especificar a
hora atŽ o nœmero de segundos:
20h15min13s). Em casos especiais,
minutos, segundos e dŽcimos pode-
r‹o ser expressos desta forma: 1Õ25Ó5
(especialmente em competi›es es-
portivas, lanamento de foguetes,
etc.).
5 Ñ Use artigo antes de horas:das
12 ˆs 14 horas, ˆs 8 horas, das 16 ˆs
21 horas, ˆs 15 para as 9.
6 Ñ Cuidado com a concord‰ncia
com minuto. Assim: Ele chegou aos
15 para as 9. Isto Ž: Ele chegou aos 15
minutos para as 9 horas.
7 Ñ Ameia-noitee a zero horase
equivalem, mas a primeira pertence
ao dia anterior e a segunda, ao poste-
rior. Assim, um aumento, por exem-
plo, entra em vigor ˆ meia-noite da
sexta-feira ou ˆ zero hora do s‡bado
(prefira zero hora, neste caso).
8 Ñ As horas registradas sem indi-
ca‹o corresponder‹o ˆ hora-padr‹o
do local onde se desenvolve o aconte-
cimento. GMT, hora de T—quio, hora
de Nova York, etc., dever‹o ser escla-
recidas de acordo com o fuso hor‡rio
brasileiro.
9 Ñ Lembre-se: o Brasil tem qua-
tro fusos hor‡rios. Quando esse fator
for relevante (visitas presidenciais ou
transmiss›es pela TV, por exemplo),
convŽm mencion‡-lo na not’cia (ver
quais s‹o em fusos hor‡rios do Bra-
sil, p‡gina 132).
Hortel‹o. Flex›es: horteloa, hortel›es
(prefira)e hortel‹os.
ÒHortifrutigranjeirosÓ.Substitua a pa-
lavra por verduras, frutas, ovos, etc.
(ou por f—rmulas mistas): Aumenta o
preo de frutas e verduras. / Ovos e
verduras est‹o mais caros.
H—spede.Use o h—spede, a h—spede, as
h—spedes.
Hœmus.Desta forma.
...iano.1 Ñ ƒ iano, com i, o sufixo que
que se deve usar para indicar o adjeti-
vo referente a um nome pr—prio.
Assim: shakespeariano (e n‹o Òsha-
kespeareanoÓ),euclidiano (e n‹o Òeu-
clideanoÓ),rodriguiano, rosiano (de
Guimar‹es Rosa), machadiano,
faulkneriano, etc.
2 Ñ A instru‹o se aplica tambŽm
a adjetivos referentes a nomes geogr‡-
ficos: cabo-verdiano, alasquiano,
aoriano, cingapuriano, iraquiano.
Exce›es:acreano, taubateano eco-
reano.
Ianque.N‹o use para designar o natural
dos EUA.
Ibero. Sem acento (pronuncia-se ibŽro, e
n‹o ҒberoÓ): Faculdade Ibero-Ameri-
cana, povos ibero-americanos.
Idade.Inicial maiœscula apenas em
Idade MŽdia. Nos demais casos:
idade da pedra lascada, idade das tre-
vas, etc.
Identidade. No singular em frases como:
A pol’cia apurou a identidade dos
mortos (e nuncaÒas identidadesÓ).
Identifica‹o. Ver pessoas no notici‡rio,
p‡gina 218.
Igreja. l Ñ Com inicial maiœscula quan-
do se tratar da institui‹o: O papa Ž o
chefe da Igreja Cat—lica. / O cardeal
defendeu a posi‹o da Igreja. / A Igre-
ja Anglicana, a Igreja Luterana. 2 Ñ
Com minœscula se a men‹o for ao
templo:Comeou ontem a demoli-
‹o da igreja. / O casamento estava
marcado para a igreja matriz.3 Ñ
Quando acompanha uma designa‹o,
a palavra tem inicial maiœscula: a
Igreja da Candel‡ria, a Igreja N. Sa.
do Brasil.
Ilegal. ƒ a situa‹o de alguŽm e n‹o a
pessoa. Assim, n‹o existem Òimigran-
tes ilegaisÓ ou Òmutu‡rios ilegaisÓ.
141Hortel‹o Ilegal

Ilha. Inicial maiœscula: Ilha Grande.
IlhŽu. Habitante de uma ilha. Feminino:
ilhoa.
Ilustra›es.Charges, mapas, gr‡ficos,
desenhos, tabelas e quadros s‹o recur-
sos de que os editores devem lanar
m‹o regularmente como forma de tor-
nar as p‡ginas mais atraentes. Eis al-
guns dos casos principais:
1 Ñ Pesquisas de opini‹o, levanta-
mentos, evolu‹o de indicadores e de-
mais textos baseados em nœmeros
devem, obrigatoriamente, ser acom-
panhados de gr‡ficos, tabelas e qua-
dros que permitam ao leitor com-
preender com maior facilidade a situa-
‹o apresentada.
2 Ñ Toda not’cia curiosa exige,
para complement‡-la, uma ilustra‹o
ou charge que desperte aten‹o para
um fato que poderia passar desperce-
bido na p‡gina.
3 Ñ Reportagens extensas sobre se-
qŸestros, assaltos, crimes espetacula-
res e outras do gnero justificam a pu-
blica‹o de trs ou mais ilustra›es,
na forma de seqŸncia (storyboard),
que mostrem os principais lances do
acontecimento. Independentemente
das fotos que o jornal esteja apresen-
tando sobre o assunto.
4 Ñ O editor n‹o precisa publicar
sempre fotos de personalidades, mas
pode substitu’-las, muitas vezes, por
desenhos, desde que expressivos e
fiŽis ˆ figura retratada.
5 Ñ N‹o deixe de representar, por
meio de mapas, a localiza‹o de cida-
des ou regi›es menos conhecidas (em
not’cias sobre combates, quedas de
avi›es, acidentes de qualquer tipo, de-
saparecimento de expedi›es e ou-
tras), mudanas de tr‰nsito, ‡reas con-
testadas ou conflagradas, locais onde
faltar‡ luz ou ‡gua, etc.
6 Ñ Se voc Ž rep—rter e vai falar
com especialistas, n‹o deixe de pen-
sar na possibilidade de o seu texto ser
valorizado por gr‡ficos, desenhos, etc.
Por isso, procure sempre conseguir
croquis, esquemas e outros tipos de
ilustra›es com os entrevistados.
Imaginar. N‹o use as formas ÒnuncaÓ,
ÒjamaisÓe Òn‹o poderia imaginarÓ:
s‹o lugares-comuns.
Imbr—glio. Aportuguesamento oficial.
Imergir. Ver emergir, p‡gina 104.
Imigrar. Ver emigrar, p‡gina 104.
Iminente. Ver eminente, p‡gina 105.
Imiscuir-se. AlguŽm se imiscui eme
n‹o imiscui, apenas: Gostava de se
imiscuir nos assuntos alheios. /
Nunca me imiscu’ nos seus proble-
mas.
Imiss‹o, imitir. N‹o se confundem com
emiss‹o ou emitir. Imiss‹o Ž a con-
cess‹o judicial da posse de algum
bem. Imitir significa fazer entrar (na
posse, em geral), investir em.
êmola. Aportuguesado (com acento).
Imoral. Ver amoral, p‡gina 36.
Impedir.Conjuga-se como pedir (ver,
p‡gina 215).
Impessoalidade.A not’cia deve ser redi-
gida de forma impessoal, sem que o
jornalista se inclua nela ou adote a pri-
meira pessoa do plural em frases que
a dispensam. Veja os exemplos: Este Ž
um ’ndice pequeno Òse levarmosÓem
conta o volume de neg—cios. / No Bra-
sil ÒtemosÓhoje 150 milh›es de ha-
bitantes. / H‡ v’rus que causam uma
infec‹o latente: nunca mais Ònos li-
vramosÓdela. No primeiro caso, bas-
taria substituir levarmos por se se
levar; no segundo, a frase seria: O Bra-
sil tem hoje...; no terceiro, escreva
simplesmente: nunca mais a pessoa
se livra dela.
N‹o confunda essa restri‹o com
os casos, leg’timos, de editoriais, arti-
gos, anœncios, coment‡rios e outros
em que a primeira pessoa do plural
pode ser usada sem maiores proble-
mas.
Implantar. 1 Ñ Use implantar, livre-
mente, no sentido mŽdico: O cirur-
gi‹o implantou duas pontes de safe-
na no deputado. / O dr. HŽlio de Al-
142Ilha Implantar

meida implantou um rim no doente.
2 Ñ Por se tratar de modismo incon-
trol‡vel, porŽm,n‹o useimplantar
nos demais casos. Ele pode ser substi-
tu’do, sempre, com vantagem, por um
dos verbos seguintes: adotar, introdu-
zir, estabelecer, efetivar, instituir,
criar, construir, levantar, edificar, for-
mar, constituir, instalar, iniciar, apre-
sentar, aplicar, firmar, consolidar,
fixar, montar, aprontar, impor, impri-
mir, incutir, desenvolver, instaurar,
erguer, lanar, compor, organizar,
consumar, assentar e ajustar. 3 Ñ Es-
colha os substantivos corresponden-
tes para substituir implanta‹o, outra
palavra desgastada pelo uso abusivo e
impreciso.
Implementar. A exemplo de implantar,
trata-se de outra palavra de uso exage-
rado e quase sempre incorreto. A ri-
gor, significa apenas p™r em execu‹o,
p™r em pr‡tica (plano, projeto ou pro-
grama). Quase todas as op›es propos-
tas para substituir implantar apli-
cam-se a este caso.
Implicar. 1 Ñ No sentido de pressupor,
envolver, acarretar, adote a regncia
direta (sem a preposi‹o em): A pro-
mo‹o implicava maiores responsa-
bilidades. / Jornalismo implica dedi-
ca‹o. / Reforma implicar‡ perda de
receita para os Estados. 2Ñ Use pre-
posi‹o apenas quando o verbo pedir
dois complementos (A pol’cia impli-
cou o acusado no crime de recepta-
‹o)ou objeto indireto (Implicava
sempre com os colegas).
Importante. Tem sentido positivo.
Assim, ninguŽm pode sofrer uma der-
rota ou uma perda ÒimportanteÓ, mas
consider‡vel, catastr—fica, etc.
ÒImprensa faladaÓ. Imprensa, para o Es-
tado, Ž apenas a escrita (sem necessi-
dade de qualificativos). Dessa forma,
em vez de Òimprensa faladaÓou Òim-
prensa televisionadaÓ, use simples-
mente r‡dio ou televis‹o.
Impresso, imprimido. Com ser e estar,
use impresso (Foi impresso, estavam
impressos); com ter e haver, imprimi-
do (Tem imprimido, haviam impri-
mido).
Impropriedades.1 Ñ N‹o acredite em
sin™nimos perfeitos: quase sempre
existe uma œnica palavra para expri-
mir com exatid‹o o que voc quer
dizer. E muitas vezes h‡ termos ou ex-
press›es absolutamente inadequados
para a situa‹o que voc pretende des-
crever ou substitu’veis com vanta-
gens por outros mais apropriados ou
mais conhecidos dos leitores.
Leia os exemplos seguintes (reais)
e veja entre parnteses a forma jorna-
listicamente mais indicada em cada
caso: O pr—ximo contato (contato se-
guinte)de Ant™nio foi com Pedro, no
descampado. / Como recompensa
(compensa‹o)para os problemas do
time, o tŽcnico ter‡ a volta de Alber-
to e Ronaldo. / O corpo, sob uma vio-
lenta (muito forte)luz elŽtrica... / De-
putado ganha(recebe)cr’ticas. / A
empresa j‡ apresentou (manifestou)
sua inten‹o de participar da concor-
rncia. / Bahamas almejam (querem)
empresas do Brasil. / Sem muita re-
cep‹o (receptividade), ele tentava
convencer a empresa do acerto da
medida. / Com base na listagem (re-
la‹o)dos vencimentos de janeiro... /
O motorista acidentado foi mandado
(encaminhado)para o HC. / O grupo
est‡ acertando os detalhes para a im-
plementa‹o (constru‹o)de uma f‡-
brica na Argentina. / O gol contra
premiou(puniu)a incompetncia
do time. / Sugest›es se amontoam
(acumulam)na mesa do relator. / Os
im—veis foram atingidos pelo v™o 196
(pelo avi‹o)da Aeromarte./ Vendas
no Dia das M‹es nunca foram t‹o
poucas (pequenas, baixas). / A Prefei-
tura implantou (instalou)na praa 35
cadeiras de engraxate. / O bandido
depositou a quantia repentinamente
(inesperadamente)na sua conta. / La-
borat—rio lana a p’lula do envelheci-
mento (o remŽdio na verdade visa a
143Implementar Impropriedades

retardar o envelhecimento). / Hero’na
cresce (consumo Ž que cresce)e con-
tinua fora das estat’sticas. / Cl‡ssico
pode ser deslocado (transferido).
2 Ñ A impropriedade, em outros
casos, caracteriza-se n‹o apenas pelas
palavras mal usadas, mas pelas cons-
tru›es imperfeitas ou de mau estilo:
A assinatura deminguados conv-
nios (minguados Ñ palavra antijorna-
l’stica Ñ s‹o os recursos, n‹o os con-
vnios)... / Na sess‹o de hoje a C‰ma-
ra dever‡aprovar ou n‹o (votar, sim-
plesmente)o projeto. / Os negros, os
’ndios, os deficientes e outras mino-
rias conseguiram aprovar (fazer apro-
var)o projeto na comiss‹o. / O time
ainda n‹o p™deregularizar os jogado-
res (regulariza-se a situa‹o dos joga-
dores ou a documenta‹o deles). / A
selvaincrustada (no meio)nas mon-
tanhas. / A Portuguesaameaa dis-
pensas (ameaa fazer).
3 Ñ Finalmente, h‡ improprieda-
des que decorrem de formas viciadas
de express‹o, quando n‹o empoladas
ou de mau gosto jornal’stico: A refor-
ma que est‡ sendo gerada no ventre
do governo... / Empresariado acredita
que infla‹oser‡ acirrada. / Ele pode
opinar sobreo uso de uma campa-
nha.../ Camel™s atuam em outras
‡reas, sobretudo da Tijuca. / AlŽm do
que muitos projetos.../ Citou regi›es
do Brasil inteiramente abandonadas,
sem terem condi›es de futuro... / Por
azar, este rep—rter ganhou o nœmero
13.
Impudico. Sem acento (pronuncia-se
impud’co).
Inaugurar. Alguma coisa se inaugurae
n‹o inaugura, apenas: Inaugura-se (e
n‹o ÒinauguraÓ)hoje a boate Casa-
blanca. / A 25» Festa da Uva inaugu-
ra-se(e n‹o ÒinauguraÓ)s‡bado.
ÒInaugurar novoÓ.Redund‰ncia. Assim:
Prefeito inaugura avenida amanh‹ (e
n‹o Òinaugura nova avenidaÓ).
Incendiar. Conjuga-se como odiar (ver,
p‡gina 203): incendeio, incendeia, in-
cendeiam, incendeie, incendeiem,
etc.
Incendiar-se. Alguma coisa se incen-
deiae n‹o incendeia apenas: O prŽdio
incendiou-se ontem. / Os canaviais
incendiaram-se.
Incidente. Ver acidente, p‡gina 30.
Inclu’do, incluso. Para expressar uma
a‹o, use inclu’do tanto com ter e
haver como com ser e estar: Tinha
(havia)inclu’do, foi (estava)inclu’do.
Prefira incluso como adjetivo:autos
inclusos, cartas inclusas.
Inclusive. 1 Ñ Aceit‡vel apenas como
equivalente a com inclus‹o de e opon-
do-se a exclusive: Vieram todos, ele
inclusive. / Chegou ao cap’tulo 5¼ do
livro inclusive.2 Ñ N‹o use inclusi-
vecomo sin™nimo de atŽ, atŽ mesmo,
ainda, o pr—prio, alŽm de, a ponto de,
etc., como nas seguintes frases:Ele o
ameaou ÒinclusiveÓ(atŽ)fisicamen-
te. / Lembremo-nos ÒinclusiveÓ(atŽ
mesmo)de que... / Disse ÒinclusiveÓ
(ainda)que ia sair. / Mostrou desagra-
do a respeito do traado da estrada,
ÒinclusiveÓ(alŽm de)do seu estado
de conserva‹o. Em caso de dœvida,
recorra a outra palavra.
Incluso. Varia normalmente:Seguem
inclusos (e n‹o ÒinclusoÓ)os do-
cumentos. / Mandei inclusa a no-
va reda‹o da carta(e n‹oÒmandei
inclusoÓ).ƒ palavra que convŽm evi-
tar, porŽm.
Incontinente, incontinenti. Incontinen-
teÑ imoderado; incontinenti Ñ sem
demora.
Indefinidos.S— use os pronomes indefi-
nidos (muitos, alguns, diversos, v‡-
rios, etc.)em caso extremo e quando
n‹o for poss’vel, de maneira nenhu-
ma, determinar o nœmero expresso
pela not’cia. Falar em v‡rias pessoas,
muitos tiros, alguns deputados edi-
versos itens, por exemplo, Ž transmi-
tir ao leitor no›es imprecisas e in-
completas. Por isso, procure sempre
dar pelo menos uma idŽia aproxima-
da das quantidades a que o texto se re-
144Impudico Indefinidos

fere: dezenas de tiros, centenas de
pessoas, cerca de 30 deputados, de
cinco a dez itens, etc.
Independentemente.ƒ o advŽrbio inde-
pendentemente, e n‹o o adjetivo in-
dependente, que se deve usar sempre
que a palavra puder ser substitu’da
por sem levar em conta, sem contar
com, ˆ parte ou equivalente:O minis-
tro disse que o tempo, independente-
mente de a›es mais diretas, ajuda-
r‡ o governo. / O Estado ter‡ de pagar
o aumento salarial aos funcion‡rios,
independentemente do resultado do
julgamento. / Independentemente de
sua filia‹o, deputados e senadores
poder‹o enfrentar...
Indexadores. 1 Ñ Nunca deixe de con-
verter em reais o valor dos indexado-
res:Rendimentos atŽ 20 mil Ufirs
(tantos reais);multa no valor de 8 sa-
l‡rios m’nimos (tantos reais); valores
atŽ 400 UFMs(tantos reais).2 Ñ Pro-
ceda da mesma forma com indexado-
res j‡ extintos, mas eventualmente
mencionados em textos sobre fatos
passados (ORTNs, OTNs, UPCs,
etc.).
Indiano. Ver hindu, p‡gina 140.
Indicado a, para.Distinga: a)Indicado a
Ñ recomendado a alguŽm: Foi indica-
do aos empres‡rios. / Aparelho indi-
cado aos deficientes. b)Indicado
para Ñ selecionado, escolhido, reco-
mendado paraalguma coisa: Filme
brasileiro Ž indicado para o (e n‹o
ÒaoÓ)Oscar. / O deputado foi indica-
do para o (e n‹o ÒaoÓ)ministŽrio.Pro-
ceda de maneira semelhante com in-
dica‹o.
ÒIndicar queÓ. AlguŽm indica alguma
coisa, mas n‹o indica que.
êndios. 1 Ñ Os nomes das tribos ind’ge-
nas ter‹o singular e plural, e ser‹o
adaptados ao portugus e escritos com
inicial minœscula: os ianom‰mis(e
n‹oos Yanomami), os caingangues (e
n‹oos Kaingang), os uaimiris (e n‹o
os Waimiri), os guaranis (e n‹o os
Guarany), os calapalos(e n‹oos Ka-
lapalo), os tupis, os bororos, os xavan-
tes, os parecis, etc. 2 Ñ Como adjeti-
vo, ter‹o apenas plural, mas n‹o femi-
nino: a ’ndia calapalo, as na›es co-
roados, os ’ndios aimorŽs, etc.
Indiscri‹o. Desta forma, e nunca Òin-
discre‹oÓ.
Infante. Feminino: infanta.
Infarto. Use enfarte.
ênfero...ƒ sempre seguido de h’fen: ’n-
fero-anterior, ’nfero-lateral.
Infinitivo. Como se trata de uma das
quest›es mais polmicas e controver-
tidas da l’ngua portuguesa, Ž imposs’-
vel formular normas inflex’veis para
a distin‹o entre oinfinitivo pessoal
(flexionado)e o impessoal(n‹o flexio-
nado). As regras abaixo expressam, de
forma geral, o consenso de boa parte
dos gram‡ticos, tanto ÒtradicionaisÓ
quanto ÒmodernosÓ, a respeito do as-
sunto.
Flexionado
1 Ñ Regra b‡sica
Flexiona-se o infinitivo quando o
seu sujeito e o do verbo principal s‹o
diferentes: Acreditamos todos (n—s)
serem os candidatos (eles)muito
bons. / Peo-lhes (eu)o favor de n‹o
chegarem (vocs)atrasados. / Con-
vŽm sa’rem vocs primeiro. / O chefe
julgava estarem seus empregados su-
perados.
Se o sujeito for o mesmo, o infini-
tivo n‹o ser‡ flexionado:Temos(n—s)
o prazer de lhe participar (n—s)... / De-
clararam (eles)estar (eles)prontos.
Exce‹o.Com os verbos deixar,
fazer, mandar, ver, ouvir esentir, o
infinitivo fica no singular, mesmo que
haja mais de um sujeito na frase: Dei-
xai vir a mim as criancinhas. / Man-
dei-os comear o servio. / Senti-os
exalar o œltimo suspiro. / Faa-as sair
depressa. / Vi tantos homens perder o
ju’zo. / Ouviu os mestres explicar a
quest‹o.
145Independentemente Infinitivo

2 Ñ Regra complementar.
Se voc tiver dœvidas na aplica‹o
da regra b‡sica, apele para esta outra
(no fundamental, as duas coincidem):
o infinitivo Ž flexionado quando pode
ser substitu’do por um tempo finito
(indicativo ou subjuntivo, em geral):
ƒ preciso sa’rem logo (sa’rem = que
saiam). / O coronel intimou-os a se
renderem(a que se rendessem)./ ƒ
tempo de partires (de que partas). /
N‹o compete a vocs queixarem-se
de n—s (que se queixem). / ConvŽm
chegarmos ao fundo da quest‹o(que
cheguemos).
3 Ñ Outros casos de infinitivo fle-
xionado
a)Quando o sujeito Ž indetermina-
do: Vi executarem os criminosos. /
Ouvi cantarem o hino de v‡rias for-
mas.
b)Quando o infinitivo Ž o sujeito:
O quereres tudo me surpreende. / O
morrerem pela p‡tria Ž sina de alguns
soldados.
N‹o flexionado
1 Ñ Infinitivo usado com verbos
impessoais ou com outros, pessoais,
mas empregados de forma impessoal:
Viver Ž lutar. / ƒ proibido proibir. / ƒ
poss’vel haver dœvidas.
2 Ñ Infinitivo com valor de impe-
rativo: Meia-volta, volver! / Honrar
pai e m‹e.
3 Ñ Infinitivo em locu‹o verbal:
As peas estavam estragadas, deven-
do ser (e nuncaserem)substitu’das. /
Lamentando n‹o poder atend-lo, de-
sejamos... / Costumavam os filhos
reunir-se(e n‹oreunirem-se).
Com preposi‹o
1 Ñ N‹o se flexiona o infinitivo
com preposi‹o que funcione como
complemento de substantivo, adjeti-
vo ou do pr—prio verbo principal: O
pai convenceu os filhos a voltar cedo.
/ Continuamos dispostos a comprar a
casa. / RemŽdios ruins de tomar. / As
emissoras conquistaram o direito de
transmitir todos os jogos de v™lei. /
Eram exerc’cios f‡ceis de resolver.
2 Ñ N‹o se flexiona o infinitivo
com preposi‹o que aparea depois de
um verbo na voz passiva:Os jornalis-
tas foram forados a sair da sala. / As
pessoas eram obrigadas a esperar em
fila.
3 Ñ N‹o se flexiona o infinitivo
com preposi‹o que tenha o valor de
gerœndio: Os trabalhadores estavam
a comer (= comendo). / Estavam a
cantar (= cantando).
4 Ñ Nos demais casos de preposi-
‹o (ou locu‹o prepositiva)mais in-
finitivo, Ž opcional flexionar ou n‹o o
infinitivo. Quando ela vier antes do
verbo principal, Ž prefer’vel usar a
forma flexionada: Por serem milion‡-
rios, tudo lhes parecia barato. / Para
nos mantermos em forma, fazemos
gin‡stica diariamente.Quando colo-
cados depois, prefira a forma n‹o fle-
xionada:Viemos aqui para cumpri-
mentar o anci‹o. / Aceitaram o tra-
balho sem hesitar.
Observa›es finais
1 Ñ Use o bom senso e o ouvido: o
ritmo da frase, a eufonia e a clareza em
muitos casos se sobrep›em a qualquer
regra, neste assunto.
2 Ñ Em caso de dœvida, siga este
conselho do gram‡tico Napole‹o
Mendes de Almeida: ÒDevemos limi-
tar a flex‹o do infinitivo aos casos de
real necessidade de identifica‹o do
seu sujeito. N‹o verificada essa neces-
sidade, deixemos intacto o infiniti-
vo.Ó
Infligir, infringir. Infligirsignifica apli-
car (pena, repreens‹o, derrota)a al-
guŽm: O destino lhe infligiu severos
reveses. / O juiz infligiu pesada puni-
‹o ao rŽu.Infringir equivale a violar,
transgredir, desrespeitar: Infringiu o
146Infligir, infringir Infligir, infringir

regulamento. / Sua atitude infringia
as normas da boa conduta.
Informar.Regncia. 1 Ñ Informar al-
guŽm:O jornal existe para informar
os leitores. / N—s os informamos.2 Ñ
Informar de alguma coisa: Ele infor-
mou das mudanas no Imposto de
Renda. 3 Ñ Informar alguŽm de ou
sobre alguma coisa: Os funcion‡rios
informaram o chefe das (sobre as)al-
tera›es. / Informaram-no das (sobre
as)novas normas. 4 Ñ Informar algu-
ma coisa a alguŽm:N—s lhe informa-
mos que chegar’amos cedo. / O go-
verno informou ˆ popula‹o que o
pa’s n‹o entraria na guerra.5 Ñ In-
formar, apenas (intransitivo):Bem ou
mal, todo jornal informa. / O r‡dio e
a televis‹o tambŽm informam. 6 Ñ
Informar-se de ou sobre alguma coisa:
Ele se informou dos (sobre os)acon-
tecimentos. / ConvŽm que todos se
informem sobre as novas normas. 7
Ñ O que n‹o se pode Ž atribuir dois
objetos diretosao verbo, como neste
exemplo real: O documento informa-
va os moradores ÒqueÓ(o certo: de
que)seus im—veis deveriam ser res-
taurados.
Inform‡tica.Mantenha nos limites da
inform‡tica o uso de palavras como
acessar, inicializar, deletar, printar,
etc. Por isso, n‹o escreva que alguŽm
ÒacessouÓuma rodovia, Òiniciali-
zouÓum processoÓ, ÒdeletouÓuma
imagem, ÒprintouÓum folheto, etc.
Infra...H’fen antes devogal, h, re s:
infra-assinado, infra-estrutura, infra-
humano, infra-ocular, infra-renal,
infra-som.Nos demais casos:infraci-
tado, infravermelho, infradotado.
Infravermelho. Plural: infravermelhos.
Infringir.Ver infligir, p‡gina 146.
Ingerir. Conjuga-se como aderir (ver,
p‡gina 32): ingiro, ingeres; ingeria; in-
geri; ingerira; ingerirei; ingeriria; que
eu ingira; se eu ingerisse; ingere tu, in-
geri v—s; ingerido; etc.
Inglaterra. 1 Ñ O prefixo que entra na
forma‹o de adjetivos p‡trios Ž anglo
(anglo-brasileiro, anglo-sax›es).2 Ñ
Inglaterra n‹o Ž o mesmo que Gr‹-
Bretanha (esta inclui, alŽm da Ingla-
terra, a Esc—cia e o Pa’s de Gales)nem
que Reino Unido (conjunto formado
pela Inglaterra, Pa’s de Gales, Esc—cia
e Irlanda do Norte).
Ingls. a)Palavras parecidas
Tome cuidado, nas tradu›es, com
algumas palavras que, em ingls, tm
sentido diferente do que aparentam
ou apresentam primordialmente o
significado inclu’do entre parnteses:
absolutely (certamente), abstract (re-
sumo), actually (realmente), adept
(competente, conhecedor), antic (ex-
travagante), apologize (desculpar-se),
apparatus (aparelhagem), appeal
(atrair), appoint (estabelecer), ap-
pointment (encontro), assume (pres-
supor), balance (pesar, equilibrar),
bargain (pechincha), casualties (per-
das, baixas), cellar (adega), cigar (cha-
ruto), cigarette (cigarro), comics (qua-
drinhos), commodity (produto prim‡-
rio), copy (exemplar), disparate (di-
verso), disprove (refutar), educate
(instruir), eventually (por fim, final-
mente), exit (sa’da), exquisite (re-
quintado), finally (completamente),
gas (gasolina), genial (am‡vel), inju-
ries (preju’zos, ferimentos), just (mal,
apenas), lecture (conferncia, discur-
so), library (biblioteca), liquor (bebi-
da alco—lica), luxury (luxo), memories
(recorda›es), morose (rabugento), of-
ficer (oficial), official (funcion‡rio),
panel (caixilho), parents (pais), pena-
lize (punir), physic (medicina), physi-
cian (mŽdico), policy (prudncia, po-
l’tica, ap—lice), pork (carne de porco),
prejudice (preconceito), prescription
(receita mŽdica), pretend (fingir),
push (empurrar), realize (perceber),
record (registrar, gravar), relatives (pa-
rentes), remark (ponderar), retire
(aposentar-se), scholar (pessoa ilus-
trada), spirits (bebidas alco—licas)e
tub (banheira).
147Informar Ingls

b)Forma‹o do plural
Na maior parte dos casos, simples-
mente se acrescenta um sˆ palavra.
Em outros, porŽm, pode haver dœvi-
das:
1 Ñ Palavras terminadas em s, x,
z, che sh Ñ acrescenta-se es: buses,
boxes, buzzes, churches, flashes.
2 Ñ Palavras terminadas em y pre-
cedido de vogal Ñ acrescenta-se s:
boys, days, attorneys.
3 Ñ Palavras terminadas em y pre-
cedido de consoante Ñ o y converte-
se em ies: lobbies, parties, royalties,
copies, commodities.
4 Ñ Palavras terminadas em o pre-
cedido de vogal Ñ acrescenta-se s:
trios, taboos, folios.
5 Ñ Palavras terminadas em o pre-
cedido de consoante Ñ em geral,
acrescenta-se es: potatoes, negroes,
echoes, heroes, tomatoes, mosqui-
toes.Algumas exce›es: pianos,
egos, twos.
c)Particularidade
1 Ñ O qualificativo que acompa-
nha certos nomes pr—prios em ingls,
diferentemente do portugus, n‹o vai
entre v’rgulas:Billy the Kid, Cathe-
rine the Great, Irma la Douce, Jack
the Ripper.
...inho.Ver diminutivos, p‡gina 96.
Iniciais. 1 Ñ Com espao e ponto nos
nomes pr—prios: O. J. Simpson (e n‹o
O.J. ou OJ), T. S. Eliot. 2 Ñ Sem es-
pao, mas com ponto e sempre em
negrito na indica‹o colocada no pŽ
dos textos do jornal: J.S., C.H.M.
Iniciar.1 Ñ Nunca use as formastor-
neio ÒiniciaÓhoje, copa ÒiniciaÓ
hoje, censo ÒiniciaÓhoje, privatiza-
‹o da Vela ÒiniciaÓem fevereiro.
Alguma coisa inicia-se(ou comea
ou principia):Conven‹o do PMDB
inicia-se hoje. 2 Ñ Inicia exige sem-
pre um agente:Governo inicia co-
brana do Imposto de Renda.3 Ñ
Iniciar pode ainda pedir dois comple-
mentos: Sempre que pode, inicia os
amigos nas artes marciais.
Inserido, inserto. Se os auxiliares forem
ter e haver, use inserido: Tinha inse-
rido seu nome na lista. / Haviam in-
serido novos conceitos na economia.
Com ser e estar (ou demais verbos de
liga‹o), empregue inserto:Seu
nome estava inserto na lista. / Os
anœncios foram insertos em jornais
e revistas.
Insolvncia. Use este termo para pes-
soas f’sicas (e n‹o falncia).
Inspira cuidados. Lugar-comum. Diga
que o estado da pessoa Ž delicado ou
grave.
INSS.A sigla significa Instituto Nacio-
naldo Seguro(e n‹o Òde SeguridadeÓ)
Social.
Instigante. Evite. Tornou-se modismo.
Inten›es.Nunca atribua inten›es a
animais que ajam movidos exclusi-
vamente pelo instinto. Por isso, n‹o
tm sentido textos como: Tubar›es
mal-intencionadoscercavam o n‡u-
frago. / Os c‹esimpiedososataca-
ram o menino. / Os insetos comeram
os livros e cadernos de uma estante
da casa, mas tiveram o cuidadode
deixar as capas intactas. / Todos os
gatos s‹o mal-agradecidos.E s— es-
creva que ummacaco ciumento
agrediu o meninose algum veterin‡-
rio ou especialista confirmar a exis-
tncia desse tipo de sentimento no
animal.
Da mesma forma h‡ condi›es
que as coisas inanimadas ou fen™me-
nos da natureza e da vida n‹o podem
apresentar: Na segunda explos‹o, a
laje n‹o teve escapat—ria e reben-
tou. / S— o cŽu n‹o compartilha deste
sentimento t‹o nobre na passagem
do ano. / A frente fria insiste em pro-
vocar chuvas. / Adolescentes s‹o
novo alvo da epidemia de aids. S—
pessoas podem ter escapat—ria, com-
partilhar sentimentos, insistir em
algo ou escolher um alvo.
148...inho Inten›es

149
Inter... H’fen antes de h e r:inter-hel-
nico, inter-humano, inter-racial,
inter-rela‹o. Aten‹o:interrogat—-
rio, interrup‹o, interromper e outras
na mesma condi‹o n‹o seguem a
regra porque derivam diretamente da
forma latina correspondente. Nos de-
mais casos:interamericano, interes-
tadual, interinsular, interoce‰nico,
interurbano, intermunicipal, inter-
sindical.
Intercess‹o, interse‹o. Intercess‹oÑ
interven‹o: a intercess‹o da m‹e
em favor do filho; interse‹o Ñ corte,
cruzamento: a interse‹o de duas
retas, de duas estradas.
Interessar. Regncia. a)Interessar a al-
guŽm: Tudo lhe interessa. / A propos-
ta n‹o interessa ao pa’s. / O empate
n‹o interessa a nenhum dos dois
times.b)Interessar alguŽm em algu-
ma coisa:Interessou o irm‹o na em-
presa. / Interessei-o naquele neg—cio.
ênterim. E n‹oÒinterimÓ(’m).
Interior. Inicial minœscula: o interior
(de S‹o Paulo ou do Brasil), o interior
de S‹o Paulo, o interior do Brasil.
Intermediar.Conjuga-se como odiar
(ver, p‡gina 203): intermedeia, inter-
medeiam, intermedeie, etc.
Internacional. OInternacional, quando
se tratar do time de Porto Alegre
(Sport Club), e aInternacional, para o
clube de Limeira (Associa‹o AtlŽti-
ca). A equipe de Mil‹o tambŽm Ž fe-
minina: aInternazionale. Nos trs
casos, admite-se a forma reduzida
Inter.
Interrogado. S‹o corretas as formas in-
terrogado sobre e interrogado se.
Interse‹o. Ver intercess‹o, nesta p‡gi-
na.
Intert’tulos.1 Ñ Use intert’tulos a cada
20 linhas cheias dos textos noticio-
sos, para torn‡-los graficamente mais
agrad‡veis e menos pesados.
2 Ñ O intert’tulo pode ser apenas
uma palavra, uma locu‹o ou mesmo
uma frase. Evite apenas que seja
longo, para que a linha n‹o se quebre
em duas.
3 Ñ O intert’tulo sempre pode aju-
dar o texto a dizer alguma coisa; evite,
dessa forma, intert’tulos extrema-
mente genŽricos como explica‹o,
desmentido, preparativos, lana-
mento, medo, surpresa, divisa. Veja,
ao contr‡rio, intert’tulos mais expl’-
citos: bancada coesa, amigo do go-
verno, tarefa urgente, cai o mito.
Interveio. E nunca ÒinterviuÓ(passado
do verbo intervir).
Intervindo. Forma comum ao gerœndio
e partic’pio de intervir: O governo es-
tava intervindo(interferindo)nos as-
suntos dos cidad‹os. / O governo
tinha intervindo (interferido)nos as-
suntos dos cidad‹os (e nunca Òinter-
vidoÓ).
Intervir. Conjuga‹o.Pres. ind.: Inter-
venho, intervŽns, intervŽm, intervi-
mos, intervindes, intervm.Imp.
ind.: Intervinha, intervinhas, intervi-
nha, interv’nhamos, interv’nheis, in-
tervinham.Pret. perf. ind.: Intervim,
intervieste, interveio, interviemos,
interviestes, intervieram. Fut. pres.:
Intervirei, intervir‡s, intervir‡, inter-
viremos, intervireis, intervir‹o.Fut.
pret.: Interviria, intervirias, intervi-
ria, intervir’amos, intervir’eis, inter-
viriam.Pres. subj.: Intervenha, inter-
venhas, intervenha, intervenhamos,
intervenhais, intervenham. Imp.
subj.: Interviesse, interviesses, inter-
viesse, interviŽssemos, interviŽsseis,
interviessem. Fut. subj.: Intervier, in-
tervieres, intervier, interviermos, in-
tervierdes, intervierem. Imper.
afirm.: IntervŽm, intervenha, inter-
venhamos, intervinde, intervenham.
Ger.: Intervindo. Part.: Intervindo.
Inter vivos.Desta forma.
Intra...H’fen antes devogal, h, r e s:
intra-auricular, intra-ocular, intra-
uterino, intra-hep‡tico, intra-raqui-
diano, intra-segmentar.Nos demais
casos:intracraniano, intramuscular,
intravascular. Observa‹o. O Voca-
Inter... Intra...

bul‡rio Ortogr‡fico da L’ngua Portu-
guesa, da Academia Brasileira de Le-
tras, registra com h’fen o advŽrbio la-
tino intra-muros.
Intuito.Sem acento (pronuncia-se in-
tœito).
InvŽs. 1 Ñ A locu‹o ao invŽs de indi-
ca situa‹o contr‡ria, oposi‹o: Ao
invŽs de entrar, saiu. / Ao invŽs de
baixar, o preo subiu.2 Ñ Em vez de
Ž que significa em lugar de: A dona de
casa, em vez de ovos, comprou
carne. / Em vez de sentar-se na cadei-
ra, preferiu o banco. / Paguei 1.000
reais em vez de 800.3 Ñ Em vez de
pode ser usada nos dois casos (oposi-
‹o e substitui‹o), enquanto ao in-
vŽs des— admite a idŽia de ao contr‡-
rio de.
Investigar. Alguma coisa Ž investigada
e n‹o alguŽm: Investigou os atos do
jornalista (e n‹o Òinvestigou o jorna-
listaÓ).
Investir.Regncia. 1 Ñ Investir contra:
O cachorro investiu contra a multi-
d‹o. / O herege n‹o parava de inves-
tir contra a Igreja.2 Ñ Investir al-
guŽm em ou de: O presidente inves-
tiu o correligion‡rio no cargo de mi-
nistro. / O governo o investiu de po-
deres. 3 Ñ Investir alguma coisa em:
Investira muito dinheiro na empresa.
4 Ñ Investir, apenas: O touro prepa-
rava-se para investir. / H‡ empresas
que n‹o sabem a hora certa de inves-
tir.5 Ñ Investir-se em:N‹o via a hora
de se investir no cargo.
Inv—lucro. E n‹o Òenv—lucroÓ.
êon. Plural: ’ons.
Ir. Conjuga‹o.Pres. ind.: Vou, vais,
vai, vamos, ides, v‹o.Imp. ind.: Ia,
ias, ia, ’amos, ’eis, iam. Pret. perf.
ind.: Fui, foste, foi, fomos, fostes,
foram. M.-q.-perf. ind.: Fora, foras,
fora, f™ramos, f™reis, foram. Fut.
pres.: Irei, ir‡s, ir‡, iremos, ireis, ir‹o.
Fut. pret.: Iria, irias, iria, ir’amos,
ir’eis, iriam. Pres. subj.: V‡, v‡s, v‡,
vamos, vades, v‹o. Imp. subj.: Fosse,
fosses, fosse, f™ssemos, f™sseis, fos-
sem.Fut. subj.: For, fores, for, formos,
fordes, forem. Imper. afirm.: Vai, v‡,
vamos, ide, v‹o. Ger.: Indo. Part.: Ido.
Ir (tempo). Fica invari‡vel nas expres-
s›es de tempo, quando seguido de
para, por ou em: Vai para seis anos
que chegou a S‹o Paulo. / Ia por uma
dŽcada que havia partido. / J‡ vai em
dez anos que se retirou do pa’s. Nos
demais casos, o verbo ir flexiona-se
normalmente: J‡ l‡ v‹o cinco dias
que ele partiu.
Ir a, ir de. Ira cavalo, irapŽ; no entan-
to, irde autom—vel, de ™nibus, de
carro, de avi‹o, de trem, de navio, etc.
Ir a, ir para. Ir aindica curta permann-
cia, enquantoir parad‡ idŽia de des-
tina‹o, demora: Vai a Paris (vai e
volta logo)este ms; vai para Paris no
fim do ano(vai e fica, pelo menos
algum tempo)./ Vai para Campos do
Jord‹o nas fŽrias; vai a Campos do
Jord‹o esta semana.
ÒIr‡ participarÓ. ƒ a flex‹o vai, e n‹o ir‡,
que se usa com o infinitivo para for-
mar o futuro:Caso reforme o contra-
to, o jogador vai participar (e n‹o ir‡
participar)dos treinamentos. / O pre-
sidente eleito vai visitar (e n‹o ir‡ vi-
sitar)outros pa’ses antes da posse. /
O executivo vai trabalhar (e n‹o ir‡
trabalhar)com as equipes de opera-
›es di‡rias do grupo.
A raz‹o: o vai foi usado pelos escri-
tores para substituir o futuro simples
(ir‡, far‡, dir‡, participar‡), que mui-
tos consideram pouco euf™nico. Ir‡
participar Ž futuro da mesma forma
e equivale a participar‡, exatamente
a forma que se quer evitar.
Ir a vota‹o. Sem crase: O projeto vai a
vota‹o atŽ o fim do ano.
Ir de. Verir a, ir de, nesta p‡gina.
ÒIr emÓ.Para indicar deslocamento, o
que se usa Žir a: Foi ao cinema(e n‹o
Òno cinemaÓ). / Prometeu ir amanh‹
ˆ festa(e n‹o Òna festaÓ).
Ir indo. Irpode ser auxiliar de si pr—prio:
ia indo, ’amos indo, vou indo.
150Intuito Ir indo

Irlanda. A independente Ž a Repœblica
da Irlanda (n‹o use Eire)e a que faz
parte do Reino Unido, a Irlanda do
Norte.
Ir melhor, ir pior. Melhor e pior, no
caso, ficam invari‡veis: Os neg—cios
agora v‹o melhor (oupior)que antes.
E nuncaÒv‹o melhoresÓou Òv‹o pio-
resÓ. Igualmente: Eles v‹o bem. / Eles
vivem melhor.
Ir para. Ver ir a, ir para, p‡gina 150.
Ir pior. Ver ir melhor, nesta p‡gina.
Irradiar-se. Alguma coisase irradiae
n‹o irradia, apenas: Seu otimismo ir-
radiou-se rapidamente. / O som irra-
diou-se pela casa.
Irregular.Irregular Ž a situa‹o da pes-
soa e n‹o ela pr—pria. Assim: Imigran-
tes em situa‹o irregular ser‹o depor-
tados (em vez de: Imigrantes Òirregu-
laresÓser‹o deportados).
...isar/...izar. 1 Ñ Os verbos com isar
s‹o os que tm o grupo is + vogal no
substantivo: analisar (an‡lise), cata-
lisador (cat‡lise), frisar (friso), avisar
(aviso), paralisar (paralisia), revisar
(revis‹o). 2 Ñ Nos verbos emizar,
n‹o h‡ esse grupo (is + vogal):civili-
zar, moralizar, exorcizar, dinamizar,
batizar, balizar,etc.
Isentado, isento. Use isentado como
partic’pio (com ter, haver, ser e estar)
e isento como adjetivo: Tinha (havia)
isentado, foi isentado, estava isento.
Iso... Liga-se sem h’fen ao termo seguin-
te:isoaxial, isocianeto, isoenergŽti-
co, isoimuniza‹o, isorresistncia,
isossil‡bico.
Israelense, israelita. IsraelenseÑ natu-
ral ou habitante de Israel:comandos
israelenses, ataques israelenses, os
israelenses; israelita Ñ relativo ˆ re-
ligi‹o judaica ou ao povo de Israel (no
sentido b’blico):templos israelitas,
tradi›es israelitas.
...issar. Use essa forma (e n‹o isar)em
todos os verbos que indiquem pousar
ou descer: aterrissar, amerissar, alu-
nissar. Da mesma forma: aterrissa-
gem, alunissagem,etc.
Isso. Vereste, esse, aquele, p‡gina 117.
Isso, disso. 1 Ñ ƒ pobreza de express‹o
o abuso de isso e disso. Sempre que
poss’vel, substitua essas formas por
esse ou desse mais substantivo: O
economista evitou referir-se ˆs con-
seqŸncias pol’ticas disso(desse fato,
dessa disposi‹o). / Isso s— funciona
em uma dire‹o (essa tendncia, essa
articula‹o)./ Um sinal disso(dessa
evidncia, desse aspecto)foi...2 Ñ
Admite-se, no entanto, como normal
o uso de isso em frases como:Isso, Ž
evidente, n‹o significa que... / Todos
sabem que isso representa muito
para o Pa’s.
Isto. Ver este, esse, aquele, p‡gina 117.
It‡lia. Elemento para a forma‹o de ad-
jetivos p‡trios: ’talo(’talo-brasileiro,
’talo-franco-americano).
It‡lico.Ver destaques, p‡gina 93.
êtalo... Existe h’fen quando a palavra
final Ž um adjetivo p‡trio:’talo-bra-
sileiro, ’talo-americano, ’talo-soviŽ-
tico. Nos demais casos:italofilia, ita-
l—fobo, italoman’aco.
Itamaraty. Com y.
Item, itens.Sem acento.
Iugosl‡via.Desta forma, assim como
iugoslavo.
...izar.Ver...isar/...izar, nesta p‡gina.
J‡. 1 Ñ Evite o emprego de j‡, especial-
mente nos t’tulos, como recurso para
aumentar o tamanho da linha. Veja
que em todos os exemplos a seguir o
j‡ n‹o s— est‡ mal colocado como Ž
perfeitamente dispens‡vel:Vit—ria j‡
preocupa o S‹o Paulo. / Villeneuve j‡
inicia testes para o GP dos EUA. / Po-
l’cia j‡ identifica os agressores do de-
putado. 2 Ñ Quando indica mudana
151Irlanda J‡

de situa‹o, porŽm, o j‡ cabe perfeita-
mente na frase: Avi‹o particular j‡
n‹o Ž privilŽgio de executivos(era e
deixou de ser). / Brasil j‡ Ž o terceiro
produtor de arroz (passou a ser). / As
montadoras de carros j‡ aceitam
novos concorrentes. / Terremoto j‡
matou 600 na Col™mbia.
Jabuti, jabuticaba.Com u.
J‡ ... mais.O uso simult‰neo de j‡ e
mais constitui redund‰ncia, como na
frasePedro j‡ n‹o Ž mais o presiden-
te da associa‹o.Escreva apenas que
Pedro j‡ n‹o Ž o presidente da asso-
cia‹o (muitos autores condenam a
forma equivalente Pedro n‹o Ž mais
o presidente da associa‹o,tachando-
a de galicismo). Igualmente:J‡ n‹o h‡
solu‹o.
Jap‹o.Elemento para a forma‹o de ad-
jetivos p‡trios: nipo(nipo-brasileiro,
nipo-europeu).
Javali. Feminino: javalina (prefira)e gi-
ronda.
Joelhos. De joelhos,no plural.
Jogos de palavras.S‹o muito raros os
casos de jogos de palavras ou trocadi-
lhos que se justifiquem em jornal.
Quase invariavelmente, eles soam de
forma artificial e forada. Ou, por as-
socia‹o de idŽias, se repetem no
mesmo dia em jornais diferentes,
numa demonstra‹o de falta absoluta
de originalidade.
Veja alguns exemplos de frases de
gosto duvidoso, para dizer o m’nimo:
Nudistas querem esp’rito despido de
preconceitos. / Cachorro frio ajuda
mŽdicos(c‹es foram congelados para
experincia). / O prato de resistncia
do almoo foi a sucess‹o presiden-
cial. / A sapateira Joana da Silva, que
n‹o d‡ passo maior que a perna,
tenta agora colocar um pŽ nos Jar-
dins. / AtŽ hoje os plantadores de
cana s— colheram preju’zos. / Raul de
Souza p›e a boca no trombone(trata-
se de um trombonista). / S’lvio San-
tos vem a’ para prefeito. / Telefones
est‹o no fim da linha. / Seis cordas
d‹o o Tom (violonista grava mœsicas
de Tom Jobim). / Zagalo aposta na es-
querda para estrear na Copa com o pŽ
direito. / Pista de kart d‡ velocidade
ao lazer na Mooca. / Chapelarias re-
sistem e ainda fazem a cabea./ O
futebol brasileiro torna-se cada vez
mais exportador de pŽ-de-obra.
Eis, ao contr‡rio, jogos de palavras
aceit‡veis: Ao prefeito, com cari-
nho. / Tudo pelo tribut‡rio. / O Cida-
d‹o Welles. / Ë procura do encanto
perdido.
Em dœvida, n‹o hesite: Ž prefer’vel
uma boa imagem ou t’tulo Òtradicio-
nalÓa um jogo de palavras pretensa-
mente criativo que s— comprometa o
texto do jornal.
Jogral. Feminino: jogralesa.
Jornada. ƒ a dura‹o do trabalho di‡rio.
Por isso, n‹o existe Òjornada semanalÓ
nem ÒmensalÓ.
Judeu, judia‹o, judiar, judiaria.Use
judeu apenas para designar o natural
de Israel ou aquele que professa a re-
ligi‹o judaica. Nunca empregue a pa-
lavra no sentido popular ou pejorati-
vo de agiota e usur‡rio. Da mesma
forma, substitua judiar por maltratar
e judia‹o e judiaria por maus-tratos
ou equivalente.
Jœnior.Plural: juniores (™).
Junto.A forma vai depender do sentido
da frase: a)Adjetivo. Concorda com o
substantivo:As irm‹s estavam jun-
tas. / Encontrei os amigos juntos. /
Segundo a carta junta...b)AdvŽrbio.
Fica invari‡vel e modifica o verbo:
Junto remeto a folha de pagamento. /
Envio junto os dois relat—rios. c)Lo-
cu‹o. Pode ser junto a, junto deou
junto com:Estava junto do pai. / As
casas ficavam junto do mercado. /
Construiu o edif’cio junto ˆ esta‹o. /
Saiu junto com o tio. / Levei-os junto
comigo.
Junto a. 1 Ñ Aten‹o para o uso indevi-
do da locu‹o. NinguŽm compra algo
junto a, faz entendimentos junto a,
encaminha pedidos junto a, pede
152Jabuti, jabuticaba Junto a

providncias junto a, mantŽm nego-
cia›es junto a e muito menos adqui-
re o passe de um jogador junto a outro
time ou toma um atleta emprestado
junto a. Use a preposi‹o que o verbo
exigir: Estava em negocia›es com o
Banco do Estado(em vez deÒjunto
aoÓ). / Pediu o emprŽstimo ao BNDES
(em vez deÒjunto aoÓ). / Adquiriu do
Vasco o passe do jogador(e n‹o
Òjunto aoÓ). / Encaminhou a solicita-
‹o ao governo do Estado (e n‹o
Òjunto aoÓ). / Solicitou providncias
das (em vez deÒjunto ˆsÓ)autorida-
des / Entrou com o recurso no Tribu-
nal de Justia (em vez deÒjunto
aoÓ). / A decis‹o repercutiu mal entre
os brasileiros (em vez deÒjunto
aosÓ). / As cotas do fundo n‹o pode-
r‹o ser cobradas do governo (em vez
de Òjunto aoÓ). 2ÑJunto a, no entan-
to, pode equivaler a adido a:O embai-
xador brasileiro junto ao Vaticano
deixa o cargo amanh‹.
Junto com. Redund‰ncia. Use com, ape-
nas: Os empres‡rios participaram da
iniciativa com (e n‹o Òjunto comÓ)os
sindicalistas. / Saiu com (e n‹o
Òjunto comÓ)o diretor.
Jurar.1 Ñ Significa prometer solene-
mente: Jurou dizer somente a verda-
de. 2 Ñ Seu uso como garantir, pro-
meter Ž modismo a evitar: O jogador
garantiu (e n‹o ÒjurouÓ)que n‹o
tinha nenhum problema. / ÒVou
fazer o que puder para vencerÓ, pro-
meteu (e n‹o ÒjurouÓ).
ÒJustiarÓ.S— em cita›es (entre aspas)
pode ser usado como sin™nimo de
matar ou executar.
ÒJusticeiroÓ. No caso do matador por
encomenda ou por conta pr—pria, use
a palavra sempre entre aspas, no t’tu-
lo, ou, no texto, seguida de explica-
›es como: Um ÒjusticeiroÓ(assassi-
no profissional)foi o autor...
ÒJustificar queÓ. Justifica-sealguma
coisa, mas n‹o sejustifica que.
Justo.Evite o anglicismo. Use justa-
mente, e n‹o ÒjustoÓ, em frases co-
mo:Justamente agora (em vez de jus-
to agora)ele perdeu o emprego. / O
deputado anunciou que ia sair can-
didato justamente (e n‹o justo)na
terra do maior advers‡rio. Ou seja,
sempre que justo puder ser substitu’-
do por justamente, Ž esta palavra que
se deve usar.
Kafka. a)Nunca diga que Kafka escre-
via em checo. Ele usou o alem‹o em
seus livros. b)O adjetivo Ž kafkiano e
n‹o ÒkafkanianoÓ.
Kibutz. Plural: kibutzim.
ÒKilo...Ó. O certo Ž quilo...: quilograma,
quilohertz, quil™metro, quilowatt. A
abreviatura Ž que Ž com k: kg, kHz,
km, kW.
km. Como toda abreviatura do sistema
mŽtrico, km (de quil™metro)n‹o tem
plural nem ponto. Por isso, use km,
sempre em minœsculas, para quil™-
metro e quil™metros (ÒKMÓ, ÒKmÓe
ÒkmsÓn‹o existem).
Kšln. Use em portugus: Col™nia.
Kubitschek. Desta forma.
ÒLabaredas de fogoÓ. Redund‰ncia. N‹o
use.
Lady. N‹o use artigo antes de lady:
Ficou encantado com lady Diana.
Lagoa.Inicial maiœscula: Lagoa dos
Patos.
Largo. Inicial maiœscula: Largo da Con-
c—rdia.
Lana-perfume.Palavra masculina:um
lana-perfume, os lana-perfumes.
153Junto com Lana-perfume

ÒLanar novoÓ. Redund‰ncia: tudo que
se lana Ž novo.
Lateral...Com h’fen no futebol:lateral-
direito, lateral-esquerdo(jogador), la-
teral-direita elateral-esquerda (posi-
‹o).
Latino... Existe h’fen nos adjetivos p‡-
trios: latino-americano. Nos demais
casos:latin—filo, latinofobia, latino-
mania.
Latir. Conjuga‹o. S— tem as formas em
que ao t se segue e ou i: latem, latiu.
Admite apenas a 3» pessoa (singular e
plural).
Lato sensu.Desta forma.
Leads.O lead Ž a abertura da matŽria.
Nos textos noticiosos, deve incluir,
em duas ou trs frases, as informa-
›es essenciais que transmitam ao
leitor um resumo completo do fato.
Precisa sempre responder ˆs quest›es
fundamentais do jornalismo: o que,
quem, quando, onde, como e por qu.
Uma ou outra dessas perguntas pode
ser esclarecida no sublead, se as de-
mais exigirem praticamente todo o
espao da abertura.
Graficamente, recomenda-se que o
lead tenha no m‡ximo 4 a 5 linhas de
70 toques. Nada impede, porŽm, que
ocupe uma ou duas linhas, apenas,
em casos excepcionais ou quando se
tratar de informa›es de impacto.
Mais que nas demais partes do texto,
o lead deve ser objetivo, completo,
simples e, de preferncia, redigido na
ordem direta.
Todas as demais recomenda›es
feitas a respeito do texto jornal’stico
valem especificamente para o lead (as
palavras estranhas ou desconhecidas
dever‹o ser sempre explicadas; rebus-
camentos n‹o tm vez na abertura; o
fato que constitui o lead deve ser
novo; use frases curtas; procure dar
um ritmo adequado ˆ frase e, princi-
palmente, jamais construa leads de
um œnico per’odo).
1 Ñ Objetividade
Veja exemplos de leads objetivos e
diretos:
As mulheres se envolvem cada
vez mais no tr‡fico e uso de coca’na
e crack em S‹o Paulo. Os dados, di-
vulgados ontem pela pol’cia paulis-
ta, revelam que, das 980 pessoas pre-
sas em flagrante no ano passado, 229
eram mulheres. ÒElas comeam a
fumar crack ou a cheirar coca’na em
festas com os amigos ou namora-
dosÓ, revelou o delegado Fernando
Vilhena. ÒQuando o fornecedor desa-
parece, passam a roubar e a fazer de
tudo para conseguir a droga.Ó
A que foi classificada como Òa ne-
vasca do sŽculoÓnos Estados Unidos
matou pelo menos 100 pessoas e blo-
queou aeroportos, estradas e edif’-
cios com uma camada de atŽ 80 cen-
t’metros de neve. A tempestade obri-
gou as autoridades a fechar seis aero-
portos e a declarar estado de emer-
gncia em seis Estados. Em Nova
York, 18 pessoas ficaram intoxicadas
pelo mon—xido de carbono: o gelo
obstruiu os canos de escapamento
dos carros.
O ator portugus Joaquim de Al-
meida divide a vida entre seus apar-
tamentos em Lisboa e Nova York e os
cen‡rios de dezenas de partes dife-
rentes do mundo. Tem carreira feita
no cinema europeu e norte-america-
no e fechou o ano com uma satisfa-
‹o especial. Ad‹o e Eva, filme 100%
portugus dirigido pelo amigo Joa-
quim Leit‹o, rompe com a lingua-
gem do cinema lusitano e, em uma
semana, bateu um recorde no pa’s:
foi visto por 30 mil pessoas.
Nos trs casos, todas as informa-
›es importantes constam da abertu-
ra e qualquer pessoa que tivesse lido
154ÒLanar novoÓ Leads

apenas essas linhas j‡ estaria razoa-
velmente informada sobre o assunto.
2 Ñ Burocr‡ticos
Em muitos casos, porŽm, os leads
limitam-se a descrever a not’cia bu-
rocraticamente, sem a menor preo-
cupa‹o de fornecer ao leitor, logo no
in’cio, as informa›es essenciais refe-
rentes ao fato. Veja um exemplo:
Policiais de Osasco, na Grande
S‹o Paulo, esclareceram ontem o de-
saparecimento de Margarida Almei-
da de Souza, de 19 anos, filha de um
empres‡rio da cidade. No comeo de
maro, ela saiu de casa para morar
com o namorado çlvaro de Andrade
Silva, de 23 anos, viciado em coca’-
na e maconha, e n‹o deu mais not’-
cias.
Como se pode verificar, o lead ter-
mina sem que o leitor tenha a menor
idŽia do que havia acontecido com a
jovem. O texto real seria este:
Filha de um empres‡rio de Fran-
cisco Morato, na Grande S‹o Paulo,
e desaparecida desde maro, Marga-
rida Almeida de Souza, de 19 anos,
foi morta pelo namorado, çlvaro de
Andrade Silva, de 23 anos, em Mira-
catu, no Vale do Ribeira. Silva, preso
anteontem por policiais de Osasco,
alegou ter cometido o crime porque
queria voltar a morar com a mulher
e Margarida ameaava denunci‡-lo
por causa do envolvimento dele com
drogas.
Repare em outras aberturas total-
mente desprovidas de interesse, mas
nas quais sempre haveria detalhes
mais importantes para despertar a
aten‹o do leitor ou informa›es
mais consistentes a antecipar:
Repercutiu intensamente ontem
em todo o Pa’s a aprova‹o pelo Con-
gresso da reforma da Previdncia. / O
presidente brasileiro chegou ontem a
Paris para uma visita de quatro dias
ˆ Frana. / A Federa‹o Nacional dos
Bancos divulgou ontem os valores
das novas tarifas que os bancos pas-
sar‹o a cobrar dos clientes a partir da
pr—xima semana. / O governador de
S‹o Paulo est‡ sendo aguardado
amanh‹, ˆs 10 horas, na AssemblŽia
Legislativa, para falar aos deputados
a respeito das d’vidas do Banespa. /
Acontece hoje, ˆs 21 horas, no Bar do
Alem‹o (Avenida Ant‡rtica, 554,
PompŽia, zona oeste de S‹o Paulo, te-
lefone 011/871-4745), a festa de lan-
amento do CD Todas as Vidas.
3 Ñ Repercuss›es e su’tes
Nas repercuss›es ou su’tes do no-
tici‡rio, abra a not’cia sempre com o
fato mais importante e n‹o diga ape-
nas que houve repercuss‹o ou o fato
prosseguiu. Nunca escreva, por exem-
plo:
A denœncia publicada ontem pelo
Estado, de que parte do equipamen-
to destinado ˆs obras da HidrelŽtri-
ca de Mata Cerrada veio de uma
usina desmontada dos Estados Uni-
dos, repercutiu amplamente na ses-
s‹o do Congresso. O deputado Lucia-
no Machado (PDV-SP) chegou a pro-
por o bloqueio dos bens e a pris‹o ad-
ministrativa dos respons‡veis pela
sua constru‹o.
Veja como montar o lead da reper-
cuss‹o:
O deputado Luciano Machado
(PDV-SP) prop™s ontem o bloqueio
dos bens e a pris‹o administrativa
dos respons‡veis pela constru‹o da
HidrelŽtrica de Mata Cerrada. O par-
lamentar tomou a decis‹o como con-
seqŸncia das denœncias do Estado,
publicadas ontem, de que parte do
equipamento veio de uma usina des-
montada dos Estados Unidos.
155Leads Leads

Eis outro mau exemplo da su’te de
um notici‡rio:
Durante quase seis horas, oito tes-
temunhas prestaram depoimento
ontem no 15¼ Distrito Policial, no in-
quŽrito que apura o caso do comer-
ciante Jo‹o dos Santos, acusado de
ter matado com um pontapŽ o ven-
dedor ambulante Carlos Augusto de
Morais, na Avenida Cidade Jardim,
s‡bado passado. O delegado Marcos
Lu’s de Almeida, que preside o in-
quŽrito, e o promotor JosŽ Carlos Fi-
gueira, designado especialmente
para o caso, ouviram os relatos e fi-
zeram muitas perguntas ˆs testemu-
nhas.
O lead termina e o leitor sabe ape-
nas que oito testemunhas depuseram.
Quem lesse a not’cia atŽ o fim,
porŽm, teria imediatamente ˆ dispo-
si‹o o verdadeiro lead: dos oito de-
poimentos, apenas o da noiva do co-
merciante tentava defend-lo. Todos
os demais o acusavam pela morte do
ambulante. Era isto que a abertura de-
veria afirmar:
Das oito testemunhas ouvidas
ontem pela pol’cia, sete apontaram o
comerciante Jo‹o dos Santos como
respons‡vel pela morte do vendedor
ambulante Carlos Augusto de Mo-
rais, s‡bado, na Avenida Cidade Jar-
dim. Apenas a noiva do acusado,
Maria da Concei‹o, tentou isent‡-lo
de culpa. Segundo os depoimentos,
Morais matou a v’tima com um pon-
tapŽ na cabea. O delegado Marcos
Lu’s de Almeida, que preside o in-
quŽrito, e o promotor JosŽ Carlos Fi-
gueira, designado especialmente
para o caso, ouviram as testemunhas
durante seis horas.
Ao contr‡rio, leia um lead sobre a
repercuss‹o de fato abrangente no
qual o leitor tem uma idŽia global de
como as fontes consultadas recebe-
ram a not’cia:
Empres‡rios e l’deres sindicais de
S‹o Paulo, Rio, Porto Alegre e Belo
Horizonte dividiram ontem suas opi-
ni›es a respeito do novo pacote fis-
cal: alguns o consideraram Òrazo‡-
velÓ, mas houve quem o qualificasse
de Òcaa-n’queisÓ, como o presiden-
te do Sindicato X, Jo‹o de Almeida.
4 Ñ Falta de informa›es
H‡ leads que n‹o apenas deixam de
tratar o fato de forma direta, como
pecam por omitir informa›es essen-
ciais. Veja o exemplo:
Ontem ˆ noite, depois de uma reu-
ni‹o de quatro horas, a dire‹o do
Sindicato dos Trabalhadores em Ho-
tŽis de Foz do Iguau aceitou uma
contraproposta do sindicato dos em-
pres‡rios que poder‡ evitar a greve
da categoria que paralisaria a cidade
que, nesta Žpoca do ano, recebe mi-
lhares de turistas.
O texto j‡ comea mal, com com-
plementos que poderiam estar depois
da ora‹o principal, e n‹o diz simples-
mente, nas linhas iniciais, em que
consiste a contraproposta que pode
evitar a greve.
5 Ñ ÒHumanosÓ
A abertura das matŽrias ditas Òhu-
manasÓest‡ entre as mais dif’ceis de
redigir. Exige criatividade e muito
cuidado para que o texto n‹o tangen-
cie o pieguismo. Estes s‹o dois bons
exemplos de leads ÒhumanosÓ:
Carlos Ramalho beijou a poa de
‡gua em que pisou assim que desceu
do ™nibus, na plataforma 75 do Ter-
minal Rodovi‡rio do Tiet. ÒQuer
melhor chegada para um baiano que
est‡ fugindo da seca?ÓEle ficou sur-
preso na manh‹ de ontem quando
chegou a S‹o Paulo. Chovia e fazia
156Leads Leads

muito frio, Òcoisa rara na terrinhaÓ.
Antes de saber para que lado ia, pre-
feriu andar um pouco descalo, pi-
sando nas poas de ‡gua.
Aos 35 anos de idade, o jornalista
Haroldo de Faria Castro j‡ viajou
cerca de 1 milh‹o de quil™metros, vi-
sitou 74 pa’ses, rodou as AmŽricas a
bordo de uma velha Kombi e acabou
batendo o recorde de Jœlio Verne: deu
a volta ao mundo em 79 dias, carre-
gando a tocha ol’mpica da paz.
6 Ñ Interpretados
Em casos excepcionais e quando a
matŽria realmente o justifique, uma
abertura pode deixar de lado os prin-
c’pios da isen‹o e objetividade e ad-
mitir algum grau de interpreta‹o,
como no exemplo seguinte:
A mais significativa vit—ria de um
lobby articulado na atual Consti-
tuinte n‹o foi de empresas especiali-
zadas e organizadas para esse fim ou
os financiados pelas poderosas mul-
tinacionais. Foi a do Departamento
Intersindical de Assessoria Parla-
mentar (Diap), que conseguiu a in-
clus‹o, no projeto da Comiss‹o de
Sistematiza‹o, de 38 reivindica›es
de 9 confedera›es de trabalhadores,
9 federa›es de funcion‡rios pœbli-
cos de n’vel nacional, 3 centrais sin-
dicais e mais de 300 sindicatos.
7 Ñ Intercala›es
Se no meio do texto as intercala-
›es exageradas j‡ s‹o conden‡veis e
desviam a aten‹o do leitor, no lead
tornam-se mais graves, porque podem
simplesmente afast‡-lo de toda a ma-
tŽria. Veja dois casos em que os per’o-
dos deveriam ter sido quebrados em
frases menores:
Quando o ministro-chefe do Esta-
do-Maior das Foras Armadas
(EMFA), tenente-brigadeiro Alberto
de Souza, deixou claro na reuni‹o do
Conselho de Desenvolvimento Eco-
n™mico (CDE), no Pal‡cio da Alvora-
da, que os militares n‹o aceitariam
nenhuma redu‹o na forma de c‡l-
culo de seus vencimentos que n‹o
atingisse igualmente os Poderes Le-
gislativo e Judici‡rio, o setor econ™-
mico do governo federal entendeu
que tinha pela frente um problema
bem mais sŽrio do que imaginava.
Os dois seqŸestradores de Vanes-
sa Carla de Oliveira, de 2 anos e
meio, que a mantiveram como refŽm
durante 8 horas, na quarta-feira pas-
sada, e a esfaquearam quando a po-
l’cia iniciava o seu resgate, eram ex-
estudantes da Faculdade Jo‹o Rama-
lho, de S‹o Paulo, JosŽ Carlos Tanga-
nelli, de 26 anos, quartanista de Ad-
ministra‹o de Empresas, e Vicente
Lopes da Silva, aluno do primeiro
ano de Engenharia de Sistemas.
8 Ñ N‹o noticiosos
Aberturas n‹o noticiosas tambŽm
exigem habilidade, a exemplo das
ÒhumanasÓ, porque o redator n‹o est‡
lidando com fatos, nos quais a hierar-
quia da informa‹o j‡ se estabelece de
maneira mais ou menos autom‡tica.
Por isso, Ž preciso sempre levar ao lei-
tor o ponto central da informa‹o de
maneira atraente e de forma que ele
perceba que n‹o est‡ diante de uma
not’cia propriamente dita. Veja exem-
plos:
N‹o se sabe a que horas acordam,
quantos maos de cigarros fumam,
se bebem antes, durante e depois.
Mas os romances que produzem
cheiram a dinheiro, quase dispen-
sam publicidade e invariavelmente
encabeam as listas dos mais vendi-
dos. Nesta p‡gina, trs exemplos des-
ses escritores-vendedores e seus
novos lances: Georges Simenon, Jo-
hanna Kingsley e Sydney Sheldon.
157Leads Leads

Provar a honestidade. Este Ž o de-
safio permanente dos hom™nimos,
v’timas da burocracia da Justia, das
listas telef™nicas e atŽ dos computa-
dores do Servio de Prote‹o ao CrŽ-
dito. Quando precisam assinar con-
tratos, logo surgem os fantasmas dos
xar‡s, que n‹o pagam suas d’vidas e
acabam dificultando os neg—cios.
Entregadores domiciliares de piz-
zas transformaram-se no alvo prefe-
rido de grupos organizados de jovens
delinqŸentes da classe mŽdia, cuja
ousadia j‡ preocupa os donos das piz-
zarias. Os jovens cercam os entrega-
dores e levam as pizzas, o dinheiro e,
muitas vezes, tambŽm a moto ou a
bicicleta. Alguns dos comerciantes
sabem quem s‹o os ladr›es, mas
nada podem fazer contra eles.
9 Ñ O —bvio ou lugar-comum
Fuja da abertura —bvia ou lugar-
comum, que pode tanto ser aquela
que se repete sempre nas mesmas
Žpocas ou circunst‰ncias como aque-
la que j‡ foi usada tanto que o bom
senso recomenda evitar. Veja alguns
exemplos:
Se estivesse vivo, o compositor tal
estaria completando hoje 90 anos de
idade. / Quando fez valer sua in-
fluncia para embarcar no HŽrcules
C-130 da FAB, o comandante Ant™-
nio Soares jamais poderia imaginar
que aquela era sua œltima viagem. /
O movimento das estradas paulistas
comeou ontem a ficar muito inten-
so por causa do feriado prolongado
da Semana Santa. / O movimento
das lojas em S‹o Paulo comea a au-
mentar com a aproxima‹o do Natal.
As formas se estivesse vivoou n‹o
poderia imaginarj‡ foram usadas ao
infinito nos leads. E a referncia ao
movimento nas estradas e nas lojas s—
repete o —bvio: que ele cresce no
Natal e nas vŽsperas de feriados.
10 Ñ ÒCriatividadeÓ
Fuja a todo custo da falsa criativi-
dade e da tenta‹o de tornar seu lead
engraado ou muito diferente. Lem-
bre-se: essas formas s‹o muito dif’-
ceis de alcanar e o mais que se con-
segue, muitas vezes, s‹o exemplos de
gosto (para dizer o m’nimo)discut’-
vel como os que se seguem:
Se estivesse vivo, o compositor ita-
liano Bellini ficaria feliz ao saber que
empresta seu nome ao restaurante
que tem a vista panor‰mica mais bo-
nita de S‹o Paulo. / A nova equipe
que o S‹o Paulo montou para esta
temporada sofreu ontem o primeiro
abalo. O epicentro do terremoto foi o
campo n¼ 1 do Centro de Treinamen-
to. / Se o mosquitoAedes aegypti
pensou que ia ter folga nesta prima-
vera, preparando seu exŽrcito para
atacar no ver‹o, pode tirar os ovinhos
da chuva. ƒ que a Sucam iniciar‡
campanha contra o inseto. / O ven-
cedor de Cruzeiro x Palmeiras sai
hoje do Mineir‹o gritando: ÒSou
l’der.ÓA partida tem in’cio ˆs 19
horas. / Nem a legisla‹o eleitoral es-
capa de drible na terra de ManŽ Gar-
rincha. Em MagŽ (Grande Rio), o pre-
feito do vizinho munic’pio de Guapi-
mirim, NŽlson Costa Mello (PL), 48
anos, deu um chapŽu na lei que pro’-
be a reelei‹o, safou-se de tentativa
da Justia de derrub‡-lo na entrada
da ‡rea e ficou de cara para o gol nas
urnas de 3 de outubro.
Legendas.1 Ñ A n‹o ser em casos
muito especiais, toda legenda do Es-
tadotem uma linha de texto.
2 Ñ N‹o existe ponto-final na le-
genda: Presidente ouve ministro: su-
cess‹o em debate / A defesa conside-
rou o capit‹o ÒcorajosoÓ: a Justia de-
cidiu que ele Ž Òindigno da fardaÓ.
158Leads Legendas

3 Ñ As legendas, no Estado, devem,
sempre que poss’vel, cumprir duas
fun›es, simultaneamente: descrever
a foto, com verbo de preferncia no
presente, e dar uma informa‹o ou
opini‹o sobre o acontecimento. O uso
de dois-pontos Ž recomend‡vel, atŽ
por ser um elemento facilitador. Veja
alguns exemplos:
Presidente ouve ministro: suces-
s‹o fora de pauta / JoanŽsia, vale do
Rio Doce: metade da popula‹o est‡
desabrigada / Moradores reagem:
ÒQueremos as ‡rvores de voltaÓ/ Go-
vernador responde a governador: cr’-
ticas contra cr’ticas / RŽveillon: re-
ceita inclui roupa branca e muito
champanhe / Carmem de Oliveira
cruza a linha: primeira brasileira a
vencer a S‹o Silvestre / Prefeito pro-
mete: ÒVou criar uma cidade-mode-
loÓ.
4 Ñ Use sempre informa›es adi-
cionais (esquerda, direita, centro; de
bigode, de —culos, curvado; etc.)para
que o leitor saiba quem Ž cada um dos
personagens da foto: Scalfaro (esquer-
da) lava as m‹os: solu‹o pol’tica
para o caso de Dini (direita) ficar‡
com o Parlamento / Maria (de —culos)
pede providncias a Joana (esquerda)
e Ismnia (direita) / Jo‹o dos Santos
(abaixado) mostra como Alberto Ro-
drigues o atingiu.
5 Ñ ƒ indispens‡vel que o detalhe
referido na legenda conste do notici‡-
rio, para que ela n‹o se torne uma in-
forma‹o solta e sum‡ria no jornal
nem deixe dœvidas no esp’rito do lei-
tor. Se a foto apresenta um deputado
em cadeira de rodas, explique o moti-
vo na not’cia que acompanhar a le-
genda. As agncias internacionais,
por exemplo, fornecem com freqŸn-
cia fotos desacompanhadas de matŽ-
ria, que se esgotam no flagrante repro-
duzido. Caso as informa›es sejam
insuficientes para fazer parte da not’-
cia, transforme-as num texto-legen-
da.
6 Ñ N‹o force conclus›es exagera-
das. A foto de uma pessoa aparente-
mente assustada, sem nada que o jus-
tifique (principalmente o texto), de-
sautoriza qualquer legenda apressada
como: Jo‹ozinho no Corinthians: as-
sustado com a responsabilidade /
Presidente do PMDB n‹o esconde
preocupa‹o: destino do partido est‡
em jogo. O susto de Jo‹ozinho e a
preocupa‹o do presidente do partido
podem ser pormenores ocasionais (ou
mera presun‹o), sem nenhum fun-
damento nos fatos.
7 Ñ Nas legendas nas quais o verbo
da ora‹o principal esteja no presen-
te, a palavra ontemobviamente s—
pode figurar na ora‹o acess—ria, em
que o verbo no passado descreve a cir-
cunst‰ncia do fato: Deputados dei-
xam o plen‡rio, no fim da sess‹o com
que o Congresso abriu ontema nova
legislatura / Josuel sobe para o rebo-
te, no jogo em que o Brasil venceua
Argentina ontemno Ibirapuera por
101 a 98.
Assim, est‹o erradas as formas:
Deputadosdeixam ontem o plen‡-
rio/ Deputadosdeixam o plen‡rio
ontem / Josuelsobe ontem para o re-
bote/ Josuelsobe para o rebote, on-
tem.
8 Ñ Mesmo nas legendas de uma
coluna Ž sempre poss’vel incluir algu-
ma coisa mais que o simples nome da
pessoa retratada: Mafalda: trabalho
gratuito / Osmar: fus‹o em marcha /
Prado: quase certo / Steffi: estrŽia
tranqŸila.
9 Ñ Duas ou mais fotos publicadas
lado a lado podem ter uma œnica le-
genda, com a descri‹o dos fatos se-
guindo rigorosamente a ordem em
que as fotos aparecem na p‡gina, da
esquerda para a direita.
10 Ñ Duas ou mais fotos publica-
das em coluna poder‹o ter uma legen-
da œnica, igualmente, na mais inferior
delas ou legendas individuais, em que
pode ser usado o recurso das reticn-
cias para indicar que a a‹o conti-
159Legendas Legendas

nua na foto de baixo:O assaltante
prepara-se para atirar... /... enquanto
os companheiros tomam posi-
‹o... /... sem perceber o policial ocul-
to no banco.
11 Ñ Ilustra›es, tabelas, mapas,
gr‡ficos, etc., podem ou n‹o ter legen-
da, dependendo de esgotarem a infor-
ma‹o ou necessitarem de explica-
›es adicionais.
12 Ñ Finalmente, evite descri›es
—bvias: Fulano fala ao telefone com
beltrano / O deputado deixa o recin-
to da C‰mara / O S‹o Paulo entra em
campo.
13 Ñ Ver tambŽm texto-legenda,
p‡gina 281.
Legiferar. Sem s, assim como legiferan-
te.
Lei. 1 Ñ Inicial maiœscula nas leis ofi-
ciais: Lei n¼ 243, Lei do Passe, Lei
çurea, Lei Org‰nica dos Munic’pios.
2 Ñ Inicial minœscula nos demais
casos: lei de Gerson, lei da oferta e da
procura, lei seca.
Lei Magna.Iniciais maiœsculas. Evite
essa forma, porŽm.
Lemas. Do bras‹o do munic’pio de S‹o
Paulo: Non ducor duco(ÒN‹o sou
conduzido, conduzoÓ). Do bras‹o do
Estado de S‹o Paulo:Pro Brasilia
fiant eximia(ÒPelo Brasil faam-se as
melhores coisasÓ). Dos inconfidentes:
Libertas quae sera tamen(ÒLiberda-
de ainda que tardiaÓ).
Lembrar (regncia). 1 Ñ Lembrar algu-
ma coisa: Ele lembrava a m‹e. /
Todos o lembraram. / A casa lembra-
va a da sua inf‰ncia.2 Ñ Lembrar al-
guma coisa a alguŽm ou lembrar al-
guŽm de alguma coisa: Eles lhe lem-
braram o compromisso. / Lembra-
ram-no do compromisso. 3 Ñ Lem-
brar-se de alguma coisa: Nunca se
lembrava de nada. / Lembrou-se de
que lhe havia prometido um cargo. 4
Ñ Modernamente, j‡ se admite a
forma lembrar de: Lembrou de acor-
dar cedo. / Lembrou do caso.
Lembrar (significado). Use lembrar ape-
nas no seu sentido real, de recordar, e
n‹o como sin™nimo de dizer, em fra-
ses nas quais na verdade ninguŽm
est‡ lembrando nada, mas apenas afir-
mando. E ˆs vezes o que est‡ sendo
lembrado Ž t‹o desconhecido para o
leitor que o verbo perde o real signifi-
cado. Exemplo:O senador lembrou
que, na reuni‹o secreta do partido,
sua tese foi condenada.Na verdade,
ele est‡ revelando e n‹o lembrando.
Lenda viva. Lugar-comum. Evite.
Lenin. Desta forma, sem acento.
ÒLepraÓ, ÒleprosoÓ. Use hansen’ase e
hanseniano.
Ler. Conjuga‹o. Pres. ind.: Leio, ls, l,
lemos, ledes, lem. Pret. perf. ind.: Li,
leste, leu, lemos, lestes, leram. M.-q.-
perf. ind.: Lera, leras, lera, lramos,
lreis, leram.Pres. subj.: Leia, leias,
leia, leiamos, leiais, leiam. Imper.
afirm.: L, leia, leiamos, lede, leiam.
Lesa, leso. N‹o Ž o verbo lesar, mas o
adjetivo leso (redu‹o de lesado)que
figura em diversas palavras compos-
tas. Use, ent‹o, lesa antes de palavra
feminina e leso com o masculino:
lesa-majestade, lesa-p‡tria, leso-pa-
triotismo, leso-direito. Plural: lesas-
majestades, lesas-p‡trias, lesos-pa-
triotismos, lesos-direitos.
Levantar-se.AlguŽm se levanta, de pre-
ferncia, e n‹o levanta, apenas:Le-
vantaram-se quando ele entrou na
sala. / Levanta-se cedo todo dia. / O
Sol tambŽm se levanta.
Lvedo.Prefira esta forma a levedo (v).
Lhama.Masculino: o lhama.
Lhe, lhes.1 Ñ S‹o formas pr—prias do
objeto indireto. Substituem a ele, a
eles, a voc, a vocs: Pedi-lhe (a ele,
a voc)que sa’sse. / Nada lhes agra-
da (a eles, a vocs). / Tudo isso lhes
(a eles, a vocs)diz respeito. / O filho
obedecia-lhe(a ela)em tudo. / Quero
lhes (a eles, a vocs)dizer umas ver-
dades. / Vou lhes(a eles, a vocs)
fazer uma proposta. / Soube inspirar-
160Legiferar Lhe, lhes

lhe(a ele, a ela, a voc)confiana. /
Agradeo-lhe (a voc)o favor. / Cus-
tou-lhe(a ele)muito fazer isso. / J‡
nada lhe (a ele)importava ˆquela al-
tura. / N‹o lhes(a eles)responda
mal. / O cargo s— lhe(a ele, a ela)dera
insatisfa‹o.
2 Ñ Alguns verbos indiretos n‹o
admitem o pronome lhe, como assis-
tir (no sentido de estar presente, ape-
nas), ajudar, aspirar, presidir erecor-
rer:Assistiu a ele(a um jogo, por
exemplo). / Ajudarei a voc (e n‹oeu
lhe ajudarei)./ Aspirava ao cargo. /
Presidiu ˆ reuni‹o(e n‹opresidiu-
lhe)./ Recorro a voc, agora (e n‹ore-
corro-lhe, agora). O mesmo ocorre
com verbos de movimento comoir,
comparecer, etc.
3 Ñ ƒ errado o uso de lhe quando
o verbo pede objeto diretoem frases
como: N‹o lhe conheo(o certo:N‹o
o conheo). / A namorada ÒlheÓdei-
xou (A namorada o deixou)/ Nunca
ÒlheÓvi(Nunca o vi)./ Eu ÒlhesÓabra-
cei(Eu os abracei). / Eles ÒlhesÓdese-
jam(Eles as desejam). / Tentara
ÒlhesÓensinar a viver bem(Tentara
ensin‡-los a viver bem). / O juiz ÒlheÓ
(o)prejudicou. / A derrota vai Òfazer-
lhesÓ(faz-los)meditar. / Queria
ÒlheÓbeijar (beij‡-la). / Acusou-o de
Òter-lheÓ(t-lo)roubado. Note que,
no caso, lhe e lhes seriam substitu’-
dos por ele, eles, ela, elas, voce
vocs, e n‹o por a ele, a eles, a ela, a
elas, a vocea vocs.
Lhe, lhes (possessivo).ƒ considerado
bom recurso de estilo o uso de lhe ou
lhes no lugar deseu, sua, seus, suas:
Cumpriu-lhe(a sua)a vontade. / Feri-
lhe (a sua)a cabea. / Um soluo es-
capou-lhe (do seu)do peito. / Conhe-
o-lhe(os seus)os v’cios. / Consegui-
lhe(a sua)a confiana. / Esbarrou-lhe
(nas suas)nas costas. / O governo
frustrou-lhe(as suas)as esperanas. /
As l‡grimas que lhe(dos seus)cor-
riam dos olhos. / Matei-lhes (deles)a
fome. / O presidente n‹o quer regime
que lhe(os seus)retire os poderes. /
O irm‹o encheu-lhe(a sua)a x’cara
de ch‡.
Libertadores. O nome da taa Ž Liberta-
dores da e n‹o ÒdeÓAmŽrica.
Liderana. 1 Ñ Significa qualidade de
l’der, esp’rito de chefia: O projeto foi
aprovado pelo voto de liderana. /
Todo chefe deve ter boas condi›es
de liderana. 2 Ñ N‹o use a palavra,
porŽm, para substituir l’deres, em fra-
ses como: As lideranas (o certo: os
l’deres)dos partidos reœnem-se hoje
cedo no Congresso. / O prefeito resol-
veu enfrentar as lideranas (o certo:
os l’deres)da oposi‹o.
Liderar. Pede sempre complemento.
Isto Ž, quem lidera lidera alguma
coisa. Assim, o clube X lidera o cam-
peonato, o deputado Y lidera os dis-
sidentes, o Brasil lidera os pa’ses la-
tinos,etc. Nenhum deles lidera, sim-
plesmente.
Lied.Plural: lieder.
Limite.1 Ñ Ver fronteira, p‡gina 132.
2 Ñ Liga-se com h’fen a outro subs-
tantivo:condi‹o-limite, situa›es-
limite.
Limpado, limpo. Use limpado com ter
e haver e limpocom ser e estar: Tinha
(havia)limpado, foi (estava)limpo.
Linchamento. Implica a morte da v’ti-
ma. Se esta sobreviver, ter‡ ocorrido
uma tentativa de linchamento.
Liquefazer, l’quido. Sem trema, assim
como liquefeito, liquefa‹o, liquida-
‹o, liquidante, liquidat‡rio, liquid‡-
vel, liquidez, liquidificar, liquidifica-
dor, etc.
Lisboeta. Use esta forma para designar
o natural de Lisboa.
Lista, listado, ÒlistarÓ. 1 Ñ Use lista
tanto para rela‹o como para faixa,
tira: a lista de nomes, lista negra,
duas listas verticais.Igualmente lis-
tado: camisa listada, tecido listado.
2 Ñ Listar, que os dicion‡rios n‹o re-
gistram, deve ser substitu’do por re-
lacionar ou equivalente. 3 Ñ Reserve
161Lhe, lhes (possessivo) Lista, listado, ÒlistarÓ

listagem apenas para a lista feita em
computador (e n‹o para uma lista ou
rela‹o qualquer).
Litoral. Inicial minœscula: o litoral(do
Estado ou qualquer outro), o litoral
norte, o litoral sul, no litoral norte do
Paran‡.
Lobby. Plural: lobbies. Formas deriva-
das: lobismo e lobista.
Locais de S‹o Paulo. Ver S‹o Paulo (lo-
cais), p‡gina 260.
Localiza‹o.1 Ñ As not’cias da cidade
de S‹o Paulo dispensam procedncia
(n‹o se usa: SÌO PAULO Ñ O cho-
que de dois ve’culos ontem...), mas
devem sempre indicar que o fato se
realizou na capital. Assim, escreva: A
vota‹o da nova Lei de Zoneamento
pela C‰mara de S‹o Paulo terminou
em tumulto e agress›es ontem. / A
Prefeitura de S‹o Paulo determinou
a reforma do Teatro Municipal... / A
nova passeata de professores, realiza-
da ontem na Avenida Paulista, em
S‹o Paulo, interrompeu totalmente o
tr‰nsito dos Jardins. Ou seja, mesmo
nos casos mais evidentes, d ao leitor
do interior ou de outros Estados con-
di›es de identificar o local do acon-
tecimento.
2 Ñ As informa›es provenientes
de outras cidades, mesmo da Grande
S‹o Paulo, ser‹o identificadas pelo
nome do local de origem na procedn-
cia da matŽria. De qualquer forma,
sempre que houver possibilidade de
dœvida, n‹o hesite em mencionar, por
exemplo, nesta cidade.
3 Ñ Se a cidade for pouco conheci-
da (tanto de S‹o Paulo quanto de ou-
tros Estados), fornea ao leitor dados
adicionais sobre a sua localiza‹o
(norte de Goi‡s, divisa de S‹o Paulo
com Mato Grosso do Sul, a 600 qui-
l™metros de Salvador, situada no Re-
c™ncavo Baiano, no litoral catarinen-
se,etc.).
4 Ñ O mesmo vale para cidades do
exterior (norte da It‡lia, costa do Pa-
c’fico, nordeste do Peru, regi‹o dos
Grandes Lagos). Neste caso, ˆ exce-
‹o das capitais (e assim mesmo dos
pa’ses mais freqŸentes no notici‡rio)
ou das cidades realmente muito co-
nhecidas, convŽm sempre especificar
o pa’s onde fica o local do aconteci-
mento.
5 Ñ Procure sempre identificar os
locais mencionados no notici‡rio
oriundo da cidade de S‹o Paulo:A ci-
dade AE Carvalho, perto de Itaque-
ra, zona leste... / O Jardim Robru, na
zona leste... / O bairro tal, na regi‹o
de Santo Amaro, zona sul... / A Vila
Brasil‰ndia, na zona oeste... / Os bai-
xos do Viaduto do Ch‡, no centro da
cidade...
6 Ñ Para a maior clareza do noti-
ci‡rio, procure sempre dar informa-
›es adicionais que ajudem o leitor a
entender melhor a situa‹o descrita:
A regi‹o de Parelheiros, uma das
mais pobres da zona sul... / A falta de
‡gua no Jardim X, situado em uma
das ‡reas mais altas da capital...
7 Ñ Em qualquer tipo de matŽria
de servios editada em S‹o Paulo
(shows, espet‡culos, o que funciona,
o que fecha, locais de vacina‹o, lo-
cais de exames, galerias, gin‡sios),
nunca deixe de incluir o endereo, na
not’cia: ele Ž uma das principais in-
forma›es que voc estar‡ prestando
ao leitor.
8 Ñ Em casos extraordin‡rios do
notici‡rio local (espet‡culos em ‡reas
especiais ou ao ar livre, promo›es,
exames, vacina‹o e outras ativida-
des do gnero), pode ser necess‡rio
n‹o apenas fazer um mapa do local do
acontecimento, como mostrar ao lei-
tor a maneira de chegar a ele (de carro,
™nibus, metr™, trem ou qualquer
outro meio de transporte dispon’vel).
9 Ñ No notici‡rio policial da cida-
de, identifique sempre o local da ocor-
rncia, sendo obrigat—ria a men‹o ˆ
rua, avenida ou praa e ao bairro ou
regi‹o do crime, acidente, desaba-
mento, etc. Se conveniente, d maio-
162Litoral Localiza‹o

res informa›es a respeito (zona da ci-
dade ou proximidade de outros bair-
ros, por exemplo).
10 Ñ Sempre que fizer men‹o a
um prŽdio (escola, hospital, quartel,
sede de empresa ou entidade)ou local
espec’fico de S‹o Paulo, indique a rua
onde se situa:O presidente da Repœ-
blica visitar‡ amanh‹ o Hospital X,
na Rua Y, n¼ tal. / A reuni‹o realizou-
se na sede da empresa X, na Rua Y,
n¼ tal. Caso o local seja muito conhe-
cido, dispensa-se esse tipo de indica-
‹o (Hospital das Cl’nicas, Pal‡cio
dos Bandeirantes e outros).
11 Ñ Not’cias sobre lojas, empre-
sas ou firmas poder‹o divulgar o seu
endereo comercial sempre que este
for necess‡rio para complementar o
servio que se presta ao leitor. Tome
cuidado, apenas, para que a informa-
‹o n‹o d idŽia de matŽria paga ou
promocional.
Longa-metragem. Plural: longas-metra-
gens.
Lorde. 1 Ñ E n‹o ÒlordÓ. 2 Ñ N‹o use
artigo antes de lorde: Foi ˆ caada
com lorde Anthony.
Lœcifer.Palavra proparox’tona. Plural:
Luc’feres.
Lugar-comum.O lugar-comum (ou
chav‹o ou clich)Ž a frase, imagem,
constru‹o ou combina‹o de pala-
vras que se torna desgastada pela re-
peti‹o excessiva e perde a fora ori-
ginal. Deve ser evitado a todo custo
no jornal, pois transmite ao leitor
uma idŽia de texto superado, envelhe-
cido e sem imagina‹o. Nem sempre,
porŽm, o chav‹o tem origem remota:
h‡ tambŽm os casos de clichs recen-
tes, difundidos principalmente pela
televis‹o e pelo r‡dio e adotados inad-
vertidamente pelos jornais. Veja os
tipos mais usuais de lugares-comuns
e algumas dezenas deles. Considere-
os exemplos de outros que dever‹o
igualmente ser expurgados do noti-
ci‡rio:
1 Ñ As frases e locu›es. Entre os
chav›es mais freqŸentes, est‹o as lo-
cu›es e combina›es invari‡veis de
palavras (sempre as mesmas, na
mesma ordem)que tambŽm compro-
metem o texto. Neste caso se enqua-
dram ainda as frases feitas que, embo-
ra origin‡rias da linguagem popular
(dar a volta por cima, por exemplo),
terminam por se repetir ˆ exaust‹o,
produzindo o mesmo efeito do lugar-
comum.
Eis os principais exemplos: abertu-
ra de contagem, abrir com chave de
ouro, acertar os ponteiros, a duras
penas, agarrar-se ˆ certeza de, agra-
dar a gregos e troianos, alto e bom
som, ao apagar das luzes, aparar as
arestas, apertar os cintos, ˆ sacieda-
de, a sete chaves, atear fogo ˆs ves-
tes, atingir em cheio, a toque de
caixa, baixar a guarda, banco dos
rŽus, bater em retirada, bola da vez,
cair como uma bomba, cair como
uma luva, cantar vit—ria, causar es-
pŽcie, cavalo de batalha, chegar a um
denominador comum, chover a c‰n-
taros, chover no molhado, chumbo
grosso, colhido pelo ™nibus, colocar
um ponto final, com a rapidez de um
raio, comŽdia de erros, como um
raio, conjugar esforos, consternou
profundamente, contabilizar as per-
das, coroado de xito, correr por fora,
cortina de fumaa, crivar de balas,
dar com os burros nՇgua, dar m‹o
forte a, dar o œltimo adeus, debelar
as chamas, de cabo de esquadra, dei-
tar ra’zes, deixar a desejar, de m‹o
beijada, depois de um longo e tene-
broso inverno, desbaratada a quadri-
lha, de vento em popa, dirimir dœvi-
das, discorrer sobre o tema, dispensa
apresenta›es, dizer cobras e lagar-
tos, divisor de ‡guas, do Oiapoque ao
Chu’, em compasso de espera, empa-
nar o brilho, em ponto de bala, em s‹
conscincia, encerrar com chave ou
com fecho de ouro, ensaiar os primei-
ros passos, entreouvido em, esgoto a
163Longa-metragem Lugar-comum

cŽu aberto, estourar ouexplodir
como uma bomba, faca de dois
gumes, fazer as pazes com a vit—ria,
fazer das tripas cora‹o, fechar as
cortinas, fechar com chave de ouro,
fez o que p™de, ficar ˆ deriva, fincar
o pŽ, fugir da raia, hora da verdade,
inserido no contexto, jogar a p‡ de
cal, jogar as œltimas esperanas, jogo
de vida ou morte, lavrar um tento,
lenda viva, leque de op›es oude al-
ternativas, levar ˆs barras dos tribu-
nais, literalmente lotado outomado,
lugar ao sol, m‹o de ferro, morrer de
amores, morto prematuramente, na
ordem do dia, nau sem rumo, p‡gina
virada, palavra de ordem, parece que
foi ontem, passar em brancas nuvens
ouem branco, perder o bonde da his-
t—ria, perder um ponto precioso, per-
didamente apaixonado, peti‹o de
misŽria, poder de fogo, pomo da dis-
c—rdia, p™r a casa em ordem, p™r a
m‹o na massa, p™r as barbas de
molho, p™r as cartas na mesa, preen-
cher uma lacuna, prendas domŽsti-
cas, procurar chifre em cabea de ca-
valo, propriamente dito, reencontrar
o seu futebol, requintes de cruelda-
de, respirar aliviado, reta final, sa-
grar-se campe‹o, saraivada de gol-
pes, sentar-se no banco dos rŽus,
t‡bua de salva‹o, tecer coment‡rios
ou considera›es, ter boas raz›es
para, tirar do bolso do colete, tirar o
cavalo da chuva, tiro de miseric—r-
dia, tra’do pela emo‹o, trazer ˆ
tona, treinar forte, trilar o apito, tro-
car farpas, via de regra, vias de fato,
vida de cachorro evoltar ˆ estaca
zero.
2 ÑAs duplas. Existem substanti-
vos e adjetivos que andam sempre aos
pares, formando lugares-comuns fa-
cilmente evit‡veis.
Veja alguns deles: agrad‡vel sur-
presa, ‡gua cristalina, amarga decep-
‹o, briosa corpora‹o, calor escal-
dante ousenegalesco, calorosa recep-
‹o, carreira mete—rica, cartada de-
cisiva, chuvas torrenciais, corpo es-
cultural, cr’tica construtiva, dama
virtuosa, desabalada carreira, doce
esperana, doena insidiosa, duras
cr’ticas, eminente deputado ousena-
dor, ente querido, escoria›es gene-
ralizadas, esposa dedicada, ferros re-
torcidos, filho exemplar, fortuna in-
calcul‡vel, gesto tresloucado, grata
satisfa‹o ousurpresa, ilustre estir-
pe, ilustre professor, ilustre visitante,
impiedosa goleada, infausto aconte-
cimento, infla‹o galopante, inteiro
dispor, intriga soez, jogador volunta-
rioso, laos indissolœveis, lament‡-
vel equ’voco, lance duvidoso, lauto
banquete, manobra audaciosa, mera
coincidncia, obra fara™nica, pai ex-
tremoso, parcos conhecimentos, pa-
voroso incndio oudesastre, perda ir-
repar‡vel, pertinaz doena, poeta
inspirado, prestigioso —rg‹o, profun-
das ra’zes, profundo silncio, proibi-
‹o terminante, r‡pidas pinceladas,
rec™nditos rinc›es, relevantes servi-
os, rigoroso inquŽrito, semblante
carregado, silncio sepulcral outu-
mular, singela homenagem, sol es-
caldante, s—lidas tradi›es, s—lidos
conhecimentos, sonho dourado, su-
bida ’ngreme, suculenta feijoada, ta-
refa hercœlea, tradicionais estirpes,
tr‡gica ocorrncia, tumulto generali-
zado, œltimo adeus, vaias estrepito-
sas, valoroso soldado, vetusto casa-
r‹o, violento incndio eviœva incon-
sol‡vel.
3 ÑAs imagens. As pessoas, cida-
des e coisas tm nomes. Criar ima-
gens, apelidos ou defini›es que os
substituam s— contribui para a disse-
mina‹o de uma sŽrie de lugares-co-
muns que o jornal, por sobriedade e
bom senso, tem a obriga‹o de evitar.
Jamais os utilize como op‹o para as
palavras que est‹o entre parnteses:
Garoto do Parque(Rivelino), Ga-
linho de Quintino(Zico), Canhoti-
nha de Ouro (Gerson), Cidade Luz
(Paris), Cidade Maravilhosa(Rio), es-
164Lugar-comum Lugar-comum

porte bret‹o ouesporte das multi-
d›es(futebol), tr’duo de Momo (car-
naval), precioso l’quido (‡gua), astro-
rei (Sol), rainha da noite (Lua), solda-
do do fogo (bombeiro), pr—prio da
municipalidade (Pacaembu), o maior
est‡dio do mundo (Maracan‹), enla-
ce matrimonial (casamento), data
magna da Cristandade (Natal), tape-
te verde (gramado), bal‹o de couro
(bola), instrumento de trabalho(ban-
deirinha), tiro de quina (escanteio),
profissional do volante(motorista),
etc.
4 Ñ As idŽias. N‹o s‹o apenas as
palavras, frases, constru›es ou du-
plas que se reproduzem ao infinito
nos textos, mas tambŽm as idŽias ou
formas de abrir as matŽrias. Por isso,
desconfie sempre de imagens Òdife-
rentesÓque surjam prontas na sua ca-
bea e tente lembrar-se se n‹o passam
de recorda›es de outras que voc j‡
leu antes. A seguir, algumas dessas
f—rmulas que aparecem com freqŸn-
cia nos textos:
a)SonhoÑpesadelo. A oposi‹o
sonhoÑpesadelo Ž uma delas e veja
exemplos reais de como ela j‡ foi em-
pregada em todo tipo de reportagem
ou not’cia, principalmente nos t’tu-
los e leads: Casa pr—pria, o sonho que
vira pesadelo / Sonho de carro vira
pesadelo nos cons—rcios / Classe
mŽdia: acaba o sonho e comea mais
um longo pesadelo / Aposentadoria,
o sonho que vira pesadelo a cada fim
de ms / Ser o pr—prio patr‹o, outro
sonho que virou pesadelo / Sonho
palmeirense do tri vira pesadelo / O
sonho de Israel virou pesadelo.
b)O D, P ou Z da DPZ. Repare
quantas vezes voc j‡ leu: Duailibi, o
D da DPZ, ouPetit, o P da DPZ, ou
Zaragoza, o Z da DPZ.Lembre-se,
ent‹o: a forma perdeu toda e qualquer
originalidade.
c)A novela. Pense o mesmo com
rela‹o ˆ palavra novela no sentido fi-
gurado. Ou voc j‡ n‹o viu n vezes t’-
tulos ou textos como: Encerrada a
novela da venda da TV Jaragu‡. /
Chrysler no Brasil, longa novela que
pode ter um final feliz. / Termina a
novela e Juca vai para a Espanha. /
EstrŽia de Rossana vira novela.
d)Mestre AurŽlio. Outra forma ul-
trabatida Ž escrever sobre um deter-
minado tema e comear o texto pela
defini‹o do dicion‡rio, em geral pre-
cedida de: ÒSegundo mestre AurŽlioÓ.
E segue-se a explica‹o: brega Ž isto,
corrup‹o Ž aquilo, leptospirose sig-
nifica..., estramb—tico quer dizer...
e)Se estivesse vivo...AlŽm de
—bvia, esta constru‹o constitui
outro lugar-comum a evitar. E, por
mais incr’vel que parea, sua freqŸn-
cia no notici‡rio chega a preocupar:
Se estivesse vivo, Jo‹o de Almeida es-
taria completando hoje 90 anos. E
leva a absurdos como:Se estivesse
vivo, Ivan dos Santos faria hoje 400
anos.
f)N‹o poderia imaginar... Outro
chav‹o, em geral introduzido por
quando: Quando fez tal coisa, fulano
n‹o poderia imaginar que... / Quan-
do recorreu ao Judici‡rio, o delegado
tal n‹o poderia imaginar que a sen-
tena final lhe seria desfavor‡vel.
g)O fantasma. Mais uma imagem
repetitiva de que convŽm fugir. Em
geral, alguma coisa traz de volta o fan-
tasma de outra: Desemprego traz de
volta o fantasma da recess‹o de 83 /
Corrida preosÑsal‡rios traz de
volta o fantasma da hiperinfla‹o /
Decis‹o revive fantasma do AI-5 /
Empresariado teme a volta do fan-
tasma do grevismo.
h)Neg—cio da China. J‡ se abusou
da imagem neg—cio da Chinapara
tornar mais ÒatraentesÓt’tulos sobre
a vinda do Brasil de miss›es daquele
pa’s: Miss‹o traz neg—cio da China
ao Brasil / Preos s‹o verdadeiros ne-
g—cios da China / Neg—cio da China
chega ao sert‹o do Nordeste / Empre-
165Lugar-comum Lugar-comum

s‡rios viajam em busca de neg—cios
da China.
i)N‹o convidem para a mesma
mesa ou reuni‹o. Perdeu todo o sabor
de novidade essa recomenda‹o: N‹o
convidem para a mesma mesa a can-
tora e seu ex-empres‡rio. / N‹o con-
videm para a mesma reuni‹o o mi-
nistro X e o governador Y.
j)Vem a’. Diga-se o mesmo do bor-
d‹o vem a’para qualquer not’cia re-
ferente ao animador S’lvio Santos
(S’lvio Santos vem a’ para prefeito,
por exemplo).
k)Do card‡pio fez parte. Outra
forma que o uso exagerado vulgarizou
Ž esta: noticia-se um almoo entre
duas ou mais pessoas e segue-se a in-
forma‹o de que do card‡pio fez
parte a sucess‹o presidencial, a fus‹o
da empresa X com a You qualquer
outro assunto.
l)TambŽm Ž cultura. Mais uma
imagem empregada ˆ exaust‹o: Es-
porte tambŽm Ž cultura / Verde tam-
bŽm Ž cultura / Ilus‹o tambŽm Ž cul-
tura / Quadrinho tambŽm Ž cultura /
Ecologia tambŽm Ž cultura. Enfim,
tudo o que se quisertambŽm Ž cultu-
ra.
m)QuenteÑfrio. Trocadilho que o
bom senso aconselha a banir do noti-
ci‡rio: Corinthians esquenta o ver‹o
de Caraguatatuba / Roupas de frio:
preos quentes / Liquida›es de in-
verno aquecem vendas / Preos de
roupas de frio podem ser de arrepiar /
Inverno aquece lazer na capital /
Crise esfria comŽrcio de agasalhos /
Produtos de ver‹o chegam com pre-
os escaldantes.
5 Ñ Ver tambŽm modismo, p‡gina
180.
Lugares pœblicos. Ver maiœsculas e mi-
nœsculas, p‡gina 168, e nomes de lu-
gares pœblicos, p‡gina 191.
Luso...Existe h’fen quando a palavra
final Ž um adjetivo p‡trio:luso-africa-
no, luso-brasileiro.Nos demais casos:
lusofilia, lus—fono.
Macho, fmea. Se o nome do animal for
o mesmo no masculino e feminino,
acrescente as palavras machoe fmea:
ona macho, ona fmea, jaguares
machos, jaguares fmeas, jacarŽ
macho, jacarŽ fmea, cobras ma-
chos, cobras fmeas,etc. Podem-se
usar tambŽm as formas: o macho da
capivara, a fmea do jacarŽ,etc.
Maom.Desta forma.
M‡-cria‹o, malcriado. Desta forma
(ver mal, mau,p‡gina 172).
Macro... Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte:macroan‡lise, macrobi—tica,
macroeconomia, macrogameta, ma-
crorregi‹o, macrossocial.
Madag‡scar.Desta forma.
Madame.N‹o use artigo antes de ma-
dame:Conhecia madame Francine.
Madri. Desta forma. Madrid, apenas
em nomes escritos no original: Real
Madrid, Miguel de la Madrid,etc.
Madrileno. Desta forma. ÒMadrilenhoÓ
n‹o existe.
Maestro. Feminino: maestrina.
Mafoma. Use MaomŽ.
ÒMagŽrrimoÓ. Prefira magr’ssimo. Ma-
gŽrrimo Ž forma condenada por todos
os gram‡ticos (o certo Ž macŽrrimo).
Magoar. 1 Ñ Conjuga‹o.Pres. ind.:
Mag™o, magoas, magoa, magoamos,
magoais, magoam.Pres. subj.: Magoe,
magoes, magoe, magoemos, magoeis,
magoem, etc. 2 Ñ AlguŽm se magoa
e n‹o magoa, apenas: O artista ma-
goou-se com as cr’ticas.
Maior, mais. H‡ diferena entre mais e
maior quando colocados antes de
substantivo. Use mais para palavras
ou express›es que indiquem quanti-
dade e maior, para os casos em que a
idŽia seja de intensifica‹o: Popula-
‹o pede mais escolas. / Munic’pios
exigem mais recursos. / O governo
166Lugares pœblicos Maior, mais

quer arrecadar mais dinheiro. / Ator
espera obter maior (e n‹omais)xito
em S‹o Paulo. / Maior prazo para
compras a crŽdito. / Governador
quer maior decis‹o do presidente. /
Receita promete maior rigor no com-
bate ˆ sonega‹o. / O Brasil pede
maior ajuda aos bancos internacio-
nais.
Maioria. Veja como fazer a concord‰n-
cia de a maioria de ea maior parte
de: 1 Ñ Deixe o verbo no singular
quando estas express›es antecederem
uma palavra no plural. Proceda da
mesma forma com grande nœmero
ougrande quantidade de, uma por-
‹o de, (uma) parte de, um sem-nœ-
mero de, etc. Exemplos: A maioria
dos espectadores assistiu ao show
em silncio. / Grande nœmero de
crianas cantou o Hino Nacional. /
Parte deles chegou atrasada. / Esta-
va ali grande quantidade de p‡ssa-
ros. / Um sem-nœmero de pessoas foi
prejudicado pelos estelionat‡rios.
(Admite-se a concord‰ncia no plural,
em alguns desses casos; no Estado,
porŽm, use a forma indicada.)
2 Ñ Se se considerar a constru‹o
estranha, em alguns casos (exemplo:
A maioria dos soldados foi ferida),
pode ser intercalada a express‹o na
maioriaou alguma das outras: Os sol-
dados, na maioria, foram feridos. /
Os trabalhadores, em grande quanti-
dade, foram demitidos.
Maior, menor. 1 Ñ N‹o existem as ex-
press›es Òa maiorÓe Òa menorÓ, mas
apenas a mais e a menos: dinheiro a
mais (e n‹o Òa maiorÓ), quantia a
menos (e n‹o Òa menorÓ). 2 Ñ Uma
pessoa Ž maior ou menor, e nunca Òde
maiorÓou Òde menorÓ. Assim: Ele Ž
menor (e nunca Òde menorÓ).
Maior parte.Ver maioria, nesta p‡gina.
Mais bem, mais mal. 1 Ñ Antes de par-
tic’pio, use mais bememais mal em
vez de melhor e pior: N‹o h‡ cr’tica
mais bem-feita que essa (e n‹ome-
lhor feita). / S‹o os homens mais bem
vestidos (e n‹omelhor vestidos)do
escrit—rio. / Nunca vi termo mais
mal utilizado (e n‹opior utilizado)
que esse. / Esses eram os textos mais
mal escritos (e n‹opior escritos)da
revista. / Os dois eram, de todos, os
jornalistas mais bem informados (e
n‹omelhor informados). 2 Ñ Nos de-
mais casos, use sempre melhor e pior:
Para melhor (e n‹omais bem)atin-
gir seus objetivos, cercou-se de toda
a cautela. / Mesmo que quisesse, n‹o
faria pior (e n‹omais mal)o traba-
lho. / Foram os que se sa’ram melhor
oupior (e n‹o mais bem ou mais mal,
nem foram os que se sa’ram melho-
res oupiores).
Mais bom que mau. Quando se compa-
ram qualidades ou atributos, as for-
mas corretas s‹o:O homem Ž mais
bom que mau(e n‹o:O homem Ž
Òmelhor que piorÓ). Igualmente:A ci-
dade Ž mais pequena que grande.
Mais de. 1 Ñ Com mais de, use apenas
nœmeros redondos:mais de 20, mais
de 50(e nunca, por exemplo, mais de
22, mais de 87,etc.). 2 Ñ Concord‰n-
cia. Com o complemento:Mais de 20
pessoas sa’ram. / Mais de uma deze-
na de pessoas saiu.
Mais de um. 1 Ñ Verbo no singular se
n‹o houver idŽia de reciprocidade:
Mais de um preso eu garanto que
fugiu. 2 Ñ Verbo no plural se a expres-
s‹o estiver repetida: Mais de um
homem, mais de uma criana esta-
vam ali.3 Ñ Verbo no plural se hou-
ver idŽia de reciprocidade:Mais de
um preso se feriram na briga (jorna-
listicamente, Ž forma a evitar).
ÒMais pequenoÓ. Forma correta e livre-
mente empregada em Portugal. No
Brasil, porŽm, use menor, apenas.
Mais que fazer. N‹o existe o entre o
mais e o que em frases como:Tenho
mais que fazer. / H‡ mais que dizer.
Da mesma forma: Tenho muito
(pouco, menos)que dizer. / H‡ muito
(pouco, menos)que fazer.
167Maioria Mais que fazer

168
Mais ruim. 1 Ñ Use essa forma apenas
em compara›es como:Fulano Ž mais
ruim que bom. / Fulano Ž mais ruim
que indiferente.2 Ñ Nos demais
casos: Fulano Ž mais malvado, mais
perverso, mais incompetente(e n‹o
mais ruim)que o irm‹o. / Fulano est‡
hoje pior(e n‹omais ruim)que
ontem.
Maiœsculas e minœsculas.
Use maiœsculas
1 Ñ No in’cio de per’odo: O preo
dos combust’veis aumentar‡ nova-
mente.
2 Ñ No in’cio de cita‹o: Deputa-
do acusa:ÒO governo n‹o governa.Ó/
J‡ dizia Machado de Assis: ÒAo ven-
cedor, as batatas.ÓSe depois dos dois-
pontos vier um mero desdobramento
da frase (e n‹o cita‹o textual)ou uma
enumera‹o, a palavra comear‡ com
minœscula:Comerciantes alertam:
faltar‹o brinquedos no Natal. / A Pre-
feitura definiu as prioridades do or-
amento: metr™, pavimenta‹o e
obras na periferia.
3 Ñ Nos nomes pr—prios, incluin-
do-se entre eles as figuras mitol—gicas:
Jo‹o, Magalh‹es, Tiet, Mantiqueira,
Deus, Jœpiter, Baco.
4 Ñ Nas datas oficiais e nomes de
fatos hist—ricos e importantes, de atos
solenes e de grandes empreendimen-
tos pœblicos:Sete de Setembro, Quin-
ze de Novembro, Inconfidncia Mi-
neira, Proclama‹o da Repœblica,
Guerra do Paraguai, Revolu‹o dos
Cravos, Renascimento, Revolu‹o
Francesa, Dia das M‹es, Dia da
Criana, Dia da Ave, Quest‹o Reli-
giosa, 2» Guerra Mundial, Reforma
Ortogr‡fica, Descobrimento da
AmŽrica, Plano Real, Projeto Ron-
don, Programa de Metas, Acordo
Luso-Brasileiro, Plano Diretor.
5 Ñ Nos conceitos pol’ticos ou fi-
los—ficos relevantes: Pa’s(o Brasil),
Estado (significando uma na‹o),
Igreja, Justia, Repœblica, ImpŽrio,
Constitui‹o (e seus sin™nimos,
como Carta Magna, Carta, Lei Mag-
na), Congresso, Parlamento, Consti-
tuinte.
6 Ñ Nos nomes de corpos celestes:
Terra, Lua, Saturno, Andr™meda, S’-
rius, Sol, Vega, Via-L‡ctea.
7 Ñ Nos t’tulos de livros, jornais,
revistas, artigos e produ›es art’sti-
cas, liter‡rias e cient’ficas em geral
(filmes, peas, mœsicas, telas, teses,
etc.), que v‹o em it‡lico no Estado:
Grande Sert‹o: Veredas, Hist—rias
sem Data, Os Sert›es, Jornal da
Tarde, Jornal do Brasil, Veja, News-
week, Time, Oito e Meio, Platoon,
Com Aœcar e com Afeto, Cora‹o de
Estudante, çlbum de Fam’lia, Aba-
jur Lil‡s, Abaporu, Guernica, A Volta
ao Mundo em 80 Dias.
Escrevem-se com inicial minœs-
cula, no entanto, as part’culas conti-
das nesses t’tulos, independentemen-
te do nœmero de s’labas (considere
part’culas, no caso, os artigos, prepo-
si›es e suas contra›es, conjun›es
e advŽrbios). Assim, alŽm deo, a, os,
as, de, da, das, do, dos, em, na, nas,
no, nos, e, sem, com, etc., veja outros
exemplos de part’culas em minœs-
culas:Com a Pulga atr‡s da Orelha,
Reflex›es sobre a Vaidade dos Ho-
mens, Passagem para a êndia, Mem—-
rias de um Sargento de Mil’cias, Um
Homem, uma Mulher, Tia Zulmira e
Eu, O Samba agora Vai, Mas Deus ƒ
Grande, A L‡pide sob a Lua, Serm›es
dum Leigo, Elos de uma Corrente,
Uma Telha de menos, A Falta Que
Ela me Faz, Sempre aos Domingos,
Nas Serras e nas Furnas, Os Meus
Amores.
8 Ñ Na designa‹o de regi›es: Bai-
xada Santista, Baixada Fluminense,
Alta Araraquarense, Mogiana, Re-
gi‹o Norte, Regi‹o Sul, Cone Sul, Re-
c™ncavo Baiano, Vale do Para’ba,
Tri‰ngulo das Bermudas, Tri‰ngulo
Mineiro, Planalto Central. Observa-
Mais ruim Maiœsculas e minœsculas

‹o. Use inicial minœscula, porŽm,
para designa›es como interior, exte-
rior, litoral, litoral sul, zona leste,
zona sul, etc.
9 Ñ Nos pontos cardeais, quando
indicam as grandes regi›es do Brasil
ou do mundo: Sul, Nordeste, Sudeste,
Oriente MŽdio, Leste Europeu, Oci-
dente, Sudeste Asi‡tico, etc.
A inicial Ž minœscula, no entanto,
se o ponto cardeal define dire‹o ou
limite geogr‡fico: o nordeste de
Goi‡s, o sudeste da Europa, o norte
do Ir‹, o sudoeste dos EUA, o leste da
Espanha. Igualmente:Percorreu o
Pa’s de sul a norte. / O metr™ avana
no rumo sul. / A cidade fica no leste
da Frana. / O furac‹o causou estra-
gos no oeste das Antilhas.
10 Ñ Nos nomes de eras hist—ricas
ou Žpocas not‡veis: Antiguidade,
Idade MŽdia, Era Crist‹, Quinhentos
(o sŽculo 16), HŽgira. Em minœsculas,
porŽm, quando n‹o se configurar uma
era hist—rica:era espacial, era nu-
clear, era industrial, idade das trevas.
11 Ñ Nos ramos do conhecimento
humano, quando tomados em sua di-
mens‹o mais ampla: ƒtica, Filosofia,
Medicina, Portugus, Arquitetura,
Astron‡utica, Arte, Cultura. Se n‹o
houver necessidade de relevo espe-
cial, use minœsculas: Estuda portu-
gus. / Gosta muito de matem‡tica. /
Formou-se em agronomia. Escreva
em maiœsculas as disciplinas de um
exame:Fuvest realiza amanh‹ as pro-
vas de L’ngua Portuguesa e Biolo-
gia. / Teste de F’sica foi considerado
o mais dif’cil.
12 Ñ Nas leis ou normas econ™mi-
cas e pol’ticas consagradas por sua im-
port‰ncia:Lei de Diretrizes e Bases,
Lei de ComŽrcio dos EUA, Instru‹o
113, Imposto Predial e Territorial Ur-
bano, Imposto de Renda, Lei Falc‹o,
Lei Afonso Arinos, Lei de Segurana
Nacional, Decreto-Lei n¼ 56.
13 Ñ Nos qualificativos ou apeli-
dos de personalidades: Iv‹, o Terr’vel;
Catarina, a Grande; Ricardo Cora‹o
de Le‹o.
14 Ñ Nos nomes das festas religio-
sas: P‡scoa, Natal, Quaresma, Con-
fraterniza‹o Universal, Ressurrei-
‹o, Reis, Finados, Semana Santa,
Corpus Christi.
15 Ñ Nos nomes de corpora›es,
reparti›es pœblicas, entidades, esco-
las, honrarias, prmios, feiras, festas,
exposi›es, semin‡rios, simp—sios e
congressos:MinistŽrio da Fazenda,
Presidncia da Repœblica, Estado-
Maior das Foras Armadas, Receita
Federal, Federa‹o das Indœstrias,
Faculdade de Filosofia, Universida-
de de S‹o Paulo, ColŽgio Objetivo,
Escola Caetano de Campos, Associa-
‹o de Pais e Amigos dos Excepcio-
nais, Associa‹o de Amigos de Santo
Amaro, Feira de Utilidades DomŽs-
ticas, Exposi‹o de M—veis Coloniais,
Congresso Brasileiro de Radiodifu-
s‹o, Festa do Pe‹o de Boiadeiro, Se-
min‡rio de Direitos Autorais, Ordem
de Rio Branco, Prmio Nobel de Lite-
ratura, Prmio Eldorado, TrofŽu
Villa-Lobos.
16 Ñ Na denomina‹o de edif’cios,
monumentos, estabelecimentos pœ-
blicos ou particulares, est‡dios, gin‡-
sios, aut—dromos, hip—dromos, aero-
portos, ferrovias, rodovias, cemitŽ-
rios, igrejas (enfim, em todos os casos
em que uma designa‹o se incorpore
ao nome pr—prio):Torre Eiffel, Torre
do Tombo, Monumento ao Soldado
Desconhecido, Edif’cio It‡lia, Pao
Imperial, Biblioteca Nacional, Pal‡-
cio do Planalto, Pal‡cio dos Bandei-
rantes, Editora Nova Fronteira, Casa
Fretin, Gr‡fica Argos, OESP Gr‡fica,
Lojas Americanas, Shopping Center
Iguatemi, Cine Ipiranga, R‡dio Eldo-
rado, Rede Globo, Rede Bandeiran-
tes, ArmazŽm Guararapes, Fazenda
Ipanema, Circo Orlando Orfei, Con-
feitaria Brunella, Danceteria PŽ-de-
Valsa, Gafieira Som de Cristal, Sam-
b‹o A Voz do Morro, Metalœrgica Al-
169Maiœsculas e minœsculas Maiœsculas e minœsculas

meida, Refinaria do Planalto, Side-
rœrgica Pereira, Supermercado AmŽ-
rica, Escrit—rio IOB, Restaurante
Massimo, Churrascaria Rodeio,
Hotel Jaragu‡, Est‡dio do Pacaembu,
Est‡dio Brinco de Ouro, Est‡dio do
Maracan‹, Est‡dio Paulo Machado
de Carvalho, Gin‡sio do Ibirapuera,
Gin‡sio Jo‹o dos Santos, Aut—dromo
Nelson Piquet, Aut—dromo de lnter-
lagos, Hip—dromo da G‡vea, Aero-
porto de Cumbica, Aeroporto de
Congonhas, Aeroporto Santos Du-
mont, Ferrovia NorteÑSul, Ferrovia
do Ao, Rodovia dos Imigrantes, Ro-
dovia Fern‹o Dias, Via Dutra, Via
Anchieta, CemitŽrio do Ara‡, Cate-
dral da SŽ, Igreja da Candel‡ria, Igre-
ja N. Sa. do Brasil.
N‹o v‹o em maiœsculas, porŽm, as
simples indica›es a respeito de um
nome pr—prio: est‡dio do Guarani,
aeroporto de Cascavel, a livraria do
Conjunto Pereira, a igreja de Taqua-
ritinga, o hotel de Abrolhos, o teatro
da Galeria Amigos da Arte, o aut—-
dromo de Ribeir‹o Preto, a r‡dio de
Bons Ares, o restaurante do Jo‹o
(desde que esse n‹o seja o nome da
casa), etc.
17 Ñ Nos acidentes geogr‡ficos e
sua denomina‹o:Rio Tiet, Serra do
Mar, Ba’a de (e n‹o da)Guanabara,
Pico da Neblina, Ribeir‹o das Lajes,
Golfo PŽrsico, Mar do Norte, Mar Ver-
melho, Ilha Solteira, Ilha de Maraj—,
Cabo da Boa Esperana, Lagoa dos
Patos, Oceano Atl‰ntico, Atol das
Rocas, Morro do Borel, Monte Eve-
rest, Canal da Mancha, Montanhas
Rochosas, Saco do Ribeira.(Segundo
a norma oficial, no entanto, s‹o em
minœsculas: rio Tiet, monte Eve-
rest.)
18 Ñ Nos nomes de vias e lugares
pœblicos:Avenida Paulista, Rua Au-
gusta, Largo da Carioca, Praa da Re-
pœblica, Ladeira General Carneiro,
Travessa da Piedade, Parque do Ibi-
rapuera, Marginal do Pinheiros, Beco
do Carmo, Tœnel Rebouas, Represa
Billings.
19 Ñ Nos t’tulos e formas cerimo-
niosas de tratamento e suas abrevia-
turas:Vossa Excelncia, Vossa Emi-
nncia, Sua Senhoria, Vossa Santida-
de, Nossa Senhora, V. Exa., V. Ema.,
S. Sa., V. S., N. Sa. N‹o v‹o em maiœs-
culas as formas de tratamento co-
muns e suas abreviaturas: doutor,
doutora, senhor, senhora, dom, dona,
sir, mister, dr., dra., sr., sra., d., mr.(a
norma oficial, no entanto, manda es-
crev-las em maiœsculas).
20 Ñ AlŽm da palavra Deus, nas
demais a ele referentes ou nos seus
equivalentes em outras religi›es:o
Pai, o Onipotente, o Seu nome, Ele, o
Criador, o Todo-Poderoso, Jeov‡, Al‡,
o Padre Eterno, o Senhor.
21 Ñ Nos nomes de entidades re-
ligiosas, santos, anjos e dem™nios:
Virgem Maria, Virgem, Esp’rito
Santo, o Salvador, Nosso Senhor, S‹o
Pedro, S‹o Paulo, Santo Ant™nio,
Santo Ivo, Santa lns, Santa Marta,
S‹o Miguel, S‹o Gabriel, Satan‡s,
Belzebu, Sat‹, Lœcifer.
22 Ñ Nos nomes comuns, quando
personificados ou individualizados:a
Virtude, o Amor, a Ira, o Bem, o Mal,
o Lobo, o Cordeiro, a Cigarra, a For-
miga, o Estado (S‹o Paulo), o Pa’s
(Brasil), a Na‹o(Brasil).
23 Ñ Na designa‹o dos orix‡s ou
figuras da umbanda: Xang™, Ians‹, Ie-
manj‡, Ogum, Oxum, Oxal‡, Exu.
24 Ñ Nos nomes de torneios e
campeonatos: Torneio Sul-AmŽrica,
Campeonato Paulista de Futebol,
Campeonato Gaœcho, Campeonato
Sul-Americano, o Sul-Americano,
Jogos Abertos, Jogos Ol’mpicos, Jogos
Pan-Americanos, o Pan-Americano,
Torneio da Amizade, Copa do
Mundo, Copa Uni‹o, Taa AmŽrica,
TrofŽu Brasil.
25 Ñ Nos nomes pr—prios compos-
tos (unidos por h’fen), todos os seus
elementos v‹o em maiœsculas: Acor-
170Maiœsculas e minœsculas Maiœsculas e minœsculas

do Luso-Franco-Brasileiro, Gr‹-Bre-
tanha, Pantanal Mato-Grossense,
Grupo Anti-SeqŸestro, Associa‹o
Extra-Sensorial, Todo-Poderoso, De-
creto-Lei n¼ 5, Procuradoria-Geral,
Vice-Presidncia, Instituto MŽdico-
Legal, InquŽrito Policial-Militar.
Use minœsculas
1 Ñ Para designar as esta›es do
ano, os meses e os dias da semana:pri-
mavera, ver‹o, janeiro, dezembro, se-
gunda-feira, s‡bado.Quando os
meses fazem parte de datas hist—ricas
ou dos nomes de lugares pœblicos, es-
crevem-se com inicial maiœscula:
Largo 7 de Setembro, Avenida 9 de
Julho, Rua 13 de Maio, o 7 de Setem-
bro, o 15 de Novembro.
2 Ñ Na designa‹o das profiss›es
e dos ocupantes de cargos, como pre-
sidente, ministro, governador, secre-
t‡rio, prefeito, papa, arcebispo, car-
deal, princesa, pr’ncipe, rei, rainha,
bar‹o, duque, visconde, diretor, supe-
rintendente, inspetor, advogado, en-
genheiro, professor:O presidente Fer-
nando Henrique, o ministro Ant™nio
Kandir, o prefeito Celso Pitta, o papa
Jo‹o Paulo II, a princesa Anne, o pr’n-
cipe Charles, a rainha Elizabeth, o
duque de Caxias, o visconde de Ouro
Preto, o diretor da Receita Federal, o
chefe do Gabinete Civil, o superin-
tendente da Sunab, o inspetor de En-
sino, o advogado Jo‹o da Silva.(A
norma oficial determina maiœsculas
para os Ònomes que designam altos
cargos, dignidades ou postosÓ, como
Presidente da Repœblica, Cardeal de
S‹o Paulo, Ministro da Educa‹o,
Embaixador do Peru, etc.)
As institui›es, entretanto, v‹o em
maiœsculas:Presidncia da Repœbli-
ca, Vice-Presidncia da Repœblica,
MinistŽrio da Justia, Secretaria da
Fazenda, Chefia de Gabinete, Direto-
ria de Tr‰nsito, Inspetoria de Ensino,
Comiss‹o de Finanas, Superinten-
dncia do Abastecimento, C‰mara
Municipal, Justia Federal, Senado.
Exce‹o:governo.
3 Ñ Na designa‹o das festas
pag‹s:carnaval, bacanais, saturnais.
4 Ñ Nos compostos em que o
nome pr—prio se torna parte integran-
te de um substantivo comum:coco-
da-ba’a, pau-brasil, castanha-do-
par‡, jo‹o-de-barro, ao deus-dar‡,
banho-maria, ‡gua-de-col™nia.
5 Ñ Nos nomes pr—prios que se tor-
naram sin™nimos de outros comuns:
Foi escolhido para cristo. / Era o judas
da escola. / Agia como um dom-qui-
xote. / Tornou-se um mecenas. /
Comportava-se como um barba-
azul. / O pa’s deixou de ser o eldora-
do do futebol.
6 Ñ Nos adjetivos p‡trios e gent’-
licos e nos nomes de tribos ind’genas:
os brasileiros, os alem‹es, os roma-
nos, os guaranis, os xavantes, os tu-
canos, os caingangues.
7 Ñ Nos nomes de personagens ou
entidades do folclore: saci, mula-sem-
cabea, curupira, caipora, cuca, lobi-
somem, iara.
8 Ñ Com o nome pal‡cio quando
isolado:O presidente voltou a pal‡-
cio. / O deputado estava em pal‡cio
com o governador. / O prefeito vai a
pal‡cio amanh‹.
9 Ñ Nas formas adjetivas que de-
signam dinastias: carol’ngios, angevi-
nos, sass‰nidas.
10 Ñ Nas part’culas contidas nas
express›es ou locu›es em maiœs-
culas (ver a segunda parte do item 7
das instru›es referentes ˆs iniciais
maiœsculas, p‡gina 168, que se aplica
a todos os casos deste cap’tulo).
Casos especiais
1 Ñ Nasegunda refernciaa um
—rg‹o, entidade, estabelecimento,
empresa, etc., a norma Ž usar minœs-
culas: O MinistŽrio da Fazenda divul-
gou ontem o novo pacote econ™mico.
171Maiœsculas e minœsculas Maiœsculas e minœsculas

Com ele, o ministŽrio pretende... / A
Comiss‹o de Sistematiza‹o encer-
rou os trabalhos de reda‹o da nova
Carta. Agora, a comiss‹o... / A R‡dio
Eldoradodivulgou as normas de seu
prmio de mœsica. Este ano, a r‡dio
distribuir‡... / Joseph Rothblat ga-
nhou o Prmio Nobel da Paz de 1995.
O prmio, no valor... / A Universida-
de de S‹o Paulo mudou as normas do
seu vestibular. Pelo novo regulamen-
to, a universidade... / O Imposto de
Renda aumentou novamente suas
al’quotas. Por elas, o imposto... / O
Shopping Center Iguatemi vai come-
morar mais um anivers‡rio. Desta
vez, o shopping center far‡... / O Tri-
bunal Federal de Recursos negou
ontem a liminar pedida... Segundo o
julgamento do tribunal...
Algumas exce›es:o Fundo(Mo-
net‡rio Internacional), o Clube (de
Paris), o Supremo (Tribunal Federal),
o Congresso (Nacional), a C‰mara
(Municipal), a AssemblŽia (Legislati-
va).
2 Ñ Continuar‡ com inicial maiœs-
cula a palavra que servir para designar
o nome de dois ou mais —rg‹os, em-
presas, entidades, leis, normas econ™-
micas ou pol’ticas, corpora›es, re-
parti›es, prmios, feiras, edif’cios,
monumentos, estabelecimentos, es-
t‡dios, gin‡sios, ruas, vias, regi›es,
acidentes geogr‡ficos, etc.:os Minis-
tŽrios da Economia e da Justia, as Fe-
dera›es da Indœstria e do ComŽrcio,
as Leis Falc‹o e Fleury, os Impostos
Predial e de Renda, os Planos Cruza-
do e Real, os ColŽgios Objetivo e Ar-
quidiocesano, os Prmios Eldorado e
Molire, os Aeroportos de Cumbica e
Congonhas, os Edif’cios It‡lia e
Copan, os Cines Ipiranga e Marab‡,
os Est‡dios do Pacaembu e do Mo-
rumbi, os Pal‡cios do Planalto e da
Alvorada, os Atos Institucionais n¼ 2
e n¼ 5, as Torres Eiffel e do Tombo, as
Igrejas da Candel‡ria e da Consola-
‹o, as Copas Uni‹o e Brasil, as Bai-
xadas Santista e Fluminense, as Re-
gi›es Sudeste e Nordeste, os Vales do
Para’ba, do Ribeira e do Jequitinho-
nha, os Campeonatos Paulista e Gaœ-
cho, as Ruas Augusta e Direita, as
Avenidas Paulista e Ipiranga, os Par-
ques do Ibirapuera e do Carmo, as
Marginais do Pinheiros e do Tiet, as
Rodovias Castelo Branco e Fern‹o
Dias, as Ba’as de Guanabara e de Pa-
ranagu‡, os Picos do Jaragu‡ e da Ne-
blina, os Rios Tocantins e Xingu.
3 Ñ Ver em cada verbete as normas
para o uso (maiœsculas ou minœs-
culas)das palavras Estado, Pa’s, Pre-
feitura, Munic’pio, ministŽrio, secre-
taria, administra‹o regional, inte-
rior, exterior, litoral e capital.
Mal...1 Ñ Exige h’fen antes de vogal e
h:mal-agradecido, mal-apessoado,
mal-educado, mal-entendido, mal-
intencionado, mal-ouvido, mal-usar,
mal-humorado. Nos demais casos:
malcasado, malcheiroso, maldormi-
do, maldisposto, malfeito, malgosto-
so, malmandado, malnascido, mal-
passado, malsucedido, maltrabalha-
do, malventuroso.2 Ñ Ver no cap’tu-
lo Escreva Certoquando usar malli-
gado ao outro termo. Nas palavras n‹o
constantes da rela‹o, use malsepa-
rado do segundo elemento: mal edita-
do, mal preparado, mal resolvido,
etc. 3 Ñ N‹o confunda com os casos
em que mal Ž sin™nimo de doena:
mal-canadense, mal-francs, mal-
polaco, mal-turco.
Mal, mau.Adote esta regra pr‡tica: mal
op›e-se a bem e mau, a bom. Faa a
substitui‹o e ficar‡ clara a forma cor-
reta: mal-estar (bem-estar), mal-in-
tencionado (bem-intencionado),
mal-humorado (bem-humorado),
praticar o mal(praticar o bem), mau
humor(bom humor),mau cheiro
(bom cheiro), mau dia (bom dia), mau
desempenho (bom desempenho),
mau uso(bom uso), nada de mau
(nada de bom). Exemplo com os dois
casos: A carta estava mal (bem)escri-
172Mal... Mal, mau

ta, em mau(bom)portugus.Siga a
mesma norma no feminino:malcria-
da (bem-criada),m‡-cria‹o (boa cria-
‹o), m‡ fama (boa fama), mal-afama-
da(bem-afamada).
Mal de ... Ver doenas, p‡gina 100.
Maldizer. Conjuga-se como dizer (ver,
p‡gina 99).
Mal-entendido. Com h’fen. Plural: mal-
entendidos.
Mal-estar. Com l e h’fen.
Malgrado, mau grado. Malgradoequiva-
le a apesar de e n‹o varia: Malgrado
nossos esforos, o remŽdio n‹o che-
gou a tempo.Mau grado ou de mau
grado(grado quer dizer vontade)entra
em frases como:Mau grado meu, trou-
xe o amigo consigo(contra a minha
vontade). / Saiu de mau grado(cons-
trangidamente).
Manchete. Use a palavra apenas para in-
dicar t’tulo que ocupe toda a extens‹o
da p‡gina.
...mancia. Todas as palavras formadas
por este sufixo tm o acento na s’laba
ci: quiromancia, cartomancia,etc.
Mandado, mandato. MandadoŽ uma
ordem judicial: mandado de pris‹o,
mandado de segurana, mandado de
busca e apreens‹o.Mandato significa
representa‹o, delega‹o: mandato de
deputado, mandato de senador.
Mandar com pronome. Use sempre
mande-o sair, mande-me ficar, man-
de-nos partir, etc., e nunca mande
ÒeleÓsair, mande ÒeuÓficar, mande
Òn—sÓpartir, etc.
Mandar mais infinitivo.1 Ñ N‹o flexio-
ne o infinitivo: Mandou-os sair. / O
tŽcnico mandou os jogadores atacar.
2 Ñ Ver infinitivo, p‡gina 145.
Maneira. Ver de maneira que, p‡gina 89.
Maneira pela qual. Prefiramaneira pela
qual(maneira pela qual foi contrata-
do,p. ex.)a maneira como.
Manga-larga. Plural: mangas-largas.
Manter. Aten‹o para algumas formas:
mantinha (e n‹o ÒmantiaÓ); manteve,
mantiveram (e n‹o ÒmanteuÓ, Òman-
teramÓ); mantivera (e n‹o ÒmanteraÓ);
se ele mantivesse (e n‹o Òse ele man-
tesseÓ); se ele mantiver (e n‹o Òse ele
manterÓ).
ÒManter o mesmo, o seuÓ. Formas re-
dundantes. O tŽcnico mantŽm o time
(e n‹oÒo mesmoÓÑ poderia manter
outro?). / O ministro mantŽm a equi-
pe(e n‹o Òa mesmaÓ). O possessivo
tambŽm Ž dispens‡vel em frases
como:Aerovi‡rios mantm a sua pa-
ralisa‹o(eles simplesmenteman-
tm a paralisa‹o).
Manuel. Com u: Rodovia Manuel da
N—brega, d. Manuel, Manuel Ant™nio
de Almeida, S‹o Manuel, Rua Padre
Jo‹o Manuel.Com o apenas se a pes-
soa escrever o pr—prio nome dessa
forma.
Mapa-mœndi. Plural: mapas-mœndi.
Maquiagem, maquiar. Use estas formas,
em vez de maquilagem e maquilar.
M‡quina. a)Liga-se com h’fen a outro
substantivo: homem-m‡quina, ho-
mens-m‡quina.b)Uma pessoa senta-
se ˆ m‡quinapara trabalhar. Sentar-
se na m‡quina Ž acomodar-se em
cima dela.
Maravilhas. Veja quais s‹o as sete mara-
vilhas do mundo antigo: as pir‰mides
do Egito, os jardins suspensos da Babi-
l™nia, a est‡tua de Jœpiter em Ol’mpia,
o Colosso de Rodes, o templo de Diana
em ƒfeso, o mausolŽu de Halicarnas-
so e o farol de Alexandria. Como se v,
a Muralha da Chinan‹oŽ uma delas.
Mar.Inicial maiœscula: Mar do Norte,
Mar Vermelho.
Maraj‡.Feminino: marani.
Marcha ˆ rŽ. Com crase.
Marchand.Feminino: marchande.
Marcha-rancho. Plural: marchas-ran-
cho.
Marginal do. Desta forma: Marginal do
Pinheiros, Marginal do Tiet (e n‹o
Marginal Pinheiros, Marginal Tiet).
Marido e mulher. Chame as pessoas ca-
sadas de marido e mulher, em vez de
173Mal de ... Marido e mulher

esposo (que n‹o se justifica jornalisti-
camente)e esposa (admiss’vel apenas
para a mulher de uma personalidade:
a esposa do embaixador, a esposa do
primeiro-ministro). N‹o use senhora
nesse sentido, a n‹o ser de forma ir™-
nica.
Marimbondo.Prefira esta forma a mari-
bondo.
Mas. 1 Ñ Use v’rgula antes de mas: Ia
retirar o apoio ao deputado, mas na
œltima hora reconsiderou a decis‹o. /
O advogado disp™s-se a defender o
rŽu, mas considerava a causa anteci-
padamente perdida. / Bonitinha, mas
Ordin‡ria. 2 Ñ N‹o existe v’rgula, no
entanto, depois da conjun‹o: Queria
sair. Mas ia esperar o tempo melho-
rar (e n‹o: ÒMas,Óia esperar...). A
œnica exce‹o ocorre com ora›es in-
tercaladas: Queria sair. Mas, para n‹o
tomar chuva, ia esperar o tempo me-
lhorar.
Mas... no entanto. Constituem redun-
d‰ncia, se usados na mesma frase:
Saiu cedo, mas n‹o conseguiu, Òno
entantoÓ, chegar na hora. Use: Saiu
cedo, mas n‹o conseguiu... / Saiu
cedo, no entanto n‹o conseguiu... Da
mesma forma, nunca empregue si-
multaneamente Òmas porŽmÓ, Òmas
contudoÓ, Òmas entretantoÓ.
Masp.ƒ a sigla do Museu de Arte de S‹o
Paulo, e n‹o do Museu de Arte Mo-
derna.
Mas que. O mas n‹o tem fun‹o e deve
ser suprimido em frases como: Os me-
talœrgicos pretendiam promover
uma assemblŽia, (mas)que n‹o se
realizou por falta de nœmero. / Ele Ž
o piloto titular, (mas) que est‡ de li-
cena este ano.
ÒMassivoÓ.N‹o existe em portugus.
Use macio ou compacto.
Mata atl‰ntica. Inicial minœscula: A
‡rea conserva vest’gios da mata
atl‰ntica / Associa‹o defende a ma-
ta atl‰ntica.
Matado, morto. Use matado com ter e
haver e morto, com ser e estar: O PM
tinha matado o traficante. / O trafi-
cante foi morto pelo PM. / O menino
estava morto havia duas horas. / O
suspeito negou haver matado o hu-
morista.
MatŽria. ƒ palavra do jarg‹o jornal’sti-
co. Use, conforme o caso, not’cia, in-
forma‹o, reportagem, texto, artigo,
coment‡rio, editorial, cr’tica, cr™ni-
ca, etc. Reserve a designa‹o matŽria
apenas para uso interno.
Material. J‡ significa conjunto de com-
ponentes e por isso n‹o deve ir para o
plural em locu›es como material de
constru‹o (e n‹o materiais), mate-
rial dent‡rio, material hospitalar,
material bŽlico,etc.
Matiz. Palavra masculina: um matiz, os
matizes.
Mato Grosso (do Sul). Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul, sem artigo: em
Mato Grosso, em Mato Grosso do Sul
(e n‹o ÒnoÓMato Grosso, ÒnoÓMato
Grosso do Sul); Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul (e n‹o ÒoÓMato Gros-
so, ÒoÓMato Grosso do Sul).
Mau. 1 Ñ Ver mal, mau, p‡gina 172.
2 Ñ Ver em Ž preciso, p‡gina 111, a
concord‰ncia de Ž mau.
Mau-car‡ter. O plural Ž sempre maus-
caracteres, e nunca Òmaus-car‡teresÓ.
Mau grado. Ver malgrado, p‡gina 173.
Maxi... Liga-se sem h’fen ao elemento
seguinte, duplicando-se o re o s: ma-
xidesvaloriza‹o, maxielemento,
maxirreator, maxissaia, maxiusina.
Por quest›es gr‡ficas, use h’fen ape-
nas antes de h: maxi-homem.
M‡xi. Tem acento e plural, quando
substantivado: a m‡xi (desvaloriza-
‹o), as m‡xis (saias).
MŽdia. Concord‰ncia no singular: Uma
mŽdia de dez telefonemas Ž recebida
por dia pelo servio.
Mediar.Conjuga-se como odiar (ver, p‡-
gina 203): medeia, medeiam, medeie,
etc.
MŽdico... Liga-se com h’fen ao elemen-
to seguinte, tanto na forma‹o de
174Marimbondo MŽdico...

substantivos como na de adjetivos
compostos: mŽdico-chefe, mŽdico-ci-
rurgi‹o, mŽdico-cirœrgico, mŽdico-
dent‡rio, mŽdico-hospitalar, mŽdi-
co-legal, mŽdico-legista. Exce›es:
medicomania emedicoman’aco.
Medida. Veja a diferena entre as expres-
s›es: 1 ÑË medida que(e n‹o ҈ me-
dida em queÓ)equivale a ˆ propor‹o
que, ao mesmo tempo que, conforme:
As mortes iam aumentando ˆ medi-
da que a epidemia se alastrava. / Ë
medida que conquistava cargos, tor-
nava-se mais autorit‡rio. 2 Ñ Na me-
dida em que corresponde a tendo em
vista que: Na medida em que n‹o te-
nham ficado claras as acusa›es,
todos est‹o sob suspeita. / ƒ preciso
cumprir as leis, na medida em que
elas existem. 3 Ñ Quando a locu‹o
na medida em quepuder ser substi-
tu’da por se, uma vez que, porque ou
desde que, use uma destas formas: O
pacto s— ser‡ poss’vel se(e n‹oÒna
medida em queÓ)as partes interessa-
das mantiverem entendimentos de
alto n’vel. / A mudana de pa’s Ž boa
porque (e n‹oÒna medida em queÓ)
abre perspectivas favor‡veis para o
jogador. / Estavam preocupados com
o prŽdio, uma vez que(e n‹oÒna me-
dida em queÓ)as rachaduras j‡ amea-
avam a sua segurana.
Medida provis—ria. A express‹o s— tem
inicial maiœscula quando acompa-
nhada da numera‹o: O governo vai
reeditar a Medida Provis—ria 382, que
limita os reajustes salariais do fun-
cionalismo. Nos demais casos: O go-
verno vai reeditar a medida provis—-
ria que limita os reajustes salariais
do funcionalismo. / AtŽ o fim do ms,
o governo enviar‡ ao Congresso me-
dida provis—ria que altera o Imposto
de Renda das empresas.
Medo de que.Prefira essa forma a medo
que: Tinha medo de que (e n‹o medo
que)n‹o o avisassem.
Mega... 1 Ñ Liga-se sem h’fen ao ele-
mento seguinte: megaartista, me-
gaempresa, megaindustrial, me-
gaohm, megausina, megacomputa-
dor, megarregi‹o, megashow, megas-
sucesso, megahertz, megaprojeto. 2
Ñ Quando poss’vel, evite, porque se
tornou lugar-comum incontrol‡vel.
Meio. 1 Ñ Invari‡vel(por ser advŽrbio)
quando equivalente a mais ou menos,
um pouco: meio adoentada (um
pouco adoentada), meio abertos (mais
ou menos abertos), meio escondidas
(um pouco escondidas). 2 Ñ Vari‡vel
(por ser adjetivo)quando acompanha
um substantivo: meia dœzia, duas
meias por›es, meias garrafas,
meios-termos, meias-palavras, meio-
irm‹o, meias-irm‹s.
Meio-de-campo. E n‹o Òmeio-campoÓ.
Plural: meios-de-campo.
Meio-dia, meia-noite. Exigem artigo: o
meio-dia, a meia-noite, desde o meio-
dia, a partir da meia-noite, do meio-
dia ˆ meia-noite.
Meio-dia e meia. ƒ a forma correta:
meio-dia emeia(hora).
Meio-irm‹o.Flex›es: meios-irm‹os,
meia-irm‹ e meias-irm‹s.
Meio-soprano. Omeio-soprano(se se
tratar de homem ou menino com essa
voz)e a meio-soprano(cantora): o
meio-soprano Lu’s S’lvio; a meio-so-
prano Neusa Ribeiro; as meios-sopra-
nos Neusa Ribeiro e Arlete de Almei-
da; Arlete de Almeida, meio-soprano
brasileira. Use esta forma e n‹o a ita-
liana ÒmezzosopranoÓ.
Melhor. 1Ñ Antes de partic’pio, use
mais bem,e n‹o melhor: mais bem
classificados (e n‹o Òmelhor classifi-
cadosÓou, menos ainda, Òmelhores
classificadosÓ), mais bem editado,
mais bem situada, mais bem-feito.
Ver mais bem, mais mal,p‡gina 167.
2 Ñ Quando adjetivo, varia (equivale
amais bom): Eles eram melhores
(mais bons)que todos. / Muito me-
lhores (mais bons)que seus conselhos
eram seus atos. / Melhores (mais
bons)que ele, s— os irm‹os. 3Ñ Quan-
do advŽrbio, permanece invari‡vel
175Medida Melhor

(equivale amais bem): Eles estavam
melhor (mais bem)de vida. / Jogaram
melhor (mais bem)que antes.
Melhor (a, o). 1 Ñ Quando houver ho-
mens e mulheres numa rela‹o, se se
quiser dizer que uma mulher Ž quem
mais se destaca, o artigo ficar‡ no
masculino: Maria Ž o melhor funcio-
n‡rio da empresa (se se disser que
Maria Ž a melhor funcion‡ria da em-
presa, ela estar‡ sendo comparada
apenas com as demais mulheres, e
n‹o com todos os empregados). Ou-
tros exemplos: Ela Ž o melhor profes-
sor da escola. / Muitos a consideram
o melhor escritor da sua gera‹o. /
Matilde Ž o melhor deputado da atual
legislatura. 2 Ñ Proceda da mesma
forma com a pior, o pior.
ÒMelianteÓ. Jarg‹o policial. Use assal-
tante, ladr‹o, marginal, bandido, etc.
(desde que o sejam, comprovadamen-
te).
Membro. Use como adjetivo quando
vier depois de um substantivo: pa’s
membro, estados membros.
Memorando. Prefira esta forma ao latim
memorandum.
Mem—ria.1 Ñ Fatos importantes deve-
r‹o ser sempre evocados pelo jornal
por ocasi‹o do anivers‡rio deles,
desde que se trate de datas redondas,
como, em geral, 1, 5, 10, 25, 50, 75,
100, 150, 200, 250, 300, 400 ou 500
anos. Valem para esse registro ocor-
rncias policiais que marcaram Žpoca,
nascimento e morte de alguŽm, lan-
amento de um movimento art’stico,
pol’tico ou econ™mico, edi‹o de livro
hist—rico, etc. Quando se tratar de
acontecimentos relativamente recen-
tes, nunca deixe de mencionar onde
est‡ ou o que faz hoje cada uma das
pessoas envolvidas no notici‡rio da
Žpoca. A dimens‹o da matŽria ficar‡
na dependncia direta da import‰ncia
do evento que se pretenda recordar.
2 Ñ Nem sempre, porŽm, apenas
essas datas justificam matŽrias. Por
exemplo, Ž sempre conveniente dar
um balano do primeiro semestre ou
ano de um governo (municipal, esta-
dual ou federal), de um programa ofi-
cial (Plano Real), de uma ausncia
muito sentida (um ano sem Tom
Jobim). Em outros casos, datas como
15, 35, 40, 60 ou 80 anos podem ser
excelente pretexto para reviver fato
aparentemente esquecido ou persona-
gem de que se fale pouco ultimamen-
te (revolta de Aragaras ou Jacarea-
canga, anivers‡rio da morte de escri-
tores como Ot‡vio de Faria, 75 anos
da Semana de Arte Moderna, 35 anos
da 1» Bienal de S‹o Paulo, etc.).
3 Ñ Mesmo que, aparentemente,
n‹o exista nada de novo a respeito,
nunca deixe cair no esquecimento
fatos que tenham sido objeto de inten-
so notici‡rio jornal’stico meses ou
anos antes, sem, no entanto, se pode-
rem considerar encerrados. Fugas es-
petaculares (onde anda quem fugiu?),
irregularidades denunciadas e n‹o
apuradas de forma definitiva ou con-
clusiva, crimes ainda n‹o esclarecidos
(afinal, onde est‹o os suspeitos, os
mandantes, os cœmplices?), obras in-
terrompidas ou muito lentas (usinas
de Angra, Ferrovia do Ao, rede de
silos, etc.). O necess‡rio, apenas, Ž que
se procure um ‰ngulo novo ou menos
explorado para justificar a volta ao as-
sunto. Muitas vezes, no entanto, a
pr—pria omiss‹o e desleixo dos res-
pons‡veis ser‹o motivo suficiente
para tanto.
4 Ñ Nunca deixe de consultar o le-
vantamento preparado pelo Arquivo
do Estadocom a rela‹o das principais
efemŽrides do ms. Nele voc encon-
trar‡ sempre assuntos que merecem
ser relembrados.
5 Ñ Ver tambŽm pesquisa, p‡gina
217.
ÒMencionar queÓ. Menciona-se alguŽm
ou alguma coisa, mas n‹o se mencio-
na que...: Negou-se a mencionar a
fonte. / Mencionou o fato com deta-
lhes. / Mencionou a atua‹o do dele-
176Melhor (a, o) ÒMencionar queÓ

gado no caso (e n‹o: Mencionou que
o delegado tivera participa‹o no
caso).
Menor. Ver maior, menor, p‡gina 167.
Menos. 1 Ñ Palavra invari‡vel (usar
ÒmenasÓconstitui erro grosseiro). 2 Ñ
Concord‰ncia: ver exceto, p‡gina 122.
Menos de. Concorda com o comple-
mento: Menos de dez atletas chega-
ram ao fim da corrida. / Menos de
duas pessoas sa’ram da sala. / Menos
de uma dezena de pessoas estava pre-
sente.
ÒMentaliza‹oÓ. N‹o use.
...mente. VeradvŽrbios em mente, p‡gi-
na 32.
Mentir. Conjuga‹o.Pres. ind.: Minto,
mentes, mente, mentimos, mentis,
mentem.Pres. subj.: Minta, mintas,
minta, mintamos, mintais, mintam.
Menu. Prefira card‡pio. A palavra,
porŽm, est‡ liberada na inform‡tica.
Merit’ssimo. Nunca Òmeret’ssimoÓ(a
palavra relaciona-se com mŽrito).
Mesa. Uma pessoa senta-se ˆ mesapara
trabalhar, almoar, etc. Sentar-se na
mesa Ž acomodar-se em cima dela.
Mesmo, mesma. 1 Ñ Mesmo varia nor-
malmente quando colocado depois de
substantivo ou pronome pessoal.
Pode ser substitu’do, para maior com-
preens‹o, porpr—prio, pr—pria: A pro-
fessora mesma (a pr—pria professora)
preparou a sala de aula. / Eles mes-
mos (pr—prios)fizeram a viagem. /
Joana e Maria mesmas (pr—prias)pre-
pararam a festa. / Pensaram consigo
mesmos (pr—prios). / Conseguiu o em-
prego por si mesma (pr—pria).2 Ñ
Quando equivale a de fato ou real-
mente, mesmon‹o varia:Elas trouxe-
ram mesmo os livros. / A moa veio
mesmo. / Os governos recorrer‹o
mesmo ao FMI.
Mesmo (o). ƒ conden‡vel o uso de o
mesmo, a mesma, os mesmos, as mes-
maspara substituir pronome ou subs-
tantivo. Est‹o vetadas, dessa forma,
constru›es reais como:A emissora
vai definir como se far‡ a premia‹o,
ou seja, como o pœblico poder‡ parti-
cipar Òda mesmaÓ./ A moa voltou
de viagem eÒa mesmaÓfar‡ amanh‹
o vestibular. / Os diretores da empre-
sa reuniram-se ontem e os funcion‡-
rios saber‹o amanh‹ as decis›esÒdos
mesmosÓ. / Cada vez que uma auto-
ridade policial prendesse um bandi-
do, Òa mesmaÓdeveria ser condecora-
da.
Mestre. Feminino: mestra.
Metade de. Concord‰ncia. Deixe o
verbo no singular: Metade das terras
me pertence. / Metade das pessoas j‡
devia ter chegado. / Metade dos alu-
nos foi aprovada. / Metade de n—s
havia sa’do.
Meteoro... O prefixo Ž esse, e n‹o Òme-
tereoÓ... Assim, meteorologista, me-
teorosc—pio, e nuncaÒmetereologiaÓ,
etc.
Metro. Ver dist‰ncia, p‡gina 98.
ÒMiÓ. Nunca use esta forma para subs-
tituir milh‹o ou milh›es.
Micro. 1 Ñ Liga-se sem h’fen ˆ palavra
ou elemento de composi‹o seguinte:
microacœstico, microempresa, mi-
croonda, microrregi‹o, microssegun-
do, microcomputador.2 Ñ A forma Ž
aceit‡vel em t’tulos como redu‹o de
microempresa ou microcomputador.
3 Ñ Use micro e micros para a unida-
de de medida, em vez de m’cron e
micra.
M’dia. Use esta forma, e n‹o ÒmediaÓ.
Mil. 1 Ñ N‹o use Òum milÓ, mas apenas
mil reais, mil pessoas, mil exempla-
res,etc. 2 Ñ Por se tratar de numeral,
mil concorda com a quantidade ex-
pressa:duas mil pessoas, dois mil ho-
mens, trezentas mil cabeas, qui-
nhentos mil habitantes,etc.
Milh‹o, milhar. 1Ñ S‹o substantivos
masculinos e por isso a concord‰ncia
dos nœmeros segue estes exemplos:
dois milh›es de crianas (e n‹oduas),
os milh›es de fitas (e n‹oas), os cinco
milh›es de pessoas, os oito milh›es
177Menor Milh‹o, milhar

de liras, comprou 18 milh›es dos 20
milh›es de a›es, o milh‹o de meni-
nas. Igualmente: dois milhares de
crianas (e n‹oduas), os milhares de
fitas (e n‹oas), os cinco milhares de
pessoas, os oito milhares de liras, o
milhar de meninas.2 Ñ A concord‰n-
cia verbal de milh‹o pode ser com o
nœmero, no singular, ou com a coisa
expressa, no plural. No Estado, prefi-
ra a segunda forma: Um milh‹o de
crianas estavam presentes. / Um
milh‹o de casas foram constru’das. 3
Ñ Se o verbo estiver antesde milh‹o
ou milh›es, porŽm, a concord‰ncia
ser‡ com estas palavras: Foi constru’-
do 1 milh‹o de casas. / Foram preju-
dicados (e n‹o ÒprejudicadasÓ)5 mi-
lh›es de pessoas. / Existe mais de 1,5
milh‹o de desempregados.
Milhas. Converta sempre em quil™me-
tros (a terrestre vale 1,609 km e a ma-
r’tima, 1,852 km).
Miligrama. Palavra masculina: um mi-
ligrama, duzentos miligramas.
Milion‡rio. N‹o Ž qualifica‹o de nin-
guŽm. Chame a pessoa de industrial,
armador, cantor, banqueiro, comer-
ciante, empres‡rio, etc.
Milit‰ncia. 1 Ñ Significa condi‹o de
militante, pr‡tica, atua‹o: O pol’ti-
co tinha intensa milit‰ncia na ‡rea
de terras. 2 Ñ Para designar as pessoas
atuantes de um partido ou organiza-
‹o, use militantes. Assim: Os mili-
tantes (e n‹o a milit‰ncia)do partido
queriam forar a cœpula a revogar a
decis‹o. / Os dirigentes da entidade
temiam a rea‹o dos militantes (e
n‹o da milit‰ncia).
Militares. 1 Ñ Hierarquia. S‹o estes os
postos e gradua›es, pela ordem de-
crescente de import‰ncia, no ExŽrci-
to, Marinha e Aeron‡utica, respecti-
vamente: marechal, almirante e ma-
rechal-do-ar (apenas em Žpocas excep-
cionais); general-de-exŽrcito, almi-
rante-de-esquadra, tenente-brigadei-
ro (quatro estrelas); general-de-divi-
s‹o, vice-almirante, major-brigadeiro
(trs estrelas); general-de-brigada,
contra-almirante, brigadeiro-do-ar
(duas estrelas); coronel, capit‹o-de-
mar-e-guerra, coronel-aviador; tenen-
te-coronel, capit‹o-de-fragata, tenen-
te-coronel-aviador; major, capit‹o-de-
corveta, major-aviador; capit‹o, capi-
t‹o-tenente, capit‹o-aviador; primei-
ro-tenente (nas trs armas); segundo-
tenente (nas trs armas); aspirante-a-
oficial, guarda-marinha, aspirante-a-
oficial-aviador; subtenente, subofi-
cial, suboficial; primeiro-sargento
(nas trs armas); segundo-sargento
(nas trs armas); terceiro-sargento
(nas trs armas); cabo (nas trs
armas); soldado, marinheiro, soldado.
2 ÑComandos do ExŽrcito.Co-
mando Militar do Leste(sede no Rio):
compreende a 1» Regi‹o Militar (sede
no Rio e jurisdi‹o sobre o Estado do
Rio e o Esp’rito Santo)e a 4» RM (sede
em Juiz de Fora, MG, e jurisdi‹o
sobre Minas Gerais, ˆ exce‹o do
Tri‰ngulo Mineiro, subordinado ao
Comando Militar do Planalto). Co-
mando Militar do Sudeste(sede em
S‹o Paulo): compreende a 2» RM (sede
em S‹o Paulo e jurisdi‹o sobre o Es-
tado de S‹o Paulo). Comando Militar
do Sul (sede em Porto Alegre): com-
preende a 3» RM (sede em Porto Ale-
gre e jurisdi‹o sobre o Rio Grande do
Sul)e a 5» RM (sede em Curitiba e ju-
risdi‹o sobre o Paran‡ e Santa Cata-
rina). Comando Militar do Nordeste
(sede no Recife): compreende a 6» RM
(sede em Salvador e jurisdi‹o sobre a
Bahia e Sergipe), a 7» RM (sede no Re-
cife e jurisdi‹o sobre Pernambuco,
Rio Grande do Norte, Para’ba e Ala-
goas)e a 10» RM (sede em Fortaleza e
jurisdi‹o sobre o Cear‡ e o Piau’). Co-
mando Militar do Oeste (sede em
Campo Grande, MS): compreende a 9»
RM (sede em Campo Grande e juris-
di‹o sobre Mato Grosso, Mato Gros-
so do Sul e Rond™nia). Comando Mi-
litar da Amaz™nia (sede em Manaus):
compreende a 8» RM (sede em BelŽm
178Milhas Militares

e jurisdi‹o sobre o Par‡, Maranh‹o,
Amap‡ e parte de Goi‡s)e a 12» RM
(sede em Manaus e jurisdi‹o sobre o
Amazonas, Acre e Roraima). Coman-
do Militar do Planalto(sede em Bra-
s’lia): compreende a 11» RM (sede em
Bras’lia e jurisdi‹o sobre o Distrito
Federal, parte de Goi‡s, Tri‰ngulo Mi-
neiro e Tocantins).
3 ÑComandos da Marinha. 1¼
Distrito Naval: sede no Rio e jurisdi-
‹o sobre o Rio de Janeiro, Esp’rito
Santo, S‹o Paulo, Minas Gerais (ˆ ex-
ce‹o do Tri‰ngulo Mineiro)e Ilhas de
Trindade e Martim Vaz. 2¼ Distrito
Naval: sede em Salvador e jurisdi‹o
sobre a Bahia, Sergipe e ArquipŽlago
dos Abrolhos. 3¼ Distrito Naval: sede
em Natal e jurisdi‹o sobre o Rio
Grande do Norte, Piau’, Cear‡, Para’-
ba, Pernambuco, Alagoas e Atol das
Rocas. 4¼ Distrito Naval: sede em
BelŽm e jurisdi‹o sobre o Par‡, Acre,
Amazonas, Rond™nia, Maranh‹o, To-
cantins, Piau’, Roraima e Amap‡. 5¼
Distrito Naval: sede em Rio Grande
(RS)e jurisdi‹o sobre o Rio Grande
do Sul, Santa Catarina e Paran‡. 6¼
Distrito Naval: sede em Lad‡rio (MS)
e jurisdi‹o sobre Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul. Comando Naval de
Bras’lia: sede em Bras’lia e jurisdi‹o
sobre o Distrito Federal, Goi‡s e
Tri‰ngulo Mineiro.
4 Ñ Comandos da Aeron‡utica.
Cada um deles Ž chamado generica-
mente de Comando AŽreo Regional.I
Comar: sede em BelŽm e jurisdi‹o
sobre o Par‡, Maranh‹o e Amap‡. II
Comar: sede no Recife e jurisdi‹o
sobre Pernambuco, Piau’, Cear‡, Rio
Grande do Norte, Para’ba, Alagoas,
Sergipe e Bahia. III Comar: sede no
Rio de Janeiro e jurisdi‹o sobre o Es-
tado do Rio, Esp’rito Santo, parte de
Minas Gerais e Ilhas de Trindade e
Martim Vaz. IV Comar: sede em S‹o
Paulo e jurisdi‹o sobre S‹o Paulo,
Mato Grosso do Sul e Tocantins. V
Comar: sede em Canoas (RS)e juris-
di‹o sobre o Rio Grande do Sul, Santa
Catarina e Paran‡. VI Comar: sede em
Bras’lia e jurisdi‹o sobre o Distrito
Federal, Goi‡s, parte de Minas e Mato
Grosso. VII Comar: sede em Manaus
e jurisdi‹o sobre o Amazonas, Acre,
Rond™nia e Roraima.
Mim.Ver entre mim e ti, p‡gina 108, e
para eu fazer, p‡gina 211.
Minguar. Conjuga-se como aguar (ver,
p‡gina 34.): m’ngua, m’nguam; m’n-
gŸe, m’ngŸem; etc.
Mini... a)Liga-se sem h’fen ao elemen-
to seguinte, duplicando-se o r e o s:
minicomputador, minidesvaloriza-
‹o, minirreator, minissaia, miniusi-
na.Por quest›es gr‡ficas, use h’fen
apenas antes de h: mini-homem,
mini-hotel. b)Quando substantivado,
tem acento: a m’ni (saia), as m’nis
(desvaloriza›es, por exemplo).
MinistŽrio. Inicial maiœscula:o Minis-
tŽrio(conjunto dos ministŽrios), o Mi-
nistŽrio do ExŽrcito, os MinistŽrios
da Agricultura, Saœde e Educa‹o.
Inicial minœscula:Esse ministŽrio
(segunda referncia). / Minas preten-
de um ministŽrio. / O governo modi-
ficar‡ os ministŽrios.
ÒMinistro-chefeÓ. Use chefe, simples-
mente:chefe do Gabinete Civil, chefe
do Gabinete Militar, chefe do EMFA.
Minœsculas. Ver maiœsculas e minœs-
culas, p‡gina 168.
Mirim. Usado como adjetivo, n‹o leva
h’fen: guarda mirim, eleitores mirins.
Misantropo. E n‹o Òmis‰ntropoÓ.
Mobiliar. 1 Ñ Desta forma e n‹o Òmo-
bilharÓou ÒmobilarÓ. 2 Ñ Conjuga-
‹o.Pres. ind.: Mob’lio, mob’lias,
mob’lia, mobiliamos, mobiliais, mo-
b’liam. Pres. subj.: Mob’lie, mob’lies,
mob’lie, mobiliemos, mobilieis, mo-
b’liem, etc.
Modelo. Liga-se com h’fen a outro subs-
tantivo: oper‡rio-modelo, escolas-
modelo.
Modelo (o, a). Use o modelo para ho-
mem e a modelo para mulher: Pro-
179Mim Modelo (o, a)

curavam um modelo de barba e bigo-
de. / Elas s‹o as modelos mais famo-
sas do Brasil.
Modismo.O modismo Ž o lugar-comum
cujo uso se intensifica num dado mo-
mento, por influncia especialmente
de meios de comunica‹o como o
r‡dio e a televis‹o, do jarg‹o pol’tico,
art’stico, urban’stico, econ™mico e
esportivo ou dos pr—prios usos e cos-
tumes do Pa’s. Deve ser evitado n‹o
apenas para n‹o atrelar o jornal a um
tipo de linguagem perec’vel, que varia
com as circunst‰ncias, mas tambŽm
por se tratar de uma pr‡tica t‹o con-
den‡vel quanto o recurso aos chav›es
tradicionais. O modismo pode ser
tanto uma palavra inexistente que se
cria para expressar alguma situa‹o
nova, como um termo do vern‡culo
que se passa a empregar em sentido
diferente do usual ou uma frase feita
cujo uso termina por ultrapassar os li-
mites do toler‡vel. O maior cuidado
deve ser tomado com os casos de pa-
lavras que tm o sentido original des-
virtuado, ganhando conota‹o impr—-
pria ou incorreta (exemplo: penalizar
com o significado de punir, que a pa-
lavra n‹o tem).
Veja alguns dos modismos mais co-
muns: abrir as comportas,acontecer
(como realizar-se ou ocorrer), admi-
nistrar(vit—ria ou vantagem), adorar
(qualquer coisa), aflorar,a mil oua
mil por hora, a n’vel de, anos doura-
dos, aquecer as turbinas, arrebentar
a boca do bal‹o, assumir, aterrissar
na mesa deou aterrissar em S‹o
Paulo, por exemplo, atirar farpas, a
todo o vapor, calor de rachar cate-
drais, carimbar o passaporte, chocan-
te(como surpreendente), coloca‹o
(de assunto ou quest‹o), colocar(as-
sunto ou quest‹o), com a bola toda,
com a corda toda, complexo vi‡rio,
conquistar seu espao, contabilizar
(como reunir, somar ou totalizar), cor-
rer atr‡s do preju’zo, costurar (acor-
do ou negocia‹o),curtir, decolar
(como desenvolver-se), deitar e rolar,
demanda de usu‡rios, de repente,
descart‡vel, descontra’do, despencar
(Bolsa), detonar (como desencadear
ou provocar), disparar(como afir-
mar), em grande estilo, em œltima
an‡lise,enfoque, entrar em rota de
colis‹o, esquentar as turbinas, estar
na marca de pnalti, estar na sua,
estar rindo ˆ toa, exatos (12 anos, por
exemplo),extrapolar(como exorbitar
ou exagerar), galera(como torcida ou
platŽia), goleir‹o, gratificante, imper-
d’vel, instigante, ir em busca do pre-
ju’zo, junto a(em vez de com ou de),
malha vi‡ria, mostrar cacife, n‹o
convidem para a mesma mesa ou
para a mesma reuni‹o, pano de
fundo, patamar(como n’vel ou ’ndi-
ce), pelo andar da carruagem, penali-
zar(como punir), pilotar um instru-
mento, pintar (como surgir), praticar
(preos, juros ou taxas), preocupante,
quem viver ver‡, raposa felpuda, re-
ceber sinal verde, rota de colis‹o, sen-
tir firmeza, sinalizar(como indicar
ou projetar), sob o signo de, transpa-
rncia, transparente, trocar farpas e
zagueir‹o.
Ver tambŽm lugar-comum, p‡gina
163.
Modo. 1 Ñ Ver em de maneira que, p‡-
gina 89, como usar a locu‹o de modo
que. 2 Ñ Ver em assim como, p‡gina
47, a concord‰ncia da locu‹o do
mesmo modo que.
Moer. Conjuga‹o. Pres. ind.: M™o,
m—is, m—i, moemos, moeis, moem.
Imp. ind.: Mo’a, mo’as, mo’a, etc.
Pret. perf. ind.: Mo’, moeste, moeu,
etc. Pres. subj.: Moa, moas, moa,
moamos, moais, moam. Imp. subj.:
Moesse, moesses, moesse, etc. Imper.
afirm.: M—i, moa, moamos, moei,
moam. Ger.: Moendo. Part.: Mo’do.
Molde.Ver em de maneira que, p‡gina
89, como usar a locu‹o de molde que.
Moleque. Feminino: moleca.
Monge. Feminino: monja.
180Modismo Monge

Mono... Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte, com a supress‹o do h e a du-
plica‹o do r e do s intermedi‡rios:
mono‡cido, monocelular, monoidra-
t‡vel, monorregional, monosseriado,
monotrilho.
ÒMonop—lio exclusivoÓ. Redund‰ncia.
N‹o use.
Monsenhor. Sem artigo antes:Encon-
tramos monsenhor(e n‹o Òo monse-
nhorÓ)Ant™nio. / Monsenhor JosŽ fez
um belo serm‹o.
Monstro. Como adjetivo, permanece in-
vari‡vel: liquida‹o monstro, com’-
cios monstro.
Monte.Inicial maiœscula: Monte Bran-
co.
Montecarlo.Desta forma.
Mooca. Sem acento.
Mor. Entra na forma‹o de palavras com
h’fen e sem acento: capit‹o-mor,
altar-mor.
Moral.1 Ñ Palavra feminina quando ex-
prime Žtica, norma de conduta, mora-
lidade, li‹o: a moral crist‹, moral ili-
bada, a moral da hist—ria.2 Ñ No
masculino indica estado de esp’rito,
disposi‹o de ‰nimo:o moral da
tropa, o moral dos jogadores.
Morar em. 1 Ñ Use morar com a prepo-
si‹o em (e n‹o a): Mora no campo,
mora na cidade, mora na serra. /
Mora na Rua tal, na Avenida tal, na
Praa tal(e n‹o ˆ Rua tal, etc.). 2 Ñ
Pode tambŽm ser intransitivo (dis-
pensar complemento): N‹o tem onde
morar. / Queria morar melhor.
Morder, mordida. O termo aplica-se
apenas a animais que tm dentes: O
cachorro mordeu o carteiro. / A mor-
dida da piranha lhe tirou pedaos. No
caso, pode-se ainda usar dentada: O
homem deu uma dentada no inimi-
go. Pernilongos, abelhas, escorpi›es,
aranhas, formigas,etc., picam ou d‹o
picadas e ferroadas. Cobras, embora
tenham presas, igualmente picam ou
d‹o picadas: A picada da urutu quase
sempre Ž fatal. / A jararaca picou o
menino.
ÒMorfŽticoÓ. Nunca use, em nenhum
sentido.
Morra, morram. A exclama‹o concor-
da com o sujeito: Morra o traidor! /
Morram os hereges! / Morramos n—s,
se o merecermos!
Morrer, morte, morto. 1 Ñ Por serem
mais jornal’sticas, use estas palavras
no notici‡rio, em vez de falecer, fale-
cimento ou falecido, cujo emprego
deve ficar restrito ˆ se‹o de Faleci-
mentos. Evite tambŽm desapareci-
mento ou desaparecido, com esse sig-
nificado. 2 Ñ Como morto Ž partic’-
pio tanto de morrer quanto de matar,
prefira a formaque morreua morto
(para n‹o dar a idŽia de que alguŽm
matou alguŽm)em frases como: O
ator Jofre Soares, que morreu em 1996
(e n‹omorto em)... / Tinha saudades
do filho, que morrera aos 18 anos na
capital (em vez de morto aos 18 anos
na capital)... 3 Ñ Um acidente causa
mortese n‹o mortos: Choque de ™ni-
bus causa (provoca)25 mortes (e n‹o
ÒmortosÓ). 4 Ñ Com mortoso que se
pode usar Ž deixar: Choque de ™nibus
deixa 25 mortos e 35 feridos. 5 Ñ
ÒFazer mortosÓou ÒmortesÓ. Nin-
guŽm ÒfazÓmortos ou mortes. Recor-
ra ˆs op›es acima. 6 Ñ ÒV’tima
fatalÓ. Fatal Ž o acidente, o choque, a
colis‹o, etc., e nunca a v’tima.
Morro. Inicial maiœscula: Morro do
Borel.
Mortes (como tratar).Sem fazer estar-
dalhao ou sensacionalismo, diga efe-
tivamente de que uma pessoa morreu.
N‹o h‡ motivo para preconceito e o
leitor merece a informa‹o correta,
seja a morte decorrente de suic’dio,
seja de doenas como a aids, o c‰ncer,
a leucemia ou outras. As circunst‰n-
cias da morte tambŽm dever‹o sem-
pre ser devidamente esclarecidas.
Poupe o leitor, porŽm, de detalhes es-
cabrosos, que pouco ou nada acres-
centem ao notici‡rio, no caso de cri-
181Mono... Mortes (como tratar)

mes violentos. Particularidades da
vida ’ntima da pessoa Ñ era homos-
sexual, era tra’do pela mulher ou pelo
marido, por exemplo Ñ somente de-
ver‹o figurar na reportagem se estive-
rem diretamente relacionados com a
causa ou as circunst‰ncias da morte.
Morto. Ver matado, morto, p‡gina 174.
Mudana do sujeito. 1 Ñ N‹o mude o
sujeito nas declara›es textuais, isto
Ž, n‹o transforme o discurso indireto
em direto. Veja dois exemplos erra-
dos: Ganhou dois prmios e saiu da
festa dedicando-os ҈ minha m‹e e a
todas as m‹es do BrasilÓ. / Os joga-
dores estavam tranqŸilos, pois acha-
vam que Òperdemos, mas cumprimos
o deverÓ. No primeiro caso, a expres-
s‹o minha m‹e refere-se ˆ primeira
pessoa e os verbos ganhoue saiu est‹o
todos na terceira. No segundo, acha-
vamest‡ na terceira pessoa e perde-
mose cumprimos, na primeira. Veja
as alternativas: Marcou dois gols e
saiu de campo dedicando-os ˆ sua
m‹e Òe a todas as m‹es do BrasilÓ. /
Os jogadores estavam tranqŸilos e
ressaltavam:ÒPerdemos, mas cum-
primos o dever.ÓVer outros exemplos
em declara›es textuais, item 10, p‡-
gina 88.
2 Ñ Cuidado para n‹o trocar o su-
jeito em ora›es encadeadas. Veja os
exemplos, todos reais: Seu passe foi
emprestado ao Grmio no ano passa-
do e voltou ao Uni‹o, onde permane-
cia na reserva (segundo o texto, foi o
passe que voltou ao Uni‹o, onde per-
manecia na reserva, e n‹o o jogador,
como se pretendia dizer). / Apesar de
existir h‡ mais de duas dŽcadas,
muita gente n‹o sabe se PNL Ž algo
relacionado a alguma cincia (como
est‡ escrito, Ž muita gente que existe
h‡ duas dŽcadas, e n‹o o PNL). / Pis-
tas de kart realizam sonho de virar
piloto (s‹o as pistas que est‹o virando
piloto). / Criadas por empres‡rios, a
atua‹o dessas funda›es... (as fun-
da›es Ž que foram criadas, e n‹o a sua
atua‹o).
Muit’ssimo. Superlativo malformado.
Aceit‡vel apenas na linguagem colo-
quial ou em declara›es.
Muito. 1 Ñ Varia quando precede subs-
tantivo: muitos homens, muita ‡gua,
muitas pessoas. A norma Ž a mesma
caso muito anteceda adjetivo que
forme, com o substantivo seguinte,
uma unidade, como se constitu’sse
uma s— palavra: Ele tem muita boa
vontade. / Tratou-a com muita m‡
vontade. / Trouxe muitas boas novas.
2 ÑN‹o variaquando modifica ad-
jetivo, verbo ou outro advŽrbio: Eram
muito bons. / Restaram muito pou-
cos ali. / A popula‹o estava muito
satisfeita com o presidente. / Nem
todos os alunos estudam muito. / Fa-
lavam muito baixo. 3 Ñ Atente para
a diferena:Havia muitos bons ho-
mens ali (muitos homens bons). /
Eram muito bons homens aqueles
(n‹o se pode fazer a invers‹o, neste
caso). / Trouxe muitas velhas amigas
consigo. / Eram muito velhas amigas
deles. 4 Ñ Ver em Ž muito, Ž pouco,
p‡gina 105, a concord‰ncia da locu‹o
Ž muito.
Muito obrigado(a). Homem, quando
agradece, diz muito obrigado!Mu-
lher, muito obrigada!
Muito poucos. Muito permanece inva-
ri‡vel:Havia muito poucos carros na
cidade. / Eram muito poucas as can-
didatas ao emprego.
Muito que. Sem artigo:muito que dizer,
muito que fazer.
Muitos de. Quanto ˆ concord‰ncia, ver
algum (alguns) de, p‡gina 35.
ÒMuletasÓ.l Ñ Evite, a todo custo, o uso
de muletas nos t’tulos, isto Ž, palavras
empregadas apenas como recurso
para ganhar alguns sinais. Casos mais
comuns: j‡(Palmeirasj‡ teme o
Treze), seuredundante (Governo con-
tŽm osseus gastos: pode conter os de
quem mais?), um(Mortoum general
na Espanha), oou asem raz‹o (A bala
182Morto ÒMuletasÓ

matao menino: que bala?que meni-
no?)e outros do mesmo tipo.
2 Ñ Considere tambŽm muletas (e,
portanto, fuja delas)locu›es utiliza-
das para ligar fatos ou declara›es di-
ferentes na mesma matŽria, como: por
outro lado, pelo contr‡rio, ao mesmo
tempo, n‹o obstante, enquanto isso,
por sua vez, apesar disso e outras j‡
desgastadas pelo uso excessivo. Para
cumprir fun›es semelhantes exis-
tem palavras ou express›es como
ainda, tambŽm, mas, porŽm, no en-
tanto, pois, como, porque, portanto,
etc.
Mœlti. Aceit‡vel, apenas em t’tulos,
para substituir multinacional. Plural:
mœltis.
Multi... Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte:multiangular, multicolorido,
multinacional, multiovulado, mul-
tirracial, multissecular.
Munic’pio. Inicial maiœscula: o Munic’-
pio de S‹o Paulo, o Munic’pio (referin-
do-se a S‹o Paulo, capital). Inicial mi-
nœscula: o munic’pio de Itu, os muni-
c’pios de Santos e Guaruj‡, o munic’-
pio(qualquer outro que n‹o o de S‹o
Paulo), os Estados e munic’pios.
Munique. Desta forma.
Muralha da China. N‹o Žuma das sete
maravilhas do mundo antigo. Ver
quais s‹o elas em maravilhas, p‡gina
173.
ÒMusoÓ.A palavra n‹o existe. S— pode
ser usada entre aspas e em textos
muito especiais.
Na Avenida tal. Verna Rua tal, p‡gina
184.
Nacional-socialista. Plural: nacional-so-
cialistas (os nacional-socialistas, par-
tidos nacional-socialistas).
Nada. 1 Ñ Antes do verbo, dispensa
outra negativa: Nada lhe pergunta-
ram. / A pol’cia nada apurou sobre o
crime. / Ele de nada foi informado. 2
Ñ Se vem depois do verbo, exige outra
negativa:N‹o lhe perguntaram na-
da. / O ministro n‹o sabia nada sobre
o plano. / NinguŽm aprendeu nada. /
A moa n‹o ficou nada preocupada. /
Sem pensar em mais nada, saiu cor-
rendo. 3 Ñ S‹o erradas, dessa forma,
frases como:As linhas telef™nicas
custam praticamente nada (o certo:
n‹o custam ...)/ Reservou as sextas-
feiras para fazer absolutamente nada
(para n‹o fazer...). / Ele trouxe nada
consigo (ele nada trouxe consigo ou
ele n‹o trouxe nada consigo).
Nada a ver.E nunca Ònada haverÓ. A me-
lhor forma, porŽm, Ž nada que ver:A
queixa n‹o tem nada a ver (ou que
ver)com voc.
Nada com pronome.O nadaatrai o pro-
nome situado na mesma ora‹o: Nada
lhe disseram a respeito do caso. /
Nada naquele lugar nos agradava.
Nada de. Concord‰ncia. Ver alguma
coisa de, p‡gina 35.
Na•f. Plural: naives.
ÒNamorar comÓ. O verbo Ž direto: A
moa namorava o filho do prefeito (e
n‹onamorava ÒcomÓ). / Namorava a
vizinha havia muitos anos (e n‹ona-
morava ÒcomÓ).
N‹o... 1 Ñ Use h’fen sempre que o n‹o
vier antes de substantivo: n‹o-agres-
s‹o, n‹o-alinhamento, n‹o-confor-
mismo, n‹o-fumante, n‹o-interven-
‹o, n‹o-participa‹o. 2 Ñ Diante de
adjetivo, s— empregue o h’fen quando
o n‹o formar uma palavra de sentido
completo: pa’s n‹o-alinhado, na‹o
n‹o-beligerante, n‹o-combatente,
n‹o-conformista, n‹o-engajado, n‹o-
esperado, n‹o-essencial, n‹o-existen-
te, metal n‹o-ferroso, pessoa n‹o-fu-
mante, n‹o-iluminado, pol’tica n‹o-
intervencionista, n‹o-participante,
n‹o-positivo, composto n‹o-satura-
do, n‹o-verbal en‹o-viciado. 3 Ñ Nos
demais casos: n‹o vazio, n‹o reconhe-
183Mœlti N‹o...

cido, n‹o identificado, n‹o vestido,
etc. 4 Ñ Ver no cap’tulo Escreva Certo
as palavras em que o n‹ose liga com
h’fen a um adjetivo. Nos demais ca-
sos n‹o existe h’fen: n‹o cozido, n‹o
intencional, n‹o abusivo.
N‹o apenas... mas tambŽm.Concord‰n-
cia. Vern‹o s—, nesta p‡gina.
N‹o com pronome.O n‹oatrai o prono-
me situado na mesma ora‹o: Os re-
sultados n‹o o surpreenderam. / O
amigo n‹o se disp™s a ajud‡-lo.
N‹o Ž mais.Verj‡ ... mais, p‡gina 152.
N‹o fosse... Sem e intermedi‡rio:N‹o
fosse a pressa, ele teria feito melhor o
trabalho. / N‹o fosse a chuva, os con-
vidados teriam chegado antes. (E
n‹o:N‹o fosse a pressa ÒeÓele
teria...).
N‹os. N‹otem plural, quando substan-
tivado: Os n‹os e os sins.
N‹o ... sen‹o. Concord‰ncia com o
termo que se segue a sen‹o: ÒN‹o se
viam ali sen‹o cad‡veresÓ. / N‹o se
ouviam sen‹o os grilos.
N‹o s—. 1 Ñ A correla‹o den‹o s—ou
n‹o somentefaz-se com mas tambŽm,
mas, mas atŽ, como, sen‹oou sen‹o
tambŽm: N‹o s— o pai, mas tambŽm
o filho devem... / N‹o s— o patr‹o, mas
o oper‡rio... / N‹o s— os homens, mas
atŽ as mulheres... / N‹o s— os filhos,
como os amigos ali ficaram. / N‹o s—
Ž indigno de pena, sen‹o tambŽm da
graa. / O Sol n‹o s— excede a cada
uma das estrelas sen‹o a todas.2 Ñ
Concord‰ncia. Verbo no plural:N‹o
s— o pai, mas tambŽm o filho queriam
o cargo. Fazem a mesma concord‰n-
cia as seguintes formas: n‹o s—... mas,
n‹o s—... mas ainda, n‹o s—... mas atŽ,
n‹o s—... sen‹o, n‹o s—... sen‹o tam-
bŽm, n‹o s—... como tambŽm, n‹o so-
mente... como, n‹o apenas... sen‹o
tambŽm, etc.
ÒN‹o tem solu‹oÓ. Verhavia muitas
pessoas, p‡gina 138.
Nariz-de-cera.ƒ uma introdu‹o vaga e
desnecess‡ria que toda not’cia dis-
pensa. Use lead e nunca nariz-de-cera,
a n‹o ser em casos excepcionais,
como o de apresentar ’ntegras: ƒ a se-
guinte a ’ntegra do discurso pronun-
ciado ontem pelo presidente da Re-
pœblica na Cidade do MŽxico:
Um exemplo de nariz-de-cera:S‹o
muitos os problemas do tr‰nsito em
S‹o Paulo. Alguns deles arrastam-se
por anos e anos sem que ninguŽm
tente resolv-los. Um exemplo desse
descaso das autoridades Ž o estacio-
namento sobre as caladas. Mais
uma vez, porŽm, a Prefeitura prome-
te adotar medidas para que os abu-
sos n‹o se repitam.Depois dessa in-
trodu‹o, viria a not’cia de que o es-
tacionamento nas caladas estava, a
partir do momento, sujeito a multas
elevadas. Entre direto no fato: A par-
tir de hoje, quem estacionar seu carro
sobre a calada pagar‡ tanto de
multa. E a Prefeitura promete ser ri-
gorosa na fiscaliza‹o.
ÒNarrar queÓ. Narra-sealguma coisa,
mas n‹o se narra que...
Na Rua tal. Use esta forma: morador ou
residente na Rua tal e n‹o ˆ Rua tal.
Da mesma forma, na Avenida, na Tra-
vessa, no Largo, etc.
Naturais do Brasil. Esta lista inclui os
adjetivos p‡trios referentes aos Esta-
dos, ˆs capitais e a algumas cidades
brasileiras:
Acre: acreano; Alagoas: alagoano;
Amap‡: amapaense; Amazonas: ama-
zonense; An‡polis (GO): anapolino;
Angra dos Reis (RJ): angrense; Araca-
ju (SE): aracajuano; Araguaia (rio): ara-
guaiano.
Bahia: baiano; Barra do Pira’ (RJ):
barrense; Barra Mansa (RJ): barra-
mansense; BelŽm (PA): belenense;
Belo Horizonte (MG): belo-horizonti-
no; Boa Vista (RR): boa-vistense; Bra-
s’lia (DF): brasiliense.
Cabo Frio (RJ): cabo-friense; Ca-
choeiro de ltapemirim (ES): cachoei-
rense; Campo Grande (MS): campo-
grandense; Caruaru (PE): caruaruen-
se; Catu (BA): catuense; Cuiab‡ (MT):
cuiabano; Curitiba (PR): curitibano.
Duas Barras (RJ): bibarrense.
184N‹o apenas... mas tambŽm Naturais do Brasil

Esp’rito Santo: esp’rito-santense e
capixaba.
Florian—polis (SC): florianopolita-
no; Fortaleza (CE): fortalezense; Foz
do Iguau (PR): iguauense.
Garanhuns (PE): garanhuense;
Goi‰nia (GO): goianiense; Goi‡s:
goiano.
Jo‹o Pessoa (PB): pessoense.
Macap‡ (AP): macapaense. Macei—
(AL): maceioense, Manaus (AM): ma-
nauense ou manauara; Maraj— (ilha):
marajoara; Maranh‹o: maranhense;
Mato Grosso: mato-grossense; Mato
Grosso do Sul (MS): mato-grossense-
do-sul ou sul-mato-grossense.
Natal (RN): natalense; Niter—i
(RJ): niteroiense; Novo Hamburgo
(RS): hamburguense.
Par‡: paraense; Paran‡: paranaen-
se; Pernambuco: pernambucano; Pe-
tr—polis (RJ): petropolitano; Piau’:
piauiense; Poos de Caldas (MG): cal-
dense; Porto Alegre (RS): porto-ale-
grense.
Recife (PE): recifense; Rio de Janei-
ro (Estado): fluminense; Rio de Janei-
ro (cidade): carioca; Rio Grande (cida-
de do RS): rio-grandino; Rio Grande
do Norte: rio-grandense-do-norte,
norte-rio-grandense e potiguar; Rio
Grande do Sul: gaœcho, rio-granden-
se-do-sul e sul-rio-grandense; Rond™-
nia: rondoniense; Roraima: roraimen-
se.
Salvador (BA): soteropolitano;
Santa Catarina: catarinense; Santa-
rŽm (PA): santareno; Santos Dumont
(MG): sandumonense; S‹o Pedro da
Aldeia (RJ): aldeense; S‹o Sebasti‹o da
Grama (RJ): gramense; Sergipe: sergi-
pano.
Te—filo Ot™ni (MG): te—filo-oto-
nense; Teresina (PI): teresinense; To-
cantins: tocantinense; Trs Cora›es
(MG): tricordiano; Trs Rios (RJ): trir-
riense.
Vit—ria (ES): vitoriense.
Naturais do Estado de S‹o Paulo.Esta
lista inclui alguns dos adjetivos p‡-
trios referentes a cidades do Estado de
S‹o Paulo. Deu-se preferncia aos que
designam o natural de munic’pios
mais citados no notici‡rio ou ˆqueles
cuja forma possa causar dœvidas:
çguas da Prata: pratense; çguas de
Lind—ia: lindoiense; Americana: ame-
ricanense; Aparecida: aparecidense;
Assis: assisense; Atibaia: atibaiano;
AvarŽ: avareense.
Barretos: barretense; Barueri: ba-
rueriense; Batatais: batataiense; Bom
Jesus dos Perd›es: perdoense; Bragan-
a Paulista: bragantino; Brodowski:
brodowskiano.
Cajamar: cajamarense; Campinas:
campineiro; Campos do Jord‹o: jorda-
nense; CananŽia: cananeense; Ca-
pivari: capivariano; Cotia: cotiense;
Cubat‹o: cubatense.
Diadema: diademense.
Embu, Embu-Guau: embuense.
Fernand—polis: fernandopolense;
Ferraz de Vasconcelos: ferrazense;
Franca: francano; Francisco Morato:
moratense; Franco da Rocha: franco-
rochense.
Guaratinguet‡: guaratinguetaen-
se; Guaruj‡: guarujaense; Guarulhos:
guarulhense.
Ilhabela: ilhabelense; ItanhaŽm:
itanhaense; Itapecerica da Serra: ita-
pecericano; Itapetininga: itapetinin-
gano; Itaquaquecetuba: itaquaquece-
tubano; ItararŽ: itarareense.
Jaboticabal: jaboticabalense; Jaca-
re’: jacareiense; Jales: jalesense; Jun-
dia’: jundiaiense.
Leme: lemense; Limeira: limeiren-
se; Lind—ia: lindoiano; Lins: linense.
Mairipor‹: mairiporanense; Mar’-
lia: mariliense; Mat‹o: matonense;
Mau‡: mauaense; Mogi das Cruzes,
Mogi-Guau e Mogi-Mirim: mogia-
no; Mongagu‡: mongaguaense.
Nova Odessa: nova-odessense;
Novo Horizonte: novo-horizontino.
Orl‰ndia: orlandino; Osasco: osas-
quense; Ourinhos: ourinhense.
185Naturais do Estado de S‹o Paulo Naturais do Estado de S‹o Paulo

Paul’nia: pauliniense; Peru’be: pe-
ruibense; Pindamonhangaba: pinden-
se; Piracicaba: piracicabano; Piraju:
pirajuense; Piraju’: pirajuiense; Piras-
sununga: pirassununguense; Po‡:
poaense; Porto Feliz: porto-felicense;
Praia Grande: praia-grandense; Presi-
dente Bernardes: bernardense; Presi-
dente Epit‡cio: epitaciano; Presiden-
te Prudente: prudentino; Presidente
Venceslau: venceslauense.
Registro: registrense; Ribeir‹o
Pires: ribeir‹o-pirense; Ribeir‹o
Preto: ribeir‹o-pretano; Rio Claro:
rio-clarense; Rio Grande da Serra: rio-
grandense-da-serra.
Santa FŽ do Sul: santa-fŽ-sulense;
Santa Isabel: isabelense; Santana de
Parna’ba: parnaibano; Santo AndrŽ:
andreense; Santos: santista; S‹o Ber-
nardo do Campo: s‹o-bernardense;
S‹o Caetano do Sul: s‹o-caetanense;
S‹o Carlos: s‹o-carlense; S‹o JosŽ do
Rio Pardo: rio-pardense; S‹o JosŽ do
Rio Preto: rio-pretense; S‹o JosŽ dos
Campos: joseense; S‹o Roque: s‹o-ro-
quense; S‹o Sebasti‹o: sebastianense;
S‹o Vicente: vicentino; Serra Negra:
serra-negrense; Sorocaba: sorocaba-
no; SumarŽ: sumareense.
Taquaritinga: taquaritinguense;
Tatu’: tatuiense; TaubatŽ: taubatea-
no.
Ubatuba: ubatubense.
Vale do Para’ba: vale-paraibano;
Valinhos: valinhense; Votuporanga:
votuporanguense.
Naturais do exterior.Nesta rela‹o, fi-
guram adjetivos p‡trios que podem
causar alguma dœvida ao jornalista,
todos referentes a cidades e regi›es do
exterior e pa’ses, mesmo alguns j‡ ex-
tintos e fragmentados ou que muda-
ram de nome (foram exclu’das formas
—bvias, como Dinamarca Ñ dinamar-
qus, N‡poles Ñ napolitano, etc.):
Acaia (Gr.): aqueu; Aores: aoria-
no; Acra (Gana): acrense; Afeganis-
t‹o: afeg‹o, afeg‹; Alasca: alasquiano;
Alemanha Ocidental: alem‹o-ociden-
tal; Alemanha Oriental: alem‹o-
oriental; Alentejo (Port.): alentejano;
Alexandria (Egito): alexandrino; Als‡-
cia (Fr.): alsaciano; Altai (montanha):
altaico; Amarante (Port.): amaranti-
no; Amsterd‹: amsterdams; Ancara
(Turquia): ancarense; Andaluzia
(Esp.): andaluz, andaluza; Andorra:
andorrano; Anjou (Fr.): angevino; An-
t’gua: antiguano; Antilhas: antilhano;
AntuŽrpia: antuerpiano; Apeninos:
apen’nico; Ar‡bia Saudita: saudita;
Arag‹o (Esp.): aragons; Arc‡dia (Gr.):
‡rcade; Ardenas (Fr.): ardens; Argel:
argelino; ArgŽlia: argelino; Arles (Fr.):
arlesiano; Artois (Fr.): artesiano; çsia
do Sul: sul-asi‡tico; Assam (êndia): as-
sams; Assu‹: assuans; Astrac‹
(Rœssia): astracanita; Astœrias (Esp.):
asturiano; Atacama: atacamenho;
Austral‡sia: austral‡sio; Azerbaij‹o:
azerbaijano.
Bahamas: bahamense; Bagd‡: bag-
dali; Bahrein: bahreinita; Baleares: ba-
le‡rico; Bali (Indon.): balins; B‡ltico:
b‡ltico; Bangladesh: bengali; Barba-
dos: barbadiano; Barcelona: barcelo-
ns; Bat‡via: batavo; Baviera: b‡varo;
Bearn (Fr.): bearns; Beja (Port.): be-
jense; BelŽm (Jord‰nia): belemita; Bel-
grado: belgradino; Belize: belizenho;
Beluchist‹o: beluchi; Bengala: benga-
li; Bengasi: bengasiano; Benin: beni-
nense; Bermudas: bermudense; Berna
(Su’a): berns; Bessar‡bia: bessar‡-
bio; Biafra: biafrense; Bielo-Rœssia:
bielo-russo; Bilbao: bilba’no; Birm‰-
nia: birmans; Biscaia (Esp.): biscai-
nho; Bomia (Rep. Checa): bomio;
Bogot‡: bogotano; Bonn: bonense;
BordŽus (Fr.): bordels; Borgonha: bor-
gonhs; B—snia: b—snio; Boston: bos-
toniano; Botsuana: bechuano; Bragan-
a (Port.): bragantino; Brandemburgo:
brandemburgus; Brunei: bruneano;
Bruxelas: bruxelense; Bucareste: bu-
carestino; Budapeste: budapestense;
Buenos Aires: portenho; Burkina
Fasso: burquinense; Burundi: burun-
dins; But‹o: butans.
186Naturais do exterior Naturais do exterior

Cabo Verde: cabo-verdiano; Caiena
(G. Fr.): caienense; Cairo (Eg.): cairo-
ta; Calcut‡ (êndia): calcutaense; Cale-
d™nia (Fr.): caled™nio; Camar›es
(çfr.): camarons; Camberra (Austr‡-
lia): camberrano; Camboja: camboja-
no; Cana‹ (Pal.): cananeu; Can‡rias
(çfr. Esp.): canarino; Cant‹o (China):
cantonense; Capad—cia (çsia): capa-
d—cio; Caribe: caribenho; Carolina do
Norte (EUA): carolinense; Carolina
do Sul (EUA): carolinense; Carrara
(It.): carrarense; Cartago (çf.): carta-
gins; Casablanca (Marr.): casablan-
quense; Castelo Branco (Port.): albi-
castrense; Catalunha (Esp.): catal‹o;
Catar (çsia): catariano; Ceil‹o: cinga-
ls; Ceuta (çfr.): ceutense; Chade:
chadiano; Chechnia: checheno; Chi-
pre: cipriota; C’clades (Gr.): cicladen-
se; Cingapura: cingapuriano; Circ‡s-
sia (çsia): circassiano; Cochinchina:
cochinchins, cochinchino; Coimbra
(Port.): coimbr‹o, coimbr‹; Colombo
(Sri Lanka): colombense; Col™nia
(Alem): coloniano; Comores: como-
rense; Congo (çfr.): congols; Cope-
nhague: copenhaguense; CorŽia do
Norte: norte-coreano; CorŽia do Sul:
sul-coreano; Corfu (GrŽcia): corfiota;
Corinto: cor’ntio; Corrientes (Arg.):
correntino; Costa do Marfim: marfi-
nense; Costa Rica: costa-riquenho;
Crac—via: cracoviano; Cremona (It.):
cremonense; Curdist‹o: curdo.
Dacar (Senegal): dacarense; Dant-
zig: dantzigano; DaomŽ: daomeano;
Djibuti (çfr.): djibutiano; Dominica:
dominicano; Dublin (Irl.): dublinen-
se; Douro (Port.): duriense.
El Salvador: salvadorenho; Emira-
dos çrabes Unidos: ‡rabe; Entebe
(Uganda): entebense; Entre-Rios
(Arg.): entrerriano; Epiro (Gr.): epiro-
ta; Est™nia: estoniano; Estrasburgo
(Fr.): estrasburgus; Etrœria: etrusco.
Fiji: fijiano; Florena: florentino;
Formosa (çsia): formosino; Funchal
(Madeira): funchalense.
Gab‹o: gabonense; Galiza (Esp.):
galego; G‰mbia (çfr.): gambiano;
Gana: ganense; Gasconha (Fr.): gas-
c‹o, gascona; Genebra (Su’a): gene-
brs; Ge—rgia (repœblica): georgiano;
Gibraltar: gibraltarino; Gironda (Fr.):
girondino; Goa (êndia): goense; Gra-
nada (Esp. e Caribe): granadino;
Groenl‰ndia: groenlands; Guatema-
la: guatemalteco; Guiana: guianense;
GuinŽ (çfr. Ocid.): guineano; GuinŽ-
Bissau: guineense; GuinŽ Equatorial:
guinŽu-equatoriano.
Hamburgo (Alem.): hamburgus;
Hannover (Alem.): hanoveriano; Ha-
vana: havans; HŽbridas (Gr‹-Breta-
nha): hebridense; Honduras: hondu-
renho.
Imen (çsia): iemenita; Imen do
Sul: sul-iemenita; Ilhas Comores: co-
morense; Ilhas HŽbridas: hebridense;
Ilhas Salom‹o: salom™nico; êndia: in-
diano; Iugosl‡via: iugoslavo.
Jamaica: jamaicano; Jord‰nia: jor-
daniano.
Kiribati: kiribatiano; Kuwait:
kuwaitiano.
Laos: laosiano; La Paz: pacenho;
Lap™nia: lap‹o, lapona; Le—n (Esp.):
leons; Lesoto: lesoto; Let™nia: let‹o,
let‹; Liechtenstein: liechtensteinien-
se; Litu‰nia: lituano; Luanda (Ango-
la): luandense; Luxemburgo: luxem-
burgus; Lyon (Fr.): lions.
Macau (China): maca’sta; Mada-
g‡scar: malgaxe; Madeira (Port.): ma-
deirense; Madri: madrileno; Maiorca:
maiorquino; Malabar (çsia): malaba-
rense; M‡laga (Esp.): malaguenho;
Mal‡sia: malaio; Malavi: malaviano;
Maldivas: maldivo; Mali: malins;
Malta: malts; Malvinas: malvinense;
Man‡gua: managŸense; Manchester
(Ingl.): manchesteriano; Mandchœria
(çsia): mandchu; M‰ntua (It.): man-
tuano; Marselha (Fr.): marselhs;
Maur’cio: mauriciano; Maurit‰nia:
mauritano; MelanŽsia: melanŽsio;
MicronŽsia: micronŽsio; Minho: mi-
nhoto; Minorca: minorquino; M—de-
187Naturais do exterior Naturais do exterior

na (It.): modenense; Mold‡via
(URSS): mold‡vio; Molucas: moluca-
no; M™naco: monegasco; Mong—lia
(çsia): mongol; Montenegro: monte-
negrino; MontevidŽu: montevideano;
Munique: muniquense.
Nauru: nauruano; Navarra (Esp.):
navarrs e navarro; NazarŽ: nazareno;
Nepal: nepals; N’ger: nigerino; NigŽ-
ria: nigeriano; Nova York: nova-ior-
quino; Nova Zel‰ndia: neozelands.
Om‹: omani; Oxford: oxfordiano.
Pa’s Basco: basco; Pa’s de Gales:
gals; Papua-Nova GuinŽ: papu‡sio;
Patag™nia: patag™nio; P‡dua (It.): pa-
tavino; Piemonte (It.): piemonts; Po-
linŽsia: polinŽsio; Porto Rico: porto-
riquenho.
Qunia (çfr.): queniano.
Repœblica Centro-Africana: cen-
tro-africano; Repœblica Dominicana:
dominicano; Repœblica Malgaxe:
malgaxe; Romnia: romeno; Ruanda:
ruands.
Sab—ia (Fr.): saboiano; Salamanca
(Esp.): salamanquense; Salerno (It.):
salernitano; Salom‹o (ilhas): salom™-
nico; Salonica (Gr.): salonicense;
Samoa: samoano; San Marino: sama-
rins; Santa Cruz de la Sierra (Bol.):
cruz-serrano; Santa Lœcia (ilha):
santa-lucense; SantarŽm (Port.): san-
tareno; Santiago de Compostela
(Esp.): santiagus; S‹o Crist—v‹o e
Neves: s‹o-cristovense; S‹o TomŽ e
Pr’ncipe: s‹o-tomense; S‹o Vicente e
Granadinas: s‹o-vicentino; Saragoa
(Esp.): saragoano; Sardenha (It.):
sardo; Senegal: senegals; Serra Leoa
(çfr.): serra-leons, serra-leonesa; SŽr-
via: sŽrvio; Seychelles: seichelense;
Sintra (Port.): sintr‹o; Siracusa (It.):
siracusano; Som‡lia: somali; Sri
Lanka: cingals; Suazil‰ndia: suazi;
Suriname: surinams.
Taiti: taitiano; T‰nger: tangerino;
Tanz‰nia: tanzaniano; Tarragona
(Esp.): tarraconense; Tasm‰nia (Ocea-
nia): tasmaniano; Timor (Oceania): ti-
morense; Togo: togols; Toledo (Esp.):
toledano; Tonga: tongans; Tonquim
(Vietn‹): tonquins; Toscana (It.): tos-
cano; Transilv‰nia: transilvano;
Transvaal (çfr. do Sul): transvaaliano;
Tr‡s-os-Montes (Port.): trasmontano;
Trieste (It.): triestino, Trinidad e To-
bago (Antilhas): trinit‡rio; Tr’poli: tri-
politano; Tripolit‰nia (çfr.): tripolita-
no; Tœnis: tunisino; Tun’sia: tunisia-
no; Tuvalu: tuvaluano.
Uganda: ugandense; Urais: uralia-
no.
Valncia: valenciano; Vanuatu: va-
nuatense; Vars—via: varsoviano; Vero-
na (It.): verons; Versalhes (Fr.): ver-
salhs.
Zaire: zairense; Z‰mbia, zambia-
no; Zanzibar: zanzibarita; Zimb‡bue:
zimbabuano; Zulul‰ndia: zulu.
Naves espaciais.1 Ñ Os foguetes e sa-
tŽlites, tanto os pioneiros da era espa-
cial quanto os atuais, tm o gnero
masculino: o Sputnik, o Viking, o
Vanguard, o Explorer, o Sonda, o
Tiros, o lntelsat, etc. 2 Ñ As naves
(mesmo que sejam consideradas ™ni-
bus espaciais, como a Columbia)s‹o
femininas: a Vostok, a Mercury, a
Voshkod, a Gemini, a Soyuz, a
Skylab, a Challenger, etc. 3 Ñ O
nome das naves vai no mesmo corpo
do texto e n‹o deve ser aportuguesa-
do: Columbia, Apollo 13, etc.
Navios. O nome vai no mesmo corpo do
texto: Costa Marina.
Necess‡rio. Ver em Ž preciso, p‡gina
111, a concord‰ncia de Ž necess‡rio.
ÒNecr—poleÓ.Palavra vetada. Use cemi-
tŽrio.
Negar a. O verbo pede a preposi‹o ae
n‹o para: Redes de TV negam espao
ao candidato (e n‹o Òpara oÓ). / A em-
presa negou aumento aos funcion‡-
rios.
Negar que.1 Ñ Esta forma leva sempre
a ora‹o seguinte para o subjuntivo:
MinistŽrio nega que tenha censurado
novela (e n‹oque censurou). / A OMS
nega que vacina seja (e n‹oŽ)causa
da epidemia de aids. / Senador nega
188Naves espaciais Negar que

que v‡ liderar (em vez deliderar‡)
chapa de oposi‹o. / O mŽdico negou
que o acusado usasse (e n‹ousava)
drogas. / A moa negou que seja (e
n‹oŽ)ou tenha sido(e n‹ofoi)garo-
ta de programas. / Ex-diretor nega
que conhecesse (e n‹o conhecia)irre-
gularidades do banco.2 Ñ Se voc
precisar economizar sinais no t’tulo,
use a forma alternativa, com infiniti-
vo: Acusado nega ser ÒjusticeiroÓ/
Empres‡rios negam ter feito press‹o
contra aumento / Engenheiro nega ter
recebido convite.
Negativa mais negativa.1 Ñ O portu-
gus admite o uso de duas negativas
na mesma frase sem que da’ resulte
um sentido positivo. Veja os exem-
plos seguintes, todos corretos: N‹o
viu nada. / N‹o conheceram nunca
alguŽm t‹o feio. / Sem as reclama-
›es de ninguŽm alŽm dele. / E nunca
ninguŽm a’ entrou. / N‹o tinham
coisa nenhuma para comer. / N‹o
quero nenhuma pessoa aqui. 2 Ñ Er-
radas s‹o as frases em que haja uma
negativa antes (ninguŽm, nada, nem
ou outra qualquer)e o advŽrbio n‹o
depois, como: Nem eu Òn‹oÓpude ver
(o certo: Nem eu pude ver). / Nenhum
Òn‹oÓmorreu (o certo: Nenhum mor-
reu). / NinguŽm Òn‹oÓfez(o certo:
NinguŽm fez). / Nada que o contra-
riasse Òn‹oÓpod’amos fazer (o certo:
Nada que o contrariasse pod’amos
fazer), etc.
ÒNeg—cio da ChinaÓ.A imagem est‡ de-
mais desgastada para definir qualquer
entendimento comercial com os chi-
neses.
Negrito.Ver destaques, p‡gina 93.
Nem. Ver e nem, p‡gina 107.
Nem com pronome.O nematrai o pro-
nome situado na mesma ora‹o: N‹o
foi nem se deixou levar. / Nem os ami-
gos lhe fizeram a vontade.
Nem... nem. 1 Ñ Verbo no plural se os
dois ou mais sujeitos podem praticar
o fato expresso pelo verbo:Nem o re-
p—rter nem o redator perceberam o
erro. / Nem o deputado, nem o sena-
dor, nem o vereador quiseram co-
mentar a declara‹o.
2 Ñ Verbo no singular apenas se o
fato expresso pelo verbo excluir um
dos sujeitos:Nem o deputado nem o
senador ser‡ eleito presidente (s— um
pode ser eleito).
3 Ñ Se os sujeitos n‹o forem da
mesma pessoa, a 1» predomina sobre
a 2» e a 3», e a 2», sobre a 3»: Nem eu
nem tu nem ele sairemos daqui. /
Nem tu nem eles deveis ficar preo-
cupados.
Nem um. Ver nenhum, nem um, p‡gina
190.
Nem um nem outro.1 Ñ Prefira o verbo
no plural: Nem um nem outro apare-
ceram. / Nem um nem outro s‹o
meus irm‹os. 2 Ñ Caso haja exclus‹o
de um dos sujeitos, o verbo fica no sin-
gular:Nem um nem outro ser‡ eleito
presidente(s— um pode ser eleito). 3
Ñ Se houver substantivo depois, este
fica obrigatoriamente no singular:
Nem um nem outro caso(e n‹o casos)
foram esclarecidos (ou foi esclareci-
do)./ Nem uma nem outra coisa
aconteceu.
Nenhum.1 Ñ Vem normalmente antes
do substantivo e Ž precedido de nega-
tiva: N‹o existe nenhum homem na
cidade. / Fugiu de madrugada, sem
que nenhum guarda o tivesse visto.2
Ñ Colocado depois do substantivo, d‡
nfase ˆ negativa:N‹o existe homem
nenhum na cidade. / Fugiu de madru-
gada, sem que guarda nenhum o ti-
vesse visto. / N‹o queria esmolas,
nem favor nenhum. 3 Ñ Pode ter
valor afirmativo em frases como:
Mais que nenhum outro jogador,
tudo ele fez pelo time.4 Ñ Quando
houver uma negativa antes, usa-sene-
nhume n‹o qualquer: N‹o viu ne-
nhuma (e n‹oqualquer)irregularida-
de no caso(consulte o verbete qual-
quer, p‡gina 243). 5 Ñ Nenhumatrai
o pronome situado na mesma ora‹o:
Nenhuma pessoa se machucou na
189Negativa mais negativa Nenhum

queda. / Nenhum amigo lhe abriu os
olhos.
Nenhum (concord‰ncia).O verbo fica
sempre no singular: Nenhum dos ho-
mens ali presentes negou o fato. / Ne-
nhum deles se disp™s a comparecer. /
Nenhum de n—s foi convidado para a
festa. / Nenhum de v—s o sensibilizou.
Nenhum, nem um.1 ÑNenhumŽ an-
t™nimo de algum: Nenhum jornalis-
ta escreve melhor que ele(em oposi-
‹o a:Algum jornalista escreve...). /
N‹o tem nenhum direito de recla-
mar. / N‹o havia nenhuma divergn-
cia entre eles.2 Ñ Nem um equivale
a nem um sequer, nem um œnico: N‹o
quis ficar nem um instante mais./
N‹o ficaram encabulados nem um
pouco. / Nem uma œnica folha se
mexia.
Nenhuma coisa de.Veralguma coisa
de, p‡gina, 35.
Neo...Exige h’fen antes devogal, h, r e
s: neo-‡rico, neo-escol‡stica, neo-he-
gelianismo, neo-ingls, neo-ortodo-
xo, neo-realismo, neo-socialismo.
Nos demais casos:neocolonial, neo-
liberalismo, neolatino, neozelands.
Neuro... Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte: neuroanatomia, neuroelŽtri-
co, neurocirurgi‹o, neuropatologia,
neurorradiologia, neurossens—rio.
NinguŽm.1 Ñ Rejeita o n‹o em frases
como: NinguŽm o procurou (e n‹o:
NinguŽm Òn‹oÓo procurou). / Nin-
guŽm lhe faz favor algum. / NinguŽm
se feriu no acidente. 2 Ñ Pode, porŽm,
ser precedido den‹oou combinar-se
com jamais, nunca, nem e sem:N‹o
havia ninguŽm na sala. / NinguŽm ja-
mais o procurou. / E nunca ninguŽm
a’ entrou. / Saiu sem que ninguŽm o
percebesse.
Nipo...H’fen na forma‹o de adjetivos
p‡trios: nipo-americano, nipo-brasi-
leiro.Nos demais casos: nipofilia, ni-
p—fobo.
N’vel. 1 Ñ A locu‹o a n’vel de, modis-
mo desnecess‡rio e conden‡vel, tor-
nou-se uma das mais terr’veis mule-
tas lingŸ’sticas da atualidade, em
substitui‹o a praticamente tudo que
se queira. Veja alguns casos em que a
locu‹o aparece e como evit‡-la: De-
cis‹o Òa n’velÓde diretoria (decis‹o
de diretoria). / Decis‹o Òa n’velÓde
governo(decis‹o governamental). /
Reuni‹o Òa n’velÓinternacional (reu-
ni‹o internacional). / O clube est‡ fa-
zendo contrata›es Òa n’vel deÓfutu-
ro (contrata›es para o futuro)./ A
proposta pelo jogador ser‡ Òa n’vel
deÓ(em torno de)5 a 6 milh›es de d—-
lares. / Pude avaliar o tŽcnico Òa n’vel
deÓ(como)uma pessoa pœblica. /
Ela, Òa n’vel daÓ(em rela‹o ˆ)elei-
‹o, s— pretende votar bem. / ÒA n’vel
deÓ(como)jornalista, prefere assun-
tos mais leves.
2 Ñ Em determinados casos
podem ser usadas as locu›es no
plano (de)e em termos de. Ou, em œl-
tima inst‰ncia,no n’vel dee em n’vel
de(uma vez que n’velrejeita o asozi-
nho): Os candidatos teriam hoje, Òa
n’velÓnacional(no plano nacional,
em termos nacionais), 24% das in-
ten›es de voto. / O grupo elevou a
entidade Òa n’velÓprimeiro-mundis-
ta(ao n’vel primeiro-mundista).
3 Ñ Existe ainda ao n’vel de, mas
apenas com o significado de ˆ mesma
altura: ao n’vel do mar.
Nissei.Use esta forma e n‹o ÒniseiÓ.
Nobel.1 Ñ Sem acento (pronuncia-se
NobŽl). 2 Ñ Isolado, faz o plural No-
bŽis: Os NobŽis de Qu’mica e F’sica.
3 Ñ Com Prmio, n‹o varia: Linus
Pauling ganhou dois Prmios Nobel.
No intuito de.Prefira para.
Nomes b’blicos. Devem ser adaptados ˆ
l’ngua portuguesa: Davi, J— (e n‹o
Job), Jac—, Sara, Lot (e n‹o Loth), Set,
Rute, etc.
Nomes chineses.1 Ñ O Estadoadota a
grafia atualizada (e convencional)dos
nomes chineses: Deng Xiaoping,
Zhao Ziang, Hua Kuofeng.2 Ñ Exce-
›es: Mao TsŽ-tung, Chiang Kai-chek
190Nenhum (concord‰ncia) Nomes chineses

eChu En-lai.3 Ñ Nos nomes em que
haja um elemento composto, o segun-
do termo tem inicial minœscula: TsŽ-
tung, Kai-chek, En-lai, Yang-tse(rio),
Kai-fong(cidade),Ki-lin(prov’ncia). 4
Ñ Como o sobrenome, nos nomes
chineses, vem antes do nome, nos t’-
tulos ou na segunda referncia dos
textos use Mao (e n‹o TsŽ-tung), Deng
(e n‹oXiaoping), Chu(e n‹o En-lai),
etc. 5 Ñ O sh chins passa a x em por-
tugus: Xangai(e n‹o Shangai). 6 Ñ
Use Pequime n‹o Beijing.
Nomes cient’ficos.A primeira palavra
tem inicial maiœscula e o nome cien-
t’fico vai sempre em it‡lico: Aedes
aegypti, Aedes albopictus(tigre-asi‡-
tico),Rhea americana(ema), Vulpes
vulpes(raposa), Citrus aurantium si-
nensis(laranja-da-china), etc.
Nomes de bairros e ruas.Ver S‹o Paulo
(locais), p‡gina 260.
Nomes de cor.
1 ÑPalavra simples
a)A cor Ž um adjetivo Ñ varia:
olhos azuis, cortinas verdes, madeira
castanha, sapatos marrons, nuvens
brancas, manchas roxas, riscos ver-
melhos.Exce‹o:roupas marinho.
b)A cor Ž um substantivo Ñ n‹o
varia: paredes creme, laos rosa, ter-
nos cinza, carros gelo, tons pastel,
gravatas ab—bora, blusas vinho, cor-
tinas lim‹o, olhos turquesa, papŽis
marfim.
Regra pr‡ticaÑ Sempre que a lo-
cu‹o cor deestiver subentendida ou
expressa, o nome de cor fica invari‡-
vel: paredes(cor de)creme, laos (cor
de)rosa, blusas(cor de)vinho, papŽis
(cor de)marfim, ternos(cor de)cinza,
estojos cor de carmim, folhas cor-de-
rosa.
2 ÑAdjetivos compostos
a)Adjetivo + adjetivo Ñ s— o segun-
do varia: olho verde-claro, olhos
verde-claros; bandeira verde-amare-
la, bandeiras verde-amarelas; garra-
fa azul-escura, garrafas azul-escuras;
cortina castanho-clara, cortinas cas-
tanho-claras.
b)Adjetivo + substantivo ou subs-
tantivo + adjetivo Ñ composto inva-
ri‡vel: blusas amarelo-can‡rio, cami-
sas rosa-claro, uniformes verde-oliva,
carros vermelho-sangue, vestidos
castor-claro, carros verde-abacate,
olhos azul-turquesa.
3 ÑCasos especiais
a)Azul-marinho eazul-celestes‹o
invari‡veis: ternos azul-marinho,
tons azul-celeste.
b)Ultravioletan‹o varia, enquan-
to infravermelhoadmite feminino e
plural: raios ultravioleta, radia›es
infravermelhas.
Nomes de emissoras de r‡dio e TV. 1 Ñ
Devem ser escritos no mesmo corpo
do texto: R‡dio Jovem Pan, Rede Ban-
deirantes, TV Gazeta. 2 Ñ Exce‹o.
Use em it‡lico o nome da R‡dio Eldo-
rado e suas variantes, Eldorado AM e
Eldorado FM. 3 Ñ O nome dos pro-
gramas das emissoras tambŽm vai em
it‡lico: Estad‹o no Ar, Fant‡stico,
Nossa L’ngua Portuguesa.
Nomes de institutos, —rg‹os, entidades,
empresas e produtos.a)Os nomes de
—rg‹os, entidades e institutos pœbli-
cos ou oficiais dever‹o ser adaptados
ˆs normas ortogr‡ficas vigentes.
Assim,Instituto Butant‹ (e n‹oBu-
tantan); Instituto Vital Brasil (e n‹o
Brazil), Instituto Adolfo Lutz (e n‹o
Adolpho), Funda‹o Osvaldo Cruz (e
n‹oOswaldo). Exce›es, j‡ consagra-
das pelo uso: Lloyd Brasileiro e Ita-
maraty. b)Nos nomes de empresas
privadas e nos de seus produtos, man-
tenha a grafia original: Gillette,
Chrysler, McDonaldÕs, Manah, Villa-
res, Ultragaz, Belgo Mineira, Coca-
Cola, Antarctica, Guaran‡ Cham-
pagne, Bohemia (cerveja),etc.
Nomes de lugares pœblicos.Devem ter
inicial maiœscula e ser adaptados ˆ or-
tografia vigente: Praa Rui (e n‹o
Ruy)Barbosa, Avenida Brigadeiro
Lu’s (e n‹o Luiz)Ant™nio, Rua Padre
191Nomes cient’ficos Nomes de lugares pœblicos

Jo‹o Manuel (e n‹o Manoel), Aveni-
da Vital Brasil (e n‹o Brazil), Aveni-
das Faria Lima e AngŽlica, Alamedas
Barros e Santos, Ruas Augusta e Di-
reita, etc.
Nomes de obras art’sticas.Ver desta-
ques, p‡gina 93.
Nomes de parlamentares.1 Ñ O nome
dos senadores e deputados federais e
estaduais dever‡ ser sempre seguido
das siglas do partido e do Estado entre
parnteses: O senador JosŽ dos Anjos
(PRN-RS)... / O deputado federal Car-
los Bastos (PL-SP)... / O deputado es-
tadual Jo‹o de Almeida (PT-BA)... 2
Ñ Parlamentares em cargos de maior
destaque podem dispensar essa indi-
ca‹o:O presidente do Senado, Ant™-
nio Br’gido, avocou... / O presidente
da C‰mara, Augusto Macedo,
quer... / O l’der do PMDB no Senado,
çlvaro Couto, defendeu...3 Ñ Quan-
do for necess‡rio, use a forma senador
ou deputadopor (e n‹o de). 4 Ñ Cui-
dado com a forma deputado paulista,
senador amapaense. O deputado
ÒpaulistaÓJosŽ Geno’no Ž natural do
Cear‡. E o senador ÒamapaenseÓJosŽ
Sarney n‹o s— nasceu como faz pol’ti-
ca no Maranh‹o.
Nomes de publica›es e obras liter‡rias.
1 Ñ Como norma, n‹o se altera o
nome de publica›es ou obras liter‡-
rias, que v‹o em destaque (it‡licose
o corpo do texto for o normal, corpo
normal se o texto estiver em it‡lico,
negrito it‡lico se o texto estiver em
negritoe negritose o corpo do texto
for o negrito it‡lico): A not’cia divul-
gada por O Globo. / A nota publicada
em A Tribuna. / A frase inicial de Os
Sert›es. / Assistiu ontem novamente
a Os Sete Samurais. S— use em negri-
to o nome do jornal e suas variantes:
O Estado de S. Paulo, EstadoeEsta-
d‹o.
2 Ñ Para manter a fluncia da frase,
no entanto, e evitar formas como em
Os, de As, por Oe outras semelhan-
tes, pode-se fazer a contra‹o quando
essa pr‡tica contribuir para que o
texto ganhe melhor ritmo: A not’cia
publicada pelo Globo. / A nota publi-
cada na Tribuna. / O coment‡rio do
Estado. / A frase inicial dos Sert›es. /
Assistiu ontem novamente aos Sete
Samurais.
3 Ñ Obras de nome muito extenso
poder‹o ser citadas pela forma reduzi-
da depois que j‡ se tiver feito men‹o
completa ao seu t’tulo: Nas Mem—-
rias P—stumas, Machado de Assis des-
creve... / Quincas Berro dÕçgua(A
Morte e a Morte de Quincas Berro
dÕçgua)Ž um dos melhores momen-
tos de Jorge Amado.
4 Ñ Ver no item 7 do verbete
maiœsculas e minœsculas, p‡gina 168,
como usar iniciais maiœsculas e mi-
nœsculas nesses nomes e, no verbete
destaques, p‡gina 93, normas sobre o
emprego dos nomes de obras art’sti-
cas em geral.
Nomes de ruas e locais estrangeiros.Os
nomes de ruas, praas, parques e ou-
tros do exterior dever‹o ser escritos na
forma original, mantendo-se, quando
for essa a pr‡tica corrente, o nome e o
local que ele indica: Wall Street, Cen-
tral Park, Times Square, Long Island,
Hyde Park, Fleet Street, Downing
Street, Invalides, Bois de Boulogne,
Champs ElysŽes, Calle Florida. Em
alguns casos, pode-se adaptar o nome
ao portugus: Praa de Maio(Buenos
Aires), 5» Avenida, Praa Vermelha,
etc. Faa prevalecer o bom senso, no
caso.
Nomes espanh—is.Ver espanhol, p‡gina
114.
Nomes geogr‡ficos.N‹o h‡ normas de-
finidas para a grafia dos nomes geogr‡-
ficos. Muitos j‡ est‹o adaptados ao
portugus (FiladŽlfia, Londres, Mos-
cou, Bruxelas)e outros dever‹o ser es-
critos na grafia original (El Paso, San
JosŽ, Sydney, New Hampshire). O ca-
p’tulo Escreva Certodeste manual re-
laciona os principais deles.
192Nomes de obras art’sticas Nomes geogr‡ficos

Nomes japoneses.1 Ñ Os nomes co-
muns em geral s‹o aportuguesados:
saqu, camicase, iene, gueixa, qui-
mono, n™,etc.Exce›es:sashimi, ka-
raok, sukyaki, sushi, tempura, bata-
yaki, ikebana, nikkei.2 Ñ Os nomes
de pessoas seguem a transcri‹o oci-
dental, fornecida em geral pelas agn-
cias de not’cias: Akihito, Sosuke
Uno, Noboru Takeshita, Yasuhiro
Nakasone, Kakuei Tanaka.3 Ñ Nos
nomes geogr‡ficos, o œnico aportu-
guesamento que o Estadofaz Ž o de
T—quio. Nos demais casos, use sem-
pre a transcri‹o oficial:Osaka, Yoko-
hama, Fukuoka, Iwo Jima, Nagoya,
Hiroshima, Nagasaki, etc. 4 Ñ A re-
la‹o do cap’tulo Escreva Certodeste
manual contŽm as palavras j‡ aportu-
guesadas, as que devem ser usadas no
original e os nomes geogr‡ficos.
Nomes pr—prios.1 Ñ Uso. Adote nor-
malmente, no notici‡rio, a forma pela
qual a pessoa se tornou conhecida e
n‹o seu nome completo, ˆ exce‹o de
casos excepcionais (biografias, necro-
l—gios, etc.). Assim, Jo‹o Figueiredo(e
n‹o Jo‹o Baptista de Oliveira Figuei-
redo), Paulo Maluf (e n‹oPaulo Salim
Maluf); Olavo Setœbal(e n‹o Olavo
Egydio Setœbal), etc. Na primeira
men‹o, Ž obrigat—rio o uso do preno-
me e sobrenome Ñ o governador
M‡rio Covas e n‹o o governador
Covas, apenas.
2 Ñ Grafia. Lembre-se: o nome da
pessoa Ž uma informa‹o que voc
presta ao leitor. Por isso, tome com ele
o mesmo cuidado atribu’do ˆ apura-
‹o da not’cia. Confira sempre preno-
me e sobrenome e escreva o nome da
forma pela qual a pessoa foi registra-
da, com y, dois nn, dois ll, dois tt, z,
ph, etc. Exemplos: Rubens Barrichel-
lo, Raphael de Almeida Magalh‹es,
Delfim Netto, Ruy Guerra, Rachel de
Queiroz, Fernando Collor,etc.
3 ÑNomes hist—ricos. De acordo
com as normas ortogr‡ficas vigentes,
o Estadocoloca na grafia atual os
nomes hist—ricos. Assim: Lu’s(e n‹o
Luiz)de Cam›es,Ea de Queir—s (e
n‹o Queiroz), Washington Lu’s, Ven-
ceslau Br‡s, Campos Sales, Rui Bar-
bosa, Alu’sio Azevedo, Artur Azeve-
do, Vital Brasil, Machado de Assis (e
n‹o Assiz), etc.
4 ÑPessoas mortas. Hist—ricos ou
n‹o, os nomes de pessoas mortas
ser‹o adaptados ˆ grafia atual: Caste-
lo Branco(e n‹oCastello Branco),
Lu’s Carlos Prestes, Vin’cius de Mo-
rais, Gilberto Freire, Ulisses Guima-
r‹es, etc.
5 Ñ Nomes de mulher. Em geral, a
mulher Ž conhecida pelo prenome:
Ruth (Cardoso), Rosane(Collor), In-
dira(Gandhi). No entanto, esta regra
n‹o Ž terminante e no caso de pessoas
not—rias, especialmente, n‹o hesite
em chamar a mulher pelo sobrenome
se esta for a forma usual ou recomen-
d‡vel: Thatcher (e n‹o Margaret),
Chamorro (e n‹o Violeta),Aquino(e
n‹o Coraz—n), Navratilova(e n‹o
Martina), Sabatini (Gabriela), etc.
6 ÑT’tulos. Em geral, nos t’tulos,
o personagem da not’cia Ž identifica-
do pelo sobrenome: Clinton, Yeltsin,
Chirac, Covas, Maciel, Collor, etc. Se
j‡ houver, porŽm, outra pessoa com o
mesmo sobrenome ou se alguŽm for
mais conhecido pelo prenome, iden-
tifique-o dessa forma: Fernando Hen-
rique, Tancredo, Ulisses, Zenildo (de
Lucena), J‰nio, etc. Se a pessoa tiver
um prenome ou sobrenome compos-
to, deve, nos t’tulos, quando poss’vel,
ser designada pelo mais habitual: Er-
m’rio(Ant™nio Erm’rio), Bresser
(Bresser Pereira), etc.
7 ÑCorre‹o. Nos nomes estran-
geiros, especialmente, preste aten‹o
para que o nome da pessoa seja escri-
to corretamente. Assim, Gonz‡lez
(Felipe)e n‹o Gonzales; Menem (Car-
los)e n‹o MenŽmou Menen; Jacques
(Chirac)e n‹o Jaques,etc.
8 ÑPart’culas. Inicial minœscula
nestas formas:Charles de Gaulle,
193Nomes japoneses Nomes pr—prios

Werner von Braun, Emiliano di Ca-
valcanti, Vincent van Gogh, Jean de
la Fontaine, Alcide de Gasperi, Leo-
nardo da Vinci.Quando a part’cula
inicia o nome, porŽm, use maiœs-
culas: o general De Gaulle, o cientis-
ta Von Braun, os pintores Di Caval-
canti e Van Gogh, o escritor La Fon-
taine, o pol’tico De Gasperi, o inven-
tor Da Vinci.
9 Ñ Aportuguesamento . Os
nomes de reis, rainhas, pr’ncipes,
princesas, santos e papas normalmen-
te s‹o aportuguesados:Lu’s XV, Maria
Antonieta, Catarina, Santo Tom‡s de
Aquino, S‹o JosŽ, Joana dÕArc, Pio XI,
Jo‹o XXIII, Paulo VI, Jo‹o Paulo II.
Em alguns casos tambŽm se adaptam
os nomes de artistas ou personalida-
des hist—ricas:Rafael(pintor),Ma-
quiavel, Napole‹o(Bonaparte), Jœlio
Vernee poucos mais. Conserve na gra-
fia original, porŽm, os nomes de reis,
rainhas, pr’ncipes e princesas da atua-
lidade: Elizabeth II, Charles, Andrew,
Philip, Sarah, Margrethe, Carl Gus-
taf, Olaf,etc. Exce‹o:Baldu’no.
10 ÑForma original. Todos os de-
mais nomes pr—prios devem ser man-
tidos na forma original:Victor Hugo,
HonorŽ de Balzac, Alexander Fle-
ming, Gabriel Garc’a M‡rquez, Jean-
Jacques Rousseau, Josef Stalin, Mi-
khail Gorbachev, Boris Yeltsin, Jac-
ques Chirac, Bill Clinton, Michelan-
gelo Antonioni, etc.
11 Ñ Abreviaturas. N‹o abrevie os
nomes pr—prios. No caso de persona-
lidades, use a forma que as tornou no-
t’cia: John Kennedy, em vez deJohn
F. Kennedy;Chico Buarque, em vez
deChico B. de Holanda; etc.No caso
de pessoas que apaream ocasional-
mente no notici‡rio, transcreva seu
nome completo (desde que n‹o muito
extenso)ou elimine alguns dos sobre-
nomes intermedi‡rios, mas n‹o os es-
creva de forma abreviada: O feirante
Jo‹o Almeida dos Santos(em vez de:
O feirante Jo‹o A. dos Santos). /O fa-
zendeiro JosŽ Augusto de Almeida
Prado(em vez de O fazendeiro JosŽ
Augusto Chaves de Melo de Almeida
Pradoou O fazendeiro JosŽ Augusto
C. M. de Almeida Prado).
12 Ñ Plural. Ver plural de nomes
pr—prios, p‡gina 221.
Nomes russos.Na grafia dos nomes rus-
sos, o Estadosegue a nota‹o inglesa,
com algumas adapta›es para o por-
tugus:
1 Ñ Use ie n‹oy no final dos
nomes russos:Trotski, Tchaikovski,
Dostoievski, Stravinski, Tolstoi,
Maiakovski, Malinovski, Nevski, Ke-
renski, etc.
2 Ñ Mantenha ohdepois dokem
nomes como Chekhov, Sakharov, Zu-
khov,etc.
3 Ñ O grupozhda transcri‹o in-
glesa deve ser substitu’do porjem
portugus: Soljenitsyn, Brejnev, Jiva-
go(e n‹o Solzhenitsyn, Brezhnev,
Zhivago), etc.
4 Ñ O Estadoadota o grupo che
n‹o tch.Assim: Gorbachev (e n‹o
Gorbatchev), Kruchev, Chekhov,
Chernenko, etc. Exce‹o: Tchaikovs-
ki.
5 Ñ Os nomes russos devem ter-
minar em ve n‹of: Romanove n‹o
Romanoff; Prokofieve n‹o Prokofieff;
Azov(mar)e n‹o Azof, etc. Exce‹o,
j‡ consagrada:Rachmaninoff.
6 Ñ Use eve n‹o ov, no final de
nomes como Kruchev, Gorbachev,
etc.
7 Ñ N‹o acentueos nomes. Assim:
Stalin(e n‹o St‡lin); Lenin (e n‹o
Lnin); Boris Yeltsin (e n‹o B—ris);
Tolstoi(e n‹o Tolst—i).
ÒNominadoÓ.Use indicado (para um
prmio, por exemplo).
Normalizar-se.Alguma coisa se norma-
lizae n‹o normaliza, apenas: A dis-
tribui‹o de ‡gua j‡ se normalizou. /
A entrega de cartas normalizou-se
ontem.
Normando...Exige h’fen na forma‹o de
adjetivos p‡trios: normando-‡rabe,
194Nomes russos Normando...

normando-celta, normando-teut™ni-
co.
Norte...Liga-se com h’fen ao elemento
seguinte na forma‹o de adjetivos p‡-
trios: norte-americano, norte-vietna-
mita.
N—s.Nas entrevistas, evite o uso exage-
rado de n—s por parte de quem est‡ fa-
lando (e lembre-se de que Ž da ’ndole
da l’ngua portuguesa a omiss‹o do
pronome pessoal). Repare, por exem-
plo, que o n—sŽ perfeitamente dispen-
s‡vel nesta frase: ÒSempre que (n—s)
pudemos, (n—s)procuramos nos
adaptar ˆs situa›es que (n—s)julg‡-
vamos mais convenientes para a em-
presa.Ó
ÒNo sentido deÓ.Quando o significado
for o depara, use a preposi‹o, mais
simples.
Nosso.1 Ñ Como o notici‡rio deve ser
impessoal, deixe a palavra apenas para
editoriais, coment‡rios, cr™nicas e ar-
tigos. N‹o use, por isso, as formas
nosso pa’s, nosso governo, nosso Es-
tado, nossa cidade, nossos dias,
nossa sele‹o, nosso presidente, etc.
2 Ñ Quanto ao emprego de nossoe
suas flex›es, ver pronome possessivo
(uso), p‡gina 239.
Nota da Reda‹o. 1 Ñ A Nota da Reda-
‹o, usada principalmente em respos-
ta a cartas de leitores ou de autorida-
des, vai em it‡lico, tem o t’tulo abre-
viado (N. da R.)e inicia par‡grafo:
N. da R. Ñ A carta do presidente
da associa‹o n‹o esclarece o aspec-
to principal da denœncia...
2 Ñ Se a resposta for de rep—rter,
colunista, cronista ou articulista, s—
ir‡ em it‡lico a indica‹o:
O rep—rter Jo‹o dos Santos respon-
de: A carta do presidente da associa-
‹o n‹o esclarece o aspecto principal
da denœncia...
Not’cia antecipada.1 Ñ N‹o h‡ ganho
de tempo que compense os riscos de
uma not’cia feita por antecipa‹o, ou
seja, antes de acontecer. Voc pode,
isto sim, preparar um texto com todas
as informa›es dispon’veis para libe-
r‡-lo assim que o fato se confirmar.
Nunca, porŽm, feche o jornal com
informa›es como: O deputado An-
t™nio de Campos, que chegou hoje de
madrugada a S‹o Paulo, disse ontem
em Nova York que...N‹o Ž imposs’-
vel que o avi‹o em que o deputado
viaja se atrase ou fique retido em al-
guma cidade e ele n‹o tenha chegado
a S‹o Paulo, como dizia a not’cia.
Outro exemplo de risco: O time do
Santos, que jogou ontem ˆ noite em
Riad, acaba de contratar o jogador X.
Se a not’cia de que houve o jogo ontem
ˆ noite figurou no jornal apenas por-
que o fato estava previsto, quem pode
garantir que algum imprevisto n‹o
tenha provocado o adiamento do jogo?
Lembre-se: o improv‡vel n‹o Ž invi‡-
vel, nesses casos.
2 Ñ Procure sempre uma forma de
n‹o se comprometer nem ao jornal
nessas situa›es. Por exemplo: O de-
putado Ant™nio de Campos, cuja
chegada a S‹o Paulo estava prevista
para a madrugada, disse ontem em
tal lugar que... / O Santos, que tinha
jogo marcado para ontem ˆ noite em
Riad (tantas horas do Brasil), acaba
de contratar o jogador tal.
O leitor obviamente sabe que o jor-
nal fecha no fim da noite e n‹o pode
prever fatos do gnero. A orienta‹o
vale para qualquer tipo de antecipa-
‹o. O anedot‡rio do jornalismo est‡
repleto de informa›es como essas
que n‹o se confirmaram. N‹o contri-
bua para ampli‡-lo.
Not’cias em seqŸncia.No notici‡rio
sobre visitas, feiras, congressos, semi-
n‡rios, exposi›es, shows e outros
acontecimentos que prossigam nos
dias seguintes, inclua sempre refern-
cias que permitam ao leitor saber
quando eles comearam e quando ter-
minam. Exemplos:
O papa Jo‹o Paulo II iniciou on-
tem uma visita de oito dias aos Es-
195Norte... Not’cias em seqŸncia

tados Unidos. / O presidente brasi-
leiro, que ficar‡ atŽ s‡bado na Co-
l™mbia, disse... / No terceiro dia de
sua visita ˆ Espanha, a rainha Eliza-
beth II compareceu... / A Feira de In-
form‡tica, que prosseguir‡ atŽ do-
mingo no Anhembi, apresenta
hoje... / Na segunda das quatro sema-
nas em que permanecer‡ com seu
show em S‹o Paulo, Milton Nasci-
mento far‡ homenagem especial...
A referncia n‹o precisa constar do
lead, a n‹o ser no in’cio ou fim da vi-
sita, feira, etc., mas deve figurar obri-
gatoriamente em algum local da not’-
cia, para que o leitor se situe melhor
em rela‹o ao fato (ele tem o direito
de saber atŽ quando vai uma viagem,
pode querer visitar a feira, compare-
cer ao congresso ou assistir ao show).
Nova-iorquino.Desta forma.
Nova, New.1 Ñ A palavra Novaapare-
ce nos seguintes nomes geogr‡ficos:
Nova Amsterd‹, Nova Bretanha
(ilha), Nova Caled™nia, Nova DŽlhi,
Nova Esc—cia, Nova GuinŽ, Novas
HŽbridas e Nova Zel‰ndia. 2 Ñ Com
rela‹o aos Estados Unidos, useNova
apenas nas formas Nova Inglaterra e
Nova York. Nos demais casos, man-
tenha o Newdo nome original: New
Hampshire, New Haven, New Jersey
e New Orleans.
Novela das 6, das 7, das 8. Use sempre
algarismos.
Noves.No plural em prova dos noves e
noves fora.
Novi... Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte:novilœnio, novil’ngua.
Novorizontino.ƒ o nome do time. O na-
tural da cidade chama-se novo-hori-
zontino.
NuclŽico.E n‹o ÒnucleicoÓ(i).
Numerais. Concord‰ncia. Os numerais
variam normalmente: Havia ali tre-
zentas crianas. / O dicion‡rio tem
oitocentas e vinte p‡ginas. / Cami-
nhou mil e seiscentas jardas.
Nœmero (abreviatura). S— abrevie a pa-
lavra nœmero quando ela indicar se-
ria‹o: Avenida Faria Lima, n¼ 1.325.
/ L‡pis n¼ 2. / Casa n¼ 3. Nos demais
casos: Cresce o nœmero (e nunca Òn¼Ó)
de acidentes. / Eram nœmeros primos
(e nunca Òn¼s primosÓ).
Nœmeros.
a)Instru›es gerais
1 Ñ Deumadez, escreva os nœme-
ros por extenso; a partir de 11, inclu-
sive, em algarismos: dois amigos, seis
operadores, 11 jogadores, 18 pessoas.
Exce‹o: cem e mil.
2 Ñ Proceda da mesma forma com
os ordinais: primeira hora, tercei-
ro anivers‡rio, 15» vez, 23¼ ano con-
secutivo.
3 Ñ a) Nas enumera›es, se hou-
ver valores abaixo e acima de 11, use
apenas algarismos: Incndio em Paris
mata 7 e fere 17 pessoas. / Havia na
praa 3 adultos e 12 crianas. / A de-
cis‹o sair‡ em 10 ou 15 dias. b)Se os
nœmeros n‹o fizerem parte de uma
enumera‹o, siga a regra: DSV
apreende 12 carros em dois dias de
vistorias. / Em trs meses, concorda-
tas batem recorde de 12 anos. / Os
oito carros custaram R$ 100 mil. / As
cinco m‡quinas chegaram em 1995.
4 Ñ N‹o inicie ora›es com alga-
rismos, mas escreva o nœmero por ex-
tenso: Dezoito pessoas feriram-se no
acidente.Sempre que poss’vel,
porŽm, mude a reda‹o para n‹o ter
de escrever o nœmero por extenso.Ex-
ce‹o: t’tulos, que podem comear
com algarismos.
5 Ñ Escreva os algarismos, de
1.000 em diante, com ponto:1.237,
14.562, 124.985, 1.507.432,
12.345.678.543, etc. Exce‹o. Na in-
dica‹o de anos n‹o h‡ ponto: 1957,
1996, ano 2000.
6 Ñ Com mil, milh‹o, bilh‹oe tri-
lh‹o, use a forma mista se os nœme-
ros forem redondos ou aproximados:
2 mil pessoas, 3 milh›es de unidades,
5,4 milh›es de toneladas, 1,4 bilh‹o
196Nova-iorquino Nœmeros

(e n‹o 1,4 bilh›es)de reais, 2 bilh›es
de habitantes, 15,5 trilh›es de micr—-
bios,etc.
Repare: 2(em algarismos)mil pes-
soas e n‹oduas (por extenso)mil pes-
soas. Use apenas mil,e nunca Ò1 milÓ:
mil homens(em vez de1 mil ho-
mens).
7 Ñ Especifique sempre as ordens
de grandeza dos nœmeros, mesmo que
para tanto seja preciso repetir pala-
vras: Estavam ali de 40 mil a 50 mil
pessoas. / A cidade tem entre 3 mi-
lh›es e 4 milh›es de habitantes. / De
20 reais a 50 mil, qualquer quantia
era aceita. / Falava tanto para 50 pes-
soas como para 50 mil, sem se pertur-
bar. / A infla‹o deste ms ficar‡
entre 1% e 2%.
8 Ñ Est‹o vetadas as redu›es
ÒmiÓ, ÒbiÓe ÒtriÓpara milh‹o, bilh‹o
e trilh‹o. Estas formas (por extenso)
s‹o as œnicas admitidas pelo Estado.
9 Ñ Com nœmeros quebrados, use
algarismos: O senador obteve
3.127.809 votos. / A cidade tem 3.456
bancas de jornais.
10 Ñ Nos t’tulos, olhos, janelas,
chamadas da Primeira P‡gina e legen-
das, por economia de espao, os nœ-
meros abaixo de 11 podem ser escri-
tos em algarismos: O Congresso apro-
va 8 projetos. / Emenda rejeitada pela
3» vez. / Os 5 refugiados chegam aos
EUA.A rec’proca, porŽm, n‹o se re-
comenda, como recurso para aumen-
tar o texto: Com’cio atrai apenas tre-
zentas pessoas(use 300em algaris-
mos).
11 Ñ Nunca use 0 antes de nœme-
ro inteiro, a n‹o ser para indicar deze-
nas de loteria, nœmeros de referncia,
prefixos telef™nicos e d’gitos de com-
putador. Para datas, nœmero de p‡gi-
nas, horas, etc., adote sempre o nœme-
ro simples: 2/1/96(e nunca 02/01/96);
ˆs 8 horas(e nunca ˆs 08 horas);ˆs
9h16(e nunca ˆs 09h16); chegar‡ dia
9(e nunca dia 09);na p‡gina 5(e
nunca na p‡gina 05).
12 Ñ Prefira usar por extenso os
nœmeros fracion‡rios: um tero, dois
quintos, sete quartos,etc. Em t’tulos,
olhos, legendas e chamadas, admite-
se, porŽm, a forma numŽrica: 1/3 das
pessoas, 3/5 da popula‹o,etc.
b)Por extenso
1 Ñ Use o nœmero por extenso nos
nomes de cidades, em palavras com-
postas, nas express›es populares ou
quando o nœmero estiver substantiva-
do: Trs Lagoas, Santa Rita do Passa
Quatro, trs-estrelinhas, quatro-
olhos, segundo-tenente, dos oito aos
oitenta, dos seiscentos diabos, cortar
um doze, pintar um sete, fazer um
quatro, o dois de ouros, desenhar um
cinco, etc. Exce‹o: o nome dos dias
da semana, apenas em t’tulos e man-
tendo o h’fen. Exemplos: 5» -feira, 2»-
feira,etc. TambŽm por extenso: Pri-
meiro Mundo, Terceiro Mundo, se-
gunda inten‹o, primeiro plano, etc.
2 Ñ Na transcri‹o de documen-
tos: ÒAos dezoito dias do ms de
maro do ano de mil novecentos e no-
venta e seis...Ó
3 Ñ Para definir per’odos hist—ri-
cos: o Setecentos(sŽculo 18), o Oito-
centos(sŽculo 19).
c)Em algarismos
Como critŽrio genŽrico, dever‹o
ser empregados algarismos sempre
que um nœmero expressar valor,
grandeza ou medida(e n‹o apenas
mera soma, como dois amigos, trs
pessoas, cinco emendas). De manei-
ra mais espec’fica, use algarismos
em:
1 Ñ Tabelas, relat—rios econ™mi-
cos, princ’pios matem‡ticos, quadros
estat’sticos, tabelas de hor‡rios, etc.
2 Ñ Horas, minutos e segundos:
Ele partir‡ ˆs 4 horas. / A reuni‹o ir‡
das 7 ˆs 9 horas. / O foguete foi lan-
ado ˆs 8h5min15s.Exce‹o: quando
horas designa per’odo de tempo.
Exemplos: A reuni‹o demorou oito
horas. / A comitiva esperou trs horas
197Nœmeros Nœmeros

pelo deputado. / Faltam dois minu-
tos.
3 Ñ Dias, meses (em algarismos),
dŽcadas, sŽculos: O presidente chega
dia 3. / A C‰mara votar‡ a emenda
dia 9. / 3/9/94. / Tinha saudades da
dŽcada de 10. / O sŽculo 1¼, o sŽculo
4¼, o sŽculo 10¼, o sŽculo 11.Exce‹o:
quando se quer exprimir um per’odo
de tempo. Exemplos: O cantor se
apresentar‡ durante cinco dias em
S‹o Paulo. / Sua pesquisa abrange
quatro dŽcadas. / Passaram-se trs
sŽculos.
4 Ñ Datas em geral, incluindo-se
as que se tornaram nomes de locais
pœblicos: S‹o Paulo, 3/3/1993. / Rio
de Janeiro, 2 de abril de 1995. / Ave-
nida 9 de Julho(e n‹o Nove de
Julho)./Rua 7 de Abril. / Rua 15 de
Novembro.Exce‹o: quando se quer
dar nfase a uma data hist—rica. Exem-
plos:O Sete de Setembro. / O Nove
de Julho.
5 Ñ Idades: Ele tem 3 anos. / Uma
criana de 2 anos, 8 meses e 5 dias.
Exce‹o: quando anos designa per’o-
do de tempo. Exemplos: Ele esperou
quatro anos. / Ela parece ter envelhe-
cido dez anos.
6 Ñ Dinheiro: 8 reais, 5 centavos,
2 d—lares, 3 libras, 8 marcos, R$ 3 mi-
lh›es, US$ 5 milh›es.
7 Ñ Porcentagem: Os preos subi-
ram 5%. / A taxa de desemprego caiu
2% em maio.
8 Ñ Pesos, dimens›es, grandezas,
medidas e propor›es em geral: 5 qui-
los, 3 litros, 8 metros, 6 hectares, 2 ar-
robas, 9 acres, 6 alqueires, 2 polega-
das, 2 partes,etc. Exemplos: A crian-
a nasceu com 5 quilos. / A cidade
consumia 6 toneladas de batatas por
dia. / O garraf‹o comportava 3 litros
de ‡gua. / O jogador mede 2 metros
de altura. / Era um terreno de 6 hec-
tares (9 acres, 6 alqueires). / Comprou
um garrote de 8 arrobas. / Pediu um
tubo de 3 polegadas. Exce‹o: dist‰n-
cias e diferenas. Exemplos: O carro
deslizou oito metros. / Perdeu trs
quilos no regime. / A miss tinha duas
polegadas a mais. / Faltavam dois al-
queires na medi‹o do terreno. / Co-
loque duas partes de cafŽ para cinco
partes de ‡gua.
9 Ñ Graus de temperatura: O ter-
m™metro marcava 3 graus. Tempera-
tura cai para 1û(s— em t’tulos). Dife-
renas de temperatura, porŽm, v‹o
por extenso: A temperatura caiu trs
graus.
10 Ñ Nœmeros decimais: A densi-
dade do Estado Ž de 1,88 habitante
por quil™metro quadrado. / A tempe-
ratura subiu 4,5 graus.
11 Ñ Endereos: Rua Direita, 7, 3¼
andar. / Alameda dos CaetŽs, 8. Casa 3.
12 Ñ Indica‹o de zonas, distritos
ou regi›es:Zona 6, 4¼ Distrito Poli-
cial, 9» Regi‹o Militar.
13 Ñ Todo nœmero que indique
ordem ou seqŸncia (especialmente
em nomes de navios, avi›es, naves es-
paciais, ve’culos, atos de peas tea-
trais, cap’tulos, canais, modelos, es-
tradas, tamanhos, p‡ginas, folhas,
quartos, etc.): Nœmero 2, l‡pis n¼ 1,
nota 5, V8, F-1, DC-10, Apollo 7,
Soyuz 9, ato 3, cena 2, 2¼ ato, cap’tu-
lo 7, parte 2, canal 5, modelo 4, BR-
3, tamanho 7, p‡gina 7, quarto 5, en-
fermaria 2,etc.
14 Ñ Resultados esportivos: O S‹o
Paulo venceu o Corinthians por 3 a
1. / O Brasil ganhou da It‡lia por 3
sets a 2. / Steffi Graf venceu por 7/6 e
6/4. (Mas: O S‹o Paulo marcou dois
gols de falta.)
15 Ñ Resultados de vota›es e jul-
gamentos: A emenda foi aprovada
por 5 votos a 4(Mas: A emenda pre-
cisava de quatro votos favor‡veis.)/
O rŽu foi condenado por 4 votos a 2.
16 Ñ Contexto financeiro: A a‹o
caiu 3 pontos.
17 Ñ Latitude e longitude: O Esta-
do do Amazonas est‡ situado a
198Nœmeros Nœmeros

2 graus de latitude norte e a 9 graus
de latitude sul.
18 Ñ Seria‹o de festas, simp—sios,
congressos, feiras, conferncias, corri-
das, competi›es, etc.: 2» Festa da
Uva, 3¼ Simp—sio de Transportes, 5¼
Congresso de Cancerologia, 8» Feira
Nacional do M—vel, 4» Conferncia
do Atl‰ntico Sul, 5¼ Rali de Alfenas,
3¼ Enduro da Independncia, 4» Mil
Milhas, F—rmula 1, F—rmula 3.
19 Ñ Matem‡tica: Multiplique por
8. / Divida por 4. / Some 5. / Subtraia
9. / Eleve ˆ 3» potncia.
20 Ñ Conflitos e governos: 1»
Guerra Mundial, 5» Repœblica, 3¼
Reich.
d)Concord‰ncia
1 Ñ Nœmeros abaixo de 2 fazem a
concord‰ncia sempre no singular: 0
hora, 0,9 metro, 1,9 milh‹o, 1,7 bi-
lh‹o.Prefira o verbo, porŽm, no plu-
ral com milh‹o, bilh‹o, etc: 1,9 mi-
lh‹o de pessoas estavam presentes. /
1,7 milh‹o de habitantes j‡ abando-
naram o pa’s.
2 Ñ Os nœmerosume doise as cen-
tenas, a partir de duzentos, variam em
gnero:um, uma, dois, duas, duzen-
tas, trezentas, seiscentas, novecen-
tas, seis mil duzentas e uma pessoas,
oito mil setecentas e quarenta e duas
espŽcies, etc.
Nœmeros (por extenso).Se, em casos ex-
cepcionais, voc precisar usar algum
nœmero por extenso, veja como faz-
lo:
a)Cardinais
1 Ñ Oe Ž sempre intercalado entre
as centenas, as dezenas e as unidades:
vinte e oito, cinqŸenta e quatro, tre-
zentos e quarenta e oito, oitocentos e
vinte e quatro.
2 Ñ N‹o existe e(nem v’rgula)
entre o milhar e as centenas, a menos
que o nœmero termine em dois zeros:
mil quatrocentos e nove, mil e duzen-
tos, sete mil oitocentos e dezesseis,
dezoito mil e cem, cento e oitenta e
quatro mil novecentos e dez.
3 Ñ Em nœmeros muito extensos,
usa-se o ena mesma ordem de unida-
des, mas n‹o entre uma ordem e ou-
tra: 142.387 = cento e quarenta e dois
mil trezentos e oitenta e sete;
856.672.549 = oitocentos e cinqŸenta
e seis milh›es, seiscentos e setenta e
dois mil quinhentos e quarenta e
nove; 765.432.854.987 = setecentos e
sessenta e cinco bilh›es, quatrocen-
tos e trinta e dois milh›es, oitocentos
e cinqŸenta e quatro mil novecentos
e oitenta e sete.
b)Ordinais
1 Ñ N‹o existe h’fen nos nœmeros
ordinais: dŽcimo terceiro(e n‹o ÒdŽ-
cimo-terceiroÓ), vigŽsimo quinto, oc-
togŽsimo nono.
2 Ñ Alguns exemplos de nœmeros
ordinais por extenso Ñ ver quais s‹o
no verbete nœmeros ordinais, nesta
p‡gina: 134¼ Ñ centŽsimo trigŽsimo
quarto; 267¼ Ñ ducentŽsimo sexagŽ-
simo sŽtimo; 543¼ qŸingentŽsimo
quadragŽsimo terceiro; 652¼ Ñ sex-
centŽsimo qŸinquagŽsimo segundo;
879¼ Ñ octingentŽsimo septuagŽsimo
nono; 985¼ Ñ noningentŽsimo octo-
gŽsimo quinto. Os nœmeros variam
no feminino:389» Ñ trecentŽsima oc-
togŽsima nona.
Nœmeros fracion‡rios.A concord‰ncia
se faz com o valor que o nœmero ex-
pressa: Um quarto dos presentes
vaiou o orador. / Dois quintos da terra
nos pertenciam. / Na Žpoca dos bi™-
nicos, um tero dos senadores era no-
meado e dois teros eram eleitos pelo
povo.
Nœmeros ordinais.Segue-se a rela‹o
dos nœmeros ordinais b‡sicos e de al-
guns exemplos, para o caso de ser ne-
cess‡rio us‡-los por extenso:
1¼ Ñ primeiro
2¼ Ñ segundo
3¼ Ñ terceiro
4¼ Ñ quarto
5¼ Ñ quinto
6¼ Ñ sexto
7¼ Ñ sŽtimo
199Nœmeros (por extenso) Nœmeros ordinais

8¼ Ñ oitavo
9¼ Ñ nono
10¼ Ñ dŽcimo
11¼ Ñ dŽcimo primeiro
12¼ Ñ dŽcimo segundo
13¼ Ñ dŽcimo terceiro
14¼ Ñ dŽcimo quarto
15¼ Ñ dŽcimo quinto
16¼ Ñ dŽcimo sexto
17¼ Ñ dŽcimo sŽtimo
18¼ Ñ dŽcimo oitavo
19¼ Ñ dŽcimo nono
20¼ Ñ vigŽsimo
21¼ Ñ vigŽsimo primeiro
30¼ Ñ trigŽsimo
40¼ Ñ quadragŽsimo
50¼ Ñ qŸinquagŽsimo
60¼ Ñ sexagŽsimo
70¼ Ñ septuagŽsimo ou setuagŽsimo
80¼ Ñ octogŽsimo
90¼ Ñ nonagŽsimo
100¼ Ñ centŽsimo
101¼ Ñ centŽsimo primeiro
200¼ Ñ ducentŽsimo
300¼ Ñ trecentŽsimo (ou tricentŽsi-
mo)
400¼ Ñ quadringentŽsimo
500¼ Ñ qŸingentŽsimo
600¼ Ñ sexcentŽsimo (ou seiscentŽ-
simo)
700¼ Ñ septingentŽsimo (ou setin-
gentŽsimo)
800¼ Ñ octingentŽsimo
900¼ Ñ noningentŽsimo (ou nongen-
tŽsimo)
1.000¼ Ñ milŽsimo
10.000¼ Ñ dŽcimo milŽsimo
100.000¼ Ñ centŽsimo milŽsimo.
Os ordinais de milh‹o, bilh‹o e tri-
lh‹o s‹o, respectivamente, milionŽsi-
mo, bilionŽsimo e trilionŽsimo.
Nœmeros romanos.
a)Uso
1 Ñ Use algarismos romanos ape-
nas para designar reis e papas, nomes
oficiais de clubes ou associa›es, os
antigos ExŽrcitos brasileiros e os
atuais Comandos AŽreos Regionais
(Comar): Lu’s XV, Henrique VIII, d.
Jo‹o VI, d. Pedro II, Jo‹o Paulo II,
Paulo VI, Jo‹o XXIII, Pio XI, Clube
XV, XV de Jaœ, XV de Piracicaba, I
ExŽrcito, IV ExŽrcito, VII Comar.2 Ñ
Mantenha os algarismos romanos na
transcri‹o de leis ou documentos ofi-
ciais: ÒPar‡grafo 4¼ ... IV Ñ A inelegi-
bilidade de que trata este par‡gra-
fo...Ó3 Ñ Use algarismos ar‡bicos
para todos os demais casos que indi-
quem seria‹o, entre eles sŽculos, ca-
p’tulos, guerras, governos, planos,
projetos, usinas, naves espaciais,
zonas, distritos, regi›es, festas, feiras,
congressos, conferncias, simp—sios,
competi›es esportivas, etc.: sŽculo
5¼, sŽculo 10¼, sŽculo 18 (e n‹osŽculo
XVIII), sŽculo 20, 1» Guerra Mundial
(e n‹oI Guerra Mundial), 3» Guerra
Mundial, 5» Repœblica, 3¼ Reich,
Plano Cruzado 2 (e n‹oPlano Cruza-
do II), Angra 2, Gemini 5, Soyuz 8,
Zona 4, 6¼ Distrito Naval, 4» Regi‹o
Militar, 3» Festa da Uva, 23¼ Congres-
so de Cardiologia, 2¼ Simp—sio de In-
form‡tica, 15» Feira do Autom—vel, 6¼
Enduro da Independncia, F—rmula
1, F—rmula 3, 5¼ Rali das çguas, etc.
b)Como escrev-los
1 Ñ S‹o sete as letras b‡sicas: I = 1;
V = 5; X = 10; L = 50; C = 100; D = 500
e M = 1.000.2 Ñ Se uma letra se re-
pete, repete-se o valor: XX = 20; CCC
= 300. 3 Ñ As letras I, X, C e M podem
ser repetidas no m‡ximo trs vezes
em seguida; as letras V, L e D n‹o se
repetem. 4 Ñ Se um valor maior pre-
cede outro menor, ambos se somam:
LX = 60; CV = 105. 5 Ñ Se um valor
menor precede outro maior, ele Ž de-
duzido do segundo:XC = 90 (100 - 10);
CD = 400 (500 -100). 6 Ñ Uma barra
sobre a letra aumenta mil vezes o seu
valor: V = 5.000; M = 1.000.000.
Eis alguns exemplos:
I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
VI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
200Nœmeros romanos Nœmeros romanos

VII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
VIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
IX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
XI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
XIV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
XIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
XX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
XXIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
XXX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
XXXIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
XL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
L . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
LIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
LX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
LXX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
LXXX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
XC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90
XCIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99
C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
CC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 200
CCXCVII . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
CCCXXVI . . . . . . . . . . . . . . . . . 326
CDXCIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 499
D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 500
DCVIII . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 608
DCCXIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 719
DCCCLXXIV . . . . . . . . . . . . . . . 874
CMI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 901
CMXCIX . . . . . . . . . . . . . . . . . . 999
M . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000
MCDLXXXVI . . . . . . . . . . . . . 1.486
MD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.500
MCMLXXXVIII . . . . . . . . . . . 1.988
MCMXC . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.990
MM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.000
MMM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.000
IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4.000
IVDCCLXXIX . . . . . . . . . . . . . 4.779
V . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5.000
X . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10.000
C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100.000
M . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.000.000
Nunca com pronome.O nuncaatrai o
pronome situado na mesma ora‹o:
Nunca lhes disseram a verdade. /
Nunca os advers‡rios se retrataram.
Nunca jamais.Redund‰ncia de uso lite-
r‡rio e s— nesse sentido deve ser admi-
tida: Ò... cuja chave ninguŽm nunca
jamais soube onde ficava.Ó(Macha-
do de Assis).
Nœpcias.Sempre no plural: felizes nœp-
cias, nœpcias concorridas.
NY.Aceit‡vel em t’tulos apenas, para
substituir Nova York.
î, oh! îŽ a forma do vocativo: Veja, —
incrŽdulo. / î jovem, comporte-se.
Oh!Ž interjei‹o de espanto ou admi-
ra‹o: Oh! N‹o o encontrei mais ali.
Obedecer.1 Ñ Exige sempre a preposi-
‹o a: Obedeceu aos superiores. /
Obedecia ˆs ordens. / Obedecia-lhe
sem hesitar.2 Ñ Embora indireto, ad-
mite a voz passiva: Suas determina-
›es foram obedecidas pelos subordi-
nados.3 Ñ Pode tambŽm dispensar
complemento: Manda quem pode,
obedece quem tem ju’zo. / Sabe man-
dar e sabe obedecer. 4 Ñ As mesmas
normas aplicam-se a desobedecer.
Objetivando.Ver visando, p‡gina 312.
Objeto direto com preposi‹o.H‡ casos
em que o objeto direto pode, por eufo-
nia, clareza ou realce da frase, ser pre-
cedido de preposi‹o, em geral a. Eis
os principais:
1 Ñ Nomes pr—prios ou comuns e
verbos que exprimem sentimentos:
Amar a Deus sobre todas as coisas. /
Judas traiu a Cristo. / Consolou aos
amigos.
2 Ñ Com o pronome relativo
quem: Tinha um irm‹o a quem ido-
latrava. / N‹o sei a quem escolher.
3 Ñ Antes de pronome t™nico
(mim, ti, si, ele, ela, n—s, v—s, eles e
elas): ÒNem ele entende a n—s, nem
n—s a ele.Ó/ Escolheu a v—s. / Convi-
dou a mim. / Amava-a tanto como a
si pr—prio. / A mulher tinha apenas a
ele, seu filho, no mundo.
201Nunca com pronome Objeto direto com preposi‹o

4 Ñ Quando h‡ express‹o de reci-
procidade: Um s— tinha ao outro. / As
feras atacam-se umas ˆs outras.
5 Ñ Quando se antecipa o objeto
para lhe dar realce: A voc Ž que n‹o
quero aqui. / A ele todos aguardavam
com impacincia.
6 Ñ Com pronomes indefinidos,
especialmente relativos a pessoas:
N‹o amava a ninguŽm. / Conhecia a
todos. / Por que amas a uns e odeias
a outros?/ A quantos a vida engana.
7 Ñ Com ambos: ÒO aguaceiro
caiu, molhou a ambos.Ó/ Desconhe-
cia a ambos.
8 Ñ Para dar clareza ˆ frase, evitan-
do que o objeto direto se confunda
com o sujeito, especialmente nas fra-
ses constru’das na ordem inversa: A
Abel matou Caim. / Matou o le‹o ao
caador. / ÒEncontrou-a e ao marido
na Fazenda das Lajes.Ó/ ÒE olhava o
amigo como a um filho mais veIho.Ó
Jornalisticamente, prefira sempre a
ordem direta, que evita algumas des-
sas constru›es lingŸisticamente si-
nuosas.
9 Ñ Com alguns verbos transitivos
diretos quando precedem infinitivo,
como comear, principiar, aprender,
ensinar, forar, obrigar, convidar, aca-
bar, cessar, puxar, etc.: Comeou a
fazer. / Principiou a ler. / Ensinou a
viver. / Forou a renunciar. / Obrigou
a dizer. / Convidou a sair. / Acabou
de chegar. / Cessou de falar. / Cansou
de dizer.
10 Ñ Em algumas express›es idio-
m‡ticas: Sacou do rev—lver, mas n‹o
ousou puxar da faca. / Arrancou da
espada. / Pegou da agulha. / Cumpriu
com a palavra. / Atirou com os livros
sobre a mesa.
11 Ñ Quando o objeto direto Ž um
pronome obl’quo e vem seguido de
aposto, este Ž preposicionado: Acon-
selhei-os (os = obj. dir.)a todos(apos-
to). / Ressaltou a afinidade que as
(obj. dir.)ligava a ambas(aposto).
Objeto pleon‡stico, direto ou indireto.
1 Ñ Por nfase ou realce, pode-se
repetir o objeto direto, em constru-
›es que tm maior curso liter‡rio que
jornal’stico: O dinheiro, ninguŽm o
viu. / As flores, a mulher as colheu no
jardim.
2 Ñ O objeto direto pode ser cons-
titu’do de um pronome ‡tono (me, te,
se, o, etc.)e de outro, t™nico, ou de um
substantivo, em ambos os casos pre-
cedidos de preposi‹o: A ele, ninguŽm
o engana. / A mim me parece tudo
certo. / Aos amigos, n‹o os encontrei
na cidade.
3 Ñ ƒ comum, modernamente, a
omiss‹o do pronome obl’quo no obje-
to direto pleon‡stico: Os amigos a
gente (os)conhece na hora do aper-
to. / Esse segredo eu (o)guardaria s—
para mim.
4 Ñ Pelas mesmas raz›es de nfa-
se ou realce, pode-se repetir o objeto
indireto: A mim ensinou-me tudo. /
Ës minhas palavras, ninguŽm lhes
deu crŽdito.Aten‹o. Todas essas for-
mas s‹o liter‡rias e dever‹o ser evita-
das no notici‡rio.
Obra-prima.Pense bem: quantas obras
merecem essa classifica‹o?
Obrigado.1 Ñ Como f—rmula de corte-
sia, concorda em gnero e nœmero
com quem faz o agradecimento
(homem ou mulher, homens ou mu-
lheres): obrigado pelo favor, obrigada
pela aten‹o, obrigados pela respos-
ta, obrigadas pela gentileza.Igual-
mente: muito obrigado, muito obri-
gada, muito obrigados, muito obriga-
das.2 Ñ Como forma coloquial, obri-
gad‹o, portanto, s— pode ser dito por
homem, e n‹o por mulheres. 3 Ñ
Caso o adjetivo seja substantivado,
fica apenas no masculino e no singu-
lar: o meu obrigado, o nosso obriga-
do, o meu muito obrigado, o nosso
muito obrigado(homem ou mulher,
homens ou mulheres).
Obrigar.Antes de infinitivo, exige a: O
frio obriga a ficar em casa.
202Objeto pleon‡stico, ... Obrigar

203
Observa‹o, observ‰ncia.Prefira obser-
va‹opara reparo, advertncia, cen-
sura, ato de perceber pelos sentidos, e
observ‰nciapara execu‹o fiel, cum-
primento, pr‡tica.
Obstruir.Segue a norma dos verbos re-
gulares terminados em uir: Obstruo,
obstruis, obstrui, obstru’mos, obs-
tru’s, obstruem (e n‹o obstr—i ou obs-
troem). Ver: Verbo (3» conjuga‹o Ñ
uir), p‡gina 299.
Obter. O verbo tem sentido positivo
(significa alcanar, conseguir, ga-
nhar). Por isso, n‹o pode figurar em
frases como: A feira ÒobteveÓpœbli-
co muito inferior ao esperado. / A em-
presa ÒobteveÓpreju’zo no exerc’-
cios.Uma alternativa Ž usar ter, sim-
plesmente.
Oceano. Inicial maiœscula: Oceano
Atl‰ntico.
Ocorrncia.Jarg‹o policial. Use fato ou
descreva a ÒocorrnciaÓ.
Octa, octo...ƒ octoo prefixo que entra
na forma‹o de palavras como octoge-
n‡rio, octocampe‹o, octogŽsimo, oc-
togonal e octoss’labo. Com octa, os
termos mais comuns s‹o octaedro,
octana, octanagem e octangular.Or-
dinal de 800: octingentŽsimo.
îculos.Use a palavra no plural, da
mesma forma que o artigo ou prono-
me: Meus —culos (e nuncaÒmeuÓ
—culos). / Comprou uns —culos novos
(e nunca Òumӗculos). / Os —culos(e
n‹o Òoӗculos).
Odiar.Conjuga‹o. Pres. ind.: Odeio,
odeias, odeia, odiamos, odiais,
odeiam. Pres. subj.: Odeie, odeies,
odeie, odiemos, odieis, odeiem.
Imper. afirm.: Odeia, odeie, odiemos,
odiai, odeiem. Imper. neg.: N‹o
odeies, n‹o odeie, n‹o odiemos, n‹o
odieis, n‹o odeiem. Os demais tem-
pos s‹o regulares: odiava, odiavam;
odiei, odiaram; odiar‡, odiar‹o; odia-
ria, odiariam; odiasse, odiassem. Se-
guem este modelo: ansiar, incendiar,
intermediar, mediar e remediar.
ÒO Estado de S. PauloÓ.1 Ñ O nome do
jornal e suas variantes v‹o em negri-
to, se o texto estiver no corpo normal
ou em negrito it‡lico, e em negrito
it‡lico, se o texto estiver em it‡lico
ou negrito. Assim: O jornal, conforme
o caso, pode ser chamado de O Esta-
do de S. Paulo, Estadoe Estad‹o. / O
jornal, conforme o caso, pode ser cha-
mado de O Estado de S. Paulo, Esta-
do e Estad‹o. / O jornal, conforme o
caso, pode ser chamado deO Estado
de S. Paulo, Estado eEstad‹o. / O jor-
nal, conforme o caso, pode ser cha-
mado de O Estado de S. Paulo, Esta-
doe Estad‹o.
2 Ñ Use o nome por extenso ape-
nas nas not’cias formais (especial-
mente naquelas em que o jornal seja
tratado como empresa)ou nas trans-
cri›es: O Estado de S. Pauloganhou
ontem seu processo contra a Uni‹o. /
ÒO governo reconhece queO Estado
de S. Pauloagiu estritamente dentro
da leiÓ, declarou o porta-voz da Presi-
dncia.
3 Ñ Para men›es normais nos
textos, considere a palavra Estado
como nœcleo do nome do jornal: Em
entrevista concedida aoEstado... / O
deputado declarou ontem aoEsta-
do... / As informa›es divulgadas pelo
Estado... / O diretor doEstado... / Ser-
vio especial para oEstado... / Saiu
ontem noEstado...
4 Ñ As formas Òo jornal O Estado
de S. PauloÓ, Òo jornal EstadoÓou Òo
jornal O EstadoÓs— devem ser usadas
entre aspas e em transcri›es. O lei-
tor sabe que O Estado de S. Pauloou
o EstadoŽ um jornal.
5 Ñ O nome Estad‹oest‡ reserva-
do apenas ˆs peas publicit‡rias da
empresa, ao Estadinhoe ˆs declara-
›es textuais. N‹o poder‡, por isso, fi-
gurar no notici‡rio, coment‡rios, arti-
gos e textos de colaboradores, regula-
res ou n‹o.
Observa‹o, observ‰ncia ÒO Estado de S. PauloÓ

6 Ñ Repare que o S.do nome do
jornal Ž sempre abreviado e seguido de
espao: O Estado de S. Paulo.
7 Ñ O nome dos cadernos e suple-
mentos do jornal vai em it‡lico: Su-
plemento Agr’cola, caderno Econo-
mia &Neg—cios, SeuBairro.
8 Ñ Escreva em it‡lico o nome dos
demais —rg‹os jornal’sticos da empre-
sa: Jornal da Tarde, Agncia Estado e
R‡dio Eldorado.
9 Ñ O nome do grupo e das suas
empresas n‹o noticiosas vai em corpo
normal: S.A. O Estado de S. Paulo,
Grupo Estado, OESP Gr‡fica, etc.
Ofender o.E n‹o Òofender aoÓ: Ofendeu
o amigo, ofendeu o pai, ofendeu a
Na‹o, ofendeu a moral.
Oh.Ver —, oh, p‡gina 201.
Olhar, ver.Prefira olharcomo dirigir a
vista para, dar aten‹o, ever como ter
a percep‹o de: Olhou atentamente o
desenho. / Olhou para cima. / Viu o
avi‹o passando. / Viu o livro ca’do no
ch‹o.
Olimp’ada.1 Ñ Use Olimp’ada, no sin-
gular, ou Jogos Ol’mpicos. 2 Ñ Exis-
te plural quando se fala em duas ou
mais competi›es: As Olimp’adas de
1992 e 1996.
OLP.Use a forma Organiza‹o de(e n‹o
Òpara aÓ)Liberta‹o da Palestina.
Ombrear.O verbo n‹oŽ pronominal e
pede a preposi‹o com: O escritor om-
breia com(e n‹o ombreia-se a)os
mestres do romance. / Sua velocida-
de n‹o ombreia com a dos advers‡-
rios.
Ombudsman.Flex›es: ombudsmen,
ombudswoman e ombudswomen.
Omoplata.Palavra feminina: a omopla-
ta.
Onde com pronome.O onde atrai o pro-
nome situado na mesma ora‹o: N‹o
sei onde as pessoas se esconderam. /
ƒ esta a casa onde lhe deram abrigo.
Onde = em que.1 ÑOndeequivale a
em queapenas quando a referncia Ž
a lugar f’sico: A casa onde(em que)
nasceu. / A estrada onde(em que)
ocorreu o acidente. / A lanterna onde
a mosca pousou. / O parque onde as
crianas brincavam. / O prŽdio onde
(em que)trabalha.
2 Ñ Em exemplos como os que se
seguem, use sempre em que, na qual
ou no qual e n‹o onde: O conjunto
definiu uma forma‹o em que(e n‹o
onde)todos cantavam. / Na ora‹o
em que(em vez de onde)... / O relea-
se em que... / Eram dois discos radi-
cais em que a fluncia mel—dica... / ƒ
a œnica faixa em que Hermeto toca... /
Distribuiu memorando em que... /
Uma carta em que... / Declara‹o em
que... / A idŽia em que... / A tese em
que... / Piadas em que... / Uma comŽ-
dia em que... / O pensamento em
que... / O sŽculo em que... / O ano em
que... / Neste dia ensolarado em
que... / Nesta Žpoca em que... / O par-
tido em que ocorreu a irregularida-
de... / Na entrevista em que... / Na
partida em que... / Arranjou um em-
prego em que colava selos nos enve-
lopes... / Uma guerra em que...
ONG.Na explica‹o da sigla, as iniciais
s‹o minœsculas: Uma organiza‹o
n‹o-governamental.
Opera‹o.Liga-se sem h’fen a outro
substantivo: opera‹o tartaruga,
Opera‹o Descida. ònica exce‹o:
opera‹o-padr‹o, opera›es-padr‹o.
Operar.Quem opera Ž o cirurgi‹o, e
nunca o paciente. Assim: Jogador
viaja amanh‹ para ser operado na
tera(e n‹o: Jogador viaja amanh‹ e
ÒoperaÓna tera). Igualmente: Gene-
ral foi operado do cora‹o em Cleve-
land(e n‹o: General ÒoperouÓo cora-
‹o em Cleveland).
Opini›es.1 Ñ O jornal, como um todo,
tem opini›es sobre os assuntos que
publica e as expressa em editoriais. O
notici‡rio, por isso, deve ser essencial-
mente informativo, evitando o rep—r-
ter ou redator interpretar os fatos se-
gundo sua —tica pessoal. Por interpre-
tar os fatos entenda-se tambŽm a dis-
204Ofender o Opini›es

tor‹o ou condu‹o do notici‡rio.
Exemplos: ao tratar dos trabalhos de
remo‹o de favelados de um local, o
rep—rter entra em considera›es sobre
as injustias sociais e os desfavoreci-
dos da sorte ou, ao tratar de um assal-
to, coloca a misŽria como fator deter-
minante da forma‹o do criminoso.
Deixe esse gnero de ila‹o a cargo
dos especialistas ou editorialistas e
apenas descreva os acontecimentos.
2 Ñ Para oferecer ao leitor maior
diversidade de pontos de vista, o jor-
nal tem cr’ticos, comentaristas, ana-
listas, articulistas, correspondentes e
outros que, em textos assinados, po-
der‹o expor suas opini›es, nem sem-
pre coincidentes com as do Estado.
Em casos excepcionais, a reportagens
mais amplas ou delicadas se permiti-
r‡ algum tipo de interpreta‹o. ƒ obri-
gat—rio, porŽm, que sejam submetidas
ˆ Dire‹o da Reda‹o.
Opor veto.ƒ a melhor forma (e n‹o
apor). Prefira, no entanto, vetar, mais
direto.
O primeiro ... que.Ver primeiro, p‡gina
236.
îptico, —tica.1 Ñ Qualifique de —ptico
o que for relativo ˆ vis‹o: mœsculo —p-
tico(para evitar confus‹o com —tico,
relativo ao ouvido). 2 Ñ Prefira,
porŽm, a forma —ticatanto para o es-
tudo da luz quanto para definir ponto
de vista:A îtica Ž uma parte da F’-
sica. / Na minha —tica, o fato ocorreu
assim. / A miragem Ž uma ilus‹o de
—tica.
Opus Dei.Masculino: oOpus Dei.
O qual.1 Ñ Use o qual(e suas flex›es
a qual, os quais e as quais)quando o
relativo estiver afastado do antece-
dente ou puder permitir mais de uma
interpreta‹o: O presidente da dele-
ga‹o, o qual compareceu ˆ sess‹o
inaugural do congresso, garantiu...
No caso, o pronome quediria respei-
to tanto ao presidente como ˆ delega-
‹o. Outros exemplos: Uma amiga
dos candidatos, a qual era preciso
trazer para c‡... / Uma sucess‹o de
canaviais, os quais balanavam com
o vento... / Avistei o pobre retirante,
afligido pela seca, o qual j‡ n‹o tinha
o que comer.
2 Ñ O qualtambŽm Ž a forma em-
pregada no lugar de quee quemde-
pois das preposi›es seme sobe de
todas as que tenham duas ou mais s’-
labas (alŽm das locu›es prepositi-
vas):O remŽdio sem o qual n‹o podia
viver. / Os patr›es para os quais tra-
balhava. / As declara›es segundo as
quais o deputado mudaria de parti-
do. / Os amigos perante os quais se
desculpou. / Os problemas ante os
quais n‹o recuou. / As dificuldades
diante das quais desanimou. / Os en-
traves apesar dos quais levou avante
a iniciativa. / Os temas sobre os
quais evitava falar. / As palestras
ap—s as quais se retirou. / O limite atŽ
o qual chegou. / Os torcedores entre
os quais se inclu’a. / O discurso du-
rante o qual fez v‡rios apartes. / Os
acordos mediante os quais o governo
tentou regular a quest‹o. / Os adver-
s‡rios contra os quais se bateu.
3 Ñ Com as preposi›es a, com,
de, eme poremprega-se, de prefern-
cia, que: A cidade a que chegou. / A
roupa com que viajou. / O assunto de
que tratou. / As casas em que morou. /
Os princ’pios por que se bateu.
4 Ñ O qualŽ tambŽm a forma
usada depois de certos indefinidos,
numerais e superlativos: Mesmo
assim comprou os livros, alguns dos
quais sabia que nunca iria ler. / A co-
mitiva, parte da qual se dispersou,
n‹o conseguiu concluir a viagem. /
Reuniu-se com os ministros, dois dos
quais iriam represent‡-lo na soleni-
dade. / Tinha dois irm‹os, o mais
novo dos quais era o seu preferido.
Ora..., ora...Sem eintermedi‡rio:Fala-
va ora alto, ora baixo (e n‹o: Falava
ora alto e ora baixo).
205Opor veto Ora..., ora...

îrf‹o. Flex›es: —rf‹, —rf‹os e —rf‹s.
îrg‹o. Plural: —rg‹os.
Ortografia.a)Se tiver qualquer dœvida
sobre a forma de escrever uma pala-
vra, nunca deixe de consultar o cap’-
tulo Escreva Certodeste manual,
p‡gina 333, que inclui milhares de
nomes comuns ou geogr‡ficos cuja
grafia pode oferecer dificuldades. Se a
palavra n‹o fizer parte da rela‹o, re-
corra ao dicion‡rio. Lembre-se: erros
ortogr‡ficos podeme devemser sem-
pre evitados, a todo custo.
b)Veja alguns erros graves de gra-
fia, para evit‡-los mais facilmente
(entre parnteses est‡ a forma corre-
ta): ele ÒhouveÓ(ouve)mal, Òadvi-
nharÓ(adivinhar), ÒhornarÓ(ornar),
Òsuspen‹oÓ(suspens‹o), ÒexigaÓ
(exija), ҎliceÓ(hŽlice), ÒangarÓ(han-
gar), Òexcess‹oÓ(exce‹o), Òsans‹oÓ
(san‹o), ÒrichaÓ(rixa), ÒexitarÓ(hesi-
tar), ÒparalizarÓ(paralisar), ÒxuxuÓ
(chuchu), ÒvultuosoÓ(vultoso), Òbe-
neficienteÓ(beneficente), ÒpixarÓ(pi-
char), Òpixa‹oÓ(picha‹o), ÒrochasÓ
ou ÒrouxasÓ(roxas),ÒprevilŽgioÓ(pri-
vilŽgio), ÒprevinirÓ(prevenir), Òfrusta-
doÓ(frustrado), Òfrusta‹oÓ(frustra-
‹o), ÒprostrarÓ(prostrado), Òprosta-
‹oÓ(prostra‹o), Òch’caraÓ(x’cara),
ÒchaleÓ(xale), ÒcincoentaÓ(cinqŸen-
ta), ÒzuarÓ(zoar), Òascen‹oÓ(ascen-
s‹o), ÒbenvindoÓ(bem-vindo), Òm’s-
selÓ(m’ssil), ÒincrustradoÓ(incrusta-
do), Òconec‹oÓ(conex‹o), etc.
Oscar.Acrescente apenas um s no plu-
ral: um Oscar, seis Oscars.
Os ... os mais ... N‹o repita o artigo em
frases como: Contratei os jornalistas
os mais talentosos.Use uma destas
trs formas: Contratei os jornalistas
mais talentosos. / Contratei os mais
talentosos jornalistas. / Contratei
jornalistas os mais talentosos(as
duas primeiras s‹o prefer’veis).
îtica.Ver —ptico, —tica, p‡gina 205.
ÒOtimiza‹oÓ, ÒotimizarÓ.Substitua
essas palavras por express›es como
desempenho —timo, tornar —timo,
tornar o melhor poss’vel, etc.
Ou, ou ... ou.1 Ñ O normal, jornalisti-
camente, Ž que o ou indique exclus‹o,
altern‰ncia ou sinon’mia, e nestes
casos o verbo fica no singular: Ele se
casar‡ com Joana ou com Maria. / Ele
se casar‡ ou com Joana ou com
Maria. / Ou um general ou um almi-
rante presidir‡ o EMFA este ano. / O
senador ou o deputado ser‡ eleito
presidente. / A cefalŽia, ou dor de ca-
bea, ataca muitas pessoas.
2 Ñ Se o outem car‡ter de corre-
‹o, o verbo concorda com o œltimo
sujeito: O ladr‹o ou ladr›es foram
h‡beis. / O herdeiro ou herdeiros re-
ceber‹o uma fortuna.
3 Ñ Quando a a‹o cabe a todos os
sujeitos ou indica oposi‹o, o verbo
vai para o plural: O calor ou o frio ex-
cessivo prejudicam certas plantas. /
O contador ou o economista podem
assinar legalmente esse documento.
Sempre que poss’vel, no entanto, use
ee n‹o ou, nesses casos: o texto ganha
em clareza.
4 Ñ Se o sujeito for constitu’do de
pessoas gramaticais diferentes, o
verbo vai para o plural da que tem pre-
cedncia sobre as demais: O diagra-
mador ou eu podemos desenhar a p‡-
gina. / Ou ela ou tu haveis de sair.
5 Ñ Verbo anteposto concorda com
o primeiro sujeito: Ou fazemos n—s o
trabalho ou eles. / Ou fazem eles o
trabalho ou n—s.
Oua-o cantar.E nunca Òoua ele can-
tarÓ, Òoua ele dizerÓ, etc.
O œltimo ... que.Concord‰ncia. Ver pri-
meiro, p‡gina 236.
Ou seja.Fica invari‡vel: O governo re-
correu ˆ sua fonte de renda habitual,
ou seja, os impostos. / Duas dœzias e
meia, ou seja, 30 ovos.(E nunca: ou
sejam.)
ÒOutra alternativaÓ. Redund‰ncia. Toda
alternativa Ž outra. Escreva apenas
que alguŽm n‹o tem alternativa.
206îrf‹o ÒOutra alternativaÓ

Ouvir.1 Ñ Conjuga‹o.Pres. ind.:
Ouo, ouves, ouve, ouvimos, ouvis,
ouvem. Pres. subj.: Oua, ouas, etc.
Imper. afirm.: Ouve, oua, ouamos,
ouvi, ouam. Part.: Ouvido. Os de-
mais tempos s‹o regulares. 2 Ñ Ver
escutar, ouvir, p‡gina 114.
Ouvir os dois lados.1 Ñ Os dois ou mais
lados envolvidos numa not’cia deve-
r‹o ser sempre ouvidos, se poss’vel
antes da publica‹o das informa›es
ou declara›es. S— quando alguma
pessoa n‹o puder ser encontrada Ž que
se deve deixar sua palavra para o dia
seguinte. A observa‹o vale especial-
mente para os casos em que haja
acusa›es a alguŽm. Lembre-se: o di-
reito de resposta Ž sagrado.
2 Ñ Em casos excepcionais, o jor-
nal poder‡ deixar para ouvir a parte
acusada apenas no dia seguinte. Por
exemplo, quando n‹o quiser que uma
not’cia exclusiva chegue ao conheci-
mento dos concorrentes antes da sua
publica‹o ou quando alguma outra
raz‹o superior o determinar.
Ouvir mais infinitivo. 1 Ñ N‹o flexio-
ne o infinitivo: Ouvi-os cantar. /
Ouviu os seguranas dar ordens.2 Ñ
Ver infinitivo, p‡gina 145.
Oxidar-se.Alguma coisa se oxidae n‹o
oxida, apenas: Os carros nacionais
oxidam-se facilmente. / A pea oxi-
dou-se.
Padr‹o.Liga-se com h’fen a outro subs-
tantivo: desconto-padr‹o, desvios-
padr‹o.
Pag‹o.Flex›es: pag‹ e pag‹os.
Pagar.Regncia. 1 (tr. dir.)Ñ Pagar al-
guma coisa: Pagou a consulta. /
Pagou as compras. / Pagou o jantar. /
Pagou a camisa barato. / Pagou os pe-
cados. / Pagou o que devia. 2 (tr. ind.)
Ñ Pagar a alguŽm ou a uma entidade:
Deputado n‹o paga a assessor. / Frau-
dadores devem pagar aos lesados. /
MinistŽrios n‹o pagam ˆ Petrobr‡s. /
O governo paga aos empreiteiros. /
Devia pagar-lhe religiosamente.3 (tr.
dir. e ind.)Ñ Pagar alguma coisa a al-
guŽm: A empresa pagou o sal‡rio aos
funcion‡rios. / Pagou-lhe o que pro-
metera.4 (intr.)Ñ Sem complemen-
to: Cometeu o crime, e pagou. / En-
trou sem pagar.
P‡gina. Use na p‡gina 17, e n‹o ҈ p‡-
gina 17Ó.
Pago.Use pagotanto com ser e estar
como com ter e haver: Foi ou estava
pago, tinha ou havia pago.Tinha pa-
gado, embora correto, est‡ caindo em
desuso.
Paiandu.Com .
Pa’s.Inicial maiœscula quando designar
o Brasil e n‹o houver determinativo:
O Pa’s manda tropas para a çfrica.
Em minœsculas: nosso pa’s, este pa’s
ou neste pa’s(mesmo que se refira ao
Brasil), o pa’s(qualquer outro que n‹o
o Brasil), os pa’ses do Prata,etc.
Pal‡cio. Use em pal‡ciopara indicar
que a pessoa teve uma audincia no
pal‡cio e n‹o somente o visitou. Igual-
mente:Ir‡ a pal‡cio amanh‹.
Palavras dispens‡veis.O texto deve evi-
tar palavras supŽrfluas ou dispens‡-
veis. Use, por exemplo: em fevereiro
(em vez de no ms de fevereiro), em
1990(em vez de no ano de 1990), no
Paran‡(em vez de no Estado do Pa-
ran‡), em Campinas (em vez de na ci-
dade de Campinas), a prefeitura(em
vez de a prefeitura municipal), o Se-
nado(em vez de o Senado Federal), o
Congresso (em vez de o Congresso
Nacional), a C‰mara de S‹o Paulo
(em vez de a C‰mara Municipal de
S‹o Paulo), o Nordeste(em vez de a
Regi‹o Nordeste), o Sudeste(em vez
de a Regi‹o Sudeste). Em alguns
casos, a express‹o entre parnteses
pode atŽ ser necess‡ria. Na maior
207Ouvir Palavras dispens‡veis

parte das vezes, porŽm, prefira a
forma simplificada.
Palavras e locu›es vetadas.Esta lista
inclui as palavras e locu›es que o Es-
tadoconsidera antijornal’sticas, per-
n—sticas, desnecess‡rias, redundan-
tes, malformadas ou inadmiss’veis.
S— podem, por isso, figurar em decla-
ra›es ou artigos de pessoas estranhas
ao jornal, mas jamais nos textos de
responsabilidade da Reda‹o, mesmo
assinados:
Adentrar
Aduzir
Aer—dromo
Agiliza‹o
Agilizar
Agudiza‹o
Agudizar
Alavancagem
Alavancar
Alcaide
A n’vel (de)
Antenado
Ao apagar das luzes
Apoiamento
Assertiva
AtravŽs de (a n‹o ser no sentido
f’sico)
Avacalha‹o
Avacalhar
Azar
B—lide ou b—lido
Bricolagem
Brioso (soldado)
Burgomestre
Calor escaldante ou senegalesco
Campo-santo
Carnavalizar
Carreata
Caus’dico
Coloca‹o (como opini‹o, observa-
‹o, ponto de vista)
Congressual
Contrafluxo
Correr atr‡s do preju’zo
Crista da onda
Debutar
Decœbito
Departamento mŽdico (em futebol)
Desabalada carreira
Detonar (como provocar)
Devido a (como por causa de)
Disparar (como afirmar)
Dispensa apresenta›es
Edil
Edilidade
Elemento (como pessoa ou
marginal)
Elencado
Elenco (de medidas)
Elo de liga‹o
Embasamento
Embasar
Emergencial
Encarar de frente
Encontrar a morte
Enfrentar de frente
Ente querido
Entrementes
Er‡rio pœblico
Erva maldita
Esculhamba‹o
Esculhambar
Exitoso
Extrapolar
Facultativo (como mŽdico)
Fechar as cortinas
Ferros retorcidos
Fisicultor
Flexibiliza‹o
Flexibilizar
Folcl—rico (como ex—tico, engraado,
rid’culo)
Galopante (infla‹o)
Ganhar gr‡tis
Genitor(a)
Gentilmente cedido
Gesto tresloucado
Gest›es (como negocia›es)
Goleir‹o
Graciosamente (como de graa)
Guardado a sete chaves
H‡ ... atr‡s
Hortifrutigranjeiro
Implanta‹o (a n‹o ser no sentido
mŽdico)
Implantar (a n‹o ser no sentido
mŽdico)
Implementa‹o
208Palavras e locu›es vetadas Palavras e locu›es vetadas

Implementar
Inserido no contexto
Isto posto
Jaez
J‡ ... mais
Lei de meios
Leque de alternativas
Literalmente lotado
MatŽria (em vez de not’cia, artigo,
reportagem, etc.)
Matrim™nio
Manter o mesmo
Manter o seu
Meliante
Mentaliza‹o
Mentalizar
MorfŽtico
M—vel (como motivo)
Necr—pole
No bojo de
Nosoc™mio
Otimiza‹o
Otimizar
Outrossim
Parabenizar
Patamar (como n’vel)
Pavoroso incndio
Pelo contr‡rio
Penalizar (como punir)
Praticar (para preos ou taxas)
Precioso l’quido
Precipita‹o pluviomŽtrica
Prefeitura municipal
Prestigiamento
Profissional do volante
Pr—prio da municipalidade
Sediar
Sendo que
Separar o joio do trigo
Sinalizar (como indicar)
Sofrer melhora
Soldado do fogo
Telinha (como TV)
Tirar uma posi‹o (como definir-se)
Todos s‹o un‰nimes
Trabalhar com bola
Tratativa
Tr’duo de Momo
Via de regra
Vias de fato
Viatura
Violento incndio
V’tima fatal
Xingamento
Xingar
Zagueir‹o
(Ver tambŽm os verbetes lugar-
comum, p‡gina 163 , modismo, p‡gi-
na 180, pleonasmo, p‡gina 219, re-
buscamento, p‡gina 248, esimplici-
dade, p‡gina 269 .
Palavras estrangeiras.1 Ñ A palavra es-
trangeira, na sua forma original, s— de-
ver‡ ser usada quando for absoluta-
mente indispens‡vel. O excesso de
termos de outra l’ngua torna o texto
pretensioso e pedante. E n‹o se esque-
a de explicar sempre, entre parnte-
ses, o significado dos estrangeirismos
menos conhecidos.
2 Ñ Se a palavra ou express‹o n‹o
tiver correspondente em portugus,
porŽm, ou se este for pouco usado, re-
corra ent‹o ao termo estrangeiro, que
vai no mesmo corpo do texto e n‹o em
destaque: stand by, hardware, entou-
rage, apartheid, smoking, zoom, slide,
holding, shopping center, marketing,
joint venture, outdoor, funk.
3 Ñ N‹o empregue no idioma ori-
ginal palavra que j‡ esteja aportugue-
sada. Assim, u’squee n‹o whisky; co-
nhaquee n‹o cognac; recordee n‹o
record; chique(ou elegante)e n‹o
chic; carate n‹o karat; cach e n‹o
cachet; tar™ e n‹o tarot; videop™quer
e n‹o videopoker, etc.
4 Ñ Sempre que houver equivalen-
te em portugus, prefira-o ao estran-
geirismo: card‡pio e n‹o menu; prŽ-
estrŽia e n‹o avant-premire; adeus e
n‹o ciao; escanteio e n‹o corner; ca-
valheiro e n‹o gentleman; freqŸenta-
dor e n‹o habituŽ; senhora e n‹o lady
ou madame; encontro e n‹o meeting;
senhor e n‹o mister; impedimento e
n‹o off-side; primeiro-ministro e n‹o
premier; assalto e n‹o round; padr‹o
e n‹o standard; fim de semanae n‹o
209Palavras estrangeiras Palavras estrangeiras

week-end; desempenho e n‹o perfor-
mance.
5 Ñ Mesmo que voc as julgue
muito conhecidas, traduza sempre as
cita›es em l’ngua estrangeira:
ÒAprs moi le dŽluge.Ó(ÒDepois de
mim, o dilœvio.Ó)ÒAlea jacta est.Ó
(ÒA sorte est‡ lanada.Ó)ÒTo be or not
to be: that is the question.Ó(ÒSer ou
n‹o ser: eis a quest‹o.Ó)Neste caso,
use aspas.
6 Ñ A n‹o ser em textos especiais,
e mesmo assim com parcim™nia,
evite ao m‡ximo o uso de express›es
estrangeiras (a exemplo das palavras
de outras l’nguas), limitando-se ape-
nas aos casos mais comuns:in memo-
riam, sine die, sine qua non, causa
mortis, grand monde, tour de force,
sui generis, honoris causa.
Pense, no entanto, que nem todos
os leitores saber‹o o significado de lo-
cu›es como:ˆ clef, ˆ outrance, ad
hoc, nec plus ultra, urbi et orbi, strug-
gle for life, in partibus, et pour cause,
rempli de soi-mme, off the records,
honni soit qui mal y pense.
7 Ñ Nas palavras derivadas de
nomes estrangeiros, mantŽm-se a es-
trutura original do voc‡bulo e acres-
centa-se o sufixo (ou o prefixo)vern‡-
culo:byroniano, shakespeariano, Ba-
chianas, hobbesiano, behaviorista,
kart—dromo, taylorismo, marxista,
p—s-kantismo, p—s-weberniano, war-
rantagem, windsurfista. Exce›es: lo-
bista (o AurŽlioaportuguesou a
forma),corintiano, hanoveriano,
nova-iorquino,etc.
8 Ñ Nas palavras oriundas do fran-
cs, mantenha o eoriginal, n‹o o
transformando em aou onos casos
seguintes (ninguŽm escreve mani-
cura, mas manicure, por exemplo):
avalanche, cabine, caminhonete,
carroceria, champanhe, coquete, cro-
quete, gabardine, lavanderia, limusi-
ne, magazine, manchete, manicure,
maquete, marquise, marionete,
nuance, omelete, pastiche, pelerine,
plaquete(livro), popeline, raquete,
toalete, tricoline, trompete, vagone-
te, valise, vedeteevitrine. Use,
porŽm, com aestas palavras: cliche-
ria, etiqueta, guilhotina, hachura, je-
remiada, madama, mansarda, perca-
lina, ravina, turbina, usina evermi-
na.
9 Ñ No aportuguesamento das pa-
lavras estrangeiras, o sh em geral se
transforma em x, o n das termina›es
torna-se m ou ‹o e as consoantes for-
tes finais recebem e ou ue: xampu
(shampoo), xelim (shilling), gueixa
(gueisha), raiom (rayon), gim (gin),
cupom ou cup‹o (coupon), pante‹o
(panthŽon), orfe‹o (orphŽon), batom
(b‰ton), jetom (jeton), moletom(mo-
leton), clipe (clip), grogue (grog), turfe
(turf), clube (club), chique (chic), cr’-
quete (crickett), gangue (gang), golfe
(golf), lorde (lord), ringue (ring), surfe
(surf).
Palavras inexistentes.Certifique-se
sempre de que a palavra que voc quer
usar existe no idioma. Assim, por
exemplo, os dicion‡rios n‹o registram
geme‹o, mas gemedeira, nem recon-
ciliamento, mas reconcilia‹o e ou-
tras como essas. AlŽm disso, evite an-
tecipar-se ao dicion‡rio e partir para a
cria‹o indiscriminada de voc‡bulos,
o que resulta em formas como adesi-
va‹o, carteliza‹o, agudizar, desfa-
veliza‹o, culpabilizar, fisicultor, li-
teratizante, descupiniza‹o, urgen-
cializar, contraculturalismo, preten-
siosidade, elencadoe dezenas de for-
mas semelhantes.
Palestra. AlguŽm faz, pronuncia ou pro-
fere, mas n‹o Òd‡Óuma palestra, que
Ž jarg‹o acadmico.
Pan...H’fen quando o outro termo co-
mea com vogal, h, b, p, mou n: pan-
americano, pan-eslavismo, pan-isl‰-
mico, pan-helnico, pan-m‡gico,
pan-negritude, pan-brasileiro, pan-
psiquismo.Nos demais casos: pan-
continental, pandinamismo, panger-
manismo, pansexualista.
210Palavras inexistentes Pan...

Pan-americano.Com h’fen.
ÒPano de fundoÓ. Lugar-comum. N‹o
use.
Pantanal.Desta forma: Pantanal Mato-
Grossense.
Panturrilha. Prefira barriga da perna.
P‹o-duro.Plural: p‹es-duros. O femini-
no tem a mesma forma: mulher p‹o-
duro, mulheres p‹es-duros.
Papa.1 Ñ Inicial minœscula: o papa, o
papa Jo‹o Paulo II. 2 Ñ Feminino: pa-
pisa (prefira)e papesa.
P‹o. Plural: p‹es.
Papai Noel.Tem plural: Havia dois Pa-
pais NoŽis na loja.
Paparazzi. ƒ a forma do plural: Os papa-
razzi n‹o davam folga ˆ princesa. O
singular Ž paparazzo: Era um papa-
razzo muito ousado.
Par. Veja a diferena entre as express›es:
A par de equivale a ciente de e em
geral se usa com o verbo estar: Estava
a par do fato(e nunca ao par do fato).
Ao parindica t’tulo ou moeda de
valor idntico: t’tulo ao par, c‰mbio
ao par.
Para. Ver a (para), p‡gina 22.
P‡ra. P‡ra, do verbo parar, tem acento:
Ele p‡ra sempre no sinal vermelho.O
acento mantŽm-se nas palavras com-
postas, p‡ra-choque, p‡ra-lama, etc.,
mas n‹o existe em parase param.
Para...Prefixo (significa semelhante,
proximidade, elemento acess—rio)
que se liga sem h’fen ao elemento se-
guinte. Ohcai e duplicam-se o r e o
s:paracentral, paraestatal, paramili-
tar, parapsicologia, paraidrognio,
pararreum‡tico, parassimp‡tico.
N‹o o confunda comp‡ra...(ver abai-
xo).
P‡ra...Elemento de composi‹o com o
sentido de que protege contra, que
apara. Exige h’fen: p‡ra-brisa, p‡ra-
choque, p‡ra-lama, p‡ra-quedas,
p‡ra-quedista, p‡ra-raios, p‡ra-sol.
Para a frente.E n‹o Òpara frenteÓ.
Para as.Sem crase: Para as 17 horas.
ÒParabenizarÓ.N‹o use. Substitua o
verbo por dar parabŽns a, cumprimen-
tar, felicitar ou aplaudir.
ParabŽns. Como Ž plural, n‹o existem
as formas ÒumÓparabŽns ou ÒoÓpara-
bŽns, etc., mas apenas os parabŽns,
muitos parabŽns, seus parabŽns, etc.
Para c‡, para l‡. Depois de para, devem-
se usar as formas c‡ e l‡, e n‹o aqui e
ali:Veio para c‡. / Levou-o de volta
para l‡.
Para eu fazer.1 Ñ ƒ a forma correta, pois
oeu, em frases desse tipo, exerce a
fun‹o de sujeito:Trouxe o livro para
eu ler. / Esse trabalho Ž para eu fa-
zer. / A matŽria est‡ aqui para eu re-
ver(e nunca para ÒmimÓler, para
ÒmimÓfazer, para ÒmimÓrever). 2 Ñ
Se o eun‹o for sujeito, ent‹o se usa
para mim: Trouxe o livro para mim. /
N‹o Ž conveniente para mim sair
agora(para mimŽ complemento de
conveniente).
Par‡grafos.AtŽ 9, em ordinais; de 10 em
diante, use cardinais:par‡grafo 1¼, pa-
r‡grafo 8¼, par‡grafo 10, par‡grafo 21.
S— em casos excepcionais ou em
transcri›es recorra ao sinal ¤.
Par‡grafos (uso).Para que a leitura do
jornal se torne mais agrad‡vel, pro-
cure quebrar o texto regularmente, de
acordo com estas instru›es: 1 Ñ
Abra par‡grafo a cada 10 ou 12 linhas
de coluna impressa (quatro a cinco li-
nhas cheias da tela do micro ou do ter-
minal). 2 Ñ A determina‹o vale
tambŽm para as linhas mais estreitas
do texto (ao lado de fotos, em medida
falsa, ou de janelas). 3 Ñ Organize o
texto para que essa mudana de par‡-
grafo n‹o se torne absolutamente
aleat—ria. Por isso, evite fragmentar
uma informa‹o no meio, mas a des-
dobre de maneira que o par‡grafo se-
guinte represente a sua continuidade.
4 Ñ Sempre que poss’vel, procure
apresentar uma ou no m‡ximo duas
informa›es por par‡grafo.
Paralisa‹o.Com s, assim como parali-
sare paralisia.
211Pan-americano Paralisa‹o

Paralisar.Exige complemento: Os em-
pregados paralisaram o trabalho. Por
isso, nunca escreva: Padeiros deci-
dem ÒparalisarÓ(O certo:parar)se
n‹o houver aumento. / O metr™ Òpa-
ralisouÓontem.
Param. Sem acento.
Para mim.1Ñ Em casos como os que se
seguem, o certo Ž para mim: Foi dif’-
cil para mim entender o texto. / ƒ im-
poss’vel para mim sair cedo hoje.
Mim, no caso, completa o sentido de
dif’cil e imposs’vel, n‹o sendo, por-
tanto, sujeito do infinitivo, como
ocorre, por exemplo, em:O livro Ž
para eu ler.2 Ñ Ver para eu fazer, p‡-
gina 211.
P‡ra-quedas.A mesma forma no singu-
lar e plural, com acento e h’fen.
Para tr‡s.E n‹o para atr‡s.
Pardal. Feminino: pardoca (prefira), par-
daloca e pardaleja.
Par de...O outro elemento vai para o
plural:par de sapatos, par de dana-
rinos, etc.
Parecer mais infinitivo.Pode-se flexio-
nar o verbo parecer ou o infinitivo:
Os homens pareciam sorrir(use esta
forma)ouOs homens parecia sorri-
rem.
Parente. Feminino: parenta (prefira)e
parente.
Parntese(s). Use parntesepara o sin-
gular e parntesespara o plural: abrir
parntese, fechar parntese, entre pa-
rnteses.O conjunto, mesmo no sen-
tido figurado, fica no singular: Faa
um parntese. / O parntese estava
no fim da p‡gina.
Parnteses (uso).Usam-se os parnteses
para:
1 Ñ Intercalar num texto qualquer
palavra, express‹o ou ora‹o acess—-
ria, representada em geral por uma ex-
plica‹o, uma circunst‰ncia inciden-
tal, uma reflex‹o, um coment‡rio ou
uma observa‹o: Em 1995 a empresa
investiu 80 milh›es (e deve aplicar
mais 50 milh›es este ano) no seu
Centro de Processamento de Dados. /
Dos consultados, 70% disseram ter
participado das œltimas elei›es (nos
EUA o voto n‹o Ž obrigat—rio). / A
tese sobre os ciclos hist—ricos (cuja
dura‹o o autor fixa em 30 anos) foi
aprovada pelos examinadores. / As
exporta›es do chamado complexo
soja (gr‹o, —leo e farelo) cresceram
20% em dois anos. / O senador X
(PMDB-SP) tenta novamente refor-
mular a Previdncia.
2 Ñ Isolar do texto uma palavra ou
express‹o que se queira destacar (Ž re-
curso a usar, porŽm, com toda a cau-
tela):O livro de Gorbachev critica
(mas justifica) Stalin. / Governo
manda apurar (com urgncia) as de-
nœncias. / Como o governo (n‹o) re-
solve esses problemas. / Um (mau)
estudo sobre os parques paulista-
nos. / A recria‹o (med’ocre) da Belle
ƒpoque.
3 Ñ Transcrever as siglas que se se-
guem ˆ explica‹o do nome de um
—rg‹o ou entidade: A Associa‹o Bra-
sileira de Imprensa (ABI) condenou
ontem... / A nota da Ordem dos Ad-
vogados do Brasil (OAB) diz ainda
que...
4 Ñ Levar ao leitor as referncias
bibliogr‡ficas:Este segundo volume
dasObras Escolhidas (Editora Libor,
340 p‡ginas, R$ 30,00) p›e ao alcan-
ce do leitor... / ÒEu sempre tento dar
a interpreta‹o mais benŽvola a
todos os meus pecados.Ó(Edmund
Wilson,Os Anos Vinte, Companhia
das Letras, 369 p‡ginas, 1987, tradu-
‹o de Paulo Henriques Britto.)
5 Ñ Indicar uma data: O cr’tico Ed-
mund Wilson (1895Ñ1972) deixou o
livro inacabado. / O in’cio da guerra
(1939) coincidiu com a Žpoca da sua
formatura.
Observa‹o.O ponto vai fora do
parntese quando a express‹o que ele
encerra Ž apenas parte da ora‹o e vai
dentro quando toda a ora‹o Ž por ele
englobada: Merece men‹o especial o212Paralisar Parnteses (uso)

esforo dos tradutores (Carlos de Al-
meida e Jo‹o dos Santos). / Todos con-
cordaram com o ditador. (NinguŽm
seria insensato a ponto de contrari‡-
lo.) / Sacos de dinheiro nas costas. (ƒ
a popula‹o trocando a velha moeda.)
Parque. Inicial maiœscula: Parque do
Ibirapuera(e nunca ÒParque Ibira-
pueraÓ).
ÒParqueamentoÓ, ÒparquearÓ.Anglicis-
mos desnecess‡rios. Use estaciona-
mento e estacionar.
Parqu’metro.Aceit‡vel, para designar o
aparelho.
Parte de. Concord‰ncia. Ver maioria,
p‡gina 167.
Partes do corpo.1 Ñ Partes do corpo e
atributos da pessoa rejeitam o posses-
sivo: Machucou o brao(e n‹o o seu
brao). / Feriu as m‹os. / Arranhou a
cabea. / Bati o joelho na mesa. / Per-
deram a conscincia. / Recuperei os
sentidos. 2 Ñ Uso do singular ou plu-
ral: ver plural indevido, item 3, p‡gi-
na 223.
Participa‹o.No singular em frases
como: A festa contou com a partici-
pa‹o do presidente, do governador e
do prefeito. / A participa‹o de Gio-
vanni e Rivaldo na sele‹o brasileira
(e nuncaÒas participa›esÓ)...
Participar.1 Ñ Participa-se alguma
coisa, ou alguma coisa a alguŽm: Ele
participou o seu casamento. / A em-
presa participou a decis‹o aos funcio-
n‡rios.
2 Ñ N‹o se participa alguŽm de al-
guma coisa, porŽm, nem ninguŽm Ž
participado de algo, em casos (erra-
dos)como: A empresa Òparticipou os
funcion‡riosÓda decis‹o. / Os fun-
cion‡rios Òforam participadosÓ(o
certo:avisados, cientificados, infor-
mados)da decis‹o.
3 Ñ No sentido de tomar parte, use
a preposi‹o dee n‹o em: Participou
dos(e n‹o nos)debates, participou
das sess›es, participou do filme.
4 Ñ Exige sempre complemento.
Por isso, nunca escreva: Participaram
tambŽm fulano e beltrano(participa-
ram de qu?).
Partic’pio mais pronome.Em nenhuma
hip—tese o pronome obl’quo pode apa-
recer depois do partic’pio, em frases
como: Tinha Òfeito-lheÓ, havia Òpar-
tido-seÓ, tinha Òformado-seÓ, ha-
viam Òcomido-oÓ. O certo Ž:Tinha-
lhe feito, havia-se partido, tinha-se
formado, haviam-no comido.
Partic’pios duplos.1 Ñ Use ter e haver
com os partic’pios regularese sere
estar, com os irregulares: O presiden-
te havia (tinha)suspendido as nego-
cia›es. / O acordo foi (estava)sus-
penso. / Tinha (havia)elegido, foi (es-
tava)eleito.2 Ñ Nos t’tulos, empre-
gue habitualmente o partic’pio irre-
gular: Suspensas as aulas. / Aceitas as
condi›es dos metalœrgicos. / Mortos
os assaltantes.3 Ñ ƒ essa tambŽm a
forma correta em express›es como:
Aceitas as condi›es, iniciaram-se as
negocia›es. / Impresso o livro, a edi-
‹o esgotou-se rapidamente. / Sus-
pensos os alunos, as aulas prossegui-
ram.
Partir.1 Ñ Cuidado com a locu‹o a
partir de, que significa apenas a co-
mear de, a datar de(repare que exis-
te uma idŽia de continuidade): O pre-
sidente da associa‹o vai exercer o
mandato a partir do dia 1¼. / As ins-
cri›es estar‹o abertas a partir de se-
gunda-feira. / O mundo se tornou
mais liberal a partir da Revolu‹o
Francesa. 2 Ñ Se a a‹o for definida
no tempo, n‹o se poder‡ usar a partir
de. Assim: As inscri›es comear‹o
na pr—xima semana (e n‹o Òa partir
daÓ). / As aulas ser‹o reabertas em
fevereiro (e n‹o Òa partir deÓ). 3 Ñ
Como marca o in’cio de alguma coisa
no tempo e no espao, Ž errado tam-
bŽm usar a partir deem casos como:
O time ensaiou v‡rias jogadas Òa par-
tir deÓ(com)bola parada. / Livro
conta a hist—ria recente do Pa’s Òa
partir deÓ(com base em)pesquisas
213Parque Partir

do Ibope. / ÒA partir dasÓ(pelas)ava-
lia›es, a sociedade ficou sabendo
para onde vai o seu dinheiro.
P‡scoa.Como se trata de festa religiosa,
os termos a ela referentes em geral
tm inicial maiœscula: P‡scoa, Sema-
na Santa, Sexta-Feira Santa, Domin-
go de Ramos, Ressurrei‹o, Paix‹o,
Prociss‹o da Cruz, Lava-PŽs, Quarta-
Feira de Cinzas, etc. No entanto: ma-
lha‹o do judas.
Passado do passado. Quando o texto
menciona uma a‹o anterior ˆ atual
ou a outra j‡ realizada (passado do pas-
sado), deve-se usar a forma composta
do verbo: Apenas 24 horas depois de
o ministro ter lanado (e n‹o Òlan-
arÓ)o plano, a C‰mara aprovou o
projeto. / O trem j‡ havia partido
quando ele se deu conta da hora.
Passo-a-passo, passo a passo.Quando
substantivo, tem h’fen (Ž o pr—prio
processo): O passo-a-passo Ž a melhor
maneira de aprender a usar o compu-
tador.Sem h’fen, Ž mera locu‹o (in-
dica a forma do processo): Avanaram
passo a passo.
Pasta.Use inicial minœscula: a pasta da
Fazenda, essa pasta,etc.
Pastel.Como Ž substantivo, n‹o varia
no plural quando indica cor: tons pas-
tel (e n‹o ÒpastŽisÓ).
ÒPatamarÓ.N‹o use. Para preos, taxas
ou juros, prefira n’vel ou ’ndice.
Patriarca. Feminino: matriarca.
P‡trios (plural).Nos adjetivos p‡trios
compostos, apenas o œltimo elemen-
to Ž flexionado e o primeiro obedece
ˆ forma de origem erudita, em geral
mais reduzida: empresa belgo-minei-
ra, companhia anglo-teuto-brasilei-
ra, cons—rcios franco-’talo-nip™nicos,
etc.
Paulista, paulistano. PaulistaÑ natural
do Estado de S‹o Paulo, relativo ao Es-
tado de S‹o Paulo: pol’cia paulista,
governador paulista.PaulistanoÑ
natural da cidade de S‹o Paulo, relati-
vo ˆ cidade de S‹o Paulo: paulistano
do Br‡s, prefeito paulistano.
Pauta.1 Ñ Chama-se pauta tanto o con-
junto de assuntos que uma editoria
est‡ cobrindo para determinada edi-
‹o do jornal como a sŽrie de indica-
›es transmitidas ao rep—rter, n‹o
apenas para situ‡-lo sobre algum
tema, mas, principalmente, para
orient‡-lo sobre os ‰ngulos a explorar
na not’cia.
2 Ñ A pauta constitui um roteiro
m’nimo fornecido ao rep—rter. Se ela
for muito espec’fica e pedir que ele
apure apenas alguns aspectos da not’-
cia, o rep—rter dever‡ obedecer a essa
orienta‹o, para evitar que suas infor-
ma›es conflitem com as de outros
jornalistas que estejam trabalhando
no mesmo caso ou as repitam.
3 Ñ O pauteiro (preparador da
pauta)dever‡ sempre que poss’vel in-
cluir na pauta os telefones de pessoas
a entrevistar, endereos de locais que
dever‹o ser procurados e dados seme-
lhantes, que permitir‹o ganho de
tempo. O rep—rter, no entanto, deve-
r‡ ter iniciativa suficiente para encon-
trar as pessoas ou locais necess‡rios
quando esses dados n‹o estiverem dis-
pon’veis ou forem insuficientes.
4 Ñ Pautas —bvias n‹o necessitar‹o
de muito texto. Espera-se, por exem-
plo, que um rep—rter de cidade saiba o
que perguntar ao prefeito ou a um se-
cret‡rio, o que apurar numa mudana
de tr‰nsito, como cobrir uma expul-
s‹o de invasores de ‡rea pœblica, etc.
5 Ñ O rep—rter dever‡ tambŽm ter
bom senso suficiente para mudar a
angula‹o de uma pauta sempre que
um assunto levantado no meio de
uma entrevista ou cobertura se sobre-
puser aos demais pedidos pela pauta.
Em caso de dœvida, convŽm que ele
entre em contato com o chefe de re-
portagem ou editor para saber se a sua
decis‹o Ž correta.
6 Ñ Evite dispers‹o desnecess‡ria
de esforos ao montar uma pauta.
214P‡scoa Pauta

Voc n‹o precisa pedir a toda a rede
local e nacional da empresa entrevis-
tas com 30 ou 40 mŽdicos sobre o
avano da aids, nem depoimentos de
30 ou 40 pacientes a respeito da doen-
a, quando meia dœzia ou uma deze-
na deles j‡ dar‹o um quadro satisfat—-
rio da situa‹o.
7 Ñ De qualquer forma, n‹o hesi-
te em tornar uma pauta grande, sem-
pre que o julgar necess‡rio. Qualquer
aspecto espec’fico de um assunto so-
mente poder‡ ser cobrado do rep—rter
se tiver sido pedido na pauta. Mais do
que isso, porŽm: o pauteiro, por sua
pr—pria fun‹o (tentar cercar todos os
‰ngulos da not’cia), pode ter idŽias
que n‹o ocorreriam ao rep—rter. E
vice-versa: por isso, Ž igualmente in-
dispens‡vel que o rep—rter comple-
mente uma pauta que tenha deixado
de lado algum aspecto importante de
um assunto.
PŽ.S‹o corretas as duas locu›es,de pŽ
e em pŽ.
Pedir.Conjuga‹o. Pres. ind.: Peo,
pedes, pede, pedimos, pedis, pedem.
Pres. subj.: Pea, peas, pea, pea-
mos, peais, peam. Imper. afirm.:
Pede, pea, peamos, pedi, peam.
Imper. neg.: N‹o peas tu, ..., n‹o pe-
ais v—s, n‹o peam eles. Os demais
tempos s‹o regulares.
Pedir... a ou para. 1 Ñ Pedir apoio ou
aten‹o aÑ pedir que alguŽm d
apoio ou aten‹o a quem o solicita: O
governo pede apoio (aten‹o)aos em-
pres‡rios(pede que os empres‡rios o
ap—iem ou lhe dem aten‹o). 2 Ñ
Pedir apoio ou aten‹o paraÑ pedir
que seja dado apoio ou aten‹oa al-
guŽm que se indica: Os EUA pedem
apoio (aten‹o)para o Brasil (pedem
que se d apoio ou aten‹o ao Brasil).
3 Ñ Outros exemplos: Empres‡rios
pedem abono salarial para os traba-
lhadores(que se d abono aos traba-
lhadores). / Flagelados pedem ajuda
ao governo(que o governo os ajude).
Pedir para, pedir que.1 Ñ S— use pedir
para quando o sentido for de licena
ou permiss‹o: Pediu(licena)para
sair mais cedo. / Pediu(permiss‹o)
para ir ao cinema. 2 Ñ Nos demais
casos, o correto Ž pedir que, e n‹o
Òpedir paraÓou Òpedir para queÓ.
Assim: Pediu que fossem com ele ao
jogo(em vez de Pediu Òpara iremÓ
com ele ao jogo ou Pediu Òpara que
fossemÓcom ele ao jogo). / O delega-
do pediu que o acusador mostrasse
provas da denœncia (e n‹o O delega-
do pediu ÒparaÓo acusador mostrar...
ou Pediu Òpara queÓo acusador mos-
trasse...). / Quer pedir a eles que pro-
curem...(e n‹o Òpara queÓprocurem).
Pegado, pego.Use pegadocom ter e
haver e pego, com ser e estar: Tinha
(havia)pegado, foi (estava)pego.
Pegado a.Faz-se a concord‰ncia normal-
mente: Esta casa fica pegada ˆ f‡bri-
ca. / Mesas pegadas ˆ janela. / Edif’-
cios pegados ao pal‡cio.
ÒPeitoÓ.Prefiraseio.
PŽla.PŽla, jogo ou bola, tem acento:
jogo da pŽla, as pŽlas de borracha.
PŽla, pŽlas, pŽlo.Essas trs flex›es do
verbo pelartm acento: A ‡gua pŽla
quando est‡ fervendo. / Tu pŽlas a la-
ranja para ele?/ Eu me pŽlo por co-
mida caseira.
Pele-vermelha. N‹o chame o ’ndio bra-
sileiro de pele-vermelha. O nome vale
apenas para o da AmŽrica do Norte.
Plural: peles-vermelhas.
Pelo andar da carruagem. Lugar-comum.
Evite.
Plo, plos.Com acento, no singular e
plural, quando indica cabelo ou penu-
gem: o plo do gato, os plos da cabe-
a.
Pena de tali‹o.Com tminœsculo, uma
vez que n‹o se trata de nome pr—prio.
ÒPenalizarÓ. Significa somente causar
pena ou desgosto a, magoar, afligir.
Por isso, substitua-o por castigar,
punir ou prejudicar em frases como:
Governo muda IR para n‹oÒpenali-
215PŽ ÒPenalizarÓ

zarÓ(prejudicar)contribuinte. / Ban-
co n‹o deve serÒpenalizadoÓ(puni-
do, castigado)no caso X. / O aluno
acabouÒpenalizadoÓ(punido)pela
ousadia. / AumentoÒpenalizaÓ(pre-
judica, pune, castiga)ainda mais o
consumidor.
Pnalti.Desta forma (e nunca ÒpenalÓ).
Penny.CentŽsima parte da libra. Plu-
rais: pence(quando quantia)e pen-
nies(quando moeda).
Pequenez.Insignific‰ncia, e n‹o Òpeque-
nsÓ.
ÒPequenos detalhesÓ. Redund‰ncia: n‹o
existem Ògrandes detalhesÓ.
Pequins.Natural de Pequim e raa de
c‹es.
Pra.Com acento, no singular, tanto
para designar a fruta como a por‹o de
barba ou o interruptor: Pra madura. /
Raspar a pra. / Apertou a pra. No
plural, n‹o existe acento:peras.
Perante.Sem a preposi‹o a: Perante o
pai. / Perante ela(e n‹o ÒaoÓpai, ÒaÓ
ela).
Perante o qual.E n‹o Òperante quemÓ:
Eis o juiz perante o qual (e n‹o Òpe-
rante quemÓ)o rŽu dever‡ depor
amanh‹.
Perder.Um time perde de outropor ou
del a 0, 2 a l, 3 a 2, etc.
Perdoar.Regncia. 1 (tr. dir.)Ñ Perdoar
alguma coisa: ÒPerdoai as nossas
ofensas.Ó/ Perdoou os seus gastos ex-
cessivos. / Perdoamos as d’vidas dos
amigos.2 (tr. ind.)Ñ Perdoar a al-
guŽm: Deus lhes perdoe. / A Receita
perdoou aos devedores. / Perdoou aos
acusadores.3 (tr. dir. e ind.)Ñ Per-
doar alguma coisa a alguŽm: A Recei-
ta lhes perdoou as d’vidas. / N‹o per-
doa aos inimigos nenhum agravo. /
Perdoa aos amigos todas as ofensas.
4 (intr.)Ñ Sem complemento: ƒ vin-
gativo e nunca perdoa. / Perdoa, para
seres perdoado.Observa‹o.Admite
a voz passiva: Foi perdoado pelos su-
periores.
Perfazer.Conjuga-se como fazer (ver,
p‡gina 127).
Performance. Anglicismo evit‡vel. Pre-
fira desempenho ou atua‹o.
PŽrgula.Com u.
Pergunta, perguntado.Formas poss’-
veis: Ë pergunta se pretendia vol-
tar... / Ë pergunta onde pretendia
ficar... / Ë pergunta como cumpriria
as determina›es...N‹o use, por
serem formas inexistentes na l’ngua:
Òperguntado seÓ, Òperguntado sobreÓ
e ҈ pergunta sobreÓ.Op‹o correta:
interrogado ou indagado sobre.
Perguntas e respostas.Ver no verbete
entrevista, p‡gina 109, como editar
entrevistas na forma de perguntas e
respostas.
ÒPermitir com queÓ. Fazer Ž que admi-
te a preposi‹o com. Use permitir que
em frases como: O mau cheiro n‹o
permitiu que (e n‹o Òpermitiu com
queÓ)ninguŽm ficasse mais de cinco
minutos na loja.
Pernas, pra que te quero.Mesmo grama-
ticalmente incorreta, Ž essa a forma
da locu‹o popular.
Per™nio.Com i. Adjetivo: peroneal.
Personagem. Faa a concord‰ncia com o
sexo do ou dapersonagem. Assim: o
personagem Hamlet, a personagem
A’da. Proceda da mesma forma em
ora›es como: A ministra foi a prin-
cipal personagem dos acontecimen-
tos. / O piloto era um personagem de
destaque da F—rmula 1. / Como fica-
r‹o os personagens (homens e mulhe-
res)da oposi‹o?
Persuadir.1 Ñ Quando o sentido for o
de convencer ou demover, prefira a re-
gncia persuadir alguŽm dealguma
coisa: Foi dif’cil persuadi-lo de n‹o
dar queixa ˆ pol’cia. / Todos o persua-
diram de n‹o tomar aquela decis‹o.
2 Ñ Quando persuadir significa indu-
zir ou mover, a regncia prefer’vel Ž
persuadir alguŽm aalguma coisa:
Todos o persuadiram a sair. / O rei
queria persuadir os sœditos ˆ submis-
216Pnalti Persuadir

s‹o. / Persuadiu-o a desaparecer por
alguns dias.3 Ñ Pode-se ainda usar a
forma persuadir alguŽm, apenas:
Suas desculpas n‹o persuadiram os
superiores. / O governo conseguiu
persuadir a popula‹o.4 Ñ O verbo
admite tambŽm a forma pronominal
e segue, nesse caso, o modelo dos
itens 1 e 2: Persuadiu-se de que era
hora de agir. / Eles se persuadiram a
voltar atr‡s.5 Ñ Finalmente, como
sin™nimo de convencer, pode ser in-
transitivo (sem complemento):ƒ
uma pessoa que consegue persuadir.
Perto.Invari‡vel. Moram perto. / Plan-
taram ‡rvores perto da casa. / As
casas ficavam perto.
Perverso. Significa mau, malvado. Cui-
dado com o seu uso no sentido figura-
do (efeitos perversos, ensino perverso,
distribui‹o de renda perversa), que
se est‡ tornando lugar-comum.
Perto de.Ver cerca de, p‡gina 59.
Pese. Ver em que pese a, p‡gina 105.
Peso.1 Ñ Com nœmeros redondos, use
sempre por extenso o nome das medi-
das de peso: 200 toneladas, 40 quilos,
50 gramas.Nos t’tulos e tabelas,
pode-se usar a abreviatura:200 t, 40
kg, 50 g. 2 Ñ Para indicar nœmeros
quebrados, adote estas formas: 200,5
toneladas, 40,8 quilos, 50,4 gramas.
Como no caso acima, nos t’tulos e ta-
belas permite-se a abreviatura: 200,5
t, 40,8 kg, 50,4 g.3 Ñ Se a medida for
inferior a 2, ficar‡ no singular: 1,5 to-
nelada, 1,9 quilo, 0,7 grama.4 Ñ Re-
pare que as abreviaturas n‹o tm
ponto nem plural e h‡ espao entre o
nœmero e elas: 87 t, 65 kg, 32 g.5 Ñ
Ver nas p‡ginas 397 e 398 uma rela-
‹o de pesos e medidas e a forma de
convert-los em valores mais usados
no Brasil.
Peso (boxe).Existe h’fen depois de subs-
tantivo, mas n‹o de adjetivo: peso-
mosca, peso-galo, peso-pena, peso
leve, peso mŽdio, peso meio-mŽdio,
peso meio-pesado, peso pesado.
Pesquisa.1 Ñ Todo anivers‡rio de acon-
tecimento importante (nascimento e
morte de personalidades, lanamento
de movimentos ou trabalhos art’sti-
cos, edi‹o de livros hist—ricos, revol-
tas ou campanhas pol’ticas, fatos in-
ternacionais, etc.)justifica matŽria de
pesquisa, independentemente de ou-
tras retrancas que se preparem sobre
o assunto (repercuss‹o, entrevistas e
reconstitui›es). Evite, porŽm, fazer
matŽria excessivamente formal para
recordar o fato, entremeando-a, sem-
pre que poss’vel, com pormenores
curiosos ou diferentes para valorizar a
pesquisa. AlŽm da corre‹o das infor-
ma›es, Ž importante desenvolver
um trabalho apurado de texto que
prenda a aten‹o do leitor. MatŽrias
de pesquisa ‡ridas ou pouco criativas
afugentam o interessado logo nas pri-
meiras linhas.
2 Ñ Qualquer assunto de certa im-
port‰ncia que volte ao notici‡rio deve
ser relembrado, mesmo que sumaria-
mente, para que o leitor se recorde do
que se est‡ tratando ou para apresen-
tar o fato ˆs pessoas que o desconhe-
am. Se alguŽm, por exemplo, se refe-
re ˆ UDN ou ao antigo PSD, lembre-
se de que os antigos partidos foram ex-
tintos em 1965 e, de l‡ para c‡, se for-
mou toda uma gera‹o de leitores de
jornal que nem sempre ter‡ sido infor-
mada a respeito do que aconteceu na
ocasi‹o. Mais assuntos que justifica-
riam pesquisa: revolta dos sargentos
em Bras’lia, movimentos de Aragar-
as e Jacareacanga, o ÒbogotazoÓ, a in-
vas‹o da Ba’a dos Porcos, o com’cio de
Jo‹o Goulart na Central do Brasil, a
Marcha da Fam’lia em S‹o Paulo, a
guerrilha no Vale do Ribeira, a disso-
lu‹o dos Beatles, o milŽsimo gol de
PelŽ, etc.
3 Ñ Nem sempre, porŽm, as pes-
quisas devem limitar-se a reviver um
fato, como nos dois casos anteriores.
Generalizar ou historiar um tipo de
acontecimento, por exemplo, fornece
217Perto Pesquisa

excelente material do gnero. Assim,
se o papa lana uma nova enc’clica,
voc pode n‹o apenas fazer uma pes-
quisa sobre as enc’clicas anteriores
desse pont’fice, como sobre as princi-
pais enc’clicas da hist—ria da Igreja, ou
deste sŽculo, ou das œltimas dŽcadas.
Um desastre de avi‹o sempre imp›e
uma rela‹o dos demais acidentes do
ano ou da œltima dŽcada. O inverno
muito rigoroso nos EUA e na Europa
pode remeter a outros invernos t‹o ou
mais severos de anos anteriores.
Outros casos: na transferncia de
um jogador brasileiro para o exterior,
podem-se lembrar negocia›es ante-
riores, t‹o milion‡rias quanto aquela
de que se estiver tratando. A divis‹o
de um pa’s em duas partes, Norte e
Sul, abre perspectivas para que se re-
corde como ocorreu a divis‹o de ou-
tros pa’ses e por qu (Alemanha, Co-
rŽia, etc.). Se o Brasil volta a negociar
com o FMI, por que n‹o mostrar desde
quando o Pa’s mantŽm entendimen-
tos com o Fundo e quantas vezes e em
que condi›es recorreu a ele?Num
surto ou epidemia, lembre-se tam-
bŽm de mostrar que doena Ž essa,
como ocorre, como evolui, como afe-
ta as pessoas, etc.
4 Ñ Ver tambŽm mem—ria, p‡gina
176.
Pessach.ƒ a P‡scoa judaica.
Pessoas no notici‡rio.1 Ñ O cargo
ocupado pela pessoa Ž que define, na
maioria dos casos, a import‰ncia que
ela merece no notici‡rio e o peso que
ser‡ atribu’do aos seus atos ou decla-
ra›es. Por isso, mencione sempre em
primeiro lugar a qualifica‹o e n‹o o
nome dela: O ministro da Fazenda,
Jo‹o da Silva, garantiu ontem que...
Personagens muito not—rios do espor-
te e das artes, porŽm, poder‹o dispen-
sar essa pr‡tica, bastando identific‡-
los pelo nome.
2 Ñ Na primeira men‹o, use sem-
pre o prenome e o sobrenome da pes-
soa: o ministro Pedro Malan, o presi-
dente Fernando Henrique Cardoso, o
ex-ministro Delfim Netto, o rei Juan
Carlos, o empres‡rio M‡rio Amato, o
professor Francisco Barros, o piloto
Michael Schumacher, a atriz Mait
Proena. Evite, apenas, que, no desdo-
bramento do notici‡rio, o professor,
por exemplo, seja chamado de Fran-
cisco ou Barros indistintamente. Ou
ele Ž Francisco ou Barros.
3 Ñ Adote, como identifica‹o, o
nome pelo qual a pessoa se tornou co-
nhecida, evitando sobrenomes desne-
cess‡rios. Jo‹o Baptista de Oliveira
Figueiredo, por exemplo, Ž Jo‹o Fi-
gueiredo, simplesmente. Nomes ar-
t’sticos e apelidos imp›em-se quando
for essa a forma pela qual o persona-
gem adquiriu notoriedade. XuxaŽ
Xuxae n‹o Maria da Graa Mene-
ghel. Da mesma forma Gal Costa,
PelŽ, Sivucae outros.
4 Ñ Se a pessoa n‹o estiver exer-
cendo nenhum cargo de relevo no mo-
mento, mas tiver ocupado fun‹o de
destaque, identifique-a por essa ativi-
dade:O ex-presidente Augusto dos
Santos pretende voltar ao Pal‡cio do
Planalto. Quando necess‡rio ˆ me-
lhor compreens‹o dos acontecimen-
tos, lembre outros cargos que ela
eventualmente tenha ocupado. Final-
mente, se ela tiver exercido v‡rios car-
gos, identifique-a sempre pelo mais
importante. Assim:O ex-governador
Jo‹o da Silva...(e n‹o o ex-deputado
ou o ex-prefeito Jo‹o da Silva).
5 Ñ Idade, sexo, religi‹o, tendncia
pol’tica, Estado ou pa’s de nascimen-
to, raa e outras caracter’sticas como
essas s— dever‹o figurar no texto se es-
tiverem relacionados com os fatos
descritos.
6 Ñ Evite, especialmente nos t’tu-
los, qualificar pessoas de forma que
possa ofender toda uma coletividade:
Cearense mata a amante / Italiano
assalta banco. Nada indica que as pa-
lavras cearense e italiano tenham, no
218Pessach Pessoas no notici‡rio

caso, algo que ver com o aconteci-
mento.
7 Ñ Ver tambŽm cargos (como
usar), p‡gina 57.
Ph.D. Plural: Ph.Ds.
Pica-pau.Com h’fen. Da mesma forma:
pica-pau-amarelo.
Picar, picada.Ver morder, mordida, p‡-
gina 181.
Pichar, piche.Com che n‹o com x.
TambŽm: picha‹o, pichador.
Picles.Aportuguesado e no plural: os pi-
cles.
Pico.Inicial maiœscula: Pico do Jaragu‡.
P’er.Aportuguesado. Plural: p’eres.
Pierr™.Aportuguesado.
Pigmeu. Feminino: pigmŽia.
Pilotar. Significa dirigir ve’culo em ge-
ral. Por isso, no sentido figurado, co-
mo dirigir, controlar ou organizar
qualquer coisa (pilotar um jantar, pi-
lotar uma situa‹o, pilotar um con-
gresso, pilotar um quatro-bocas), s—
pode ser usado em textos muito espe-
ciais, mas nunca no notici‡rio.
Piloti.ƒ a forma do singular. No plural,
pilotis.
Piloto.Com fun‹o de adjetivo, perma-
nece invari‡vel: usina piloto, usinas
piloto; plano piloto, planos piloto.
Pingue-pongue.Desta forma.
PingŸim.Com trema.
Pior.1 Ñ Antes de partic’pio, use sem-
pre mais male nunca pior: mais mal
classificados (e n‹o Òpior classifica-
dosÓou, menos ainda, Òpiores classi-
ficadosÓ). Ver mais bem, mais mal, p‡-
gina 167. 2 Ñ Quando adjetivo, varia
(equivale a mais mau): Eles eram pio-
res(mais maus)que todos./ Muito
piores(mais maus, mais conden‡veis)
do que os atos amorais de ontem s‹o
os argumentos imorais de hoje. / Pio-
res(mais maus)que ele, s— os irm‹os.
3 Ñ Quando advŽrbio, permanece in-
vari‡vel (equivale a mais mal): Eles
estavam pior(mais mal)de vida. / Jo-
garam pior(mais mal)que antes.
Pior (a, o).Vermelhor (a, o), p‡gina 176.
Pirata.Use como adjetivo quando vier
depois de um substantivo: edi‹o pi-
rata, fitas piratas, emissora pirata.
Piscicultura.E nunca ÒpsiculturaÓ.
Pista, faixa. N‹o confunda: pista Ž cada
parte cont’nua de uma rodovia. E
faixaŽ cada divis‹o (marcada no solo,
apenas)de uma pista. Assim, a Rodo-
via dos Imigrantes tem duas pistas,
com trs faixas cada uma. J‡ a RŽgis
Bittencourt tem pista œnica, com
duas faixas, uma em cada dire‹o.
Placa.No singular: Carro de placa (e
n‹o Òde placasÓ)BAA-1618.
Plano.Inicial maiœscula: Plano Real.
Planta. Equivale a f‡brica apenas em in-
gls. Por isso, n‹o escreva, por exem-
plo: O grupo quer construir nova
ÒplantaÓ(nem Òplanta industrialÓ)
no Brasil.
Plant‹o. 1 Ñ Use a locu‹o de plant‹o
apenas no seu significado real: Os mŽ-
dicos estavam de plant‹o. 2 Ñ No
sentido figurado, Ž modismo a evitar:
os cr’ticos de plant‹o, os golpistas de
plant‹o, os bajuladores de plant‹o,
etc.
Pleito, preito. Pleitoequivale tanto a
elei‹o (pleito de novembro)como a
demanda (pleito judicial),enquanto
preitodesigna homenagem (preito
aos mortos)ou reconhecimento (prei-
to de gratid‹o).
Pleonasmo.ƒ a repeti‹o de termos su-
pŽrfluos, evidentes ou inœteis na
frase. Ë exce‹o dos pleonasmos esti-
l’sticos, e assim mesmo apenas em
casos especiais, evite os que compro-
metam o texto:
1 Ñ Vicioso
Acabamento final, agora j‡, ainda
... mais (aindadever‡ demorarmais
dez dias), almirante da Marinha, alo-
cu‹o breve(Ž breve por defini‹o),
brigadeiro da Aeron‡utica, conclu-
s‹o final (a menos que tenham exis-
tido outras, parciais),continuar
ainda, conviver junto, criar novos,
219Ph.D. Pleonasmo

descer para baixo, elo de liga‹o (elo
j‡ significaliga‹o), encarar de frente
(use, por exemplo, encarar firmemen-
te), enfrentar de frente, entrar dentro
ou para dentro, er‡rio pœblico, estre-
las do cŽu, exultar de alegria, ganhar
gr‡tis, general do ExŽrcito, goteira no
teto, h‡ ... atr‡s (useh‡ tantos anos
ou tantos anos atr‡s), h‡bitat natu-
ral, inaugurar novo, j‡ ... mais (usej‡
n‹o h‡ e nuncaÒj‡ n‹o h‡ maisÓ),la-
baredas de fogo, manter o mesmo
(pode-se manter outro?),manter o
seu, monop—lio exclusivo, pa’ses do
mundo, pequenos detalhes, perma-
nece ainda, planos para o futuro, pre-
feitura municipal, regra geral, rela-
›es bilaterais entre os dois pa’ses,
repetir de novo (a menos que se repi-
ta pela segunda vez),sair fora oupara
fora, sorriso nos l‡bios, sua autobio-
grafia, subir para cima, surpresa ines-
perada, todos foram un‰nimes, ve-
readores da C‰mara Municipal e
viœva do falecido.
2 Ñ De idŽia
H‡ pleonasmos velados, menos
graves, mas igualmente evit‡veis,
como nas frases:Campinas restaura
velho casar‹o. / Recupera‹o do
velho Parque D. Pedro comea este
ms. / Navratilova volta ao tnis.
A palavra velho, nas duas primei-
ras frases, Ž supŽrflua: para serem res-
taurados, ou recuperados, nem o casa-
r‹o nem o parque podem ser novos. E,
finalmente, Navratilova voltaria a
que esporte sen‹o ao tnis?(Op›es:
Navratilova volta a jogar, Navratilo-
va volta ˆ atividade ou Navratilova
volta a Wimbledon).
3 Ñ Estil’stico
ƒ o pleonasmo liter‡rio, para dar
fora ou nfase ˆ express‹o: Rir um
riso amarelo. / Sonhar um sonho. /
Ver com os pr—prios olhos. / Andar
com as pr—prias pernas. S— deve ser
usado em textos especiais.
Plural (substantiva‹o).Palavras inva-
ri‡veis, quando substantivadas, obe-
decem ˆs normas do plural: Pesar os
pr—s e os contras. / As mœltis, as mi-
cros (empresas),os micros (computa-
dores), as m‡xis (desvaloriza›es), as
m’nis (saias)./ Os sins e os n‹os. / Os
vivas e os morras. / Os sen›es e os po-
rŽns. / Os quatros e os cincos do ba-
ralho estavam rasgados.Dois, trs,
seise dez n‹o variam: os trs de paus,
os seis de ouros, os dez de espadas.
Plural de adjetivos compostos.Nos ad-
jetivos compostos, s— o œltimo ele-
mento vai para o plural: medidas eco-
n™mico-financeiras, estudos hist—ri-
co-geogr‡ficos, vidas profissional-
amorosas, camisas verde-claras, gra-
vatas azul-escuras, partidos social-
democratas, tendncias nacional-so-
cialistas.Exce›es.a)Em surdo-
mudo, os dois elementos se flexio-
nam: homens surdos-mudos, crian-
as surdas-mudas.b)Azul-marinhoe
azul-celesten‹o variam: Ternos azul-
marinho, blusas azul-celeste.
Plural de adjetivos simples.Ver plural
de substantivos e adjetivos simples,
p‡gina 222.
Plural de letras.Prefira usar o nome pro-
nunci‡vel da letra com s:Com todos
os efes-e-erres. / Colocar um pingo
nos is. / Separe os emes e os enes.Xis
n‹o varia: Os xis da quest‹o.Apenas
em casos excepcionais, aplique a du-
plica‹o da letra como forma de plu-
ral: Os aa e os ee. / Os vv e os zz.
Plural de locu›es.1 Ñ Nas locu›es li-
gadas pela preposi‹o de, coloque o
segundo termo no singular, se se tra-
tar de matŽria cont’nua, e no plural,
se a palavra indicar variedades, unida-
des, indiv’duos: f‡brica(s)de papel,
indœstria(s)de tinta, espŽcies de solo,
grupo(s)de soldados, tipos de gente,
marcas de sal, espŽcies de sais (sais
diferentes), caixa(s)de f—sforos, cat‡-
logos de tipos ou selos, exposi‹o(›es)
de quadros, exposi›es de pintura, f‡-
brica(s)de envelopes, f‡brica(s)de
calado, f‡brica(s)de sapatos, de
meias, de sand‡lias, etc.
220Plural (substantiva‹o) Plural de locu›es

2 Ñ Proceda de maneira semelhan-
te nos casos em que o segundo ele-
mento tenha car‡ter predominante-
mente abstrato: se ele tiver sentido
genŽrico, a segunda palavra n‹o
varia; se o sentido for espec’fico, o vo-
c‡bulo tem plural. Exemplos: n’veis
de investimento, planos de emprego,
projetos de expans‹o, casos de estu-
pro, pedidos de falncia, op›es de
v™o, postos de benef’cios, taxas de
juros, quadros de avisos, etc.
Plural de nomes pr—prios.1 Ñ Os
nomes pr—prios, de acordo com deter-
mina‹o do Formul‡rio Ortogr‡fico,
seguem as mesmas normas dos nomes
comuns e por isso tm plural, como
estes. Assim: as Martas, as Tarsilas,
os Pedros, os JosŽs, os Lu’ses. A ins-
tru‹o vale tambŽm para os sobreno-
mes, incluindo-se neste caso as for-
mas aportugues‡veis: os Maias, os
Andradas, os Gusm›es, os Mataraz-
zos, os Silvas, os Almeida Prados, os
Silva Jardins, os Monteiros de Carva-
lho, os NobŽis, os Papais NoŽis, os
RafaŽis do Louvre.
2 Ñ Nomes estrangeiros. No caso
dos nomes estrangeiros ou naqueles
em que o plural regular soaria muito
estranho, acrescente apenas um sˆ
palavra: os Kennedys, os Collors, os
Portinaris, os Van Goghs do Louvre,
os Mitterrands,os Picassos.
3 Ñ Entidades e coisas. V‹o para o
plural os nomes de —rg‹os pœblicos,
empresas, entidades, ve’culos, arma-
mentos, naves espaciais, avi›es, na-
vios e produtos industriais e comer-
ciais: os Detrans, os Itaœs, cinco San-
tanas, dois Mirages, as Apaes, trs
Bandeirantes, os Harriers, trs Marti-
nis, duas Aspirinas, dois Amarettos,
trs Coca-Colas, duas Antarcticas.
4 Ñ Nomes geogr‡ficos ou de vias
pœblicas. Admitem igualmente o plu-
ral, como os nomes comuns: os diver-
sos Brasis, as duas CorŽias, os Mato
Grossos, os dois Rios, os muitos Re-
cifes, as duas Paulistas (avenida), as
Augustas(rua)dos pobres e dos ricos.
5 Ñ Marcas precedidas de outra
palavra. Marca comercial precedida
de outra palavra fica invari‡vel: dois
carros Vectra, cinco blindados Urutu,
quatro avi›es Mirage.A raz‹o: consi-
dera-se subentendida a palavra marca
(dois carros marca Vectra).
Plural de siglas.Acrescente um smi-
nœsculo ˆs siglas usadas no plural:os
CDBs, as Ufirs, os PMs, os SPCs, os
IPMs, os DERs, as Apaes, as ARs, 50
UFMs, novas Cohabs.A regra vale
tambŽm para o caso em que se queira
pluralizar uma entidade normalmen-
te œnica: os BBs, os BCs, os MECs, as
UNEs, os EMFAs, os dois PSDBs,etc.
Plural de substantivos compostos.
1 Ñ Os dois elementos v‹o para o
plural se os dois s‹o vari‡veis: guar-
das-civis, cotas-partes, martins-pes-
cadores, ‡guas-furtadas, m‹os-
bobas, b—ias-frias, quintas-feiras, te-
nentes-coronŽis, primeiros-minis-
tros, meios-termos, pais-jo›es.
Exce‹o.Se os dois elementos
forem adjetivos, s— o segundo ser‡ fle-
xionado: os democrata-crist‹os, os
social-democratas, os franco-ameri-
canos, os man’aco-depressivos.
(Trata-se, na realidade, da substanti-
va‹o do adjetivo composto.)
2 Ñ S— o segundo elemento vai
para o plural
a)Quando o primeiro Ž invari‡vel
e o segundo, vari‡vel: vice-presiden-
tes, guarda-chuvas, mata-ratos, ave-
marias, auto-elogios, mal-entendi-
dos, pega-rapazes, recŽm-nascidos,
alto-falantes, abaixo-assinados.
b)Quando o primeiro elemento Ž
redu‹o de um adjetivo (gr‹o egr‹, de
grande, ou bel, de belo)e o segundo Ž
substantivo: gr‹o-duques, gr‹o-rabi-
nos, gr‹-cruzes, gr‹-duquesas, bel-
prazeres.
c)Quando os dois elementos s‹o
constitu’dos de palavras iguais ou in-
dicam som de coisas: reco-recos, tico-
221Plural de nomes pr—prios Plural de substantivos...

ticos, troca-trocas, quebra-quebras,
pisca-piscas, tique-taques.
3 Ñ S— o primeiro elemento no
plural
a)Quando o segundo elemento d‡
idŽia de finalidade ou semelhana ou
limita o primeiro: carros-bomba, es-
colas-modelo, postos-chave, idŽias-
base, pombos-correio, elementos-sur-
presa, pa’ses-s’mbolo, canetas-tintei-
ro, imagens-s’ntese, mandatos-tam-
p‹o, crianas-problema, meninos-
sensa‹o.Exce›es: decretos-leis, ho-
mens-r‹s e cidades-satŽlites.
b)Quando uma preposi‹o une os
dois substantivos: pŽs-de-moleque,
gotas-dՇgua, p‹es-de-l—, c‰maras-
de-ar, estrelas-dÕalva, mulas-sem-ca-
bea. Ës vezes, o segundo substanti-
vo j‡ est‡ no plural:rosa-dos-ventos,
rosas-dos-ventos; mestre-de-obras,
mestres-de-obras.
4 ÑNenhum dos elementos no
plural
Se os dois forem invari‡veis, se o
segundo j‡ tiver s, se os dois forem
verbos de sentido oposto e se se tratar
de express‹o substantivada: os bota-
fora, os topa-tudo, os p‡ra-quedas, os
salva-vidas, os leva-e-traz, os entra-e-
sai, os diz-que-diz, os faz-de-conta.
5 Ñ Casos especiais:
Os arco-’ris, os bem-me-queres, os
bem-te-vis, os jo›es-ninguŽm, os
louva-a-deus, os lugar-tenentes, os
mapas-mœndi, os padre-nossos, as
salve-rainhas, os surdos-mudos.
Plural de substantivos e adjetivos sim-
ples.Terminados em:
1 Ñ Vogal ou ditongo. Acrescenta-
se s: casos, evidentes, paus, leis, p™-
neis, her—is, tabus, r‹s, —rf‹s, t‡xis,
‡lcalis.
2 Ñ ÌO. a)Como norma, o ‹o
transforma-se em ›es: cora›es, tuba-
r›es, campe›es, omiss›es, le›es.In-
cluem-se nesta regra todos os aumen-
tativos: vagalh›es, homenzarr›es, ca-
val›es, figur›es, pared›es. b)Algu-
mas palavras fazem o plural em ‹os
(cidad‹os, —rf‹os)ou ‹es (tabeli‹es,
escriv‹es), enquanto outras admitem
duas ou atŽ trs formas de plural,
como alaz›es e alaz‹es, anci‹os, an-
ci‹es e anci›es, etc. Este manual re-
gistra a maior parte delas, nos verbe-
tes respectivos.
3 Ñ R e Z. Acrescenta-se es: mares,
aœcares, b™eres(de b™er), g‰ngsteres,
rigores, faquires, ju’zes, ra’zes, pazes,
vorazes, rep—rteres. Irregulares: car‡-
ter Ñ caracteres; Lœcifer Ñ Luc’feres;
jœnior Ñ juniores; snior Ñ seniores;
s—ror Ñ sorores.
4 Ñ S. Quando monoss’labos ou
ox’tonos, acrescenta-se es; quando pa-
rox’tonos ou proparox’tonos, perma-
necem invari‡veis: gases, meses, re-
troses, obuses, portugueses; os pires,
os ™nibus, os ™nus, os v’rus, os f—r-
ceps.
5 Ñ M. Transforma-se emns: ho-
mens, refŽns, f—runs, itens, alguns,
bons.
6 Ñ AL, EL, OL, UL. O ltransfor-
ma-se em is: fatais, papŽis, anz—is,
s—is, azuis, pai—is (de paiol), pauis (de
paul). Exce›es:mal Ñ males; real
(moeda antiga, n‹o a atual)Ñ rŽis;
c™nsul Ñ c™nsules.
7 Ñ IL. Se t™nico, converte-se em
is; se ‡tono,em eis: fuzil Ñ fuzis, bar-
ril Ñ barris, sutil Ñ sutis; f—ssil Ñ
f—sseis, veross’mil Ñ veross’meis, es-
tŽreis, projŽteis, txteis, rŽpteis.
8 Ñ X. Ficam invari‡veis: os t—rax,
os ™nix, os telex, os l‡tex, as fnix.
9 Ñ N. Acrescenta-se s: h’fen Ñ hi-
fens; p—len Ñ polens; l’quen Ñ li-
quens; abdomens, c—lons, ’ons.Exce-
‹o: c‰non, c‰nones.
Plural indevido.1 Ñ Fica no singular o
substantivo que, depois dos verbos
ser, tornar-se, virar, constituir, etc.,
confira ao sujeito (no plural)um car‡-
ter de abstra‹o e generaliza‹o: Ca-
valos nacionais s‹o o destaque do GP
(destaqueŽ uma palavra abstrata que
generaliza o sentido do sujeito, cava-
los nacionais).
222Plural de substantivos e... Plural indevido

Outros exemplos: Professoras s‹o
exemplode dedica‹o. / Eis os assun-
tos que foram not’cia hoje. / Tiros s‹o
sin™nimode confus‹o. / Essas acusa-
›es s‹o conseqŸnciado despeito. /
Manifesta›es como essas j‡ n‹o
constituem novidade. / Pernilongos
tornam-se o tormentoda tempora-
da. / A poesia e a can‹o s‹o partede
um todo. / Pontos polmicos foram a
marcada nova Constitui‹o. / Esses
problemas foram alvo(objeto, tema)
de uma sŽrie de reportagens. / Corin-
thians e S‹o Paulo s‹o a atra‹oda
rodada. / As palavras e os gestos s‹o
a ferramentaque o autor utiliza no
trabalho. / Os ™nibus incendiados
foram o instrumento(meio, arma, re-
curso)dos agitadores. / Seu despren-
dimento e patriotismo ser‹o exemplo
e incentivopara as novas gera›es. /
Os lugares-comuns s‹o o maior ini-
migodo jornalista.
Exce›es.A palavra ou express‹o
que vem depois dos verbos citados vai
para o pluralse exprimir um fato con-
creto, se individualizar o sentido do
sujeitoou se encerrar idŽia de oposi-
‹o: Empresas tornam-se mercado-
riasna Bolsa(fato concreto). / Pai e
m‹e foram testemunhasdo esforo
do filho(individualiza‹o). / Dois
atletas brasileiros s‹o os destaques
dos 100 metros. / Algumas dessas
emendas s‹o hojepartes(pontos,
itens)essenciais da Constitui‹o. /
Nosso jornal era uma espŽcie de com-
plemento nas casas, mas agora os ou-
tros Ž que s‹ocomplementos./ No-
mea›es e demiss›es s‹o armasdo
governador (oposi‹o).
2 Ñ Quando uma propriedade se
refere adois ou mais sujeitos, fica no
singular: A pol’cia apurou a identida-
de(e n‹o Òas identidadesÓ)dos mor-
tos(isto Ž, de cada um). / A voltade
Renato e Carlos ao time...(a volta de
cada um). /Com a presenade Gil e
Caetano(e n‹o Òas presenasÓ)... /
Aguardavam o comparecimento (e
n‹o Òos comparecimentosÓ)do gover-
nador e do prefeito. / O Corinthians
confirmou a escala‹ode Juca e S’l-
vio (e n‹o Òas escala›esÓ). / O time
sentiu aausncia (e n‹o Òas ausn-
ciasÓ)de X e Y. / Mais de 30 mil pes-
soas tinham perdido o emprego (e n‹o
Òos empregosÓ)na indœstria. / Para o
lugarde Jo‹o e Pedro(e n‹o para Òos
lugaresÓ)... / O retornode X e Y ao
time (e n‹o Òos retornosÓ)... / Cede-
ram seu nomeaos amigos (e n‹o
Òseus nomesÓ). / Sentiam-se felizes no
fim da sua vida (e n‹o Òdas suas
vidasÓ). / Partidos definem sua posi-
‹o (e n‹o Òsuas posi›esÓ)para a elei-
‹o. / O time n‹o soube explorar a ve-
locidade(e n‹o Òas velocidadesÓ)de
Jo‹ozinho e Marquinhos. / Com o re-
sultado davendada casa e da fazen-
da(e n‹o Òdas vendasÓ)... / O time
ter‡ como novidade a entradade X e
Y(e n‹o como Ònovidades as entra-
dasÓ). / Os Estados est‹o com a eco-
nomia arruinada (e n‹o Òas econo-
miasÓ).
3 Ñ As partes do corpo, a menos
que sejam mais de uma na pessoa
(como olhos, ouvidos, pernas, etc.),
ficam no singularquando a referncia
for a grupo ou multid‹o: Os alunos
balanaram acabea (e n‹o as cabe-
as). / O cora‹odeles pulsava em
ritmo acelerado. / Ambos estavam
com problemas noest™mago. / Apon-
taram o criminoso com o dedo (com
umdedo)./ Bateram com onarizna
porta.No plural: Voltaram os olhos
(os dois)para os cŽus. / Ergueram as
m‹os(as duas), em sinal de aprova-
‹o. / Cortaram asorelhas(as duas)
dos condenados ˆ guilhotina.
Usa-se o mesmo critŽrio com os
atributos da pessoa: Ficaram com o
esp’ritoprevenido (e n‹ocom os esp’-
ritos). / Queriam salvar a alma. / Ti-
nham a conscinciatranqŸila. / Im-
puseram a vontadeaos demais.
223Plural indevido Plural indevido

Observa‹o.Nos casos 2 e 3, n‹o
se deixe influenciar pela lingua ingle-
sa, que pluraliza esses substantivos.
Pluri...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte: plurianual, pluricelular, plu-
riovulado, pluripartidarismo, plurir-
radiado, plurissecular.
Pobret‹o. Flex›es: pobretona e pobre-
t›es.
P™de, pode.A forma do passado, p™de,
tem acento, para evitar confus‹o com
pode, presente. Assim: Fez o trabalho
da melhor forma que p™de (foi
capaz)./ Ele pode (Ž capaz, tem per-
miss‹o)fazer isso.
Poder.Conjuga‹o.Pres. ind.: Posso,
podes, pode, podemos, podeis, podem.
Pret. perf. ind.: Pude, pudeste, p™de,
pudemos, pudestes, puderam.M.-q.-
perf. ind.: Pudera, puderas, pudera,
pudŽramos, pudŽreis, puderam. Pres.
subj.: Possa, possas, possa, possamos,
possais, possam. Imp. subj.: Pudesse,
pudesses, pudesse, pudŽssemos, pu-
dŽsseis, pudessem. Fut. subj.: Puder,
puderes, puder, pudermos, puderdes,
puderem. Os demais tempos s‹o regu-
lares.
Poderes.Desta forma: Poder Executivo,
Poder Legislativo e Poder Judici‡rio.
Ou simplesmente o Executivo, o Le-
gislativo e o Judici‡rio.No plural:os
Poderes Executivo e Judici‡rio.
P—dio.Aportuguesado.
P›e, p›em. P›e Ž a forma do singular e
p›em, a do plural, o que vale tambŽm
para os derivados: O homem p›e e
Deus disp›e. / Elas p›em, eles su-
p›em.
Poeta, poetisa.Use poetapara o homem
e poetisa para a mulher. Respeite,
porŽm, a forma a poeta, em artigos as-
sinados, pois h‡ quem atribua ju’zo de
valor ˆ palavra (poetisa, assim, seria
qualquer mulher que faa versos e
poeta, uma autora de mŽritos).
Pogrom.Desta forma. Plural: pogrons.
ÒPolacoÓ.Prefira polons(polaco tem
sentido pejorativo em algumas re-
gi›es do Brasil).
Poli...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte: poliartrite, policntrico, po-
liŽster, poliidroxila, poliolefina, polir-
r’tmico, polissilogismo, poliuretano.
Pol’cia.1 Ñ A palavra Ž feminina quan-
do se refere ˆ ordem, segurana(Fugiu
da pol’cia)e masculina quando desig-
na o policial: Um pol’cia segurou o la-
dr‹o.2 Ñ Apenas quando se quiser
dar nfase ˆ corpora‹o, a inicial deve
ser maiœscula:A Pol’cia paulista
prendeu o ladr‹o. / A Pol’cia Militar,
a Pol’cia Pol’tica. 3 Ñ A organiza‹o
pertence ao Estado e n‹o ao munic’-
pio. Assim: pol’cia paulista (e n‹o
ÒpaulistanaÓ), pol’cia fluminense (e
n‹o ÒcariocaÓ).
ÒPol’cia cariocaÓ.A pol’cia Ž fluminen-
se (estadual)e n‹o carioca (do muni-
c’pio).
Policial (notici‡rio).1 Ñ Uma das carac-
ter’sticas do Estado, em toda a sua
existncia, sempre foi a discri‹o dis-
pensada ao notici‡rio policial. Ocor-
rncias de menor import‰ncia justifi-
cam meros registros. Se o fato, no en-
tanto, merecer destaque, n‹o hesite
em faz-lo. Alguns exemplos de acon-
tecimentos que podem exigir maior
espao na edi‹o: seqŸestros; assaltos
a banco ou a outros estabelecimentos
com tiroteios ou lances dram‡ticos;
acidentes com grande nœmero de v’ti-
mas; incndios com mortes ou danos
materiais de monta; a‹o de grupos de
exterm’nio; guerra de quadrilhas; tr‡-
fico de drogas; extors›es; assaltos a re-
sidncias, com v’timas ou mobiliza-
‹o de grande aparato policial; crimes
passionais ou de outros tipos com re-
percuss‹o superior ˆ normal, etc. De
qualquer forma, poupe o leitor de de-
talhes escabrosos, por mais que seu
texto deva ser rico em pormenores.
2 Ñ O critŽrio de import‰ncia pode
ˆs vezes dar lugar ao pitoresco: o vizi-
nho que mobiliza a pol’cia porque a
224Pluri.. Policial(notici‡rio)

casa ao lado tem um papagaio que fala
demais justifica matŽria. Da mesma
forma, outros pequenos dramas do
dia-a-dia pass’veis de se transformar
em hist—rias de valor humano.
3 Ñ Nunca acuse ninguŽm nem
chame de criminoso ou assassino
quem ainda n‹o tenha culpa formada.
Essa fun‹o cabe ˆ pol’cia ou ˆ Justi-
a. O rep—rter, para salvaguardar a res-
ponsabilidade do jornal, dever‡ deixar
sempre clara a condi‹o de acusado
de alguŽm: ÒFulano de tal, acusado
da morte de...ÓA œnica exce‹o Ž para
o caso de criminosos confessos ou
presos em flagrante.
4 Ñ Finalmente, tentar descobrir
por que uma pessoa cometeu um
crime Ž tarefa do rep—rter. Especular,
porŽm, sobre o que torna um indiv’-
duo criminoso j‡ compete ˆ sociolo-
gia. Ou ˆ literatura. Seja principal-
mente jornalista, nestes casos.
P—lipo.Com acento.
Polir.Conjuga‹o.Pres. ind.: Pulo,
pules, pule, polimos, polis, pulem.
Pres. subj.: Pula, pulas, pula, pula-
mos, pulais, pulam. Imper. afirm.:
Pule, pula, pulamos, poli, pulam. Os
demais tempos s‹o regulares.
P—lo, p—los.Com acento no singular e
plural: P—lo Norte, P—lo Sul, os P—los
Norte e Sul, p—lo de desenvolvimen-
to, p—los de coloniza‹o.
Ponta-direita, ponta-esquerda.Com
h’fen, tanto para designar o jogador
como a posi‹o.
Ponto.1 Ñ Indica normalmente o tŽr-
mino de uma ora‹o:O ministro
disse que, para sair da crise, o Pa’s
precisava confiar mais nas institui-
›es.
2 Ñ Usa-se ainda o ponto nas abre-
viaturas (ˆ exce‹o daquelas que
fazem parte do sistema mŽtrico deci-
mal), mas n‹o nas siglas: dr., d., sŽcs.,
m, min, g, kg, PM, HC, ICMS, INSS.
3 Ñ Se a abreviatura vier no fim do
per’odo, coloca-se apenas um ponto (e
n‹o o ponto da abreviatura mais o
final): Havia ali c‹es, galinhas, gatos,
etc. / A empresa era a Irm‹os Almei-
da Ltda.
4 Ñ Use ponto (sem espao)nas
iniciais colocadas nos pŽs de matŽ-
rias: J.M., P.L.C.
5 Ñ O Estadon‹o admite ponto
nos t’tulos. Est‹o, pois, vetados exem-
plos como: Mais carne no mercado.
Para os preos n‹o subirem / O com-
puls—rio acabou. Mas a taxa‹o con-
tinua alta.
Ponto de. A locu‹o Ža ponto de(e n‹o
Òao ponto deÓ): Ficou assustado, a
ponto de perder a voz. / O MinistŽrio
esteve a ponto de cair. / Chegou a
ponto de perder a pacincia. N‹o faa
confus‹o com frases como:Voltou ao
ponto de partida. / A ‡gua n‹o havia
chegado ao ponto de ebuli‹o.
Ponto de exclama‹o.Tem valor emi-
nentemente liter‡rio; no jornal s—
deve ser usado em casos muito espe-
ciais e quando se quiser dar muita n-
fase a uma declara‹o ou enunciado.
Ponto de interroga‹o.1 Ñ Introduz ha-
bitualmente uma pergunta, mesmo
que ela possa n‹o exigir resposta:
Quem est‡ a’?/ O que ser‡ que eles
querem?/ Quem tem medo de Virgi-
nia Woolf?
2 Ñ S— pode ser usado nos t’tulos
em casos muito especiais (ou em ar-
tigos, eventualmente).
Ponto de vista.Sem h’fen.
Ponto-e-v’rgula.ƒ um sinal intermedi‡-
rio entre o ponto e a v’rgula. Seus
principais usos jornal’sticos s‹o:
1 Ñ Separa partes de um per’odo
em que j‡ exista v’rgula: Formou-se
engenheiro; o irm‹o, advogado. / De-
pois, chamou o filho, que acabava de
chegar; a m‹e s— observava.
2 Ñ Separa ora›es iniciadas por
conjun›es ou advŽrbios que indi-
quem restri‹o ou conclus‹o quando
se quer ressaltar este sentido: Os sol-
dados dormiam; ent‹o, os traficantes
atacaram. / AtŽ agora, s— hip—teses;
mas as pesquisas avanam. / Chegou
225P—lipo Ponto-e-v’rgula

atrasado ˆ sala; por isso, perdeu a me-
lhor parte da conversa.
3 Ñ Separa os diferentes itens de
documentos, leis, enumera›es, por-
tarias, regulamentos, decretos, etc.:
Consideram-se sujeitos ˆ taxa‹o: a)
perfumes, cosmŽticos e produtos de
toucador; b)bebidas fermentadas ou
destiladas; c)artigos eletroeletr™ni-
cos; d)j—ias e casacos de pele.
Pontos cardeais.1Ñ Os pontos cardeais,
quando indicam as grandes regi›es
do mundo ou do Brasil, tm inicial
maiœscula: o Sul, o Nordeste, o Su-
deste, Oriente MŽdio, Ocidente, o
Leste.2 Ñ No caso das regi›es brasi-
leiras, use as formas Sul ou Regi‹o
Sul, mas n‹oregi‹o Sul. Proceda da
mesma forma com Norte e Regi‹o
Norte, Nordeste, etc. 3 Ñ A inicial Ž
minœscula, no entanto, se o ponto
cardeal define dire‹oou limite geo-
gr‡fico: o nordeste de Goi‡s, o norte
de S‹o Paulo, o sudeste da Europa, o
norte do Ir‹, o sudoeste dos EUA, o
leste da Espanha.Igualmente: Percor-
reu o pa’s de sul a norte. / O metr™
avana no rumo sul. / A cidade fica
no leste da Frana. / O furac‹o cau-
sou estragos no oeste das Antilhas. 4
Ñ Nos adjetivos (referentes aos pon-
tos cardeais)que acompanham o
nome de partes do mundo, regi›es ou
pa’ses, use a inicial maiœscula: AmŽ-
rica Central, Europa Ocidental,
çfrica Oriental, AmŽrica Setentrio-
nal, çsia Central, Leste Europeu, Bra-
sil Meridional, Cone Sul, Velho
Oeste, etc.
P™r. 1 Ñ P™r, verbo, tem acento: p™r o
pŽ na rua, p™r o nome na lista. 2 Ñ O
mesmo, porŽm, n‹o ocorre com os de-
rivados: impor, depor, compor, expor.
3 Ñ Quanto ˆ diferena entre p™r e
colocar, ver colocar, p‡gina 70.
P™r (conjuga‹o). Pres. ind.: Ponho,
p›es, p›e, pomos, pondes, p›em. Imp.
ind.: Punha, punhas, punha, pœnha-
mos, pœnheis, punham. Pret. perf.
ind.: Pus, puseste, p™s, pusemos, pu-
sestes, puseram. M.-q.-perf. ind.: Pu-
sera, puseras, pusera, pusŽramos, pu-
sŽreis, puseram. Fut. pres.: Porei,
por‡s, por‡, poremos, poreis, por‹o.
Fut. pret.: Poria, porias, poria, por’a-
mos, por’eis, poriam. Pres. subj.:
Ponha, ponhas, ponha, ponhamos, po-
nhais, ponham. Imp. subj.: Pusesse,
pusesses, pusesse, pusŽssemos, pusŽs-
seis, pusessem. Fut. subj.: Puser, pu-
seres, puser, pusermos, puserdes, pu-
serem. Imper. afirm.: P›e tu, ponha
voc, ponhamos n—s, ponde v—s, po-
nham vocs. Imper. neg.: N‹o ponhas
tu, n‹o ponha voc, n‹o ponhamos
n—s, n‹o ponhais v—s, n‹o ponham
vocs. Infin.: P™r. Flexionado: P™r,
pores, p™r, pormos, pordes, porem.
Ger.: Pondo. Part.: Posto.
P™r (derivados).Aten‹o para alguns
tempos: Pret. perf. ind.: Op™s, opuse-
ram; comp™s, compuseram; sobrep™s,
sobrepuseram; dep™s, depuseram.
Imp. subj.: Opusesse, compusesse,
sobrepusesse, depusesse. Fut. subj.:
Se ele opuser, compuser, sobrepuser,
depuser. Nunca, pois, Òse ele oporÓ,
ÒcomporÓ, ÒsobreporÓ, ÒdeporÓ, etc.
Seguem o mesmo modelo todos os de-
rivados de p™r.
ÒPor cadaÓ.Cac—fato evit‡vel: por cada
pessoa (por pessoa), por cada ano de
trabalho (por ano de trabalho), etc.
ÒPor causa queÓ.Italianismo. Use por-
que ou por causa de.
Porcentagem.
1 Ñ Uso
a)Use porcentagem, e n‹o percen-
tagem, e porcentual, em vez de per-
centual.
b)Adote sempre o nœmero e o sinal
equivalente, 5%, 10%, 45%, 280% Ñ
e n‹o a forma por extenso, cinco por
cento (a n‹o ser em in’cio de frase), ou
a mista, 45 por cento.
c)Se houver mais de um nœmero
na frase, coloque o sinal de porcenta-
gem em todos eles: A gasolina deve
subir de 2% a 3% quinta-feira. /
Taxas devem baixar de 40% para
226Pontos cardeais Porcentagem

28%. / A al’quota do imposto passa-
r‡ de 12% para 15% ou 18%.
2 ÑConcord‰ncia
a)O verbo concorda com o que for
expresso pela porcentagem: S— 10%
da produ‹o de trigo foi salva. / Oi-
tenta por cento da imprensa brasilei-
ra noticiou o fato. / Segundo a Fiesp,
50% das indœstrias brasileiras est‹o
obsoletas. / Mais de 30% das pessoas
foram atingidas pela doena.
Observa‹o.Com 1%, faa a con-
cord‰ncia no singular: Apenas 1%
dos alunos faltou ao exame / Mais de
1% das pessoas foi atingido pela
doena.
b)Se se particularizar a porcenta-
gem, a concord‰ncia mudar‡: Esses
20% da popula‹o morreram (e n‹o
ÒmorreuÓ). / Os restantes 30% de au-
mento ser‹o pagos dois meses depois
(e n‹o Òser‡ pagoÓ).
c)Se o verbo vier antes do nœmero
da porcentagem, a concord‰ncia se
far‡ com o nœmero: Est‡ perdido 1%
da colheita. / Est‹o perdidos 10% da
colheita.
d)Se o nome vier antes do nœme-
ro que exprime a porcentagem, a con-
cord‰ncia se far‡ com o nœmero: Dos
alunos, 10% faltaram ˆs aulas. / Da
safra de soja, 30% est‹o perdidos. /
Dos livros enviados, apenas 1% se
perdeu.
3 Ñ C‡lculo
Para calcular uma porcentagem,
siga os exemplos abaixo. Eles se adap-
tam a quase todos os casos que apare-
cem com maior freqŸncia no noti-
ci‡rio. Nas situa›es mais complexas,
n‹o se arrisque: procure a ajuda de
quem tenha maior experincia nesse
tipo de c‡lculo.
a) Um produto custa R$ 700,00.
Seu preo aumenta para R$ 960,00.
Qual foi a eleva‹o, porcentualmen-
te?
Faa a subtra‹o: valor novo menos
valor antigo (960 - 700 = 260).
Multiplique o resultado por 100
(260 x 100 = 26.000).A seguir, divida
o produto pelo valor antigo para obter
a taxa da porcentagem: 26.000 Ö700
= 37,14%.
b) Uma certa quantidade de soja
vale, no exterior, 1.250 d—lares. O
preo cai para 1.120 d—lares. Qual foi
a queda porcentual?
Faa a subtra‹o: valor antigo
menos valor novo (1.250 - 1.120 =
130). Multiplique o resultado por 100
(130 x 100 = 13.000).Dividindo o pro-
duto pelo valor antigo, voc obter‡ a
taxa da porcentagem: (13.000 Ö1.250
= 10,4%).
c) Um produto custa 350 reais. Seu
preo sobe 25%. Qual o novo valor?
Forma 1.Multiplique o valor (350)
pela taxa da porcentagem (25)e divi-
da tudo por 100. Assim, 350 x 25 =
8.750.Divida o produto por 100, ou
seja, 8.750 Ö100 = 87,5.Adicione o re-
sultado ao valor inicial para obter o
novo valor: 350 + 87,5 = 437,5.
Forma 2.Some 1 com a taxa da por-
centagem (precedida de 0,...). Assim:
1 + 0,25 = 1,25.Multiplique esse fator
pelo valor inicial para obter o novo di-
retamente: 350 x 1,25 = 437,5.
Se a taxa da porcentagem for de um
d’gito, some 1 com a porcentagem
precedida de 0,0... Suponha que no
caso acima a taxa seja de 7%. Assim:
1 + 0,07 = 1,07.Multiplique 1,07 pelo
valor inicial, 350: 1,07 x 350 = 374,5.
Se a taxa da porcentagem for de 0,7,
por exemplo, some 1 com 0,007.
Assim: 1 + 0,007 = 1,007.Multiplique
1,007 pelo valor inicial: 1,007 x 350 =
352,45.
d) Um produto custa 350 reais.
Seu preo cai 25%. Qual o novo
valor?
Forma 1.Multiplique o valor (350)
pela taxa da porcentagem (25)e divi-
da tudo por 100. Assim: 350 x 25 =
8.750.Divida o resultado por 100:
8.750 Ö100 = 87,5.Como o valor caiu,
diminua 87,5 de 350, ou seja, 350 -
87,5 = 262,5.
227Porcentagem Porcentagem

Forma 2.Como o valor caiu, sub-
traia a taxa da porcentagem de 1.
Assim: 1 - 0,25 = 0,75.Multiplicando
o valor do produto por esse ’ndice,
voc obter‡ o resultado diretamente:
0,75 x 350 = 262,50.
Se a taxa da porcentagem tiver ape-
nas umd’gito (7%, por exemplo), sub-
traia 0,07. Assim: 1 - 0,07 = 0,93.Por-
tanto: 350 x 0,93 = 325,5.
4 Ñ Observa›es
a)Pontos porcentuais. N‹o con-
funda aumentos ou diminui›es por-
centuais com o nœmero de pontos
porcentuais. Assim, se um produto
custa 120 e aumenta para 126,ele
subiu 5%. Mas, se a infla‹o num ms
Ž de 10%e passa a 12%no ms se-
guinte, houve um aumento de 2 pon-
tos porcentuais na infla‹o, e n‹o de
2%.
b)Base Ž 100. Cuidado tambŽm
para n‹o confundir aumentos em por-
centagens com o nœmero que repre-
senta esses aumentos. Por exemplo:
uma pessoa cujo sal‡rio Ž 100e passa
para 300teve um aumento de 200%
(e n‹o de 300%, como se poderia
supor, uma vez que o sal‡rio foi tripli-
cado). Basta recordar que, quando um
nœmero dobra de valor, ele aumenta
apenas 100%.
c)Soma de porcentagens. Para
somar porcentagens, deve-se multi-
plic‡-las, com a inclus‹o prŽvia da
base de referncia. Por exemplo, para
somar a infla‹o de dois meses (10%
e 12%, digamos), multiplica-se 1,10 x
1,12 = 1,2320(e n‹o 22%). O resulta-
do deve ser lido como 23,2%.Para
subtrair porcentagens, recorre-se, in-
versamente, ˆ divis‹o.
P™r-do-sol. Plural: pores-do-sol.
PorŽm.N‹o inicia ora‹o e, por isso,
deve aparecer no interior dela: A em-
presa participou da concorrncia. Sua
idoneidade, porŽm, foi posta em dœ-
vida(e n‹o: A empresa participou da
concorrncia. PorŽm, sua idoneidade
foi posta em dœvida).
P™r em xeque.Forma correta, e nunca
p™r em ÒchequeÓ.
Por hora, por ora. Por horaÑ por 60 mi-
nutos: Passaram pelo ped‡gio 5 mil
carros por hora.Por oraÑ por en-
quanto, por agora: O governo n‹o pre-
tende, por ora, revogar a decis‹o. / O
empres‡rio acha que por ora nada
mudar‡.
Por isso, por isto.Duas palavras (e nun-
ca ÒporissoÓ ou ÒporistoÓ): O ministro
foi operado; por isso, n‹o vai traba-
lhar esta semana. / N‹o me abalo por
isto.
Porn™. Plural: porn™s (filmes porn™s).
Por o.Evite juntar a preposi‹o por e os
obl’quos o, a, os, as. Assim, use: Por
desempenh‡-lo mal, perdeu o cargo (e
n‹o por o desempenhar). / Por leva-
rem-nas sem cuidado, deixaram as
aves escapar(e n‹o por as levarem).
Por ora.Ver por hora, por ora, nesta p‡-
gina.
Porque com pronome.O porqueatrai o
pronome localizado na mesma ora-
‹o: Tudo lhe aconteceu porque se re-
cusou a admitir o erro. / Chegou cedo
porque os amigos lhe pediram.
Por que, por qu, porque, porqu.
1 Ñ Usa-se por que
a)Nas perguntas:Por que voc de-
morou?/ Por que os pa’ses vivem em
guerra?/ Por que sinais o reconhece-
ram?
b)Sempre que estiverem expressas
ou subentendidas as palavras raz‹oe
motivo: N‹o sei por que raz‹o ele fal-
tou. / NinguŽm sabe por que motivo
ele deixou o emprego. / A Pol™nia ex-
plicou por que (motivo)havia vetado
a visita de Kennedy. / Eis por que
(raz‹o)o tr‰nsito est‡ congestionado.
Observa‹o. ƒ essa a forma que figu-
ra em t’tulos como: Por que(motivo)
o governo mudou a economia / Veja
por que (raz‹o)seu dinheiro est‡ va-
lendo menos / Por que admirar o Hal-
ley / Por que construir Bras’lia.
c)Quando essa forma puder ser
substitu’da por para que ou pelo
qual, pela qual, pelos quais e pelas
228P™r-do-sol Por que, por qu, ...

quais: Todos lutamos por que(para
que)haja maior justia social. / Esta-
vam ansiosos por que (para que)ela
voltasse. / Este Ž o caminho por que
(pelo qual)seguiu. / Mataram a cobra
por que(pela qual)a criana fora pi-
cada. / Eram os nomes de solteiras
por que (pelos quais)as amigas sem-
pre as haviam chamado.
2 ÑUsa-se por qu
Quando, nos casos previstos na
quest‹o anterior, encerra a frase:As
torcidas nunca aceitam o resultado
adverso. Por qu?/ Estava triste sem
saber por qu. / O diretor nos adver-
tiu e perguntamos por qu (raz‹o nos
advertiu). / Muitos protestaram, mas
n‹o havia por qu(motivo protes-
tar)./ Vocs brigaram, meu Deus, por
qu?
3 ÑUsa-se porque
Quando equivale a pois, porquan-
to, uma vez que, pelo fato ou motivo
de que: N‹o viajei porque perdi o
avi‹o. / Chegue cedo porque o est‡-
dio hoje vai ficar lotado. / O espet‡-
culo foi cancelado porque n‹o havia
teatro dispon’vel.Observa‹o.ƒ
tambŽm essa a forma que aparece nas
ora›es em que se pergunta algo pro-
pondo uma resposta: Voc n‹o foi por-
que choveu?/ Vamos reduzir o nœme-
ro de p‡ginas da revista porque o
papel est‡ escasso?
4 ÑUsa-se porqu
Quando, como substantivo, substi-
tui as palavras motivo, causa, raz‹o,
perguntaou indaga‹o: N‹o sei o
porqu da sua recusa. / O diretor n‹o
quis explicar os porqus da decis‹o. /
Havia muitos porqus para poucas
respostas. / ƒ uma criana cheia de
porqus.
Por si s—. Ver s—, s—s (por si), p‡gina 272.
ÒPor sorteÓ.Nunca use essa forma no
notici‡rio, em frases como: Por sorte,
ninguŽm morreu no acidente. O texto
informativo deve ser neutro e n‹o ex-
pressar desejos. Se for o caso, faa a
ressalva: Embora o carro tenha fica-
do totalmente destru’do, ninguŽm
morreu no acidente.
Portenho. N‹o Ž sin™nimo de argentino:
designa apenas o natural de Buenos
Aires.
Porventura.Equivale a acaso e escreve-
se numa œnica palavra: Se porventura
voc viajar ainda hoje, n‹o deixe de
me avisar. / Porventura voc viu o
livro por a’?
P—s.1 Ñ Como prefixo, Ž normalmen-
te seguido de h’fen: p—s-b’blico, p—s-
datado, p—s-diluviano, p—s-eleitoral,
p—s-operat—rio, p—s-romano, p—s-so-
cr‡tico.Exce›es: poscef‡lico, posf‡-
cio, poslœdio, pospasto, posponto,
pospor, post™nico.
2 Ñ Na forma‹o de palavras, use
sempre p—se n‹o ÒpostÓ, que s— tem
sentido em locu›es latinas como
post-meridiem e post-mortem.
Posar, pousar.1 Ñ Semusempre que
significar servir de modelo, apresen-
tar-se como: Posou para o fot—grafo. /
Sempre posa de democrata.2 Ñ Pou-
sar, entre outros, tem o sentido de co-
locar em, descansar, passar a noite,
descer: A moa pousou a x’cara na
mesa. / A tropa andou dois dias sem
pousar. / Os viajantes pousaram no
rancho. / A ave pousou no galho. / O
avi‹o pousou sem problemas.
Poss’vel.1 Ñ Com o mais, o menos, o
maior, o menor, o melhor e o pior,
poss’vel fica invari‡vel: Os resulta-
dos s‹o o mais promissores poss’vel. /
Os resultados s‹o o mais poss’vel
promissores. / Os resultados s‹o pro-
missores o mais poss’vel.(Das trs
formas, a primeira Ž mais usual.)/ O
jornal atingiu o maior nœmero de p‡-
ginas poss’vel. / Elas viviam no me-
lhor dos mundos poss’vel.2 Ñ O ar-
tigo no plural leva o adjetivo para o
plural:Os resultados foram os piores
poss’veis. / Os resultados foram os
menos brilhantes poss’veis. / Aque-
las eram as mais belas mœsicas pos-
s’veis. / Os alunos obtiveram as me-
nores notas poss’veis.3 Ñ Antes de
partic’pio, use mais bem e mais mal
229Por si s— Poss’vel

no singular: Eram pessoas o mais
bem-educadas poss’vel. / Eram obje-
tos o mais malfeitos poss’vel.4 Ñ A
express‹o quanto poss’veln‹o varia:
Os resultados eram quanto poss’vel
promissores.
Poss’vel, prov‡vel.Genericamente a
equivalncia seria:poss’vel= que
podeacontecer ou ser praticado; pro-
v‡vel= que deveacontecer, que apre-
senta probabilidade, que d‡ idŽia de
verossimilhana. Assim: ƒ poss’vel
que ele v‡ ao almoo, mas n‹o pro-
v‡vel(v-se que existe uma grada‹o
de viabilidade ou expectativa). Da
mesma forma: ƒ poss’vel, mas n‹o
prov‡vel, que um time pequeno
vena um grande fora de casa. / Um
grande terremoto Ž poss’vel, mas n‹o
prov‡vel no Brasil. Imposs’vele im-
prov‡velseguem a mesma norma.
Possuir. 1 Ñ Possuir, corretamente,
equivale a estar na posse de, ter a pro-
priedade de, poder dispor de, desem-
penhar, desfrutar: X possui uma bela
casa. / Y possui muita saœde. / Z pos-
sui alto cargo no governo.2 Ñ S‹o er-
radas, e devem ser substitu’das por ter
ou equivalente, constru›es como:
NinguŽm ÒpossuiÓdireito adquirido
ˆ reelei‹o. / O mŽdico Òpossu’aÓ
uma carreira de sucessos. / Varejo
ÒpossuiÓ3 milh›es de carns em
atraso. / Alguns pacientes ÒpossuemÓ
testes falsamente positivos. / O assal-
tante Òpossu’aÓdiversas passagens
pela pol’cia. / Fulano ÒpossuiÓuma
filha. / Os estabelecimentos Òpos-
su’amÓliminares favor‡veis./ O
filho n‹o Òpossu’aÓdi‡logo com os
pais.
ÒPosteciparÓ.Nunca use. A palavra n‹o
existe.
Posteriori (a). Significa depois da expe-
rincia, pelos efeitos, com apoio nos
fatos: A rea‹o qu’mica foi compro-
vada a posteriori (pelos efeitos). /
Tomou a decis‹o a posteriori(com
apoio nos fatos). A locu‹o n‹o equi-
vale a depois, posteriormente. Assim,
s‹o erradas frases como: Apresentarei
os documentos a ÒposterioriÓ.
Posto-chave. Plural: postos-chave.
Postura. 1 Ñ Prefira posi‹o ou atitude.
Postura, s— em œltimo caso ou para
definir a posi‹o do corpo. 2 Ñ ƒ er-
rado usar posturaem frases como: O
tŽcnico criticou a ÒposturaÓdos vo-
lantes em campo. Postura n‹o equi-
vale a coloca‹o, a palavra correta
nesse caso.
Pouco. Ver Ž muito, Ž pouco, p‡gina 105.
Poucos de.Concord‰ncia.Ver algum
(alguns) de, p‡gina 35.
Pousar.Ver posar, pousar, p‡gina 229.
Pra.1 Ñ Sem acento, tanto para desig-
nar paracomo para a. 2 Ñ Na repro-
du‹o de frases populares, use prae
n‹o para: Pra chuchu. / Pra burro. /
Pernas, pra que te quero.Nos demais
casos, para: Para a frente. / Para
tr‡s. / Chegou para ficar.
Praa.1 Ñ No masculino para designar
soldado: opraa (da’ a origem do di-
minutivo pracinha). Nos demais sen-
tidos, a palavra Ž feminina. 2 Ñ Como
lugar pœblico, tem inicial maiœscula:
Praa da Liberdade.
Praia Grande.Sem artigo: prefeitura de
Praia Grande, emPraia Grande.
ÒPraticarÓ.Fuja ao modismo e ˆ impro-
priedade: n‹o se ÒpraticamÓjuros,
taxas, preos ou al’quotas, que podem,
isso sim, ser cobrados, estabelecidos,
fixados ou determinados.
Prazer (verbo).Conjuga‹o.Em geral, Ž
usado apenas nas terceiras pessoas.
Pres. ind.: Praz, prazem. Imp. ind.:
Prazia. Pret. perf. ind.: Prouve. M.-q.-
perf. ind.: Prouvera. Fut. ind.: Praze-
r‡, prazer‹o. Fut. pret.: Prazeria. Pres.
subj.: Praza. Imp. subj.: Prouvesse.
Fut. subj.: Prouver. Ger.: Prazendo.
Part.: Prazido.
Prazeroso.Sem i(a palavra relaciona-se
com prazer). Da mesma forma, praze-
rosamente.
230Poss’vel, prov‡vel Prazeroso

231
PrŽ...Em geral exige h’fen, especial-
mente quando a pronœncia aberta se
torna caracterizada:prŽ-ajustar, prŽ-
carnavalesco, prŽ-datado, prŽ-dilu-
viano, prŽ-escolar, prŽ-encolhido,
prŽ-hist—ria, prŽ-jur’dico, prŽ-molda-
do, prŽ-natal, prŽ-operat—rio, prŽ-pri-
m‡rio, prŽ-romano, prŽ-santificado,
prŽ-universit‡rio, prŽ-vestibular.Al-
gumas exce›es: prealegar (ou prŽ-
alegar), preanunciar, preconcebido,
precondi‹o, predefini‹o, predeter-
minado, predisposi‹o, predizer,
preestabelecer, preexistncia, prefi-
gura‹o, prefrontal, prejulgar, preor-
dena‹o, previgorante.
Precar’ssimo.Um is—.
Precaver.a)Conjuga‹o.S— tem a 1» e
a 2» pessoa do plural do pres. ind.e
n‹o tem o pres. subj. Pres. ind.: Pre-
cavemos, precaveis. Imp. ind.: Preca-
via, precavias, etc. Pret. perf. ind.:
Precavi, precaveste, precaveu, preca-
vemos, precavestes, precaveram.
Pres. subj.: N‹o tem. Imp. subj.: Pre-
cavesse, precavesses, etc. Fut. subj.:
Se eu precaver, se tu precaveres.
Imper. afirm.: Precavei (œnica pes-
soa). Part.: Precavido. b)NÌO EXIS-
TEM as formas ÒprecavejoÓ, Òpreca-
vsÓ, ÒprecavŽmÓ, ÒprecavenhoÓ, Òpre-
cavenhaÓ, ÒprecavejaÓ,etc., que
devem ser substitu’das por previno,
prevines, previna e previnas ou pelas
formas equivalentes do verbo acaute-
lar-se. c)O verbo hoje Ž usado quase
que exclusivamente como pronomi-
nal (precaver-se).
Preceder.Prefira a regncia direta, pre-
ceder alguŽm ou alguma coisa: Geisel
precedeu Figueiredo no governo. / A
letra daquela mœsica precedeu a me-
lodia.
ÒPrecisa fazer, sairÓ.ƒ errado dizer:
ÒPrecisaÓfazer a limpeza, ÒprecisaÓ
sair logo, ÒprecisaÓcomprar o disco,
ÒprecisaÓser muito homem para fazer
isso. Use, em vez de precisa, Ž preci-
so, Ž necess‡rio, deve-se, precisa-se ou
equivalente.
Precis‹o.1 Ñ O Estadoconsidera sua
obriga‹o publicar apenas not’cias
corretas e precisas; por isso, espera de
seus rep—rteres o m‡ximo de esforo,
empenho e exatid‹o na apura‹o dos
fatos, na divulga‹o de declara›es e
na descri‹o dos acontecimentos.
Troque idŽias, sempre que necess‡rio.
N‹o aceite como pac’fica ou definiti-
va a primeira e œnica informa‹o que
receber. Discuta, pondere, duvide.
Oua sempre o maior nœmero de pes-
soas e d o desconto devido quando os
dados lhe forem fornecidos por fontes
ligadas a um dos lados. Se voc tem
de descrever algo que n‹o viu, colha
o m‡ximo de depoimentos, reconsti-
tua o fato com a maior precis‹o pos-
s’vel e n‹o transmita ao leitor uma
vers‹o falha ou incompleta: sempre Ž
tempo de incluir um elemento a mais
na not’cia. Se voc esteve presente ao
acontecimento, n‹o hesite, da mesma
forma, em fazer perguntas a pessoas
que considere id™neas: elas sempre
poder‹o enriquecer a sua matŽria com
detalhes que lhe podem ter passado
despercebidos.
2 Ñ A precis‹o exige que voc en-
tenda tudo o que vai transmitir ao lei-
tor. Especialmente nas entrevistas,
evite deixar algum ponto obscuro.
Procure tornar as declara›es inteli-
g’veis e evite o procedimento c™mo-
do de simplesmente colocar entre
aspas aquilo que voc n‹o entendeu
(e o leitor tambŽm n‹o compreende-
r‡, com toda a certeza).
3 Ñ Para garantir a precis‹o dos
textos, verifique sempre com aten-
‹o: o nome correto das pessoas e a
forma de escrev-los; nomes de ruas
e avenidas; endereos; nœmeros; ho-
r‡rios; datas; c‡lculo do nœmero de
pessoas presentes a um local; rela›es
de nomes (se a not’cia diz, por exem-
plo, que havia oito pessoas presentes
e lhes d‡ os nomes, veja se a rela‹o
tem realmente oito pessoas e n‹o sete
ou nove), etc.
PrŽ... Precis‹o

4 Ñ Aos redatores recomenda-se
todo o cuidado na refundi‹o das ma-
tŽrias, com dois objetivos principais:
a)eliminar algum poss’vel erro que
tenha escapado do rep—rter (nœmeros
exagerados, rela›es incompletas,
etc.); b)n‹o cometer enganos na
transposi‹o das informa›es (atri-
buir declara›es de umas pessoas a
outras, alterar nœmeros ou nomes,
mudar o local do fato, etc.).
5 Ñ Ver tambŽm corre‹o (no ver-
bete Žtica interna), p‡gina 120, e
erros, p‡gina 112.
Precisar.Regncia.1 Ñ Precisar alguma
coisa (indicar com precis‹o, parti-
cularizar): N‹o soube precisar o dia
da partida. / Ele precisou suas neces-
sidades.2 Ñ No sentido de ter neces-
sidade, prefira a regncia indireta do
verbo: O pa’s precisa de novos empre-
gos. / Todos precisamos de est’mulo
no trabalho. / Precisa-se de emprega-
dos. / Este Ž o livro de que ele preci-
sa. / Era tudo de que precisava.Com
infinitivo, porŽm, dispense a preposi-
‹o: Precisamos sair. / A empresa pre-
cisa contratar novos empregados. /
Eles precisam ir embora ainda hoje.
Precisa-se de.Na passiva pessoal, use a
forma correta: Precisa-se de rep—rte-
res. Nunca,Òprecisam-seÓde rep—r-
teres (quando uma preposi‹o se
segue ao verbo, na passiva pessoal,
este permanece invari‡vel).
Preciso. Ver Ž preciso, p‡gina 111.
Preo, preos.De preferncia, use o sin-
gular: Sobe o preo dos autom—veis. /
O governo autoriza o aumento do
preo dos eletrodomŽsticos.Reserve
preosaos casos em que se trate de
diversos artigos: A tabela da empre-
sa inclui novos preos. / O governo li-
bera os preos novamente.
Prefeitos de S‹o Paulo. Ant™nio Prado,
de 7/1/1889 a 15/1/1911; Raimundo
Duprat, de 16/1/1911 a 14/1/1914;
Washington Lu’s, de 15/1/1914 a
15/8/1919; Rocha Azevedo, de
16/8/1919 a 15/1/1920; Firmiano
Pinto, de 16/1/1920 a 15/1/1926;
Pires do Rio, de 16/1/1926 a
23/10/1930; Cardoso de Melo Neto,
de 24/10/1930 a 5/12/1930, Anhaia
Melo, de 6/12/1930 a 25/7/1931;
Francisco Machado de Campos, de
26/7/1931 a 13/11/1931; Anhaia
Melo, de 14/11/1931 a 4/12/1931;
Henrique Jorge Guedes , de
5/12/1931 a 23/5/1932; Gofredo da
Silva Teles, de 24/5/1932 a 2/10/1932;
Artur Sab—ia, de 3/10/1932 a
28/12/1932; Teodoro Ramos, de
29/12/1932 a 1/4/1933; Artur Sab—ia,
de 2/4/1933 a 22/5/1933; Osvaldo
Gomes da Costa, de 23/5/1933 a
30/7/1933; Carlos dos Santos Gomes,
de 31/7/1933 a 21/8/1933; Ant™nio
Carlos Assun‹o, de 22/8/1933 a
6/9/1934; F‡bio Prado, de 7/9/1934 a
31/1/1938;Paulo Barbosa de Cam-
pos Filho, de 1/2/1938 a 15/2/1938;
F‡bio Prado, de 16/2/1938 a
30/4/1938; Prestes Maia, de 1/5/1938
a 10/11/1945; Abra‹o Ribeiro, de
11/11/1945 a 14/3/1947; Cristiano
Stockler das Neves, de 15/3/1947 a
28/8/1947; Paulo Lauro , de
29/8/1947 a 25/8/1948; M’lton Im-
prota, de 26/8/1948 a 3/1/1949; As-
drœbal da Cunha, de 14/1/1949 a
27/2/1950; Lineu Prestes, de
28/2/1950 a 31/1/1951; Armando de
Arruda Pereira, de 1/2/1951 a
7/4/1953; J‰nio Quadros, de 8/4/1953
a 6/7/1954; Porf’rio da Paz, de
7/7/1954 a 17/1/1955; J‰nio Qua-
dros, de 18/1/1955 a 5/2/1955; Wil-
liam Salem, de 6/2/1955 a 1/7/1955;
Lino de Mattos, de 2/7/1955 a
10/4/1956; Wladimir de Toledo Piza,
de 11/4/1956 a 7/4/1957; Ademar de
Barros, de 8/4/1957 a 9/1/1958; Can-
t’dio Sampaio, de 10/1/1958 a
6/2/1958; Ademar de Barros, de
7/2/1958 a 8/2/1961; Manuel Figuei-
redo Ferraz, de 9/2/1961 a 28/2/1961;
Ademar de Barros, de 1/3/1961 a
7/4/1961; Prestes Maia, de 8/4/1961
a 7/4/1965; Faria Lima, de 8/4/1965 a
232Precisar Prefeitos de S‹o Paulo

7/4/1969; Paulo Maluf, de 8/4/1969 a
7/4/1971;JosŽ Carlos Figueiredo Fer-
raz, de 8/4/1971 a 21/8/1973; Brasil
Vita, de 22/8/1973 a 27/8/1973;Mi-
guel Colasuonno, de 28/8/1973 a
16/8/1975;Olavo Setœbal, de
17/8/1975 a 15/7/1979; Reynaldo de
Barros, de 16/7/1979 a 13/5/1982;
Ant™nio Salim Curiati, de 13/5/1982
a 15/3/1983; Altino Lima, de
15/3/1983 a 10/5/1983; M‡rio Covas,
de 10/5/1983 a 1/1/1986; J‰nio Qua-
dros, de 1/1/1986 a 1/1/1989; Luiza
Erundina, 1/1/1989 a 1/1/1993; Paulo
Maluf, 1/1/1993 a 1/1/1997; Celso
Pitta, 1/1/1997.
Prefeitura.1 Ñ Inicial maiœscula: a
Prefeitura de S‹o Paulo, a Prefeitura
(referindo-se a S‹o Paulo, capital). Ini-
cial minœscula: a prefeitura do Rio, as
prefeituras de Santos e S‹o Vicente, a
prefeitura (qualquer outra que n‹o a
de S‹o Paulo). 2 Ñ Use apenas pre-
feitura e n‹o Òprefeitura municipalÓ.
Preferir.1 Ñ Constr—i-se com a prepo-
si‹o ae n‹o com a locu‹o do que:
Prefere a m‹e ao pai(e n‹oÒdo queÓ
o pai). / Os alunos preferiam jogar fu-
tebol a praticar atletismo. / ÒPrefiro
os que colocam bem as idŽias aos que
colocam bem os pronomesÓ(S’1vio
Romero). 2 Ñ TambŽm Ž errado usar
preferir com em vez de: O lateral pre-
fere jogar no Brasil Òem vez deÓ(o
certo: a)ir para a Espanha. 3 Ñ Como
preferirj‡ tem valor absoluto, s‹o
inadmiss’veis frases do tipo de: Prefi-
ro antes morrer a renunciar. / Os
times preferem mais atacantes a de-
fensores. / Preferia cem vezes brincar
a estudar.O ÒantesÓ, o ÒmaisÓe o
Òcem vezesÓest‹o sobrando nas fra-
ses. 4 Ñ Com prefer’vel,proceda da
mesma forma: Achou prefer’vel sair a
ficar. / ƒ prefer’vel lutar a morrer sem
gl—ria.5 Ñ O do quepode ser usado
com melhor: ƒ melhor um p‡ssaro na
m‹o do que dois voando. 6 Ñ Conju-
ga-se como servir(ver, p‡gina 266):
prefiro, preferes; que eu prefira; prefe-
re tu, preferi v—s; etc.
Prefixos.1 Ñ Os prefixos e demais
elementos de composi‹o usados no
lugar dos substantivos por eles ini-
ciados devem obedecer ˆs mesmas
normas de acentua‹o e flex‹o do
substantivo: O governo prepara
nova m‡xi. / MinistŽrio anuncia
m’nis peri—dicas. / Na moda, vol-
tam as m’dis (saias). / Muda a le-
gisla‹o das micros(microempre-
sas). / O Brasil fabricar‡ novos mi-
cros(microcomputadores).
2 Ñ Numa enumera‹o em que o
œltimo elemento seja constitu’do
de prefixo mais substantivo ou ad-
jetivo, n‹o flexione nem acentue os
prefixos: Maior apoio ˆs micro e mi-
niempresas. / Na moda, convivem
a mini, a midi e a maxissaia. / Os
tecnocratas abusam das maxi,
midi e minidesvaloriza›es. / O
ministro tratou de problemas
macro e microecon™micos.
3 Ñ Os prefixos e os demais ele-
mentos de composi‹o que se ligam
com ou sem h’fen ao elemento se-
guinte na forma‹o de palavras
foram inclu’dos neste cap’tulo um
a um, como verbetes isolados (anti,
infra, super, etc.).No verbete h’fen,
p‡gina 139, pode ainda ser encontra-
da uma lista de elementos de com-
posi‹o que se ligam sem h’fen ao
termo seguinte.
Prefixos mais nomes pr—prios.Use
h’fen sempre que um prefixo se ligar
a nome pr—prio: anti-Brasil, anti-
Maluf, anti-EUA, anti-Rœssia, anti-
HIV, extra-ONU, super-Mar’lia,
hiper-Hitler, sub-Napole‹o, ex-Bea-
tle, etc.Exce‹o: Anticristo.
Pregresso. Significa anterior, passado,
e n‹o se relaciona necessariamente
com criminosos: Estudou a vida
pregressa do candidato, do deputa-
do, etc. / A hist—ria pregressa da
nossa gente.
Premiar.Verbo regular: premio, pre-
mias; premie, premiem; etc.
233Prefeitura ÒPremierÓ

ÒPremierÓ.Use apenas primeiro-minis-
tro (e n‹o ÒpremierÓou ÒpremiÓ).
Prmio.1 Ñ Com inicial maiœscula
antes do nome que qualifica: Prmio
Nobel, Prmio Eldorado de Mœsica,
Prmio Molire, Prmio Moinho San-
tista. 2 Ñ No plural, flexione apenas
a palavra prmio: Prmios Nobel, Pr-
mios Molire, Prmios Eldorado.
Prendido, preso.Use prendidocom ter
e haver e preso, com ser e estar: Tinha
(havia)prendido, foi (estava)preso.
Preposi‹o omitida.1 Ñ Antes de cer-
tos adjuntos de tempo, modo e lugar,
a preposi‹o freqŸentemente pode ser
omitida: Zezinho,(com o)tornozelo
enfaixado, Ž dœvida do Corinthians
domingo. / Maria,(com os)olhos
cheios de l‡grimas, retirou-se da
sala./ (Com o)RŽu ausente, testemu-
nha descreve suas atrocidades. / Che-
gar‹o(no)domingo. / Partir‹o (na)
tera-feira. / O filho, (de)cabea
baixa, ouvia a reprimenda.2 Ñ A pre-
posi‹o pode ainda ser omitida antes
do quenuma sŽrie de casos. Ver que
(com preposi‹o), p‡gina 244.
3 Ñ Com terminale marginal, n‹o
omita a preposi‹o: Terminal do
Tiet, Marginal do Pinheiros.4 Ñ
Apenas em casos muito especiais (t’-
tulos, selos ou olhos)a preposi‹o po-
der‡ ser omitida, em constru›es
como elei‹o-98, Copa-98, Mundial-
91, importa‹o-97, diretas-89, vesti-
bular-96, ’ndice Fipe.No texto, use
sempre elei‹o de 98, Copa de 98,
Mundial de 91, importa‹o de 97, di-
retas de 89, vestibular de 96, ’ndice
da Fipe.A forma reduzida d‡ ao texto
um estilo telegr‡fico, impr—prio para
jornal. 5 Ñ H‡ f—rmulas, porŽm, que
n‹o se admitem em nenhuma hip—te-
se, como passageiros Varig, pilotos F-
1, carros GM, etc.
Preposi‹o repetida.1 Ñ Falta de simul-
taneidade, descontinuidade ou natu-
reza diferente. Repete-se a preposi‹o
sempre que se tem uma a‹o ou qua-
lidade n‹o simult‰nea, descontinuada
ou de natureza diferente:Obra dedi-
cada aos poetas e aos romancistas
(eles s‹o ou poetas ou romancistas). /
Dirigiu-se aos filhos e aos netos. / Vive
ao mesmo tempo num apartamento
e numa casa. / As Foras Armadas
devem ser eficientes na terra, no ar e
no mar. / ƒ um ve’culo ‡gil no ar e no
solo. / Lutou contra o pai e contra o
filho(um por vez).
2 Ñ Simultaneidade, continuidade
ou mesma natureza. N‹o se repete a
preposi‹o: Obra dedicada aos poetas
e romancistas (poetas que s‹o roman-
cistas). / Lutou contra o pai e o filho
(os dois juntos). / Passou a p‹o e ‡gua.
/ Perfei‹o de forma e fundo. / Pano
de linho e algod‹o. / Filhos da agita-
‹o e desordem dos nossos dias.
3 Ñ As preposi›esae pordevem
ser repetidas quando se repete o arti-
go: Curvou-se aos desmandos e aos
abusos da ditadura (e n‹o: aos des-
mandos e os abusos). / Tornou-se fa-
moso pelas reportagens, pelos artigos
e pelas cr™nicas que escreveu(e n‹o
pelas reportagens, os artigos e as cr™-
nicas...).
4 Ñ Prefira, no caso 3, n‹o repetir
nem a preposi‹o nem o artigo (respei-
tadas as condi›es de 1 e 2): Curvou-
se aos desmandos e abusos da ditadu-
ra. / Tornou-se famoso pelas reporta-
gens, artigos e cr™nicas que escreveu.
/ Falou pelos presentes e ausentes.
5 ÑPossessivos.Se repetir o pos-
sessivo, repita a preposi‹o; se n‹o,
omita a preposi‹o e o possessivo na
segunda referncia: Falou dos seus de-
sejos e das suas aspira›es. / Falou dos
seus desejos e aspira›es(prefer’vel).
6 Ñ N‹o repitaa preposi‹o com
o aposto: Chegado da capital, S‹o
Paulo (e n‹o chegado da capital, ÒdeÓ
S‹o Paulo).
7 Ñ Com express‹o explicativaou
retificativa,repitaa preposi‹o: Veio
da capital, ou seja, de S‹o Paulo. /
Neste ano, ou melhor, no pr—ximo... /
Saiu com o pai, digo, com o tio. / Sua
234Prmio Preposi‹o repetida

desinibi‹o desagradou aos paren-
tes, especialmente ao pai (e n‹oespe-
cialmente o pai).
Presa.Presaequivale a v’tima e por isso
mantŽm-se invari‡vel em frases
como:Jo‹o, presa(e n‹o ÒpresoÓ)de
forte emo‹o, desmaiou. / O doente,
presa de depress‹o e temores... / O
marido foi presa de um acesso de
ciœme.
Prescri‹o, proscri‹o. 1 Ñ Prescri‹o
tem trs sentidos mais comuns: perda
da validade (prescri‹o da pena),
ordem, preceito, norma (O ministro
deu prescri›es severas para a assina-
tura do acordo)ou indica‹o exata
(prescri›es do mŽdico). 2 Ñ Proscri-
‹osignifica supress‹o, proibi‹o,
desterro: a proscri‹o dos testes nu-
cleares, a proscri‹o do Partido Co-
munista, a proscri‹o dos l’deres re-
volucion‡rios.Da mesma forma,
prescrever e proscrever ou prescrito
e proscrito.
Presena.Fica no singular em frases
como: A presena de Rom‡rio e S‡vio
na sele‹o brasileira... / A presena
do presidente, do governador e do
prefeito(e nunca Òas presenasÓ).
Presidncia.Com inicial maiœscula
apenas quando se tratar do cargo m‡-
ximo do Pa’s: Era candidato ˆ Presi-
dncia da Repœblica. / Disputar‡ a
Presidncia.Inicial minœscula para
outros cargos: Era candidato ˆ presi-
dncia do PFL, ˆ presidncia da co-
miss‹o, ˆ presidncia do S‹o Paulo,
ˆ presidncia do Congresso.
Presidente.Use presidente para homem
e mulher:o presidente da Repœblica,
a presidente da C‰mara dos Vereado-
res.
Presidentes da Repœblica. Deodoro da
Fonseca(Governo Provis—rio, de
15/11/1889 a 26/2/1891, e Governo
Republicano, de 26/2/1891 a
23/11/1891); Floriano Peixoto, de
23/11/1891 a 15/11/1894; Pruden-
te de Morais, de 15/11/1894 a
15/11/1898; Campos Sales, de
15/11/1898 a 15/11/1902; Rodrigues
Alves, de 15/11/1902 a 15/11/1906;
Afonso Pena, de 15/11/1906 a
14/6/1909; Nilo Peanha, de
14/6/1909 a 15/11/1910; Hermes da
Fonseca, de 15/11/1910 a 15/11/1914;
Venceslau Br‡s, de 15/11/1914 a
15/11/1918; Delfim Moreira, de
15/11/1918 a 28/7/1919; Epit‡cio
Pessoa, de 28/7/1919 a 15/11/1922;
Artur Bernardes, de 15/11/1922 a
15/11/1926; Washington Lu’s, de
15/11/1926 a 24/10/1930; Junta Go-
vernativa:general Mena Barreto,ge-
neral Tasso Fragoso e almirante
Isa’as de Noronha, de 24/10/1930 a
3/11/1930; Getœlio Vargas (Governo
Provis—rio, de 3/11/1930 a 20/7/1934,
Per’odo Constitucional, de 20/7/1934
a 10/11/1937, e Estado Novo, de
10/11/1937 a 29/10/1945); JosŽ Li-
nhares, de 29/10/1945 a 31/1/1946;
Eurico Gaspar Dutra, de 31/1/1946 a
31/1/1951; Getœlio Vargas, de
31/1/1951 a 24/8/1954; Jo‹o CafŽ
Filho, de 24/8/1954 a 9/11/1955; Car-
los Luz, de 9/11/1955 a 11/11/1955;
Nereu Ramos, de 11/11/1955 a
31/1/1956; Juscelino Kubitschek,de
31/1/1956 a 31/1/1961; J‰nio Qua-
dros, de 31/1/1961 a 25/8/1961; Ra-
nieri Mazzilli, de 25/8/1961 a
8/9/1961; Jo‹o Goulart(parlamenta-
rismo, de 8/9/1961 a 24/1/1963, e
presidencialismo, de 24/1/1963 a
1/4/1964); Ranieri Mazzilli,de
2/4/1964 a 15/4/1964; Castelo Bran-
co, de 15/4/1964 a 15/3/1967; Costa
e Silva, de 15/3/1967 a 31/8/1969;
Junta Militar:almirante Augusto
Rademaker,general Lyra Tavares e
brigadeiro M‡rcio de Souza e Mello,
de 31/8/1969 a 30/10/1969; Em’lio
Garrastazu MŽdici, de 30/10/1969 a
15/3/1974; Ernesto Geisel, de
15/3/1974 a 15/3/1979; Jo‹o Figuei-
redo, de 15/3/1979 a 15/3/1985; Tan-
credo Neves, 15/3/1985; JosŽ Sarney,
de 15/3/1985 a 15/3/1990; Fernando
Collor, 15/3/1990 a 29/12/1992; Ita-
235Presa Presidentes da Repœblica

mar Franco, 29/12/1992 a 1/1/1995;
Fernando Henrique Cardoso ,
1/1/1995.
Presidir.Prefira a forma direta (presidir
alguma coisa): Presidir a reuni‹o, pre-
sidir o governo, presidir o tribunal,
presidir os destinos do pa’s.
Pressentir.Conjuga-se como mentir
(ver, p‡gina 177).
ÒPrestigiamentoÓ.Em vez de usar a pa-
lavra, inexistente em portugus, ex-
plique o seu significado na matŽria.
Pretens‹o, pretensioso.Com s.
Preterir.Conjuga-se como aderir(ver,
p‡gina 32).
Prevenir.Regncia. 1 Ñ Pode-se preve-
nir alguŽm ou alguma coisa: Resolveu
preveni-lo. / A pol’cia queria preve-
nir desordens. / Preveniu os parentes.
2 Ñ Pode-se tambŽm prevenir alguŽm
deou contra: Preveniu o povo dos ris-
cos da decis‹o. / Preveniu os amigos
contra o c‹o.3 Ñ AlguŽm pode ainda
prevenir-se contra: Preveniu-se con-
tra os falsos amigos.4 Ñ Outra regn-
cia Ž prevenir, sem complemento:
Mais vale prevenir que remediar. / ƒ
hora de agir e n‹o de prevenir.5 Ñ
Conjuga-se como agredir(ver, p‡gina
34): previno, prevines, previne, preve-
nimos, prevenis, previnem; que eu
previna, previnas, previna, previna-
mos, previnais, previnam; previne tu,
previna, previnamos, preveni, previ-
nam; etc.
Prever.1 Ñ Quanto ao uso, ver esperar,
p‡gina 115. 2 Ñ Conjuga-se como ver
(ver, p‡gina 297).
Prima-dona.Com h’fen. Plural: prima-
donas.
Primeira-dama.Com h’fen. Plural: pri-
meiras-damas.
Primeiro. Na locu‹o o primeiro ... que,
o verbo concorda com o primeiro: Fui
o primeiro que saiu(e n‹o que sa’). /
Foi o primeiro convidado que che-
gou.O œltimo quee outras express›es
semelhantes seguem a mesma
norma.
Primeiro (dia).1 Ñ O primeiro dia de
cada ms deve ser sempre escrito no
ordinal: 1¼ de abril, 1¼ de maio.2 Ñ
Pode ir com inicial maiœscula e por
extenso caso se deseje dar nfase ˆ
data comemorativa: o Primeiro de Ja-
neiro (Dia da Confraterniza‹o Uni-
versal), o Primeiro de Maio(Dia do
Trabalho). 3 Ñ Apenas se a data for
escrita de forma abreviada, empregue
1:1/9/82.
Primeiro-ministro.1 Ñ Quando mu-
lher, primeira-ministra. 2 Ñ Plural:
primeiros-ministros e primeiras-mi-
nistras. 3 Ñ Em nenhuma hip—tese
use as formas Ò1¼-ministroÓou Ò1¼ mi-
nistroÓ.
Principiar.Antes de infinitivo, exige a:
Quis principiar a fazer a matŽria
logo.
Princ’pio. Veja a diferena entre as lo-
cu›es formadas pela palavra: 1 Ñ A
princ’pio significa no comeo: A
princ’pio, pensava em sair, mas arre-
pendeu-se e decidiu ficar em casa. 2
Ñ Em princ’pio equivale a em tese,
de modo geral: Todos, em princ’pio,
s‹o iguais perante a lei. / Em princ’-
pio, todos o estimavam. 3 Ñ Por prin-
c’pioquer dizer por convic‹o: Por
princ’pio, n‹o tolero pessoas racistas.
Prior.Feminino: prioresa (prefira)e
priora.
Priori (a). Equivale a antes da experin-
cia, pela causa ou pela natureza da
causa: Conclus‹o a priori (sem apoio
nos fatos)./ Teoria formulada a prio-
ri(antes da experincia). N‹o tem o
sentido de antes, anteriormente,
sendo, pois, incorretas constru›es
como:Fez o pagamento Òa prioriÓ.
Privada.Para evitar duplo sentido, use
o adjetivo sempre junto do substanti-
vo: a vida privada, a iniciativa priva-
da. Nunca em frases como: A vida pœ-
blica e a privada. / A iniciativa esta-
tal e a privada.
PrivilŽgio.E n‹o ÒprevilŽgioÓ.
236Presidir PrivilŽgio

Pr—.1 Ñ Com o sentido de a favor de,
liga-se com h’fen a um substantivo:
encontro pr—-prorroga‹o, campanha
pr—-Machado de Assis, cruzada pr—-
inf‰ncia, concentra‹o pr—-diretas,
apelo pr—-invasores.2 Ñ Como ele-
mento de composi‹o, deve ser segui-
do de h’fen: pr—-americano, pr—-bri-
t‰nico, pr—-homem, pr—-socialista,
pr—-soviŽtico.Exce›es: proc™nsul,
procriar, prot—rax, propor, pronome.3
Ñ Quando substantivo, tem singular
e plural: Pesou os pr—s e os contras.
Problema.Liga-se com h’fen a outro
substantivo: preso-problema, mulhe-
res-problema.
Procedncia.1 Ñ Os textos do servio
local n‹o ter‹o nenhuma indica‹o de
procedncia. Procure, porŽm, deixar
claro que se trata de not’cia oriunda
de S‹o Paulo ou de fato ocorrido na
capital do Estado.
2 Ñ As not’cias e reportagens das
sucursais, correspondentes e envia-
dos especiais ter‹o como indica‹o de
procedncia o nome da cidade de onde
se originem, em maiœsculas, mas n‹o
em negrito. A norma vale tanto para
os munic’pios do interior (nele inclu’-
das as cidades da Grande S‹o Paulo, ˆ
exce‹o da capital)como para os dos
Estados. Veja os exemplos:
SANTOS Ñ O cargueiro russo So-
laris chegou ontem...
GUARULHOS Ñ Um incndio
destruiu ontem ˆ noite...
BRASêLIA Ñ A C‰mara dos De-
putados aprovou, em segunda vota-
‹o...
3 Ñ Se uma sucursal ou correspon-
dente cobrir fato ocorrido em outra ci-
dade, a procedncia do notici‡rio ser‡
a da cidade que originou a not’cia e
n‹o a do munic’pio da sucursal ou
correspondente. Por exemplo, se
Campinas mandar not’cia de Paul’-
nia, use esta indica‹o:
PAULêNIA Ñ A Refinaria do Pla-
nalto...
4 Ñ Se a procedncia da matŽria for
a de uma cidade pouco conhecida, ex-
plique, no texto(e n‹o na procedn-
cia), onde a cidade se localiza (norte
de Goi‡s, sul de S‹o Paulo, regi‹o de
Bauru, etc.).
5 Ñ O notici‡rio do exterior come-
ar‡ sempre com o nome da cidade de
origem, em maiœsculas, mas n‹o em
negrito. Se a cidade n‹o for muito co-
nhecida, coloque, em minœsculas, o
nome do pa’s:
WASHINGTON Ñ O governo dos
Estados Unidos advertiu ontem...
PUERTO NOVO, Argentina Ñ
Um terremoto destruiu mais de 200
casas...
6 Ñ MatŽrias procedentes de mais
de uma fonte (sucursais, correspon-
dentes e servio local)n‹o ter‹o ne-
nhum nome de cidade como indica-
‹o. Neste caso, porŽm, marque sem-
pre em it‡lico o nome de cada uma
das cidades de onde se originam as in-
forma›es ou onde ocorreram os fatos
relatados, na primeira men‹o que for
feita a elas:
O presidente da Repœblica disse
ontem em Ribeir‹o Pretoque... Ao
desembarcar de volta em Bras’lia, in-
sistiu...
7 Ñ Nas chamadas de primeira p‡-
gina em que se fundir o notici‡rio das
agncias ou de enviados especiais
com o dos correspondentes no exte-
rior, a informa‹o destes dever‡ tra-
zer o seu nome e o cargo em it‡lico:
Em Nova York, informa o corres-
pondente Jo‹o de Almeida...
TambŽm nas not’cias publicadas
no interior do jornal, se se fizer esse
tipo de fus‹o, adote o mesmo proce-
dimento.
8 Ñ Se a fus‹o de not’cias incluir
material de colaboradores, e n‹o de
funcion‡rios do jornal, use esta
forma:
237Pr— Procedncia

Em Nova York, segundo informa
C’ntia de Campos, especial para o Es-
tado, ...
9 Ñ As chamadas de primeira p‡-
gina n‹o levar‹o nenhuma indica‹o
de procedncia, nem mesmo nas ma-
tŽrias provenientes do exterior. A
œnica exce‹o Ž para o caso dos envia-
dos especiais, quando se adotar‡ a
norma respectiva.
Proceder.Regncia.1 Ñ Proceder a al-
guma coisa:O juiz procedeu ao jul-
gamento. / Proceder ao inquŽrito, ao
invent‡rio, ao interrogat—rio, ˆ elei-
‹o.2 Ñ Proceder de algum lugar ou
de alguŽm: Ele procede de Ribeir‹o
Preto. / Ele procede da fam’lia Maia. /
A acusa‹o procede de quem?3 Ñ
Proceder (sem complemento): Ele
sempre procede bem. / A denœncia
n‹o procede.4 Ñ Como proceder n‹o
admite a regncia direta, inexistem
formas como: O invent‡rio Òfoi pro-
cedidoÓ. / O inquŽrito Òfoi procedi-
doÓ.
Prod’gio.Liga-se sem h’fen a outro
substantivo: menino prod’gio, crian-
as prod’gios.
ÒProferir queÓ.AlguŽm proferealguma
coisa, mas n‹o profere que.
Profeta. Feminino: profetisa.
Progenitor(a).Use pai ou m‹e. Progeni-
tor e progenitora, s— em casos muito
especiais: alŽm de rebuscados, signi-
ficam, na origem, av™ e av—.
Progredir.Conjuga-se como agredir
(ver, p‡gina 34): progrido, progrides;
que eu progrida; etc.
Proibido. Ver em Ž preciso, p‡gina 111,
a concord‰ncia de Ž proibido.
Proibir.Regncia. 1 Ñ Proibir alguma
coisa: A lei brasileira pro’be o abor-
to. / A empresa proibiu a entrada de
pessoas estranhas. 2 Ñ Proibir al-
guŽm de alguma coisa: O pai proibiu
o filho de viajar. / Proibiu-nos de pro-
cur‡-lo.3 Ñ Proibir alguma coisa a al-
guŽm: Os mŽdicos lhe proibiram as
visitas. / Proibiu aos amigos que o
acompanhassem.
ProjŽtil.Use esta forma, com o plural
projŽteis.
Projeto. Inicial maiœscula: Projeto AxŽ.
Proliferar.E n‹o Òproliferar-seÓ.
Pronome obl’quo (complemento co-
mum).1 Ñ Quando um pronome
obl’quo Ž complemento de dois ou
mais verbos, ele podevir ligado ape-
nas ao primeiro, sem repeti‹o poste-
rior: N—s o desejamos e fizemos. / O
pa’s se desenvolvia e expandia terri-
torialmente. / Eram sugest›es que se
confundiam e completavam. 2 Ñ
Com infinitivos, porŽm, repita o pro-
nome: Para confundi-lo e preocup‡-
lo... / Queria procur‡-lo e convid‡-lo
a participar da festa.
Pronome obl’quo com verbo.1 Ñ Os
pronomes o, a, ose asn‹o se alteram
se a forma verbal termina em vogal
ou nos ditongos ei, ai, oue iu: Disse-
o, amava-a, convoca-os, peo-as,
educa-as, falei-o, notai-a, queimou-
os, pediu-as.
2 Ñ Quando a forma verbal termi-
na em r, sou z, essas letras desapare-
cem e os pronomes o, a, os e asassu-
mem as formas lo, la, lose las: Com-
lo(comer + o), cont‡-la(contar + a),
am‡-los(amar + os), pedi-las (pedir +
as), cont-los(conter + os), pusemo-
lo(pusemos + o), dissemo-la(disse-
mos + a), pede-lo(pedes + o), ama-lo
(amas + o), fizeste-los(fizestes + o),
cortamo-las(cortamos + as), disp™-lo
(disp™s + o), pu-lo(pus + o), fi-lo(fiz
+ o), f‡-lo(faz + o).
3 Ñ Os pronomes o, a, ose astam-
bŽm assumem a forma lo, la, lose las
quando vm depois de eis, nose vos:
Ei-lo, ei-las, no-lo, no-las, vo-lo, vo-
las.
4 Ñ Se a forma verbal termina em
‹o, ›e, ame em, usam-se as variantes
no, na, nose nas: D‹o-no(d‹o + o),
p›e-na(p›e + a), calam-nos(calam +
os), pedem-nas(pedem + as). S‹o er-
238Proceder Pronome obl’quo...

radas, pois, formas como p›e-a,
calam-os, pedem-a, d‹o-o, etc.
5 Ñ A termina‹omosdas formas
verbais tambŽm perde o s antes de nos
e vos, o que n‹o ocorre, entretanto,
com te, lhe e lhes: damo-nos, abrimo-
vos, propusemos-te, fizemos-lhe, dis-
semos-lhes.
6 Ñ Com as outras pessoas verbais
e pronomes obl’quos (que n‹o o, a, os
e as), n‹o h‡ altera›es: fazem-nos,
fazem-lhe, pusestes-vos, pusestes-
nos, t’nheis-vos, lav‡reis-vos, feriras-
te, deram-lhes, pedistes-me, disse-
ram-nos, pedir-lhe, entregar-lhes,
faz-lhe, pus-lhe, quis-lhe, diz-lhe,
d‹o-vos, p›es-te, d‡s-lhe, mandas-
nos.
7 Ñ Com os demais pronomes (que
n‹oo, a, ose as), eis permanece inva-
ri‡vel: eis-nos, eis-vos, eis-te, eis-me.
8 Ñ O pronome se pode associar-
se a me, te, lhe, nos, vos, lhes (mas
nunca a o, a, ose as): D-se-lhe ajuda,
faa-se-nos a vontade, a mente tolda-
se-me, apontem-se-lhes os erros, etc.
(nunca, porŽm, Òdiga-se-oÓ, Òpea-se-
aÓ, Òfaam-se-asÓ, Òindiquem-se-
osÓ).
Pronome obl’quo com verbo (intercala-
‹o).1 Ñ Depois do futuro ou do fu-
turo do pretŽrito (antigo condicional),
n‹o se pode usar o pronome obl’quo.
S‹o, pois, incorretas formas como
Òdarei-teÓ, Òpedir‡s-nosÓ, Òcontaria-
seÓ, Òter’amo-loÓ, etc.
2 Ñ Por esse motivo, intercala-se
o pronome no verbo, com a observ‰n-
cia das regras expressas no uso geral
destas formas: trabalhar-se-‡(traba-
lhar‡ + se), dar-se-ia(daria + se), pedi-
lo-ia(pediria + lo), contar-lhe-’amos
(contar’amos + lhe), encontrar-nos-
emos(encontraremos + nos), solici-
tar-vos-ei(solicitarei + vos), fabric‡-
lo-emos(fabricaremos + lo), lamen-
tar-vos-eis(lamentareis + vos), punir-
nos-‹o(punir‹o + nos).
3 Ñ Os verbos fazer, dizer e trazer
reduzem-se a far, dir etrarnestes dois
tempos: far-nos-‡ (far‡ + nos), di-lo-
’amos(dir’amos + o), trar-lhe-ei(tra-
rei + lhe), far-nos-‹o(far‹o + nos), dir-
te-emos(diremos + te); trar-nos-’eis
(trar’eis + nos), etc.
4 Ñ Como, porŽm, essas formas
soam de maneira rebuscada para o lei-
tor, devem, por isso, ser evitadas no
notici‡rio (conserve-as, no entanto,
em artigos e coment‡rios assinados).
Pronome obl’quo com verbo (partic’-
pio).Nunca use o pronome obl’quo
depois de partic’pio(tendo Òforma-
do-seÓ, havia Òquebrado-seÓ, foi Òne-
gado-lheÓ, etc).Nesse caso, o prono-
me s— pode ligar-se ao verbo auxiliar:
foi-lhe negado, tinha-se formado,
havia-se quebrado, etc.
Pronome obl’quo no in’cio de frase.
Nunca inicie frase com o pronome
obl’quo. Essa forma s— poder‡ ser ad-
mitida na linguagem coloquial (cr™-
nicas, principalmente)ou na transcri-
‹o de declara›es populares: Me dei-
xem dizer uma coisa / Lhe pedi so-
corro, mas ele n‹o ouviu.
Pronome possessivo (uso).
1 Ñ Concord‰ncia
A concord‰ncia de gnero (mas-
culino ou feminino)e nœmero (singu-
lar e plural)se faz com o objeto pos-
su’do; a de pessoa (meu, teu, nosso,
etc.), com o possuidor: Eis os meus
amigos. / Trouxeste junto tuas fi-
lhas?/ O rapaz mostrava seu novo
apartamento. / J‡ fizemos nossa
op‹o. / Vejo que convosco vieram
vossas mulheres. / Os professores ze-
lavam pelo seu futuro.
2 ÑColoca‹o na frase
Colocado normalmente antes do
substantivo, o possessivo pode, no en-
tanto, vir depois dele, principalmen-
te quando desacompanhado de artigo
definido, com substantivo j‡ determi-
nado por outra palavra, nas interroga-
›es diretas e nos casos de nfase: N‹o
espere not’cias nossas t‹o cedo. /
Eram todos amigos seus. / Recebe-
239Pronome obl’quo com... Pronome possessivo (uso)

mos um artigo vosso esta semana. /
Essas s‹o algumas antipatias nos-
sas. / Ser‡ mesmo ruim ou Ž intole-
r‰ncia sua?/ ÒAlma minha gentil
que te partiste...Ó(Cam›es).
Depois do substantivo, o possessi-
vo indica tambŽm que n‹o se trata do
todo, mas de parte dele: Diretor revo-
ga ordem sua (uma ordem qual-
quer)./ Diretor revoga sua ordem(a
ordem). / Diretor nomeia seus irm‹os
(todos)para o cargo. / Diretor nomeia
irm‹os seus para o cargo(alguns). /
Governador manda prender seus pa-
rentes(todos). / Governador manda
prender parentes seus (alguns).
3 Ñ Partes do corpo, qualidades
do esp’rito e objetos de uso pessoal
Rejeitam o possessivo:Machucou
a cabea(e n‹o a sua)./ Quebrei a
perna(e n‹o a minha). / Feriram as
m‹os. / Perderam a conscincia. /
Mudamos a mentalidade. / Puseram
os —culos(e n‹o os seus). / Levou
junto a bengala(e n‹oa sua). / Colo-
quei a moeda na palma da m‹o(e n‹o
da minha).
4 Ñ Duplo sentido (seu, sua, seus,
suas)
O uso do seufreqŸentemente d‡
origem a ora›es de duplo sentido: O
presidente garantiu aos cidad‹os que
o seu esforo livraria o pa’s do caos.
No caso, o possessivo seupode
tanto referir-se ao presidente como
aos cidad‹os. Em casos semelhantes,
recorra ˆs formas dele, deles, dela,
delas, de voc, do senhor e outras,
para tornar a frase mais clara: O pre-
sidente garantiu aos cidad‹os que o
esforo deles livraria o pa’s do caos.
Outros exemplos:O pai pediu ˆ
filha os livros dela(filha). / O profes-
sor comentou com os alunos as defi-
cincias dele (professor)./ Ele disse
que n‹o sabia se este era o livro dele
ou o do senhor. / A advogada encon-
trou o pai na sala dela. / Fui ˆ casa
dela(principalmente quando a pessoa
se dirige a um interlocutor).
5 ÑSeu redundante
Evite o seuredundante ou desne-
cess‡rio, especialmente nos t’tulos,
em que tem aparecido com freqŸn-
cia como recurso para ganhar alguns
sinais:Ele estava em (sua)casa. / O
governo rever‡ o (seu)oramento. /
Palmeiras muda o (seu)time. / A
casa, com o (seu)belo piso de ladri-
lhos antigos, atra’a muitos compra-
dores.
6 ÑPronome obl’quo pelo posses-
sivo
Quando poss’vel, o possessivo deve
ser substitu’do pelo pronome obl’quo,
com o que a frase ganha em eleg‰ncia:
Beijou-lhe(as suas)as m‹os. / N‹o lhe
(os seus)conheo os critŽrios. / Ela me
(os meus)cortou os cabelos.
7 ÑNosso de modŽstia ou opini‹o
O nossopode tanto substituir o
meucomo expressar a opini‹o de en-
tidades ou institui›es, caso em que
se enquadram, por exemplo, os edito-
riais do jornal: Com este discurso, foi
nosso(meu)objetivo... / Nossa opi-
ni‹o(do jornal)sobre o esc‰ndalo n‹o
sofreu nenhuma contesta‹o.
8 Ñ Vosso de cerim™nia
Aplica-se a uma pessoa ou a desti-
nat‡rios a que se presta reverncia:
Foram s‡bias li›es as que vosso pai
deixou. / ÒLevareis, Senhores Delega-
dos, aos vossos Governos, ˆ vossa P‡-
tria, estas declara›es...Ó
9 Ñ Substantiva‹o
Quando substantivados, os posses-
sivos designam, no singular, aquilo
que pertence a uma pessoa e, no plu-
ral, os parentes ou companheiros de
alguŽm: Nada tenho de meu. / Com
muito esforo, conseguiu alguma
coisa de seu. / Recomenda›es aos
teus. / Ali vinham Jo‹o e os seus. / Ele
era um dos nossos.
10 ÑFormas de tratamento ou re-
verncia
As formas de tratamento ou reve-
rncia iniciadas por nosso, vossoou
suaconcordam, sempre na terceira
240Pronome possessivo (uso) Pronome possessivo (uso)

pessoa, com o sexo de quem recebe o
tratamento: Vossa Alteza(rei)Ž
justo. / Vossa Alteza(rainha)Ž justa. /
Vossa Santidade (o papa)ficou satis-
feito?/ Vossas Senhorias n‹o precisa-
vam ficar preocupados. / Nossa Se-
nhora Ž a m‹e de Cristo.
11 Ñ Possessivo em vez de mim,
ti, n—s, etc.
Com certas locu›es prepositivas,
costuma-se usar o possessivo no lugar
dos pronomes obl’quos t™nicos (mim,
ti, n—s, v—s, voc e vocs): Ao meu
lado(ao lado de mim). / Ë tua dispo-
si‹o (ˆ disposi‹o de ti). / Em vosso
favor(em favor de v—s)./ Por sua
causa(por causa de voc).
12 Ñ Artigo com possessivo.Ver
artigo definido (com possessivo), p‡-
gina 42.
Pronomes retos
1 ÑUso geral
a)Use os pronomes do caso reto
(eu, tu, ele, ela, n—s, v—s, eles, elas)
apenas para dar nfase ao sujeito, para
opor pessoas diferentes ou para distin-
guir os pronomes que tenham a
mesma forma na 1» e 3» pessoa do sin-
gular: Eu, e mais ninguŽm, sou o res-
pons‡vel. / Ele, sim, sabe dar vida a
um texto. / Est‡vamos ali os dois: ele,
mais velho, e eu, recŽm-sa’do da ado-
lescncia. / Eu disse que ele seria con-
tratado(o oposto: Ele disse que eu
seria contratado).
b)A n‹o ser nesses casos, dispense
o pronome reto, especialmente quan-
do a desinncia verbal deixar claro a
qual deles o texto se refere: Pediu(ele)
que (n—s)sa’ssemos. / Fizeste(tu)o
que haviam(eles)solicitado?/ Che-
gastes(v—s)a tempo para a festa. / Sa’
(eu)antes que chovesse. / Fizestes
(v—s)o que esperavam (eles)?
Algumas repeti›es, alŽm de des-
necess‡rias, enfraquecem um texto:
O delegado disse que, de posse dos
relat—rios dos superintendentes, ele
decidiria como proceder (o elerepe-
tido d‡ atŽ mesmo a impress‹o de re-
ferir-se a outra pessoa). / Ele garantiu
que, s— depois que todos tivessem
opinado, ele diria o que pensava do
caso. / Quando eu lhes recomendei
silncio, eu n‹o esperava que eles
atendessem t‹o rapidamente ao pe-
dido. / N—s quer’amos que todos sou-
bessem que n—s n‹o Žramos os culpa-
dos.
2 ÑCasos especiais
a)Eu.Textos especiais (cr™nicas,
artigos, etc.)podem adotar a primei-
ra pessoa como forma de express‹o,
mas convŽm evitar, a todo custo, o re-
curso expresso ao eu, que d‡ uma de-
sagrad‡vel sensa‹o de narcisismo.
Use o verbo na primeira pessoa e
omita o pronome em vez de alongar-
se em frases como: Quando eu che-
guei a S‹o Paulo,eutrazia a simpli-
cidade do menino que eu fora no in-
terior e eun‹o pretendia perder na ci-
dade queeuescolhera para morar. /
Euestou deixando algo queeucons-
tru’, queeufiz crescer, queeuman-
tive na Žpoca mais dif’cil do Brasil.
b)Ordem na frase.Recomenda a
modŽstia que o eu, num sujeito com-
posto, venha em œltimo lugar: Os pri-
mos e eu (em vez de eu e os primos)
estamos prontos. / JosŽ, Ant™nio e eu
comearemos o trabalho amanh‹.
c)N—s por eu.No chamado plural
de modŽstia, costuma-se usar n—sem
vez de eu(oradores, editorialistas, ar-
ticulistas e outros). O verbo concorda
com o pronome, mas o adjetivo ou
partic’pio, como norma, fica no sin-
gular (concorda com a idŽia de eu):
N—s estamos atento a tudo o que se
passa aqui. / N—s nos sentimos hon-
rado com esta homenagem. / Antes
sejamos breve que prolixo.
d)V—s por tu ou voc. V—ssubsti-
tui tuou voccomo tratamento de ce-
rim™nia, e a concord‰ncia se faz como
no caso anterior: Pai nosso, que estais
no cŽu... / V—s sois o nosso rei. / V—s
estais enganada. / Acho que chegas-
tes atrasado.
241Pronomes retos Pronomes retos

3 Ñ Pronome reto como objeto di-
reto
a)Os pronomes pessoais do caso
reto devem ser empregados como su-
jeitos e n‹o como objetos diretos: Ele
saiu (mas n‹o:Eu vi ÒeleÓ)./ N—s vie-
mos(mas n‹o: A foto mostra ÒeleÓ
sendo levado...). / Ele contou a hist—-
ria(mas n‹o: Esta Ž uma hist—ria li-
gando ÒeleÓao assassinato...).
b)O pronome reto pode ser objeto
direto apenas quando antecedido de
todos, seguido de um nœmero ou pre-
posicionado: Vimos todos eles ali. /
Eles convidaram n—s trs para a
festa. / Conhecia bem todos n—s. /
Aguardo todos v—s. / Espero eles qua-
tro. / Escolheu a n—s. / A m‹e tinha
apenas a ele, o filho que lhe restara. /
N‹o entende a n—s, nem n—s entende-
mos a ele.
c)Os verbos mandar, deixar, fazer,
ver, ouvir, sentir, restar, bastare fal-
tar, quando acompanhados de infini-
tivo, n‹o podem introduzir pronome
reto, mas apenas obl’quo: Deixe-me
dizer(e n‹o Òdeixe euÓdizer). / Man-
de-o sair (em vez de Òmande eleÓ
sair). / Faa-o ficar(e n‹o Òfaa eleÓ
ficar). / Veja-nos representar (e n‹o
Òveja n—sÓrepresentar). / Oua-os
tocar(em vez de Òoua elesÓtocar). /
Sentimo-la desfalecer(e n‹o Òsenti-
mos elaÓdesfalecer). / Resta-lhe
sumir no mundo(e n‹o Òresta eleÓ
sumir). / Basta-te conseguir(e n‹o
Òbasta tuÓconseguires). / Falta-me
completar o quadro(e n‹o Òfalta euÓ
completar).
d)A preposi‹o com exige as for-
mas comigo, contigo, consigo, conos-
co e convosco, em vez deÒcom mimÓ,
Òcom tiÓ, Òcom n—sÓ, etc. Usam-se
com n—se com v—s, no entanto, quan-
do aos pronomes se seguem as pala-
vras mesmos, pr—prios, outros etodos
ou umnœmero: A moa queria falar
com n—s mesmos. / Disse que se en-
tendeu com v—s pr—prios. / Com n—s
outros Ž que ele n‹o conte. / J‡ convi-
vemos com v—s todos. / Eles v‹o sair
com n—s quatro.
Pronto-socorro.Com h’fen. Plural:
prontos-socorros.
Pronœncia.Ver p‡gina 329.
Propositadamente. Propositado e propo-
sitadamente s‹o prefer’veis a proposi-
tal e propositalmente, tanto no senti-
do de adequa‹o ou oportunidade
quanto no de inten‹o: Observa‹o
propositada. / Derrubou o copo pro-
positadamente.
Pr—prio.1 Ñ Concord‰ncia.Ver mesmo,
mesma, p‡gina 177. 2 Ñ Superlativo:
propri’ssimo.
Proscri‹o.Ver prescri‹o, proscri‹o,
p‡gina 235.
Prostrar(-se).Sempre com tr.
ProtŽico. E n‹o ÒproteicoÓ(i).
Protestado. ƒ um t’tulo ou cheque, mas
nunca o devedor. Assim: Teve o t’tu-
lo protestado. E n‹o: Pagou a d’vida
e mesmo assim foi ÒprotestadoÓ.
Proto...H’fen antes de vogal, h, re s:
proto-act’nio (ou protact’nio),proto-
evangelho, proto-hist—ria, proto-revo-
lu‹o, proto-satŽlite.Em outros
casos: protofonia, protom‡rtir, proto-
nauta, protozo‡rio.
Prova dos noves. Desta forma, e n‹o
Òprova dos noveÓ.
Prov‡vel.Ver poss’vel, prov‡vel, p‡gina
230.
Prover.Conjuga‹o.Pret. perf. ind.:
Provi, proveste, proveu, provemos,
provestes, proveram. M.-q.-perf. ind.:
Provera, proveras, provera, provra-
mos, provreis, proveram. Fut. subj.:
Prover, proveres, prover, provermos,
proverdes, proverem. Part.: Provido.
Os outros tempos seguem ver (ver, p‡-
gina 297): provejo, provs, prov, pro-
vemos, provedes, provem; provia;
proverei, prover‡s; proveria; que eu
proveja; se eu provesse; prov, prove-
ja, provejamos, provede, provejam;
etc.
Provir.Conjuga-se como vir(ver, p‡gi-
na 308).
Pr—ximo.1 Ñ Quando se referir a tem-
po, use a palavra apenas com o sen-
tido de futuro: no pr—ximo ms, no242Pronto-socorro Pr—ximo

pr—ximo ano, no pr—ximo sŽculo, nos
pr—ximos 15 dias(nunca, porŽm: no
ms pr—ximo futuro, no ano pr—ximo
futuro, no sŽculo pr—ximo futuro, nos
15 dias pr—ximos futuros). 2 Ñ N‹o
usepr—ximo, porŽm, para designar os
dias da semana em curso: O presiden-
te visitar‡ S‹o Paulo quinta-feira(e
n‹o Òna pr—ximaÓquinta-feira).
Pr—ximo (de ou a).A forma vai depen-
der do sentido da frase: 1 Ñ Adjetivo.
Concorda com o substantivo ou pro-
nome: Os primos estavam pr—xi-
mos. / Elas ficaram mais pr—ximas de
n—s. / A casa era pr—xima da outra.2
Ñ Em locu‹o: Ela estava pr—ximo do
pai(perto do). / Mor‡vamos muito
pr—ximo da sua casa. / Pr—ximo ao rio
havia uma ‡rvore muito alta.
Pseudo.1 Ñ ƒ prefixo, apenas, e jamais
adjetivo. Assim, forma palavras como
pseudo-an‡lises, pseudocr’ticas,
pseudo-her—is, pseudo-sensa›es ou
pseudoprofetas (em vez de Òpseudas
an‡lisesÓ, Òpseudas cr’ticasÓ, Òpseu-
dos her—isÓ, Òsensa›es pseudasÓou
Òprofetas pseudosÓ). 2 Ñ Como prefi-
xo, tem h’fen antes de vogal, h, re s:
pseudo-anemia, pseudo-esfera, pseu-
do-hist—rico, pseudo-revela‹o, pseu-
do-sigla.Nos demais casos:pseudo-
diamante, pseudofruto, pseudoprote-
tor.
Psico...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte: psicocirurgia, psicorragia,
psicossocial, psicoterapia.Quando o
segundo termo comea por vogal,
pode haver mudanas no interior da
palavra: psican‡lise (psico + an‡lise),
psicastenia(psico + astenia),psiquia-
tria(psico + iatria).
Psique.Sem acento (pronuncia-se ps’-
que, e n‹o psiqu). O m—vel, no en-
tanto, Ž psich.
Pudico.Sem acento (pronuncia-se pud’-
co).
Puro-sangue.Plural: puros-sangues.
ÒPuxa-sacoÓ.N‹o use.
Quai dÕOrsay.Outro nome do MinistŽ-
rio das Rela›es Exteriores da Frana.
Qual (o).Ver o qual, p‡gina 205.
Qual (quais)de.Concord‰ncia. Ver
algum (alguns) de, p‡gina 35.
Qualquer.Plural: quaisquer.
Qualquer (como nenhum).1 Ñ ƒ erra-
do o uso de qualquerem ora›es ne-
gativas no lugar de nenhum. Escreva,
pois: O texto n‹o apresenta nenhum
erro. / O time n‹o tem nenhuma pos-
sibilidade de vit—ria. / N‹o tive ne-
nhuma inten‹o de ofend-lo. / Ten-
tou conseguir o cargo sem nenhum
resultado.(E n‹o: Òqualquer erroÓ,
Òqualquer possibilidadeÓ, Òqualquer
inten‹oÓ, Òqualquer resultadoÓ.)
S‹o v‡lidas ainda estas formas: O
texto n‹o apresenta erro algum. / O
time n‹o tem possibilidade alguma
de vit—ria.
2 Ñ Se o sentido n‹ofor o de ne-
nhum,qualquerpode ser empregado
mesmo em ora›es negativas: Isso
n‹o Ž qualquer (todo, algum, um
qualquer)homem que faz. / N‹o se
deve tomar qualquer (todo, um qual-
quer)remŽdio. / Negou ter feito qual-
quer (alguma, uma)declara‹o ˆ im-
prensa.
Qualquer coisa de.Concord‰ncia. Ver
alguma coisa de, p‡gina 35.
Qualquer (quaisquer)de.Concord‰n-
cia. Ver algum (alguns) de, p‡gina 35.
Qual seja. Ao contrario de ou seja, ad-
mite a concord‰ncia normal: Procura
alguns empregados, quais sejam dois
escritur‡rios, um contador e um te-
soureiro.ƒ forma a evitar, porŽm.
Quando com pronome. O quandoatrai
o pronome localizado na mesma ora-
‹o: O assalto ocorreu quando Mar-
cos se dirigia (e n‹o Òdirigia-seÓ)para
243Pr—ximo (de ou a) Quando com pronome

o trabalho. / Quando lhe deu (e n‹o
Òdeu-lheÓ)a not’cia, ficou emociona-
do.
Quanta.Sem s, pois j‡ se trata do plural
de quantum: Estudou a teoria dos
quanta.
ÒQuantia de dinheiroÓ.Redund‰ncia:
modernamente s— se usa quantia para
dinheiro. Por isso, n‹o diga: Havia ali
grande ÒquantiaÓde pessoas, de fru-
tas, de objetos, mas quantidade.
Quanto.1 Ñ Prefira n‹o usar oantes de
quanto:Viaje quanto antes. / Quan-
to mais cedo, melhor. / Saiba quan-
to o convite nos honra. / Fez quanto
p™de. / Mais de 10 mil reais foi quan-
to ofereceu pelo barco. / Quanto
custa?/ N‹o sabia quanto todos o es-
timavam (e n‹o o quanto).2 Ñ Qu‹o
segue a mesma norma: Veja qu‹o de-
sastrado ele Ž.
Quantos de.Concord‰ncia. Ver algum
(alguns) de, p‡gina 35.
Quantos s‹o.O certo: Quantos s‹o seis
vezes trs?/ Quantos s‹o dois mais
trs?(e n‹o quanto ҎÓdois mais
dois).
Quarto-de-milha.Invari‡vel: Žgua quar-
to-de-milha, cavalos quarto-de-
milha, os quarto-de-milha.
Quatorze. Prefira catorze, se tiver de
usar o nœmero por extenso.
Quatro-dormit—rios.Com h’fen quando
designa o tipo de apartamento: Com-
prou um quatro-dormit—rios. Mas:
Comprou um apartamento de quatro
dormit—rios.
Quatro-estrelas. Ver estrelas, p‡gina
118.
Que. Concord‰ncia.1 Ñ O anteceden-
te imediato do que, como norma, de-
termina a concord‰ncia: Sou eu que
pago. / Fomos n—s que sa’mos. / Fos-
tes v—s que nos inspirastes. / Eram
eles que deviam morrer.2 Ñ Haven-
do dois ou mais antecedentes, o verbo
vai para o plural da pessoa que tem
precedncia sobre as demais (a 1» tem
precedncia sobre a 2» e a 3», e a 2»,
sobre a 3»): N‹o serei eu nem ele que
haveremos de reformar o mundo.3
Ñ Se o quefaz parte de um vocativo,
o verbo vai para a segunda pessoa: î
homem, que Žs mortal... / Maria, que
desceis dos cŽus...4 Ñ O verbo fica
na terceira pessoa se o sujeito Ž um
infinitivo e n‹o o que: Os livros que
Ž dif’cil encontrar.5 Ñ Os pronomes
n—s e v—s podemprevalecer sobre o
antecedente imediato do que: N‹o
somos n—s os que iremos discordar
disso.
Qu. O qut™nico Ž acentuado. Veja os
casos em que ele ocorre: a)Quando Ž
substantivo, com o significado de al-
guma coisa, qualquer coisa: Tinha um
qu de mistŽrio. / Desconhecia o qu
da quest‹o. b)Quando Ž o nome da
letra q: Um qu maiœsculo. c)Quan-
do, como interjei‹o, designa espan-
to: Qu! N‹o Ž o que voc pensa. d)
Quando encerra a ora‹o: Para qu?/
Ele n‹o vem por qu?/ Queria n‹o
sei o qu. e)Na express‹o sem qu
nem pra qu: Ele, sem qu nem pra
qu, se irritou com todos.
Que (compara‹o). Ver compara›es
(formas), p‡gina 72.
Que (com preposi‹o).Em certos casos,
a preposi‹o que acompanha o que
(pronome ou conjun‹o)deve estar
expressa na ora‹o e em outros pode
ser omitida (elipse). Veja como proce-
der em cada um deles:
1 Ñ A preposi‹o Ž obrigat—ria
quando o quetem um antecedenteÑ
como se trata de pronome relativo,
lembre-se: ele pode ser substitu’do
sempre por o qual, a qual, os quaise
as quaisÑ e a regncia do verbo, da
palavra ou da express‹o a exige:
Como escrever algo com que(com o
qual)n‹o simpatizamos(quem sim-
patiza simpatiza com alguma coisa)?
/ Foi o melhor espet‡culo a que(ao
qual)assistiram (assiste-se aum es-
pet‡culo). / Era uma pessoa de quem
todos gostavam(quem gosta gosta de
alguma coisa). / Queria tudo a que(ao
244Quanta Que (com preposi‹o)

qual)tinha direito(ter direito aalgu-
ma coisa)./ O jogador em quem(e
n‹o que)o Santos tinha interesse era
X (ter interesse em)/ Venceu a prova
de que(da qual)participou(partici-
pa-se de). / N‹o sabia com que (com
a qual)espŽcie de gente estava lidan-
do(lida-se com). / O processo a que
(ao qual)respondia prescreveu (res-
ponde-se a um processo). / O convite
de que abriu m‹o... / A bondade de
que era capaz... / O livro de que lhe
falei...
Aten‹o. S‹o erradasfrases como:
Esse contrato, que ninguŽm revela as
bases... / A empresa, que o ministro
n‹o quis revelar o nome... / O crimi-
noso, que ninguŽm sabia dizer o
nome... / A carta, que ele guardou a
c—pia... / O acusado, que voc igno-
rava a profiss‹o...Em todas elas falta
um de: deque ninguŽm revela as
bases, deque o ministro n‹o quis re-
velar o nome, doqual ninguŽm sabia
dizer o nome, deque ele guardou a
c—pia, deque voc nem sabia a profis-
s‹o. E todas, melhor, poderiam ser
constru’das com o relativo cujo: O
contrato cujas bases ninguŽm reve-
la... / A empresa cujo nome o minis-
tro n‹o quis revelar... / O criminoso
cujo nome ninguŽm sabia dizer... / O
acusado cuja profiss‹o voc ignora-
va... / A carta cuja c—pia ele guar-
dou...
2 Ñ Mantenha a preposi‹oquan-
do o queintroduz ora›es que com-
pletam o sentido de um substantivo,
adjetivo ou advŽrbio (completivas no-
minais): Estamos certos(do qu?)de
que n‹o se haviam aborrecido. / Ma-
nifestou a certeza(do qu?)de que
ninguŽm o contestaria. / Chegou ˆ
conclus‹o de que o caso estava per-
dido. / N‹o existe nenhuma possibi-
lidade de que a lei seja reformulada. /
Publicou a not’cia de que o minis-
tro... / N‹o h‡ dœvida de que cabe ao
Congresso... / Deu-se conta de que
havia outras sa’das. / Era contr‡rio a
que todos comparecessem... / Era fa-
vor‡vel a que o absolvessem.
Grande parte das frases como as ci-
tadas constr—i-se com o verbo ter +
substantivo: Tenho medo de que n‹o
cheguem a tempo. / Tinha a impres-
s‹o de que, tinha a certeza de que,
tinha esperanas de que, tinha con-
fiana de que, a expectativa de que,
o receio de que, o temor de que, a des-
confiana de que, a necessidade de
que, a conscincia de que,etc.
3 Ñ A preposi‹o pode(a forma Ž
mais euf™nica)ser omitidaquando o
queintroduz ora‹o que tem a fun‹o
de objeto indireto:Duvido que ele
faa isso(embora tambŽm seja corre-
to escrever duvido de que ele faa
isso). / O governo concordou que
(prefer’vel eufonicamente a concor-
dou em que)aquela era a melhor pro-
posta. / O acusado desconfiava que
queriam prejudic‡-lo. / Precisamos
que alguŽm nos ajude. / Os assaltan-
tes suspeitavam que alguŽm os havia
denunciado. / Todos insistiram que
(prefer’vel a insistiram em que)esta-
va na hora de mudar a pol’tica da
empresa. / Militares confiavam que
(prefer’vel a confiavam em que)a
anistia seria rejeitada. / N‹o se im-
portava que ela fosse feia. / Suspeita-
se que ninguŽm vir‡ ˆ festa.
Observa‹o. Mesmo que haja inœ-
meros exemplos em contr‡rio, prefi-
ra usar os verbos recordar-se, lem-
brar-se e esquecer-secom a preposi-
‹ode: Lembrava-se vagamente de
que perto da casa corria um riacho. /
Recordou-se de que o haviam ofendi-
do anos atr‡s. / N‹o se esquea de
que o torneio comea amanh‹.
4 Ñ Quando h‡ outra preposi‹o
antes, clara ou subentendida, o em
que precede o quepode ser omitido
nas ora›es de tempo, lugar e modo.
O uso do em, no entanto, torna a frase
mais clara: Num pa’s (em)que um go-
vernador derruba um ministro... /
Ficou solid‡rio com o chefe nas vezes
245Que (com preposi‹o) Que (com preposi‹o)

(em)que se demitiu. / A œltima vez
(em)que usaram... / O ano (em)que
a aids matou mais pacientes foi... /
Na primeira vez (em)que arranjou
um inquilino... / Outra vez (em)que
discut’amos a respeito... / Ao mesmo
tempo (em)que determinava essas
restri›es... / No tempo (em)que os
animais falavam...
Que (= o qual).Ver o qual, p‡gina 205.
Quebra-cabea. Desta forma. Quebra-
cabeas Ž o plural.
Que com pronome.O queatrai o pro-
nome situado na mesma ora‹o: Foi
ent‹o que se deu (e n‹o Òque deu-seÓ)
oinusitado. / O mŽdico que o tratou
era muito competente. / A professo-
ra queria que os alunos lhe obedeces-
sem.
Que Ž, que era, que foi.Suprima a ex-
press‹o, sempre que poss’vel: A pol’-
cia s— admitir‡ manifesta›es(que
forem)pac’ficas. / Empresas obtm
lucros muito acima do (que era)pre-
visto. / O homem(que Ž)esforado
vence na vida. / O ladr‹o (que foi)
preso pela multid‹o conseguiu esca-
par.
Quem (concord‰ncia).1 Ñ O verbo fica
normalmente na terceira pessoa do
singular: Fui eu quem fez o traba-
lho. / Quem paga somos n—s. / Fostes
v—s quem nos iludiu.(H‡ gram‡ticos
que admitem a concord‰ncia com o
antecedente: Sou eu quem pago, por
exemplo. No Estado, porŽm, adote a
norma geral.)
2 Ñ Quando quemequivale a que
pessoas, existem duas possibilidades:
a)Com o verboser, usa-se o plural:
Quem ser‹o os respons‡veis pelo
crime?/ N‹o sabia dizer quem eram
eles.b)Com os demais verbos, usa-
se o singular: Diga quem ap—ia e
quem condena a idŽia. / Dos convi-
dados, n‹o sei quem j‡ chegou.3 Ñ
Quando usado com valor absoluto,
fica no masculino e no singular:
Quem com ferro fere com ferro ser‡
ferido. / Quem tudo quer tudo perde.
4 Ñ Pode concordar com uma palavra
feminina, quando a referncia for ex-
pressa e clara: Hoje em dia s— fica bo-
nita quem pode. / Quem for a mais
esperta ganhar‡ o prmio.
Quem (uso).1 Ñ Refere-se especial-
mente a pessoas: Este Ž o amigo com
quem ele trabalha. / Quem fez a ma-
tŽria foi um rep—rter especial.2 Ñ
Pode ser usado para coisas personifi-
cadas(evite, porŽm, esta pr‡tica):
Quem os p™s a perder foi a gan‰n-
cia. / Criticou o MinistŽrio da Justi-
a, a quem responsabilizava pela sua
situa‹o. 3 Ñ Como relativo (tem um
antecedente ao qual se refere), Ž sem-
pre precedido de preposi‹o: Eis a pes-
soa com quem vamos sair. / Perdeu a
filha, a quem tanto amava. / Despe-
diu o funcion‡rio por quem fora des-
tratado. / Era o vizinho de quem
nada ouvira dizer.4 Ñ Pode referir-
se a um plural, como equivalente a os
quais, as quais, em ora›es deste
tipo: N‹o se dava com os vizinhos, a
quem mal conhecia de vista. / Lem-
brou-se ent‹o dos pais, de quem guar-
dava suaves recorda›es. / S‹o pes-
soas a quem todos devemos respeito.
5 Ñ Por eufonia, em certos casos, Ž
substitu’do por o qual(ver, p‡gina
205): sem o qual, mediante o qual,
perante a qual, segundo o qual, etc.
Quem(v’rgula). N‹ouse v’rgula entre
o queme o segundo verboque con-
corda com ele: Com o tratamento,
quem faz dieta pode voltar a comer
de tudo. / Quem avisa amigo Ž. /
Quem viver ver‡. / Quem n‹o deve
n‹o teme. (e n‹o: Quem faz dieta,
pode voltar... / Quem avisa, amigo
Ž. / Quem viver, ver‡.)
Quem com pronome.O quematrai o
pronome situado na mesma ora‹o:
Quem lhe fez (e n‹oquem Òfez-lheÓ)
a pergunta?/ N‹o sei o nome de quem
o procura. / ƒ o funcion‡rio a quem
se atribuiu o trabalho.
Que nem.Aceit‡vel apenas na lingua-
gem coloquial ou em declara›es. No
246Que (= o qual) Que nem

notici‡rio, use como: ƒ feio como o
pai.
Querer (conjuga‹o). Pres. ind.: Quero,
queres, quer, queremos, quereis, que-
rem. Pret. perf. ind.: Quis, quiseste,
quis, quisemos quisestes, quiseram.
M.-q.-perf. ind.: Quisera, quiseras,
quisera, quisŽramos, quisŽreis, quise-
ram.Pres. subj.: Queira, queiras, quei-
ra, queiramos, queirais, queiram.
Imp. subj.: Quisesse, quisesses, qui-
sesse, quisŽssemos, quisŽsseis, qui-
sessem. Fut. subj.: Quiser, quiseres,
quiser, quisermos, quiserdes, quise-
rem. Part.: Querido.
Querer (regncia).1 Ñ Querer alguma
coisa: Todos querem ganhar mais. / O
governo quer conter a infla‹o. / Eles
queriam o cargo.2 Ñ Querer a al-
guŽm: Ele queria bem aos amigos. /
Este Ž o amigo que muito lhe quer.
3 Ñ Querer alguŽm para ou por: Eles
o queriam para(ou por)amigo.4 Ñ
Querer, apenas: Para poder Ž preciso
querer.
Quer ... quer.ƒ a forma correta: Quer
queira quer n‹o queira... / Quer
sejam filhos quer apenas amigos...
Nunca: quer queira ÒouÓn‹o queira,
quer sejam filhos ÒouÓapenas ami-
gos,etc. Pode-se usar tambŽm: ou
queira ou n‹o queira.Neste caso, o
primeiro oupode ser omitido: queira
ou n‹o queira...
ÒQue tem direitoÓ.O certo Ž a que tem
(tinha, teve, ter‡)direito:Exige tudo
a que tem direito (e n‹o Òtudo que
tem direitoÓ). / Reivindicaram as
vagas a que tinham direito. / Imagi-
nou as regalias a que ter‡ direito. /
Recebeu a herana a que teve direi-
to.
Quilo.Ver peso, p‡gina 217.
Quilo...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte: quiloampre, quilograma,
quil™metro, quilorragia, quilossie-
mens, quilowatt. O hn‹o cai:quilo-
hertz.2 Ñ O ks— existe nas abrevia-
turas: kA(quiloampre), kg(quilogra-
ma), kHz(quilohertz), km(quil™me-
tro), kW(quilowatt).
Quil™metro.Ver dist‰ncia, p‡gina 98.
QŸiproqu—.Desta forma.
Quis.N‹o existe znas formas do verbo
querer: quis, quiseram, quisesse, qui-
seste, etc.
Quite, quites. Quiteno singular e qui-
tesno plural: Estou quite. / Estamos
quites.
Qu—rum.Aportuguesado. Plural: qu—-
runs.
Quota.Prefira cota.
Quotidiano.Prefira cotidiano.
Quotista.Prefira cotista.
Rabugento.Com g:rabugento, rabugi-
ce. Com j:rabujar.
Raas. Ver animais, p‡gina 37.
R‡dio.1 Ñ Palavra masculinaquando
designa o aparelho ou o meio de difu-
s‹o: Meu r‡dio est‡ com defeito. / A
pol’cia foi avisada do assalto pelo
r‡dio. / O r‡dio atinge milh›es de pes-
soas no Pa’s.2 Ñ ƒfemininaquando
se refere ˆ emissora: S‹o Paulo ter‡
duas novas r‡dios. / O governo can-
celou a concess‹o da r‡dio.(Cuidado
com o cac—fato de Òpor r‡dioÓ. Para
evit‡-lo, usepelo r‡dio.)3 Ñ Com
inicial maiœscula antes do nome de
uma emissora: R‡dio Eldorado.
Radio...1 Ñ Prefixo que designa raio, ra-
dia‹o e transmiss‹o pelo r‡dio. Em
qualquer desses sentidos, liga-se ao
termo seguinte sem h’fen: radiocultu-
ral, radiodifus‹o, radiorreceptor, ra-
diossonda.2 Ñ Mantenha o odo pre-
fixo quando o segundo elemento co-
mear por a,ee i: radioatividade, ra-
dioator, radioemissora, radiois—topo.
3 Ñ Existe h’fen em r‡dio-rel—gio.
247Querer (conjuga‹o) Radio...

Raios X. Prefira o plural: raios X.
Rapar, raspar.Para cabelo, use apenas
rapar, que significa cortar rente:
Rapou a barba. / Rapou o cabelo do
calouro.Raspar significa lixar, des-
bastar, tocar ou ferir de rasp‹o: O
marceneiro raspou a madeira. / O
carro raspou o port‹o. / Raspou a
perna no ch‹o.
Rasgar-se.Alguma coisa se rasgae n‹o
rasga, apenas: A camisa rasgou-se. /
Papel de seda rasga-se facilmente.
Ratificar, retificar. Ratificarsignifica
homologar, confirmar:ratificar o
acordo, ratificar a decis‹o.Retificar
quer dizer corrigir: retificar um erro,
retificar(rever)uma opini‹o.
Reage... Existe v’rgula em todos os mo-
vimentos iniciados dessa forma:
Reage, S‹o Paulo. / Reage, Cidad‹o.
Reabrir. AlguŽm reabre alguma coisa ou
alguma coisa reabre-se (de prefern-
cia): Presidente reabre ponte hoje. /
Congresso reabre-se (e n‹o reabre)
com debate da reforma.
Reagir.Regncia. 1 Ñ AlguŽm reage a
ou contra(tr. ind.): Reagiu ˆs insi-
nua›es maldosas. / A opini‹o pœbli-
ca reagiu contra as ameaas.2 Ñ Al-
guŽm reage, apenas (intr.): Depois de
sofrer o segundo gol, o time reagiu e
ganhou a partida. / O paciente afinal
reagiu.
Real.1 Ñ A moeda brasileira tem plu-
ral regular: 1 real, 5 reais. RŽis Ž o plu-
ral de uma antiga moeda de Portugal
e do Brasil: mil-rŽis.2 Ñ Inicial
maiœscula para designar o plano e mi-
nœscula para a moeda: O Real(plano)
d‡ sustenta‹o ao governo. / O gover-
no n‹o pretende desvalorizar o real
(moeda). 3 Ñ Quanto ao uso da
moeda, ver dinheiro, p‡gina 97.
Reaver.Conjuga-se como haver, mas s—
tem as formas em que existe a letra v
nesse verbo:Pres. ind.: Reavemos,
reaveis (n‹o tem as demais pessoas).
Imp. ind.: Reavia, reavias, reavia, etc.
Pret. perf. ind.: Reouve, reouveste,
reouve, reouvemos, reouvestes, reou-
veram. M.-q.-perf. ind.: Reouvera,
reouveras, etc. Fut. pres.: Reaverei,
reaver‡s, reaver‡, etc. Fut. pret.: Rea-
veria, reaverias, etc. Pres. subj.: N‹o
existe. Imp. subj.: Reouvesse, reou-
vesses, etc. Fut. subj.: Reouver, reou-
veres, reouver, reouvermos, reouver-
des, reouverem. Imper. afirm.: Reavei
v—s.Part.: Reavido. As formas
ÒreavÓ, ÒreavejaÓ, etc., n‹o existem.
Podem ser substitu’das por recupera,
recupere ou recobra, recobre.
Rebuscamento.1 Ñ Se a simplicidade Ž
condi‹o essencial do texto jornal’s-
tico, o rebuscamento, ao contr‡rio,
tira dele toda a fluncia, autenticida-
de e identifica‹o com o leitor. A tec-
nologia aparece com destaque entre
as fontes desse tipo de v’cio estil’sti-
co. Tenha sempre presente, por isso,
que voc n‹o escreve para um pœbli-
co espec’fico, mas para leitores t‹o di-
versificados como uma dona de casa
e um empres‡rio, por exemplo. O que
soa familiar a este parecer‡ certamen-
te estranho ˆquela.
Acompanhe, na lista abaixo, ape-
nas alguns exemplos de palavras e ex-
press›es que cumpre evitar a todo
custo. Se uma ou outra pode atŽ ser
aceita em condi›es especiais, na
maioria, porŽm, elas s— prejudicam o
texto jornal’stico. N‹o serve de ate-
nuante o fato de algumas delas j‡ es-
tarem inclu’das nos dicion‡rios: o
papel deles Ž esse mesmo. Ao jorna-
lista compete saber escolher bem os
termos que usa e os registrados segu-
ramente n‹o se encontram entre eles
(atŽ mesmo porque grande parte deles
n‹o figura em nenhum vocabul‡rio da
l’ngua):adesiva‹o, agenciamento,
agendado, agiliza‹o, agudiza‹o,
alavancagem, antenado, apoiamen-
to, auditar, barqueata, bricolagem,
canibalizar, carnavalizador, carrea-
ta, carteliza‹o, catapultar, catastro-
fismo, coletivizar, coloquializar, con-
formemente, congressual, convenia-
248Raios X Rebuscamento

do, cooperativado, cosmopolitizar-
se, culpabilizar, deletado, descons-
trucionismo, descupiniza‹o, desen-
quadramento, desfaveliza‹o, des-
maniqueizar, desnarcotizar, desrati-
za‹o, desregulamenta‹o, desrepre-
samento, dessacralizador, deturpan-
te, dialogal, disponibilizar, elencado,
elenco de medidas, embasamento,
emblem‡tico, emblematizar, emer-
gencial, emocionalismo, encapsula-
mento de rejeitos, energizante, exper-
tisar, expressional, extrapolar, ficcio-
nalizar, fisicultor, flexibiliza‹o, for-
mata‹o (de jogo), hominiza‹o,
idealizante, instrumentalizar, listar,
literatizante, medalhado, mentali-
za‹o, mitologizar, mundanizar, nu-
cleada (regi‹o), nobelizado, obsta-
culizar, obviar, operacionalizar, opor-
tunizar, oscarizado, otimiza‹o, pa-
lat‡vel, parabenizar, paradigm‡tico,
parod’stico, periciado, prestigiamen-
to, pretensiosidade (o que existe Ž
pretens‹o), problematiza‹o, rebene-
ficiado, rentabilizar, republicanizar,
ressociabiliza‹o, sucatiza‹o, tan-
talizador, tecnologizado, transfusio-
nado(que recebeu transfus‹o), trata-
tiva, trivializante, urgencializar, ver-
baliza‹o, vivenciar ezerar.
2 Ñ Em casos excepcionais, pala-
vras podem ser criadas, quando as ne-
cessidades do notici‡rio e do momen-
to o exijam. Siga, porŽm, as regras do
idioma, a eufonia e principalmente o
bom senso. Veja, por exemplo, algu-
mas palavras bem-formadas:ambien-
talista, preservacionista, conserva-
cionista, superaquecimento, indexa-
‹o, terceiriza‹oe muito poucas
mais. Evite, porŽm, forar a ’ndole da
l’ngua. O melhor, por isso, Ž usar as
op›es que o portugus j‡ oferece:
voc e o jornal n‹o estar‹o correndo
nenhum risco.
3 Ñ Textos empolados ou fora-
dos. A dist‰ncia que separa a origina-
lidade do rebuscamento ou do texto
forado Ž muito pequena. Veja exem-
plos reais de textos em que o jornalis-
ta, em busca da criatividade, resvalou
para imagens empoladas e de gosto al-
tamente duvidoso:O primeiro tent‡-
culo do projeto multim’dia Tucano
Artes desembarca amanh‹ no Brasil,
faz show segunda-feira no Canec‹o e
mostra trabalho na quarta em S‹o
Paulo. / Hoje, a jogadora Maria faz
seu melhor ponto. No jogo da paix‹o,
ela arremessa uma aliana na m‹o
esquerda do empres‡rio SŽrgio de Al-
meida. / A taxa de desemprego na
Grande S‹o Paulo indicou o acrŽsci-
mo de 17 mil pessoas ao universo de
desempregados da regi‹o. / Relana-
mento alonga maturidade do produ-
to / Eram 500 sandu’ches natural-
mente escoltados por 50 caixas de
cerveja... / Congonhas ÔengessaÕv™os
para zerar atraso. / Mulheres que ha-
bitaram o poder a bordo do manda-
to dos maridos... / Ramo afinado de
outra ‡rvore geneal—gica de caule ro-
busto... / O economista, pela pr—pria
forma‹o, se comp›e na sociedade
como o profissional para o diagn—sti-
co e a lidana com o cerne da condi-
‹o do conv’vio entrelaado entre os
reinos da natureza, subst‰ncias e
condicionantes dessa social coexis-
tncia, de resultante a economia. / A
palavra, na sua multipluralidade sig-
nificativa, vacila em posicionar defi-
nitivamente a conceitua‹o referen-
te a jornalismo, pela diversidade de
seus ramos.
4 Ñ Ver tambŽm simplicidade, p‡-
gina 269.
ÒReceber das m‹osÓ.Redund‰ncia. Use
receber, apenas: O ministro da Fa-
zenda recebeu ontem do presidente
(e n‹o Òdas m‹osÓdo presidente)o
texto definitivo da reforma tribut‡-
ria. Se quiser dar nfase ao fato, acres-
cente do pr—prio: O ministro recebeu
ontem do pr—prio presidente...
Recife.Com artigo: oRecife,noRecife.
Reclamar.Regncia. 1 Ñ (tr. dir.). Exi-
gir, pedir, invocar: Reclamar seus di-
249ÒReceber das m‹osÓ Reclamar

reitos, reclamar justia, reclamar re-
formas, reclamar vingana, reclamar
melhores sal‡rios.2 Ñ (tr. ind.). Pro-
testar, opor-se a: Reclamar contra os
preos altos, reclamar dos pais, recla-
mar dos preos.3 Ñ (tr. dir. e ind.).
Invocar, implorar: Reclamou justia
ao presidente. / Reclamou a ajuda do
irm‹o.4 Ñ (intr.). Queixar-se, protes-
tar: Se n‹o estiver satisfeito, recla-
me. / Todos reclamavam muito.
Recomendado.Formas corretas: Foi re-
comendado pelo irm‹o. / Foi reco-
mendado aos superiores. / Foi-lhe re-
comendado repouso.No entanto,
ninguŽm pode ser Òrecomendado a
fazer algoÓ:Os militares est‹o sendo
Òrecomendados aÓevitar manifesta-
›es pol’ticas (o certo, neste caso, Ž
aconselhados)./Foi ÒrecomendadoÓ
a manter silncio (aconselhado, exor-
tado).
Recorde. ƒ invari‡vel como adjetivo:
marca recorde, preos recorde.
Recorrer. Recorre-se a alguŽm, mas re-
corre-se de uma decis‹o: O presiden-
te recorreu aos assessores para recor-
rer da decis‹o do Supremo (e nunca:
O presidente recorreu ҈Ódecis‹o do
STF).
Recrear, recriar.RecrearÑ divertir; re-
criarÑ transformar, criar novamen-
te.
Recusar.Regncia.1 Ñ Recusar alguma
coisa (tr. dir): O deputado recusou o
convite. / O pa’s recusou recorrer aos
bancos. / Recusou sair, recusou en-
trar, recusou fazer-lhe o favor.2 Ñ Re-
cusar alguma coisa a alguŽm (tr. dir.
e ind.): Recusou o favor aos amigos. /
Recusou a ajuda aos flagelados.3 Ñ
Recusar-se a (pron.): Recusou-se a
sair. / Recusou-se ˆ imposi‹o.
Rede.Com inicial maiœscula e em
corpo normal: Rede Globo, Rede
Manchete.
Refazer.Conjuga-se como fazer(ver, p‡-
gina 127).
Referendo.E n‹o ÒreferendumÓ.
ÒReferidoÓ.Use essedeputado,essapu-
blica‹o, em vez deÒreferido deputa-
doÓ, Òreferida publica‹oÓ, etc.
ÒReferir queÓ.AlguŽm referealguma
coisa, mas n‹o refere que.
Refletir-se.Alguma coisa se refletee
n‹o reflete, apenas: A denœncia refle-
tiu-se no Congresso. / A crise refletiu-
se na economia como um todo. / A
Lua refletiu-se no lago.
Refr‹o.Plural: refr‹os (prefira)e refr‹es.
Aten‹o: a forma Òrefr›esÓn‹o exis-
te.
Regncia.Este manual relaciona apenas
a regncia mais usual dos verbos,
substantivos e adjetivos ou as formas
que possam dar maior margem a dœ-
vidas, definindo-se, em alguns casos,
por uma delas, entre duas ou mais
poss’veis. Para as palavras n‹o previs-
tas neste volume, consulte o Dicion‡-
rio de Verbos e Regimes, o Dicion‡-
rio de Regimes de Substantivos e Ad-
jetivos(ambos de Francisco Fernan-
des), o Dicion‡rio Pr‡tico de Regn-
cia Verbal e o Dicion‡rio Pr‡tico de
Regncia Nominal (os dois œltimos
de Celso Pedro Luft), alŽm, evidente-
mente, dos dicion‡rios comuns, entre
os quais o Caldas Auletee o AurŽlio.
Regncia diferente.1 Ñ S— Ž poss’vel
dar o mesmo complemento a dois ou
mais verbos se eles tiverem regncia
idntica:Encontrou-se e jantou com
o amigo(encontrou-se com oamigo
e jantou com oamigo). / A Argentina
congela e reajusta preos e sal‡rios
(congelaos e reajustaos). / Subiu e
desceu pela escada(subiu pela e des-
ceu pela)./ Confiava e acreditava nos
filhos(confiava nos e acreditava nos).
2 Ñ Se a regncia for diferente, esse
tipo de ora‹o estar‡ errado, como
nos exemplos seguintes: Li e gostei do
artigo (li oartigo e gostei doartigo). /
Deputado ataca e pode romper com
o prefeito(ataca oe pode romper
com). / Pol’cia identifica e pede a pri-
s‹o dos assaltantes(identifica os e
pede a pris‹o dos). / N‹o conheo
250Recomendado Regncia diferente

nem me interesso pelo seu trabalho
(n‹o conheo oe n‹o me interesso
por). / Venha ver, ouvir e danar com
o grupo X(ver o,ouvir oe danar
com).Op›es: Li o livro e n‹o gostei
dele. / N‹o conheo o seu trabalho
nem me interesso por ele. / Venha ver
e ouvir o grupo X e danar com ele.
Caso a frase soe mal, estruture-a de
outra forma.
3 Ñ Como exce›es, admite-se
apenas o uso de entrar e sair, a favor
ou contra e antes, durante e depois,
por constitu’rem praticamente frases
feitas: Ele vive entrando e saindo do
time. / Voc Ž a favor ou contra a nova
lei?/ Antes, durante e depois da reu-
ni‹o, houve muitas discuss›es.
Regi‹o metropolitana.Iniciais minœs-
culas:A regi‹o metropolitana de S‹o
Paulo. / O governo quer ampliar o nœ-
mero de regi›es metropolitanas.
Regi›es do Brasil.1 Ñ Use inicial
maiœscula no nome das regi›es brasi-
leiras: Regi‹o Sul, Regi‹o Norte, Re-
gi‹o Leste, Regi‹o Centro-Oeste, Re-
gi‹o Oeste, Regi‹o Sudeste, Regi‹o
Nordeste(ou, de preferncia, apenas
Norte, Sul, Leste, Centro-Oeste,
Oeste, Sudeste e Nordeste).TambŽm:
as Regi›es Norte e Nordeste.2 Ñ Ofi-
cialmente as regi›es brasileiras s‹o
cinco, com a seguinte divis‹o: Norte
Ñ Acre, Amap‡, Amazonas, Par‡,
Rond™nia, Roraima e Tocantins; Nor-
desteÑ Alagoas, Bahia, Cear‡, Mara-
nh‹o, Para’ba, Pernambuco, Piau’,
Rio Grande do Norte e Sergipe;Cen-
tro-OesteÑ Distrito Federal, Goi‡s,
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul;
Sudeste ÑEsp’rito Santo, Minas Ge-
rais, Rio de Janeiro e S‹o Paulo; SulÑ
Paran‡, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul. 3 Ñ Fernando de Noronha dei-
xou de ser territ—rio e voltou a fazer
parte de Pernambuco. 4 Ñ Ver tam-
bŽm Estados, p‡gina 116.
Regionalismos.1 Ñ N‹o encampe, no
notici‡rio, termos que, embora co-
muns em alguns Estados, n‹o sejam
usados no restante do Pa’s (entre pa-
rnteses, a forma a adotar): gari (lixei-
ro), lanterneiro (funileiro), bombeiro
(encanador), mafu‡ (parque de diver-
s›es), guri (menino), sinaleira (sinal),
borracha (esguicho), passeio (cala-
da), aipim ou macaxeira (mandioca),
de ponta-cabea(de cabea para
baixo), jab‡ (carne-seca, carne-de-sol
ou charque, conforme o caso), etc.
2 Ñ Evite ainda regionalismos t’-
picos de S‹o Paulo: farol (use sinal),
guia (meio-fio), etc.
3 Ñ Lembre-se, finalmente, de que
moleque, na maioria dos Estados,
tem o sentido de menino marginal.
Por isso, evite a palavra.
ÒRegistrar queÓ.N‹o existe essa forma:
O deputado Òregistrou queÓo Brasil
deve 120 bilh›es de d—lares. Use:O
deputado disse, ressaltou, afirmou
que...
ÒRegra geralÓ.Redund‰ncia. Toda regra
Ž uma generaliza‹o.
Regredir.Conjuga-se comoagredir
(ver, p‡gina 34).
Regularizar. Regulariza-se a situa‹o de
uma pessoa e n‹o essa pessoa. Assim:
O clube j‡ regularizou a situa‹o de
Zezinho na CBF. E n‹o: O clube j‡
ÒregularizouÓZezinho na CBF. Da
mesma forma: regularizar a situa‹o
dos brasileiros nos EUA. E n‹o: ÒRe-
gularizar os brasileirosÓnos EUA.
Reino Unido.Compreende a Inglaterra,
a Irlanda do Norte, a Esc—cia e o Pa’s
de Gales.
Reitor.Feminino: reitora. Forma de tra-
tamento: Magn’fico Reitor, Magn’fi-
ca Reitora (aceit‡veis apenas em
transcri›es).
Reivindicar.ƒ mais forte que pedir ou
solicitar, equivalendo a reclamar, exi-
gir: Os sindicatos reivindicam au-
mento. / O povo reivindicava seus di-
reitos.Formas corretas: reivindicar,
reivindica‹o (nunca ÒreinvidicarÓ,
Òreinvidica‹oÓ, ÒreinvindicarÓou
Òreinvindica‹oÓ).
251Regi‹o metropolitana Reivindicar

Rela›es pœblicas.Sem h’fen, designa a
atividade: Ele trabalha em rela›es
pœblicas.Com h’fen, identifica o pro-
fissional: Ele Ž o rela›es-pœblicas da
empresa.
Rel‰mpago.Use como adjetivo quando
vier depois de um substantivo:tor-
neio rel‰mpago, com’cios rel‰mpa-
gos.
ÒRelatar queÓ.AlguŽm relataalguma
coisa, mas n‹o relata que.
Remediar.Conjuga-se como odiar(ver,
p‡gina 203): remedeio, remedeia, re-
medeiam, remedeie, etc.
RemŽdio.RemŽdio paraÑ ajuda a fun-
‹o de um —rg‹o: remŽdio para o co-
ra‹o, para o est™mago. RemŽdio
contraÑ combate uma doena: re-
mŽdio contra a aids, contra a gastri-
te.
Remiss‹o.1 Ñ Quando um texto fizer
referncia a outro publicado na
mesma p‡gina, Ž obrigat—rio remeter
o leitor a ele com indica›es em it‡-
lico como: ver ao lado, ver acima, ver
abaixo, ’ntegra ao lado,etc. Exem-
plos: Depois do encontro que manti-
veram ontem com dirigentes da CBF
(ver ao lado), os representantes da
Fifa... / Ao divulgar o texto do seu
Òmanifesto ˆ Na‹oÓ(’ntegra abaixo),
o deputado...
2 Ñ Se por alguma raz‹o not’cias
que tenham rela‹o entre si forem pu-
blicadas em editorias diferentes, con-
vŽm alertar o leitor para o fato por
meio de chamada no pŽ do texto ou
boxe em negrito e formato especial:
Outras not’cias sobre a greve na p‡gi-
na C5. / êntegras dos decretos na p‡-
gina B8. / A mensagem do governador
ˆ AssemblŽia est‡ na p‡gina A12.
3 Ñ Referncias ligeiras, no entan-
to, podem ser feitas no pr—prio texto:
Na entrevista, o governador mencio-
nou tambŽm as invas›es de terras no
Pontal do Paranapanema (ver notici‡-
rio na p‡gina 14)...
Render.Use dominar, e n‹o ÒrenderÓ,
que Ž jarg‹o policial, em frases como:
Ladr›es dominam(e n‹o ÒrendemÓ)
50 pessoas e roubam banco. / Os mo-
radores foram dominados (e n‹o
ÒrendidosÓ)pelos assaltantes.
Renomado.Prefira famoso ou cŽlebre,
palavras mais jornal’sticas.
Renovar. Exige complemento: O joga-
dor renovou o contrato com o clube.
En‹o apenas: O jogador renovou com
o clube.
Renunciar.1 Ñ Prefira a regncia indi-
reta: O ministro renunciou ao cargo. /
O ermit‹o renunciara aos prazeres
da vida. / Renunciou ˆ vida, renun-
ciou ˆ fama, renunciou a um direito.
2 Ñ Pode tambŽm dispensar comple-
mento: J‰nio Quadros renunciou em
1961..
Repelir.Conjuga‹o.Pres. ind.: Repilo,
repeles, repele, repelimos, repelis, re-
pelem. Pres. subj.: Repila, repilas, re-
pila, repilamos, repilais, repilam.
Imper. afirm.: Repele, repila, repila-
mos, repeli, repilam. Os demais tem-
pos s‹o regulares.
Repercuss‹o.1 Ñ A maior ou menor
import‰ncia de um fato determina a
sua repercuss‹o e, ao mesmo tempo,
o nœmero de linhas e retrancas que o
jornal dever‡ dedicar ao seu desdobra-
mento. Qualquer acontecimento tem
sempre dois tipos de repercuss‹o, a
natural e a provocada.
2 Ñ A repercuss‹o natural Ž a
—bvia. Numa acusa‹o, por exemplo,
ouvir a outra parte. Numa demiss‹o
injusta ou inesperada, procurar a v’ti-
ma. No despejo dos moradores de um
prŽdio, falar com eles.
3 Ñ A repercuss‹o provocada Ž a
que deve ser planejada pelos pautei-
ros e vai alŽm do —bvio. Numa acusa-
‹o, por exemplo, alŽm da parte atin-
gida, poder‹o ser ouvidos outros seto-
res. Idem numa demiss‹o injusta ou
inesperada. No despejo dos morado-
res de um prŽdio, entrevistar os vizi-
nhos ou autoridades.
4 Ñ Qualquer tipo de fato se pres-
ta a repercuss‹o. Por isso, procure se-
252Rela›es pœblicas Repercuss‹o

lecionar bem aqueles que realmente
a meream, por afetar a vida do Pa’s,
do Estado, do munic’pio ou de uma
comunidade, e fuja ao que se pode
considerar a Òs’ndrome da repercus-
s‹oÓ. Afinal, nem todo assunto a jus-
tifica.
5 Ñ Numa repercuss‹o, leve em
conta, entre outros, os seguintes fato-
res: a)as pessoas ouvidas devem ter
rela‹o com o fato ou autoridade para
opinar a respeito; b)numa repercus-
s‹o Ž natural que o leitor compare o
que os v‡rios entrevistados dizem Ñ
por isso, para que n‹o haja favoreci-
mentos ou injustias com eles, con-
vŽm que voc faa perguntas seme-
lhantes a todos; c)se o assunto justi-
ficar ampla repercuss‹o, ela dever‡
ser a mais variada poss’vel, ouvindo-
se todos os setores nele envolvidos
(trabalhadores, empres‡rios e gover-
no, por exemplo, num fato econ™mi-
co); d)lembre-se de que a popula‹o
Ž diretamente afetada pela maioria
dos acontecimentos, sejam eles o lan-
amento de um grande plano econ™-
mico ou uma simples mudana de
tr‰nsito Ñ por isso ela nunca deve ser
esquecida nas repercuss›es; e)pro-
cure informar-se sobre o fato cuja re-
percuss‹o voc vai cobrir, para n‹o
correr o risco de saber menos que o
entrevistado sobre o assunto; f)prepa-
re habitualmente uma rela‹o exten-
sa de pessoas a ouvir, pois raramente
voc conseguir‡ falar com todos aque-
les cuja opini‹o pretendia colher e Ž
sempre recomend‡vel ter nomes de
reserva; g)a diversidade permitir‡
ainda que voc reœna um nœmero ra-
zo‡vel de declara›es para escolher
entre elas apenas o essencial ou as
melhores; h)finalmente, tente ser ori-
ginal nas perguntas e n‹o limitar-se
somente ao —bvio.
Repercutir.Alguma coisa repercute,
mas n‹o se pode repercutir alguma
coisa. Assim: As declara›es do pre-
sidente repercutiram intensamente.
N‹o escreva, porŽm: O rep—rter Òre-
percutiuÓ, no Congresso, as declara-
›es do presidente.A op‹o: O rep—r-
ter fez a repercuss‹o, no Congresso,
das declara›es do presidente.
Repeti›es.N‹o transforme em preo-
cupa‹o obsessiva o receio de repetir
palavras na mesma frase ou muito
pr—ximas entre si. Se voc j‡ usou hos-
pital e estabelecimento, por exemplo,
recorra novamente a um deles, caso o
texto exija, e nunca a Ònosoc™mioÓ.
Atente, no entanto, para uma sŽrie de
verbos ou part’culas cujo emprego
abusivo chega, por vezes, a compro-
meter a matŽria:
1 Ñ Que. Talvez o caso mais
comum, pelo fato de o que exercer di-
versas fun›es na frase. Nem por isso,
porŽm, se justificam per’odos como:
Smith Ž o l’der da organiza‹o PTL,
que tem 500 mil seguidoresque,reli-
giosamente, contribuem com 15 d—-
lares todos os meses, o que d‡ uma
renda mensal de 7,5 milh›es de d—-
lares; ele teve de admitir nos œltimos
diasque realmente teve um envolvi-
mento sexual em 1980 com uma se-
cret‡ria de sua igreja eque foi extor-
quido em 11 mil d—lares paraque o
esc‰ndalo n‹o fosse revelado. / N‹o
existe um s— acontecimento hist—ri-
co que se possa suporque seja conhe-
cido de todos. / A refŽm disseque foi
puxada do carro e que conseguiu ar-
rancar a filha. / O propriet‡rio da
casa alegou que n‹o violou a lei e que
s— quis construir um jardim. / A re-
pres‡liaque todos temem que o pa’s
possa sofrer por parte dos credores...
2 Ñ Ser. Outro campe‹o de repeti-
›es, especialmente nas flex›es Ž,
s‹o, era, eram, foi, foram, ser‡, ser‹o,
seria e seriam: Para a torcida quefoi
ao Morumbi domingo, o resultadofoi
considerado bom, uma vez que,
numa situa‹o normal, o empate po-
deria tersido ruim, mas seria impos-
s’vel exigir mais do time naquelas
condi›es. / Eles ser‹o os primeiros a
253Repercutir Repeti›es

ser avisados. / Fulana, queŽirm‹ de
Y,Ž uma boa atriz e Ž muito eficien-
te no espet‡culo que est‡ sendo apre-
sentado no Teatro Paiol.
3 Ñ Ter e estar. Mais dois verbos
usados com pouca modera‹o: Ele
teve de admitir nos œltimos dias que
realmenteteve ... / O mandato do
presidente j‡est‡ definido e Ž uma
quest‹o que deveriaestar encerrada.
4 Ñ J‡. Os dois pa’sesj‡ destaca-
ram funcion‡rios para cuidar da
agenda do encontro, j‡ que um dos
temasj‡ definidos Ž...
5 Ñ Vai, v‹o. A carne bovina vai
fazer parte da tabela que a Sunabvai
divulgar atŽ o fim da semana, mas
n‹ovai subir mais de 10%, segundo...
6 Ñ Para. No caminho para o ele-
vador, pararampara ver.../ Para dis-
farar, ˆs vezes usam crianaspara
ganhar confiana.../O compositor
recebeu R$ 3 milh›es para ceder sua
mœsica para o comercial e mais R$
300 mil paraaparecer na TV.
7 Ñ Um, uma, seu, sua e cujo. S‹o
outros termos que se repetem com
freqŸncia muito superior ao admis-
s’vel.
Repetir.Conjuga-se como aderir(ver,
p‡gina 32).
Repetir de novo ou outra vez. Redun-
d‰ncia.Repetirj‡ significa fazer de
novo ou outra vez. Assim, repete-se,
apenas, uma frase, um erro, uma
constru‹o. Pode-se, no entanto, re-
petir de novo ou outra vez um fato se
ele j‡ foi (1)praticado e (2)repetido.
ÒRepetir o mesmoÓ.Mais uma redun-
d‰ncia (n‹o se repete outro). Escreva
apenas: O tŽcnico repetir‡ o time (e
n‹o Òo mesmo timeÓ)de domingo.
Reportagem.A reportagem pode ser
considerada a pr—pria essncia de um
jornal e difere da not’cia pelo conteœ-
do, extens‹o e profundidade. A not’-
cia, de modo geral, descreve o fato e,
no m‡ximo, seus efeitos e conseqŸn-
cias. A reportagem busca mais: par-
tindo da pr—pria not’cia, desenvolve
uma seqŸncia investigativa que n‹o
cabe na not’cia. Assim, apura n‹o so-
mente as origens do fato, mas suas ra-
z›es e efeitos. Abre o debate sobre o
acontecimento, desdobra-o em seus
aspectos mais importantes e divide-o,
quando se justifica, em retrancas di-
ferentes que poder‹o ser agrupadas
em uma ou mais p‡ginas. A not’cia
n‹o esgota o fato; a reportagem pre-
tende faz-lo. Na maior parte dos
casos, a reportagem decorre de uma
pauta que a chefia encaminha ao re-
p—rter, mas Ž comum o pr—prio rep—r-
ter escolher um assunto e sugeri-lo
aos superiores.
H‡ algumas instru›es fundamen-
tais que todos os rep—rteres podem se-
guir para que suas reportagens aten-
dam ˆs expectativas do leitor:
1 Ñ Escolha uma abertura atraen-
te, que prenda o leitor.
2 Ñ Mesmo que a reportagem seja
sobre assunto j‡ conhecido, procure
iniciar o texto com algum fato novo
ou que tenha passado despercebido.
3 Ñ Se sua reportagem tiver come-
o, meio e fim, ser‡ muito maior a
possibilidade de que o leitor consiga
acompanh‡-la sem esforo e sem
larg‡-la no meio.
4 Ñ Ordene os fatos. Eles s‹o mui-
tos numa reportagem e, por isso, de-
ver‹o ser agrupados em blocos que
guardem rela‹o entre si.
5 Ñ N‹o confie na mem—ria: anote
tudo que vir ou ouvir. Na hora de es-
crever o texto final, ser‡ sempre pre-
fer’vel ter material em excesso a fal-
tarem informa›es para completar a
reportagem.
6 Ñ Seja rigoroso na apura‹o dos
fatos e na sele‹o dos dados. Confira
e verifique todos os detalhes. Em caso
de dœvida, faa consultas posteriores
com especialistas, v‡ ao Arquivo.
Tudo se justifica para que a reporta-
gem n‹o contenha nenhum erro ou
informa‹o incompleta.
254Repetir Reportagem

7 Ñ Informa›es de ambiente,
quando relacionadas com os fatos des-
critos na reportagem, contribuem
para enriquec-la e torn‡-la mais viva
e completa.
8 Ñ Sempre que poss’vel, procure
saber o m‡ximo sobre o assunto que
vai transformar em reportagem. Voc
se sentir‡ muito mais seguro dessa
forma.
9 Ñ Trace um roteiro para as gran-
des reportagens; caso contr‡rio, voc
poder‡ perder-se na coleta dos dados.
10 Ñ Faa o mesmo para redigir a
reportagem: se ela for de pequena ex-
tens‹o, poder‡ ser ordenada mental-
mente, o que se consegue com a ex-
perincia. Reportagens muito longas,
porŽm, de uma p‡gina ou mais, devem
ser antecipadamente divididas em re-
trancas estanques, para que o traba-
lho se torne mais f‡cil.
11 Ñ Considere a pauta da repor-
tagem apenas um roteiro ou indica-
‹o (a menos que voc tenha instru-
›es terminantes para n‹o se desviar
do assunto); sua sensibilidade dir‡
quando voc pode dirigir a reporta-
gem para caminhos jornalisticamen-
te mais compensadores.
12 Ñ Colha todas as vers›es que
puder para o mesmo fato, confronte-
as e, a partir da’, selecione as mais ve-
ross’meis. Se for absolutamente im-
poss’vel optar por algumas delas, re-
gistre-as e mostre ao leitor os contras-
tes.
13 Ñ Confie especialmente no que
viu. Informa›es obtidas de outras
pessoas devem ser inclu’das com cau-
tela e critŽrio no texto, mencionando-
se sempre a fonte. Caso esta n‹o possa
aparecer, tente conferir a informa‹o
com outra fonte. Lembre-se: a dist‰n-
cia entre o furo e a barriga Ž muito
pequena.
14 Ñ Selecione, se poss’vel, mais
de um especialista ou entrevistado
que voc conte incluir na reportagem;
nem sempre voc vai conseguir falar
com aquele que quer.
15 Ñ Finalmente, pense sempre
que os assuntos s‹o c’clicos no noti-
ci‡rio. Por isso, uma consulta ao Ar-
quivo, antes de voc comear a prepa-
rar a reportagem, o ajudar‡ a buscar
‰ngulos novos e a n‹o repetir aquilo
que o jornal j‡ explorou exaustiva-
mente.
Represa. Inicial maiœscula: Represa Bil-
lings.
Reproduzir-se.AlguŽm ou alguma coisa
se reproduze n‹o reproduzapenas:
O cl‹ reproduziu-se rapidamente. /
Boas idŽias nem sempre se reprodu-
zem como deveriam.
RŽptil. Use esta forma. Plural: rŽpteis.
Repœblica. Inicial maiœscula quando a
palavra representa o Brasil ou a data
hist—rica: o presidente da Repœblica,
a Proclama‹o da Repœblica.
Repœblica Checa.E n‹o ÒTchecaÓ.
Requerer.Conjuga‹o. Pres. ind.: Re-
queiro, requeres, requer. Pret. perf.
ind.: Requeri, requereu, requereram.
M.-q.-perf. ind.: Requerera. Fut. ind.:
Requererei, requerer‡. Fut. pret.: Re-
quereria. Pres. subj.: Requeira, re-
queiramos.Imp. subj.: Requeresse.
Fut. subj.: Requerer, requereres.
Part.: Requerido. Como se v, NÌO
segue a conjuga‹o de querer.
ÒRequintes de crueldadeÓ. Lugar-
comum. N‹o use.
Residir em.Use a forma residireme n‹o
residira: Reside na Rua da Consola-
‹o. / Residia numa casa luxuosa.
Sempre que poss’vel, porŽm, prefira
morar em.
Resistir.1 Ñ Quem resiste resiste a: Re-
sistiu ˆs intempŽries. / Resistiu ˆs
press›es. 2 Ñ Por isso, existe a forma
resistir-lhe: N‹o conseguiu resistir-
lhe. Nunca, porŽm, Òresisti-loÓou Òre-
sisti-laÓ(como, por exemplo, na frase:
A press‹o Ž enorme e, para Òresisti-
laÓ...).
255Represa Resistir

Responder. 1 Ñ No sentido de dar res-
posta a alguŽm ou a alguma coisa, use
a regncia indireta: Responder ˆ
carta, responder ao of’cio, responder
ao documento, responder ˆs calœ-
nias, responder ao desafio, responder
ao esforo, responder aos tiros, res-
ponder pelos atos, respondeu-lhe sem
demora.2 Ñ Como transitivo direto
significa dizer em resposta: Respon-
deu o que queria. / Respondeu que
n‹o aceitava a proposta. 3 Ñ Pode
ainda ser transitivo direto e indireto:
Respondeu-lhe que pretendia mudar
de emprego. 4 Ñ Como dar resposta
a, pode ainda ser intransitivo (sem
complemento):Todos os chamaram,
mas ninguŽm respondeu.5 Ñ Apesar
de transitivo indireto, admite a voz
passiva com o mesmo significado de
dar resposta a: A carta foi respondida
pelo secret‡rio.
Ressarcir.S— tem as formas em que ao
c se segue i: ressarciu, ressarcimos,
ressarcissem. Por isso n‹o existe Òres-
sarceÓ, que pode ser substitu’do por
indeniza, compensa ou mesmo paga.
Ressentir.Conjuga-se como mentir
(ver, p‡gina 177).
Restabelecer. E n‹o ÒreestabelecerÓ.
Restar.Concord‰ncia normal:Sabia
que lhe restavam apenas dois meses
de vida. / N‹o restaram dœvidas aos
pol’ticos.
Resto.Por causa do sentido pejorativo,
evite frases como Òo restoÓda popula-
‹o, Òo restoÓda cidade, Òo restoÓdos
soldados, Òo restoÓdos habitantes.
Use os demais habitantes, na outra
parte da cidade, os soldados sobrevi-
ventese formas semelhantes.
Restringido, restrito. Restringidopode
ser usado tanto com ser e estar quan-
to com ter e haver: O uso de carros
oficiais foi restringido. / O governo
tinha restringido o uso de carros ofi-
ciais. Com ser e estar, admite-se tam-
bŽm o emprego de restrito: O uso de
carros oficiais estava restrito.
Resultar.1 Ñ Resultar n‹o pode vir
acompanhado de adjetivo ou partic’-
pio em frases como: Tanto esforo re-
sultou inœtil. / A festa resultou bri-
lhante. / O filme resultou aborreci-
do.No lugar, podem-se usar: foi, tor-
nou-se, veio a ser, fez-se, saiu-se. 2 Ñ
Jornalisticamente o verbo tem trs
usos mais comuns: a)Provir: Do pri-
meiro casamento, resultaram-lhe
dois filhos.b)Tornar-se, redundar:As
negocia›es resultaram em fracasso.
c)Ser conseqŸncia ou efeito: A deci-
s‹o resultou do consenso.
Reter.Aten‹o para algumas formas: re-
tinha (e n‹o ÒretiaÓ); reteve, retive-
ram(e n‹o ÒreteuÓ, ÒreteramÓ); retive-
ra (e n‹o ÒreteraÓ); se ele retivesse(e
n‹o se ele ÒretesseÓ); se ele retiver(e
n‹o se ele ÒreterÓ).
Reticncias.Indicam uma hesita‹o na
frase ou a falta de conclus‹o de uma
idŽia. Tm valor essencialmente lite-
r‡rio e devem ser evitadas nas not’-
cias, para n‹o lhes dar o car‡ter de in-
defini‹o. Jornalisticamente, as reti-
cncias s‹o admitidas nestes dois ca-
sos:
1 Ñ Nas legendas em seqŸncia: O
touro enfurecido investe contra os
populares ... / ... e Ž contido por um
toureiro improvisado.
2 Ñ Entre parnteses, para indicar
que uma cita‹o foi interrompida e
retomada mais adiante: Diz o estudo:
ÒA popula‹o brasileira Ž comedida
e repele os extremos. Teme os parti-
dos de direita ou de esquerda. (...)
Est‡ sujeita, porŽm, ˆ sedu‹o dos l’-
deres carism‡ticos que, ao longo dos
anos, tem elegido com certa const‰n-
cia.Ó
Retificar. Ver ratificar, retificar, p‡gina
248.
Retornar (liga‹o). Essa regncia n‹o
existe. Por isso, escreva que alguŽm
respondeu ou n‹o ˆ liga‹o e n‹o que
Òretornou a liga‹oÓ.
256Responder Retornar (liga‹o)

257
Retorquir.Conjuga‹o.S— tem as for-
mas em que ao quse segue eou i: re-
torquem, retorquiram, etc.
Retrair.Conjuga-se como cair (ver, p‡-
gina 55).
RŽveillon.Inicial minœscula e acento:
Ia participar da festa do rŽveillon.
Rever.Conjuga-se como ver(ver, p‡gi-
na 297).
Revertido. Escreva apenas que a renda
de alguma promo‹o reverter‡ em be-
nef’cio de uma institui‹o, e n‹o que
Òser‡ revertidaÓ: o verbo Ž indireto e
n‹o pode ter voz passiva.
RevŽs.Com s. Plural: reveses.
Revezamento, revezar.Comz.
Ribeir‹o.Inicial maiœscula: Ribeir‹o
das Lajes.
Rindo ˆ toa. Lugar-comum. Evite.
Ringue, rinque. Ringue Ñ tablado onde
os pugilistas lutam; rinque Ñ pista de
patina‹o.
Rio.1 Ñ Prefira Rio, apenas (e n‹o Rio
de Janeiro), para designar tanto a ci-
dade como o Estado: o Rio, o Estado
do Rio. 2 Ñ Use inicial maiœscula no
acidente geogr‡fico: Rio Tiet.
Rir.Conjuga‹o. Pres. ind.: Rio, ris, ri,
rimos, rides, riem.Imp. ind.: Ria, rias,
ria, r’amos, r’eis, riam. Pret. perf.
ind.: Ri, riste, riu, rimos, ristes, riram.
Pres. subj.: Ria, rias, ria, riamos, riais,
riam. Imper. afirm.: Ri, ria, riamos,
ride, riam; etc.
Ritmo da frase.1 Ñ Toda ora‹o, a n‹o
ser em casos especiais, tem um nœ-
cleo b‡sico, constitu’do de sujeito,
predicado e complementos. Para que
o leitor n‹o tenha sua aten‹o inter-
rompida por frases e adjuntos interca-
lados, procure seguir essa ordem na-
tural. O texto ter‡ maior fluncia e
ser‡ mais linear, dispensando o leitor
de esforos adicionais para apreender
rapidamente o sentido da frase. Em
outros casos, elementos da ora‹o
podem ser deslocados para dar-lhe
maior clareza ou para eliminar ambi-
gŸidades. E, ainda, para garantir me-
lhor ritmo ˆ frase.
Sinta, nesta extensa rela‹o de
exemplos, todos reais, como as for-
mas entre parnteses s‹o muito mais
diretas, expl’citas e objetivas que as
originais: A pior chuva da dŽcada pa-
ralisa h‡ cinco dias Curitiba (parali-
sa Curitiba h‡ cinco dias). / Ministro
promete tratar com rigor funcionalis-
mo (tratar funcionalismo com ri-
gor). / CafŽ eleva a US$ 2 bilh›es
saldo comercial (eleva saldo comer-
cial a US$ 2 bilh›es). / Ministro con-
sidera discuss‹o sobre mandato irre-
levante (irrelevante discuss‹o sobre
mandato). / Vigias matam no ABC
seis menores a tiros e facadas (matam
seis menores a tiros e facadas no
ABC). / Os brasileiros assistir‹o aos
Jogos Pan-Americanos pela televis‹o,
que ser‹o abertos... (assistir‹o pela
televis‹o aos Jogos Pan-Americanos,
que ser‹o abertos...)/ Mulher Ž quase
linchada por matar o filho (quase Ž
linchada...). / Ele sabe preparar como
ninguŽm peixes (sabe preparar peixes
como ninguŽm). / Altos sal‡rios pa-
gar‹o em 97 mais impostos (pagar‹o
mais impostos em 97). / Brasil tenta
mostrar que Ž o melhor do mundo
contra Rœssia (Brasil tenta mostrar
contra Rœssia que Ž o melhor do
mundo). / Aluguel caro p›e em fuga
inquilinos (p›e inquilinos em fuga). /
J‡ est‡ pronto o novo livro sobre o Bra-
sil de Thomas Skidmore (o novo livro
de Thomas Skidmore sobre o Bra-
sil). / N‹o ser‡ surpresa se o ano co-
mear com uma visita ao Brasil do
papa (visita do papa ao Brasil). / A
les‹o do cavalo pode conden‡-lo a
parar de correr irremediavelmente
(pode conden‡-lo irremediavelmen-
te a parar de correr). / Refrigerantes
est‹o mais caros 40% (40% mais
caros). / A campanha de combate aos
ratos da Prefeitura recebeu... (A cam-
panha da Prefeitura de combate aos
ratos recebeu...).
Retorquir Ritmo da frase

2 Ñ Quando uma ora‹o se desdo-
brar em outra, coloque a circunst‰n-
cia de lugar no fim da primeira, para
poder encadear as proposi›es: Este-
ve em 1977 no Brasil, onde deu uma
sŽrie de conferncias(e n‹o esteve no
Brasil em 1977, onde deu...).
3 Ñ A coloca‹o do adjetivo ao
lado do substantivo pode tambŽm tor-
nar as frases mais fluentes:fita ame-
ricana de a‹o(e n‹ofita de a‹o
americana), sele‹o feminina de vo-
leibol do Brasil(e n‹o sele‹o de vo-
leibol feminina do Brasil), etc.
4 Ñ Ver tambŽm coloca‹o das
palavras na ora‹o, p‡gina 64, colo-
ca‹o dos termos na ora‹o, p‡gina
65, ecoloca‹o pronominal, p‡gina
67.
RJ.Use a sigla apenas em t’tulos, quan-
do necess‡rio, para substituir oEsta-
do do Rio. Para a cidade, use Rio, que
tem o mesmo nœmero de sinais e
evita confus›es.
Rockefeller.Desta forma.
Rodovias. Adapte o nome ˆ grafia atual:
Rodovia Castelo (e n‹o ÒCastelloÓ)
Branco, Rodovia Osvaldo (e n‹o ÒOs-
waldoÓ)Cruz.
Roer.Conjuga-se como moer(ver, p‡gi-
na 180).
Romano...Liga-se com h’fen ao ele-
mento seguinte na forma‹o de adje-
tivos p‡trios: romano-‡rabe, roma-
no-germ‰nico.Nos demais casos: ro-
man—filo, romanologia.
Romeno.1 Ñ ƒ o natural da Romnia
(n‹o existem as formas ÒrumanoÓe
ÒRum‰niaÓ). 2 Ñ Exige h’fen na for-
ma‹o de adjetivos p‡trios:romeno-
bœlgaro, romeno-russo.
Romper-se.Alguma coisa rompe-see
n‹o rompe, apenas: A tubulac‹o rom-
peu-se com as chuvas. / A terra rom-
peu-se com o abalo.
Rosh Hashan‡.ƒ o ano-novo judaico.
Rota de colis‹o. Lugar-comum. N‹o
use.
Roubo.Ver furto, roubo, p‡gina 132.
ÒRoundÓ. Prefira assalto.
Rua.Inicial maiœscula: Rua Augusta.
Rubrica.Sem acento (pronuncia-se ru-
br’ca).
Rufi‹o. Flex›es: rufiona, rufi›es (prefi-
ra)e rufi‹es.
Ruir.Conjuga‹o.N‹o tem as formas
em que ao use seguiria aou o, mas
apenas aquelas com eou i: rui, ruem,
ruiu, etc.
Rupia.Sem acento (moeda).
Rush.Plural: rushes.
Russo...Liga-se com h’fen ao elemento
seguinte na forma‹o de adjetivos p‡-
trios: russo-americano, russo-bran-
co.Nos demais casos: russofilia, rus-
sofobia, russof™nico.
S.ƒ a abreviatura tanto de S‹o (S. Paulo)
como de Santo (S. Ant™nio)e Santa
(S. Catarina).
S.A. Abreviatura correta de Sociedade
An™nima (e n‹o ÒS/AÓ, a menos que
uma empresa adote esta forma). O
plural Ž S.As.: lei das S.As.
Saara.Sem h nem acento. Adjetivo: saa-
riano.
Sab‡.Desta forma, para designar o des-
canso dos judeus ou assemblŽia
de bruxas (e n‹o ÒshabbathÓou
ÒsabbatÓ).
Saber.Conjuga‹o.Pres. ind.: Sei,
sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem.
Pret. perf. ind.: Soube, soubeste,
soube, soubemos, soubestes, soube-
ram. M.-q.-perf. ind.: Soubera, soube-
ras, soubera, soubŽramos, soubŽreis,
souberam. Pres. subj.: Saiba, saibas,
saiba, saibamos, saibais, saibam. Imp.
sub.: Soubesse, soubesses, soubesse,
soubŽssemos, soubŽsseis, soubes-
sem. Fut. subj.: Souber, souberes,
258RJ Saber

souber, soubermos, souberdes, soube-
rem. Os demais tempos s‹o regulares.
Sabich‹o.Flex›es: sabichona e sabi-
ch›es.
ÒSacanaÓ.Vulgaridade. N‹o use, assim
como ÒsacanagemÓ, ÒsacanearÓ, etc.
Sacar.AlguŽm saca dinheiro ou saca
uma arma. Mas n‹o escreva que o tŽc-
nico Òsacou o jogador do timeÓnem
que o jogador Òfoi sacado do timeÓ.
Use, neste caso, tirar ou substituir.
Sacerdote. Feminino: sacerdotisa.
Sacrist‹o. Flex›es: sacrist‹, sacrist‹es
(prefira)e sacrist‹os.
Sacudir.Conjuga-se comoacudir(ver,
p‡gina 31).
Safado.Evite. Aceit‡vel apenas em de-
clara›es, e entre aspas.
ÒSafra agr’colaÓ.Redund‰ncia. Use
safra de gr‹os, de leguminosas, etc.
Ou, no sentido figurado, safra de ro-
mances, de best sellers.
Saint.Os nomes com Saint em francs
tm h’fen: Saint-Laurent, Paris Saint-
Germain.
Sair.1 Ñ Conjuga-se como cair(ver, p‡-
gina 55). 2 Ñ Cuidado com o duplo
sentido nos t’tulos quando se empre-
ga o verbo como sin™nimo de ser di-
vulgado. Assim, use a palavra nome
em frases como: Nomes de ministros
saem domingo(em vez de Ministros
saem domingo, constru‹o que pode
dar a idŽia de que eles se afastam do
cargo).
Sair-se melhor ou pior. Sair, nesses ca-
sos, Ž sempre pronominal e melhor
permanece invari‡vel: Os que se sa’-
ram melhor(e n‹o ÒmelhoresÓ)
foram... / Os jogadores sa’ram-se pior
(e n‹o ÒpioresÓ)do que o previsto.
Sal‡rios.Faa a distin‹o: sal‡rio Ñ o
que recebe o funcion‡rio de uma em-
presa privada ou o funcion‡rio pœbli-
co contratado com base na CLT; ven-
cimentosÑ nome dado aos proventos
dos funcion‡rios pœblicos munici-
pais, estaduais e federais, inclusive
dos militares e dos ju’zes; subs’dios
Ñ ganhos dos vereadores, deputados
estaduais e federais e senadores; soldo
Ñparte fixa dos vencimentos dos mi-
litares.
Saldar, saudar. Saldarsignifica pagar,
amortizar: Saldou a d’vida. Saudar
equivale a cumprimentar: Saudou as
pessoas presentes.
Saldo.N‹o use saldo para acidentes, in-
cndios, tumultos, etc., em frases
como: O ÒsaldoÓdo acidente foram
X mortes.Uma op‹o: O acidente dei-
xou 3 mortos e 12 feridos.
Salto.E n‹oÒSalto de ItuÓ.
Salvado, salvo.Use salvadocom ter e
haver e salvo, com ser e estar: Tinha
(havia)salvado, foi (estava)salvo.
Salvo.Concord‰ncia.Ver exceto, p‡gi-
na 122.
Salvo o caso.E n‹o Òsalvo no casoÓ:
Salvo(excetuado, salvado, afora)o
caso dos menores, a pol’cia prometeu
reprimir com rigor a agita‹o.
Samba-enredo. Plural: sambas-enredo.
Samb—dromo. Inicial minœscula: O des-
file ser‡ amanh‹ no samb—dromo.
San.N‹o traduza a palavra nos nomes
geogr‡ficos. Assim, San Diego, San
JosŽ, San Marino, San Salvador.
ònica exce‹o: S‹o Francisco (EUA).
San‹o, sancionar.Cuidado com o sen-
tido da frase, pois san‹oapresenta,
ao mesmo tempo, significados opos-
tos, facilmente confund’veis: 1 Ñ
Equivale a aprova‹o ou promulga‹o
(O projeto obteve a san‹o do presi-
dente)e genericamente a confirma-
‹o, ratifica‹o (A palavra ainda n‹o
tem a san‹o do uso). 2 Ñ Correspon-
de, inversamente, a puni‹o, pena:
san›es contra os grevistas, san›es
da ONU contra os dois pa’ses.3 Ñ
Sancionar, porŽm, deve ser usado
apenas no sentido positivo: sancionar
uma lei, sancionar a decis‹o da as-
semblŽia, etc.
Sandeu. Feminino: sandia.
Sanear (finanas).Para finanas, admi-
nistra‹o, governo ou corrup‹o, use
259Sabich‹o Sanear (finanas)

sanear, e n‹o ÒsanarÓ: Sanear as fi-
nanas do Pa’s, sanear a administra-
‹o estadual, sanear a corrup‹o no
governo, sanear o governo federal.
Santo, S‹o.1 Ñ Usa-se Santoquando o
nome comea por vogal ou h: Santo
Ant™nio, Santo Estv‹o, Santo Hen-
rique.Exce›es: Santo Tom‡s de
Aquino, Santo Jeremias, Santo Tirso,
Santo Cristo, Santo J—. O papa tam-
bŽm Ž o Santo Padre(evite esta forma,
porŽm). 2 Ñ S‹ovale para todos os
nomes iniciados por consoante:S‹o
Bento, S‹o Carlos, S‹o JosŽ.3 Ñ Para
o feminino, s— h‡ uma forma, Santa:
Santa Ins, Santa Helena.4 Ñ Abre-
viatura oficial: S.(tanto para S‹o
como para Santo e Santa). N‹o use
ÒSto.Óe ÒSta.Ó, portanto.
S‹o-paulino.E n‹o ÒsampaulinoÓnem
Òs‹opaulinoÓ. Plural: s‹o-paulinos.
S‹o Paulo (locais). N‹o se deixe levar
pelas placas: adapte o nome dos locais
de S‹o Paulo ˆs normas do Formul‡-
rio Ortogr‡fico. E veja quando eles
devem ou n‹o ter preposi‹o: Artur
Alvim (sem h), Bexiga (e n‹o Bixiga),
Butant‹, Campos El’sios, Ermelino
Matarazzo, Guaianases, Mooca (sem
acento), Santa Ifignia, Marginal do
Pinheiros, Marginal do Tiet (n‹o use
as formas Marginal do Rio Pinheiros
e Marginal do Rio Tiet ou Marginal
Pinheiros e Marginal Tiet), Parque
do Ibirapuera, Largo Paiandu, P‡tio
do ColŽgio, Brigadeiro Lu’s Ant™-
nio, Ea de Queir—s, EnŽias (e n‹o
EnŽas)Carvalho de Aguiar, Domin-
gos de Morais, Gas™metro, Juscelino
Kubitschek, Lu’s Gama, Pais de Bar-
ros, Pais Leme, Paraguau, Turiau,
Venceslau Br‡s, Washington Lu’s,
etc.
S‹o Vicente de Paulo.De Paulo e n‹o de
Paula. N‹o confundir com S‹o Fran-
cisco, este sim de Paula.
Satisfazer.1 Ñ Admite tanto a regncia
direta como a indireta. Por quest‹o de
uniformidade, prefira a direta no sen-
tido de atender, contentar, realizar,
cumprir, preencher, observar, etc.: A
produ‹o satisfaz a procura. / Satis-
fazer suas necessidades. / Satisfazer
o esp’rito. / Satisfez o pedido do pai. /
Satisfez o pai, a m‹e, o chefe. / Satis-
fazia as condi›es exigidas.2 Ñ Co-
mo sin™nimo de convir, ser conve-
niente ou agradar, prefira, no entanto,
usar satisfazer com objeto indireto: A
oferta n‹o lhe satisfez. / A proposta
lhe satisfez.3 Ñ Pode ainda ser in-
transitivo (sem complemento): A res-
posta n‹o satisfez. / Apesar de tudo,
o trabalho satisfez.4 Ñ Admite a
forma pronominal: Comeu atŽ satis-
fazer-se. / Satisfazia-se com pouco.
5 Ñ Conjuga-se comofazer(ver, p‡-
gina 127): satisfao, satisfazes; satis-
fazia; satisfiz; satisfizera; satisfarei;
satisfaria; que eu satisfaa; se eu sa-
tisfizesse; se eu satisfizer; etc.
Se (concord‰ncia).1 Ñ O verbo concor-
da com o sujeito: Faz-se an‡lise,
fazem-se an‡lises. / Vendem-se
casas. / Alugam-se apartamentos. /
As leis que se faziam necess‡rias... /
Eram fotos em que se viam meni-
nas... / Considerem-se os artigos tais
e tais... / Que se busquem novos acor-
dos... / Logo se ver‹o os craques lo-
cais na TV. / Suponham-se dois fun-
cion‡rios igualmente talentosos... / A
pesquisa mostra em que continente
se marcam mais gols. / Na roda se co-
mentavam os erros e acertos do go-
verno.
2 Ñ Na locu‹o verbal, o auxiliar
Ž que se flexiona: Devem-se conver-
ter os reais em d—lar. / Podem-se ins-
tituir novas leis... / As obje›es que
se costumam fazer... (Para alguns gra-
m‡ticos, pode-se ou n‹o flexionar o
auxiliar nestes casos: costuma-se fa-
zer muitas cr’ticas ou costumam-se
fazer muitas cr’ticas.Mesmo eles, no
entanto, admitem que, com os auxi-
liares dever e poder, a pr‡tica mais ge-
neralizada Ž levar o verbo para o plu-
ral: devem-se converter, podem-se
260Santo, S‹o Se (concord‰ncia)

instituir.Por isso, no Estado, prefira
o plural.)
3 Ñ H‡ casos em que a locu‹o ver-
bal fica invari‡vel (o sujeito Ž o infi-
nitivo). Regra pr‡tica: se o infinitivo
n‹o puder ser substitu’do por ser mais
partic’pio, o auxiliar fica no singular.
Exemplos: Pretende-se refazer as nor-
mas de estilo(n‹o se pode dizer Òpre-
tendem ser refeitasÓ,ao contr‡rio de
devem-se refazer as normas,equiva-
lente a devem ser refeitas as normas).
Outros exemplos: N‹o se conseguiu
obter informa›es. / Tenta-se contra-
tar novos funcion‡rios. / Quer-se in-
troduzir novos processos de impres-
s‹o.
4 Ñ Note que o verbo isolado (caso
1)e o auxiliar, nestes casos (dever,
poder, costumar), s‹o sempre transi-
tivos diretos (introduzem objeto dire-
to). Se o verbo for transitivo indireto
(seguido de preposi‹o), fica invari‡-
vel: Precisa-se de ascensoristas. /
Trata-se de casos sem solu‹o. /
Deve-se recorrer a novos exemplos. /
S— se falava desses jogadores. / ƒ ur-
gente que se rompa com esses pa-
dr›es (e nuncaÒprecisam-seÓde,
Òtratam-seÓde, Òdevem-seÓrecorrer
a, s— Òse falavamÓdesses, que Òse
rompamÓcom,etc.).
Se (uso errado).N‹o se usa o pronome
se:
1 Ñ Em express›es como dif’cil de,
f‡cil de, bom de, ruim de, pass’vel de,
duro de, agrad‡vel de, etc., que j‡ tm
valor passivo (dif’cil de ser feito, f‡cil
de ser entendido):f‡cil de entender,
dif’ceis de vender, bom de fazer, ruim
de tomar, pass’vel de errar, duro de
roer, agrad‡vel de recordar.
2 Ñ Quando o conjunto pronome
mais infinitivo equivale a um adjeti-
vo (Ž de admirar = Ž admir‡vel): Foi
de espantar(espantosa)tamanha ou-
sadia. / Eram de esperar (esperadas)
melhores rela›es entre os dois pa’-
ses. / Foram de pasmar suas ofen-
sas. / Ser‹o de temer novos retroces-
sos. / ƒ de entender que ele se com-
porte dessa forma.Igualmente: de
notar, de impressionar, de compreen-
der, de tolerar, de acreditar. No nega-
tivo, usa-se a mesma forma:N‹o
ser‹o de temer tais retrocessos. / N‹o
Ž de espantar que se comporte
assim. / N‹o seria de esperar tama-
nha compreens‹o.
3 Ñ Quando n‹o tem fun‹o algu-
ma na ora‹o:ƒ preciso pensar (e n‹o
Òpensar-seÓ)nisso. / ƒ preciso cogitar
(e n‹o Òcogitar-seÓ)desse caso. / ƒ
hora de fazer o invent‡rio. / ƒ dif’cil
conseguir a cura da aids. / ƒ comum
encontrar pessoas paradas nessa es-
quina. / Esta Ž uma forma de fortale-
cer o partido. / O contra-ataque Ž a
maneira mais f‡cil de chegar ao gol. /
H‡ planos para construir um centro
de produ‹o em S‹o Paulo.
ÒSe aÓ, Òse oÓ, Òse asÓ, Òse osÓ.S‹o erra-
das ora›es em que o seaparece na
fun‹o de sujeito ao lado do pronome:
N‹o Òse oÓsabe. / Sempre Òse aÓv. /
As p‡ginas ficar‹o mais leg’veis de-
senhando-Òse-asӈ tinta. / Fazendo-
Òse-osÓsair j‡, chegar‹o ao litoral
antes de escurecer.Outros exemplos
vetados: Òd-se-oÓ, Òdiz-se-aÓ, Òacre-
dita-se-oÓ, etc. N‹o confunda com o
seconjun‹o:Se o homem sair... / Se
as mulheres vierem...
Se acaso...ƒ a forma correta:ÒSe acaso
voc chegasse...Ó/ Se acaso voc via-
jar ainda hoje, n‹o deixe de me avi-
sar.N‹o existe a constru‹o Òse casoÓ
voc viajar... H‡, isto sim, o equiva-
lente: Caso voc viaje ainda hoje,
n‹o deixe de me avisar.
Se‹o, sec‹o, sess‹o, cess‹o.1 Ñ
Se‹o. Equivale a divis‹o, reparti‹o,
segmento, parte de uma publica‹o
ou de um todo, setor, etc.: Se‹o Elei-
toral, Se‹o de Tr‡fego, Se‹o de Es-
portes, se‹o de metais(numa or-
questra), dŽcima se‹o, cap’tulo di-
vidido em se›es, se‹o de brinque-
dos oude roupas, se‹o de linha de
™nibus.Use se‹oem vez de sec‹o
261Se (uso errado) Se‹o, sec‹o, sess‹o, cess‹o

em todos esses casos, embora coexis-
tam as duas formas. 2 Ñ Sec‹o. Em-
pregue a palavra apenas no caso em
que corresponde a corte, amputa‹o:
sec‹o da aorta.E em derivados como
vivissec‹o. 3 Ñ Sess‹o. ƒ o tempo
que dura uma reuni‹o, espet‡culo ou
trabalho, e tambŽm esse pr—prio ato:
sess‹o de cinema, sess‹o de teatro,
sess‹o de pancadas, a sess‹o do Con-
gresso, as sess›es da Constituinte,
sess›es di‡rias de radioterapia, ses-
s‹o humor’stica,etc. 4 ÑCess‹o.
Ato de ceder: cess‹o de bens, cess‹o
de um prŽdio, cess‹o de direitos.
Secretaria.Em maiœsculas:a Secretaria
do Turismo, as Secretarias de Justia
e Promo‹o Social.Em minœsculas:
a secretaria, essa secretaria(segunda
referncia): PMDB quer mais uma se-
cretaria. / O governador reformular‡
as secretarias.
Secretariado. Inicial minœscula: A reu-
ni‹o do secretariado vai comear ˆs
9 horas.
SŽculos.1 Ñ AtŽ 10, em ordinais; de 11
em diante, em cardinais. Use algaris-
mos ar‡bicos e n‹o romanos: sŽculo
1¼, sŽculo 10¼, sŽculo 19 (e n‹o XIX),
sŽculo 20(a norma oficial recomenda
algarismos romanos: sŽculo XX).2 Ñ
Abreviatura (s— para casos excepcio-
nais):sŽc., sŽcs.
Sede.Liga-se com h’fen a outro substan-
tivo: pa’s-sede, edif’cios-sede.
Sediar. 1 Ñ Palavra vetada. O verbo n‹o
existe formalmente no idioma e pode
ser substitu’do por ser a sede de, or-
ganizar, promover, etc.: Sydney ser‡
a sede da Olimp’ada de 2000. / Ci-
dade quer promover (organizar)cam-
peonato de veteranos.2 Ñ Em vez de
ÒsediadoÓ, use com sede em: Empre-
sa com sede na capital.
ÒSe estivesse vivoÓ.N‹o use: Ž f—rmula
ultrabatida.
Seguir.Conjuga-se como servir(ver, p‡-
gina 266): sigo, segues; que eu siga;
segue tu, segui v—s; etc.
Segundo clich.ƒ uma not’cia inclu’da
no jornal depois que parte de sua edi-
‹o j‡ fechou ou rodou. N‹o abuse do
recurso porque sempre haver‡ leito-
res de cujos exemplares a informa‹o
n‹o constar‡. Existem trs casos que
justificam um segundo clich:
1 Ñ Not’cia imprevista, recebida
pela Reda‹o depois do seu hor‡rio de
fechamento. Em situa›es semelhan-
tes, o mais pr‡tico e menos demora-
do Ž colocar a not’cia em 2¼ clich no
lugar de outra menos importante. Se
o 2¼ clich, porŽm, exigir maior des-
taque, n‹o hesite atŽ mesmo em re-
formular a p‡gina para dar ao fato o
seu devido relevo. Para o 2¼ clich
atingir o maior nœmero poss’vel de
exemplares, evite, na reformula‹o
da p‡gina (quando necess‡ria), re-
compor os textos ou t’tulos (fazendo-
o apenas em casos extremos), a fim de
que a montagem da nova p‡gina se d
no menor prazo poss’vel.
2 Ñ Not’cia prevista, com base em
fato que se realizou depois do hor‡rio
de fechamento da edi‹o ou que esta-
va em desenvolvimento quando o jor-
nal encerrou os trabalhos normais.
Feche a p‡gina com um texto que
possa ser substitu’do em 2¼ clich. No
caso de uma competi‹o esportiva,
por exemplo, em 1¼ clich pode entrar
o notici‡rio do dia dos clubes envol-
vidos e, em 2¼, o jogo que tenham dis-
putado entre si. Se o fato for uma reu-
ni‹o, a not’cia de 1¼ clich pode rela-
tar o que ocorreu atŽ um determina-
do hor‡rio (sempre com a indica‹o:
atŽ as 22, 23 ou 24 horas de ontem, e
nunca atŽ o momento em que encer-
r‡vamos esta edi‹o, porque o leitor
n‹o sabe qual Ž esse momento)e de-
pois ser reformulada, com o acrŽsci-
mo dos fatos posteriores.
3 Ñ Eventual corre‹o de texto
com erro que seja percebido a tempo.
Deve ser feita sempre que necess‡rio,
uma vez que a inten‹o da empresa Ž
apresentar ao leitor uma edi‹o o
262Secretaria Segundo clich

mais poss’vel isenta de falhas. De
qualquer forma, a agilidade na prepa-
ra‹o do 2¼ clich Ž essencial para que
a not’cia figure no maior nœmero pos-
s’vel de exemplares. Por isso, quando
voc estiver esperando um 2¼ clich,
deixe ˆ m‹o todas as informa›es dis-
pon’veis para montar a not’cia no
menor espao de tempo.
ÒSegundo informouÓ.Evite as formas
segundo informou ontem, segundo
revelou ontem,etc. Use apenas infor-
mou, revelou, disse, afirmou.
Segundo o qual.Use segundo o qual ou
os quais, e n‹o Òsegundo quemÓ: A
testemunha segundo a qual(e n‹o
Òsegundo quemÓ)o crime ocorrera
assim. / N‹o revelou o nome dos mi-
nistros segundo os quais(e n‹o Òse-
gundo quemÓ)a economia entraria
em recess‹o.
Segurado, seguro.Use seguradocom ter
e haver e seguro, com ser e estar:
Tinha (havia)segurado, foi (estava)
seguro.
Seguro-desemprego. Plural: seguros-de-
semprego. Da mesma forma: seguros-
saœde.
Seio.1 Ñ Use a palavra apenas para de-
signar a parte do corpo ou a materni-
dade (o seio materno, seios pequenos,
seios grandes, opera‹o nos seios).A
express‹o no seio de(no seio da fam’-
lia, no seio da sociedade, no seio da
Igreja, no seio do governo)deve ser
substitu’da por no, na, no interior de,
no meio de ou equivalente.
Sele‹o.Inicial minœscula: a sele‹o
brasileira de futebol, a sele‹o brasi-
leira, a sele‹o, a sele‹o brasileira
de v™lei, a sele‹o italiana.
Sem...1 Ñ Deve ser sempre seguido de
h’fen quando forma unidades vocabu-
lares: sem-cerim™nia, sem-fam’lia
(pessoa que n‹o tem fam’lia), sem-
fim (extens‹o ilimitada), sem-luz (o
que vive nas trevas), sem-par, sem-
pudor (despudor), sem-pulo(chute),
sem-raz‹o(falta de raz‹o), sem-sal,
sem-trabalho(desempregado), sem-
ventura (desventura), sem-vergonha.
Exce‹o: sensabor.
2 Ñ N‹o tm plural, nem como
substantivos, nem como adjetivos, as
seguintes palavras compostas inicia-
das por sem: sem-casa, sem-dinheiro,
sem-fam’lia, sem-lar, sem-luz, sem-
p‹o, sem-par, sem-sal, sem-terra,
sem-teto, sem-trabalho e sem-vergo-
nha (os sem-casa, dois sem-terra, os
homens sem-trabalho, moas sem-
sal, eram muito sem-vergonha, cabe-
los sem-par, os sem-lar e sem-p‹o,
etc.).
3 Ñ Admitem o plural: sem-ceri-
m™nia, sem-cerimonioso, sem-nome,
sem-nœmero, sem-pulo e sem-vergo-
nhice (atrocidades sem-nomes, os
sem-nœmeros, as sem-cerim™nias, os
sem-nœmeros, dois sem-pulos, as
sem-vergonhices,etc.).
ÒSem‡foroÓ. Prefira sinal.
Semana. l Ñ O domingo Ž o primeiro e
n‹o o œltimo dia da semana; portan-
to, na edi‹o dominical, esta semana
designa apenas a que est‡ comean-
do, e n‹o a que acabou. 2 Ñ A sema-
na em que se est‡ Ž sempre esta, e
nunca ÒessaÓ.
Semana passada, semana que vem. Pre-
fira as express›es na semana passada
e na semana que vem, que seguem as
normas gramaticais e s‹o muito mais
euf™nicas: O ator chegou ao Brasil na
semana passada (em vez de semana
passada)./ A casa de shows ser‡
inaugurada na semana que vem (no
lugar de semana que vem).
Semana Santa.Iniciais maiœsculas.
Semi...Prefixo que exige h’fen antes de
vogal, h, r e s: semi-autom‡tico,
semi-eixo, semi-internato, semi-ofi-
cial, semi-œmido, semi-homem,
semi-real, semi-selvagem.Nos de-
mais casos: semib‡rbaro, semic’r-
culo, semifinal, semiport‡til.
Sem-nœmero, sem nœmero.1 Ñ Sem-
nœmeroŽ substantivo: Havia ali um
sem-nœmero de pessoas (um nœmero
indeterminado). 2 Ñ Sem nœmero, in-
263ÒSegundo informouÓ Sem-nœmero, sem nœmero

vari‡vel, tem fun‹o adjetiva: Passou
por perigos sem nœmero(inumer‡-
veis).
Sem o qual.Por eufonia, use sem o qual,
e n‹o Òsem quemÓ:Era o amigo sem
o qual(e n‹o Òsem quemÓ)nunca
sa’a.
Senado.O nome oficial Ž Senado Fede-
ral, mas prefira Senado, apenas (n‹o
existe outro).
Senador por.E n‹o de: senador por S‹o
Paulo.
Se n‹o, sen‹o.1 ÑSe n‹o(trata-se da
conjun‹o secom o advŽrbio n‹o):
a)Pode ser substitu’do por caso
n‹o: Se n‹o chover(caso n‹o chova),
o est‡dio dever‡ ficar lotado. / Este
exemplo diz tudo; se n‹o(caso n‹o),
vejamos. / Ser‹o advertidos se n‹o
forem trabalhar.
b)Equivale ainda a quando n‹o:
Seriam como irm‹os, se n‹o (quando
n‹o)como pais e filhos. / Esta Ž, se
n‹o(quando n‹o)uma miss‹o impos-
s’vel, pelo menos uma tarefa muito
dif’cil. / Se convŽm, Ž delicado; se
n‹o, Ž taxativo. / Queremos contra-
tar trs novos empregados, se n‹o
quatro.
c)O seŽ conjun‹o integrante e in-
troduz ora‹o que funciona como ob-
jeto direto: O rep—rter perguntou se
n‹o era melhor adotar outra solu‹o
(o rep—rter perguntou o qu?Isto: se
n‹o era melhor...)./ Queria saber se
n‹o havia mais lugar na sala (queria
saber isto: se n‹o havia...). / Todos lhe
ponderaram se n‹o devia esperar
mais.
2 Ñ Sen‹o. Pode ser substitu’do
por:
a)Do contr‡rio, de outra forma,
ali‡s: Ande logo, sen‹o chegaremos
atrasados. / As empresas precisam
aumentar a receita, sen‹o n‹o ter‹o
como pagar aos funcion‡rios. / Eis a
vantagem, disse, sen‹o ela nunca o
procuraria.
b)A n‹o ser, mais do que, menos,
com exce‹o de: N‹o vieram sen‹o
eles dois. / N‹o lhe restava sen‹o o
tempo. / O cora‹o n‹o Ž sen‹o um
—rg‹o muscular. / N‹o fazia outra
coisa sen‹o chorar. / N‹o conseguia
pensar em mais nada sen‹o nos fi-
lhos. / N‹o pode fazer nada mais
sen‹o reclamar.
c)Mas, mas sim, mas tambŽm:
Isto n‹o cabe a ele, sen‹o aos ami-
gos. / N‹o o fez para irrit‡-lo, sen‹o
para adverti-lo. / NinguŽm ama o que
deve, sen‹o o que deseja.
d)De repente, de sœbito, eis que
(como sen‹o quando): Eis sen‹o
quando todos o viram chegar. / E foi
sen‹o quando os presentes o pude-
ram desmascarar.
e)Mas antes, mas sim (como sen‹o
que): Agora, n‹o falar‡ apenas por
uma rede de TV, sen‹o que por todas
as emissoras. / Queria o trabalho
pronto n‹o amanh‹, sen‹o que dali
a duas horas.
f)Falha, defeito, obst‡culo(como
substantivo): N‹o h‡ pessoa sem
sen‹o. / Havia muitos sen›es no
texto. / S— tinha um sen‹o: era muito
inst‡vel.
Sen‹o a.Antes de pronomes, use sem-
pre sen‹o a: N‹o tinha outros paren-
tes sen‹o a eles (em vez de: sen‹o
eles). / N‹o visitava ninguŽm sen‹o
a n—s.
Senatoria.Designa o cargo de senador,
assim como a dura‹o dessas fun›es
(pronuncia-se senator’a). Senat—ria Ž
o adjetivo correspondente: fun‹o se-
nat—ria, cadeira senat—ria.
ÒSendo queÓ.Nunca use. ƒ um pŽssimo
recurso de express‹o, evit‡vel em
todos os casos: A constru‹o seguiu
ritmo lento, Òsendo queÓs— termi-
nou em 1930 (es— terminou em...). /
Compareceram ˆ reuni‹o dez depu-
tados, Òsendo queÓtrs... (dos quais
trs...). / O nœmero de pessoas atin-
gidas pela radia‹o subiu para 21,
Òsendo queÓduas em estado grave
(duas das quais em estado grave).
264Sem o qual ÒSendo queÓ

Senhor.N‹o use, no notici‡rio, as for-
mas senhorou sr.antes de nome pr—-
prio. Assim, escreva: O presidente da
comiss‹o, Jo‹o da Silva (e n‹osenhor
ou sr. Jo‹o da Silva)...
Senhora.Ver marido e mulher, p‡gina
173.
Snior.Plural: seniores (™).
Sensa‹o.Liga-se com h’fen a outro
substantivo: menino-sensa‹o, atle-
tas-sensa‹o.
Sentar(-se)a.1 ÑSentar ou sentar-se
em significa sentar em cima de: Sen-
tou na cadeira, na poltrona. / Sentou-
se na mesa (sobre a mesa), para de-
monstrar informalidade. 2 Ñ No
sentido de tomar assento ao lado de,
o verbo exige a preposi‹o a: Sentou-
se ˆ (e n‹o ÒnaÓ)mesa para almoar. /
Sentou ˆ m‡quina para trabalhar. /
Sentou-se ao piano. / Sentou-se ˆ (e
n‹o ÒnaÓ)janela para assistir ao des-
file.
Sentido incompleto.1 Ñ Os verbos
transitivos (diretos e indiretos)
pedem sempre complemento. O
mesmo ocorre com certas palavras e
express›es que, sozinhas, tornam in-
completo o sentido da ora‹o. Veja
sempre se o texto que voc escreveu
n‹o deixa no ar uma destas perguntas:
o qu?quem?de qu?do qu?
Eis alguns exemplos de ora›es
com sentido incompleto:Parlamen-
taristas desistem de impugnar (o
qu?). / Ministro rejeita exigncia de
desapropriar(o qu?)de colonos gaœ-
chos. / Governador desafia Planalto,
mas concilia(o qu?quem?)em seu
Estado. / Secret‡rio assina(o qu?)
pelo governador e indica (quem?)
para autarquia. / Vestibular comea
a inscrever(quem?). / O jogador n‹o
treinou ontem e disse que dificilmen-
te deve renovar (o qu?). / Ministros
acham que procurador n‹o criticou
(quem?). / Deputados articulam
(o qu?)para que Congresso vote
emenda logo. / Rio mobiliza (o qu?
quem?)para apresentar emendas. /
L’der diz que advers‡rios manipu-
lam (o qu?quem?). / Irrita‹o levou
ministro a acusar (quem?), diz porta-
voz. / Ele era avesso (a qu?). / Ele es-
tava desejoso(de qu?). / O atacante
matou no peito (o qu?), tentou dire-
to (o qu?)e colocou para fora (o
qu?). / O zagueiro tentou atrasar (o
qu?)e quase fez contra (o qu).
2 Ñ N‹o Ž suficiente a palavra a
que o texto se refere ter sido expressa
antes. Um pronome ou um sin™nimo
deve substitu’-la na ora‹o seguinte:
O livro dever‡ ser vendido tambŽm
nas bancas de jornais e a idŽia Ž pu-
blicar (public‡-lo)em apenas um vo-
lume. / O piloto estava com uma
unha ferida, porque a moto caiu em
cima (em cima dela). / Jo‹o, improvi-
sado de lateral, n‹o se adaptou (ˆ po-
si‹o)e dever‡ ser substitu’do no
time. / O jogador se disse disposto a
comprar o seu passe e negociar(ne-
goci‡-lo)diretamente com outra
equipe. / Ameaaram o casal e (o)
mandaram passar para o banco de
tr‡s.
3 Ñ Em casos excepcionais, fica
claramente subentendido o que se
quer expressar e, por isso, admitem-
se constru›es como: Governador
atropela e n‹o socorre. / Usinas de
Caraj‡s ser‹o obrigadas a reflores-
tar. / Quem for comprar agora vai
pagar muito mais pelos carros. / O
governo poder‡ contratar com sal‡-
rios de mercado. / Um local preferi-
do de quem navega e pesca. / Piloto
abandona na terceira volta. Lembre-
se, porŽm: s‹o casos excepcionais. A
norma Ž n‹o deixar no ar as pergun-
tas o qu?quem?de qu?do qu?
Sentimentos.Os sentimentos e emo-
›es das pessoas devem ser registra-
dos com a devida cautela para que o
texto n‹o se torne piegas. Ë exce‹o
dos estados mais aparentes (choro,
acesso de loucura e outros), procure
traduzir a agita‹o, calma ou nervo-
sismo da pessoa descrevendo suas ati-
265Senhor Sentimentos

tudes. Exemplo: agitando sem cessar
as m‹os, fumando um cigarro atr‡s
do outro, piscando ininterruptamen-
te, fazendo gestos de impacincia,
mexendo-se incessantemente na ca-
deira, falando de forma pausada, cru-
zando e descruzando as pernas,
olhando a todo momento o rel—gio.
Enfim, mostre como a pessoa se com-
portava em vez de procurar definir
suas atitudes com palavras. Nada, por
exemplo, autoriza a frase o jogador,
nervoso, errou o chute. Pode ter erra-
do simplesmente porque tocou mal
na bola. Ouencerrando a entrevista
mais cedo porque aparentemente
n‹o gostou das perguntas. Quem ga-
rante que foi por isso?
Sentir.Conjuga-se como mentir(ver,
p‡gina 177).
Sentir mais infinitivo. 1 Ñ N‹o flexio-
ne o infinitivo: Senti-os fraquejar. /
Sentiram as pernas tremer. 2 Ñ Ver
infinitivo, p‡gina 145.
Sequer.Significa ao menos, pelo menos
e s— pode ser usado em ora›es nega-
tivas: Ele n‹o disse sequer o que pre-
tendia. / A empresa n‹o tinha sequer
um gerente. / O deputado n‹o apre-
sentou sequer um projeto. / Nem um
deles disse sequer o que pensava. /
Partiu sem sequer se despedir dos
amigos. / O presidente nem sequer os
recebeu. / Partiu sem avisar e nem se-
quer pudemos despedir-nos dele.
(S‹o, pois, incorretas ora›es como:
Os alunos ÒsequerÓforam avisa-
dos. / Ele ÒsequerÓdisse o que pre-
tendia. / O presidente ÒsequerÓos re-
cebeu. / ÒSequerÓpudemos despedir-
nos dele.)
Ser.Conjuga‹o. Pres. ind.: Sou, Žs, Ž,
somos, sois, s‹o.Imp. ind.: Era, eras,
era, Žramos, Žreis, eram. Pret. perf.
ind.: Fui, foste, foi, fomos, fostes,
foram. M.-q.-perf. ind.: Fora, foras,
fora, f™ramos, f™reis, foram. Fut.
pres.: Serei, ser‡s, ser‡, seremos, se-
reis, ser‹o. Fut. pret.: Seria, serias,
seria, ser’amos, ser’eis, seriam. Pres.
subj.: Seja, sejas, seja, sejamos, sejais,
sejam. Imp. subj.: Fosse, fosses, fosse,
f™ssemos, f™sseis, fossem. Fut. subj.:
For, fores, for, formos, fordes, forem.
Imper. afirm.: S tu, seja voc, seja-
mos n—s, sede v—s, sejam vocs.
Imper. neg.: N‹o sejas tu, n‹o seja
voc, n‹o sejamos n—s, n‹o sejais v—s,
n‹o sejam vocs. Infin.: Ser. Flexiona-
do: Ser, seres, ser, sermos, serdes,
serem.Ger.: Sendo. Part.: Sido.
Ser de opini‹o que.ƒ a forma correta:
Somos de opini‹o que ele deve ficar
e n‹osomos de opini‹o Òde queÓ...
Seri’ssimo.Com dois is.
Ser ... ser.Ser pode funcionar como au-
xiliar de si pr—prio:foi sendo, fui
sendo, fora sendo.
Ser, serem. ƒ indiferente o uso de a ser
e a serem. Prefira, porŽm, o singular:
Os chefes indicaram os funcion‡rios
a ser promovidos. / Os livros a ser pu-
blicados j‡ tinham sido escolhidos.
Serra.Inicial maiœscula: Serra do Mar.
Servir (conjuga‹o).Pres. ind.: Sirvo,
serves, serve, servimos, servis, ser-
vem. Pres. subj.: Sirva, sirvas, sirva,
sirvamos, sirvais, sirvam. Imper.
afirm.: Serve, sirva, sirvamos, servi,
sirvam; etc.
Servir (regncia).1 Ñ Servir alguma
coisa (tr. dir.): A empregada serviu o
almoo.2 Ñ Servir a alguŽm (tr. ind.):
N‹o serviu ˆ m‹e, serviu ˆ filha. / O
amigo muito lhes servia. / Serviu a
v‡rios governos.3 Ñ Servir em algum
lugar (tr. ind.): Servir no ExŽrcito, na
Marinha, na Aeron‡utica. / Servir na
Artilharia(e n‹o servir ÒaoÓou ÒoÓ
ExŽrcito,҈Óou ÒaÓArtilharia).4 Ñ
Servir alguma coisa a alguŽm: Servi-
ram-lhe um prato de camar›es. / A
empregada lhes serviu o jantar.5 Ñ
Servir, apenas (intr.): Nasceu para
servir. / A empregada perguntou se
podia servir. 6 Ñ Servir-se (pron.): Sir-
vam-se todos. / Sirva-se da feijoada. /
Gostava de servir-se dos amigos.
266Sentir Servir (regncia)

Sesqui... Prefixo que significa uma vez
e meia: sesquicenten‡rio (um cente-
n‡rio e meio, ou seja, 150 anos).
Sess‹o.Ver se‹o, sec‹o, sess‹o,
cess‹o, p‡gina 261.
Seu.Redu‹o de senhor. Aceit‡vel ape-
nas em matŽrias coloquiais ou de am-
biente: seu JosŽ, seu Ant™nio (e nunca
ÒseoÓJosŽ). Use essa forma em it‡li-
co.
Seu e sua (uso). Ver pronome possessi-
vo (uso), p‡gina 239.
Seu e sua redundantes.Evite o uso abu-
sivo ou redundante de seue sua, es-
pecialmente nos t’tulos, em que essas
palavras aparecem freqŸentemente
apenas como recurso para o redator
ganhar alguns sinais.
Veja os exemplos seguintes, em
que o possessivo pode simplesmente
ser omitido ou substitu’do pelo arti-
go (nenhuma outra pessoa que n‹o o
sujeito teria condi›es de praticar a
a‹o expressa na frase): X pediu(a
sua)aposentadoria como deputado. /
Corredor da morte inicia(sua)opera-
‹o. / Jogadora some e pode perder o
(seu)emprego. / Atriz reconcilia-se
com o(seu)pai. / Funda›es buscam
a(sua)independncia financeira. /
Diante da ameaa de ser punido, re-
considerou a(sua)decis‹o. / Banc‡-
rios festejam a conquista da(sua)es-
tabilidade. / STF eleger‡ o(seu)pre-
sidente. / Empresas d‹o fŽrias(a seus)
aos empregados. / Corinthians tenta
corrigir os(seus)erros. / Flamengo
joga a (sua)invencibilidade.
ÒSeu pr—prioÓ, Òseu respectivoÓ.Formas
redundantes. Veja os exemplos corre-
tos: Brigou com os pr—prios filhos. /
Procurem os seus lugares. / Procurem
os respectivos lugares. / Admirava-se
da pr—pria imagina‹o (e n‹oos
ÒseusÓpr—prios filhos, os ÒseusÓres-
pectivos lugares).
Sev’cias. Significa violncias f’sicas e
n‹o sexuais, apenas.
Sevilha.Desta forma, assim como sevi-
lhano.
ÒSheikÓ.Use xeque.
Shopping center.1 Ñ Inicial maiœscula
quando acompanha o nome: Shop-
ping Center Morumbi, os Shopping
Centers Ibirapuera e Iguatemi.2 Ñ
Quando usada genericamente, a ex-
press‹o tem inicial minœscula: O mo-
vimento dos shopping centers no
Natal foi superior ao esperado. 3 Ñ
Repare que no plural s— centervaria:
os shopping centers. 4 Ñ Admite-se
tambŽm a forma shopping, que se fle-
xiona normalmente: Gosta de pas-
sear em qualquer shopping. / Os
shoppings estavam muito cheios
ontem.
Short.No singular: Vestiu o short(e n‹o
os shorts).
Si.1 Ñ S— deve ser usado com o senti-
do reflexivo: Voltou-se para si
mesmo. / Falou de si para consigo. /
Os funcion‡rios discutiram o caso
entre si.2 Ñ N‹o use as express›es
(correntes em Portugal)em que o si
equivale a voc, o senhor: N‹o me re-
firo Òa siÓ. / Pretendo Òde siÓuma
opin‹o.
Sic.Latinismo: significa assim mesmo,
textualmente. Indica que um termo
ou texto foi reproduzido fielmente,
por mais estranho (ou errado)que
possa parecer: Ele escreveu que Òn‹o
havia excess‹o (sic!) poss’velÓ.
Siglas.1 Ñ Escreva as siglas no mesmo
corpo do texto. Por motivo de simpli-
fica‹o, este verbete inclui como si-
glas os acr™nimos, palavras formadas
por s’labas ou partes das iniciais do
nome de um —rg‹o ou entidade: Em-
bratur(Empresa Brasileira de Turis-
mo), Contran(Conselho Nacional de
Tr‰nsito), Sunab(Superintendncia
Nacional do Abastecimento), etc.
2 Ñ N‹o use pontos intermedi‡-
rios ou pontos finais nas siglas:ONU
(e n‹o O.N.U.), EUA.
3 Ñ Na primeira cita‹o, explique
sempre o que a sigla significa e a co-
loque entre parnteses, a seguir (e
nunca antes): O Conselho Monet‡rio
267Sesqui... Siglas

Nacional (CMN) aprovou ontem... /
A discuss‹o do Imposto Predial e Ter-
ritorial Urbano (IPTU) pela C‰ma-
ra... Nunca use a forma inversa:O
PNB (Produto Nacional Bruto) brasi-
leiro...
4 Ñ Dispense da explica‹o apenas
a representa‹o do nome dos partidos
pol’ticos e das empresas comerciais
(mas n‹o pœblicas ou estatais)nas
quais a sigla se tornou sin™nimo do
pr—prio nome: PMDB, PFL, PSDB,
Varig, Vasp, Bradesco, Banespa.De
qualquer forma, em caso de dœvida,
transcreva o significado da sigla. S—
n‹o precisam ÒtraduzirÓas siglas tex-
tos da Primeira P‡gina, editoriais, ar-
tigos, colunas (Persona, Direto da
Fonte, etc.)e cartas de leitores, por
causa da economia de espao.
5 Ñ Escreva em maiœsculas todas
as siglas atŽ trs letras:TC, BC, AM,
ONU, USP, CFP, PFL.
6 Ñ As siglas e acr™nimos com
quatro letras ou mais tm apenas a
inicial maiœscula quando s‹o pronun-
ci‡veis: Sudene, Cobal, Condephaat,
Masp, Vasp, Eletropaulo, Varig.Exce-
›es: CNEN, EMFA.
7 Ñ As siglas com quatro letras ou
mais v‹o em maiœsculas quando se
pronuncia separadamente cada uma
de suas letras ou parte delas:CNBB,
CPFL, BNDES.
8 Ñ Algumas siglas podem ter le-
tras maiœsculas e minœsculas na sua
estrutura (na origem, foi uma forma
de diferenci‡-las de outras idnticas):
CNPq (antigo Conselho Nacional de
Pesquisas, hoje, Conselho Nacional
de Desenvolvimento Cient’fico e
Tecnol—gico, para evitar, na Žpoca,
confus‹o com o CNP, Conselho Na-
cional do Petr—leo), UnB(Universida-
de de Bras’lia), CBAt(Confedera‹o
Brasileira de Atletismo), SPTrans
(S‹o Paulo Transporte S.A.).
9 Ñ Use apenas as siglas j‡ existen-
tes ou consagradas, evitando cri‡-las
apenas porque os t’tulos exigem pala-
vras curtas.
10 Ñ Evite, da mesma forma, a
profus‹o de siglas no mesmo t’tulo:
CMN debate IPI, ICM e ITR.Ou o
uso de siglas menos conhecidas:
RDPO pode substituir DUT em via-
gens.
11Ñ As siglas dos —rg‹os estran-
geiros que tiverem nome traduzido
em portugus dever‹o seguir essa de-
signa‹o, e n‹o a original: Organiza-
‹o das Na›es Unidas (ONU),
Fundo Monet‡rio Internacional
(FMI), Banco Internacional de Re-
constru‹o e Desenvolvimento
(Bird), Agncia Internacional de De-
senvolvimento (AID). Outros casos:
EUA, OCDE, OEA, OIT, Opep.
12 Ñ Em outros casos, mantŽm-se
a sigla estrangeira, mesmo que o seu
nome em portugus n‹o corresponda
perfeitamente ˆ sigla: Organiza‹o
das Na›es Unidas para Alimenta-
‹o e Agricultura (FAO). Outros ca-
sos:Unesco, Unicef, Fisa (Federa‹o
lnternacional de Automobilismo Es-
portivo), Foca (Federa‹o dos Cons-
trutores de F—rmula 1).
13 Ñ Apenas em casos excepcio-
nais pode tornar-se necess‡rio trans-
crever a designa‹o da sigla na l’ngua
original e sua tradu‹o em portugus.
Em condi›es normais, basta apenas
adapt‡-la.
14 Ñ Procure explicar a sigla sem-
pre de forma correta e completa. Por
exemplo, o Conselho Nacional era do
e n‹o ÒdeÓPetr—leo. A Empresa Brasi-
leira de Correios e TelŽgrafos tem a
sigla ECT, e n‹o ÒEBCTÓ. Ibama iden-
tifica o Instituto Brasileiro do(e n‹o
ÒdeÓ)Meio Ambiente e dosRecursos
Naturais Renov‡veis. CNBB significa
Conferncia (e n‹o ÒConfedera‹oÓ)
Nacional dos Bispos do Brasil e INSS,
Instituto Nacional do Seguro (e n‹o
Òde SeguridadeÓ)Social.
15 Ñ Ver tambŽm abreviaturas,
p‡gina 23.
268Siglas Siglas

Silenciar. AlguŽm silenciae n‹o silen-
cia-se: Os barulhentos Roquetes si-
lenciam para sempre.
Silv’cola.E n‹o Òselv’colaÓ. Igualmen-
te, silvicultura.
S’mbolo.Liga-se com h’fen a outro
substantivo: pa’s-s’mbolo, idŽias-
s’mbolo.
S’mbolos qu’micos.No nome do ele-
mento qu’mico, os dicion‡rios nor-
malmente d‹o o seu s’mbolo. Ver
tambŽm abreviaturas, p‡gina 23.
Simpatizar com.E n‹o simpatizar-se
com: Ele simpatizou com a casa, com
a moa, com o vizinho.
Simplicidade.A simplicidade Ž condi-
‹o essencial do texto jornal’stico:
quanto mais concisa, direta e objeti-
va for a not’cia, maior o nœmero de
pessoas que atingir‡. Escrever de ma-
neira simples, no entanto, exige esfor-
o e o atendimento de uma sŽrie de
requisitos.
Veja alguns deles: 1 Ñ use frases
curtas e na ordem direta; 2 Ñ escolha
palavras acess’veis a qualquer tipo de
leitor; 3 Ñ opte pelo voc‡bulo mais
simples que defina uma coisa ou si-
tua‹o; 4 Ñ evite os termos tŽcnicos
desnecess‡rios e, quando absoluta-
mente indispens‡veis, n‹o deixe de
explic‡-los; 5 Ñ fuja das frases per-
n—sticas e pomposas.
1 Ñ Frases curtas e diretas. As
chamadas de primeira p‡gina cujo
texto se reproduz a seguir s‹o trs
bons exemplos de texto conciso, ob-
jetivo e direto. Contm as informa-
›es essenciais em frases curtas, sim-
ples e sem rodeios
O governador do Distrito Federal,
Cristovam Buarque (PT), quer arren-
dar prŽdios pœblicos ˆ iniciativa pri-
vada. O objetivo da medida Ž redu-
zir gastos. Em anœncios de jornal, o
governador p™s ˆ disposi‹o dos in-
teressados v‡rios im—veis, como um
centro de conven›es, outro de expo-
si›es e um projeto hoteleiro. O pilo-
to Nelson Piquet j‡ arrendou o aut—-
dromo da cidade.
Um elefante de 2 toneladas e 2
metros de altura fugiu ontem do
Circo Sorriso, no km 35 da Rodovia
CampinasÑMogi-Mirim. ÒParecia
um bando de malucosÓ, disse o dono
do circo, Ismael Alarc—n, sobre a
equipe que se formou para procurar
o animal. O elefante, recapturado,
tinha ido tomar banho numa repre-
sa.
A infla‹o n‹o caiu?Ent‹o, que
caia o nœmero. Poucos ministros re-
sistiram ˆ tenta‹o. Em 73, Delfim
Netto quis segurar a infla‹o e fez a
FGV pesquisar s— preos irreais. De-
pois, o governo recalculou o ’ndice.
Conclus‹o: 22%, confus‹o e greves.
Simonsen expurgou a Òinfla‹o do
chuchuÓ. Funaro mudou atŽ de cal-
culador: da FGV ao IBGE. Ontem, o
governo multiplicou ’ndices.
Inversamente, leia uma ora‹o de
sete linhas cheias em que o redator
n‹o conseguiu colocar um ponto se-
quer:
Encarnando o esp’rito de lady Go-
diva que, segundo a lenda, cavalgou
nua por Coventry na Idade MŽdia
para atender ˆ condi‹o imposta por
seu marido, o senhor feudal da cida-
de, para revogar taxas impostas ˆ po-
pula‹o, uma manifestante irrom-
peu ontem despida na catedral local,
na Gr‹-Bretanha, e interrompeu um
servio religioso pelos cem anos da
instala‹o na cidade da primeira f‡-
brica de autom—veis do pa’s, a Daim-
ler, dizendo que sua m‹e havia mor-
rido num acidente de carro e exibin-
do o corpo pintado com frases como
ÒA M‹e Terra Ž a deusaÓ.
Ou estas outras, em que o texto
tortuoso e as intercala›es excessivas
269Silenciar Simplicidade

tornam dif’cil a compreens‹o do que
se quer dizer:
Para chegar atŽ o mandante do
crime, que contratou os executores
com a intermedia‹o de um major
do servio secreto Ñ X-9 Ñ, e aos cri-
minosos Ñ Jo‹o da Silva, JosŽ de Al-
meida e Alberto Santos, o Betinho,
alŽm do empres‡rio Francisco de
Sousa, filho do ex-presidente do Flor
de Lis Futebol Clube Ñ, foi preciso
ocorrer a mudana na cœpula da po-
l’cia fluminense, com a sa’da do se-
cret‡rio da Pol’cia Civil, Pedro Ca-
bral.
Enquanto sua produtora, Mave-
rick Filmes Ñ que distribuiu Adeus,
Minha Concubina, nos Estados Uni-
dos Ñ, prepara nova incurs‹o cine-
matogr‡fica, na qual ela deve contra-
cenar com Harvey Keitel, de O Piano,
Madonna tem outro convite para
exercitar sua por‹o atriz, uma vez
que o diretor espanhol Bigas Luna, do
j‡ cult Jam—n, Jam—n, quer a moa no
papel de uma prostituta em seu pr—-
ximo filme.
Com referncia ao assassinato do
comerciante Augusto de Almeida,
cometido por indiv’duos desqualifi-
cados, o qual perdeu a vida por mo-
tivo banal, quero lembrar a todas as
pessoas que passavam pelo local na-
quele momento e pararam para apre-
ciar a cena de um ser humano decen-
te, pai de fam’lia, sendo espancado,
de forma covarde e selvagem, atŽ a
morte, diante dos olhos aterroriza-
dos da esposa e dos filhos, sem terem
esboado um gesto para impedir que
se consumasse tal tragŽdia, a n‹o ser
anotar o nœmero da chapa do carro
dos marginais, que tal desgraa n‹o
acontece s— com os outros.
2 Ñ Palavras acess’veis. O noti-
ci‡rio n‹o Ž lugar para o rep—rter ou
redator mostrar erudi‹o. N‹o adian-
ta voc entremear seu texto de pala-
vras dif’ceis que o leitor possa n‹o co-
nhecer. Mas, inversamente, n‹o pre-
cisa tambŽm descer ao n’vel de uma
reda‹o prim‡ria, quase de composi-
‹o escolar. Procure apenas utilizar
termos que se incluam no universo
do leitor ou n‹o lhe causem estranhe-
za. Fuja tambŽm de express›es que
possam parecer pedantes, eruditas ou
pern—sticas, por n‹o fazerem parte do
uso comum. Uma recomenda‹o:
evite qualquer palavra ou constru‹o
que voc n‹o usaria numa conversa
normal.
Eis alguns termos e express›es que
o leitor pode n‹o conhecer ou n‹o se-
riam recomend‡veis no notici‡rio,
por parecerem pern—sticos ou pedan-
tes:consp’cuo, consuetudin‡rio, pa-
lat‡vel, contenda, ‡gape, entremen-
tes, n‹o obstante, consoante (= con-
forme), por conseguinte, porfia, prŽ-
lio, pugna, pr—cer, nesse ’nterim, pro-
positura, autogol, outrossim, op’pa-
ro, destarte, alhures, algures, necr—-
pole, despiciendo, conquanto, por-
quanto, posto que, isto posto, de
sorte que, assaz, deveras, castrense,
chiste, baz—fia, cobro, escr’nio, soda-
l’cio, aduzir, prolatar, protrair,etc.
3 Ñ A mais simples. Na primeira
referncia, utilize sempre a palavra
mais comum. Lembre-se: existe um
termo, e um s—, que define melhor
uma coisa ou situa‹o. Apele para um
sin™nimo ou equivalente apenas na
segunda men‹o, e assim mesmo
como œltimo recurso: voltarŽ sempre
melhor que regressarou retornar;
votarŽ sempre melhor que sufragar;
tribunalŽ sempre melhor que corte;
passageiroŽ sempre melhor que
usu‡rio.
Por isso, os termos fora dos parn-
teses s‹o melhores jornalisticamente
que os que se encontram dentro deles:
œltimo (derradeiro), casa (mora-
dia, residncia ou habita‹o), elei‹o
270Simplicidade Simplicidade

(pleito), vigorar (viger), raiva (hidro-
fobia), avi‹o (aeronave), procura (de-
manda), futuro (porvir), professor
(docente), pesca (captura), juiz (ma-
gistrado), projeto (proposi‹o), carro
(ve’culo ou viatura), militar (castren-
se), pressa (aodamento), fugir (eva-
dir-se), afligir (fustigar), relaxamento
(lassid‹o), entrar (ingressar), seca (es-
tiagem), recusar (declinar de), obser-
var (perscrutar), imposto (tributo),
esclarecer (deslindar), cidade (urbe),
import‰ncia (relev‰ncia), quantia
(cifra), demora (delonga), etc.
4 Ñ Termos tŽcnicos. Se alguns
s‹o necess‡rios, e dever‹o aparecer no
texto acompanhados da explica‹o,
outros podem ser dispensados e subs-
titu’dos atŽ pelo pr—prio significado,
com ineg‡veis vantagens para o lei-
tor. Por exemplo, no Congresso d‡-se
o nome de ÒapoiamentoÓao compro-
misso de apoio de um parlamentar ˆ
iniciativa de outro. Em vez de usar
apoiamento, ent‹o, que exigiria expli-
ca‹o a seguir, fale apenas em com-
promisso de apoio ou algo equivalen-
te.
Atente especialmente para casos
como os dos exemplos abaixo, em que
se mesclam termos tŽcnicos dispen-
s‡veis e constru›es que poderiam ter
sido redigidas de maneira menos
enigm‡tica: Buscava um modelo
capaz de permitir maiores ‡reas de
insola‹o e ventila‹o. / Uma tabe-
la regressiva de al’quotas dever‡
reger a tributa‹o de aplica›es em
t’tulos privados nominativos, se for
aprovada a nova sistem‡tica fiscal
para o mercado financeiro. / A tais
pondera›es provenientes do Poder
Pœblico, assiste presun‹o de veraci-
dade. / O DER quer recuperar a
malha rodovi‡ria brasileira. / Aten-
‹o: ™nibus no contrafluxo.
5 Ñ Reda‹o viciosa. Mesmo sem
recorrer a termos tŽcnicos, existem
frases desnecessariamente complica-
das, nas quais se volta ˆ quest‹o do
pedantismo. Eis algumas: Os vestibu-
lares em v‡rios Estados brasileiros
apresentaram menor ’ndice de pro-
cura, fen™meno que passapor inter-
preta›es diferentes. / Ontem ˆ
tarde, este curto desabafo do ex-pre-
sidente flutuou em um quarto de
hospital.
Na maior parte dos casos, as cons-
tru›es s‹o facilmente substitu’veis
por outras mais simples e mais pr—xi-
mas do universo do leitor: A pol’cia
decidiu proteger as frotas da S‹o
Paulo Transportes e das empresas
permission‡rias (por que n‹oparti-
culares?). / Usu‡rios (passageiros)
queixam-se do estado dos ™nibus. /
ïnibus ficam sem poder operar (™ni-
bus n‹o puderam funcionar). / O
texto est‡ vazado no seguinte teor (o
texto Ž o seguinte). / J‡ h‡ uma carga
muito elevada de ve’culos na Aveni-
da Paulista (o tr‰nsito est‡ intenso
na Avenida Paulista). / A faixa de ro-
lamento da esquerda (a faixa da es-
querda).
6 Ñ Palavra que vale uma expres-
s‹o. N‹o diga em duas palavras o que
voc puder exprimir em uma. Votar,
por exemplo, Ž melhor que Òcompa-
recerÓou Òir ˆs urnasÓ; mencionar
substitui com vantagem Òfazer refe-
rncia aÓ; estrearŽ muito mais direto
que Òfazer a sua estrŽiaÓ. Que dizer
ent‹o de governadorcomo Òchefe do
Executivo estadualÓ?Ou de idade
como Òanos de vidaÓ?Ou de presiden-
tecomo Òprimeiro mandat‡rio da
Na‹oÓ?E Òno pr—ximo ms de
maroӎ em maro, simplesmente.
ÒSinalizarÓ.Use indicar, projetar, apon-
tar e equivalentes para substituir si-
nalizar(mero modismo)em frases
como: O ’ndice de hoje projeta(e n‹o
ÒsinalizaÓ)uma infla‹o de 10%. / A
fala dos ministros tinha tudo para in-
dicar(e n‹o ÒsinalizarÓ)um per’odo
de alta.
S’ndrome. Ver doenas, p‡gina 100.
271ÒSinalizarÓ S’ndrome

Sine die.Locu‹o latina: por tempo in-
determinado. Fica invari‡vel:As de-
cis›es foram adiadas sine die. / A
reuni‹o foi adiada sine die.
Sine qua non.Para definir condi‹o in-
dispens‡vel, s— pode ser empregado
no singular:condi‹o sine qua non.
No plural, o correto seriacondi›es
sine quibus non,jornalisticamente
invi‡vel. Dessa forma, use condi›es
indispens‡veis, essenciais, absoluta-
mente necess‡rias.
Sino... Prefixo que significa China ou
chins e se liga com h’fen ao elemen-
to seguinte na forma‹o de adjetivos
p‡trios:sino-brasileiro, sino-corea-
no, sino-russo.Nos demais compos-
tos: sin—fono, sinologia.
Sinon’mia.Desta forma.
Sins.Sim tem plural, quando substan-
tivado: Os n‹os e os sins.
Sinta-o respirar.E nunca Òsinta ele res-
pirarÓ, Òsinta ele chegarÓ, etc.
S’ntese.Liga-se com h’fen a outro subs-
tantivo: pa’s-s’ntese, imagens-s’nte-
se.
Sintra.Com Sindica a serra e a sede de
concelho de Portugal: Ea de Queir—s
escreveu, com Ramalho Ortig‹o,O
MistŽrio da Estrada de Sintra.
Sir.1 Ñ N‹o existe artigo antes de sir.
2 Ñ Use o t’tulo sempre com o pre-
nome:Conheci sir Winston e n‹oCo-
nheci Òsir ChurchillÓ.
Sistema solar. Inicial minœscula: A
Terra faz parte do sistema solar.
Sistina.A capela do Vaticano: o nome
deriva de Sisto, o papa que determi-
nou a sua constru‹o.
Situado em.Use, sem nenhum receio,
situadoem: Situado na Rua Direita,
situado no alto do morro, situado na
ilha, situado na esquina (e n‹o҈Ó
Rua Direita,etc.). Proceda de manei-
ra idntica com residente e morador:
Residente na Rua Direita, morador
no Largo da Paz.
S—.Concord‰ncia.Pode equivaler a so-
zinho (varia)e a somente (n‹o varia):
Eles estavam s—s(sozinhos). / Foram
eles s—s(sozinhos)os respons‡veis. /
S—s(sozinhos), os deputados n‹o
mudam as leis(em vez de S— os de-
putados n‹o mudam as leis). / S—(so-
mente)se elegeu porque o candidato
mais forte renunciou. / N‹o promo-
via s—(somente)os amigos.
S—, s—s (por si).Por si s— exprime o sin-
gular e por si s—s, o plural: Sua com-
petncia por si s— o recomenda para
a fun‹o. / Essas qualidades por si s—s
justificam a sua contrata‹o.
Soar (horas).Concord‰ncia.Ver horas,
p‡gina 140.
Sob...H’fen antes de be r: sob-bosque,
sob-roda.Nos demais casos: sobal-
ar, sobgrave, sobpor, sobtens‹o.
Sob, sobre. 1 Ñ Sob significa debaixo de:
Ficou sob a mira do assaltante. / Es-
condeu-se sob a cama. / ƒ muito sim-
ples tentar camuflar, sob a justifica-
tiva de censura, a denœncia. 2 Ñ
Sobreequivale a em cima de ou a res-
peito de: Estava sobre o telhado. /
Falou sobre a infla‹o.
Sobrar.Concord‰ncia normal: Sobram
ainda 500 reais. / Sobram leis no
Pa’s.
Sobre. 1 Ñ N‹o significa em rela‹o a.
Por isso, use a locu‹o em textos
como: A empresa queria dobrar as
vendas de julho em rela‹o ˆs de ja-
neiro (e n‹o Òsobre as de janeiroÓ). 2
Ñ Um time pode conseguir uma vi-
t—ria sobreoutro, mas nunca use
sobre para derrota. Assim: A derrota
do Grmio diante do (e n‹o Òsobre oÓ)
S‹o Paulo...
Sobre... H’fen antes de h, re s: sobre-
humano, sobre-restar, sobre-saia.Ex-
ce›es: sobressair, sobressalto(ar),
sobressalente.Nos demais casos: so-
breaviso, sobreexcitar, sobreinten-
der, sobreolhar, sobrecarta, sobrelo-
ja.
Sobressair.Sem se: Ele sobressai(e n‹o
Òsobressai-seÓ)entre os colegas. / Foi
272Sine die Sobressair

o jogador que mais sobressaiu (e n‹o
Òse sobressaiuÓ)na partida.
Social-democrata.Plural: social-demo-
cratas (partidos social-democratas,
os social-democratas).
Socio... Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte: sociocultural, socioecon™mi-
co, sociolingŸ’stica, sociologia, so-
ciopol’tico.
Socorrido em. E nunca ao: Foi socorri-
do no (e n‹o ÒaoÓ)Hospital das Cl’-
nicas.
S—fia.Com acento, Ž a capital da Bulg‡-
ria.
ÒSofrer aumentoÓ.N‹o use. Preos ou
produtos aumentam ou sobem, sim-
plesmente.
ÒSofrer melhorasÓ.Em bom estilo, nin-
guŽm Òsofre melhorasÓ. Prefira me-
lhorar, mais simples, ou, em œltimo
caso, sentir, experimentar ou acusar
melhoras.
Sol.1 Ñ Com inicial maiœscula quan-
do a referncia for ao astro: Aguardou
o eclipse do Sol. / EUA v‹o explorar
o Sol.2 Ñ Com inicial minœscula
para designar a luz do Sol, o lugar ilu-
minado por ele ou os sentidos figura-
dos: Gostava de tomar sol. / ƒ muito
forte o sol do meio-dia. / Ficou expos-
to ao sol. / O lado do sol era mais pro-
curado. / ÒO sol da liberdade em
raios fœlgidos...Ó/ O artista pintou
um sol surrealista.
Solicitar.1 Ñ Prefira a regncia solici-
tar alguma coisa a alguŽm: Solicitou
providncias ao prefeito. / Solicitou-
lhe um emprego. / Solicitou-o ao pai.
2 Ñ Pode-se tambŽm solicitar algu-
ma coisa: Solicitou que todos sa’s-
sem. / Solicitamos providncias.
ÒSolicitar paraÓ.O certo Ž solicitar que:
Solicitou que todos sa’ssem (e n‹o
ÒparaÓque todos sa’ssem).Ver pedir
para, pedir que, p‡gina 215.
Solo.Liga-se com h’fen a outro substan-
tivo: temporada-solo, discos-solo.
Soltado, solto.Use soltadocom ter e
haver e solto, com ser e estar: Tinha
(havia)soltado, foi (estava)solto.
Somat—rio.E n‹o Òsomat—riaÓ.
Somos cinco.E n‹o somos ÒemÓcinco,
ÒemÓdois,etc.
Soprano. Osoprano (se se tratar de
homem ou menino com voz de sopra-
no)e asoprano (cantora com essa
voz): o soprano Jo‹o Carlos; a sopra-
no Maria Callas; as sopranos Maria
Callas e Renata Tebaldi; Bidu Say‹o,
soprano brasileira.
S—ror.N‹o use artigo antes de s—ror:
Elogiou s—ror AngŽlica.
Sorte.Ver em de maneira que, p‡gina
89, como usar a locu‹o de sorte que.
Sortir.Conjuga‹o.Pres. ind.: Surto,
surtes, surte, sortimos, sortis, sur-
tem. Pres. subj.: Surta, surtas, surta,
surtamos, surtais, surtam. Imper.
afirm.: Surte, surta, surtamos, sorti,
surtam. Os demais tempos s‹o regu-
lares.
Sortir, surtir. SortirÑ prover, abaste-
cer, variar:Sortir o mercado, mesa
sortida, frios sortidos; surtir Ñ ter re-
sultado: Sua inten‹o surtiu efeito.
S—t‹o. Plural: s—t‹os.
Sousa.Com squando se tratar de nomes
hist—ricos: Martim Afonso de Sousa,
TomŽ de Sousa, Cruz e Sousa.
Soviete.Aportuguesado: Soviete Supre-
mo.
SP.Aceit‡vel em t’tulos, apenas, para
substituir tanto o Estado de S‹o Paulo
como a cidade. Procure, no entanto,
fazer o t’tulo de forma que fique claro
se se trata do Estado ou da cidade.
ÒSto.Ó, Òsta.Ó.Use S.como abreviatura
tanto de S‹o como de Santo e Santa:
S. JosŽ, S. Ant™nio, S. Catarina.
ÒSua autobiografiaÓ.Redund‰ncia. O
prefixoautoj‡ encerra a idŽia de seu,
pr—prio. Outras formas redundantes:
Òsua autoconfianaÓ, Òsua auto-sufi-
cinciaÓ, Òsua autonomiaÓ.
273Social-democrata ÒSua autobiografiaÓ

Suar, soar.Tempos desuar: suo, suas,
suam; sue, sues, suem. Tempos de
soar: s™o, soas, soam; soe, soes, soem.
ÒSua SantidadeÓ.Use papa. Sua Santi-
dade, s— em transcri›es.
Sub...H’fen antes de be r: sub-base,
sub-bosque, sub-rept’cio, sub-regi‹o.
Nos demais casos: subalimentado,
subemenda, subinspetor, subordem,
subumano, subchefe, subdivis‹o,
subgrupo, sublegenda, subprefeitura,
subsecret‡rio.
Subestimar.E n‹o ÒsubstimarÓ.
Subir. 1 Ñ Subir Ž intransitivo (n‹o tem
complemento)quando se refere a pre-
os: Preos sobem hoje. / Sobem os
preos dos alimentos. / RemŽdios
sobem 50%. 2 Ñ Como transitivo
(com complemento), use elevarou
aumentar: Lojas elevam (e n‹o
ÒsobemÓ)preos de eletrodomŽsti-
cos. / Governo aumenta (e n‹o
ÒsobeÓ)impostos.3 Ñ Conjuga‹o:
como acudir(ver, p‡gina 31).
Submergir.Conjuga‹o.Pres. ind.:
Submerjo, submerges, submerge,
submergimos, submergis, submer-
gem. Pres. subj.: Submerja, submer-
jas, submerja, etc. Part.: Submergido
e submerso. Os demais tempos s‹o re-
gulares.
Subs’dios.Ver sal‡rios, p‡gina 259.
Substantivo mais substantivo.Quando
dois substantivos se unem na frase,
formando um conjunto, podem ocor-
rer duas situa›es:
1 Ñ O segundo modifica o primei-
ro com a fun‹o de adjetivo, dispen-
sando, por isso, o h’fen. Exemplos:
funcion‡rios fantasmas, r‡dio pirata,
formiga gigante, torneio rel‰mpago,
garoto prod’gio, pa’s membro, cami-
sa esporte, marca recorde, fita casse-
te, usina piloto, concentra‹o mons-
tro.
2 Ñ O segundo representa uma su-
perposi‹o em rela‹o ao primeiro e
por isso o h’fen se imp›e: elemento-
surpresa, atleta-sensa‹o, mulher-
maravilha, criana-fen™meno, papel-
t’tulo, desconto-padr‹o, imagem-
s’ntese, preso-problema, disco-solo,
pa’s-s’mbolo, linguagem-modelo,
posto-chave, carro-bomba, manda-
to-tamp‹o, torneio-incentivo, tor-
neio-in’cio, homem-m‡quina, perso-
nagem-tipo, ponto-limite, pœblico-
alvo, sal‡rio-base, homem-hora, ga-
roto-propaganda, edif’cio-sede, aux’-
lio-maternidade, hora-aula, carn-
le‹o, almoo-homenagem, vale-
transporte, caderneta-pecœlio, cida-
de-porto, emprŽstimo-ponte, carro-
pipa, pa’s-continente.
Substituir. Substitui-se alguŽm e n‹o a
alguŽm: O filho substituiu o (e n‹o
ÒaoÓ)pai na empresa. / N‹o havia
quem o substitu’sse.
Suceder.Regncia.1 (intr.)Ñ Ocorrer,
realizar-se: Sucedeu um acidente.2
(tr. ind.)Ñ Substituir, entrar no lugar
de, acontecer a: O filho sucedeu ao
pai. / A repœblica sucedeu ˆ monar-
quia. / Veja o que lhes sucedeu. 3 (tr.
dir. e ind.)Ñ Substituir: JosŽ sucedeu
ao irm‹o na presidncia da empresa.
4 (pronom.)Ñ Vir depois: Sucede-
ram-se per’odos de recess‹o. / Ë tem-
pestade se sucede a bonana. Aten-
‹o: Uma pessoa ou coisa sucede a
outra(e n‹o sucede outra). Por isso,
n‹o existe a forma Òsuced-loÓ.
Sueco...Exige h’fen na forma‹o de ad-
jetivos p‡trios: sueco-dinamarqus,
sueco-g—tico.
Su’te. 1 Ñ ƒ o desenvolvimento, nos
dias seguintes, de uma not’cia publi-
cada pelo jornal. Indispens‡vel logo
depois da divulga‹o do fato, como
seu desdobramento natural ou mes-
mo provocado, deve, no entanto, ser
suspensa quando n‹o houver novas
informa›es a respeito e os textos j‡
estiverem apenas repetindo os dados
colhidos nos dias anteriores.
2 Ñ Nunca deixe o notici‡rio che-
gar a extremos como:N‹o houve
ontem nenhuma novidade sobre o
caso X ouO caso Y continua na es-
taca zero.S— se justifica not’cia nes-
274Suar, soar Su’te

tas circunst‰ncias se o que se preten-
de ressaltar Ž exatamente a omiss‹o
de alguŽm em rela‹o ao fato.
3 Ñ A su’te deve sempre lembrar
sumariamente de que caso se est‡ tra-
tando e suas implica›es, para permi-
tir que mesmo quem n‹o tenha lido
as primeiras informa›es possa
acompanhar a seqŸncia do notici‡-
rio.
Sujar-se.AlguŽm ou alguma coisa se
sujae n‹o suja, apenas: Seu corpo
sujou-se de poeira. / A camisa sujou-
se com a ventania.
Sujeito repetido.Exceto em casos ex-
cepcionais, n‹o repita o sujeito em
ora›es como: Alberto, um dos arti-
lheiros do campeonato, ele est‡... / A
idŽia deste programa, ela nos obri-
ga... / O programa, ele exige a nossa
participa‹o... / A empresa, apesar
dos apelos em contr‡rio, ela n‹o ce-
deu ˆ argumenta‹o...
Sul...Liga-se com h’fen ao segundo ele-
mento na forma‹o de adjetivos p‡-
trios: sul-africano, sul-americano,
sul-vietnamita.
Sult‹o. Flex›es: sultana, sult›es (prefi-
ra), sult‹os e sult‹es.
Sumir.Conjuga-se como acudir(ver,
p‡gina 31).
Super...1 Ñ Liga-se com h’fen aos ele-
mentos iniciados por he r: super-
homem, super-requintado.Nos de-
mais casos: superaquecimento, supe-
restrutura, supercampeonato, supe-
rintender, supersatura‹o.2 Ñ
Mesmo quando usado para ampliar
ou valorizar alguma coisa, superfun-
ciona como prefixo e est‡ sujeito ˆs
regras acima: superassalto(e n‹o
Òsuper assaltoÓ), superestrela, supe-
ranalfabeto, super-rato, super-her—i,
supergato.3 Ñ Se a palavra que super
modifica, no entanto, for nome pr—-
prio, empregue o h’fen, em qualquer
circunst‰ncia: super-Fernanda,
super-PelŽ, super-Chernobyl.
Super‡vit.Desta forma. Plural: super‡-
vits.
Superlativo.
a)Uso
1 Ñ Use o superlativo apenas em
casos especiais e de absoluta necessi-
dade. Lembre-se: ele exprime a quali-
dade do adjetivo no seu grau m‡ximo.
Por isso, na maior parte dos casos, Ž
recomend‡vel o superlativo com
muito(anal’tico), em vez do superla-
tivo de uma s— palavra (sintŽtico), atŽ
mesmo para evitar formas rebusca-
das: Muito s‡bio(anal’tico)Ñ sa-
pient’ssimo(sintŽtico); muito ‡spero
Ñ aspŽrrimo; muito ‡gil Ñ ag’limo;
muito louv‡vel Ñ laudabil’ssimo.
2 Ñ Como j‡ est‡ no grau m‡ximo,
o superlativo n‹o admite reforo:
Òmuito pŽssimoÓ, Òmuito —timoÓ,
Òmais veloc’ssimoÓconstituem erros
grosseiros.
b)Forma‹o
1 Ñ Adjetivos terminados em A,
E, O e EIO. Desaparecem o A, E, O e
IO e acrescenta-se ’ssimo: pequen’s-
simo, lev’ssimo, verd’ssimo, car’ssi-
mo, maci’ssimo, seri’ssimo, che’ssi-
mo, fe’ssimo.
2 Ñ Terminados em ÌO e Z. Ra-
dical latino + ’ssimo: cristian’ssimo,
san’ssimo, veloc’ssimo, capac’ssi-
mo.
3 Ñ Terminados em M. O M trans-
forma-se em N e acrescenta-se ’ssi-
mo: comun’ssimo.
4 Ñ Terminados em L (t™nico), R
e U (t™nico). Acrescenta-se ’ssimo:
atual’ssimo, popular’ssimo, cru’ssi-
mo.Exce›es. Estes superlativos de-
rivam do radical latino: crudel’ssimo
(cruel), fidel’ssimo(fiel), infidel’ssi-
mo(infiel)e general’ssimo(geral).
5 Ñ Terminados em VEL (‡tono).
Radical latino + bil’ssimo: amabil’s-
simo (am‡vel), terribil’ssimo(terr’-
vel), solubil’ssimo(solœvel).
6 Ñ Terminados em IL (‡tono).
Acrescenta-se imo: fac’limo, dific’li-
mo.
7 Ñ Terminados em RO e RE. Ra-
dical latino + rimo: celebŽrrimo(cŽ-
275Sujar-se Superlativo

lebre),macŽrrimo (magro Ñ os gra-
m‡ticos consideram erro grave a
forma corrente, magŽrrimo), acŽrri-
mo(acre), nigŽrrimo(negro), paupŽr-
rimo(pobre). J‡ se admite, em muitos
casos, a forma paralela, com o acrŽs-
cimo de ’ssimoao adjetivo termina-
do em RE ou RO. Exemplos: magr’s-
simo, asper’ssimo, acr’ssimo, negr’s-
simo, pobr’ssimo.Exce‹o. Nobre faz
nobil’ssimo.
8 Ñ Terminados em CO e GO.
Muda-se a termina‹o para QU e GU
e acrescenta-se ’ssimo: riqu’ssimo,
branqu’ssimo, cegu’ssimo, largu’ssi-
mo.Exce›es. Amic’ssimo(amigo),
antiqŸ’ssimo(antigo), public’ssimo
(pœblico)e simpatic’ssimo(simp‡ti-
co).
c)Lista
Segue-se uma lista com alguns dos
superlativos mais comuns ou que
possam dar margem a dœvidas. Os de
uso muito erudito servem apenas de
referncia para eventuais inclus›es
em textos especiais.
Acre Ñ acŽrrimo e acr’ssimo
çgil Ñ ag’limo e agil’ssimo
Agrad‡vel Ñ agradabil’ssimo
Agudo Ñ acut’ssimo e agud’ssimo
Alto Ñ supremo, sumo e alt’ssimo
Amargo Ñ amar’ssimo e
amargu’ssimo
Am‡vel Ñ amabil’ssimo
Amigo Ñ amic’ssimo
Antigo Ñ antiqŸ’ssimo
çspero Ñ aspŽrrimo e asper’ssimo
Atroz Ñ atroc’ssimo
Audaz Ñ audac’ssimo
Baixo Ñ ’nfimo e baix’ssimo
Bom Ñ —timo e bon’ssimo
Capaz Ñ capac’ssimo
CŽlebre Ñ celebŽrrimo
Cheio Ñ che’ssimo
Comum Ñ comun’ssimo
Crist‹o Ñ cristian’ssimo
Cruel Ñ crudel’ssimo
Dif’cil Ñ dific’limo
Doce Ñ dulc’ssimo e doc’ssimo
Eficaz Ñ eficac’ssimo
F‡cil Ñ fac’limo
Feio Ñ fe’ssimo
Feroz Ñ feroc’ssimo
Fiel Ñ fidel’ssimo
Fr‡gil Ñ frag’limo e fragil’ssimo
Frio Ñ frigid’ssimo e fri’ssimo
Geral Ñ general’ssimo
Grande Ñ m‡ximo e grand’ssimo
Horr’vel Ñ horribil’ssimo
Humilde Ñ hum’limo e
humild’ssimo
Incr’vel Ñ incredibil’ssimo
Infiel Ñ infidel’ssimo
Inimigo Ñ inimic’ssimo
Jovem Ñ juven’ssimo
Livre Ñ libŽrrimo e livr’ssimo
Louv‡vel Ñ laudabil’ssimo
Macio Ñ maci’ssimo
Magro Ñ macŽrrimo e magr’ssimo
Mau Ñ pŽssimo e mal’ssimo
Miser‡vel Ñ miserabil’ssimo
M’sero Ñ misŽrrimo
M—vel Ñ mobil’ssimo
Negro Ñ nigŽrrimo e negr’ssimo
Nobre Ñ nobil’ssimo
Pequeno Ñ m’nimo e pequen’ssimo
Pessoal Ñ personal’ssimo
Pobre Ñ paupŽrrimo e pobr’ssimo
Poss’vel Ñ possibil’ssimo
Prec‡rio Ñ precar’ssimo
Pr—digo Ñ prodigal’ssimo
Pr—prio Ñ propri’ssimo
Pr—spero Ñ prospŽrrimo e
prosper’ssimo
Prov‡vel Ñ probabil’ssimo
Pœblico Ñ public’ssimo
S‡bio Ñ sapient’ssimo
Sagrado Ñ sacrat’ssimo
Salubre Ñ salubŽrrimo e
salubr’ssimo
S‹o Ñ san’ssimo
Semelhante Ñ sim’limo
Sens’vel Ñ sensibil’ssimo
SŽrio Ñ seri’ssimo
Simp‡tico Ñ simpatic’ssimo
Simples Ñ simplic’ssimo e
simpl’ssimo.
Tenaz Ñ tenac’ssimo
Terr’vel Ñ terribil’ssimo
òbere Ñ ubŽrrimo
276Superlativo Superlativo

V‹o Ñ van’ssimo
Veloz Ñ veloc’ssimo
Vis’vel Ñ visibil’ssimo
Voraz Ñ vorac’ssimo
Vulner‡vel Ñ vulnerabil’ssimo.
Supra...H’fen antes de vogal, h, re s:
supra-axilar, supra-estrutura, supra-
homem, supra-orbital, supra-renal,
supra-sumo, supra-umbilical.Nos
demais casos: supracitado, supradi-
vino, supramundano, suprator‡cico.
Supremo.S— o STF Ž Supremo Tribunal
(Federal). Nos demais casos: Superior
Tribunal de Justia (STJ)e Superior
Tribunal Militar (STM). H‡ ainda o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE)e o
Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Surdina. Use em surdinae n‹o Òna sur-
dinaÓ.
Surdo-mudo.Nas flex›es, n‹o segue a
regra dos adjetivos compostos: meni-
na surda-muda, rapazes surdos-
mudos, crianas surdas-mudas.
Surpresa.Liga-se com h’fen a outro
substantivo: visita-surpresa, elemen-
tos-surpresa.
Surto.Ver epidemia, surto, p‡gina 111.
Suspendido, suspenso.Use suspendido
com ter e haver e suspenso, com ser
e estar: Tinha (havia)suspendido, foi
(estava)suspenso.
Suti‹.Aportuguesado.
TabarŽu. Feminino: tabaroa.
Tabeli‹o.Flex›es: tabeli‹ (prefira), ta-
belioa e tabeli‹es.
Tabu.Pode ser substantivo: o tabu do
sexo, sociedade cheia de tabus.E ad-
jetivo, com plural regular: assunto
tabu, palavras tabus.
T‡bua, tabuada.Com u.
Taa.Com inicial maiœscula antes do
nome que determina: Taa Brasil,
Taa de Prata.Com minœsculas,
porŽm, na segunda referncia: a taa,
essa taa, conquistou a taa.
Tacha, taxa. TachaÑ pequeno prego ou
mancha; taxaÑ tributo, imposto.
Tachar, taxar.Com o significado de
acusar, censurar, p™r defeito em, o
correto Ž tachar: O deputado tachou
o advers‡rio de corrupto. / Eles o ta-
charam de leviano.Taxar quer dizer
impor tributo a: Os governos taxa-
vam o pa’s a mais n‹o poder.
Tal.Concorda com o substantivo a que
diz respeito: Que tal o clima da cida-
de?/ Que tais os ares do campo?
Talvez.Exige subjuntivo quando vem
antesdo verbo: Voc talvez o conhe-
a melhor que n—s. / Este talvez seja
o seu trabalho mais representativo.
Se estiver depois do verbo, o tempo
usado ser‡ o indicativo: ƒ talvez o me-
lhor de todos.
Tamanho do texto. 1 Ñ O ideal Ž que o
rep—rter, antes de sair para uma cober-
tura, j‡ saiba quantas linhas deve es-
crever e dessa forma colha os dados
de acordo com o tamanho da not’cia
ou reportagem. Evidentemente, se
esta se tornar mais importante que o
previsto, seu nœmero de linhas pode-
r‡ ser ampliado.
2 Ñ Nunca hesite em dizer que os
dados que voc conseguiu n‹o d‹o um
determinado tamanho. ƒ prefer’vel
que voc escreva um texto curto e ob-
jetivo a ficar acrescentando pormeno-
res sem import‰ncia ˆ not’cia apenas
para chegar ao nœmero de linhas pe-
dido.
3 Ñ Se o editor determina ao re-
p—rter ou redator um texto com x li-
nhas, Ž porque a matŽria j‡ est‡ pre-
vista ou diagramada nesse tamanho,
que dever‡ ser rigorosamente obser-
vado. A falta ou excesso de linhas
sempre acarreta problemas sŽrios na
diagrama‹o da p‡gina e conseqŸen-
tes atrasos na edi‹o. Por isso, se os
dados dispon’veis (seja de reporta-
gem, seja de texto reescrito)forem in-
suficientes para completar a extens‹o
277Supra... Tamanho do texto

exigida ou muito superiores a ela,
avise o editor antes de liberar o texto
Ñ a tempo, portanto, de que qualquer
reformula‹o possa ser feita.
4 Ñ As indica›es de nœmero de li-
nhas das matŽrias das sucursais, cor-
respondentes e enviados especiais de-
ver‹o tambŽm obedecer com rigor ˆ
previs‹o encaminhada ˆ sede do jor-
nal: lembre-se sempre de que o editor
orientar‡ a diagrama‹o da p‡gina se-
gundo os dados que voc mesmo lhe
forneceu. Qualquer mudana nessa
previs‹o depois da p‡gina diagramada
prejudicar‡ o fechamento.
Tamp‹o.Liga-se com h’fen a outro subs-
tantivo: prefeito-tamp‹o, mandatos-
tamp‹o.
Tampouco, t‹o pouco.1 Ñ Sempre
numa œnica palavra para expressar
tambŽm n‹o: N‹o saiu, tampouco
conseguiu dormir.2 Ñ T‹o pouco
usa-se em frases como: T‹o pouco en-
tusiasmo. / Em t‹o pouco tempo. /
Nunca fez tanto por t‹o pouco (senti-
do de pequeno ou pouca coisa). Neste
segundo caso, existe tambŽm t‹o pou-
cos: Nunca havia recebido t‹o poucos
amigos em casa (ou t‹o poucas ma-
nifesta›es de apoio).
Tanto como, tanto quanto.1 Ñ Existem
as duas formas:Tanto o pai como(ou
quanto)o filho...2 Ñ Concord‰ncia.
Verbo no plural: Tanto o governo
quanto(ou como)o Congresso apro-
varam a decis‹o.3 Ñ Diante de adje-
tivo, tantoassume a forma t‹o: ƒ t‹o
inteligente quanto(ou como)o pai.
Tanto faz...Fica invari‡vel: Tanto faz
dois como trs anos. / Tanto faz cinco
quanto dez reais (e n‹o ÒfazemÓ).
T‹o pouco.Ver tampouco, t‹o pouco,
nesta p‡gina.
T‹o-s—, t‹o-somente.Com h’fen.
Tato.Sem c, assim como tatear, t‡til,
etc.
Taxa.Ver tacha, taxa, p‡gina 277.
Taxar.Vertachar, taxar, p‡gina 277.
Tecel‹o. Flex›es: tecel‹ (prefira), teceloa
e tecel‹es.
Te-dŽum.Desta forma. Plural: te-dŽuns.
Tele... Liga-se sem h’fen ˆ palavra ou ele-
mento de composi‹o seguinte: telea-
tor, telecomunica›es, teleobjetiva,
telerradiogr‡fico, telessonda, teletea-
tro. No caso de telespectador,faz-se a
fus‹o dos dois ee.
Telefone. 1Ñ Informa›es s‹o dadas
pelo telefone tal, e n‹o ÒparaÓo tele-
fone tal. Pode-se, isto sim, ligar para
o telefone tal. 2 Ñ Uma pessoa fala ao
e n‹o ÒnoÓtelefone. 3 Ñ Use h’fen
para separar o prefixo e parnteses nos
interurbanos: 223-7932, 0800-
342311, (021)462-5476.
Telefonema.Masculino: um telefone-
ma, os telefonemas.
Televis‹o.1 Ñ Para identificar o meio
de comunica‹o, use televis‹o, TV ou
tev,nesta ordem de preferncia
(nunca, porŽm, Tvou tv). 2 Ñ Antes
do nome da emissora, adote as formas
TV ou Rede, conforme o caso, em
corpo normal: TV Globo, Rede Globo.
3 Ñ Canal 4, canal 7, etc., s— na pro-
grama‹o de TV e por economia de es-
pao; nos demais casos, indique sem-
pre o nome da esta‹o ou rede: TV
Bandeirantes, Rede Manchete. Lem-
bre-se: essa designa‹o (canal 2, canal
11)vale apenas para a capital paulista
e arredores, pois no interior (sistema
UHF)e em outros Estados a numera-
‹o Ž diferente.
Televisionar.Prefira esta forma, assim
como televisionamento, a televisar e
televisamento.
Telex.Use telex(pronœncia: telŽx): um
telex, dois telex.
Tem, tm.1Ñ Temindica o singular: Ele
tem muitos amigos. / O Pa’s tem
muitas d’vidas.Nos derivados de ter,
quando igualmente no singular, usa-
se o acento aberto: mantŽm, contŽm,
detŽm, sustŽm. 2 Ñ Tmdesigna o
plural: Os dois tm muitos amigos. /
Os pa’ses subdesenvolvidos n‹o tm
como pagar suas d’vidas.Nos deriva-
278Tamp‹o Tem, tm

dos, o acento se conserva: mantm,
contm, detm, sustm.
ÒTem genteÓ.Uso errado do verbo ter.
Verhavia muitas pessoas, p‡gina
138, e ter (como existir), nesta p‡gina.
ÒTemosÓ, ÒtivemosÓ. O notici‡rio deve
ser impessoal. Por isso, em vez de
ÒtemosÓ, ÒtivemosÓ, etc., recorra a
haver, existir e outras formas: No Bra-
sil existe muita desigualdade social
(e n‹o: No Brasil ÒtemosÓmuita de-
sigualdade social). / Houve muitos
acidentes nas estradas no feriado (e
n‹o: ÒTivemosÓmuitos acidentes
nas estradas no feriado).
Temperatura.ƒ alta ou elevada, baixa
ou reduzida. Frio ou quente usa-se
para tempo, dia, manh‹, tarde, noite,
etc.
Temperatura (convers‹o).1 Ñ Para con-
verter grau Fahrenheit em Celsius
(cent’grado), faa a seguinte opera-
‹o: subtraia 32 do valor Fahrenheit,
multiplique o resultado por 5 e divi-
da por 9. Exemplo: converter 104
graus F em cent’grados. Subtraia 32
(104 - 32 = 72),multiplique por 5 (72
x 5 = 360)e divida por 9 (360 Ö 9 = 40).
Portanto, 104 graus F equivalem a 40
graus C ou cent’grados.
2 Ñ Para converter grauCelsius
(cent’grado) em Fahrenheit, faa esta
opera‹o: multiplique o grau C por 9,
divida o resultado por 5 e acrescente
32. Exemplo: converter 20 graus C em
F. Multiplique por 9 (20 x 9 = 180),di-
vida por 5 (180 Ö 5 = 36)e acrescente
32 (36 + 32 = 68). Portanto, 20 graus
C equivalem a 68 graus F.
3 Ñ Como 32 graus F equivalem a
0 grau C, nœmeros abaixo de 32 na es-
cala F dar‹o resultado negativo em
graus C. Assim, 14 graus F equivalem
a -10 graus C e 0 grau F corresponde
a -17,8 graus C.
4 Ñ Os nœmeros obtidos nem sem-
pre s‹o inteiros. Assim, 78 graus F
correspondem a 25,6 graus C e 42
graus C equivalem a 107,2 graus F.
Tempor‹o.Plural: tempor‹os. Femini-
no: tempor‹.
Ten‹o, tens‹o. 1 Ñ Ten‹oequivale a
intuito, inten‹o: N‹o fez ten‹o de
voltar. / Sua ten‹o Ž sair j‡.2 Ñ Ten-
s‹ocorresponde a estiramento, rigi-
dez ou estado f’sico: A tens‹o que o
cargo lhe causava era insuport‡vel. /
Tens‹o muscular, tens‹o arterial,
tens‹o superficial.
Ter (abuso).Use o verbo terlivremen-
te, nos seus sentidos habituais e cor-
retos; evite, porŽm, transform‡-lo em
verbo-™nibus (como sin™nimo de pra-
ticamente todos os demais), especial-
mente nos t’tulos, apenas por causa
do seu reduzido nœmero de letras.
Veja alguns exemplos reais e no m’-
nimo discut’veis: Bancos peruanos
tm liminar / Bispo cancela missa
que UDR teria em BagŽ / Deputado
tem aplauso do governo / Estados e
munic’pios tm 60 milh›es / Ladr‹o
de carro tem pena atŽ o ano 2010 /
Fiscais tm 50 denœncias, mas n‹o
autuam empresas. Repare atŽ que al-
guns t’tulos n‹o s— n‹o ficam claros
como admitem dupla interpreta‹o.
Ter (como existir). HaverŽ que signifi-
caexistir, e n‹o ter. Use, pois, estas
formas:N‹o h‡ problema (em vez de
N‹o ÒtemÓproblema). / H‡ muita
gente l‡(em vez de ÒTemÓmuita
gente l‡). / N‹o havia solu‹o(em
vez deN‹o ÒtinhaÓsolu‹o). / N‹o
h‡ de qu (em vez de N‹o ÒtemÓde
qu). / N‹o houve jeito(em vez de
N‹o ÒteveÓjeito).Aten‹o: enqua-
dram-se neste caso (s‹o erradas)fra-
ses como: Hoje ÒtemÓPalmeiras x
S‹o Paulo. / Na p‡gina 8 ÒtemÓMa-
donna. / N‹o ÒtemÓsa’da para o
Pa’s. / ÒTeveÓde tudo ontem em S‹o
Paulo. / Onde ÒtemÓBrasil ÒtemÓ
Telebr‡s. / ÒTemÓdia para tudo.
Ter (conjuga‹o). Pres. ind.: Tenho,
tens, tem, temos, tendes, tm. Imp.
ind.: Tinha, tinhas, tinha, t’nhamos,
t’nheis, tinham. Pret. perf. ind.: Tive,
tiveste, teve, tivemos, tivestes, tive-
279ÒTem genteÓ Ter (conjuga‹o)

ram. M.-q.-perf. ind.: Tivera, tiveras,
tivera, tivŽramos, tivŽreis, tiveram.
Fut. pres.: Terei, ter‡s, ter‡, teremos,
tereis, ter‹o. Fut. pret.: Teria, terias,
teria, ter’amos, ter’eis, teriam. Pres.
subj.: Tenha, tenhas, tenha, tenha-
mos, tenhais, tenham. Imp. subj.: Ti-
vesse, tivesses, tivesse, tivŽssemos,
tivŽsseis, tivessem. Fut. subj.: Tiver,
tiveres, tiver, tivermos, tiverdes, tive-
rem. Imper. afirm.: Tem tu, tenha
voc, tenhamos n—s, tende v—s, te-
nham vocs. Imper. neg.: N‹o tenhas
tu, n‹o tenha voc, n‹o tenhamos
n—s, n‹o tenhais v—s, n‹o tenham
vocs. Infin.: Ter. Flexionado: Ter,
teres, ter, termos, terdes, terem. Ger.:
Tendo. Part.: Tido.
Ter (derivados).Aten‹o para seis tem-
pos: Pres. ind.: MantŽm (singular),
mantm (plural); detŽm, detm;
retŽm, retm; entretŽm, entretm;
contŽm, contm; obtŽm, obtm. Imp.
ind.: Mantinha, detinha, retinha, en-
tretinha, continha, obtinha (e nunca
ÒmantiaÓ, ÒdetiaÓ, ÒretiaÓ, ÒentretiaÓ,
etc.). Pret. perf. ind.: Manteve, dete-
ve, reteve, entreteve, conteve, obteve
(e nunca ÒmanteuÓ, ÒdeteuÓ, ÒreteuÓ,
ÒentreteuÓ, etc.). M.-q.-perf. ind.:
Mantivera, detivera, retivera, entreti-
vera, contivera, obtivera (e nunca
ÒmanteraÓ, ÒdeteraÓ, ÒreteraÓ, Òentre-
teraÓ, etc.). Imp. subj.: Mantivesse,
detivesse, retivesse, entretivesse,
contivesse, obtivesse (e nunca Òman-
tesseÓ, ÒdetesseÓ, ÒretesseÓ, Òentretes-
seÓ, etc.). Fut. subj.: Mantiver, deti-
ver, retiver, entretiver, contiver, obti-
ver (e nunca Òse eu manterÓ, ÒdeterÓ,
ÒreterÓ, ÒentreterÓ, etc.). Conjugam-
se da mesma forma: abster-se, ater-se
e suster.
Terceiro Mundo.1 Ñ Com maiœsculas
e sem h’fen. 2 Ñ Palavras derivadas:
terceiro-mundismo e terceiro-mun-
dista. 3 Ñ Os outros dois mundos s‹o
os pa’ses capitalistas desenvolvidos e
o antigo bloco comunista. 4 Ñ N‹o
use a forma Ò3¼ MundoÓ.
Ter de.Use ter deem vez de ter que,
quando o sentido for de necessidade,
obriga‹o, desejo ou interesse: O Bra-
sil ter‡ de importar arroz. / Temos de
prever as despesas do pr—ximo se-
mestre. / O trabalho tem de ser ini-
ciado hoje. / Eles tinham de sair
cedo. / A prefeitura teve de indenizar
os desapropriados.
Teresa, Teresina.A menos que se trate
de mulher que grafe o nome com hou
z, use sempre s em Teresae deriva-
dos: Madre Teresa de Calcut‡ (tradu-
zido), imperatriz Teresa Cristina,
Santa Teresa (bairro ou religiosa),Te-
resinha do Menino Jesus, Teresina,
Teres—polis,etc.
Ter lugar.Como sin™nimo de realizar-
se, ocorrer, dar-se, suceder, prefira
qualquer uma destas formas: A reu-
ni‹o ser‡ realizada amanh‹. / O in-
cndio ocorreu ontem.
Terminar mais infinitivo.Com infiniti-
vo, use acabare n‹o terminar:Aca-
bou de fazer, acabou de sair, acabou
de escrever (e n‹o terminou de fazer,
terminou de sair, terminou de escre-
ver).
Termo...1 Ñ Liga-se sem h’fen ao ele-
mento seguinte: termodin‰mica, ter-
monuclear, termorreceptor, termos-
sif‹o.2 Ñ Mantenha o odo prefixo
mesmo quando o segundo elemento
comear por vogal: termoat™mico,
termoelŽtrica.
Terra.1 Ñ Sempre com inicial maiœs-
cula quando se referir ao planeta: A
Terra tem 4,5 bilh›es de anos. / A
Terra Ž azul.2 Ñ No sentido de ch‹o
firme (opondo-se a mar e ar), rejeita o
artigo:Estava em terra. / Terra ˆ
vista. / Deixou os filhos em terra. /
Viajou por terra. / Desceremos hoje a
terra(e n‹o ҈ terraÓ).
Terreno de marinha.Desta forma, e n‹o
terreno Òda MarinhaÓ(trata-se de ‡rea
situada junto ao mar ou ˆ margem de
certos rios e lagoas).
280Ter (derivados) Terreno de marinha

Ter tido.Ter pode ser auxiliar de si pr—-
prio: Tinha tido, tenho tido, t’nhamos
tido.
Tetraneto.Ver bisneto, trineto, tetrane-
to, p‡gina 53.
Tetrav™.Ver bisav™, trisav™, tetrav™, p‡-
gina 53.
Tev.Ver televis‹o, p‡gina 278.
Txtil.Desta forma. Plural: txteis.
Texto-legenda.1 Ñ Como Ž ao mesmo
tempo uma not’cia e uma legenda,
deve, por isso, descrever a fotografia e
relatar o fato em linguagem direta e ob-
jetiva. Recomenda-se que o texto-le-
genda preencha de trs a cinco linhas
cheias ou o que a Diagrama‹o deter-
minar. Em casos excepcionais, admite-
se um pouco mais e, raramente, menos.
N‹o existe par‡grafo no texto-legenda,
nem inicial nem intermedi‡rio.
2 Ñ O ideal Ž que o texto-legenda
contenha pelo menos duas frases, a
primeira descritiva e a segunda, com-
plementar e informativa. Como t’tu-
lo, reproduza algum pormenor da no-
t’cia ou mesmo a sintetize:
Visita ÒprotocolarÓ
O general Jo‹o de Almeida passa
em revista a tropa formada em sua
homenagem na Academia Militar
das Agulhas Negras. O oficial fez
ontem uma visita Òmeramente pro-
tocolarӈ escola.
3 Ñ Se necess‡rio, para ganhar es-
pao, o texto-legenda pode assumir
car‡ter informativo na sua totalidade.
Evite apenas, por uma quest‹o de
ritmo, que o texto se resuma a uma
œnica frase, dividindo sempre o per’o-
do em duas ou mais ora›es:
Praia sem sol
Depois de horas de congestiona-
mentos nas estradas, o paulistano
aproveitou o mormao do domingo e
lotou as praias, entre elas a da Ensea-
da, no Guaruj‡. A Dersa prev um re-
torno tambŽm complicado: mais de
500 mil carros passaram ontem pelos
ped‡gios do sistema AnchietaÑImi-
grantes.
4 Ñ Eventualmente, o texto-legen-
da pode funcionar como chamada de
primeira p‡gina para assunto que o
jornal desenvolva em outro local da
edi‹o:
Terminal do desespero
As crianas tm sido as principais
v’timas da desorganiza‹o no Termi-
nal Rodovi‡rio do Tiet. Muitas de-
sembarcam sozinhas e chegam a es-
perar horas atŽ serem encontradas
por quem vai busc‡-las. H‡ tambŽm
muita sujeira e assaltos na rodovi‡-
ria. P‡gina C4.
Tigres asi‡ticos. Inicial minœscula: O
Brasil quer negociar com os tigres
asi‡ticos.
Times de futebol.1 Ñ S‹o masculinos
na quase totalidade: o Palmeiras, o
Flamengo, o Pinheiros, o Estudiantes,
o Sporting, o Arsenal, o Racing, o
Milan.H‡ algumas exce›es, no en-
tanto, e o Estadoas respeita. Brasil: a
Portuguesa, a Ponte Preta, a Interna-
cional (Limeira), a Esportiva (Guara-
tinguet‡). It‡lia: a Roma, a Interna-
zionale, a Juventus, a Fiorentina, a
Sampdoria, a Udinese ea Lazio.Por-
tugal: a Acadmica(Coimbra). AmŽ-
rica Latina: a Universidad(de v‡rios
pa’ses).
2 Ñ Use o nome dos times confor-
me eles estejam registrados: Corin-
thians, Mogi Mirim, Novorizontino,
Pirassununguense, S‹ocarlense, Co-
ritiba, Sport, Goytacaz, Mixto, Pay-
sandu,etc.
3 Ñ Os times estrangeiros que te-
nham nome de cidade conservar‹o a
denomina‹o original: Napoli (de N‡-
poles), Genoa(de Gnova), Milan(de
Mil‹o), Torino(de Turim), Bologna
(de Bolonha),Real Madrid(de Madri),
AtlŽtico de Madrid(de Madri), Zara-
goza(de Saragoa), Sevilla(de Sevi-
lha), Anvers(de AntuŽrpia), Genve
(de Genebra), etc. Exce‹o:Col™nia,
de Col™nia (Kšln em alem‹o).
281Ter tido Times de futebol

282
Tintim.Desta forma: tintim por tintim
(e n‹o Òtim-timÓou Òtim timÓ).
ÒTio SamÓ.N‹o use. A express‹o tem
car‡ter depreciativo.
Tipo. Aceit‡vel apenas na linguagem
coloquial (mas n‹o nos textos for-
mais do jornal)em frases como: Um
grupo de empres‡rios esteve na cida-
de tipo assuntando. / Era um homem
tipo quem tudo sabe. / Era uma mu-
lher tipo perua.
Tique, tique-taque. Tique, cacoete, j‡
est‡ aportuguesado. Use tambŽm
tique-taque(imita‹o do som do re-
l—gio).
ÒTirar uma posi‹oÓ. Lugar-comum.
N‹o use.
Tire—ide.Mantenha sempre o e: tireoi-
dectomia, tireoidismo, tireoidite.O
adjetivo correspondente Ž tire—ideo.
T’tulo.Liga-se com h’fen a outro subs-
tantivo: idŽia-t’tulo, papŽis-t’tulo.
T’tulos
Instru›es gerais
1 Ñ O t’tulo deve, em poucas pa-
lavras, anunciar a informa‹o princi-
pal do texto ou descrever com preci-
s‹o um fato: Governo desiste de au-
mentar impostos / Assaltantes rou-
bam 500 mil e prendem 12 refŽns.
2 Ñ Procure sempre usar verbo nos
t’tulos: eles ganham em impacto e ex-
pressividade.
3 Ñ Para dar maior fora ao t’tulo,
recorra normalmente ao presente do
indicativo, e n‹o ao pretŽrito:Israe-
lenses e palestinos assinam (e n‹oas-
sinaram)acordo de paz / Reitor
chama (e n‹ochamou)pol’cia para
poder trabalhar.
4 Ñ Nos textos noticiosos, o t’tu-
lo dever‡ obrigatoriamente ser extra’-
do do lead; se isso n‹o for poss’vel, re-
faa o lead, porque ele n‹o estar‡ in-
cluindo as informa›es mais impor-
tantes da matŽria.
5 Ñ Use inicial maiœscula apenas
na primeira palavra do t’tulo e nos
nomes pr—prios: Ministro pode ser in-
diciado / Pacifistas fazem protesto
diante da Casa Branca.
6 Ñ Os t’tulos no Estadov‹o sem-
pre em letras minœsculas (caixa-
baixa). S— faa t’tulos inteiramente
em maiœsculas (caixa-alta)em casos
muito especiais. Por exemplo, em
manchetes que exijam maior desta-
que que as normais.
7 Ñ Nenhuma palavra do t’tulo
poder‡ ser separada no fim da linha
(nem mesmo as ligadas por h’fen).
8 Ñ Evite igualmente partir nomes
pr—prios constitu’dos de dois ou mais
voc‡bulos. Exemplos:
Protesto diante da Casa
Branca termina em tumulto
Novo LP de Roberto
Carlos bate recorde.
9 Ñ N‹o repita palavras na mesma
p‡gina (ˆ exce‹o de artigos, preposi-
›es e contra›es curtas).
10 Ñ Evite f—rmulas semelhantes
de t’tulos na mesma p‡gina (a n‹o ser
intencionalmente, para fazer jogo de
t’tulos):O Brasil vai bem, afirma o
presidente / Os Estados precisam de
recursos, diz o governador.
11 Ñ Esteja atento para que o t’tu-
lo da chamada de primeira p‡gina e o
da mesma not’cia colocada no inte-
rior do jornal n‹o sejam rigorosamen-
te iguais.
12 Ñ O Estadon‹o usa t’tulos com
ponto. Assim, est‹o vetados exem-
plos como estes: O Metr™ reconhece
que errou. E pune seus funcion‡rios /
O Brasil joga. Para buscar a classifi-
ca‹o.
13 Ñ A n‹o ser que voc faa um
t’tulo propositadamente centrado,
evite deixar muito branco nas linhas
(no m‡ximo um ou dois sinais). Da
mesma forma, procure tornar o con-
Tintim T’tulos

junto das linhas harm™nico e agrad‡-
vel.
14 Ñ Importante: respeite com
rigor o limite de sinais estabelecido
para cada t’tulo. Caso contr‡rio, ele
ter‡ de ser reduzido, tornando a p‡gi-
na um verdadeiro cat‡logo de tipos.
Instru›es espec’ficas
1 Ñ Abreviaturas. Evite abreviar
nomes pr—prios:P. Ferreira, P. Alegre,
E. Santo, J. Paulista, C. Verde, R. Car-
los, F. HenriqueExce‹o: S. (de S‹o e
Santo), como em S. Caetano, S. Ca-
tarina, S. Amaro,etc. Mas, quando
poss’vel, use S‹o e Santo por exten-
so. E n‹o abrevie a indica‹o dos car-
gos das pessoas, principalmente
como recurso para ganhar sinais nos
t’tulos: gen. Almeida, gov. Pereira,
alm. Valena. S— s‹o admitidas redu-
›es das formas de tratamento, como
dr. Jatene, d. Eugnio, pe. Eurico.
2 Ñ Adjetiva‹o. O adjetivo, por
mais forte que seja, n‹o substitui a in-
forma‹o espec’fica: Comiss‹o pro-
p›e profundas mudanas no IR / Rea-
lizado o maior assalto a banco do
ano. / Governo baixa medidas duras
para tentar conter o dŽficit. / MŽdia
de mortes teve aumento brutal. Pro-
fundas, maior, duras e brutal, no caso,
n‹o d‹o as informa›es essenciais:
quais e o valor.
3 Ñ Artigo. Pode ser dispensado,
na maior parte dos casos, para econo-
mizar sinais: Deputado acusa CUT /
Peso do pacote divide governo. Con-
serve obrigatoriamente o artigo,
porŽm, nas formas de valor absoluto,
como o maior, o menor, o m‡ximo, o
m’nimo, os mais velhos, o mais novo,
o œnico, os menos culpados, o menos
instru’do, o principal, etc.
4 Ñ Artista pelo personagem.O
Estadon‹o admite que se use o nome
do artista pelo personagem que este-
ja representando no momento. Exem-
plos: Cuoco morre no fim / Tarc’sio
Meira casa com Bruna Lombardi.
5 Ñ At’picos. H‡ t’tulos at’picos
que podem ser jornal’sticos e criati-
vos. Lembre-se, porŽm, de que s‹o ex-
ce‹o e n‹o a regra: N‹o, n‹o chega
de saudade / A dif’cil vida f‡cil / A
morte do homem do Brasil / O incr’-
vel caso dos encapuzados que ataca-
ram a pol’cia / Adeus, Joel; bem-
vindo, Joel.
6 Ñ Auxiliar. O t’tulo auxiliar
deve complementar o principal, e n‹o
repetir informa›es nele contidas.
Veja alguns exemplos de t’tulos auxi-
liares bem-feitos (entre parnteses
est‡ o t’tulo auxiliar): O templo da
segurana nacional abre suas portas
a Lula e Covas (Com isso, a ESG
rompe um comportamento de dŽca-
das)/ Vereador paulista renuncia
(C‰mara triplicou seu sal‡rio e ele
achou a decis‹o incorreta)/ Museus
descobrem fraude (Arte prŽ-colom-
biana n‹o passa de obra de artista
mexicano). Em contraste, veja um
caso em que o t’tulo auxiliar repete o
principal: Medidas v‹o reduzir a li-
quidez (O CMN aprovar‡ amanh‹
medidas para reduzir o excesso de di-
nheiro em circula‹o).
7 ÑCausaÑefeito. Em alguns
casos, especialmente nos relativos a
fen™menos meteorol—gicos, aciden-
tes e outros, admite-se o emprego do
efeito pela causa em t’tulos como:
Acidentes matam 20 nas rodovias
paulistas / Chuva interrompe o tr‰n-
sito na AnhangŸera / Mau tempo
adia a rodada do campeonato / Crise
impede a viagem do presidente / Frio
eleva preo das verduras. / Cora‹o
aposenta jogador aos 20 anos.
Evite, no entanto, casos em que
essa rela‹o se torne forada ou inin-
telig’vel:Turbina derrubou o avi‹o
do ministro / Ferrovia NorteÑSul j‡
prepara canteiro de obras / Meteoro-
logia antecipa jogo do Santos / Junho
283T’tulos T’tulos

pode dar o gatilho, diz assessor do
ministro.
Eis outros exemplos de t’tulos
pouco intelig’veis do gnero: Contra-
to perdoa Jo‹ozinho (o jogador foi per-
doado porque sua presena era exigi-
da por contrato nos jogos do time)/
Tabela abre supermercado ao meio-
dia (por causa de uma tabela de œlti-
ma hora, os supermercados s— iriam
abrir ao meio-dia)/ Contracheque
solta secret‡rio em Fortaleza(libera-
‹o dos contracheques fez que servi-
dores soltassem secret‡rio retido no
gabinete dele).
8 Ñ Confus‹o. Os t’tulos devem
ser claros para n‹o provocar nenhum
tipo de confus‹o no esp’rito do leitor.
Veja os exemplos seguintes: Em co-
m’cio de Pedro Almeida lana
Gomes para a Presidncia / Presos
acusados de roubo. No primeiro,
seria indispens‡vel uma v’rgula entre
Pedro e Almeida; no segundo, fica a
dœvida: presos foram acusados de
roubo ou foram presos os acusados de
roubo?
9 Ñ Corre‹o. ƒ indispens‡vel nos
t’tulos, para evitar exemplos (reais)
como: Pernambuco pede DPF para
apurar morte de vereador / S‹o Paulo
relaxa e permite Juventus empatar
por 2 a 2. / Portos parados ameaam
falta de combust’vel. / Hor‡rio de
ver‹o comea 6 de outubro em 12 Es-
tados e no DF. /
10 Ñ Dizer. N‹o use o verbo (nem
declarar e afirmar)para entidades,
como em: Eletropaulo diz que contas
de luz podem estar erradas. Substi-
tua-o por admite, nega, contesta, etc.
11 Ñ E. Est‡ vetado o uso da con-
jun‹o eno in’cio dos t’tulos, sejam
eles principais ou auxiliares: E o go-
verno j‡ admite que vai demitir mais
servidores. / As propostas de desa-
propria‹o de terras n‹o tm valor
jur’dico (...)E atŽ a lei do meio am-
biente foi desrespeitada. / E a CLT
afinal vai mudar.
12 Ñ Encampa‹o. A menos que
o jornal as tenha apurado, as informa-
›es devem ser atribu’das a alguŽm e
n‹o encampadas nos t’tulos. Veja os
exemplos: Uruguai n‹o est‡ nem um
pouco preocupado / A Terra Ž um or-
ganismo vivo / Lucro j‡ n‹o atrai
tanto as empresas. / Renato n‹o
pensa em ser o artilheiro. Em todos
os casos, obviamente havia alguŽm
dizendo o que consta dos exemplos.
Os t’tulos, porŽm, fazem que as afir-
ma›es passem a ser do jornal.
13 Ñ Excesso. Se os t’tulos muito
telegr‡ficos s‹o conden‡veis, da
mesma forma produzem m‡ impres-
s‹o os que tm o efeito contr‡rio: ex-
cesso de palavras. Veja como a falha
fica patente nos exemplos seguintes,
em que detalhes absolutamente se-
cund‡rios tiveram de ser inclu’dos
para que o t’tulo satisfizesse a conta-
gem exigida: O Brasil Ž favorito no
Torneio de Novos que se inicia hoje
em Toulon, na Frana / Traficante
Celsinho da Vila VintŽm Ž preso de
madrugada em casa em Padre Mi-
guel / Centro vai ganhar outra rede
de varejo, a Luzes Shopping, no local
onde ficava a Casa Sloper / MinistŽ-
rio inicia Programa Bom Menino
com a presena da primeira-dama do
Pa’s.
14 Ñ Fato previsto. Mesmo nos
fatos previstos, voc pode fugir do
—bvio. No dia da posse dos governa-
dores, por exemplo, em vez de sim-
plesmente anunciar Governadores
tomam posse,h‡ op›es como: Go-
vernos mudam, ficam as d’vidas / Es-
tados falidos d‹o posse a governado-
res hoje.
15 Ñ Foi. Evite o uso de foi nos t’-
tulos: Ž ruim e j‡ est‡ subentendido
nos casos em que se recorre ao parti-
c’pio. Veja como ele Ž totalmente dis-
pens‡vel:(Foi)Aprovada a estatiza-
‹o dos bancos no Peru / (Foi)Inicia-
da a corrida aos cargos no governo.
284T’tulos T’tulos

16 Ñ Fracos. H‡ t’tulos fracos para
o que pretendem expressar. Eis alguns
exemplos: Vaticano divulga seu ba-
lano / Plen‡rio rejeita proposta do
PFL / A decis‹o final do caso dos tra-
tores. No primeiro caso, havia a in-
forma‹o de que o Vaticano tivera
preju’zo no ano anterior; no segundo,
n‹o se diz qual Ž a proposta do PFL;
no terceiro, igualmente, n‹o se reve-
la ao leitor em que consiste a decis‹o
final do caso dos tratores.
17 Ñ Futuro do pretŽrito. O anti-
go condicional n‹o deve ser emprega-
do nos t’tulos por transmitir ao leitor
idŽia de insegurana, eventualidade e
falta de convic‹o: Aids teria sido a
causa de chacina em SP / Curto-cir-
cuito teria causado o incndio na
Paulista / Excesso de informa‹o
causaria estresse.Uma sa’da Ž recor-
rer a palavras como pode, deve, pos-
s’vel, prov‡vel, ameaa, espera e ou-
tras que contornem a situa‹o. H‡
um caso, porŽm, em que se admite o
uso do futuro do pretŽrito. ƒ quando
ele formula uma hip—tese: Antecipa-
‹o agradaria aos vereadores / Ex-
ministro afirma que reeditar o Plano
Cruzado seria atŽ hilariante.
18 Ñ Gerœndio. Evite o gerœndio
nos t’tulos, seja de not’cias, seja de re-
portagens, artigos, coment‡rios, cr’ti-
cas, cr™nicas, etc. Eis alguns exem-
plos que mostram n‹o ser essa uma
boa f—rmula para os t’tulos: Desenter-
rando o passado / Cartel de Medell’n
invadindo o Brasil / Uma cidade re-
fazendo seu passado / Chileno corta
pulsos a bordo de avi‹o dizendo-se
perseguido / Deputado apresenta re-
lat—rio propondo 4 anos / Desmisti-
ficando a onda de violncia.H‡ sem-
pre uma forma do presente que pode,
com vantagem, substituir o gerœndio.
19 ÑInforma›es adicionais.
Sempre que poss’vel, aproveite bem
os sinais do t’tulo para dar informa-
›es adicionais que o tornem mais
claro jornalisticamente ou ajudem a
evitar confus›es:Gripe Florentina, a
que vai e volta, atinge paulistanos /
Beth‰nia (Defesa do Consumidor)
pede normas para controle de pre-
os / Reed, do Citicorp, defende con-
vers‹o da d’vida externa / Santos, o
ministro, garante que n‹o pretende
renunciar / Gramado, sem encomen-
das, desativa setor moveleiro / Braga
classifica de recuo o controle de pre-
os, j‡ tentado por Simonsen / Ed-
berg, 3¼ do ranking, Ž eliminado em
Roland Garros / Mordidos demais,
carteiros argentinos param traba-
lho / Enfarte mata Muskie, ex-secre-
t‡rio de Carter / Banco Atlas, que fez
a reestrutura‹o da Acme, compra
a›es dos s—cios minorit‡rios / INPC
de maro foi de 0,29%, o menor sem
congelamentos / Brigitte, irreconhe-
c’vel, leiloa j—ias para proteger ani-
mais / Augusto, liberado para voltar
ao treinamento, livra-se do corte /
Morre o roteirista de ÒPerdidos na
NoiteÓ, o filme / Kanu, carrasco do
Brasil, est‡ fora do futebol.
20 Ñ Jogo de palavras. Raramen-
te um jogo de palavras se justifica no
t’tulo; na maior parte das vezes, o que
o redator consegue Ž passar ao leitor
frases de gosto altamente duvidoso,
como, por exemplo: Preo do sapato
aperta consumo / Chegada de Nobel
da Paz causa guerra / Minivaca pro-
duz maxileite / Crise deixa estaleiros
a ver navios / Altamiro: levando o
choro na flauta / Em ano eleitoral,
metr™ paulista entra nos trilhos /
Brasileiros abrem olho para o Jap‹o /
Com mil raios! Como Ž dif’cil usar o
micro nesses temporais... / Presiden-
te digere queixas em jantar / Ferro
elŽtrico passa bem pela recess‹o /
Passada a turbulncia, Vasp decola
de novo / Inunda›es levam preo
para o brejo / F‡brica da Volks pisa
fundo em Resende / Comprador
chora com preo da cebola.
21 Ñ Jogo de t’tulos. Quando fei-
to com critŽrio, o jogo de t’tulos na
285T’tulos T’tulos

mesma p‡gina pode ser uma solu‹o
criativa: Edu, o do Palmeiras, vai
jogar / Edu, o da Portuguesa, quer
descansar.
22 Ñ ÒMuletasÓ. Nada pior num
t’tulo, por ficar evidente o recurso, do
que palavras utilizadas apenas para
esticar a linha. Veja casos em que o
um, o seu, o j‡ e os artigos definidos
ou s‹o redundantes ou n‹o tm ne-
nhuma fun‹o na frase: Presidente
critica um deputado / Empresa demi-
te os seus funcion‡rios / Corinthians
j‡teme o AmŽrica / O le‹o foge do
circo. Por queum deputadoe n‹ode-
putado, apenas?A empresa poderia
demitir outros funcion‡rios que n‹o
os seus?Teme, simplesmente, e n‹o
j‡ teme.Finalmente, que le‹o?que
circo?
23 Ñ Nome certo. Use sempre o
nome da pessoa, da cidade ou da
coisa, evitando f—rmulas destinadas
somente a aumentar o nœmero de si-
nais do t’tulo, como as que se se-
guem: Despovoamento e marŽs
ameaam a cidade das g™ndolas /
Greve de ™nibus e metr™ deixa a ÒCi-
dade LuzÓsem transporte / Contun-
dido o ÒFurac‹o de LinsÓ/ Chuva ar-
rasa a capital fluminense. / Obras re-
vitalizam a capital da Argentina.
24 ÑNomes usuais. Use no t’tu-
lo sempre o nome pelo qual a pessoa
seja conhecida. Se o jornal utiliza
Covas nos t’tulos, por exemplo, a
forma M‡rio Covas Ž um desvio da
norma e revela apenas que o M‡rio
teve o mero objetivo de completar o
nœmero de sinais. Outros exemplos
conden‡veis: Bill Clinton recebe
Boris Yeltsin / Evocada a mem—ria de
Tancredo Neves / Leonel Brizola cri-
tica a pol’tica econ™mica.
25 Ñ Nœmeros agrupados. Evite
agrupar nœmeros quando o resultado
possa confundir ao leitor, como nos
casos seguintes: òltima prova da
temporada decidiu a F-1 17 vezes /
Previstas para 1998 30 competi-
›es. / Chegam dia 24 16 governado-
res.
26 Ñ Obscuros. Nunca faa t’tu-
los que o leitor n‹o possa identificar
de imediato, como: BNDES socorre
giro de micro, pequeno e mŽdio (em-
pres‡rio)/ Surrealismo, 100, est‡ de
volta (movimento ressurge cem anos
depois).
27 Ñ Ontem. N‹o use o advŽrbio
nos t’tulos, pois se presume que o jor-
nal publique, na quase totalidade, no-
t’cias da vŽspera. Recorra ao presen-
te, que torna o t’tulo mais forte: Pre-
sidente anuncia acordo com credores
(e n‹o:Presidente anunciou ontem
acordo com credores)/ Santos vence
o Guarani (e n‹o:Santos venceu
ontem o Guarani).
28 Ñ Opini‹o. Somente os t’tulos
de editoriais, artigos ou coment‡rios
assinados poder‹o expressar opini‹o:
Imposi‹o do bom senso / Uma de-
cis‹o desastrosa / O passado conde-
na no Uruguai.Nos demais casos, e
especialmente no notici‡rio, est‹o
vetados t’tulos desse tipo.
29 Ñ Ordem na frase. A ordem dos
termos no t’tulo deve ser a mais li-
near poss’vel. Evite intercala›es e
invers›es violentas, como nos casos
seguintes:Frana discute hoje nos
EUA o terror / Prefeitos v‹o levar ao
presidente reivindica›es / Marcelo
e Igor podem ter esta semana habeas-
corpus / Bancos querem negociar
com Incra as suas terras. / Santos
vence por 2 a 0 a Portuguesa.
30 Ñ Palavras fortes. H‡ palavras
ou constru›es muito fortes, que d‹o
aos t’tulos clara idŽia de exagero. Fuja
de exemplos como: Protestos inferni-
zam a vida de Copacabana / Empre-
s‡rios morrem de medo de novo con-
gelamento / Lei americana enfurece
os europeus / Interven‹o deixa go-
vernador irado.
31 Ñ Pontua‹o. Aplicam-se aos
t’tulos as mesmas normas de pontua-
‹o dos textos comuns: ali‡s, nos ver-
286T’tulos T’tulos

betes espec’ficos deste manual, deze-
nas de exemplos s‹o de t’tulos. Por
isso, neste momento, cabem apenas
algumas observa›es:
¥ N‹o use os dois-pontos para in-
troduzir retranca ou procedncia:
Frana: cresce o nœmero de aciden-
tes / Terras: governo muda a legisla-
‹o / Caso dos tratores: mais um in-
diciado.
¥ N‹o coloque tambŽm a retranca
ou procedncia no fim do t’tulo: Mos-
cou afasta o ministro da Defesa: caso
Cessna / Funcion‡rio Ž baleado den-
tro do carro: Sergipe.
¥ N‹o use v’rgula para indicar re-
tranca (caso em que tambŽm os dois-
pontos est‹o vetados):Escuta telef™-
nica, delegado procurado / Aparta-
mentos, o ministro vai explicar.
¥ N‹o use ponto de interroga‹o
nos t’tulos. O leitor tem direito a res-
postas. Dessa forma, est‹o vetados t’-
tulos como: O cacau, a caminho da
privatiza‹o?/ Como cortar 14 bi-
lh›es no dŽficit?/ Novo congestiona-
mento na Imigrantes?/ Quem paga
a conta dessas mordomias?
¥ Use aspas no t’tulo para as pala-
vras que, segundo as normas de reda-
‹o, v‹o em it‡lico ou negrito no
texto:Autor renega ÒOs Homens do
EspaoÓ/ Gil grava ÒCh‹o de Estre-
lasÓ/ ÒSonecaÓvai deixar o caso
Anast‡cio./ ÒEstadoÓganha causa
no STF.
¥ Os t’tulos inteiramente entre
aspas est‹o vetados, a n‹o ser em dois
casos: sub-retrancas e t’tulos auxilia-
res de entrevistas.
¥ Em casos especiais, o ponto-e-
v’rgula pode ser usado para indicar
duas informa›es diferentes contidas
no mesmo texto: Governo divulga
plano; bolsas caem.
¥ Finalmente, lembre-se de que
est‹o vetados os t’tulos com pontos
(ressalvados os casos de excepciona-
lidade, mas sempre com permiss‹o da
Dire‹o da Reda‹o). Assim, n‹o use
exemplos como: Tiros na mata. Para
salvar jacarŽs / A cidade quer o
porto. Mas n‹o a esse preo / Os dois
meninos saem a passeio. E n‹o vol-
tam.
32 Ñ Positivos. Sempre que poss’-
vel, substitua um t’tulo com n‹o pela
forma positiva (exemplificada entre
parnteses): Ator n‹o aceita(rejeita)
prmio / Funcion‡rio n‹o quer (re-
cusa)promo‹o / Lista n‹o inclui
(omite, exclui)convocados / Gover-
no diz que n‹o tem(nega)inten‹o
de extinguir conselho / Universida-
de n‹o encerra (prorroga)inscri›es.
33 Ñ Pronome obl’quo. Evite o
pronome obl’quo nos t’tulos, para
n‹o dar ao leitor idŽia de sofistica‹o:
Escritor ingls ganha a‹o contra jor-
nal que o difamou / Ladr›es esperam
fam’lia acordar para assalt‡-la.
34 Ñ Rebuscamento. ƒ o uso de
palavras estranhas ao universo do lei-
tor ou de termos que n‹o sejam os
mais simples para expressar determi-
nada situa‹o. Lembre-se de que o t’-
tulo tenta estabelecer comunica‹o
direta com o leitor. Por isso, os voc‡-
bulos empregados devem ser, quando
poss’vel, os do seu dia-a-dia. Evite,
pois, formas como estas: Pol’cia cala
sobre a fuga de 2 mil / Ministro diz
que o gatilho de servidor Ž controver-
so / Centavo, moeda t‹o vil que nin-
guŽm se abaixa para pegar / Inseto
americano mimetiza predador para
poder fugir / ÒEtarraÓassassinada /
Para senador, PMDB deveria ter sa-
batinado ministro / Viœva de Allen-
de solicita anistia / OMS n‹o acha
importante contabilizar casos de
aids / PMDB deseja mudar a Consti-
tui‹o / Mulher de brigadeiro ecoa
Òrevolta silenciosaÓ/ S‹o Paulo p›e
em campo sua face ÒyangÓ.
35 Ñ Redu›es. Evite reduzir pa-
lavras nos t’tulos, a n‹o ser em casos
j‡ consagrados, como soft, micro,
m‡xi, m’ni e mœlti.
287T’tulos T’tulos

36 Ñ Repeti›es. Determinadas
repeti›es podem dar fora aos t’tu-
los, quando criteriosas e adequadas ˆ
situa‹o descrita: Pol’cia apura pol’-
cia no seqŸestro / Governador diz
que n‹o disse nada contra o Judici‡-
rio / Formas que geram formas / ÒEu
fico, eu faoÓ/ NinguŽm Ž de nin-
guŽm na noite / Artistas convidam
artistas para exposi‹o.
Em outros casos, no entanto, elas
apenas denotam falta de recursos:
Proposta para a d’vida n‹o Žpara j‡,
esclarece a Fazenda / Deputado tira
prorroga‹o de mandato de prefeitos
decapitais de relat—rio / Infla‹o na
UE baixa a seu ’ndice mais baixo em
20 anos / Munic’pios far‹ovig’lia
para fazerincluir suas propostas na
nova Carta. / Casas inventam atra-
›es para atrair pœblico.
37 Ñ Rimas. Cuidado com as
rimas, especialmente em ‹o, mais no-
tadas pelo som forte: Ministro nega
press‹o pol’tica para demiss‹o / Ad-
vogado toma cuidado para n‹o ser
incriminado / Barulho na cidade re-
vela insensibilidade.
38 Ñ Sem sujeito. Em alguns
casos, a supress‹o do sujeito n‹o
torna o t’tulo enigm‡tico e pode ser
aceita: Assassinado ao lado do filho
menor / Mordido pelo rival / Conde-
nado a 12 anos sem provas.
39 ÑSentido completo. Quanto
mais informa›es voc der ao leitor,
mais o t’tulo ter‡ cumprido seu obje-
tivo. Por isso, evite os detalhes supŽr-
fluos e procure usar todos os sinais ˆ
disposi‹o para que o t’tulo diga o
m‡ximo. Veja como Ž poss’vel: Sena-
do aprova e argentinos j‡ tm div—r-
cio / Le‹o-marinho melhora, come
mais e brinca / Acidente com ™nibus
no Cairo mata 50 crianas / Botafo-
go joga mal, empata e perde dinhei-
ro / F‡bricas de motos d‹o fŽrias, cor-
tam horas extras e reduzem produ-
‹o / Flamengo, goleado de novo, vai
atr‡s de Rom‡rio / Pol’cia frustra se-
qŸestro, mata trs e resgata refŽns /
Conde salta 24 pontos em dez dias e
assume liderana no Rio / Computa-
dor p‡ra, avi‹o cai e 70 morrem no
Peru / Aluno mata, fere, se mata e
choca a USP.
40 Ñ Sentido incompleto. Evite os
t’tulos que deixam no ar a pergunta o
qu?, como nos exemplos seguintes:
Ministro admite congelar, ap—s ajus-
te de preos / Deputado quer saber se
funcion‡rio pode acumular. Conge-
lar o qu?Acumular o qu?
41 Ñ Singular pelo plural.H‡
casos em que se pode usar um termo
no singular para designar toda uma
classe ou categoria. Exemplos: Greve
de servidor termina hoje / Deputado
j‡ ganha mais em S‹o Paulo / Con-
tribuinte paga mais imposto.
Em muitas ocasi›es, porŽm, o uso
do singular poder‡ dar a idŽia de que
a not’cia se refere a uma s— pessoa da
classe ou categoria e n‹o a toda ela.
Veja exemplos reais de t’tulos que se
devem evitar (em todos eles as not’-
cias se referiam ˆ categoria ou a gru-
pos de pessoas): Comiss‡rio da Vasp
decide manter greve / Passageiro
queima ™nibus em Itaquera / Came-
l™ dobra os preos de aœcar e sal /
Militar argentino pede anistia
ampla / Marginal quebra e incendeia
um autom—vel / Banco dispensa
acordo com FMI / Militar cubano de-
sertou em massa, diz general / Joga-
dor faz greve no Fluminense (era o
time todo)/ Motorista de t‡xi amea-
a parar / Menina brasileira se pros-
titui no Paraguai / Apoio de governa-
dor vira estigma de candidato (o
apoio era dos governadores e o estig-
ma, dos candidatos nos Estados)/ Es-
toque de concession‡ria supera 100
mil (o nœmero Ž a soma do estoque de
todasas concession‡rias do Pa’s).
42 Ñ Telegr‡ficos. Evite ao m‡xi-
mo as formas telegr‡ficas constitu’-
das por um substantivo mais uma
data ou sigla. Prefira sempre Copa de
288T’tulos T’tulos

94,e n‹o Copa-94,etc. Veja outros
exemplos a evitar:Mundial-98, elei-
›es-92, oramento-SP, dŽficit-RJ,
campanha-89, Campeonato-91, car-
ros GM, etc.
43 Ñ Tempos verbais. Como o pre-
sente Ž usado nos t’tulos para definir
uma a‹o passada, mas recente (da
vŽspera, em geral), ele s— pode referir-
se ao futuro quando acompanhado da
indica‹o de tempo: Presidente dos
EUA chega amanh‹. Estaria errado,
porŽm, dizer que O Brasil volta a ne-
gociar com o FMI se essa a‹o ainda
n‹o se tiver iniciado. O correto,
ent‹o, seria: Brasil voltar‡ a negociar
com o FMI. Outro exemplo impreci-
so: Judeus protestam, mas papa rece-
be Waldheim. O que se quis dizer:Ju-
deus protestam, mas papa receber‡
Waldheim.
Quando se localiza uma a‹o no
passado, o tempo usado dever‡ ent‹o
ser o pretŽrito e n‹o o presente (os
casos mais comuns s‹o os de balan-
os ou levantamentos): Abate de bois
caiu 8,6% no ano passado / Consu-
mo de combust’veis aumentou 15%
em abril / Pedidos de concordata
atingiram 150 empresas em janeiro /
Indœstria demitiu 50 mil atŽ agora /
Empresa perdeu US$ 60 milh›es no
primeiro semestre / Indœstria cres-
ceu 8% no segundo semestre / Ban-
queiro pediu ajuda para tentar evitar
interven‹o do BC.Abate de bois
caiu e n‹o cai; consumo aumentou e
n‹o aumenta (a a‹o est‡ definida no
passado); banqueiro pediu (isto Ž,
havia pedido, pediu h‡ dias e n‹o
pediu ontem).
44 Ñ Ter. Use o verbo ter nos seus
verdadeiros significados, em vez de
transform‡-lo em mais um curinga
dos t’tulos. Veja exemplos do seu
mau emprego: MŽdicos ingleses tm
controvŽrsias sobre a aids / Crianas
tm campanha no colŽgio sobre elei-
›es / Assassinos de Joana tm 15
anos de cadeia / Fiscais tm 50 de-
nœncias por dia / Senador tem aplau-
so dos eleitores.
45 ÑT’tulo-legenda. Alguns t’tu-
los podem, em casos excepcionais,
funcionar como verdadeiras legen-
das. ƒ preciso, porŽm, que a diagrama-
‹o deixe clara essa condi‹o e as
fotos a justifiquem: Veja o que fize-
ram com Becker / Adivinhe quem
passou por aqui / Eis o chefe dos ban-
didos de capuz.
46 Ñ Tratamento. Apenas em
casos especiais, formas de tratamen-
to poder‹o aparecer nos t’tulos: As
peripŽcias do sr. ministro / A vida de
sir Laurence Olivier / As mem—rias
de madame Claude / Assim ser‡, dr.
Tancredo.
T’tulo(s)de ...1 Ñ Se se tratar de mu-
lher, t’tulo de eleitora. 2 Ñ No plu-
ral, t’tulos de eleitor e n‹o t’tulos de
eleitores.
Tiver/estiver, tivesse/estivesse. N‹o
confunda as formas tivere tivesse, do
verbo ter, com estivere estivesse, do
verbo estar. Siga a regra pr‡tica: o ter
pode ser sempre substitu’do por
haver, e o estar, n‹o. Assim: O joga-
dor vai assinar o contrato segunda-
feira, quando o diretor do clube tiver
(houver)voltado da Europa./ Se es-
tiver presente ˆ festa, ser‡ homena-
geado. Repare que o havern‹o pode
ser usado no segundo caso. Igualmen-
te: Se tivesse(houvesse)voltado a
tempo, o diretor participaria da
festa. / Se estivesse insatisfeito com
o trabalho, teria dito.
ÒTivemosÓ.Ver ÒtemosÓ, ÒtivemosÓ,
p‡gina 279.
Toca-discos.No singular e plural.
Tocantins.Com artigo: Estado do To-
cantins, no Tocantins, o Tocantins.
Todo.Concord‰ncia.Embora advŽrbio,
todo(como sin™nimo de inteiramen-
te)pode concordar, por atra‹o, com
o adjetivo que modifica:Era uma
sŽrie toda especial. / Os meninos es-
tavam todos nus. / Elas ficaram
todas molhadas. Existe, igualmente,
289T’tulo(s)de... Todo

a concord‰ncia normal: Era uma sŽrie
todo especial. / Os meninos estavam
todo nus. / Elas ficaram todo molha-
das.(Estes dois œltimos casos, todo
nuse todo molhadas,aparecem
muito raramente.)
Todo, todo o. 1 Ñ Siga a norma de que
todo, sem artigo, significa um, cada,
qualquer, enquanto todo oequivale a
inteiro: Trabalho todo dia(cada dia,
qualquer dia). / Trabalho todo o dia
(o dia inteiro). / Todo homem Ž mor-
tal(um, qualquer, cada homem). / Re-
talhou todo o homem(o homem in-
teiro). / Todo o eleitorado festejou a
vit—ria(o eleitorado inteiro). / Toda
na‹o tem aliados(qualquer na‹o)./
Toda a na‹o passava fome(a na‹o
inteira).
Todo-poderoso. Flex›es: todo-poderosa,
todo-poderosos e todo-poderosas.
ÒTodos foram un‰nimesÓ.Redund‰n-
cia. Use Foram un‰nimes nessa opi-
ni‹oou Todos apoiaram essa opi-
ni‹o.
Todos os.Todosexige sempre osem fra-
ses como: Todos os que quiseram sa’-
ram cedo. / Estavam ali todos os que
haviam tido problemas com a justi-
a. / Todos os que viviam na cidade
sofriam com a polui‹o. / Todos os
manifestantes foram punidos.
ÒTodos os doisÓ.Express‹o rejeitada
pelos gram‡ticos. Use os dois ou
ambos.
Todos os trs, todos trs.Quando todos
antecede um nœmero, usa-se artigo se
o nœmero vier acompanhado de subs-
tantivo e n‹o se usa artigo se o nœme-
ro estiver isolado: Comprei todos os
trs romances que voc indicou, e j‡
li todos trs. / Compareceram ˆ reu-
ni‹o todos os dez membros do con-
selho. / Estavam animados todos
quatro.
Tomar parte em.E n‹o de: Tomou parte
na reuni‹o. / N‹o quis tomar parte
no conselho da empresa.
Tom‡s.Desta forma nos nomes j‡ con-
sagrados pelo uso:Santo Tom‡s de
Aquino.Com he/ou z, s— no caso de
a pr—pria pessoa adotar essa grafia.
Tonelada.Ver peso, p‡gina 217.
Tor‡cico.E n‹o Òtor‡xicoÓ.
T—rax.Invari‡vel no plural: os t—rax.
Torneios.Trs equipes Ñ triangular;
quatro Ñ quadrangular; cinco Ñ pen-
tagonal; seis Ñ hexagonal; sete Ñ
heptagonal; oito Ñ octogonal.
Tossir.Conjuga-se como cobrir (ver,
p‡gina 62): tusso, tosses; que eu tus-
sa; etc.
Total. Concord‰ncia no singular: Um
total de 1.500 delegados vai (e n‹o
Òv‹oÓ)participar da conven‹o.
ÒTrabalhar com a hip—teseÓ. Lugar-
comum. N‹o use. Um delegado, um
pol’tico, etc., podem investigar, con-
siderar, levantar ou levar em conta
uma hip—tese.
Trabalho, trabalhar. N‹o use as pala-
vras no lugar de treino e treinar.
Constituem jarg‹o de tŽcnico e pre-
parador f’sico.
Trading company.Pode-se usar tra-
ding, apenas. Plural: trading (sem s)
companies ou as tradings.
Tr‡fego/tr‡fico. Tr‡fegoequivale a
tr‰nsito: tr‡fego congestionado, cor-
rentes de tr‡fego. Tr‡fico correspon-
de a comŽrcio il’cito: tr‡fico de dro-
gas, tr‡fico de mulheres, tr‡fico de
influncia.
ÒTragŽdia mataÓ.TragŽdia n‹o mata.
Mortes em grande nœmero ou em cer-
tas condi›es Ž que constituem uma
tragŽdia.
Trair.Conjuga-se como cair(ver, p‡gi-
na 55).
Trans...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte: transatl‰ntico, transamaz™-
nico, transcaspiano, transindu’smo,
transoce‰nico, transrenano, transu-
raniano.No caso de a segunda pala-
vra comear com s, ocorre a fus‹o:
transaariano(atravŽs do Saara), tran-
siberiano, transudar.
290Todo, todo o Trans...

Transplantado.ƒ o —rg‹o, n‹o o pacien-
te. Use, portanto: O f’gado transplan-
tado.Mas n‹o: O ÒtransplantadoÓ
teve alta ontem. / A menina Òtrans-
plantadaÓpassa bem.Op‹o: O pa-
ciente do transplante teve alta on-
tem.
Tr‡s. Com preposi›es, use tr‡s e n‹o
atr‡s: Andou para tr‡s. / Saiu de tr‡s
do carro. / Veio por tr‡s.
Tr‡s, traz. Tr‡s Ñ atr‡s (Ficou para
tr‡s. / Veio de tr‡s. / Saiu por tr‡s.);
trazÑ flex‹o do verbo trazer (O fil-
me lhe traz muitas lembranas).
Trasladar.Prefira trasladar e traslada-
‹o a transladar e translada‹o.
Tratamento (formas).1 Ñ Abrevie sem-
pre as formas de tratamento, sejam
elas simples, como sr., dr.ou d.(dom
e dona), ou cerimoniosas, como S.
Exa., V. Sa.,etc. (ver, quanto ao uso,
os verbetes dom, p‡gina 101, dona,
p‡gina 101, doutor, p‡gina 102, e se-
nhor, p‡gina 265).
2 Ñ Ao se dirigir ao leitor, chame-
o de voc.
3 Ñ Em entrevistas de perguntas e
respostas, use vocpara artistas, es-
portistas, crianas, etc., e o sr.para
pessoas de idade, autoridades, pol’ti-
cos, empres‡rios e membros da admi-
nistra‹o pœblica.
4 Ñ O texto jornal’stico s— com-
porta formas cerimoniosas de trata-
mento em editoriais, artigos e matŽ-
rias especiais ou na reprodu‹o de de-
clara›es e documentos. Jamais no
notici‡rio.
5 Ñ As formas simples e suas abre-
viaturas devem ser escritas com ini-
cial minœscula: doutor (dr.), senhor
(sr.), dom (d.)e dona (d.).Nas formas
cerimoniosas, use inicial maiœscula:
Vossa Excelncia (V. Exa.), Sua Se-
nhoria (S. Sa.), Vossa Eminncia (V.
Ema.).
6 Ñ Modo de usar. As formas de
tratamento com Vossa designam a
pessoa a quem se fala, isto Ž, fazem
parte de di‡logos: Tenho todo o res-
peito por Vossa Alteza. / Vossa Exce-
lncia agiu mal.As formas com Sua
indicam a pessoa de quem se fala(au-
sente em geral): Traga a roupa de Sua
Eminncia. / N‹o Ž o comportamen-
to adequado a Sua Senhoria.
7 Ñ Concord‰ncia. a)Verbal.
Usa-se sempre a terceira pessoa,
tanto no singular como no plural:
Vossa Excelncia faz falta no Con-
gresso. / Vossas Senhorias est‹o des-
contentes, por qu?/ Sua Santidade
chegou cedo ao est‡dio. / Suas Ma-
jestades n‹o vir‹o mais hoje. b)No-
minal. O adjetivo concorda com o
sexo da pessoa identificada pela
forma de tratamento: Vossa Alteza Ž
poderoso(rei). / Vossa Alteza Ž deli-
cada(rainha). / Vossa Excelncia est‡
enganado(homem). / Vossa Exceln-
cia chegou atrasada (mulher). / Suas
Senhorias foram indicados(homens)
ou indicadas(mulheres).
8 Ñ Nas abreviaturas, apenas o se-
gundo elemento se flexiona: V. Exas.,
S. Sas.
9 Ñ Eis algumas formas de trata-
mento, suas abreviaturas e os cargos
que identificam:
Suaou Vossa Alteza(S. A.ou V.
A.): pr’ncipes, arquiduques e duques.
Suaou Vossa Eminncia(S. Ema.
ou V. Ema.): cardeais.
Sua ou Vossa Excelncia(S. Exa.
ou V. Exa.): presidente da Repœblica,
ministros, governadores, prefeitos,
parlamentares, ju’zes, autoridades di-
plom‡ticas e pessoas de alta catego-
ria, em geral.
Suaou Vossa Excelncia Reveren-
d’ssima (S. Exa. Revma.ou V. Exa.
Revma.): bispos e arcebispos.
Sua ou Vossa Magnificncia:reito-
res de universidades. Usa-se ainda o
tratamento Magn’fico Reitor.
Suaou Vossa Majestade(S. M.ou
V. M.): reis e imperadores.
Sua ou Vossa Reverend’ssima(S.
Revma.ou V. Revma.): sacerdotes em
geral.
291Transplantado Tratamento (formas)

Suaou Vossa Santidade (S. S.ou
V. S.): o papa.
Suaou Vossa Senhoria(S. Sa.ou
V. Sa.): funcion‡rios graduados, pes-
soas de cerim™nia e oficiais atŽ coro-
nel.
Merit’ssimo: para ju’zes (mas nun-
ca meret’ssimo).
ÒTratam-se deÓ.O certo Ž trata-se de
em frases como: Trata-se(e n‹o Òtra-
tam-seÓ)dos homens mais ricos do
mundo. / Trata-se dos Estados mais
populosos do Pa’s. N‹o existe a pas-
siva pessoal com verbos transitivos
indiretos.
ÒTratativaÓ.Palavra vetada. Use acordo
ou negocia‹o.
Travess‹o.1 Ñ ƒ usado para intercalar
uma express‹o explicativa ou com-
plementar no per’odo, equivalendo,
conforme o caso, a v’rgulas ou parn-
teses: O uso de atores conhecidos Ñ
geralmente homens maduros Ñ Ž
outra distor‹o. / TambŽm para o
contribuinte individual Ñ aut™no-
mo, empregador e desempregado Ñ
Ž cada vez mais dif’cil recolher a
taxa. / O governador de Goi‡s Ñ o
Estado mais afetado pela medida Ñ
recusou-se a falar ˆ imprensa.
2 Ñ Substitui os dois-pontos:
Eram assim seus dias Ñ muito tra-
balho, pouco descanso. / Eis o autor
das denœncias Ñ o pr—prio ministro.
3 Ñ Introduz uma pausa mais forte
no per’odo ou destaca a parte final de
um enunciado: Uma noite com
Chico Ñ e Caetano. / Estava estu-
dando a vida de çtila Ñ ele mesmo,
o rei dos hunos. / O cineasta atacou
a platŽia de Òintelectuais adultosÓ
Ñ suposta nata da cr’tica mundial.
4 Ñ Liga palavras ou grupos distin-
tos de palavras que n‹o formam um
terceiro significado. Isto Ž, n‹o existe
um conjunto sem‰ntico, como nas
palavras compostas, mas apenas en-
cadeamentos do tipo dos que se se-
guem (neste caso n‹o se emprega o
h’fen, mas o travess‹o): A estrada S‹o
PauloÑCuritiba. / O sistema An-
chietaÑImigrantes. / A linha RioÑ
Nova York. / A ponte RioÑNiter—i. /
Os entendimentos BrasilÑArgenti-
na. / O trajeto Vila MadalenaÑVila
Prudente. / A passagem RioÑS‹o
Paulo. / A harmonia carroÑpedes-
tre. / O di‡logo governoÑsupermer-
cados. / O ciclo vig’liaÑsono. / O en-
contro ClintonÑYeltsin. / Associa-
‹o adjetivoÑsubstantivo. / A riva-
lidade PalmeirasÑCorinthians. / O
corredor 9 de JulhoÑSanto Amaro. /
Foguete terraÑar. / O antagonismo
capitalÑtrabalho.
O h’fen formaria uma palavra
composta, quando o que se tem, nos
casos citados, Ž uma cadeia vocabu-
lar.
5 Ñ Separa as datas de nascimen-
to e morte de uma pessoa:S‹o Paulo,
1905 Ñ Rio de Janeiro, 1960.
6 Ñ ƒ o sinal usado pelo Estado de-
pois do nome da cidade de procedn-
cia de uma not’cia:
BRASêLIA Ñ O Supremo Tribunal
Federal julgou ontem...
7 Ñ Se o segundo travess‹o coin-
cidir com uma v’rgula, usam-se os
dois sinais: Depois de ter quitado 24
presta›es, de um total de 50 Ñ a œl-
tima foi de R$ 589,20 Ñ, o mutu‡rio
tentou transferir... / Essa mensagem
do jornal, publicada na edi‹o de no-
vembro Ñ especial, com 20 p‡gi-
nas Ñ, j‡ indicava a disposi‹o...
8 Ñ Jamais coloque mais de dois
travess›es no mesmo per’odo, como
no caso seguinte, para n‹o confundir
o leitor: Essa pr‡tica Ñ que privile-
gia o filho mais velho Ñ Ž muito an-
tiga e a B’blia d‡ um exemplo Ñ o de
Esaœ e Jac— Ñ em que o primeiro ven-
deu o direito de primogenitura Ñ e
por um prato de lentilhas.
292ÒTratam-se deÓ Travess‹o

9 Ñ Indique os di‡logos com tra-
vess‹o, como no exemplo da nota
abaixo:
O porta-voz SŽrgio Amaral osten-
tava uma gravata estampada de ze-
brinhas ao embarcar para a China na
comitiva presidencial.
Ñ O senhor est‡ levando a zebra
embora, embaixador?Ñ brincou um
rep—rter.
O assessor n‹o perdeu a oportu-
nidade de fazer ironia:
Ñ N‹o, esta Ž s— enfeite. A zebra
estou deixando aqui.
10 Ñ N‹o recorra ao travess‹o,
porŽm (e sim ˆ virgula), para isolar os
verbos de uma declara‹o: ÒTodos
n—sÓ, prosseguiu, Òtemos conscincia
dos problemas do Pa’s.ÓE n‹o: ÒTo-
dos n—sÓÑ prosseguiu Ñ Òtemos
conscincia dos problemas do Pa’s.Ó
Outro exemplo: Com essa medida,
garantiu o presidente, seria poss’vel
apressar a vota‹o.E n‹o: Com essa
medida Ñ garantiu o presidente Ñ
seria poss’vel apressar a vota‹o.
11 Ñ Nos chapŽus, t’tulos, olhos,
janelas e legendas, use o h’fen, em vez
do travess‹o, muito longo nos corpos
maiores.
12 Ñ Ver outros exemplos do uso
do travess‹o nos di‡logos em declara-
›es textuais, p‡gina 86.
Traz.Ver tr‡s, traz, p‡gina 291.
Trazer.Conjuga‹o.Pres. ind.: Trago,
trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem.
Pret. perf. ind.: Trouxe, trouxeste,
trouxe, trouxemos, trouxestes, trou-
xeram. M.-q.-perf. ind.: Trouxera,
trouxeras, trouxera, trouxŽramos,
trouxŽreis, trouxeram. Fut. pres.:Tra-
rei, trar‡s, trar‡, traremos, trareis, tra-
r‹o.Fut. pret.: Traria, trarias, traria,
trar’amos, trar’eis, trariam. Pres.
subj.: Traga, tragas, traga, tragamos,
tragais, tragam. Imp. subj.: Trouxesse,
trouxesses, trouxesse, trouxŽssemos,
trouxŽsseis, trouxessem. Imper.
afirm.: Traze, traga, tragamos, trazei,
tragam.Imper. neg.: N‹o tragas, n‹o
traga, n‹o tragamos, n‹o tragais, n‹o
tragam. Os demais tempos s‹o regula-
res.
Trema.1 Ñ ƒ obrigat—rio sempre que o
u colocado entre um gou qe um eou
ifor pronunciado: conseqŸncia, elo-
qŸente, eqŸino, cinqŸenta, tranqŸili-
dade, agŸentar, averigŸei, lingŸia,
lingŸ’stica, etc. 2 Ñ N‹o existe trema
antes de ae o: m’ngua, adequado, ex’-
guo, aquoso. 3 Ñ Quando uma pala-
vra puder ser usada com e sem trema,
prefira a forma sem o sinal: sangu’neo,
liquidificador, Antiguidade, etc.
Trs-dormit—rios. Com h’fen quando
designa o tipo de apartamento: Com-
prou um trs-dormit—rios. Mas: Era
um apartamento de trs dormit—rios.
Trs-estrelas.Ver estrelas, p‡gina 118.
ÒTriÓ.Nunca use no lugar de trilh‹o.
Tribunais.Veja os nomes corretos:
Supremo Tribunal Federal (STF),
Superior Tribunal de Justia (STJ),
Tribunal Regional Federal (TRF),
Tribunal Superior do Trabalho (TST),
Tribunal Regional do Trabalho (TRT),
Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Su-
perior Tribunal Militar (STM),
Tribunal de Contas da Uni‹o (TCU),
Tribunal de Contas do Estado (TCE),
Tribunal de Contas do Munic’pio
(TCM), Tribunal de Justia (TJ)e Tri-
bunal de Alada.
Trilh‹o.Concord‰ncia. Ver milh‹o, mi-
lhar, p‡gina 177.
Trimensal, trimestral. TrimensalÑ que
ocorre trs vezes por ms; trimestral
Ñ que ocorre a cada trs meses, que
dura trs meses.
Trineto. Ver bisneto, trineto, tetraneto,
p‡gina 53.
Trisav™.Ver bisav™, trisav™, tetrav™, p‡-
gina 53.
Troca de farpas. Modismo. Evite.
TrofŽu.Com inicial maiœscula antes do
nome que determina: TrofŽu Brasil,
TrofŽu Uni‹o.Minœsculas, porŽm, na
293Traz TrofŽu

segunda referncia: o trofŽu, esse tro-
fŽu, conquistou o trofŽu.
Tr—lebus.Sem ie com acento. Assim
tambŽm trole.
Tudo.Quando sintetiza uma enumera-
‹o, responde pela concord‰ncia da
frase: Vinhos, mulheres, dinheiro,
tudo concorreu para a sua perdi‹o.
Tudo a ver. E nunca Òtudo haverÓ. O me-
lhor, porŽm, Ž tudo que ver: Essa
roupa tem tudo a ver (ou que ver)com
voc.
Tudo de.Concord‰ncia.Ver alguma
coisa de, p‡gina 35.
Tudo o mais.E n‹o Òtodo o maisÓou
Òtudo maisÓ.
Tudo (o)que.Existem as duas formas,
tudo quee tudo o que: Deu ˆ fam’lia
tudo o que estava ao seu alcance. /
Fez pelo pa’s tudo que p™de. / Conse-
guiu tudo (o)que queria.
Tupiniquim.Como sin™nimo de brasi-
leiro, tem sentido depreciativo e j‡
desgastado.
Turbo...Liga-se sem h’fen ao termo se-
guinte, eliminando-se o he duplican-
do-se o re o s: turboacionado, turboe-
lŽtrico, turboŽlice, turbojato, turbor-
reator.
Turco...Liga-se com h’fen ao elemento
seguinte na forma‹o de adjetivos p‡-
trios: turco-asi‡tico, turco-soviŽtico.
Nos demais compostos: turcofilia,
turcomano.
TV.Ver televis‹o, p‡gina 278.
Tzar.Prefira czare seus derivados,
como czarista.
ÒUaÓ.N‹o use. ƒ prefer’vel o cac—fato
(como em Òuma m‹oÓ, por exemplo)
a essa forma.
Ue, ui (termina‹o). 1 Ñ A termina‹o
ueequivale ao subjuntivo dos verbos
em uar: continue, averigœe, recue,
atue, acue, atenue, sue,etc. 2 Ñ J‡ o
final uicorresponde ao pres. ind.dos
verbos em uir: inclui, intui, influi,
atribui, polui, restitui,etc. Associe:
ue Ñ uar; ui Ñ uir.
òltima, œltimo.l Ñ O adjetivo pode ser
usado para ms, ano ou sŽculo, mas
sem a men‹o do ms, ano ou sŽculo.
Assim,no œltimo ms, mas n‹oÒno
œltimo ms de abrilÓ;no œltimo ano,
e n‹oÒno œltimo ano de 1996Ó; etc. 2
Ñ N‹o empregue a palavra tambŽm
com os dias da semana: o tempo ver-
bal deixar‡ claro que a a‹o ocorreu
no passado. Dessa forma: Fulano che-
gou quinta-feira (e n‹o Òna œltimaÓ
quinta-feira). / O congresso comeou
segunda-feira (e n‹o Òna œltimaÓse-
gunda-feira).
òltimo. Ver em primeiro, p‡gina 236,
como fazer a concord‰ncia de o œlti-
mo ... que.
òltimo adeus. Lugar-comum. Evite.
Ultra...Prefixo que exige h’fen antes de
vogal, h, re s: ultra-apressado, ul-
tra-elevado, ultra-independente,
ultra-oce‰nico, ultra-humano, ul-
tra-realismo, ultra-som. Nos demais
casos: ultracentr’fuga, ultramarino,
ultravioleta.
Ultraleve.Vari‡vel: os ultraleves,
avi›es ultraleves.
Ultrapassar.O verbo Ž direto: Conse-
guiu ultrapassar os (e n‹o ÒaosÓ)re-
tardat‡rios. / Sua generosidade ultra-
passou as (e n‹o ҈sÓ)expectativas.
Ultravioleta.N‹o varia: radia‹o ultra-
violeta, raios ultravioleta.
Um (uso).Ver artigo indefinido, p‡gina
45.
Uma (crase).S— existem dois casos de
crase antes deuma: 1 Ñ Com hora
(porque n‹o se trata do indefinido,
mas do numeral): O trabalho come-
a ˆ uma hora. Escreve-se igualmen-
te da uma ˆs quatro, e n‹o Òde uma
ˆs quatroÓ. 2 Ñ Na locu‹o ˆ uma(de
294Tr—lebus Uma (crase)

uso raro), que significa ao mesmo
tempo.
Uma por‹o ou um sem-nœmero de.
Concord‰ncia.Ver maioria, p‡gina
167.
Um daqueles que.Concord‰ncia. Ver
um dos É que, nesta p‡gina.
Um (uns)de.Concord‰ncia.Ver algum
(alguns) de, p‡gina 35.
Um desses que.Concord‰ncia.Ver um
dos ... que, nesta p‡gina.
Um dos ... que.1 Ñ O verbo normal-
mente vai para o plural: Ele Ž um dos
deputados que mais lutam pelo con-
tribuinte.Desdobre a frase: Dos depu-
tados que mais lutam pelo contri-
buinte, ele Ž um. Outros exemplos:
Ele foi um dos que sa’ram antes. /
Esse foi um dos livros que encanta-
ram sua juventude. / Foi um dos que
mais vibraram... / Eis um dos que
mais pedem... / Era um dos que mais
lutavam pela liberdade individual. /
Vinha ali um dos amigos que de-
viam...Ës vezes o umpode ser omi-
tido: N‹o sou (um)dos que pensam
assim. / Foi (um)dos que se feriram
no acidente.2 Ñ O verbo fica no sin-
gular apenas quando a a‹o se refere
a uma œnica pessoa:Foi um dos seus
livros que li ontem ˆ noite. / Foi uma
das peas de Brecht que estreou
ontem em S‹o Paulo. / Era um dos
seus filhos que estava conosco
ontem.3 Ñ Seguem o mesmo mode-
lo as formas um desses quee um da-
queles que.
Um e outro.Concord‰ncia.l Ñ Use o
verbo, de preferncia, no plural. O
substantivo que vem depois de um e
outro, se houver, fica no singular; o
adjetivo que qualificar esse substanti-
vo vai para o plural, no entanto.
Exemplos: Um e outro queriam sair
cedo. / Um e outro jornalista s‹o
competentes. / Um e outro jornalis-
ta americanos. / Um e outro livro an-
tigos.2 Ñ A forma da locu‹o n‹o
varia, mesmo que ela se refira a um
termo masculino e a outro feminino:
Ali estavam a m‹e e o filho, um e
outro(e n‹o uma e outro)cansados
da viagem. / O discurso e a cr’tica,
um e outro lhe desagradaram.
òmero.Desta forma.
ÒUm milÓ.N‹o use um antes de mil. Se
precisar escrever essas formas por ex-
tenso, use mil reais, mil e novecen-
tos, etc.
Um ou outro.Concord‰ncia.Verbo e
substantivo, se houver, no singular:
Um ou outro dos seus filhos ainda o
visitava. / Um ou outro amigo bon-
doso ˆs vezes lhe trazia flores.
Um outro, um ... outro. 1 Ñ Evite o ar-
tigo umantes de outro: Era outro
homem que estava ali(e n‹o ÒumÓ
outro). / Dobramos outra esquina. /
Use outra m‡quina. / Compre outro
artigo.2 Ñ As formas um ao outro,
um do outro e um para o outroficam
em geral no masculino quando apli-
cadas a pessoas de sexos diferentes:
Pedro e Joana n‹o disfaravam a afei-
‹o que os ligava um ao outro. / Ali
estavam irm‹o e irm‹, a zombar um
do outro. / Professora e aluno esta-
vam im—veis, a olhar um para o
outro.
Um ... que.Concord‰ncia.O verbo con-
corda com o um: Sou um homem que
acredita(e n‹o Òque acreditoÓ)na ver-
dade. / ƒs uma pessoa que podia(e
n‹o ÒpodiasÓ)ter tido mais sorte na
vida.
Uni...Liga-se sem h’fen ˆ palavra ou ele-
mento de composi‹o seguinte: unia-
xial, unioculado, unicameral, unila-
teral, unirreme, unissex, un’ssono.
Uni‹o.Inicial maiœscula quando repre-
senta o governo federal: Os Estados
v‹o pedir ajuda ˆ Uni‹o.
Uni‹o EuropŽia. ƒ o nome oficial, e n‹o
mais Comunidade EuropŽia.
ònicos.A palavra expressa a idŽia de
um, mas pode ser usada para indicar
nœmero muito pequeno em rela‹o ao
total ou algo superior a todos os de-
mais: Eram os dois œnicos sobrevi-
295Uma por‹o ou... ònicos

ventes do terremoto. / Seus romances
eram œnicos e sem rival.
Ureter.Sem acento (pronuncia-se ure-
tŽr).
Urra. Forma do verbo urrar. A exclama-
‹o Ž hurra!
Usu‡rio.Recorra ˆ palavra apenas quan-
do n‹o houver outra para substitu’-la.
Exemplo: usu‡rio de computador.
Nos demais casos, ela deve ser evita-
da: ÒUsu‡rioÓde ™nibus, trem, metr™,
avi‹o, etc., Ž passageiro;Òusu‡rioÓde
rodovia Ž motorista; Òusu‡rioÓde dro-
gas Ž consumidor de drogas; Òusu‡-
rioÓdas praias Ž banhista ou turista,
etc.
Usucapi‹o.No masculino: o usucapi‹o.
Usufruir.Prefira a regncia direta: O
pa’s usufruiu os benef’cios de sua po-
si‹o. / Usufru’a a companhia dos
amigos com prazer.
Usufruto.Com u.
Vai haver...A locu‹o fica invari‡vel se
havercorresponder a existir: Vai
haver milhares de mortes no tr‰nsi-
to este ano. / Muitos casos ainda vai
haver iguais a este.
Vai para.O verbo ir, nas express›es de
tempo, Ž impessoal: Vai para cinco
anos que o presidente renunciou. Da
mesma forma vai porou vai em.
Vale-compra. Plural: vales-compra. Da
mesma forma: vales-refei‹o, vales-
transporte, etc.
Valent‹o.Flex›es: valentona e valen-
t›es.
Valer.Conjuga‹o.Pres. ind.: Valho,
vales, vale, valemos, valeis, valem.
Pres. subj.: Valha, valhas, valha, va-
lhamos, valhais, valham. Imper.
afirm.: Vale, valha, valhamos, valei,
valham. Imper. neg.: N‹o valhas, n‹o
valha, n‹o valhamos, n‹o valhais, n‹o
valham. Os demais tempos s‹o regu-
lares.
Valer a pena. Sem crase.
Valores absolutos.Cuidado, no notici‡-
rio, com valores absolutos como o
mais, o œnico, o melhor, o maiore ou-
tros do gnero. Nem sempre o maior
produtor mundial de...Ž realmente o
maior. TambŽm o mais..., o melhor...,
o œnico...s‹o formas que envolvem
avalia›es subjetivas. Procure, como
norma, atribuir esses conceitos a al-
guŽm ou, no caso deo maiorou o
œnico, recorra a estat’sticas (mas n‹o
aceite meras indica›es alheias)que
provem a afirma‹o. E lembre-se: se
voc escrever que alguŽm Ž conside-
rado o maior, o melhor, o mais, o
œnico, expliquepor quemele Ž consi-
derado tudo isso.
Valorizar, valorizar-se.Alguma coisa se
valorizae n‹o valoriza, apenas: A
moeda valorizou-se rapidamente. /
N‹o sabia que sua casa se havia va-
lorizado tanto.
V‹o.Flex›es: v‹ e v‹os.
Var‹o. Flex›es: virago (prefira), varoa,
matrona e var›es.
Variantes.Se uma palavra tiver duas ou
mais formas, adote sempre a mais
usual. Assim,corrupto (e n‹o corru-
to), aquarela (e n‹o aguarela), descar-
rilar (e n‹o desencarrilar, desencarri-
lhar ou descarrilhar), atribula‹o(e
n‹o tribula‹o), aspecto(e n‹o aspe-
to), intacto(e n‹o intato), jato(e n‹o
jacto), se‹o(e n‹o sec‹o), sutil(e
n‹o subtil), suscetibilidade(e n‹o
susceptibilidade), infectar(e n‹o in-
fetar), bbado(e n‹o bbedo),etc.
V‡rios de.Concord‰ncia.Ver algum (al-
guns) de, p‡gina 35.
Vazar. Uma informa‹o vaza, mas n‹o
se Òvaza uma informa‹oÓ(o verbo Ž
intransitivo nesse sentido). Assim,
n‹o se pode escrever: Foram os fun-
cion‡rios que ÒvazaramÓa informa-
‹o. O certo: Foram os funcion‡rios
296Ureter Vazar

que fizeram (ou deixaram)vazar a in-
forma‹o.
Velho.Cuidado com a carga de precon-
ceito que a palavra encerra. Na maior
parte dos casos, prefira idoso, menos
agressiva.
Vem, vm, vem. VemÑ verbo vir, sin-
gular: O presidente vem hoje a S‹o
Paulo.Vm Ñ verbo vir, plural:O pre-
sidente e os ministros vm hoje a S‹o
Paulo.Vem Ñ verbo ver, plural: Eles
vem muito bem. Nos derivados,
vem, singular, passa a ser acentuado,
enquanto vme vemconservam essa
forma: ele provŽm(de provir),eles in-
tervm, eles revem.
ÒVem deÓ.Galicismo. Deve ser substi-
tu’do por acaba de: Acaba de ser pu-
blicado o livro...(e n‹o Òvem deÓ)/
Acaba de estrear a pea...
Vencer o.E nunca vencer ao:O Vasco
venceu o Fluminense.
Vencimentos.Versal‡rios, p‡gina 259.
Venda a.E n‹o vendapara: Venda de
trigo ao Brasil. / A venda de merca-
dorias ao supermercado.
Ver, vir.O verbo ver, quando usado no
futuro do subjuntivo (precedido de se
ou quando), assume a forma vir. Use,
pois: Se eu vir(e n‹o ÒverÓ)Jo‹o
hoje... / Quando eles virem (e n‹o
ÒveremÓ)o preju’zo... / S— acreditare-
mos se virmos (e n‹o ÒvermosÓ)a
prova... Da mesma forma, quando ele
revir(e n‹o ÒreverÓ), se ele previr (e
n‹o ÒpreverÓ), se n—s entrevirmos(e
n‹oÒentrevermosÓ), quando eles an-
tevirem(e n‹o ÒanteveremÓ).Aten-
‹o: provern‹o segue essa norma (se
eu prover, quando eles proverem).
Ver (conjuga‹o). Pres. ind.: Vejo, vs,
v, vemos, vedes, vem. Imp. ind.:
Via, vias, via, v’amos, v’eis, viam.
Pret. perf. ind.: Vi, viste, viu, vimos,
vistes, viram. M.-q.-perf. ind.: Vira,
viras, vira, v’ramos, v’reis, viram.
Pres. subj.: Veja, vejas, veja, vejamos,
vejais, vejam.Imp. subj.: Visse, vis-
ses, visse, v’ssemos, v’sseis, vissem.
Fut. subj.: Vir, vires, vir, virmos, vir-
des, virem. Imper. afirm.: V, veja, ve-
jamos, vede, vejam. Imper. neg.: N‹o
vejas, n‹o veja, n‹o vejamos, n‹o ve-
jais, n‹o vejam.Part.: Visto. Os de-
mais tempos s‹o regulares.
Ver (derivados).Aten‹o para o imp.
subj.efut. subj.: se eu antevisse, se
eu antevir; entrevisse, entrevir; pre-
visse, previr; revisse, revir (e n‹o Òan-
tevesse Ò, ÒanteverÓ; ÒrevesseÓ,
ÒreverÓ, etc.).
Ver (locu›es). As formas corretas s‹o a
meu ver, anosso ver, aseu ver e n‹o
ÒaoÓmeu ver, ÒaoÓseu ver, ÒaoÓnosso
ver, etc.
Ver‹o. Plural: ver›es (prefira)e ver‹os.
Verbo (classifica‹o).
1 ÑTransitivo direto
a)Pede complemento sem preposi-
‹o (objeto direto): O jornal publicou
o artigo(publicou o qu?O artigo). /
O contador conferiu o balano. / O
acusado confessou o crime.
b)Em geral, pode ser usado na voz
passiva: O balano foi conferido pelo
contador. / A reportagem ser‡ publi-
cada pelo jornal.
c)Admite como objeto direto os
pronomes o, a, ose as: Diga-o, mos-
tre-a, faa-os, comente-as.
d)Ocasionalmente, pode estar
acompanhado de preposi‹o (mas res-
ponde normalmente ˆ pergunta o
qu?): Pegar da faca(pegar o qu?Da
faca). / Arrancar da espada. / Cum-
prir com o dever.(Ver tambŽm obje-
to direto com preposi‹o, p‡gina
201.)
2 Ñ Transitivo indireto
a)Pede complemento com prepo-
si‹o (objeto indireto): Todos precisa-
mos de amigos (dequ?Deamigos)./
A platŽia assistiu ao filme em siln-
cio(a qu?Ao filme). / Ele perdoou
ao amigo. / A tropa obedeceu ao ge-
neral. / Ele conversava com todos.
b)Admite, em geral, os pronomes
lheelhes(principalmente com os ver-
bos que exigem a preposi‹o a):
297Velho Verbo (classifica‹o)

Ele lhes perdoou. / Obedeci-lhes. / A
solu‹o agrada-lhe. / Pagou-lhe.
c)H‡ verbos indiretos que rejeitam
lhee lhes; nesses casos, use a preposi-
‹o com ele, ela, eles e elas:Aspiro a
ele. / Assistimos a ela. / Referiu-se a
eles. / Recorreram a elas. Da mesma
forma: aludir a, anuir a, atentar em,
depender de, investir contra, simpati-
zar com.
d)N‹o admite a voz passiva, com
exce‹o de pagar, perdoar, obedecer,
desobedecer e alguns outros: O mŽdi-
co foi pago por ele. / O amigo foi per-
doado por n—s. / A ordem foi obede-
cida por todos.A raz‹o: esses verbos
eram diretos antigamente.
3 Ñ Transitivo direto e indireto
Exige dois complementos, um sem
e outro com preposi‹o(objeto direto
e indireto)simultaneamente: Entre-
gou a pauta ao rep—rter(entregou o
qu?a pauta;a quem?ao rep—rter).
Ofereceu-o(dir.)aos amigos(ind.). /
Disse-lhe(ind.)a verdade(dir.). / Pro-
p™s uma a‹o (dir.)contra o inquili-
no(ind.).
4 Ñ Intransitivo
a)Dispensa complemento, por j‡
ter sentido completo. FreqŸentemen-
te, est‡ acompanhado de palavra ou
express‹o que designa circunst‰ncia
de tempo, modo, intensidade, etc. (ad-
junto adverbial), ou atributo, modo e
estado de ser do sujeito (predicativo):
Veio cedo(adj. adv.). / Chegou atrasa-
do(pred.). / Ele venceu na vida. / Elas
agiram bem. / O menino crescera
muito. / Nasceu no Brasil. / O aciden-
te ocorreu na curva.
b)Rejeita a voz passiva (n‹o se pode
dizer, por exemplo, o acidente Òfoi
ocorridoÓ).
c)Alguns verbos intransitivos
podem ocasionalmente ser usados
como transitivos: Chorou l‡grimas de
sangue. / Sorriu um sorriso amarelo.
d)Evite usar como intransitivos
verbos transitivos (que pedem com-
plemento): O pa’s exporta muito (o
qu?). / Os partidos manipulam nos
bastidores (quem?o qu?). / O Santos
lidera sozinho (o qu?).
5 Ñ Verbo de liga‹o
a)ƒ o verbo que designa um esta-
do, atributo ou modo de ser do sujei-
to, expresso por uma palavra ou ex-
press‹o que se chama predicativo: Ele
(suj.)Ž fraco(pred.). / A moa est‡
doente. / O menino parece triste. /
Todos andam aborrecidos. / O mari-
do ficou de mau humor. / Ele perma-
necia calado.
Verbo (conjuga›es).
Primeira
a)Geral. Exemplo para todos os
verbos regulares: falar. INDICATI-
VO. Presente: Fal-o, fal-as, fal-a,
fal-amos, fal-ais, fal-am. Imperfeito:
Fal-ava, fal-avas, fal-ava, fal-‡vamos,
fal-‡veis, fal-avam. PretŽrito perfeito:
Fal-ei, fal-aste, fal-ou, fal-amos,
fal-astes, fal-aram. Mais-que-perfeito:
Fal-ara, fal-aras, fal-ara, fal-‡ramos,
fal-‡reis, fal-aram. Futuro do presen-
te: Fal-arei, fal-ar‡s, fal-ar‡, fal-are-
mos, fal-areis, fal-ar‹o. Futuro do pre-
tŽrito: Fal-aria, fal-arias, fal-aria,
fal-ar’amos, fal-ar’eis, fal-ariam. SUB-
JUNTIVO. Presente: Fal-e, fal-es,
fal-e, fal-emos, fal-eis, fal-em. Imper-
feito: Fal-asse, fal-asses, fal-asse,
fal-‡ssemos, fal-‡sseis, fal-assem. Fu-
turo: Fal-ar, fal-ares, fal-ar, fal-armos,
fal-ardes, fal-arem. IMPERATIVO.
Afirmativo: Fal-a tu, fal-e voc,
fal-emos n—s, fal-ai v—s, fal-em vocs.
Negativo: N‹o fa-les tu, n‹o fal-e
voc, n‹o fal-emos n—s, n‹o fal-eis v—s,
n‹o fal-em vocs. INFINITIVO.
Fal-ar. Flexionado: Fal-ar, fal-ares,
fal-ar, fal-armos, fal-ardes, fal-arem.
GERòNDIO: Fal-ando. PARTICêPIO:
Fal-ado.
b)Em ear. Modelo de um verbo re-
gular terminado em ear. Pres. ind.:
Ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais,
ceiam. Imp. ind.: Ceava, ceavas, etc.
298Verbo (conjuga›es) Verbo (conjuga›es)

Pret. perf. ind.: Ceei, ceaste, ceou,
ceamos, ceastes, cearam. M.-q.- perf.
ind.: Ceara, cearas, etc.Fut. pres.:
Cearei, cear‡s, etc.Fut. pret.: Cearia,
cearias, etc. Pres. subj.: Ceie, ceies,
ceie, ceemos, ceeis, ceiem. Imp.
subj.: Ceasse, ceasses, etc. Imper.
afirm.: Ceia, ceie, ceemos, ceai,
ceiem. Imper. neg.: N‹o ceies, n‹o
ceie, n‹o ceemos, n‹o ceeis, n‹o
ceiem.
c)Em iar. Modelo de um verbo re-
gular terminado em iar: alio, alias,
alia, aliamos, aliais, aliam; aliava,
aliavas; aliei, aliaste, aliou; aliara,
aliaras; aliarei, aliar‡s; aliaria, alia-
rias; alie, alies, alie, aliemos, alieis,
aliem; aliasse, aliasses; alia tu, aliai
v—s; etc.
Segunda
Exemplo para todos os verbos re-
gulares: vender. INDICATIVO. Pre-
sente: Vend-o, vend-es, vend-e,
vend-emos, vend-eis, vend-em. Im-
perfeito: Vend-ia, vend-ias, vend-ia,
vend-’amos, vend-’eis, vend-iam.
PretŽrito perfeito: Vend-i, vend-este,
vend-eu, vend-emos, vend-estes,
vend-eram. Mais-que-perfeito:
Vend-era, vend-eras, vend-era,
vend-ramos, vend-reis, vend-eram.
Futuro do presente: Vend-erei,
vend-er‡s, vend-er‡, vend-eremos,
vend-ereis, vend-er‹o. Futuro do
pretŽrito: Vend-eria, vend-erias,
vend-eria, vend-er’amos, vend-er’eis,
vend-eriam. SUBJUNTIVO. Presen-
te: Vend-a, vend-as, vend-a, vend-a-
mos, vend-ais, vend-am.Imperfeito:
Vend-esse, vend-esses, vend-esse,
vend-ssemos, vend-sseis, vend-es-
sem. Futuro: Vend-er, vend-eres,
vend-er, vend-ermos, vend-erdes,
vend-erem. IMPERATIVO. Afir-
mativo: Vend-e tu, vend-a voc,
vend-amos n—s, vend-ei v—s, vend-am
vocs. Negativo: N‹o vend-as tu, n‹o
vend-a voc, n‹o vend-amos n—s, n‹o
vend-ais v—s, n‹o vend-am vocs.
INFINITIVO. Vend-er. Flexio-
nado: Vend-er, vend-eres, vend-er,
vend-ermos, vend-erdes, vend-erem.
GERòNDIO: Vend-endo. PARTI-
CêPIO: Vend-ido.
Terceira
a)Geral. Exemplo para todos os
verbos regulares: partir.INDICATI-
VO. Presente: Part-o, part-es, part-e,
part-imos, part-is, part-em. Imper-
feito: Part-ia, part-ias, part-ia,
part-’amos, part-’eis, part-iam. PretŽ-
rito perfeito: Part-i, part-iste, part-iu,
part-imos, part-istes, part-iram.
Mais-que-perfeito: Part-ira, part-iras,
part-ira, part-’ramos, part-’reis,
part-iram. Futuro do presente:
Part-irei, part-ir‡s, part-ir‡, part-ire-
mos, part-ireis, part-ir‹o.Futuro do
pretŽrito: Part-iria, part-irias,
part-iria, part-ir’amos, part-ir’eis,
part-iriam. SUBJUNTIVO. Presente:
Part-a, part-as, part-a, part-amos,
part-ais, part-am. Imperfeito:
Part-isse, part-isses, part-isse, part-’s-
semos, part-’sseis, part-issem. Fu-
turo: Part-ir, part-ires, part-ir,
part-irmos, part-irdes, part-irem. IM-
PERATIVO. Afirmativo: Part-e tu,
part-a voc, part-amos n—s, part-i v—s,
part-am vocs. Negativo: N‹o part-as
tu, n‹o part-a voc, n‹o part-amos
n—s, n‹o part-ais v—s, n‹o part-am
vocs. INFINITIVO. Part-ir. Flexio-
nado: Part-ir, part-ires, part-ir,
part-irmos, part-irdes, part-irem.
GERòNDIO: Part-indo. PARTI-
CêPIO: Part-ido.
b)Em uir. Modelo para todos os
verbos regulares terminados em uir.
Pres. ind.: Concluo, concluis, con-
clui, conclu’mos, conclu’s, con-
cluem. Pres. subj.: Conclua, con-
cluas, conclua, etc. Imper. afirm.:
Conclui tu, conclu’ v—s. Outros tem-
pos: Conclu’a; concluiu; conclu’ra;
concluir‡; concluiria; conclu’sse; etc.
Seguem este modelo os verbos
afluir, anuir, argŸir, atribuir, confluir,
299Verbo (conjuga›es) Verbo (conjuga›es)

contribuir, constituir, desobstruir,
destituir, diluir, diminuir, distribuir,
estatuir, evoluir, excluir, fruir, im-
buir, incluir, influir, instituir, ins-
truir, intuir, obstruir, poluir, possuir,
refluir, restituir, retribuir, substituir
e usufruir.
NÌO EXISTE a termina‹ouenos
verbos em uir: o certo Ž atribui, con-
clui, possui, inclui, etc. (e nunca Òpos-
sueÓ, ÒinclueÓ, ÒatribueÓ, Òconclue Ò,
etc.).
Verbo (forma‹o dos tempos).Os tem-
pos primitivos (trs)formam todos os
demais tempos derivados. Tome-se
como exemplo o verbo valer:
1 Ñ Presente do infinitivo pessoal
(val-er)
a)Imp. ind.: Valias, valia, etc. b)
Fut. pres. ind.: Valer‡, valer‡s, etc. c)
Fut. pret. ind.: Valeria, valerias, etc.
d)Infin. pess.: Valer, valeres, etc. e)
Gerœndio: Valendo. f)Partic’pio: Va-
lido.
2 ÑPresente do indicativo(valh-o)
a)Pres. subj.ƒ formado a partir da
1» pessoa dopres. ind.: Valho Ñ valha,
valhas, valha, valhamos, valhais, va-
lham. b)Imper. afirm.: Vales Ñ vale
(tu), valeis Ñ valei (v—s). As demais
pessoas do imper. afirm.derivam do
pres. subj., que tambŽm d‡ origem ao
imper. neg.(ver, p‡gina 302).
3 Ñ PretŽrito perfeito do indicati-
vo(val-i)
a)M.-q.-perf. ind.: Valera, valeras,
etc. b)Imp. subj.: Valesse, valesses,
etc. c)Fut. subj.: Valer, valeres, etc.
Verbo (modos e formas nominais).Veja
sumariamente como usar os modos e
tempos verbais.
Indicativo
ƒ o modo do verbo que exprime um
fato certo, real, ou assim considerado:
Quer. / Pediu. / N‹o faremos. / Sa’ra
cedo.
Seus tempos s‹o:
1 Ñ Presente
a)Indica uma a‹o que ocorre no
momento em que se fala, um fato de
car‡ter permanente, constante, ou
um atributo do sujeito: Quero sair
j‡. / A Terra gira. / O menino Ž inte-
ligente. / Levanta-se todo dia ˆs 6
horas.
b)Pode substituir o futuro, espe-
cialmente quando se trata de fatos
pr—ximos; Ž norma, porŽm, indicar o
dia ou a Žpoca da a‹o: O presidente
da Argentina chega (= chegar‡)ama-
nh‹ ao Brasil. / N‹o posso(= poderei)
sair esta noite.
c)Pode substituir o passado, nas
narrativas (Ž o presente hist—rico), ou
o imperativo, tornando a frase, neste
caso, menos impositiva: Jœlio CŽsar
sobe as escadas do Senado e recebe a
primeira punhalada. / Quer fazer o
favor de sair?/ Voc me v isso de-
pois.
d)ƒ o tempo que se usa, em vez do
passado, para divulgar informa›es
constantes de notas, documentos, li-
vros, etc. (a a‹o n‹o se esgota com a
divulga‹o do fato): Em nota divulga-
da ontem, o governo condena os dis-
tœrbios... / O documento revela ou-
tros pormenores da negociata... / Na
autobiografia publicada esta sema-
na, o ator desmente...
2 Ñ PretŽrito imperfeito
a)Indica, no passado, um fato n‹o
conclu’do ou que ocorria quando
outro se verificou: Seu gesto mostra-
va impacincia. / Ele permanecia ca-
lado. / Passava pela rua quando ou-
viu a explos‹o.
b)Exprime um fato habitual, uma
a‹o no passado como se a pessoa a
estivesse vivendo ou fatos passados
tidos como permanentes: Ele vivia
assim desde a morte da mulher. / A
moa andava calada. / Do alto do
edif’cio, a jovem olhava a cidade,
pensava, imaginava-se em outro
tempo e lugar. / A rua dava no porto.
300Verbo (forma‹o dos tempos) Verbo (modos e formas nominais)

3 Ñ PretŽrito perfeito
a)A forma simples indica uma
a‹o conclu’da, completamente rea-
lizada: Ele chegou. / Passamos por
aqui na semana passada. / O jornal
rejeitou o artigo.
b)A forma composta (tenho feito)
indica um ato continuado, repetido
ou habitual: Ele tem feito falta ao
time. / Os meninos tm sa’do muito.
4 Ñ PretŽrito mais-que-perfeito
a)Indica o passado do passado, isto
Ž, uma a‹o anterior a outra j‡ reali-
zada. Neste caso, a forma simples
(sa’ra)equivale ˆ composta (tinha
sa’do): Ao chegar, notamos que a
casa fora(havia sido)reformada. / O
trem j‡ partira(havia partido)quan-
do ele se deu conta da hora.
b)A forma composta, especial-
mente, pode designar um fato passa-
do em rela‹o ao momento atual ou
um fato vagamente situado no passa-
do: Tinha vindo dizer-lhe que este Ž
o seu lugar. / J‡ haviam chegado os
œltimos imigrantes.
c)Exprime desejo ou vontade, em
frases exclamativas: Quisera eu ser
rico! / Tomara ela venha hoje!
Observa‹o.A forma composta
(tinha feito, havia sa’do)Ž jornalisti-
camente prefer’vel ˆ simples (fizera,
sa’ra).
5 Ñ Futuro do presente
a)Expressa uma a‹o que ainda se
vai realizar: Faremos amanh‹ o ser-
vio. / O deputado garante que n‹o
comentar‡ o esc‰ndalo.
b)Pode exprimir incerteza, proba-
bilidade, suposi‹o ou atŽ mesmo
substituir o imperativo: Ser‡ que ele
vem mesmo?/ Ele ganhar‡, quando
muito, o segundo prmio. / N‹o ma-
tar‡s.
c)Locu›es formadas por ir, tere
havermais infinitivo substituem
cada vez mais o futuro: S— dois times
v‹o passar(passar‹o)para a 2» fase. /
O governo vai mudar(mudar‡)nova-
mente o Imposto de Renda. / Temos
de pensar (pensaremos)nisso primei-
ro. / Hei de vencer(vencerei).
Observa‹o.Com o verbo irmais
infinitivo, use o presente e n‹o o fu-
turo: Vai sair(e n‹o ir‡ sair), vai pedir
(e n‹o ir‡ pedir), vai enviar(e n‹o ir‡
enviar).
d)A forma composta (ter‹o feito)
indica a a‹o futura consumada antes
de outra ou incerteza sobre fatos pas-
sados: Em uma semana teremos con-
seguido as informa›es. / Ter‡ termi-
nado a crise?
6 Ñ Futuro do pretŽrito
a)Antigo condicional, indica um
fato futuro dependente da concretiza-
‹o de outro: Se ele pedisse, n—s o fa-
r’amos. / Poderia sair quando quises-
se.
b)Exprime um fato futuro situado
no passado e expressa dœvida, incer-
teza, probabilidade, suposi‹o, idŽia
aproximada: O jogo decidiria quem
era o melhor. / Ela teria seus 20
anos. / Eu faria o convite de outra
maneira.
c)Abranda um pedido, pergunta ou
desejo e manifesta surpresa ou indig-
na‹o em frases exclamativas e inter-
rogativas: Voc me faria um favor?/
Quem diria que ainda fosse recorrer
a n—s.
d)A forma composta (teria feito)
emprega-se para indicar um fato que
teria acontecido no passado sob certa
condi‹o ou uma dœvida sobre fatos
passados: Se n‹o fosse t‹o indolente,
teria conseguido a vaga. / N‹o ima-
gino como teria vindo parar aqui.
Imperativo
ƒ o modo verbal que indica ordem,
comando, exorta‹o, conselho, con-
vite, solicita‹o ou sœplica: Vai-te
embora./ V‡ (voc)embora. / Che-
guem(vocs)mais para c‡. / Sejamos
(n—s)os primeiros a sair. / N‹o o fa-
ais(v—s)se perder.O imperativo re-
fere-se sempre ˆquele a quem se fala;
301Verbo (modos e formas nominais) Verbo (modos e formas nominais)

por isso, n‹o tem a 1» pessoa do sin-
gular.
1 Ñ Afirmativo
a)As formas pr—prias do imperati-
vo s‹o a 2» pessoa do singular e a 2» do
plural, ambas derivadas do presente
do indicativo com a supress‹o do s:
Tu andas(ind.), anda tu (imper.);v—s
andais(ind.), andai v—s(imper.).
b)As demais formas do imperati-
vo s‹o tiradas, sem nenhuma altera-
‹o, do presente do subjuntivo (3» pes-
soa do singular e do plural e 1» do plu-
ral). No caso das 3»s pessoas, o inter-
locutor Ž voc(s), o(s) senhor(es), etc.
(e nunca eleou eles).
c)O modo completo: Anda tu,
ande voc, andemos n—s, andai v—s,
andem vocs.O verbo ser, nas 2»s pes-
soas, Ž a œnica exce‹o a essa norma:
S tu, seja voc, sejamos n—s, sede
v—s, sejam vocs.
2 Ñ Negativo
Deriva inteiramente do presente
do subjuntivo:N‹o andes tu, n‹o
ande voc, n‹o andemos n—s, n‹o an-
deis v—s, n‹o andem vocs.O verbo
ser, neste caso, segue a regra: N‹o
sejas tu, n‹o seja voc, n‹o sejamos
n—s, n‹o sejais v—s, n‹o sejam vocs.
Subjuntivo
ƒ o tempo verbal em que o fato
surge como algo duvidoso, incerto,
prov‡vel, poss’vel, eventual ou
mesmo irreal. Usa-se o subjuntivo,
assim, segundo Celso Cunha e Lin-
dley Cintra, Ònas ora›es que depen-
dem de verbos cujo sentido est‡ liga-
do ˆ idŽia de ordem, de proibi‹o, de
desejo, de vontade, de sœplica, de con-
di‹o e outras correlatasÓ. ƒ o caso,
por exemplo, dos verbos desejar, du-
vidar, implorar, lamentar, negar, or-
denar, pedir, proibir, querer, rogar e
suplicar.
1 Ñ Casos principais
a)Talvez, emborae negar queexi-
gem sempre o subjuntivo: Talvez lhe
diga. / Embora voc n‹o queira, n‹o
iremos. / Negou que fosse o culpa-
do. / Negou que se tivesse machuca-
do.Se talvezestiver depois do verbo,
usa-se o indicativo: O governo quis,
talvez, surpreender a Na‹o.
b)Nas ora›es ou express›es iso-
ladas que exprimem desejo, hip—tese,
concess‹o, indigna‹o, ordem ou
proibi‹o: Deus lhe pague. / Bons
ventos o levem. / Possa ele chegar a
tempo. / Raios o partam.
c)Quando a ora‹o principal expri-
me desejo, inten‹o, recomenda‹o,
vontade, dœvida e sentimento ou
aprecia‹o a respeito de alguma coisa:
Aconselha que eu v‡ (aconselhou
que eu fosse). / Consente que rezem. /
Implorou que retorn‡ssemos. / Praza
aos cŽus que ele saia. / Prefiro que
voc fique. / Esperava que tudo tives-
se mudado. / Lamento que falem
muito. / Temi que viessem hoje. / ƒ
bom que ele saia logo. / ƒ pena que
nada tenha mudado. / Tomara que
soubessem a verdade. / Desconfio
que algo o tenha abalado. / Suspeita-
va que o plano n‹o daria certo.
d)Com as alternativas (como quer
... quer, ou ... ou): Quer queira, quer
n‹o queira, sairemos todos.
e)Quando um pronome relativo
(que, quem, cujo, quanto, onde, o
qual)exprime incerteza, probabilida-
de, conjuntura ou fim que se preten-
de alcanar: N‹o h‡ mal que sempre
dure. / Procuro encontrar quem
saiba. / Buscava alguŽm cuja altura
coincidisse com a sua. / Compre
quanto queira.
f)Nas ora›es (finais)iniciadas
com para queou a fim de que, nas
ora›es (temporais)iniciadas por
quando, antes que, assim que, depois
que, logo que, t‹o logo, enquanto, atŽ
que, etc., e nas ora›es (concessivas)
iniciadas por embora, ainda que, con-
quanto, posto que, mesmo que, se
bem que, por mais quee sem que:
302Verbo (modos e formas nominais) Verbo (modos e formas nominais)

Empenhou-se para que tudo desse
certo. / Sairei quando ele vier. / Acabe
o trabalho antes que seja tarde. /
Ainda que chova, sairemos esta
noite. / Sem que tivesse necessidade,
exp™s-se ao perigo. / Embora n‹o
diga, quer mudar de emprego.
g)Nas ora›es condicionais, nas
ora›es intercaladas iniciadas por
que, quando limitam uma hip—tese, e
nas ora›es causais iniciadas por n‹o
porqueou n‹o que: Se estudasse, ele
passaria. / Se eu pudesse ir, n‹o man-
daria ninguŽm no meu lugar. / Agiu
como se ninguŽm o conhecesse. /
NinguŽm, que eu saiba, entrou aqui. /
Eu, que me lembre, n‹o disse isso. /
N‹o que fosse o melhor, mas desta-
cava-se pela persistncia.
h)Nas ora›es que indicam com-
para‹o ou conformidade: Faa como
quiser. / Traga tanto quanto puder.
i)Quando a ora‹o principal j‡ in-
dica suposi‹o, incerteza ou opini‹o,
a segunda ir‡ para o subjuntivose essa
idŽia persistir e para o indicativose
exprimir um fato real: Acredito que
ele seja o melhor(suposi‹o)./ Acre-
dito que ele Ž o melhor(real). / Farei
como voc quiser(opini‹o)./ Farei
como voc quer(real).
j)Usam-se os tempos compostos
do subjuntivo para indicar fato passa-
do (supostamente conclu’do), fato fu-
turo (encerrado em rela‹o a outro
fato futuro), a‹o anterior a outra a‹o
passada, a‹o irreal no passado e fato
futuro conclu’do em rela‹o a outro
fato futuro: Espero que voc tenha
sa’do a tempo. / Espero que voc j‡
tenha acabado o trabalho quando eu
voltar. / Se tivesse recebido uma pro-
mo‹o, n‹o teria mudado de empre-
go. / Quando vocs tiverem conclu’-
do a not’cia, comecem a pensar no t’-
tulo.
2 ÑTempos
a)Presente. AlŽm do momento
atual (Ele pede que alguŽm a traga),
o subjuntivo pode tambŽm indicar o
futuro: N‹o deixaremos de fazer
nada que pea.
b)Imperfeito. Pode ter o valor de
passado (N‹o havia nada que lhe ne-
gasse), de presente (Tivesse ju’zo,
teria melhor sorte)e de futuro (Que-
ria premiar o que escrevesse a melhor
reportagem).
c)Perfeito. Forma composta
(tenha feito), exprime um fato passa-
do e supostamente conclu’do (Espera-
mos que tenha encontrado o que pro-
curava)ou futuro e conclu’do em re-
la‹o a outro fato futuro (Em dois
meses acreditamos que tenha termi-
nado a tarefa).
d)Mais-que-perfeito. Forma com-
posta (tivesse feito), indica a‹o ante-
rior a outra no passado (Os pais espe-
ravam que os filhos houvessem par-
tido a tempo)ou uma a‹o irreal no
passado (Se tivessem pensado nos
amigos, teriam sido recompensados).
e)Futuro simples. Depende de
uma ora‹o que pode estar no futuro
ou no presente: Se puder, sairei cedo. /
Quando chegar o momento, ele lhes
dir‡. / Se eu vier, voc saber‡.
f)Futuro composto. Expressa um
fato futuro como terminado em rela-
‹o a outro fato futuro: Quem tiver
feito o melhor texto ser‡ premiado. /
Se voc j‡ tiver iniciado o trabalho,
deixe-o de lado.
Gerœndio
O gerœndio apresenta duas formas,
a simples (chegando, vencendo)e a
composta (tendo ou havendo chega-
do, vencido). A forma simples expres-
sa uma a‹o em curso e a composta,
uma a‹o conclu’da: Chegando a
hora da partida, o trem apitou. /
Tendo chegado ao fim da linha, o
trem foi recolhido.
1 Ñ Usos do gerœndio
a)Define uma circunst‰ncia adver-
bial (causa, tempo, modo, meio, con-
di‹o, concess‹o, etc.): Dizendo
303Verbo (modos e formas nominais) Verbo (modos e formas nominais)

isso, ele se retirou. / Podendo, escre-
verei o texto ainda hoje. / Sendo
muito jovem, n‹o sabia das coisas da
vida.
b)Modifica um substantivo ou pa-
lavra substantivada: Vi o homem fa-
zendo um esforo sobre-humano. /
Eram pedras caindo sobre o ™nibus.
Pode ser substitu’do pela express‹o
com o pronome que (que fazia, que
ca’am)ou pelo infinitivo com a pre-
posi‹o a (afazer, acair).
c)Nas locu›es verbais, como pre-
dicativo e como aposto do sujeito: Es-
tava fazendo muito barulho. / Vinha
sendo o melhor. / Ele est‡ saindo
muito. / Ele vive lutando. / Todos,
vendo-me chegar, correram para me
abraar. / Eles, fazendo-se de surdos,
desconversaram.
d)O gerœndio com a preposi‹o em
Ž caracter’stico do estilo liter‡rio e
deve ser evitado em jornal: Em se rea-
lizando o jogo, todos assistiremos a
ele. / Ele, em se dando ao trabalho,
faria um texto muito melhor.
2 Ñ Gerœndio incorreto
a)Nos casos em que o gerœndio
equivale a uma ora‹o adjetiva (expri-
me uma qualidade do substantivo e
pode ser substitu’do por quemais in-
dicativo ou subjuntivo): Precisa-se de
um empregado ÒfalandoÓingls(o
certo: que fale). / Queria uma casa
ÒdispondoÓde cinco quartos (que
dispusesse).
b)Nos casos em que o gerœndio
pode ser substitu’do pelas preposi›es
deou com: Uma casa ÒcontendoÓ(o
certo: com)cinco quartos. / A casa
ÒtendoÓo (de)nœmero 60. / Um livro
ÒincluindoÓ(com)figuras.
c)Com o gerœndio n‹o se usa o in-
finitivo flexionado: Podendo ser fei-
tos(e n‹o serem feitos). / Querendo
ter sa’do (e n‹oterem).
d)Dois ou mais gerœndios s—
devem aparecer no mesmo per’odo
quando ligados por conjun›es como
e, ou, nem, etc.: Ali passaram a noite,
bebendo, jogando e comendo. / N‹o
se pronunciando nem se decidindo,
retardava uma decis‹o do partido. /
Nunca sabiam se ele estava partindo
ou chegando.
Por isso, n‹o use o gerœndio, no
mesmo per’odo, em ora›es que sim-
plesmente se sucedam sem nenhum
encadeamento como: N‹o repercuti-
ram bem no Pal‡cio Guanabara as
fotos mostrando o chefe da Pol’cia
Civil visitando a 13» DP calando
sand‡lias de couro. / Ele estava con-
tinuando compondo as mœsicas. /
Narradores tarimbados ficavam en-
chendo lingŸia, repetindo frases fei-
tas, confiando na pr—pria experincia
para encher o tempo, tendo poucas
informa›es, pontificando sem ter
muitos conhecimentos. / O banco
est‡ gastando uma fortuna veiculan-
do anœncios dizendo que seus servi-
os s‹o os melhores do mercado. / O
guerrilheiro recusou-se a se render,
caindo disparando sua arma.
3 Ñ Repeti‹o
Evite a repeti‹o excessiva do ge-
rœndio, que tira a fora da frase (prin-
cipalmente quando ele n‹o faz parte
de uma enumera‹o ou seria‹o): O
presidente, dando nfase ˆ declara-
‹o, garantiu que estava fazendo
todos os esforos pelo pa’s, tentando
assim convencer a popula‹o de que
seus esforos n‹o vinham sendo v‹os
e exortando os cidad‹os a que conti-
nuassem tendo esperanas.
Partic’pio
Indica geralmente uma a‹o con-
clu’da ou relacionada com o passado:
Encerrada a festa, todos sa’ram. /
Tinha chegado a sua hora.
1 Ñ Com auxiliar
Forma a voz passiva (com sere
estar)e os tempos compostos (com
tere haver)da voz ativa: A festa ser‡
iniciada ˆs 21 horas. / Estava prepa-
304Verbo (modos e formas nominais) Verbo (modos e formas nominais)

rada para o casamento. / Temos tido
muita sorte. / Havia deixado a sala.
2 Ñ Sem auxiliar
a)Exprime uma a‹o acabada:
Feita a ressalva, vamos prosseguir. /
Encontrada a solu‹o, deram-se por
satisfeitos.
b)O partic’pio dos verbos transiti-
vostem em geral valor passivoe o dos
verbos intransitivos, valor ativo: De-
finidas as condi›es, passaram ˆ vo-
ta‹o(passivo). / Perdidas as esperan-
as, encerraram as buscas(passivo)./
Vindos da capital, ali buscavam pou-
sada(ativo). / Chegado o momento,
todos o procurar‹o(ativo).
c)O partic’pio freqŸentemente
tem o valor de simples adjetivo:Era
um homem derrotado. / Usava um
vestido desbotado. / O touro enfure-
cido atacou a multid‹o despreveni-
da.
Verbo (particularidades).1 Ñ O impe-
rativo exige um interlocutor: por isso
n‹o tem a 1» pessoa do singular (eu)e,
na 3», refere-se a voce vocs,e n‹o a
elee eles. Na 1» pessoa do plural, su-
bentende-se que o pronome n—sen-
globa tanto quem fala como o interlo-
cutor ou interlocutores.
2 Ñ O verbo serŽ o œnico que, no
imperativo afirmativo, n‹o segue a
norma: s tu, sede v—s(e n‹oҎ tuÓ,
Òsoi v—sÓ).
3 Ñ Entre outros, n‹o tm impera-
tivo os verbospoder, caber, querere
acontecer.
4 Ñ N‹o existe acento nas formas
em amosdo pretŽrito perfeito: ama-
mos(e n‹o Òam‡mosÓ), gostamos,
etc. (a pronœncia tambŽm Ž com som
fechado).
5 Ñ Os verbos em eartm som
aberto quando essa Ž a pronœncia do
substantivo correspondente: idŽio,
idŽiam(de idear), estrŽio, estrŽiam
(de estrear).
6 Ñ Os verbos em gere girmudam
o gem jantes de ae o: protejo, infrin-
jo(infringir),reja(reger), tanja(tan-
ger), constranja, dirijo, fuja, exija,
finjo, inflija(infligir), etc.
7 Ñ Os verbos em guere guirper-
dem o u antes de ae o: ergo, sigo, dis-
tingo, extinga.
8 Ñ Os verbos emiars‹o regula-
res, com cinco exce›es: ansiar, in-
cendiar, mediar(e seu derivado inter-
mediar),odiar(ver este como mode-
lo, p‡gina 203)e remediar.
9 Ñ Os verbos em jarmantm o j
em todos os tempos: viajo, viaje, via-
jem, viajei, viajou,etc.
10 Ñ Os verbos em oar, ˆ exce‹o
de coar(c™a, c™as),s— tm acento no
grupo ™o: aben™o, mag™o, r™o, v™o.
Nos demais tempos:abenoe, magoa,
roa, voe.
11 Ñ Aten‹o para o acento dos
verbos emoiar:ap—io, ap—ias, ap—ia,
apoiamos, apoiais, ap—iam; que eu
ap—ie, ap—ies, ap—ie, apoiemos,
apoieis, ap—iem; ap—ia tu, apoiai v—s.
12 Ñ Aten‹o para estas formas
verbais corretas: crem, dem, lem e
vem; tem(singular)e tm(plural);
vem(sing.)e vm(pl.).
13 Ñ As formas da 1» pessoa do plu-
ral (n—s)perdem o sfinal antes dos
pronomes obl’quos lo, la, los, las, nos
e vos: demo-lo, pusemo-la, fizemo-
los, ouvimo-las, cansamo-nos, pedi-
mo-vos, etc.
14 Ñ H‡ verbos que tm dois par-
tic’pios, um regular e outro irregular.
Com tere haver, use o regular e com
sere estar, o irregular: Tinha expul-
sado, foi expulso; havia suspendido,
estava suspenso.
15 Ñ Nunca ligue o pronome obl’-
quo ao futuro do presente, ao futuro
do pretŽrito e ao partic’pio (n‹o exis-
tem, pois, formas como: Òfar‹o-nosÓ,
Òdar‡-lhesÓ, Òpediria-lheÓ, Òrevelaria-
meÓ, Òfeito-lheÓ, Òdado-nosÓ, Òmos-
trado-aÓ, Òformado-seÓ,etc.).
Verbos com se.Determinados verbos
que dispensam complemento s—
podem ser usados com o pronome se.
Repare que na maior parte dos casos
305Verbo (particularidades) Verbos com se

abaixo eles tm fun‹o reflexiva. Eis
os principais: aborrecer-se, abster-se,
acender-se, afastar-se, apagar-se, apie-
dar-se, apoderar-se, aposentar-se,
aproximar-se, arrepender-se, assus-
tar-se, ater-se, atrever-se, classificar-
se, complicar-se, comportar-se, com-
prazer-se, condoer-se, debruar-se, de-
fender-se, deitar-se, derreter-se, desti-
nar-se, desvalorizar-se, desviar-se, de-
teriorar-se, difundir-se, dignar-se, dis-
trair-se, divertir-se, encerrar-se, enru-
gar-se, espalhar-se, espatifar-se, estra-
alhar-se, estragar-se, esvaziar-se,
evadir-se, expandir-se, formar-se,
imiscuir-se, incendiar-se, indignar-se,
iniciar-se, irradiar-se, lambuzar-se,
lembrar-se, limpar-se, normalizar-se,
orgulhar-se, oxidar-se, precaver-se,
propagar-se, queixar-se, rasgar-se, re-
fletir-se, reproduzir-se, romper-se
(como quebrar-se), suicidar-se, sujar-
se e valorizar-se.
Exemplos: N—s nos aborrecemos
com eles. / Eles se abstiveram de opi-
nar. / A luz acendeu-se (apagou-se). /
Todos se afastaram do local. / N—s
nos apiedamos deles. / Os irm‹os
apoderaram-se da sua parte. / O con-
tador aposenta-se (e n‹oÒaposentaÓ,
apenas)no ano que vem. / A tempe-
ratura aproxima-se dos 40 graus. /
NinguŽm se arrependeu do que fez. /
O rep—rter ateve-se ˆ pauta. / Eu me
atrevi a convid‡-lo. / O piloto classi-
ficou-se para a final. / A situa‹o
complicou-se (e n‹oÒcomplicouÓ)
para todos. / Alguns se comportaram
mal. / Ele se comprazia com a desgra-
a alheia. / A m‹e condoeu-se da sua
situa‹o. / Ela se debruou ˆ janela. /
Todos ali se deitam cedo. / A neve
derrete-se no ver‹o. / O livro destina-
va-se ao amigo. / O carro desviou-se
(e n‹odesviou)do outro. / A carne de-
teriorou-se (estragou-se). / A not’cia
difundiu-se (espalhou-se, irradiou-se,
propagou-se)rapidamente. / Nem se
dignou de nos avisar. / Eles se distra’-
ram (se divertiram)muito. / O prazo
encerra-se amanh‹ (e n‹oÒencerraÓ,
apenas). / A garrafa espatifou-se no
ch‹o. / Eles se estraalharam. / As
ruas esvaziaram-se cedo. / Os presos
evadiram-se. / O mito expandiu-se
pelo pa’s. / N—s nos formamos em Le-
tras. / N‹o se imiscua em assuntos
alheios. / O prŽdio incendiou-se ao
amanhecer. / O jogo inicia-se ˆs 18
horas (e nuncaÒiniciaӈs 18 horas)./
A criana lambuzou-se. / Ele n‹o se
lembrava de nada. / As crianas lim-
param-se (sujaram-se)logo. / A dis-
tribui‹o de ‡gua normalizou-se ra-
pidamente. / N‹o nos orgulhamos do
fato. / O carro oxidou-se pela a‹o da
maresia. / Ele se precavia sempre. /
Eu nunca me queixava. / A roupa ras-
gou-se. / A denœncia refletiu-se (e n‹o
ÒrefletiuÓ)no Congresso. / Bons
exemplos nem sempre se reproduzem
como deveriam. / A caixa rompeu-se
com a queda. / O dinheiro valoriza-
se (desvaloriza-se)todos os dias.
Verbos defectivos.S‹o aqueles que n‹o
tm alguns tempos ou pessoas: abolir,
banir, colorir, falir, latir, explodir, rea-
ver, etc. As formas inexistentes
devem ser substitu’das por outras, de
verbos equivalentes, ou por locu›es
verbais:Ele recupera (por reaver), que
ele revogue ouextinga(por abolir),
que ele expulse(por banir), que come-
ce a latir, que abra falncia, que
venha a explodir,etc.
Verbos intransitivos.N‹o podem ser
usados com ser, mas apenas com ter
ou haver: Ele tinha sa’do. / O aciden-
te havia ocorrido uma semana
antes. / O homem tinha desapareci-
do. / Ele havia passado cedo por aqui.
/ Todos tinham sumido. / Ele havia
ca’do do andaime. Nunca escreva,
por isso:Foi sa’do, foi ocorrido, foi de-
saparecido, foi passado, foi sumido,
foi ca’do, foi piorado.Literariamente,
apenas, se admite a voz passiva com
verbos intransitivos, e com poucos
deles, como: Cinco s—is eram passa-
306Verbos defectivos Verbos intransitivos

dos... / Era nascido na capital. / Era
vindo do interior.
Verbos mais que errados.1 Ñ H‡ ver-
bos que, por quest‹o de significado,
n‹o podem ser acompanhados de que.
Em geral, eles equivalem aos diversos
sentidos de dizer(verbosdicendi).
Veja um exemplo: alguŽm defende
uma idŽia, uma posi‹o, mas nunca
defende quealguma coisa se realize
ou concretize. Assim, s‹o erradas ou
no m’nimo impr—prias as formas:
acusar que, alertar que, antecipar que,
apontar que, aprovar que, assumir
que, citar que, comentar que, conti-
nuar que, defender que, definir que,
denunciar que, desmentir que, difun-
dir que, divulgar que, enfatizar que,
indicar que, justificar que, mencionar
que, narrar que, proferir que, prosse-
guir que, referir que, registrar que e re-
latar que.
2 Ñ Podem, porŽm, ser normal-
mente usadas as formas: acrescentar
que, adiantar que, admitir que, adver-
tir que, afianar que, afirmar que,
aguardar que, assegurar que, asseverar
que, atestar que, certificar que, com-
provar que, concordar que, confirmar
que, constatar que, declarar que, de-
terminar que, dizer que, esperar que,
garantir que, jurar que, negar que, or-
denar que, prever que, prometer que,
reiterar que, repetir que, ressaltar que,
ressalvar que, revelar que e verificar
que.
Verbos sem pronome.Use sem prono-
me estes verbos: acordar(e n‹o acor-
dar-se), confraternizar, ombrear, pro-
liferare sobressair. Exemplos: Ele
acorda cedo todos os dias. / N—s con-
fraternizamos com os vizinhos. /
Todos confraternizaram. / O lutador
ombreia com os advers‡rios. / Os mi-
cr—bios proliferam rapidamente. /
Sua inteligncia sobressa’a pelo bri-
lhantismo. / Ele sobressai aos de-
mais.
Vereador.DaC‰mara paulistana e n‹o
ˆC‰mara paulistana.
Ver mais infinitivo.1 Ñ N‹o flexione o
infinitivo: Vi-os partir. / Os empres‡-
rios viram seus lucros dobrar.2 Ñ Ver
infinitivo, p‡gina 145.
Vernissage.Palavra masculina: o ver-
nissage.
Versar.Regncia.1 Ñ Versar sobre al-
guma coisa: A conferncia versou
sobre os supercondutores. / Ele versa-
va sobre qualquer assunto.2 Ñ Pode-
se tambŽm versar alguma coisa: Seu
texto versava os escritores rom‰nti-
cos. / Versou tudo que lhe veio ˆ ca-
bea.
Vestir.Conjuga-se como servir(ver, p‡-
gina 266).
Vez.1 Ñ A locu‹o de vez que n‹o exis-
te em portugus e deve ser substitu’-
da poruma vez que, pois, porque: Foi
advertido, uma vez que(e n‹o Òde vez
queÓ)se portou mal. 2 Ñ N‹o confun-
da essa locu‹o com de vez, correta
como equivalente a quase maduro ou
taxativamente:A fruta estava de
vez. / P™s fim de vez ao boato. 3 Ñ
Ver em invŽs, p‡gina 150, a diferena
entre em vez de e ao invŽs de.
Via de. A locu‹o Ž em via de e n‹o em
ÒviasÓ de: Estava em via de partir. /
S‹o espŽcies em via de extin‹o.
ÒVia de regraÓ.Substitua a locu‹o por
em geral, normalmente, comumente,
quase sempre ou equivalente.
Viagem, viajem. ViagemŽ o substanti-
vo (Uma viagem, a viagem do presi-
dente)e viajem, o tempo do verbo:
Tente encontr‡-los antes que viajem
para Londres. / ƒ preciso que viajem
imediatamente.
Viagem a, viajar para.Use acom via-
geme paracom viajar: O presidente
iniciou a viagem ˆ China. / O presi-
dente dever‡ viajar para a China. / O
ministro viaja amanh‹ para Paris. /
A nova viagem do ministro a Paris.
Viajar admite ainda a preposi‹o por:
Viajou pelo Brasil.N‹o use, porŽm, a
forma viajar a(Viajou ÒaoÓRio, via-
307Verbos mais que errados Viagem a, viajar para

jou ÒaosÓEstados Unidos), que n‹o
existe.
ÒViaturaÓ.Jarg‹o policial. Use carro ou,
em œltimo caso, ve’culo.
Vice.1 Ñ Exige h’fen sempre: vice-al-
mirante, vice-campe‹o, vice-gover-
nador, vice-l’der, vice-presidente,
vice-rei, vice-secret‡rio.2 Ñ Quando
substantivado, tem plural: os vices
(governadores, prefeitos, etc.).
Vice-Presidncia.Inicial maiœscula
quando se tratar da Na‹o: candida-
to ˆ Vice-Presidncia(da Repœblica).
Minœsculas nos demais casos: a vice-
presidncia da empresa,etc.
Video...Liga-se sem h’fen ao elemento
seguinte: videocassete, videoclipe,
videodisco, videogame, videojogo,
videolaser, videoteipe.
Viger.1 Ñ E a forma correta, e n‹o
ÒvigirÓ. De qualquer forma, prefira vi-
gorar. 2 Ñ Se precisar usar viger,
porŽm, saiba que o verbo Ž regular,
mas n‹o tem a 1» pessoa do pres. ind.
e todo o pres. subj. Nos demais casos:
vige, vigem; vigia, vigiam; vigeu, vi-
geram; viger‡, viger‹o; vigesse, viges-
sem; etc.
Vil‹o. Flex›es: vil‹ (prefira), viloa, vi-
l›es (prefira), vil‹os e vil‹es.
Vimos, viemos. Vimosindica o presen-
te do verbo vire viemos, o passado:
Vimos agora trazer-lhe nossa solida-
riedade. / Vimos todo dia de ™nibus
para o trabalho. / Viemos ontem tra-
zer-lhe nosso apoio. / Viemos de carro
para o trabalho durante toda a sema-
na passada.
Vindo.ƒ tanto gerœndio (Estava vindo. /
Vindo aqui, n‹o deixe de visitar-nos.)
como partic’pio (Tinha vindo)de vir.
Vi-o chegar.E nunca Òvi ele chegarÓ, Òvi
ele fazerÓ, etc.
Vip.Em minœsculas: pessoa vip, perso-
nagens vips.
Vir (conjuga‹o). Pres. ind.: Venho,
vens, vem, vimos, vindes, vm. Imp.
ind.: Vinha, vinhas, vinha, v’nhamos,
v’nheis, vinham. Pret. perf. ind.: Vim,
vieste, veio, viemos, viestes, vieram.
Fut. pres.: Virei, vir‡s, vir‡, viremos,
vireis, vir‹o. Fut. pret.: Viria, virias,
viria, vir’amos, vir’eis, viriam. Pres.
subj.: Venha, venhas, venha, venha-
mos, venhais, venham. Fut. subj.:
Vier, vieres, vier, viermos, vierdes,
vierem. Imper. afirm.: Vem, venha,
venhamos, vinde, venham. Ger.:
Vindo. Part.: Vindo.
Vir (derivados).Aten‹o para alguns
tempos: Pret. perf. ind.: Convim, con-
vieste, conveio, conviemos, convies-
tes, convieram; intervim, interveio,
intervieram; provim, proveio, provie-
ram; sobrevim, sobreveio, sobrevie-
ram. Imp. subj.: Se conviesse, inter-
viesse, proviesse, sobreviesse. Fut.
subj.: Se convier, intervier, provier,
sobrevier.Avir-se e desavir-sese-
guem o mesmo modelo.
V’rgula. Serve para separar palavras,
s’mbolos e ora›es de fun‹o idnti-
ca: O Executivo, o Legislativo e o Ju-
dici‡rio s‹o os trs poderes da Repœ-
blica. / O ministro visitou Paris, Lon-
dres, Washington e T—quio. / Queria
os filhos educados, respeitadores e es-
tudiosos. / ƒ um homem que traba-
lha, viaja e se diverte. / Amigos, pa-
rentes, vizinhos, de todos se afas-
tou. / 1, 3, 5 e 7 s‹o nœmeros ’mpares.
Nunca separe por v’rgula
a)O sujeito do verbo: O presiden-
te, atacou a oposi‹o. / Os homens de
bem, nada ter‹o que temer.
b)O verbo do complemento: Os
sindicatos apresentaram, uma lista
de 15 reivindica›es. / Os governos
devem lutar, pelo bem-estar do povo.
Outros usos da v’rgula
1 Ñ Para separar o vocativo: Ve-
jam, amigos, o resultado do nosso
trabalho. / Diga logo, Jo‹o, o que voc
pretende. / Reage, S‹o Paulo. / Acor-
308ÒViaturaÓ V’rgula

da, Brasil. / X™, Satan‡s. / Respira,
S‹o Paulo. / Responde, cidad‹o. /
Al™, goleiro. / Aten‹o, pol’ticos.
2 Ñ Para isolar o aposto: Machado
de Assis, autor doDom Casmurro,
tem um estilo s—brio e elegante. (Ou:
Autor doDom Casmurro, Machado
de Assis tem...)/ O mais r‡pido dos
quatro, JosŽ chegou cinco minutos na
frente. (Ou: JosŽ, o mais r‡pido dos
quatro, chegou cinco minutos na
frente.)
3 Ñ Para indicar a omiss‹o do
verbo ou de um grupo de palavras: O
pai prefere os livros e os filhos, o es-
porte. / Jo‹o trar‡ as bebidas, Chico,
os salgados e Maria, os doces. / No
cŽu azul, dois fiapos de nuvens. /
Estes, os livros que pedi. / Elas, as
mulheres das quais falei.
4 Ñ Para separar palavras e lo-
cu›es explicativas, retificativas e
continuativas (como por exemplo, ou
ent‹o, isto Ž, ou seja, alŽm disso, por
assim dizer, ali‡s, a prop—sito, ent‹o,
com efeito, vale dizer, ao contr‡rio, a
saber, data vnia, por outra, a meu
ver, etc.):Os dois, isto Ž, pai e filho...
/ Queria todos os bens, ou seja, carro,
casa, terras e dinheiro. / Veja, por
exemplo, este caso. / Diga, ent‹o, o
que quer. / Esse Ž, por assim dizer, o
eleito dos cŽus. / Acrescente-se, alŽm
disso, outro detalhe. / A compra do
material, a meu ver, Ž indispens‡vel.
5 Ñ Para separar, nas datas, o nome
do lugar:S‹o Paulo, 16 de abril de
1996.
6 Ñ Para separar o nome, a rua e o
nœmero nos endereos: Fulano de Tal,
Avenida Rebouas, 5.423, ap. 36. S‹o
Paulo, SP.No caso de caixa postal,
porŽm, n‹o h‡ v’rgula: Fulano de Tal,
Caixa Postal 43.
7 Ñ Ë exce‹o de e, oue nem, antes
de todas as conjun›es coordenativas,
como mas, porŽm, todavia, contudo,
n‹o obstante, no entanto, ou... ou,
ora... ora, quer... quer, seja... seja,
logo, pois, portanto, assim, por con-
seguinte, por isso, de modo que,
ent‹o, porque, que(= pois), porquan-
to, etc.: O governo aceitou o pedido,
mas sob condi›es. / Chegou atrasa-
do, entretanto ainda conseguiu assis-
tir ao espet‡-culo. / Garantiu que
faria o que pudesse, no entanto n‹o
cumpriu o prometido. / Ele ir‡, quer
queira, quer n‹o queira. / Ou sai logo,
ou perde o trem. / Ora se exalta, ora
se comporta com modera‹o. / ƒ
muito inteligente, logo far‡ o traba-
lho sem dificuldade. / Esquivou-se
com habilidade, de modo que o golpe
n‹o o atingiu. / Saia depressa, porque
o trem est‡ partindo. / Ande logo, que
(= pois)ela est‡ para chegar. / Conse-
guiu o emprego que queria, pois era o
melhor dos candidatos.
a)Use a v’rgula antes e depois des-
sas conjun›es, sempre que elas esti-
verem intercaladas no per’odo: O fe-
rido pediu socorro; nenhum motoris-
ta, no entanto, parou para ajud‡-lo
(porŽm, todavia, contudo, entretan-
to). / Chegou muito cansado; n‹o
quis, pois, ir ao teatro (portanto, por
conseguinte). / Estava sem camisa;
sentia, por isso, muito frio.
b)Quando iniciarem frase,porŽm,
contudo, todavia, no entantoe entre-
tantopoder‹o ou n‹o ser seguidas de
v’rgula: Os livros custam caro; toda-
via, vou comprar alguns deles. Os li-
vros custam caro; todavia vou com-
prar alguns deles.
c)Como massempre inicia frase,
n‹o use, nesse caso, a v’rgula: Diga o
que quiser. Mas seja r‡pido(e n‹o:
Mas, seja r‡pido).
d)TambŽm n‹o s‹o seguidas de v’r-
gula, quando iniciam frase, as conjun-
›es ou... ou, quer... quer, seja... seja,
ora... ora, pois, de modo que, que
(=pois), porquee porquanto.
8 Ñ E, oue nem:
N‹o use v’rgula antes de e, oue
nem, a n‹o ser nos casos seguintes: a)
Quando o eliga ora›es de sujeitos di-
ferentes, e se pode subentender uma
309V’rgula V’rgula

pausa na leitura, admite-se a v’rgula:
O filho foi reprovado outra vez, e os
pais resolveram tir‡-lo daquela esco-
la.
Em textos jornal’sticos, porŽm, ra-
ramente haver‡ v’rgula: O governo
admitiu o erro e os empres‡rios pro-
testaram. / Gil lana novo disco e
Caetano conclui seu filme.
b)Usa-se a v’rgula se o ee o nem
estiverem repetidos na frase, por n-
fase ou enumera‹o: ÒEle fez o cŽu, e
a terra, e o mar, e tudo quanto h‡
neles.Ó/ NinguŽm foi com ele, nem o
pai, nem a m‹e, nem o filho.
c)O e, oue nempodem ser prece-
didos de v’rgula caso se queira dar n-
fase a uma afirma‹o ou introduzir
uma pausa na frase:ƒ melhor sairmos
logo, ou n‹o?/ Afinal, o chefe Ž ele,
ou s‹o vocs?/ N‹o mudo de opini‹o,
nem que me matem! / O governo ten-
tou, e a providncia j‡ vinha tarde,
conter os seus gastos.
9 Ñ Para separar os elementos pa-
ralelos dos provŽrbios: Cada terra
com seu uso, cada roca com seu
fuso. / Tal pai, tal filho. / Longe dos
olhos, longe do cora‹o.
10 Ñ AdvŽrbios e adjuntos adver-
biais podem ou n‹o ser separados por
v’rgula, especialmente quando curtos
ou constitu’dos de uma œnica palavra.
Exemplos: Aqui se trabalha. / Aqui,
trabalha-se.
Quando mais longos, convŽm usar
a v’rgula, por quest‹o de pausa ou cla-
reza: Nos contrafortes da Serra da
Mantiqueira, a cidade seguia sua
vida, sem novidades. / A vegeta‹o
voltava a crescer, depois de muitos
anos de seca. / O escritor terminou,
antes do tempo previsto, o romance
t‹o esperado.
11 Ñ Para separar os objetos pleo-
n‡sticos: As palavras, leva-as o
vento. / Bons jogadores, j‡ n‹o exis-
tem tantos como antigamente. Se
n‹o se deseja dar nfase ao objeto ou
se ele Ž um pronome obl’quo, omite-
se a v’rgula:O car‡ter molda-o a
vida. / A mim me parece irrelevante
essa opini‹o.
12 Ñ Para separar palavras repeti-
das: Tudo, tudo, tudo p™s a perder. /
Amigos, amigos, neg—cios ˆ parte.
13 Ñ Para separar adjetivos que
exercem fun‹o predicativa: Atento e
cuidadoso, dava sempre o melhor de
si. / Nunca pensei que ele, limitado e
pouco brilhante, obtivesse tamanho
sucesso.
14 Ñ Para separar ora›es reduzi-
das de gerœndio, partic’pio e infiniti-
vo: Encerrando o ciclo de palestras, o
engenheiro falou sobre as agress›es
do homem ao meio ambiente. / Os
soldados puseram-se em fila, aten-
dendo ao toque de reunir. / Chegado
o momento, voc ser‡ avisado. / O
barco desapareceu sem deixar vest’-
gios, tragado pelo forte redemoinho. /
Para fazer valer sua opini‹o, usava os
mŽtodos que pudesse. / Ainda fomos
ao teatro, apesar de estarmos esgota-
dos.
15 Ñ Para separar as ora›es subor-
dinadas adverbiais, especialmente
quando colocadas antes da ora‹o
principal ou mesmo depois: Quando
terminou a sess‹o, os deputados dei-
xaram apressadamente a C‰mara. /
O prazo est‡ encerrado, como voc
pensava. / Se tudo corresse bem, eles
chegariam antes do anoitecer. /
Traga-nos a reportagem ainda hoje,
se for poss’vel. / Embora houvesse
muita gente no est‡dio, nada de
grave ocorreu. / N‹o me impedir‹o de
vir aqui hoje, ainda que o tentem. /
Ë medida que o governo perdia fora,
a oposi‹o aumentava sua influn-
cia. / Para que a administra‹o pœ-
blica funcione melhor, Ž preciso
mudar mentalidades. / Enquanto a
formiga trabalhava, a cigarra canta-
va. / Porque ninguŽm lhe dava aten-
‹o, a criana comeou a chorar.
16 Ñ Para separar ora›es ou locu-
›es intercaladas que interrompam a
310V’rgula V’rgula

fluncia da ora‹o principal:Disse,
como era seu h‡bito, os piores desa-
foros poss’veis. / N‹o explicou, atŽ
porque nada lhe perguntaram, a
raz‹o daquela estranha atitude. /
ÒVejo aquiÓ, prosseguiu o deputado,
Òpessoas que n‹o pertencem ˆ C‰ma-
ra.Ó/ Os soldados, que n‹o conhe-
ciam o local, avanaram com medo. /
Antes de mais nada, pensamos n—s,
era indispens‡vel sair dali. / Mais
empenho, e n‹o desculpas, era o que
se pedia. / O casal, com o dinheiro re-
cebido, conseguiu mobiliar a casa. /
O criminoso, j‡ condenado ˆ morte,
recusava-se a admitir sua culpa. / E,
quando lhe pediram a opini‹o, disse
que o assunto n‹o era com ele. / Por-
que, para tudo sair de acordo, falta-
va a ades‹o deles. / Pois, por injusto
que possa parecer, n‹o adianta ir con-
tra a natureza.
O que n‹o se pode Ž usar apenas a
segunda v’rgula nas intercala›es,
como nestes exemplos: O jogador
disse que quando foi atingido por
tr‡s, perdeu o controle (a v’rgula
antes de quando Ž indispens‡vel). /
Mas atŽ agora, a œnica ameaa con-
creta Ž... (existe v’rgula antes de atŽ)./
E a prop—sito, desistiu de vez de dis-
putar a prefeitura (a prop—sitodeve-
ria estar entre v’rgulas).
Observa‹o. N‹o h‡ v’rgula se a
ora‹o restringe o sentido do sujeito
(isto Ž, n‹o funciona como ora‹o in-
tercalada): O pai que gosta dos filhos
faz tudo por eles. / O mais velho dos
deputados que estavam presentes
abriu a sess‹o da C‰mara.
17 Ñ Com sim e n‹o: Sim, senhor,
Ž o que todos esperavam. / N‹o, ami-
gos, ninguŽm o demove dessa deci-
s‹o. / ƒ o que quero, sim. / N‹o, nunca
pedi isso.
18 Ñ N‹o existe v’rgula antes de
ora›es (substantivas)deste tipo: Pe-
dimos que ele viesse. / Esperamos
que ele saia. / N‹o sabia se todos o
conheciam. / N‹o pensava que tudo
ia se acabar daquela maneira.
19 Ñ No caso de invers‹o violen-
ta dos complementos da frase, a v’r-
gula pode dar-lhe maior clareza:Do
pa’s, a maior riqueza eram os poos
de petr—leo.(Ordem direta:A maior
riqueza do pa’s eram os poos de pe-
tr—leo.)/ A opini‹o era un‰nime, dos
homens e mulheres.(Ordem direta:A
opini‹o dos homens e mulheres era
un‰nime.).
20 Ñ Jornalisticamente, Ž o sinal
que se deve adotar, em vez do traves-
s‹o, para isolar os verbos intercalados
nas declara›es ou opini›es: Com
aquela providncia, garantiu o prefei-
to, a cidade resolveria definitivamen-
te o problema das enchentes. / Esses
recursos, opinou, deveriam ser utili-
zados na compra de novas vacinas.
Observa›es finais
1 Ñ A v’rgula indica pausa ou n-
fase. Por isso, nos casos em que ela for
facultativa, use o bom senso ou siga o
ritmo da frase (nunca, porŽm, sepa-
rando o sujeito do verbo ou o verbo do
complemento).
2 Ñ Evite a virgula‹o excessiva,
principalmente quando uma sŽrie de
adjuntos adverbiais se sucede na frase:
O presidente disse, ontem, em Bras’-
lia, ˆs 15 horas, depois da reuni‹o do
MinistŽrio, que... Se for importante
colocar o hor‡rio logo na primeira
frase, ela pode ganhar ritmo com uma
pequena invers‹o: O presidente disse
ˆs 15 horas de ontem, em Bras’lia, de-
pois da reuni‹o do MinistŽrio, que...
De qualquer forma, intercala›es
exageradas sempreprejudicam a
fluncia da frase, estejam ou n‹o mar-
cadas por v’rgulas. A ordem direta
contornaria todos os problemas, no
caso: O presidente disse ontem que
as mudanas econ™micas...Depois,
poder‹o ser colocados todos os de-
mais detalhes.
311V’rgula V’rgula

3 Ñ Se houver parnteses ou tra-
vess›es na frase, a v’rgula vir‡ depois
do segundo deles: Apelou para os
mais influentes amigos (ministros e
deputados, entre eles), quando lhe
quiseram tomar as terras. / Os pa’ses
endividavam-se sem cessar Ñ porque
isso era f‡cil na dŽcada de 70 Ñ,
ainda que n‹o soubessem como vi-
riam a pagar seus compromissos.
4 Ñ Numa enumera‹o pode haver
v’rgula antes do verbo: Artigos, co-
ment‡rios, cr’ticas, eram matŽrias
que n‹o lhe interessavam.
V’rgula com nomes de pessoas.Ver
aposto, item 2, p‡gina 39.
V’rgula e n‹o ponto.Nœmeros decimais
no Brasil s‹o expressos por v’rgula (e
n‹o ponto, como nos Estados Unidos).
Assim: A infla‹o deste ms dever‡
ser de 0,75% (e n‹o 0.75%)/ Os car-
ros subiram 8,9%(e n‹o8.9%). / A in-
tensidade do terremoto foi de 6,4
graus(e n‹o6.4 graus)na escala
Richter. Da mesma forma: 2,1 bi-
lh›es, 36,7ûF(e n‹o 2.1 bilh›es,
36.7ûF).
Vir vindo. Virpode ser auxiliar de si pr—-
prio: Vinha vindo, venho vindo, v’-
nhamos vindo.
Visando.Nunca use visandoou objeti-
vandono lugar de para: Uma greve
para conseguir novo aumento(em vez
de: Uma greve ÒvisandoÓconse-
guir...). / Novas reuni›es para chegar
a uma conclus‹o(em vez de: Novas
reuni›es ÒobjetivandoÓchegar a uma
conclus‹o).
Visar.1 Ñ No sentido de mirar ou dar o
visto a, use a regncia direta: Visou o
alvo. / Visou o ladr‹o. / Visou o che-
que.2 Ñ Como equivalente a ter em
vista ou ter por objetivo, exige a pre-
posi‹o a: Visou exclusivamente aos
seus interesses. / Nunca visaram ˆ ri-
queza. / Tudo a que visavam eram
melhores condi›es de vida. / Visava
a atender aos pedidos dos amigos. /
Visou a proporcionar conforto ˆ fam’-
lia.
Vista.A locu‹o correta Ž ˆ vista dee
n‹o ҈s vistas deÓ: Colocou-se ˆ vista
de todos. / Ë vista do ocorrido, deci-
diu demitir-se.
ÒV’tima fatalÓ.Fatal significa mort’fe-
ro, que causa a morte, que traz ru’na
ou desgraa. Por isso, n‹o existe a ex-
press‹o Òv’tima fatalÓ: a v’tima rece-
bea morte e n‹o a produz. Fatal Ž um
golpe, um tiro, um acidente, uma pan-
cada, um choque, uma batida e nunca
a v’tima.
ÒViœva do falecidoÓ.Redund‰ncia gra-
ve.
Vivam as fŽrias.1 Ñ Vivam, no caso, Ž
verbo e faz a concord‰ncia normal:
Vivam as fŽrias, vivam os campe›es,
vivam os seus 50 anos, vivas tu, viva-
mos n—s.2 Ñ N‹o confundir com
viva, substantivo (Deram trs vivas
aos campe›es)ou viva, interjei‹o
(Viva, os campe›es chegaram. / Viva,
o supl’cio terminou.).
Vivenciar. Forma rebuscada. Prefira
viver ou experimentar.
Voar.1 Ñ Conjuga-se como magoar
(ver, p‡gina 166). 2 Ñ No sentido de
viajar de avi‹o, use o verbo com para
e n‹o a: O prefeito voou para o Rio(e
n‹o ao Rio).
Vocativo.1 Ñ ƒ o termo que serve para
chamar, invocar ou nomear uma pes-
soa, animal ou coisa personificada:
Vejam,senhores, quem est‡ aqui. /
Filhos, ouam. / ÒEm teu seio,— Li-
berdade, ...Ó/ Cuidado com o carro,
seus loucos! / Acorda, S‹o Paulo. /
Obrigado, doutor. / Reage, Rio./ Se-
gura, pe‹o! / ParabŽns, leitor. / Aten-
‹o, pol’ticos. / O que Ž isso, compa-
nheiro?
2 Ñ O vocativo pode vir no come-
o, no meio ou no fim da ora‹o e co-
loca-se entre v’rgulas (se estiver no co-
meo da frase, tem uma v’rgula de-
pois; se no fim, uma v’rgula antes):
Amigos, chegou a hora da verdade. /
312V’rgula com nomes... Vocativo

Chegou, amigos, a hora da verdade. /
Chegou a hora da verdade, amigos.
3 Ñ Quando se quer dar maior n-
fase ˆ frase, faz-se a part’cula — (e n‹o
oh)preceder o vocativo: Adeus,— vida
ingrata. / î jovens, escutai com aten-
‹o. / Creia,— incrŽdulo, na fora de
Deus.
Volta.No singular em frases como: A
volta de Chico e Maneco, na opini‹o
do tŽcnico, fortalecer‡ o time. / Com
a volta de Gilberto Gil e Caetano Ve-
loso ao palco do Teatro Castro Al-
ves...(e nunca Òas voltasÓ).
Vultoso.O mesmo que importante, vo-
lumoso: vultoso emprŽstimo, vultosa
quantia, vultosa import‰ncia(e
nunca ÒvultuosoÓouÒvultuosaÓ).
Walkie-talkie.Desta forma.
Warrant. ƒ um tipo de t’tulo de crŽdito.
Tem os derivados warrantagem e war-
rantar.
Water closet. Sem h’fen e com t, em vez
de d. Abreviatura: w.c.
ÒWater poloÓ.Use p—lo aqu‡tico.
Watt.ƒ o nome oficial da unidade de po-
tncia. Abreviatura: W.
Watt-hora.Desta forma.
Week-end. Com h’fen.
Windsurfe.Desta forma.
Xadrez.Com zem qualquer sentido.
Xangai.E n‹o ÒShangaiÓ.
Xeque.1 Ñ Por analogia com o movi-
mento do xadrez, sempre com xini-
cial quando designar risco, situa‹o
dif’cil: Sua candidatura estava em
xeque. / P™s o contendor em xeque.
2 Ñ ƒ tambŽm o aportuguesamento
de sheik: O territ—rio era governado
por um xeque.
X’cara.Desta forma.
Xif—pago.E nunca Òxip—fagoÓ.
Xiita.Sem acento.
Yalta.Desta forma.
Yang-tse.Rio da China (tambŽm, Yang-
tse-kiang).
Yang, yin, yin-yang.Escreva desta
forma esses princ’pios do pensamen-
to oriental.
Yom Kippur.ƒ o Dia do Perd‹o dos ju-
deus.
York.N‹o aportuguese (na forma Nova
York, por exemplo).
Yucat‡n.Desta forma.
Yuppie.Desta forma.
Zaga, zagueiro.Veja como usar: zaga-
central, zagueiro-central, quarto-za-
gueiro.
ÒZagueir‹oÓ.Jarg‹o futebol’stico. N‹o
use.
Zangar-se.AlguŽm se zangae n‹o
zanga, apenas: O deputado zangou-
se com os jornalistas. / N‹o queria
me zangar.
Znite.Com acento.
Zero.Torna invari‡vel a palavra que o
segue: zero hora, zero grau cent’gra-
do, zero-quil™metro, etc. Nunca, por-
tanto: ˆs Òzero horasÓ, Òzero grausÓ
cent’grados, etc.
313Volta Zero

ÒZero anoÓ.N‹o use a forma as crian-
as de zero a quatro anos. O certo: as
crianas atŽ 4 anos.
Zero dois, zero trs.A n‹o ser em lista-
gens de computador, nœmeros espec’-
ficos de referncia (0724)ou dezenas
da loteria, jamais use as formas 02, 03,
etc., para designar datas ou nœmeros
em geral. O dia Ž 2 ou 3, o ms Ž 8 ou
9, o nœmero de alguŽm Ž 4 ou 5 (e
nunca dia Ò02Ó, ms Ò03Ó, nœmero
Ò04Ó).
Zero-quil™metro. Tem h’fen e n‹o varia:
Um zero-quil™metro. / Aumenta o
preo dos carros zero-quil™metro.
...zinho.1 Ñ Ver diminutivos, p‡gina
96. 2 Ñ N‹o existe mais acento grave
nas palavras formadas pelo acrŽscimo
do sufixo zinho: sozinho, cafezinho,
pasteizinhos, etc.
Zona.Escreva com inicial minœscula as
indica›es zona norte, zona sul, zona
leste e zona oeste de S‹o Paulo ou de
qualquer outra cidade.
Zumbir, zunir.Os insetos zumbem, o
vento zune.
Zunzum.E n‹o Òzum-zumÓ. Plural:
zunzuns. Existe tambŽm a forma zun-
zunzum.
Zurique.Desta forma.
314ÒZero anoÓ Zurique

Regras pr‡ticas
Primeira Ñ Substitua a palavra
antes da qual aparece o a ou as por um
termo masculino. Se o a ou as se trans-
formar em ao ou aos, existe crase; do
contr‡rio, n‹o. Nos exemplos j‡ citados:
Jo‹o voltou ao pa’s natal. / Os do-
cumentos foram apresentados aos ju’-
zes.Outros exemplos: Atentas ˆs mo-
difica›es, as moas... (Atentos aos
processos, os moos...)/ Junto ˆ parede
(junto ao muro).
No caso de nome geogr‡fico ou de
lugar, substitua o a ou as por para. Se o
certo for para a, use a crase: Foi ˆ Fran-
a (foi para a Frana). / Ir‹o ˆ Col™m-
bia (ir‹o para a Col™mbia)./ Voltou a
Curitiba (voltou para Curitiba, sem
crase). Pode-se igualmente usar a forma
voltar de: se o de se transformar em da,
h‡ crase, inexistente se o de n‹o se al-
terar: Retornou ˆ Argentina (voltou da
Argentina)./ Foi a Roma (voltou de
Roma).
Segunda Ñ A combina‹o de ou-
tras preposi›es com a (para a, na, da,
pela e com a, principalmente)indica se
o a ou as deve levar crase. N‹o Ž neces-
s‡rio que a frase alternativa tenha o
mesmo sentido da original nem que a
regncia seja correta. Exemplos: Em-
prestou o livro ˆ amiga (para a amiga)./
Chegou ˆ Espanha (da Espanha)./ As
visitas vir‹o ˆs 6 horas (pelas 6 horas)./
Estava ˆs portas da morte (nas por-
tas)./ Ë sa’da (na sa’da)./ Ë falta de
(na falta de, com a falta de).
Usa-se a crase ainda
1 Ñ Nas formas ˆquela, ˆquele,
ˆquelas, ˆqueles, ˆquilo, ˆqueloutro(e
derivados):Cheguei ˆquele (a + aquele)
lugar. / Vou ˆquelas cidades. / Referiu-
se ˆqueles livros. / N‹o deu import‰n-
cia ˆquilo.
2 Ñ Nas indica›es de horas, desde
que determinadas: Chegou ˆs 8 horas,
ˆs 10 horas, ˆ 1 hora. Zero e meia in-
315 315
O uso da crase
A crase indica a fus‹o da preposi‹o a com o artigo a: Jo‹o
voltou ˆ(a preposi‹o + a artigo)cidade natal. / Os documen-
tos foram apresentados ˆs(a prep. + as art.)autoridades.Dessa
forma, n‹o existe crase antes de palavra masculina: Vou a pŽ. /
Andou a cavalo. Existe uma œnica exce‹o, explicada mais
adiante.

cluem-se na regra: O aumento entra em
vigor ˆ zero hora. / Veio ˆ meia-noite
em ponto. A indetermina‹o afasta a
crase:Ir‡ a uma hora qualquer.
3 Ñ Nas locu›es adverbiais, pre-
positivas e conjuntivas como ˆs pressas,
ˆs vezes, ˆ risca, ˆ noite, ˆ direita, ˆ es-
querda, ˆ frente, ˆ maneira de, ˆ moda
de, ˆ procura de, ˆ merc de, ˆ custa de,
ˆ medida que, ˆ propor‹o que, ˆ fora
de, ˆ espera de: Saiu ˆs pressas. / Vive ˆ
custa do pai. / Estava ˆ espera do ir-
m‹o. / Sua tristeza aumentava ˆ medi-
da que os amigos partiam. / Serviu o
filŽ ˆ moda da casa.
4 Ñ Nas locu›es que indicam
meio ou instrumento e em outras nas
quais a tradi‹o lingŸ’stica o exija,
como ˆ bala, ˆ faca, ˆ m‡quina, ˆ chave,
ˆ vista, ˆ venda, ˆ toa, ˆ tinta, ˆ m‹o, ˆ
navalha, ˆ espada, ˆ baioneta calada, ˆ
queima-roupa, ˆ fome (matar ˆ fome):
Morto ˆ bala, ˆ faca, ˆ navalha. / Escri-
to ˆ tinta, ˆ m‹o, ˆ m‡quina. / Paga-
mento ˆ vista. / Produto ˆ venda. / An-
dava ˆ toa.Observa‹o: Neste caso n‹o
se pode usar a regra pr‡tica de substituir
a por ao.
5 Ñ Antes dos relativos que, qual e
quais, quando o a ou as puderem ser
substitu’dos por ao ou aos: Eis a moa
ˆ qual voc se referiu (equivalente:eis
o rapaz ao qual voc se referiu)./ Fez
alus‹o ˆs pesquisas ˆs quais nos dedi-
camos (fez alus‹o aos trabalhos aos
quais...)./ ƒ uma situa‹o semelhante
ˆ que enfrentamos ontem (Ž um proble-
ma semelhante ao que...).
N‹o se usa a crase antes de
1 Ñ Palavra masculina: andar a pŽ,
pagamento a prazo, caminhadas a
esmo, cheirar a suor, viajar a cavalo,
vestir-se a car‡ter. Exce‹o. Existe a
crase quando se pode subentender uma
palavra feminina, especialmente moda
e maneira, ou qualquer outra que deter-
mine um nome de empresa ou coisa:
Salto ˆ Lu’s XV (ˆ moda de Lu’s XV)./
Estilo ˆ Machado de Assis (ˆ maneira
de)./ Referiu-se ˆ Apollo (ˆ nave Apol-
lo)./ Dirigiu-se ˆ (fragata)Gustavo Bar-
roso. / Vou ˆ (editora)Melhoramen-
tos. / Fez alus‹o ˆ (revista)Projeto.
2 Ñ Nome de cidade: Chegou a
Bras’lia. / Ir‹o a Roma este ano. Exce-
‹o. H‡ crase quando se atribui uma
qualidade ˆ cidade:Iremos ˆ Roma dos
CŽsares. / Referiu-se ˆ bela Lisboa, ˆ
Bras’lia das mordomias, ˆ Londres do
sŽculo 19.
3 Ñ Verbo: Passou a ver. / Come-
ou a fazer. / P™s-se a falar.
4 Ñ Substantivos repetidos: Cara a
cara, frente a frente, gota a gota, de
ponta a ponta.
5 Ñ Ela, estae essa: Pediram a ela
que sa’sse. / Cheguei a esta conclu-
s‹o. / Dedicou o livro a essa moa.
6 Ñ Outros pronomes que n‹o ad-
mitem artigo, como ninguŽm, alguŽm,
toda, cada, tudo, voc, alguma, qual,
etc.
7 Ñ Formas de tratamento:Escre-
verei a Vossa Excelncia. / Recomen-
damos a Vossa Senhoria... / Pediram a
Vossa Majestade...
8 Ñ Uma: Foi a uma festa. Exce-
›es. Na locu‹oˆ uma(ao mesmo
tempo)e no caso em que uma designa
hora (Sair‡ ˆ uma hora).
9 Ñ Palavra feminina tomada em
sentido genŽrico:N‹o damos ouvidos a
reclama›es. / Em respeito a morte em
fam’lia, faltou ao servio. Repare:Em
respeitoafalecimento, e n‹o ao faleci-
mento. / N‹o me refiro a mulheres, mas
a meninas.
Alguns casos s‹o f‡ceis de identifi-
car: se couber o indefinido umaantes da
palavra feminina, n‹o existir‡ crase.
Assim: A pena pode ir de (uma)adver-
tncia a (uma)multa. / Igreja reage a
(uma)ofensa de candidato em Guaru-
lhos. / As reportagens n‹o est‹o neces-
sariamente ligadas a (uma)agenda. /
Fraude leva a (uma)sonega‹o recor-
de. / Empresa atribui goteira a (uma)
316

falha no sistema de refrigera‹o. / Par-
tido se rende a (uma)pol’tica de alian-
as.
Havendo determina‹o, porŽm, a
crase Ž indispens‡vel: Morte de bebs
leva ˆ puni‹o (ao castigo)de mŽdico. /
Superintendente admite ter cedido ˆ
press‹o (ao desejo)dos superiores.
10 Ñ Substantivos no plural que
fazem parte de locu›es de modo:Pega-
ram-se a dentadas. / Agrediram-se a
bofetadas. / Progrediram a duras
penas.
11 Ñ Nomes de mulheres cŽlebres:
Ele a comparou a Ana NŽri. / Preferia
Ingrid Bergman a Greta Garbo.
12 Ñ Donae madame: Deu o di-
nheiro a dona Maria. / J‡ se acostumou
a madame AngŽlica. Exce‹o. H‡ crase
se o dona ou o madame estiverem par-
ticularizados:Referia-se ˆ Dona Flor
dos dois maridos.
13 Ñ Numerais considerados de
forma indeterminada: O nœmero de
mortos chegou a dez. / Nasceu a 8 de
janeiro. / Fez uma visita a cinco empre-
sas.
14 Ñ Dist‰ncia, desde que n‹o de-
terminada: A pol’cia ficou a dist‰ncia. /
O navio estava a dist‰ncia. Quando se
define a dist‰ncia, existe crase: O navio
estava ˆ dist‰ncia de 500 metros do
cais. / A pol’cia ficou ˆ dist‰ncia de seis
metros dos manifestantes.
15 Ñ Terra, quando a palavra signi-
fica terra firme: O navio estava chegan-
do a terra. / O marinheiro foi a terra.
(N‹o h‡ artigo com outras preposi›es:
Viajou por terra. / Esteve em terra.)Nos
demais significados da palavra, usa-se a
crase: Voltou ˆ terra natal. / Os astro-
nautas regressaram ˆ Terra.
16 Ñ Casa, considerada como o
lugar onde se mora: Voltou a casa. /
Chegou cedo a casa. (Veio de casa, vol-
tou para casa, sem artigo.)Se a palavra
estiver determinada, existe crase: Vol-
tou ˆ casa dos pais. / Iremos ˆ Casa da
Moeda. / Fez uma visita ˆ Casa Bran-
ca.
Uso facultativo
1 Ñ Antes do possessivo:Levou a
encomenda a sua(ou ˆ sua)tia. / N‹o
fez men‹o a nossa empresa (ou ˆ
nossa empresa). Na maior parte dos
casos, a crase d‡ clareza a este tipo de
ora‹o.
2 Ñ Antes de nomes de mulheres:
Declarou-se a Joana(ouˆ Joana). Em
geral, se a pessoa for ’ntima de quem
fala, usa-se a crase; caso contr‡rio, n‹o.
3 Ñ Com atŽ:Foi atŽ a porta(ou
atŽ ˆ)./ AtŽ a volta (ou atŽ ˆ).No Esta-
do, porŽm, escreva atŽ a, sem crase.
317
a ‡lcool
ˆ altura (de)
ˆ americana
ˆ argentina
ˆ baiana
ˆ baila
ˆ baioneta calada
ˆ bala
a bandeiras despregadas
ˆ base de
ˆ bea
ˆ beira (de)
ˆ beira-mar
ˆ beira-rio
a bel-prazer
a boa dist‰ncia de
ˆ boca pequena
ˆ bomba
a bordo
a bordoadas
a braadas
ˆ brasileira
ˆ bruta
ˆ busca (de)
a cabeadas
ˆ cabeceira (de)
ˆ caa (de)
a cacetadas
a calhar
a c‰ntaros
a car‡ter
ˆ carga
a cargo de
Locu›es com e sem crase

ˆ cata (de)
a cavalo
a cerca de
a certa altura
a certa dist‰ncia
ˆ chave
a chibatadas
a chicotadas
a comear de
ˆ conta (de)
a contar de
ˆ cunha
a curto prazo
ˆ custa (de)
a dedo
ˆ deriva
a desoras
a diesel
ˆ direita
ˆ disparada
ˆ disposi‹o
a dist‰ncia
a duras penas
a ela(s), a ele(s)
a eletricidade
ˆ entrada (de)
a esc‰ncaras
ˆ escolha (de)
ˆ escovinha
ˆ escuta
a esmo
ˆ espada
ˆ espera (de)
ˆ espora
ˆ espreita (de)
ˆ esquerda
a esse(s), a essa(s)
a este(s), a esta(s)
a estibordo
ˆ evidncia
ˆ exaust‹o
ˆ exce‹o de
a expensas de
ˆ faca
a facadas
ˆ falta de
ˆ fantasia
ˆ farta
ˆ fei‹o (de)
a ferro
a ferro e fogo
ˆ flor da pele
ˆ flor de
ˆ fome
ˆ fora (de)
ˆ francesa
ˆ frente (de)
ˆ fresca
a frio
a fundo
a galope
a g‡s
a gasolina
ˆ gaœcha
a gosto
ˆ grande
a grande dist‰ncia
a granel
ˆ guisa de
ˆ imita‹o de
ˆ inglesa
a inst‰ncias de
ˆ italiana
ˆ janela
a jato
a joelhadas
a juros
a jusante
a l‡pis
ˆ larga
a lenha
ˆ livre escolha
a longa dist‰ncia
a longo prazo
a lufadas
ˆ Lu’s XV
a lume
ˆ luz
ˆ Machado de Assis
a mais
a mando de
ˆ maneira de
ˆ m‹o
ˆ m‹o armada
ˆ m‹o direita
ˆ m‹o esquerda
ˆ m‡quina
ˆ margem (de)
ˆ marinheira
a marteladas
ˆ matroca
ˆ medida que
a medo
a meia altura
a meia dist‰ncia
ˆ meia-noite
a meio pau
a menos
ˆ merc (de)
ˆ mesa
ˆ mesma hora
a meu ver
ˆ mexicana
ˆ milanesa
ˆ mineira
ˆ m’ngua (de)
ˆ minha disposi‹o
ˆ minha espera
ˆ minuta
ˆ moda (de)
ˆ moderna
a montante
ˆ morte
ˆ mostra
a nado
ˆ navalha
ˆ noite
ˆ noitinha
ˆ nossa disposi‹o
ˆ nossa espera
ante as
ˆ ocidental
a —leo
a olho nu
ˆ ordem
ˆ oriental
a ouro
ˆ paisana
a p‹o e ‡gua
a par
ˆ parte
a partir de
a passarinho
a passos largos
a pauladas
ˆ paulista
a pŽ
a pedidos
a pequena dist‰ncia
a pilha
a pino
318

ˆ ponta de espada
ˆ ponta de faca
a pontapŽs
a ponto de
a porretadas
ˆ porta
a portas fechadas
ˆ portuguesa
a postos
a pouca dist‰ncia
ˆ praia
a prazo
ˆ pressa
ˆ presta‹o
a presta›es
ˆ primeira vista
a princ’pio
ˆ procura (de)
ˆ propor‹o que
a prop—sito
ˆ prova
ˆ prova dՇgua
ˆ prova de fogo
a pœblico
a punhaladas
ˆ pururuca
a quatro m‹os
ˆ que (= ˆquela que)
ˆquela altura
ˆquela hora
ˆquelas horas
ˆquele dia
ˆqueles dias
ˆquele tempo
ˆqueloutro(s)
ˆqueloutra(s)
ˆ queima-roupa
a querosene
ˆ raiz de
ˆ raz‹o (de)
ˆ rŽ
ˆ rŽdea curta
a respeito de
ˆ retaguarda
ˆ revelia (de)
a rigor
a rir
ˆ risca
ˆ roda (de)
a rodo
ˆ saciedade
ˆ sa’da
ˆs apalpadelas
ˆs armas!
ˆ saœde de
ˆs ave-marias
ˆs avessas
ˆs bandeiras despregadas
ˆs barbas de
ˆs boas
ˆs cambalhotas
ˆs carradas
ˆs carreiras
ˆs catorze (horas)
ˆs cegas
ˆs centenas
ˆs cinco (horas)
ˆs claras
ˆs costas
ˆs de vila-diogo
ˆs dez (horas)
ˆs dezenas
ˆs direitas
a dist‰ncia
ˆ dist‰ncia de
ˆs doze horas
ˆs duas (horas)
ˆs dœzias
a seco
a seguir
ˆ semelhana de
ˆs encobertas
a sŽrio
a servio
ˆs esc‰ncaras
ˆs escondidas
ˆs escuras
ˆs esquerdas
a sete chaves
ˆs expensas de
ˆs falas
ˆs favas
ˆs gargalhadas
ˆs l‡grimas
ˆs lŽguas
ˆs mancheias
ˆs margens de
ˆs marteladas
ˆs mil maravilhas
ˆs moscas
ˆs nove (horas)
ˆs nuvens
ˆ sobremesa
ˆ socapa
ˆs ocultas
ˆs oito (horas)
ˆ solta
ˆ sombra (de)
a sono solto
ˆs onze (horas)
ˆs ordens (de)
a socos
ˆ sorrelfa
ˆ sorte
a s—s
ˆs portas de
ˆs pressas
ˆs quais
ˆs que (= ˆquelas que)
ˆs quartas-feiras
ˆs quatro (horas)
ˆs quintas-feiras
ˆs quinze (horas)
ˆs segundas-feiras
ˆs seis (horas)
ˆs sete horas
ˆs sextas-feiras
ˆs sete (horas)
ˆs soltas
ˆs suas ordens
ˆs tantas
ˆs teras-feiras
ˆs tontas
ˆs trs (horas)
ˆs turras
ˆ sua disposi‹o
ˆ sua escolha
ˆ sua espera
ˆ sua maneira
ˆ sua moda
ˆ sua saœde
ˆs œltimas
ˆ superf’cie (de)
ˆs vŽsperas (de)
ˆs vezes
ˆs vinte (horas)
ˆs vistas de
ˆs voltas com
ˆ tarde
ˆ tardinha
319

320
a termo
ˆ testa (de)
ˆ tinta
a tiracolo
a tiro
ˆ toa
ˆ-toa
a toda
a toda a brida
a toda fora
a toda hora
ˆ tona (de)
a toque de caixa
ˆ trai‹o
a trs por dois
ˆ tripa forra
a trote
ˆ œltima hora
ˆ uma (hora)
ˆ unha
ˆ vaca-fria
a valer
ˆ valentona
a vapor
a vela
a velas pandas
ˆ venda
avi‹o a jato
ˆ Virgem
ˆ vista (de)
ˆ vista desarmada
ˆ vista disso
ˆ volta (de)
ˆ vontade
ˆ-vontade
ˆ vossa disposi‹o
a zero
ˆ zero hora
bater ˆ porta
beber ˆ saœde de
cara a cara
cheirar a perfume
cheirar a rosas
condenado ˆ morte
dar ˆ estampa
dar ˆ luz
dar a m‹o ˆ palmat—ria
dar tratos ˆ bola
dar vaz‹o ˆ
de alto a baixo
de cabo a rabo
de fora a fora
de mais a mais
de mal a pior
de parte a parte
de ponta a ponta
descer ˆ sepultura
de sol a sol
de uma ponta ˆ outra
dia a dia
em que pese a
exce‹o ˆ regra
face a face
falar ˆ raz‹o
faltar ˆ aula
fazer as vezes de
folha a folha
frente a frente
gota a gota
graas ˆs
hora a hora
ir ˆ bancarrota
ir ˆ forra
ir ˆs compras
ir ˆs do cabo
ir ˆs nuvens
ir ˆs urnas
jogar ˆs feras
lado a lado
mandar ˆs favas
m‹os ˆ obra
marcha ˆ rŽ
meio a meio
nem tanto ao mar, nem
tanto ˆ terra
palmo a palmo
para a frente
passar ˆ frente
passo a passo
perante as
p™r ˆ mostra
p™r ˆ prova
p™r as m‹os ˆ cabea
p™r fim ˆ vida
quanto ˆs
recorrer ˆ pol’cia
reduzir ˆ express‹o mais
simples
reduzir a zero
sair ˆ rua
saltar ˆ vista
terra a terra
tirar ˆ sorte
todas as vezes
uma ˆ outra
umas ˆs outras
valer a pena
voltar ˆ carga
voltar ˆ cena
voltar ˆs boas

1 Ñ ÒMal cheiroÓ, Òmau-humora-
doÓ.Mal op›e-se a bem e mau, a bom.
Assim: mau cheiro (bom cheiro),
mal-humorado (bem-humorado).
Igualmente: mau humor, mal-inten-
cionado, mau jeito, mal-estar.
2 Ñ ÒFazemÓcinco anos.Fazer,
quando exprime tempo, Ž impessoal:
Faz cinco anos. / Fazia dois sŽculos. /
Fez 15 dias.
3 Ñ ÒHouveramÓmuitos aciden-
tes.Haver, no sentido de existir, tam-
bŽm Ž invari‡vel: Houve muitos aci-
dentes. / Havia muitas pessoas. /
Deve haver muitos casos iguais.
4 Ñ ÒExisteÓmuitas esperanas.
Existir, bastar, faltar, restar e sobrar
admitem normalmente o plural:
Existem muitas esperanas. / Basta-
riam dois dias. / Faltavam poucas
peas. / Restaram alguns objetos. /
Sobravam idŽias.
5 Ñ Para ÒmimÓfazer.Mim n‹o
faz, porque n‹o pode ser sujeito.
Assim: Para eu fazer, para eu dizer,
para eu trazer.
6 Ñ Entre ÒeuÓe voc. Depois de
preposi‹o, usa-se mim ou ti: Entre
mim e voc. / Entre eles e ti.
7 Ñ ÒH‡Ódez anos Òatr‡sÓ. H‡ e
atr‡s indicam passado na frase. Use
apenas h‡ dez anosou dez anos
atr‡s.
8 Ñ ÒEntrar dentroÓ. O certo: en-
trar em. Veja outras redund‰ncias:
Sair fora ou para fora, elo de liga‹o,
monop—lio exclusivo, j‡ n‹o h‡
mais, ganhar gr‡tis, viœva do faleci-
do.
9 Ñ ÒVenda ˆ prazoÓ. N‹o existe
crase antes de palavra masculina, a
menos que esteja subentendida a pa-
lavra moda: Salto ˆ (moda de)Lu’s
XV.Nos demais casos: A salvo, a
321 321
Os cem erros mais
comuns
Erros gramaticais e ortogr‡ficos devem, por princ’pio, ser evi-
tados. Alguns, no entanto, como ocorrem com maior freqŸn-
cia, merecem aten‹o redobrada. O primeiro cap’tulo deste
manual inclui explica›es mais completas a respeito de cada
um deles. Veja os cem mais comuns do idioma e use esta re-
la‹o como um roteiro para fugir deles.

bordo, a pŽ, a esmo, a cavalo, a car‡-
ter.
10 Ñ ÒPorqueÓvoc foi?Sempre
que estiver clara ou impl’cita a pala-
vra raz‹o, use por queseparado: Por
que (raz‹o)voc foi?/ N‹o sei por que
(raz‹o)ele faltou. / Explique por que
raz‹o voc se atrasou. PorqueŽ usado
nas respostas: Ele se atrasou porque
o tr‰nsito estava congestionado.
11 Ñ Vai assistir ÒoÓjogo hoje. As-
sistir como presenciar exige a: Vai as-
sistir ao jogo, ˆ missa, ˆ sess‹o. Ou-
tros verbos com a: A medida n‹o
agradou (desagradou)ˆ popula‹o. /
Eles obedeceram (desobedeceram)
aos avisos. / Aspirava ao cargo de di-
retor. / Pagou ao amigo. / Respondeu
ˆ carta. / Sucedeu ao pai. / Visava aos
estudantes.
12 Ñ Preferia ir Òdo queÓficar.Pre-
fere-se sempre uma coisa aoutra: Pre-
feria ir a ficar. ƒ prefer’velsegue a
mesma norma: ƒ prefer’vel lutar a
morrer sem gl—ria.
13 Ñ O resultado do jogo, n‹o o
abateu. N‹o se separa com v’rgula o
sujeito do predicado. Assim: O resul-
tado do jogo n‹o o abateu. Outro
erro: O prefeito prometeu, novas de-
nœncias. N‹o existe o sinal entre o
predicado e o complemento: O prefei-
to prometeu novas denœncias.
14 Ñ N‹o h‡ regra sem Òexcess‹oÓ.
O certo Ž exce‹o. Veja outras grafias
erradas e, entre parnteses, a forma
correta: ÒparalizarÓ(paralisar), Òbe-
neficienteÓ(beneficente), ÒxuxuÓ
(chuchu), ÒprevilŽgioÓ(privilŽgio),
ÒvultuosoÓ(vultoso), ÒcincoentaÓ
(cinqŸenta), ÒzuarÓ(zoar), ÒfrustadoÓ
(frustrado), Òcalc‡reoÓ(calc‡rio),
ÒadvinharÓ(adivinhar), ÒbenvindoÓ
(bem-vindo), Òascen‹oÓ(ascens‹o),
ÒpixarÓ(pichar), ÒimpecilhoÓ(empe-
cilho), Òenv—lucroÓ(inv—lucro).
15 Ñ Quebrou Òoӗculos. Con-
cord‰ncia no plural: os —culos, meus
—culos.Da mesma forma: Meus para-
bŽns, meus psames, seus ciœmes,
nossas fŽrias, felizes nœpcias.
16 Ñ Comprei ÒeleÓpara voc.Eu,
tu, ele, n—s, v—s e eles n‹o podem ser
objeto direto. Assim: Comprei-o para
voc. TambŽm: Deixe-os sair, man-
dou-nos entrar, viu-a, mandou-me.
17 Ñ Nunca ÒlheÓvi.Lhesubsti-
tui a ele, a eles, a voc e a vocs e por
isso n‹o pode ser usado com objeto di-
reto: Nunca o vi. / N‹o o convidei. /
A mulher o deixou. / Ela o ama.
18 Ñ ÒAluga-seÓcasas. O verbo
concorda com o sujeito: Alugam-se
casas. / Fazem-se consertos. / ƒ assim
que se evitam acidentes. / Compram-
se terrenos. / Procuram-se emprega-
dos.
19 Ñ ÒTratam-seÓde.O verbo se-
guido de preposi‹o n‹o varia nesses
casos: Trata-se dos melhores profis-
sionais. / Precisa-se de empregados. /
Apela-se para todos. / Conta-se com
os amigos.
20 Ñ Chegou ÒemÓS‹o Paulo.Ver-
bos de movimento exigem a, e n‹o
em:Chegou a S‹o Paulo. / Vai ama-
nh‹ ao cinema. / Levou os filhos ao
circo.
21 Ñ Atraso implicar‡ ÒemÓpuni-
‹o.Implicar Ž direto no sentido de
acarretar, pressupor: Atraso implica-
r‡ puni‹o. / Promo‹o implica res-
ponsabilidade.
22 Ñ Vive ҈s custasÓdo pai. O
certo: Vive ˆ custa do pai. Use tam-
bŽm em via de, e n‹o Òem vias deÓ:
EspŽcie em via de extin‹o. / Traba-
lho em via de conclus‹o.
23 Ñ Todos somos Òcidad›esÓ.O
plural de cidad‹o Ž cidad‹os. Veja ou-
tros: caracteres (de car‡ter), juniores,
322

seniores, escriv‹es, tabeli‹es, g‰ngs-
teres.
24 Ñ O ingresso Ž Ògratu’toÓ.A
pronœncia correta Ž gratœito, assim
como circœito, intœito e fortœito(o
acento n‹o existe e s— indica a letra
t™nica). Da mesma forma: flœido,
cond™r, rec—rde, av‡ro, ibŽro, p—lipo.
25 Ñ A œltima Òse‹oÓde cinema.
Se‹osignifica divis‹o, reparti‹o, e
sess‹oequivale a tempo de uma reu-
ni‹o, fun‹o: Se‹o Eleitoral, Se‹o
de Esportes, se‹o de brinquedos;
sess‹o de cinema, sess‹o de panca-
das, sess‹o do Congresso.
26 Ñ Vendeu ÒumaÓgrama de
ouro. Grama, peso, Ž palavra mas-
culina: um grama de ouro, vitamina
C de dois gramas. Femininas, por
exemplo, s‹o a agravante, a atenuan-
te, a alface, a cal, etc.
27 Ñ ÒPorissoÓ. Duas palavras, por
isso, como de repente e a partir de.
28 Ñ N‹o viu ÒqualquerÓrisco.ƒ
nenhum, e n‹o ÒqualquerÓ, que se em-
prega depois de negativas: N‹o viu ne-
nhum risco. / NinguŽm lhe fez ne-
nhum reparo. / Nunca promoveu ne-
nhuma confus‹o.
29 Ñ A feira ÒiniciaÓamanh‹.Al-
guma coisa se inicia, se inaugura:A
feira inicia-se (inaugura-se)amanh‹.
30 Ñ Soube que os homens Òferi-
ram-seÓ.O queatrai o pronome:
Soube que os homens se feriram. / A
festa que se realizou... O mesmo
ocorre com as negativas, as conjun-
›es subordinativas e os advŽrbios:
N‹o lhe diga nada. / Nenhum dos
presentes se pronunciou. / Quando se
falava no assunto... / Como as pes-
soas lhe haviam dito... / Aqui se faz,
aqui se paga. / Depois o procuro.
31 Ñ O peixe tem muito Òespi-
nhoÓ.Peixe tem espinha.Veja outras
confus›es desse tipo: O ÒfuzilÓ(fus’-
vel)queimou. / Casa ÒgerminadaÓ
(geminada), ÒcicloÓ(c’rculo)vicioso,
Òcabe‡rioÓ(cabealho).
32 Ñ N‹o sabiam ÒaondeÓele es-
tava.O certo: N‹o sabiam onde ele
estava.Aondese usa com verbos de
movimento, apenas: N‹o sei aonde
ele quer chegar. / Aonde vamos?
33 Ñ ÒObrigadoÓ, disse a moa.
Obrigadoconcorda com a pessoa:
ÒObrigadaÓ, disse a moa. / Obriga-
do pela aten‹o. / Muito obrigados
por tudo.
34 Ñ O governo ÒinterviuÓ.Inter-
vir conjuga-se como vir. Assim: O go-
verno interveio. Da mesma forma: in-
tervinha, intervim, interviemos, in-
tervieram. Outros verbos derivados:
entretinha, mantivesse, reteve, pres-
supusesse, predisse, conviesse, perfi-
zera, entrevimos, condisser, etc.
35 Ñ Ela era ÒmeiaÓlouca. Meio,
advŽrbio, n‹o varia: meio louca, meio
esperta, meio amiga.
36 Ñ ÒFicaÓvoc comigo. FicaŽ
imperativo do pronome tu. Para a 3»
pessoa, o certo Ž fique:Fique voc co-
migo. / Venha pra Caixa voc tam-
bŽm. / Chegue aqui.
37 Ñ A quest‹o n‹o tem nada
ÒhaverÓcom voc.A quest‹o, na ver-
dade, n‹o tem nada a verou nada que
ver. Da mesma forma: Tem tudo a ver
com voc.
38 Ñ A corrida custa 5 ÒrealÓ.A
moeda tem plural, e regular: A corri-
da custa 5 reais.
39 Ñ Vou ÒemprestarÓdele. Em-
prestar Ž ceder, e n‹o tomar por em-
prŽstimo: Vou pegar o livro empres-
tado.Ou: Vou emprestar o livro
(ceder)ao meu irm‹o. Repare nesta
concord‰ncia: Pediu emprestadas
duas malas.
40 Ñ Foi ÒtaxadoÓde ladr‹o. Ta-
char Ž que significa acusar de: Foi ta-
323

chado de ladr‹o. / Foi tachado de le-
viano.
41 Ñ Ele foi um dos que ÒchegouÓ
antes.Um dos quefaz a concord‰n-
cia no plural: Ele foi um dos que che-
garam antes (dos que chegaram
antes, ele foi um). / Era um dos que
sempre vibravam com a vit—ria.
42 Ñ ÒCerca de 18Ópessoas o sau-
daram.Cerca de indica arredonda-
mento e n‹o pode aparecer com nœ-
meros exatos: Cerca de 20 pessoas o
saudaram.
43 Ñ Ministro nega que ҎÓnegli-
gente. Negar queintroduz subjunti-
vo, assim como embora e talvez: Mi-
nistro nega que seja negligente. / O
jogador negou que tivesse cometido
a falta. / Ele talvez o convide para a
festa. / Embora tente negar, vai dei-
xar a empresa.
44 Ñ Tinha ÒchegoÓatrasado.
ÒChegoÓn‹o existe. O certo: Tinha
chegado atrasado.
45 Ñ Tons ÒpastŽisÓpredominam.
Nome de cor, quando expresso por
substantivo, n‹o varia: Tons pastel,
blusas rosa, gravatas cinza, camisas
creme.No caso de adjetivo, o plural Ž
o normal:Ternos azuis, canetas pre-
tas, fitas amarelas.
46 Ñ Lute pelo Òmeio-ambienteÓ.
Meio ambiente n‹o tem h’fen, nem
hora extra, ponto de vista, pronta en-
trega, sal‡rio m’nimo, etc. O sinal
aparece, porŽm, em m‹o-de-obra,
matŽria-prima, infra-estrutura, pri-
meira-dama, vale-refei‹o, meio-de-
campo, mala-direta, etc.
47 Ñ Queria namorar ÒcomÓo co-
lega.O comn‹o existe: Queria namo-
rar o colega.
48 Ñ O processo deu entrada
Òjunto aoÓSTF.Processo d‡ entrada
noSTF. Igualmente: O jogador foi
contratado do (e n‹o Òjunto aoÓ)Gua-
rani. / Cresceu muito o prest’gio do
jornal entre os (e n‹o Òjunto aosÓ)lei-
tores. / Era grande a sua d’vida com
o (e n‹o Òjunto aoÓ)banco. / A recla-
ma‹o foi apresentada ao (e n‹o
Òjunto aoÓ)Procon.
49 Ñ As pessoas Òesperavam-oÓ.
Quando o verbo termina em m, ‹oou
›e, os pronomes o, a, ose astomam
a forma no, na, nose nas:As pessoas
esperavam-no. / D‹o-nos, convidam-
na, p›e-nos, imp›em-nos.
50 Ñ Vocs Òfariam-lheÓum
favor?N‹o se usa pronome ‡tono
(me, te, se, lhe, nos, vos, lhes)depois
de futuro do presente, futuro do pre-
tŽrito (antigo condicional)ou partic’-
pio. Assim: Vocs lhe fariam (ou far-
lhe-iam)um favor?/ Ele se impor‡
pelos conhecimentos (e nunca Òimpo-
r‡-seÓ). / Os amigos nos dar‹o (e n‹o
Òdar‹o-nosÓ)um presente. / Tendo-
me formado (e nunca tendo Òforma-
do-meÓ).
51 Ñ Chegou ÒaÓduas horas e par-
tir‡ daqui Òh‡Ócinco minutos. H‡ in-
dica passado e equivale a faz, enquan-
to aexprime dist‰ncia ou tempo fu-
turo (n‹o pode ser substitu’do por
faz): Chegou h‡ (faz)duas horas e
partir‡ daqui a (tempo futuro)cinco
minutos. / O atirador estava a (dis-
t‰ncia)pouco menos de 12 metros. /
Ele partiu h‡ (faz)pouco menos de
dez dias.
52 Ñ Blusa ÒemÓseda.Usa-se de,
e n‹o em, para definir o material de
que alguma coisa Ž feita: Blusa de
seda, casa de alvenaria, medalha de
prata, est‡tua de madeira.
53 Ñ A artista Òdeu ˆ luz aÓg-
meos. A express‹o Ž dar ˆ luz, ape-
nas: A artista deu ˆ luz qu’ntuplos.
TambŽm Ž errado dizer: Deu Òa luz aÓ
gmeos.
324

54 Ñ Est‡vamos ÒemÓquatro ˆ
mesa. O emn‹o existe: Est‡vamos
quatro ˆ mesa. / ƒramos seis. / Fica-
mos cinco na sala.
55 Ñ Sentou ÒnaÓmesa para
comer. Sentar-se (ou sentar)emŽ sen-
tar-se em cima de. Veja o certo: Sen-
tou-se ˆ mesa para comer. / Sentou
ao piano, ˆ m‡quina, ao computador.
56 Ñ Ficou contente Òpor causa
queÓninguŽm se feriu. Embora popu-
lar, a locu‹o n‹o existe. Use porque:
Ficou contente porque ninguŽm se
feriu.
57 Ñ O time empatou ÒemÓ2 a 2.
A preposi‹o Ž por: O time empatou
por 2 a 2.Repare que ele ganha por e
perde por. Da mesma forma: empate
por.
58 Ñ Ë medida ÒemÓque a epide-
mia se espalhava... O certo Ž: Ë me-
dida que a epidemia se espalhava...
Existe ainda na medida em que
(tendo em vista que): ƒ preciso cum-
prir as leis, na medida em que elas
existem.
59 Ñ N‹o queria que ÒreceiassemÓ
a sua companhia. Oin‹o existe: N‹o
queria que receassem a sua compa-
nhia. Da mesma forma: passeemos,
enfearam, ceaste, receeis (s— existe i
quando o acento cai no e que precede
a termina‹o ear:receiem, passeias,
enfeiam).
60 Ñ Eles ÒtemÓraz‹o. No plural,
tmŽ assim, com acento. TemŽ a
forma do singular. O mesmo ocorre
com veme vme p›ee p›em: Ele tem,
eles tm; ele vem, eles vm; ele p›e,
eles p›em.
61 Ñ A moa estava ali Òh‡Ómuito
tempo.Haver concorda com estava.
Portanto: A moa estava ali havia
(fazia)muito tempo. / Ele doara san-
gue ao filho havia (fazia)poucos
meses. / Estava sem dormir havia
(fazia)trs meses.(O havia se imp›e
quando o verbo est‡ no imperfeito e
no mais-que-perfeito do indicativo.)
62 Ñ N‹o Òse oÓdiz. ƒ errado jun-
tar o secom os pronomes o, a, os e as.
Assim, nunca use: Fazendo-se-os,
n‹o se o diz (n‹o se diz isso), v-se-a,
etc.
63 Ñ Acordos Òpol’ticos-partid‡-
riosÓ. Nos adjetivos compostos, s— o
œltimo elemento varia: acordos pol’-
tico-partid‡rios.Outros exemplos:
Bandeiras verde-amarelas, medidas
econ™mico-financeiras, partidos so-
cial-democratas.
64 Ñ Fique ÒtranquiloÓ.O upro-
nunci‡vel depois de qe ge antes de e
e iexige trema: TranqŸilo, conse-
qŸncia, lingŸia, agŸentar, BirigŸi.
65 Ñ Andou por ÒtodoÓpa’s. Todo
o(ou a)Ž que significa inteiro: Andou
por todo o pa’s (pelo pa’s inteiro). /
Toda a tripula‹o (a tripula‹o intei-
ra)foi demitida. Sem o, todoquer
dizer cada, qualquer: Todo homem
(cada homem)Ž mortal. / Toda na‹o
(qualquer na‹o)tem inimigos.
66 Ñ ÒTodosÓamigos o elogiavam.
No plural, todosexige os: Todos os
amigos o elogiavam. / Era dif’cil
apontar todas as contradi›es do
texto.
67 Ñ Favoreceu ÒaoÓtime da casa.
Favorecer, nesse sentido, rejeita a: Fa-
voreceu o time da casa. / A decis‹o
favoreceu os jogadores.
68 Ñ Ela ÒmesmoÓarrumou a sala.
Mesmo, quanto equivale a pr—prio, Ž
vari‡vel: Ela mesma (pr—pria)arru-
mou a sala. / As v’timas mesmas re-
correram ˆ pol’cia.
69 Ñ Chamei-o e Òo mesmoÓn‹o
atendeu. N‹o se pode empregar o
mesmono lugar de pronome ou subs-
tantivo: Chamei-o e ele n‹o aten-
deu. / Os funcion‡rios pœblicos reu-
325

niram-se hoje: amanh‹ o pa’s conhe-
cer‡ a decis‹o dos servidores (e n‹o
Òdos mesmosÓ).
70 Ñ Vou sair ÒessaÓnoite.ƒ este
que designa o tempo no qual se est‡
ou objeto pr—ximo: Esta noite, esta
semana (a semana em que se est‡),
este dia, este jornal (o jornal que
estou lendo), este sŽculo (o sŽculo 20).
71 Ñ A temperatura chegou a 0
ÒgrausÓ.Zero indica singular sempre:
Zero grau, zero-quil™metro, zero
hora.
72 Ñ A promo‹o veio Òde encon-
tro aosÓseus desejos.Ao encontro de
Ž que expressa uma situa‹o favor‡-
vel: A promo‹o veio ao encontro dos
seus desejos. De encontro asignifica
condi‹o contr‡ria: A queda do n’vel
dos sal‡rios foi de encontro ˆs (foi
contra)expectativas da categoria.
73 Ñ Comeu frango Òao invŽs deÓ
peixe.Em vez deindica substitui‹o:
Comeu frango em vez de peixe. Ao
invŽs designifica apenas ao contr‡rio:
Ao invŽs de entrar, saiu.
74 Ñ Se eu ÒverÓvoc por a’... O
certo Ž: Se eu vir, revir, previr.Da
mesma forma: Se eu vier (de vir), con-
vier; se eu tiver (de ter), mantiver; se
ele puser(de p™r), impuser; se ele fizer
(de fazer), desfizer; se n—s dissermos
(de dizer), predissermos.
75 Ñ Ele ÒintermediaÓa negocia-
‹o.Mediare intermediarconjugam-
se como odiar: Ele intermedeia (ou
medeia)a negocia‹o. Remediar, an-
siare incendiartambŽm seguem essa
norma: Remedeiam, que eles an-
seiem, incendeio.
76 Ñ NinguŽm se ÒadequaÓ.N‹o
existem as formas ÒadequaÓ, Òade-
qŸeÓ, etc., mas apenas aquelas em que
o acento cai no aou o: adequaram,
adequou, adequasse, etc.
77 Ñ Evite que a bomba ÒexpludaÓ.
Explodir s— tem as pessoas em que de-
pois do dvm e e i: Explode, explodi-
ram, etc. Portanto, n‹o escreva nem
fale ÒexplodaÓou ÒexpludaÓ, substi-
tuindo essas formas por rebente, por
exemplo. Precaver-setambŽm n‹o se
conjuga em todas as pessoas. Assim,
n‹o existem as formas ÒprecavejoÓ,
ÒprecavsÓ, ÒprecavŽmÓ, Òprecave-
nhoÓ, ÒprecavenhaÓ, ÒprecavejaÓ, etc.
78 Ñ Governo ÒreavÓconfiana.
Equivalente: Governo recupera con-
fiana. Reaversegue haver, mas ape-
nas nos casos em que este tem a letra
v: Reavemos, reouve, reaver‡, reou-
vesse. Por isso, n‹o existem Òreave-
joÓ, ÒreavÓ, etc.
79 Ñ Disse o que ÒquizÓ. N‹o exis-
te z, mas apenas s, nas pessoas de que-
rere p™r: Quis, quisesse, quiseram,
quisŽssemos; p™s, pus, pusesse, puse-
ram, pusŽssemos.
80 Ñ O homem ÒpossueÓmuitos
bens.O certo: O homem possui mui-
tos bens.Verbos em uirs— tm a ter-
mina‹o ui: Inclui, atribui, polui.
Verbos em uarŽ que admitem ue:
Continue, recue, atue, atenue.
81 Ñ A tese ÒondeÓ... Onde s— pode
ser usado para lugar: A casa onde ele
mora. / Veja o jardim onde as crian-
as brincam. Nos demais casos, use
em que: A tese em que ele defende
essa idŽia. / O livro em que... / A faixa
em que ele canta... / Na entrevista
em que...
82 Ñ J‡ Òfoi comunicadoÓda deci-
s‹o.Uma decis‹o Ž comunicada, mas
ninguŽm Ҏ comunicadoÓde alguma
coisa. Assim: J‡ foi informado (cien-
tificado, avisado)da decis‹o. Outra
forma errada: A diretoria Òcomuni-
couÓos empregados da decis‹o.Op-
›es corretas: A diretoria comunicou
a decis‹o aos empregados. / A deci-
s‹o foi comunicada aos empregados.
326

83 Ñ Venha ÒporÓa roupa.P™r,
verbo, tem acento diferencial: Venha
p™r a roupa. O mesmo ocorre com
p™de(passado): N‹o p™de vir. Veja ou-
tros: f™rma, plo e plos (cabelo, ca-
belos), p‡ra (verbo parar), pŽla (bola
ou verbopelar), pŽlo (verbo pelar),
p—lo e p—los. Perderam o sinal, no en-
tanto: Ele, toda, ovo, selo, almoo,
etc.
84 Ñ ÒInflingiuÓo regulamento.
InfringirŽ que significa transgredir:
Infringiu o regulamento. Infligir(e
n‹o ÒinflingirÓ)significa impor: Infli-
giu sŽria puni‹o ao rŽu.
85 Ñ A modelo ÒpousouÓo dia
todo. Modelo posa(de pose). Quem
pousaŽ ave, avi‹o, viajante, etc. N‹o
confunda tambŽm iminente(prestes
a acontecer)com eminente(ilustre).
Nemtr‡fico(contrabando)com tr‡-
fego(tr‰nsito).
86 Ñ Espero que ÒviagemÓhoje.
Viagem, com g, Ž o substantivo:
Minha viagem. A forma verbal Ž via-
jem(de viajar): Espero que viajem
hoje. Evite tambŽm ÒcomprimentarÓ
alguŽm: de cumprimento (sauda‹o),
s— pode resultar cumprimentar. Com-
primento Ž extens‹o. Igualmente:
Comprido (extenso)e cumprido (con-
cretizado).
87 Ñ O pai ÒsequerÓfoi avisado.
Sequer deve ser usado com negativa:
O pai nem sequer foi avisado. / N‹o
disse sequer o que pretendia. / Partiu
sem sequer nos avisar.
88 Ñ Comprou uma TV Òa coresÓ.
Veja o correto: Comprou uma TV em
cores(n‹o se diz TV ÒaÓpreto e bran-
co). Da mesma forma: Transmiss‹o
em cores, desenho em cores.
89 Ñ ÒCausou-meÓestranheza as
palavras.Use o certo: Causaram-me
estranheza as palavras. Cuidado,
pois Ž comum o erro de concord‰ncia
quando o verbo est‡ antes do sujeito.
Veja outro exemplo:Foram iniciadas
esta noite as obras (e n‹o Òfoi inicia-
doÓesta noite as obras).
90 Ñ A realidade das pessoas Òpo-
demÓmudar. Cuidado: palavra pr—xi-
ma ao verbo n‹o deve influir na con-
cord‰ncia. Por isso: A realidade das
pessoas pode mudar. / A troca de
agress›es entre os funcion‡rios foi
punida (e n‹o Òforam punidasÓ).
91 Ñ O fato passou Òdesapercebi-
doÓ.Na verdade, o fato passou des-
percebido, n‹o foi notado. Desaperce-
bido significa desprevenido.
92 Ñ ÒHaja vistoÓseu empenho...
A express‹o Ž haja vistae n‹o varia:
Haja vista seu empenho. / Haja vista
seus esforos. / Haja vista suas cr’ti-
cas.
93 Ñ A moa Òque ele gostaÓ.Co-
mo se gostade, o certo Ž: A moa de
que ele gosta. Igualmente: O dinhei-
ro de que disp›e, o filme a que assis-
tiu (e n‹o que assistiu), a prova de
que participou, o amigo a que se re-
feriu, etc.
94 Ñ ƒ hora ÒdeleÓchegar.N‹o se
deve fazer a contra‹o da preposi‹o
com artigo ou pronome, nos casos se-
guidos de infinitivo: ƒ hora de ele che-
gar./ Apesar de o amigo t-lo convi-
dado... / Depois de esses fatos terem
ocorrido...
95 Ñ Vou ÒconsigoÓ.Consigos—
tem valor reflexivo (pensou consigo
mesmo)e n‹o pode substituir com
voc, com o senhor. Portanto: Vou
com voc, vou com o senhor. Igual-
mente: Isto Ž para o senhor (e n‹o
Òpara siÓ).
96 Ñ J‡ ҎÓ8 horas.Horas e as de-
mais palavras que definem tempo va-
riam: J‡ s‹o 8 horas. / J‡ Ž (e n‹o Òs‹oÓ)
1 hora, j‡ Ž meio-dia, j‡ Ž meia-noite.
327

97 Ñ A festa comea ˆs 8 Òhrs.Ó.
As abreviaturas do sistema mŽtrico
decimal n‹o tm plural nem ponto.
Assim: 8 h, 2 km (e n‹o Òkms.Ó), 5 m,
10 kg.
98 Ñ ÒDadoÓos ’ndices das pes-
quisas...A concord‰ncia Ž normal:
Dados os ’ndices das pesquisas... /
Dado o resultado... / Dadas as suas
idŽias...
99 Ñ Ficou ÒsobreÓa mira do as-
saltante.SobŽ que significa debaixo
de: Ficou sob a mira do assaltante. /
Escondeu-se sob a cama. Sobreequi-
vale a em cima de ou a respeito de:
Estava sobre o telhado. / Falou sobre
a infla‹o.E lembre-se: O animal ou
o piano tm caudae o doce, calda.
Da mesma forma, alguŽm trazalgu-
ma coisa e alguŽm vai para tr‡s.
100 Ñ ÒAo meu verÓ. N‹o existe
artigo nessas express›es: A meu ver,
a seu ver, a nosso ver.
328
Alguns erros revelam maior
desconhecimento da l’ngua que
outros. Os dez abaixo est‹o nessa
situa‹o.
1 Ñ Quando ÒestiverÓvoltado da
Europa.Nunca confunda tivere ti-
vesse com estivere estivesse. Assim:
Quando tiver voltado da Europa. /
Quando estiver satisfeito. / Se tives-
se sa’do mais cedo. / Se estivesse em
condi›es.
2 Ñ Que ÒsejeÓfeliz.O subjunti-
vo de sere estarŽ sejae esteja: Que
seja feliz. / Que esteja (e nunca Òes-
tejeÓ)alerta.
3 Ñ Ele Ž Òde menorÓ.O den‹o
existe: Ele Ž menor.
4 Ñ A gente ÒfomosÓembora.
Concord‰ncia normal: A gente foi
embora. E tambŽm: O pessoal che-
gou (e nunca ÒchegaramÓ). / A turma
falou.
5 Ñ De ÒformasÓque.Locu›es
desse tipo n‹o tm s: De forma que,
de maneira que, de modo que, etc.
6 Ñ Fiquei fora de ÒsiÓ.Os prono-
mes combinam entre si: Fiquei fora
de mim. / Ele ficou fora de si. / Fica-
mos fora de n—s. / Ficaram fora de si.
7 Ñ Acredito ÒdeÓque.N‹o use o
deantes de qualquer que: Acredito
que, penso que, julgo que, disse que,
revelou que, creio que, espero que,
etc.
8 Ñ Fale alto porque ele ÒhouveÓ
mal.A confus‹o est‡-se tornando
muito comum. O certo Ž: Fale alto
porque ele ouve mal. HouveŽ forma
de haver: Houve muita chuva esta
semana.
9 Ñ Ela veio, ÒmaisÓvoc, n‹o. ƒ
mas, conjun‹o, que indica ressalva,
restri‹o: Ela veio, mas voc, n‹o.
10 Ñ Fale sem ÒexitarÓ. Escreva
certo: hesitar. Veja outros erros de
grafia e entre parnteses a forma cor-
reta: ÒareoportoÓ(aeroporto), Òmete-
reologiaÓ(meteorologia), ÒdeicheÓ
(deixe), ÒenchergarÓ(enxergar),
ÒexigaÓ(exija). E nunca troque
menospor ÒmenasÓ, verdadeiro ab-
surdo lingŸ’stico.
E os dez mais graves

329
Guia de pronœncia
Este cap’tulo registra algumas centenas de palavras cuja
pronœncia pode causar dœvidas. Ajuda a resolver tambŽm uma
dificuldade muito comum, a respeito da s’laba na qual recai o
acento.
Existem algumas normas sobre o assunto que convŽm ob-
servar. Por exemplo, nunca pronuncie a consoante que ante-
cede outra como se houvesse uma vogal entre elas. Assim: op-
‹oe n‹o Òo-pi-‹oÓ, ad-vogadoe n‹o Òa-de-vogadoÓ, estag-
nar e n‹o Òesta-gui-narÓ, adep-toe n‹o ÒadŽ-pi-toÓ, sub-solo
e n‹o Òsu-bi-soloÓ, ab-soluto e n‹o Òa-bi-solutoÓ, Ed-gar e n‹o
ÒE-di-garÓ, ec-zema e nao Òe-qui-zemaÓ, etc.
TambŽm Ž importante respeitar o som fechado nas termi-
na›es eja, elha e ouradas formas verbais, como apedreja ()
e n‹o ÒapedrŽjaÓ, azuleja ()e n‹o ÒazulŽjaÓ, aparelha ()e n‹o
ÒaparŽlhaÓ, espelha ()e n‹o ÒespŽlhaÓ, estoura (™u)e n‹o Òes-
t—raÓ, doura (™u)e n‹o Òd—raÓ, etc. ònica exce‹o: inveja (Ž).
Finalmente, lembre-se de que os diminutivos mantm o
som aberto ou fechado da palavra de origem. Por isso: Sergi-
nho (Ž)e n‹o ÒSr-ginhoÓ, Jorginho (—)e n‹o ÒJ™r-ginhoÓ, boli-
nha (—), de bola, e bolinho (™), de bolo, Jacarezinho (Ž)e n‹o
ÒJacar-zinhoÓ, etc.
Na lista a seguir, em uma sŽrie de casos nos quais havia
dualidade de pronœncia, optou-se pela mais comum ou reco-
mend‡vel.
Veja a rela‹o:

abortos (™)
acervo ()
ac—rd‹o
acordos (™)
acrobacia (c’)
acrobata ou acr—bata
adornos (™)
adrede ()
aer—lito
aeroportos (—)
aerossol (ssol)
aer—stato
afrouxa (ou)
agostos (™)
‡guam
‡gŸe
‡gŸem
‡gata
‡lcali
‡lcool
‡lcoois
alcova (™)
aleija (i)
Alentejo (tŽ)
algoz (™)
‡libi
almeja ()
almoos (™)
alopata (‡)
alvedrio (’)
alvoroos (™)
‰mbar
ambidestro ()
ambrosia (doce)
Ambr—sia (nome,
planta)
amiœda
amnŽsia
an‡tema
anmona
Andr™maca
Andr™meda
anidrido (dr’)
Antioquia(’)
antolhos (—)
Ant™nio (™)
aparelha ()
apazigua (œ)
apedreja ()
ap—stata
apostos (—)
argŸir (u-ir)
ar’ete
aritmŽtica
arqueja ()
arquŽtipo
arrojos (™)
arrotos (™)
arru’na (u-’)
ˆs avessas (Ž)
aut—psia
avaro (v‡)
averigua (œ)
avesso ()
aziago (‡go)
azuleja ()
bafeja ()
Baima (‹i)
barbaria (’)
barb‡rie
batavo (t‡)
bauxita (chi)
b‡varo
belchior (chi-—r)
bn‹o (bn)
bengali (’)
b’ceps
bi—psia
bi—tipo
blefe (Ž)
bobos (™)
boceja ()
bodas (™)
Bomia (regi‹o)
boemia (vida alegre)
bojos (™)
b—lide ou b—lido
Bol’var
bolos (™)
bolsos (™)
bororo (r™)
br‰mane
branqueja ()
brotos (™)
cacareja ()
cachopa (™)
cachorros (™)
canhota (—)
canhoto (™)
canhotos (™)
c‰non ou c‰none
canoro (—)
caolhos(™)
caracteres(cter)
cara’ba (a-’)
caramanch‹o (ra)
caroos (—)
cartomancia (c’)
cassetete (Ž)
cateter (tŽr)
celtibero (bŽ)
CŽrbero
cerda ()
ch‡vena
choros (™)
C’clades
ciclope (cl—)
circuito (cœi)
c’vel
civil (v’l)
ciz‰nia
Cle—patra
clept™mano
clister (Žr)
clit—ris
cobrelo ()
cocos (™)
cogumelo (Ž)
come (™)
c™mputo
condor (™)
confortos (™)
c™njuge (je)
consolos (™)
contornos (™)
controle (™)(subst.)
controle (—)(verbo)
cora (™)
corcova (—)
corcovo (™)
cornos (—)
coros (—)
corpos (—)
corteja ()
corvos (—)
coteja ()
cris‰ntemo
cromossomo (ss™)
crosta (™)
d‰ndi
Dec‰meron
decano (c‰)
desaforos (™)
des‡gua
des‡guam
des‡gŸem
descontrole (™)
desfecha ()
desfecho ()
desgostos (™)
des’dia (z’)
despeja ()
330

despojos (—)
desporto (™)
desportos (—)
destra ()
destro ()
destroos (—)
desvalido (l’)
desvario (r’o)
d’spar
distinguir (ghir)
distinga
dobros (™)
dolo (—)
dorsos (™)
dœplex
Ždito (ordem judicial)
edito (lei, decreto)
Eiffel (Žl)
elŽtrodo
empoa (™)
empoeira (i)
encostos (™s)
endeusa (u)
endoida (™i)
endossos (™)
engodos (™)
estojos (™)
enra’za (a-’)
enseja ()
entesoura (™u)
enx‡gua
enx‡guam
enx‡gŸem
Epifania (n’) (Reis)
Epif‰nia (nome)
ep’teto
eqŸestre
eqŸidade
eqŸidistante
eqŸino
equ’voco (k’)
erudito (d’)
esboos (™)
esbraveja ()
escaravelho ()
escolta (—)
esforos (—)
esgotos (™)
esmero (m)
Esopo (s™)
espelha ()
esposos (™)
esquarteja ()
estafilococo (—)
estagna (es-tag-na)
estalido (l’)
estampido (p’)
estornos (™)
estoura (™u)
estratŽgia
estreptococo (—)
eugenia (n’)
Eugnia (nome)
ex (s)
exangue (zanghe)
exegese (zegŽ)
exeqŸ’vel(zecu’)
xodo
extinguir (ghir)
extorquir (kir)
extra (s)
fag—cito
faina (f‹i)
far‰ndola
fareja ()
fascismo (aci)
fascista (aci)
fecha ()
FŽlix (is)
fnix (is)
felonia (n’)
fen—tipo
ferrolhos (™)
festeja ()
filantropo (tr™)
fluido (flœi)(l’quido,
g‡s)
flu’do (verbo fluir)
fofos (™)
fogos (—)
f—rceps
fornos (—)
foro (™)
foros (—)
forros (™)
fossos (—)
fortuito (tœi)
fraqueja ()
gagueja ()
gargareja ()
garotos (™)
giser (jizer)
Getsmani
(guetssmani)
Gibraltar (‡r)
ginete ()
globos (™)
golfos (™)
G—lgota
gordos (™)
gorros (™)
gostos (™)
goteja ()
gozos (™)
gratuito (tœi)
grossos (—)
grumete ()
h‡bitat
hangar (g‡r)
harpia (p’)
HŽgira
hex‡gono (cs)
hier—glifo ou hieroglifo
homilia (l’)
hortos (™)
ibero (bŽ)
id—latra
ileso ()
impregna (im-preg-na)
’mprobo
impudico (d’)
inaudito (d’)
incesto (Ž)
’nclito
inexor‡vel (zo)
inodoro (d—)
inquŽrito (kŽ)
inquestion‡vel (ke)
inquirir (ki)
ins‰nia
interesse ()(subst.)
interesse (Ž)(verbo)
’nterim
intoxicar (cs)
intuito (tœi)
irasc’vel (ra)
joanete ()
Jorginho (—r)
jorros (™)
juniores (™)
lacrimeja ()
lateja ()
l‡tex (l‡tecs)
ledo ()
lvedo
lŽxico (cs)
libelo (Ž)
libido (b’)
lobos (™)
lodos (™)
logros (™)
Lombardia (d’)
331

lorpa (™)
Lœcifer
Luc’feres
Madag‡scar (‡s)
M‡laga (Esp.)
malogros (™)
Manchester (m‰n)
maneiram (i)
maneja ()
maquinaria (r’)
marotos (™)
m‡xime (cs)
m‡ximo (ss)
mercancia (c’)
miolos (—)
misantropo (tr™)
mister (Žr)
moos (™)
mofos (™)
mon—lito
Mooca (o-—)
mornos (—)
n‡car
n‡iade
nascer (nacer)
necromancia (c’)
necropsia (s’)
negus (gœs)
nŽon
nepote (p—)
Nobel (Žl)
Normandia (d’)
novel (vŽl)
nuclŽico
obus (œs)
ocre (—)
olŽico
olmo (™)
™mega
™nix (cs)
îrion
Oslo (—)
paina (‹i)
pan-americano (pa-na)
p‰ntano
Pas‡rgada
pecha (Ž)
pegada (g‡)
PŽgaso
perito (r’)
pernoita (™i)
pescoos (™)
pese (em que pse a)
piloro (—)
pilotos (™)
pimpolhos (™)
piolhos (™)
planeja ()
pletora (t—)
poa (™)
poos (—)
p—lipo
polvos (™)
portos (—)
probo (—)
pr—dromo
projŽtil
protŽico
prot—tipo
pudico (d’)
quadrœmano
QuŽops
quest‹o (ke)
qŸinqŸenal (kuinkue)
qŸinqŸnio (kuinku)
qŸiproqu— (kui)
quiromancia (c’)
raps—dia (rap-s—)
rasteja ()
recŽm
recorde (c—r)
refŽm
reforos (—)
relampeja ()
relŽ (Ž)
repolhos (™)
rŽprobo
rŽptil
rŽquiem
retornos (™)
rocio (c’)
rogos (—)
rostos (™)
rouba (™u)
rubrica (br’)
ruim (ru-’m)
ru’nas (u-’)
Salonica (n’)
Sardanapalo (p‡)
saœda (a-œ)
senhora (—)
seniores (™res)
seqŸela (cue)
servo (Ž)
sesta (Ž)
sestro (Ž)
simulacro (‡)
sintaxe (ss)
socorros (—)
socos (™)
S—fia (cid.)
sogros (™)
soldos (™)
soltos (™)
somali (’)
sopros (™)
s—ror ou soror (™)
soros (™)
subornos (™)
subs’dio (c’)
suor (—r)
sursis (surs’)
Tejo (Ž)
txtil
tijolos (—)
Timor (™)
toldos (™)
toma (™)
tornos (™)
tortos (—)
toscos (™)
t—xico (cs)
tr‰mite
transido (z’)
transistor (™)
transtornos (™)
triœnviro
tronos (™)
trouxe (ou)
troveja ()
tulipa (l’)
ubiqŸidade (cui)
ureter (Žr)
v‡lido (œtil)
valido (l’)(protegido)
veicular (e-i)
veleja ()
ventr’loquo
verm’fugo
verseja ()
virtuose (™)
watt (u—t)
xerox
zang‹o ou z‰ng‹o
zŽfiro
znite
332

333333
Escreva certo
Esta rela‹o apresenta a grafia correta de alguns milhares
de palavras e express›es. Ela obviamente n‹o substitui o dicio-
n‡rio, mas atende a um objetivo imediato: a consulta r‡pida
ou a verifica‹o da forma que o jornal adota para determina-
dos nomes comuns, geogr‡ficos, de empresas e de produtos.
Ela d‡ aten‹o especial a:
1 Ñ Palavras nas quais a presena de letras de sons seme-
lhantes possa causar confus‹o (ssou ,iou e,cou sc,oou u,
jou g,sou z, etc.).
2 Ñ Formas com ou sem h’fen. Praticamente todos os casos
de uso jornal’stico constantes do dicion‡rio AurŽlioest‹o in-
clu’dos na lista (ˆ exce‹o daqueles formados pela adi‹o de
prefixos, explicados um a um no corpo do Manual).
3 Ñ Nomes pr—prios e geogr‡ficos (ˆ exce‹o de nomes de
pessoas). A rela‹o contŽm grande parte daqueles que possam
oferecer alguma dœvida. Nem sempre se respeitou a forma ofi-
cial (o Estadousa, por exemplo, Nova Yorke n‹o Nova Iorque;
Pirassunungae n‹o Piraununga; Catare n‹o Qatar, etc.). Por
isso, Ž sempre conveniente recorrer ˆ lista nestes casos.
4 Ñ A grafia que o Estadoadota para duas ou mais formas
da mesma palavra (assim, descarrilare n‹o descarrilhar, de-
sencarrilharou desencarrilar; suscet’vele n‹osuscept’vel,
etc.).

334
5 Ñ Palavras e express›es estrangeiras (identificadas pelo
sinal
nn)ou j‡ aportuguesadas. Assim, surfee n‹o surf, grifee
n‹ogriffe, t’quete e n‹o ticket, mas copyright e n‹o copirrai-
tee layout e n‹o leiaute.Verifique sempre qual a forma que o
jornal usa e n‹o deixe de consultar a rela‹o quando tiver qual-
quer dœvida sobre um termo ou express‹o de outra l’ngua (a
lista contŽm os mais usados em portugus).
6 Ñ Finalmente, nomes de produtos ou empresas, nacio-
nais ou estrangeiros, foram relacionados, por causa de seu uso
cada dia mais freqŸente no notici‡rio.

Aar‹o (B’blia)
Abad‹ (Ir‹)
AbaetŽ(lagoa)
abaixo-assinado
(documento)
abaixo assinado
(signat‡rio)
abajur
abalizado
abdome
‡-b-c (abeced‡rio)
abelha-africana
abelha-mestra
Aberdeen (Esc—cia)
Abidj‹ (C. Marfim)
Abilene (EUA)
ab—bada
aboio
abor’gine
Abra‹o
abrasar
abre-alas
abric—
ab-rogar
Abruzos (It‡lia)
abscesso
abscissa
Abu Dabi (emirado)
Abuquir (Egito)
Abu Simbel (Egito)
çcaba (golfo)
acafajestado
aa’
aaizeiro
acarajŽ
Acaraœ (cid. CE)
çccio (GrŽcia)
aceiro (contra o fogo)
acŽm (carne)
acerca de (sobre)
acŽrrimo
acess’vel
acess—rio
acetilsalic’lico
achantis
Achille Lauro (navio)
aciaria
acidez
nnˆ clef
ac—rd‹o
acorde‹o
aoriano
Acra (Gana)
acreano
acrescentar
acrescer
acrŽscimo
acrobata
au
aœcar
aœcar-cande
aœcar mascavo
aucena
acœleo
nnad aeternum
çden (Imen)
adentro
adeusinho
nnad hoc
çdige(It‡lia)
n nad infinitum
Adis-Abeba (Eti—pia)
adivinho
nnad libitum
adolescncia
adolescente
Ad™nis
adstringncia
aduzir
‡dvena
Aedes aegypti
‡-Ž-i-—-u
aeroclube
aeroespacial
aerossol
aer—stato
Aero Willys (carro)
aŽtico
Afeganist‹o
nnaffair (ingls)
n naffaire (francs)
aficionado
afim (semelhante)
a fim de (para)
aforismo
afoxŽ
afric‰nder (pessoa)
afric‰ner (l’ngua)
Afrikakorps
afro-asi‡tico
afro-brasileiro
afrouxar
afugentar
Agadir (Marrocos)
Aga Khan (pr’ncipe)
Agamenon (rei)
ag’limo
agil’ssimo
‡gnus-dei (rel’quia)
agradabil’ssimo
nnagreement (ingls)
n nagrŽment (francs)
agridoce
agroaucareiro
agroindœstria
agropecu‡ria
agrovila
‡gua-com-aœcar
(rom‰ntico)
‡gua-de-coco
‡gua-de-col™nia
‡gua-forte
‡gua-furtada
Agua’ (SP)
‡gua-marinha
‡gua mineral
‡gua oxigenada
aguapŽ
‡gua-que-passarinho-
n‹o-bebe
aguarr‡s
‡guas passadas
335Aar‹o ‡guas passadas

‡gua-viva
agŸentar
ah! (admira‹o)
Ahmed (sult‹o)

aiatol‡
A’da (—pera)
n naide-mŽmoire
n naids
aimar‡ (’ndio)
aimorŽ
nnair bag
Airbus
Aiuruoca (MG)
Aiwa
Aix-en-Provence
ajaezar
ajeitar
ajuda de custo
ajudante-de-ordens
Akai (marca)
Akhenaton (fara—)
Al‡ (Deus)
n nˆ la carte
n nˆ la diable
Aladim (da l‰mpada)
alarme
Alasca
alaz‹o
Albany (EUA)
albatroz
Albion (Gr‹-Bretanha)
albornoz
Alc‡cer Quibir
alcachofra
alcauz
alcagŸetar
alcagŸete
alcalino-terroso
alcatra
Alcatraz (ilha)
Alcatrazes (ilhas)
Alcib’ades (general)
Alc’one (estrela)
Alcione (cantora)
‡lcoois
alco—latra
aldeamento
Aldebar‹ (estrela)
n nalea jacta est
alegreto
alegro (mœsica)
alŽia
aleijado
alem‹o-ocidental
alem‹o-oriental
alŽm-mar
AlŽm-Para’ba (MG)
alŽm-tœmulo
Alenquer (Par‡, Port.)
alentejano
Alentejo (Portugal)
Alepo (S’ria)
alfanje (sabre)
alfanumŽrico
Alfa Romeo (carro)
alfazema
alforje
Algeciras (Espanha)
algod‹o-doce
algoritmo (c‡lculo)
algoz
alheado
alheamento
alhear
alho-porro
‡libi
alien’gena
alig‡tor
al’nea
alisar
al’sio (vento)
Alka-Seltzer
Allahabad (êndia)
Alleghanies (EUA)
n nall right
almao
alma-danada
alma-de-gato
alma do outro mundo
Almagesto (livro)
n nalma mater
alma penada
almirante-de-esquadra
alm’scar
almofariz
almoxarife
alopata
alpargata
Alphaville (bairro)
Als‡cia
Als‡cia-Lorena
Altai (montanha)
alta-costura
alta-fidelidade
altar-mor
alta-roda
alta-tens‹o
nnalter ego
alteza
altissonante
altivez
alto-alem‹o
alto-astral
alto comando
alto-contraste
alto-cœmulo
alto-estrato
alto-falante
alto-forno
alto-mar
alto-relevo
alume
alœmen
alunissagem
alunissar
çlvares Florence (SP)
alvŽolo
alvinegro
alvirrosado
alvirrubro
alv’ssaras
alvissareiro
alviverde
alvorecer
336‡gua-viva alvorecer

Am‹ (Jord‰nia)
ama-de-leite
Amamba’ (Brasil)
Amambay (Paraguai)
ama-seca
‰mbar
Ambassador Royal
(u’sque)
ambidestro
ambiesquerdo
ambigŸidade
amb’guo
ambrosia (doce)
ameixeira
amŽm
amndoa
amendoeira
Amen—fis (fara—)
n namerican way of life
amerissagem
amerissar
amic’ssimo
am’dala
amidalite
amigo-da-ona
amigo do alheio
amigo do peito
amigo-oculto
amigo-secreto
amigo-urso
amino‡cido
amiœde
amizade-colorida
amnŽsia
amnŽsico
am™nia
am™nio
amor livre
amor-perfeito
amor plat™nico
amor-pr—prio
amortizar
amostra-tipo
Amoy (China)
ampre
Amsterd‹
Amur (rio)
Amway
anabolizante
anaconda (cobra)
anafil‡tico
analisar
an‡lise
anams
anan‡s
Anchorage (Alasca)
Ancien RŽgime
ancilostom’ase
ancil—stomo
andaluz
andaluza
Andaluzia
Andara’ (Rio)
Anderlecht (BŽlgica)
Andorra (pa’s)
Andorra la Vella
Andrea (it.)
AndrŽia (bras.)
Andr™maca
Andr™meda
aneizinhos
anelo
angelim
angico
anglo-americano
anglo-brasileiro
anglo-catolicismo
angloman’aco
anglo-sax‹o
Angoulme (Frana)
Angra 1
angu-de-caroo
angustura
AnhangŸera
‰nion
anis
anisete
anjo da guarda
nnanno Domini (a.D.)
ano-base
ano bissexto
ano-bom
an›ezinhos
ano letivo
ano-luz
ano-novo
nnAnschluss (anexa‹o)
‰nsia
ansioso
anspeada
Antananarivo
(Madag‡scar)
Antarctica (cerveja)
Ant‡rtica (Parque, rua,
viaduto)
Ant‡rtida (regi‹o)
anteato
antediluviano
ante-hist—rico
antemeridiano
nnante meridiem
anteontem
antepasto
anteprojeto
‰ntero-externo
‰ntero-inferior
‰ntero-posterior
‰ntero-superior
ante-sala
antes de Cristo (a.C.)
ante-socr‡tico
antevŽspera
antiaŽreo
antiaids
antibrasileiro
anticomunista
anticristo
antidoping
antidumping
antiŽtico
Ant’gona
Ant’gua (Antilhas)
antiguidade
Antiguidade
anti-her—i
anti-higinico
anti-histam’nico
anti-hor‡rio
337Am‹ anti-hor‡rio

antiimperialista
antiinflacion‡rio
antiof’dico
antiqŸ’ssimo
anti-r‡bico
anti-semita
anti-sŽptico
anti-social
anti-soviŽtico
ant’stite
anti-submarino
antitet‰nico
antivari—lico
antraz
antropossociologia
AntuŽrpia (BŽlgica)
anœncio-sandu’che
ao deus-dar‡
ao pŽ da letra
nnˆ outrance
Apalaches (montes)
Aparecida dÕOeste
n napartheid
apart-hotel
apascentar
apaziguar
‡pex
ap’cola
ap’deo
apinajŽ (’ndio)
n naplomb
apocalipse
apocal’ptico
apogeu
ap—ia
ap—io
apoio (™)
apol’neo
apoplŽtico
apoplexia
aporrinhar
ap—s-guerra
nna posteriori
apostila
nnappointment
n napproach
aprazar
aprazer
apraz’vel
aprear (de preo)
apresar (capturar)
n na priori
aprior’stico
nnˆ propos
n napud
aqualouco
aquariano
aquŽm-mar
‡qŸeo
aqui-del-rei
aquiescncia
aquiescer
aqŸ’fero
nna quo
aracn’deo
Arag‹o (Espanha)
aranha-caranguejeira
Aranjuez (Espanha)
aranzel
Ararat (monte)
Ararib—ia (cacique)
arb—reo
arborizado
ArbyÕs
arcabuz
arco-da-velha
arco-’ris
ar-condicionado
(aparelho)
ar condicionado (o
pr—prio ar)
Ardenas (Europa)
ard—sia
areal
nnarea non aedificandi
are‹o
arear
areento
Arei—polis (SP)
Are—pago (tribunal)
Arezzo (It‡lia)
ArgŽlia
argœem
argœi
argŸia
argŸi‹o
argŸido
argŸidor
argŸimos
argŸir
argŸiste
argŸiu
argŸ’vel
aridez
ar’ete
Arizona (EUA)
Arkansas (EUA)
Armagnac (Frana)
armazŽm-geral
aroeira (‡rvore)
arpejo
arquŽtipo
arquiinimigo
arquimilion‡rio
arqui-rival
Arraial dÕAjuda (BA)
arranca-rabo
arranca-toco
arranha-cŽu
arrasar
arrasta-pŽ
arrazoado
ar-refrigerado (aparelho)
ar refrigerado (o
pr—prio ar)
arrear (p™r arreios)
arreglo
arrevesado
arriar (baixar) n narrivederci
Arrows (F-1)
arroz-de-carreteiro
arroz-de-cux‡
arroz-de-festa
arroz-doce
arruela
338antiimperialista arruela

arru’na
Arsne Lupin
arsnico (veneno)
arsnio (el. qu’m.)
n nars gratia artis
Artaxerxes (rei)
n nart dŽco
arte-final
arte-finalista
arteriosclerose
artesanato
artes‹o
artesiano
Arthur Andersen
nnart nouveau
Artur (rei)
Artur Alvim (bairro)
‡rvore de Natal
‡s(baralho, craque)
asa-branca
asa-delta
asa-negra
ˆs apalpadelas
asbesto
ascarid’ase
ascendncia
ascendente
ascender (subir)
ascens‹o
ascensional
ascensor
asceta
ascetismo
Ascoli (cid., time)
Ascot (Inglaterra)
Asdrœbal (general)
asfixia
Asics Tiger (marca)
‡sio-americano
Asmara (EritrŽia)
aspargo
aspŽrrimo
aspers‹o
aspirante-a-oficial
aspirante-a-oficial-
aviador
Assam (êndia)
assaz
assepsia
assŽptico
asser‹o
assessor
assestar
assisado
assistolia
assobiar
assobio
assoreamento
Assu‹ (Egito)
assuada
Assun‹o (Paraguai)
asteca (’ndio)
asterisco
astigmatismo
Astrac‹ (Rœssia)
astrac‹ (pele)
astro-rei
Astœrias (Espanha)
atarraxar
ateli
aterosclerose
aterrissagem
aterrissar
atividade-meio
atividade-fim
Atlantic City (EUA)
Atl‰ntida
AtlŽtico de Madrid
ˆ-toa (irrefletido)
ˆ toa (sem destino)
atol
atr‡s
atrasar
atraso
atravŽs de
atribui
atroz
nnattachŽ
Auckland (N. Zel.)
audac’ssimo
audaz
‡udio
audiovisual
au
nnauf Wiedersehen
n nau grand complet
Augsburgo (Alem.)
aurŽola
aurirr—seo
auriverde
Auschwitz (Pol™nia)
Austerlitz (Rep. Checa)
austro-africano
austro-hœngaro
auto-afirma‹o
auto-an‡lise
autobiografia
autocrata
aut—ctone
auto-de-fŽ
autodetermina‹o
auto-escola
auto-estrada
aut—geno
autogest‹o
auto-hemoterapia
auto-indu‹o
autolota‹o
automa‹o
aut™mato
auto-™nibus
autopea
aut—psia
auto-retrato
auto-suficiente
aux’lio-maternidade
avalanche
avalizar
nnavant-garde
n navant la lettre
n navant-premire
avareza
avaro (v‡)
ave-do-para’so
Avellaneda (Arg.)
ave-maria
339arru’na ave-maria

ave-marias (plural)
averigua
averigœe
averigœem
Averr—is (fil—sofo)
avestruz
aviado
avi‹o-suicida
Avicena (mŽdico)
av’cola
avidez
Avignon (Frana)
avio
Avis (dinastia)
n navis rara
avizinhar
avoado
avoengo
nnˆ vol dÕoiseau
ˆ-vontade (subst.)
ˆ vontade (locu‹o)
axadrezado
axŽ
axial
axila
axioma
ax™nio
Ayacucho (Peru)
n nayahuasca (bebida)
azado (oportuno)
azalŽia
azar
azeite-de-cheiro
azeite-de-dend
azmola
azeviche
azia (do est™mago)
aziago (‡)
‡zimo
azimute
azinhavre
azo (pretexto)
azoar
azorrague
azougue
Azov (mar)
Azteca (est‡dio)
azul-celeste
azul-claro
azul-do-cŽu
azulejo
azul-escuro
azul-ferrete
azul-marinho
azul-piscina
azul-turquesa
babau
baba-de-moa
babalorix‡
babaquara
Babi Yar (Ucr‰nia)
baboseira
nnbaby-doll
n nbaby-sitter
bacar‡
Bachianas (mœsica)
bacilo de Eberth
bacilo de Koch
nnbackground
n nbackup
n nbacon (presunto)
Bacon (s‡bio)
Badajoz (Espanha)
Baden-Baden (Alem.)
n nbad-lands
Bady Bassit (SP)
Baependi (MG)
Bagatelle (Frana)
Bagd‡ (Iraque)
BagŽ (RS)
baguete
bah! (gauchismo)
Bahamas (ilhas)
Bahia (Estado)
Bah’a Blanca (Arg.)
Bahrein (pa’s)
Ba’a de Guanabara
bai‹o-de-dois
baixo-alem‹o
baixo-astral
baixo-relevo
baixo-ventre
Baku (Azerb.)
balaio-de-gatos
balalaica
balangand‹
BallantineÕs (u’sque)
bal‹o-de-ensaio
bal‹o de oxignio
bal‹o japons
bal‹o-sonda
B‡lc‹s
balc‹o-frigor’fico
balŽ
baleeira
baleia-an‹
baleia-azul
Bali (IndonŽsia)
baliza
balizamento
Balne‡rio de Camboriœ
baloeiro (de bal‹o)
balsa
b‡lsamo-de-tolu
Baltimore (EUA)
balzaquiano
Bamako (Mali)
bambamb‹
Banabuiœ (rio, aude)
banana-an‹
banana-dՇgua
banana-da-terra
banana-ma‹
banana-nanica
banana-ouro
banana-prata
bandeja
bandej‹o
band™nion
Bandung (IndonŽsia)
340ave-marias Bandung

bangal™
Bangcoc (Tail‰ndia)
Bangladesh
bangŸ (engenho)
bangue-bangue
banho-maria
banquisa
banzo
baob‡
Barajas (Espanha)
Bar‹o de Cotegipe (cid.)
Barba-Azul
(o personagem)
barba-azul
(conquistador)
barba-de-bode
barb‡rie
Bardahl (marca)
Bari (It‡lia)
n nbarman
n nbarmen (plural)
baronesa
Barra do Bugres (MT)
Barra do Garas (MT)
barra-limpa
Barranquilla (Col.)
barra-pesada
barriga-dՇgua
barriga-verde
Barros Cassal (RS)
n nbas-fonds
BasilŽia (Su’a)
basquete
Basra (Iraque)
bass
Basse-Terre
(Guadalupe)
batalha-naval (jogo)
batata-doce
batata-inglesa
batavo (t‡)
n nbatayaki (prato)
Bateau Mouche (navio)
bate-boca
bate-bola
bate-coxa
bate-estaca
bate-papo
batizar
batom
Baton Rouge (EUA)
baud
Bauducco
bauhaus (adjetivo)
Bauhaus (escola)
b‡varo
Baviera (Alem.)
bazar
baz—fia
bazuca
Bayeux (Frana, PB)
Bayonne (Fr., EUA)
Bayreuth (Alem.)
b-‡-b‡
BŽarn (Frana)
n nbeat generation
Beatles
nnbeatnik
Beaujolais
Beaux Arts Trio
bbado
beb de proveta
beberagem
bea (ˆ)
bechamel
beco sem sa’da
beethoveniano
bege (cor)
behaviorismo
Behring (estreito)
bei (governante)
beija-flor
beija-m‹o
beiju
beira-mar
beira-rio
beisebol
Beja (Portugal)
belas-artes
belas-letras
belchior (comerciante)
Belfast (Irlanda do
Norte)
Belize (pa’s)
n nbelle Žpoque
Belmopan (Belize)
belo-horizontino
bel-prazer
Beluchist‹o(çsia)
belvedere
bem-acabado
bem-aceito
bem-acondicionado
bem-acostumado
bem-afamado
bem-afortunado
bem-agradecido
bem-ajambrado
bem-amado
bem-apanhado
bem-apessoado
bem-apresentado
bem-arranjado
bem-arrumado
bem-aventurado
bem-aventurana
bem-avisado
bem-bom
bem-casado
bem-comportado
bem-composto
bem-conceituado
bem-conformado
bem-criado
bem-disposto
bem-ditoso
bem-dizente
bem-dizer
bem-dormido
bem-dotado
bem-educado
bem-encarado
bem-ensinado
bem-estar
bem-fadado
bem-falante
bem-fazente
bem-fazer
bem-feito
bem-humorado
341bangal™ bem-humorado

bem-intencionado
bem-lanado
bem-mandado
bem-me-quer
bem-merecido
bem-nascido
bem-ordenado
bem-ouvido
bem-parado
bem-parecido
bem-posto
bem-procedido
bem-proporcionado
bem-querena
bem-querente
bem-querer
bem-querido
bem-sabido
bem-soante
bem-son‰ncia
bem-sonante
bem-sucedido
bem-talhado
bem-temente
bem-te-vi
bem-vestir
bem-vindo
bem-visto
bn‹o
nnbenday
bendeng—
bendito
bendizente
bendizer
BenŽdictine (bebida)
n nbenedictus
beneficncia
beneficente
Benelux
benesse
Benetton (marca)
benfazejo
bengali (l’ngua)
Bengasi (L’bia)
Benin (pa’s)
benjamim
Benjamin Constant
(cid.)
benquerena
benquerente
benquisto
Benvindo (nome)
berbere (bŽ)
n nberceuse
BŽrgamo (It‡lia)
Bergen (Noruega)
n nbergre
bergsoniano
beribŽri
ber’lio (el. qu’m.)
berilo (mineral)
berinjela
Berkeley (cid., univ.)
Berklee (esc. mœs.)
Berkshire (Inglaterra)
Berlim
Bermudas
Berna
berquŽlio
Besanon (Frana)
besouro
besta-fera
nnbest seller
besuntar
betabloqueador
betacaroteno
betaemissor
betatron
Bethesda
BetsabŽ (B’blia)
n nbetting
bexiga
Bexiga (bairro)
Bhopal (êndia)
Biarritz (Frana)
bibel™
bicampe‹o
bicarbonato
bicenten‡rio
b’ceps
bicho-carpinteiro
bicho-da-seda
bicho-de-sete-cabeas
bicho-do-mato
bicho-do-pŽ
bicho-homem
bicho-pap‹o
bicho-preguia
bico-de-lacre
bico-de-papagaio
bico-de-pena
bico-doce
bid
Bielo-Rœssia
bielo-russo
Bien Hoa (Vietn‹)
bifocal
nnbig-bang (teoria)
bigle (c‹o)
n nbig-shot
bijuteria
Bikini (atol)
bilaquiano
Bilbao (Espanha)
bilboqu
biliard‡rio
bil’ngŸe
bilionŽsimo
bilirrubina
b’lis
Billings (represa)
bilro (fuso)
bilu-bilu
binacional
bi—psia
biorritmo
bi—tipo
bipartid‡rio
biqu’ni (mai™)
BirigŸi (SP)
Biritiba-Mirim (SP)
Birkenau (Pol™nia)
Birm‰nia
Birmingham (Ingl.,
EUA)
Biscaia (Espanha)
n nbiscuit
Bismarck
bissexto
bissexual
bistr™
342bem-intencionado bistr™

bit
Biz‰ncio
bizantino
bizarro
blablabl‡
nnblack
n nblack-tie
Black & White (u’sque)
n nblasŽ
blasonar
nnblazer
blecaute
blefe
nnblitz
n nblitze (plural)
n nblitzkrieg
Blockbuster
BloomingdaleÕs (loja)
n nblow up
n nblue chip
n nblues
n nblush
BMW (carro)
BÕnai BÕrith (assoc.)
boa-fŽ
boa noite (forma de
saudar)
boa-noite (o
cumprimento)
boa-pinta
boa-praa
boas-entradas
boas-festas
boas-noites
boas-vindas
boa tarde (forma de
saudar)
boa-tarde (o
cumprimento)
boate
boa-vida
boa vontade
nnbob (de cabelo)
boca da noite
boca de cena
boca-de-fogo
boca-de-forno
boca-de-fumo
boca-de-le‹o
boca-de-lobo
boca-de-sino
boca-de-siri
boca-de-urna
boca-do-lixo
bocagiano
boca-livre
bochecha
bochecho
bochincho (confus‹o)
booroca
bode expiat—rio
Boeing
Bomia (regi‹o)
boemia(vida alegre)
b™er
Bofete (SP)
b—ia-fria
boi-bumb‡
Boiucanga (SP)
boi de piranha
boina-verde
bola-ao-alto
bola-ao-cesto
bola-de-neve
bola-presa
Bol’var
Bolonha (It‡lia)
bolo-podre
Bolshoi (balŽ)
bomba-dՇgua
bomba-rel—gio
bom-bocado
bombom
nnbombshell
bom dia (forma de
saudar)
bom-dia (o
cumprimento)
bom gosto
bom humor
bom-mocismo
bom senso
bom-tom
nnbona fide
n nbonbonnire
Bonn
bons-dias
nnbon vivant
n nbookmaker
n nboom
Bora Bora
BoracŽia (SP)
borda-do-campo
border™
BordŽus (fr. Bordeaux)
bord™
boreal
Borghese (pal‡cio)
borgiano
Borgonha (regi‹o)
borgonha (vinho)
BornŽu
borocox™
bororo (r™)
borra-botas
borracho
Borraz—polis (PR)
borzeguim
Bosch
B—sforo (estreito)
B—snia-Herzegovina
bossa nova
(movimento)
bossa-nova (inovador)
bossa-novista
Boston (EUA)
bota-fora
bot‹o-de-ouro (planta)
boteco
botij‹o
Botsuana (çfrica)
n nboudoir
n nboutade
Bourbon (dinastia)
n nbourbon (u’sque)
boxe
b—xer (c‹o)
n nboy
Brabham (F-1)
brachola
brao-de-ferro
343bit brao-de-ferro

brao direito
Brahma(empresa)
Brahma Chopp (cerveja)
braile(sistema)
Braille(educador)
br‰mane
nnbrandy
Brandemburgo (Alem.)
Brands Hatch (F-1)
Br‡s (bairro)
brasa-escondida
bras‹o
Br‡s Cubas
braseiro
brasilianista
nnbrasserie
Bratislava (Eslov‡quia)
Brazzaville
nnbreakfast
brechtiano
Bremen (Alem.)
Brescia (It‡lia)
brev
bricabraque
nnbricolage
n nbricoleur
bridge
Bridgetown
nnbriefing
brigadeiro-do-ar
Brigitte
brigue
BrinkÕs (empresa)
Brisbane (Austr‡lia)
Bristol (Inglaterra)
n nbrise-soleil
British Airways
Brno (Rep. Checa)
n nbroadcast
n nbroadcasting
Brodowski (SP)
Broksonic
broncoespasmo
broncopneumonia
Brooklin (SP)
Brooklyn (Nova York)
brotoeja
broxa (pincel)
brua‡
Bruges (BŽlgica)
n nbrunch
Brunei (sultanato)
Brunswick (Alem.)
bruxuleante
bruxulear
btu
Buaqu (C. Marfim)
Bucareste
bucha
Buchanan (LibŽria)
BuchananÕs (u’sque)
bucho (est™mago)
Buckingham (pal.)
Budapeste
nnbudget
Budweiser (cerveja)
bueiro
buf (servio)
bufete (m—vel)
Buffalo (EUA)
Buffalo Bill
nnbuffer
buganv’lia
nnbuggy (carro)
bugiganga
bugio
Buick (carro)
Bujumbura (Burundi)
Bulawayo (Zimb‡bue)
buldogue
buld™zer
bulevar
bulhufas
bulir
bumba-meu-boi
bumerangue
Bundesrat
Bundestag
Bundeswehr
nnbungee jumping
n nbunker
buqu
buraco negro
burbom (cafeeiro)
burburinho
nnbureau
Buri (SP)
Burkina Fasso
Burroughs (empresa)
Burundi (çfrica)
busca-pŽ
bus’lis
nnbusiness
bœssola
busti
Butant‹
But‹o (reino)
butim (saque)
butique
nnbutton (distintivo)
buxo (arbusto)
buzina
bœzio
nnbye-bye
n nby-pass
byroniano
nnbyte
Caaba (templo)
caatinga (mato)
cabarŽ
nncabaretier
cabea-chata
cabea-de-‡rea
cabea-de-bagre
cabea-de-casal
cabea-de-chapa
cabea-de-chave
cabea-de-negro
cabea-de-ponte
cabea-de-vento
cabea-dura
cabea fria
cabea-inchada
344brao direito cabea-inchada

cabeleireiro
cabine
cabo-de-esquadra
cabo-de-guerra
cabo eleitoral
cabra-cega
cabra-macho
c‡brea (guindaste)
Cabreœva (SP)
cabriœva (‡rvore)
Cabul (Afeganist‹o)
cabœqui (teatro)
caburŽ
caa-bombardeiro
caa-dotes
caa-minas
caa-n’queis
caa submarina
caa-submarino
caa-torpedeiro
cacaueiro
cacauicultura
cach
cachen
cachep™
nncache-sexe
cachimbo
cacho
Cachoeiro de Itapemi-
rim (ES)
cachola
cachorro-do-mato
cachorro-quente
cacto
cau‡
cadafalso
Cadillac
C‡diz (Espanha)
c‡dmio (metal)
Caesar Park (hotel)
cafajeste
cafŽ-com-leite (cor)
cafŽ-concerto
Cafel‰ndia (SP)
cafet‹ (roupa)
cafezal
cafezinho
c‡ften
caftina
caftinagem
cafund—-do-judas
cafuzo
caga-sebo
Cagliari (It‡lia)
Caiabu(SP)
caiaque
c‹ibra
caiaca (cobra)
Caiena (Guiana Fr.)
Caif‡s (B’blia)
Caim
caingangue (’ndio)
caiov‡ (’ndio)
ca’que
Cairu
c‡iser (imperador)
caititu (porco)
caiu‡ (’ndio)
caixa-alta
caixa-alta-e-baixa
caixa-baixa
caixa-dՇgua
caixa 2
caixa-de-f—sforos (recin-
to)
caixa de f—sforos (a pr—-
pria)
caixa-forte
caixa-pregos
caixa-preta
caixeiro
caixeiro-viajante
caixilho
caixote
caj‡-manga
cajazeira
Cajobi (SP)
caju-amigo
Cal‡bria (It‡lia)
Calais (Frana)
calapalo (’ndio)
calc‰neo (osso)
calcanhar-de-aquiles
calc‡rio
calced™nia
Calcut‡ (êndia)
Cali (Col™mbia)
Calif—rnia
Cal’gula
Callao (Peru)
n nCalle (rua)
n ncall girl
Caloi (empresa)
Calvin Klein (grife)
cama-de-gato (golpe)
Camaguey (Cuba)
camaiur‡ (’ndio)
Camapu‹ (MS)
Camaqu‹ (RS)
c‰mara-ardente
c‰mara-caix‹o
c‰mara-de-ar
c‰mara escura
c‰mara lenta
camar‹o-rosa
Camar›es (çfrica)
Camberra (Austr‡lia)
Camboja
Camboriœ (SC)
Cambridge
c‰mera (fot.)
n ncameraman
camicase
caminh‹o-pipa
caminho-de-rato
caminhoneiro
caminhonete
camisa-de-fora
camisa-de-meia
camisa de onze varas
camisa-de-vnus
camisa esporte
camisa p—lo
camisa-verde
Camisa Verde e Branco
(escola de samba)
Camocim (CE)
Camp‰nia (It‡lia)
campesino
345cabeleireiro campesino

nncamping
Campoformio (It‡lia)
Campos do Jord‹o
Campos El’sios (bairro)
Campos Novos Paulista
Campos Sales
c‰mpus
camundongo
Cana‹
cana-da-’ndia
cana-de-aœcar
CananŽia (SP)
cananeus
can‡rio-da-terra
can‡rio-do-reino
Canaveral
canc‹
Cancœn
cande (aœcar)
candeeiro
candomblŽ
canguu
can’deo
canjica
Cannes
c‰non
Canon (marca)
canonizar
Canossa (It‡lia)
cansao
cansar
nncantabile
Cant‹o (China)
c‰nter (turfe)
Canterbury
c‹o de fila
c‹o-tinhoso
capatazia
capela-mor
capelete
Capibaribe (rio)
capim-cheiroso
capim-coloni‹o
capim-gordura
capim-mimoso
capit‰nia (navio)
capit‹o-aviador
capit‹o-de-corveta
capit‹o-de-fragata
capit‹o-de-longo-curso
capit‹o-de-mar-e-guerra
capit‹o-do-mato
capit‹o-mor
capit‹o-tenente
nncapitis diminutio
capixaba
cap™ (carro)
n ncappuccino (cafŽ)
Capri
C‡pua (It‡lia)
capuchinho
nncaput
caqui (fruta)
c‡qui (cor)
cara-de-pau
caradura
cara’ba (’ndio)
caramanch‹o
cara-metade
caranguejo
cara-p‡lida
cara-pintada
caras-pintadas (plural)
carat
Caravan (carro)
carboidrato
carcaa
carc‡s (de flechas)
Carcassonne (Frana)
cardeal (ave, religioso,
ponto)
cardeal-arcebispo
cardial (card’aco)
Cardiff (Gales)
cardig‹
cardiorrespirat—rio
cardiovascular
caril (molho)
Carlos Magno
Carlsberg (cerveja)
carmesim
carmim
Carnac (Frana)
carnaval
carn
carne-de-sol
carne-seca
carochinha
Carolina do Norte
(EUA)
Carolina do Sul (EUA)
n ncarpaccio
carpete
carqueja
carrapato-estrela
carrapato-p—lvora
carrapicho
carr (lombo)
Carrefour (superm.)
carro aleg—rico
carro-bomba
carroceria
carro-chefe
carro de boi
carro-forte
carro-pipa
carrossel
Carson City (EUA)
carta aberta
carta-bomba
carta branca
Cartagena (Esp., Col.)
Cartago
cart‹o de crŽdito
cart‹o de visita
cart‹o-postal
cartap‡cio
carta-patente
cartomancia (c’)
cartucheira
cartucho (de bala)
cartum (desenho)
cartunista
cartuxo (religioso)
carv‹o-de-pedra
c‹s (cabelos)
Casablanca (Marr.)
Casa Branca (EUA)
Casa Branca (SP)
346camping Casa Branca

casa-forte
casa-grande
Casanova
Casaquist‹o
casario
casca-grossa
Cascais (Portugal)
case’na
nncashmere
casimira
Casimiro
casquete
cassa (tecido)
cassata
cassete (fita)
cassetete
C‡ssia (cid.)
cassino
castanha-do-par‡
Castelgandolfo
Castilho (SP)
casuarina
nncasus belli
cataclismo
Cataguases(MG)
Catai (China)
catalepsia
catalŽptico
catalisador
cat‡lise
Catalunha (Espanha)
catamar‹
Cat‰nia (It‡lia)
Catanzaro (It‡lia)
cata-piolho
cataplasma
Catar (Ar‡bia)
cata-vento
nncatch
categute
catequese
catequizar
cateter (tŽr)
catinga (cheiro)
c‡tion
catlŽia (planta)
c‡todo
catorze
caub—i
Cauc‡sia
caucasiano
C‡ucaso
cauim
caulim (argila)
n ncausa mortis
n ncauseur
n ncauseuse
cautchu
cavalo de batalha
cavalo-de-pau
cavalo de Tr—ia
cavalo-marinho
cavalo-vapor
cavucar
caxambu
Caxambu (MG)
caxang‡
Caxemira (êndia)
caxinguel
caxumba
Cayman (Ilhas)
cazuza
CD-ROM
ceca e meca
c-cedilha
cedio
cedro-do-l’bano
cefalorraquidiano
celtibero (bŽ)
cŽlula-ovo
cenho
cenot‡fio
censo (recenseamento)
cens—rio (de censura)
centopŽia
centro (da cidade)
centro-africano
centro-americano
centroavante
centromŽdio
Centro-Oeste
CŽrbero (c‹o)
cŽrceo
cerda(plo)
cŽrebro-espinhal
cerœleo
cerzideira
cerzir
ces‡rea
cesariana
cess‹o (de ceder)
cessar-fogo
cession‡rio
cesta b‡sica
cet‡ceo
cŽtico
cetim
Ceuta (çfrica)
ch‹ (carne)
chabu
Chaco (Am. do Sul)
chacoalhar
ch‡-da-’ndia
Chade (çfrica)
ch‡-de-cozinha
ch‹-de-dentro
ch‹-de-fora
ch‡-de-panela
chafariz
chag‡sico
nnchairman
n nchaise-longue
chalŽ
chamariz
ch‡-mate
chamego
nnchamois
Champagne (regi‹o)
champanhe (bebida)
Champs-ElysŽes
nnchangeant
n nchantilly
chapa-branca (carro)
chape-chape
Chapec—(SC)
chapŽu-chile
chapŽu-coco
chapŽu-de-sol
chapŽu-do-chile
Chapultepec (MŽxico)
347casa-forte Chapultepec

charada
charanga
char‹o
Charente (Frana)
charivari
nncharleston
charlote (sapato)
charols
charque
charqueada
nncharter
Chase Manhattan
chassi
Chat al-Arab (rio)
n nchateaubriand
Ch‰teauneuf-du-Pape
chat™
chauvinismo
chauvinista
Chavantes (SP)
chave de fenda
ch‡vena
Chechnia
checheno
nncheck-in
n ncheck-up
checo
checoslovaco
Checoslov‡quia
nncheek to cheek
n ncheeseburger
chefe-de-divis‹o
chefe-de-esquadra
cheiro-verde
Chelsea (Londres)
n nchemise
n nchemisier
n nchenille
Cherburgo (Frana)
Chernobyl (usina)
n ncherokee (’ndio)
Cherokee (carro)
n ncherry
Chesapeake (ba’a)
Chesterfield
Chevette (carro)
Chevy (carro)
n ncheyenne (’ndio)
Chianti (cid.)
n nchianti (vinho)
Chiclayo (Peru)
chiclete
chic—ria
chicote-queimado
chifom
Chihuahua (MŽxico)
n nchihuahua (c‹o)
chilique
Chimborazo
chimpanzŽ
chinchila
chinfrim
nnchip
n nchippendale
chique
chiqu
chiste
chita (tecido)
Chittagong (Bangl.)
Chivas Regal (u’sque)
chocho
chofer
nnch™mage
chomskiano
Chongjin (CorŽia N.)
chope
chove-n‹o-molha
Christian Dior (grife)
ChristieÕs (leil›es)
n nchroma-key
Chrysler (f‡brica)
chuca-chuca
chuchu
chuŽ
Chu’ (Sul)
chulŽ
chulipa (dormente)
chulo
chupa-sangue
chupim
Churchill
chuviscar
Cianorte (PR)
ciberespao
C’clades (GrŽcia)
ciclope (cl—)
ciclot’mico
ciclotron
Cidade do Cabo
cidade-satŽlite
cidra (fruta)
Cienfuegos (Cuba)
cilha (da sela)
cil’cio (mart’rio)
cinamomo
Cincinnati (EUA)
cineangiocoronariografia
cineclube
cine-teatro
Cingapura
cingapuriano
cinqŸenta
cinqŸent‹o
cinqŸenten‡rio
cinta-larga (’ndio)
cinta-liga
cio (de animais)
Cipi‹o
Circ‡ssia (çsia)
circuito (œi)
circunavega‹o
circunspecto
circunvizinho
Cirene (cid.)
c’rio (vela)
cirro-cœmulo
cirro-estrato
cirurgi‹o-dentista
cisma (separa‹o)
cisma (devaneio)
cissiparidade
cisterciense
cisticercose
c’tara
Citibank
Citicorp
Citro‘n
Ciudad del Este (Par.)
Ciudad Trujillo
Civitavecchia(It.)
348charada Civitavecchia

ciz‰nia
cl‹
Clar’n (jornal)
clarineta
claro-escuro
classe mŽdia
Classic (carro)
clŽrigo
Cleveland (EUA)
clich
clicheria
cl’max
clipe (grampo)
clipe (v’deo)
n nclipping
clique
clit—ris
nnclose
n ncloset
n nclose-up
n nclown
n nclubber
clube
c™a (verbo coar)
coabitar
co-acusado
co-administrar
coaliz‹o
Coari (AM)
co-autor
coaxar
Coblena(Alem.)
cobol
cobra-cega
cobra-cip—
cobra-coral
cobra-dՇgua
cobra-de-duas-cabeas
cobra-de-vidro
Coca-Cola
c—ccix
c—cegas
Cochabamba (Bol’via)
cochicho
Cochinchina
cocho (vasilha)
cociente
nncocker spaniel
n ncockpit
c—clea
coco-da-ba’a
c—coras
cocuruto
Codaj‡s (AM)
c™dea
co-dire‹o
co-edi‹o
coer‹o
coestaduano
cofre-forte
co-gera‹o
co-gest‹o
nncogito, ergo sum
Cognac (Frana)
n ncoiffeur
coimbr‹o
Cointreau (bebida)
coiote
coirm‹o
coisa-ˆ-toa
coisa-feita
coisa-ruim
cois’ssima
colchonete
colŽdoco
cole—ptero
c—lera-morbo
colet‰nea
colinear
Coliseu
nncollant
colmeal
colmŽia
co-logaritmo
Colombey-les-Deux-
ƒglises (Frana)
c—lon
Col—n
Col™nia (al.: Kšln)
C—lquida (çsia)
Colœmbia (EUA)
colza (vegetal)
comandante-chefe
comando-chefe
comŽdia-de-arte
comŽdia-pastel‹o
come-e-dorme
comensal
cometa de Halley
comezaina
comezinho
comich‹o
com’cio rel‰mpago
nncomics
comilana
Commedia dellÕArte
n ncomme il faut
n ncommodity
n ncommon law
Commonwealth
Comores (ilhas)
Compaq (empresa)
complacncia
compl™
comprimento (exten-
s‹o)
comprobat—rio
compulsar
comtiano (rel. a Comte)
comum-de-dois
comumente
Conacri (GuinŽ)
n nconnaisseur
c™ncavo-convexo
concelho (munic’pio)
Concepci—n (Am. Sul)
concertar (harmonizar)
concerto (recital)
concession‡rio
nnconciergerie
concidad‹o
conclui
concupiscncia
concuss‹o
condescendncia
condescendente
condisc’pulo
nnconditio juris
n nconditio sine qua non
349ciz‰nia conditio sine qua non

nncondottiere
condu’te
conectivo
conex‹o
confessional
confession‡rio
confete
confiss‹o
nnconfiteor
conflagra‹o
confranger
conhaque
conjectura
conjecturar
c™njuge
Connecticut (EUA)
consangŸ’neo
consangŸinidade
conscincia
consciencioso
conscientizar
c™nscio
consecu‹o
Conselheiro Lafaiete
(MG)
conselho (aviso)
consent‰neo
conseqŸncia
conseqŸente
consertar (reparar)
conserto (reparo)
consist—rio
consom
consp’cuo
constipado
constringir
constr—i
consubstancia‹o
consuetudin‡rio
c™nsul-geral
nnconsummatum est
consump‹o
conta corrente
conta fantasma
conta-giros
conta-gotas
contas-correntes (livro)
contato
continer
contineres
contŽm (singular)
contm (plural)
conten‹o
contencioso
contexto
contigŸidade
contingente
continue
nncontinuum
conto de fadas
conto-do-vig‡rio
contor‹o
contorcer
contorcionista
contra-almirante
contra-argumento
contra-ataque
contrabaixo
contracheque
contradana
contra-espionagem
contrafilŽ
contra-indica‹o
contra-informa‹o
contraluz
contram‹o
contra-ofensiva
contra-oferta
contra-reforma
contra-regra
contra-revolu‹o
contra-senso
contratorpedeiro
contumaz
convalescena
convalescente
convalescer
convŽs
coobrigado
coonestador
nncooper
co-opositor
cooptar
copa-cozinha
co-participa‹o
Copenhague (Din.)
copeque (moeda)
copidescar
copidesque
co-piloto
copo-de-leite (planta)
co-produ‹o
co-produzir
co-propriet‡rio
nncopyright
coquetel
coquetel molotov
nncorbeille
cor-de-carne
cor-de-rosa
C—rdoba
nncordon-bleu
co-redator
co-respons‡vel
co-rŽu
Corfu (GrŽcia)
cor’ndon
Corinthians
corintiano
Corinto (GrŽcia)
Coritiba (time)
corixo (canal)
coriza
Cork (Irlanda)
corne-ingls
cornija
Cornualha (regi‹o)
coronariografia
coronel-aviador
corpo-a-corpo (a luta)
corpo a corpo (sem
armas)
corp—reo
Corpus Christi
corre-corre
correi‹o(inspe‹o)
correligion‡rio
Corrientes (Arg.)
corrim‹o
corriola
350condottiere corriola

corrupi‹o
corrupio
corta-jaca
corta-luz
corts (am‡vel)
cortes‹o
cortesia
c—rtex
corticoster—ide
Cortina dÕAmpezzo (It.)
cortina de fumaa
cortisona
corvina
coruscar
c—s (tira)
co-secante
co-seno
Cosenza (It‡lia)
coser (costurar)
co-signat‡rio
cosme-e-dami‹o (dupla)
cossaco
Costa del Sol (Esp.)
costa-riquenho
Cosworth (motor)
cota
co-tangente
cota-parte
C™te dÕAzur
Cotegipe (BA)
Cotia (SP)
cotidiano
cotista
cotizar
cotonete
Cotonu (Benin)
Cotopaxi (vulc‹o)
n ncottage
co-tutor
coulomb
nncoup de foudre
n ncoup de gr‰ce
n ncoup de thމtre
c™vado
Coventry (Inglaterra)
n ncover-girl
Covilh‹ (Portugal)
cox‹o duro
cox‹o mole
coxear
Coxim (MS)
coxo (manco)
cozer (cozinhar)
cozinha
crack (droga)
Crac—via (Pol™nia)
cr‰nio
cra™ (’ndio)
craque (jogador)
craque (quebra)
Crateœs
cravo-da-’ndia
cravo-de-defunto
nncrawl
crem
creiom
Cremona (It‡lia)
crenacarore (’ndio)
creolina
nncrpe suzette
n ncrpes suzettes
(plural)
crepom
criado-mudo
criana-problema
Criciœma (SC)
cricri
crina (plo)
crioulo
cr’quete
cris‰ntemo
crisol
crist‹o-novo
Crist—v‹o
Crix‡s (GO)
croch
nncroissant
Cro-Magnon
cromossomo
nncrooner
croqui
nncrossing over
crueza
crupe
crupi
crust‡ceo
Cruz‡lia (SP)
cruzmaltino
cuat‡ (macaco)
cuch (papel)
Cœcuta (Col™mbia)
Cuenca (Esp., Eq.)
culote
cumari (pimenta)
cumbuca
cumeada
cumeeira
nncum grano salis
cumprimento
(sauda‹o)
cœmulo-nimbo
cup
cupidez
Cupido (Eros)
cœpido (‡vido)
cupincha
cupom
cupuau
cœpula
Curaau
curau (doce)
Curdist‹o (çsia)
curdo
curiango
curimbat‡
curinga (carta)
curr’culo
nncurriculum vitae
curta-metragem
curto-circuito
curtume
curumim
curupira
curvil’neo
cuscuz
cuscuz-paulista
cœspide
custoÑbenef’cio
custo Brasil
351corrupi‹o custo Brasil

cutia (animal)
cut’cula
Cutty Sark (u’sque)
cutucar
Cuzco (Peru)
czar
czarŽviche
czarevna
czarina
czarista
d‡blio
Daca (Bangladesh)
Dacar (Senegal)
dacha
Dachau (Alem.)
dacota (’ndio)
Daewoo
Daguest‹o (Europa)
Daimler-Benz
daiquiri
dalai-lama
Dallara (F-1)
Dallas (EUA)
Dalm‡cia (Europa)
d‡lmata
D‰mocles
Da Nang (Vietn‹)
dana
nndancing
d‰ndi
Dantzig (Gdansk)
DaomŽ (atual Benin)
Dar Es-Salaam
(Tanz‰nia)
n ndark
Darmstadt (Alem.)
Dartmouth (Canad‡)
darwiniano
darwinista
data-base
nndata venia
Davao (Filipinas)
Davi (B’blia)
David (nome pr—prio)
David Canabarro (RS)
n ndeadline
debacle
debnture
Debreczen (Hungria)
decacampeonato
decap
decapitar
decassŽgui
decesso
dŽcimo primeiro
dŽcimo segundo
dŽcimo terceiro
dec™
nndŽcor
decrescer
decrŽscimo
decreto-lei
nnde cujus
dedo-durar
dedo-duro
dem
nnde facto
n ndefault
defec‹o
deferir (conceder)
dŽficit
degenerescncia
nndŽgradŽ
deixa-disso
nndŽjˆ vu
n ndekassegui
Delaware (EUA)
n ndelenda Carthago
delinqŸncia
delinqŸente
delinqŸir
nndelirium tremens
n ndelivery
n ndŽlivrance
Del Rey (carro)
n ndŽmarche
demiurgo
nndŽmodŽ
demon—latra
de moto pr—prio
denegrir
dente-de-leite (futebol)
dentifr’cio
dentuo
Denver (EUA)
n ndeo gratias
depreda‹o
depredar
Derby (Inglaterra)
n ndernier cri
derrama (cobrana)
derrame
(derramamento)
dervixe
desacoroado
des‡gua
des‡gŸe
des‡gŸem
desaguisado
desajeitado
desarmonia
desassisado
desassossegar
desassossego
desatarraxar
desazado (desajeitado)
desazo (descuido)
Descalvado (SP)
descansado
descanso
descarrilar
descensional
descenso
desconcertado
(perturbado)
desconcertante
desconcertar
desconcerto
desconto-padr‹o
descrem
descorts
descortino
352cutia descortino

descoser (descosturar)
descosido
descri‹o (narra‹o)
descriminar (inocentar)
desenxabido
desequilibrado
desequil’brio
desfaatez
nndŽshabillŽ
desiderato
des’dia
nndesign
n ndesigner
desintumescer
desjejum
desleixo
deslizar
deslize
desmancha-prazeres
desmazelo
desmilingŸir
Des Moines (EUA)
despender
despensa (da casa)
despercebido
(desatento)
desperdiar
desperd’cio
despesa
despiciendo
desprender
desprendido
desprendimento
despressurizar
despretens‹o
despretensioso
desprevenido
dessemelhana
dessemelhante
destila‹o
destilar
destilaria
destra
destreza
destro
destroem
destr—i(s)
destr—ier
desvairar
desvanecer
desvanecimento
desvario
desvio-padr‹o
detec‹o
detectar
detector
detŽm (singular)
detm (plural) n ndŽtente
deteriora‹o
deteriorar
nndŽtraquŽ
detr‡s
Detroit
deus-dar‡ (ao...)
n ndeus ex machina
deus-me-livre (um)
deus-nos-acuda (um)
Devonshire (Inglaterra)
dextrina
dextrogiro
dextrose
dezesseis
dezessete
dezoito
dia a dia (todo dia)
dia-a-dia (rotina)
diabete
diaconisa
dialisar
di‡lise
diapas‹o
dia santo
dic‹o
Dien Bien Phu (Vietn‹)
n ndiesel
n ndies irae
diferir (divergir)
digladiar
dignit‡rio
dila‹o (adiamento)
dilapida‹o
dilapidar
D’li (Timor)
diminutivo
Dimple (u’sque)
dinheiro-papel
dinossauro
dipsoman’aco
diretor-adjunto
diretor-executivo
discente
discernimento
discernir
disciplina
disc’pulo
disc-j—quei
disc—bolo
discri‹o (prudncia)
discricion‡rio
discriminar (especificar)
discriminat—rio
disenteria
disfun‹o
Disneyl‰ndia
Disney World
d’spar
dispndio
dispensa (licena)
dispensar
dispens‡rio
nndisplay
displicncia
displicente
Disque-Denœncia
disquete
disritmia
dissens‹o
dissenso
disse-que-disse
dissuas‹o
dissuasivo
distender
distens‹o
distor‹o
distorcer
dito-cujo
Diu (Goa)
353descoser Diu

diversion‡rio
diversionista
diz-que-diz
diz-que-diz-que
Djajapura (IndonŽsia)
Djibuti (çfrica)
Dnieper (rio)
Dniester (rio)
doa
nndobermann
doce-de-coco
docncia-livre
docente-livre
d—-de-peito
doe (doar)
Dodge Dart (carro)
doge (magistrado)
dogue (c‹o)
d—i, d—is (v. doer)
doido varrido
dois-com (remo)
dois-pontos
dois-sem (remo)
n ndolce far niente
Dolcin—polis(SP)
d—lm‹ (roupa)
d—lmen (monumento)
Dominica (ilha)
dom-juan (sedutor)
Dom Quixote
dom-quixote (um)
dom-quixotismo
Don (rio)
dona de casa
donaire
Donetsk (Ucr‰nia)
Don Juan (personagem)
d™o (doar e doer)
n ndoping
dor-de-corno
dor-de-cotovelo
Dortmund (Alem.)
dossel
dossi
nndouble-face
Dourado (SP)
Dourados (MS)
n ndoutor honoris causa
Dover (EUA, Ingl.)
Downing Street
nndownsizing
n ndrag queen
Drambuie (bebida)
n ndrawback
Dresden (Alem.)
drinque
nndrive-in
dropes
nndry-farming
Dubai (emirado)
dubl
Dublin (Irlanda)
Dubonnet (bebida)
ducentŽsimo
dœctil
DulcinŽia
dulc’ssimo
Duluth (EUA)
n ndumping
Dundee (Esc—cia)
dundum (bala)
Dunquerque (porto)
dœplex
duplo sentido
Duracell
dura-m‡ter
Durazzo (Alb‰nia)
Durban (çf. do Sul)
DŸsseldorf (Alem.)
East London
Ebola (v’rus)
Echapor‹ (SP)
echarpe
nnŽclair
Žcloga
economista-chefe
ecossistema
ecoturismo
nnŽcran
n necstasy (droga)
eczema
edelvais
Žden, edens
edif’cio-garagem
Edimburgo (Esc—cia)
edito (decreto)
Ždito (edital)
editor-assistente
editor-chefe
editor-executivo
Edmonton (Canad‡)
edredom
efeito cascata
efeito estufa
efeito tequila
efervescncia
efervescente
efes-e-erres
ef’gie
Egeu (mar)
egiptologia
Eiffel
Eilat (Israel)
Eindhoven (Holanda)
Eisenach (Alemanha)
el‹
El Al (empresa)
El-Alamein (Egito)
Elche (Espanha)
Electra (personagem)
Electra (avi‹o)
elefanta
elefant’ase
elemento-surpresa
eletricidade
eletricista
eletroacœstica
eletrocardiograma
eletrocuss‹o
eletrodo
eletrodomŽstico
354diversion‡rio eletrodomŽstico

eletroeletr™nico
eletroencefalograma
eletro’m‹
elŽtron
Eliseu (pal‡cio)
el’sio
elixir
eloqŸncia
eloqŸente
El Paso (EUA)
elucubra‹o
Emaœs
embaixo (de)
embira
embriaguez
Embu-Guau (SP)
em cima
emergir (para fora)
emers‹o
emerso (que emergiu)
emigra‹o (sa’da)
emigrante (o que sai)
eminncia (altura)
eminente (elevado)
empanzinado
empecilho
em pŽ de guerra
empertigado
empertigar
Empire State Building
emplastro
empresa-espelho
empresa fantasma
empuxo
encapuzado
encarna‹o
encarnar
encefalograma
encharcar
enchova
encilhamento
endemoninhado
EnŽias (Tr—ia)
n nenfant g‰tŽ
enfarte
enfear
enfezado
enfezar
enfisema
enfisematoso
enfiteuse
engabelar
nnenglish spoken
engolir
nnenjambement
enjeitar
enj™o(s)
enlear
nnen passant
enquete
enrijecer
enrubescer
ensangŸentar
nnensemble
entabular
Entebe (Uganda)
n nentente cordiale
entorse
nnentourage
entra-e-sai
nnentrechat (dana)
Entre-Rios (BA, MG)
entressafra
entronizar
enviesar
enx‡gua
enx‡gŸe(s)
enxagŸei
enxerido
enxœndia
enxurrada
epifania (n’)
epilŽtico
epistemologia
epizootia
ep—xi
Epsom (Inglaterra)
Epson (impressora)
eqŸestre
eqŸidade
eqŸidistante
eqŸil‡tero
equimose
eqŸino
equin—cio
eqŸitativo
ere‹o
ereto
Erechim (RS)
Erfurt (Alem.)
n nerga omnes
eriado
Ericsson (empresa)
Erie(Am. Norte)
erisipela
Erivan (Armnia)
Ermelino Matarazzo
(SP)
Ermitage (pal‡cio)
err™neo
nnersatz
erup‹o
erva-cidreira
erva-de-passarinho
erva-doce
erval
erva-mate
esbelteza
esboroar
escabeche
escabreado
escalda-pŽs
escalope
escambau
escapulir
escarcŽu
nnescargot
esc‡rnio
escassear
escassez
escasso
escocs
escola-modelo
escola-padr‹o
escore
escoria‹o
escorraar
Escort (carro)
escr’nio
355eletroeletr™nico escr’nio

esculacho
escusa
escusado
escuso
esdrœxulo
esfirra
esf’ncter
esfuziante
esgarar
esgazeado
esgoelar
esgotar
Eslov‡quia (Europa)
Eslovnia (Europa)
Esmirna (Turquia)
esnobe
esnobismo
es™fago
esotŽrico (hermŽtico)
esoterismo
espaguete
espalha-brasas
espargir
espat—dea
espŽcime
espectador
espezinhar
espinhel
espiral
espirar (soprar)
esp’rito-santense
esplndido
esplendor
esplim (tŽdio)
espocar
espolia‹o
espoliar
esp—lio
esponsais
espontaneidade
espont‰neo
espremer
nnesprit de corps
esquete
esqui
ƒsquilo (poeta)
esquisito
esquistossomo
esquistossomose
esquizofrenia
esquiz—ide
essa (estrado)
Essen (Alem.)
Essex (Inglaterra)
Esslingen (Alem.)
n nestablishment
estado de direito
Estado-Maior
Estados-Gerais
estado-tamp‹o
estafilococo
estande
est‡tico (im—vel)
estncil
estender
estepe
Ester (B’blia)
esterar
estŽreo
estere—tipo
esterno (osso)
Estv‹o
estirpe
Estocolmo
estorno
estorricado
estramb—tico
estrangeiro
Estrasburgo (Frana)
estratŽgia
estrato-cirro
estrato-cœmulo
estrato-nimbo
estrela an‹
estrela cadente
estrela-dÕalva
estrela-de-davi
estrela-do-mar
estrelados (ovos)
estrela-guia
Estremadura (Port.)
estreme
estremecer
estrnuo
estrepitoso
estressado
estressante
estresse
estricnina
estripulia
estr—geno
estrogonofe
estr—ina
estultice
estupefato
estupidez
estupro
esvaecer
esvaziar
nnŽtamine
n net cetera
etŽreo
Žtimo
etimologia
Eton (Inglaterra)
n net pour cause
n net reliqua
eucaliptal
Euratom
Eur’pides (poeta)
eurocomunismo
eurod—lar
euro-mediterr‰neo
EusŽbio
evanescente
evas (saia)
Everest
ƒvora (Portugal)
n nex-abrupto
n nex aequo
exangue
nnex cathedra
exce‹o
excedente
excepcional
excerto
exceto
excetuar
excipiente
excrescncia
excurs‹o
356esculacho excurs‹o

excursionar
exegese
exeqŸ’vel
exigŸidade
nnexit
Excel (banco)
ex-l’bris
Exocet
nnex-officio
exorcizar
ex—rdio
exotŽrico (acess’vel)
expectativa
expectorante
expensas
nnexpert
n nexpertise
expiar (pagar)
expia‹o
expiat—rio (bode)
expirar (morrer)
explanar
expletivo
exprobrar
expurgar
xtase
extasiado
ext‡tico (em xtase)
extempor‰neo
extens‹o
extenuado
externo (exterior)
extirpar
extors‹o
extorsion‡rio
extorsivo
extra-alcance
extraconjugal
extracurricular
extra-escolar
extra-humano
extrajudicial
extramuros
extra-oficial
extraordin‡rio
extraprograma
extra-regulamentar
extras
extra-sensorial
extrato (trecho,
perfume)
extra-uterino
extravasar
extrema-direita (fut.)
extrema direita (pol.)
extremado
extrema-esquerda (fut .)
extrema esquerda (pol.)
extrema-un‹o
extremoso
extr’nseco
extrovers‹o
Exu (PE)
Exxon (empresa)
ex-voto
Ezeiza (B. Aires)
Ezequiel

facho (tocha)
f‡cies
fac’nora
f‹-clube
fac-similar
fac-s’mile
nnfactoring
fact—tum
factual
nnfading
Fahrenheit
Faial (rei)
Fairbanks (Alasca)
n nfair-play
n nfaisandŽ
n nfait divers
falŽsia
Falkland
Falstaff (—pera)
Famagusta (Chipre)
fanti-achanti
fanzoca
farad
faraday
far‰ndola
Farnese (pal‡cio)
n nfar-niente
faroeste
farsa
farsante
Faruk (rei)
fasc’culo
fascina‹o
fasc’nio
fascismo
fascista
nnfast-food
faz-de-conta
fazenda-modelo
faz-tudo
fecha-fecha
nnfedayn
Fedra (mitol., pea)
n nfeedback
fe’ssimo
feij‹o-com-arroz
feij‹o-fradinho
feij‹o-mulatinho
feij‹o-preto
feij‹o-tropeiro
feira livre
fel’deo
FŽlix
felliniano
femoral (do fmur)
fmur
fnix
fen—tipo
ferrazense
ferrabr‡s
fescenino
ferro-gusa
ferromagnŽtico
357excursionar ferromagnŽtico

ferromoa
ferro-velho
fez
Fez (Marrocos)
feston
fezes
ficcionista
f’cus
f’cus-benjamim
fidel’ssimo
Fiji (ilhas)
FiladŽlfia
filantropo(tr™)
filŽ mignon
Filinto
Filipe
fim de ano
fim de semana
finca-pŽ
fino-russo
fiorde
Firestone (marca)
f’sico-qu’mica
f’sico-qu’mico
f’ssil
fita cassete
fitas cassete
flacidez
flagrante(evidente)
n nflamboyant
Flandres (Europa)
n nflap
n nflash
n nflash-back
n nflashes
flecha
flerte
fleuma
fleum‡tico
Florena
florescncia
florescer
Florida(Arg. e Ur.)
Fl—rida (EUA)
Flor’nea (SP)
n nflou
fluidez
fluido (œi)
flu’do (de fluir)
fluorescente
nnflush
n nflžte
n nfog
fogo-apagou
fogo-central
fogo-f‡tuo
fogo-selvagem
foguete-sonda
Fokker (f‡brica)
n nfolder
folha-de-flandres
folha-seca
nnfollow-up
n nfondue
fonfom
fonoaudi—logo
Fontainebleau (Frana)
n nfooting
fora-da-lei
fora de sŽrie
fora-tarefa
foras vivas
f—rceps
forde-de-bigode
Foreign Office
Forest Hills
nnforfait
formiga-correi‹o
f—rmula-grama
Fort-de-France
(Martinica)
Fort Knox
Fort Lauderdale (EUA)
fortran
fortuito (œi)
Fort Worth (EUA)
n nforward
fosforescente
fotoelŽtrico
foto-legenda
fotomontagem
fotonovela
Fotoptica (empresa)
fotorreportagem
fotoss’ntese
nnfoul
n nfoulard
fovismo
nnfox
n nfox-blue
n nfox terrier
foxtrote
nnfoyer
Foz do Iguau
Fra Angelico
fracionar
Fra Diavolo
frag’limo
fragr‰ncia (perfume)
fragrante (perfumado)
Fraiburgo (SC)
framboesa
nnfranchise
franco-alem‹o
franco-atirador
franco-brasileiro
francofobia
franco-maonaria
franco-rochense
frango-dՇgua
Frankenstein
Frankfurt
franquear
franquia
nnfrappŽ
Frascati (It‡lia)
frase feita
fr‡ter
fratricida
nnfrau
n nfrŠulein
freada
frear
nnfree lance
n nfree shop
Freetown (S. Leoa)
n nfree way
358ferromoa free way

nnfreezer
freguesia
frenesi
freqŸncia
freqŸente
fresa
fresar
fricass
fric‹o
friccionar
Frigidaire (marca)
frigidez
frigid’ssimo
frigobar
frisa
frisante
frisar
friso
nnfrisson
Friuli (It‡lia)
Fr—is
nnfront
frontisp’cio
frufru
frustra‹o
frustrar
fruta-do-conde
fruta-p‹o
fœcsia (planta)
fugaz
nnfŸhrer
Fujaira (emirado)
Fuji (filme)
Fuji-Yama (monte)
Fukuoka (Jap‹o)
Fukushima (Jap‹o)
Fukuyama (Jap‹o)
n nfull-back
n nfull time
funcion‡rio fantasma
nnfunding-loan
Furglaine (carro)
FŸrstenberg (fam’lia)
furta-cor
nnfuseau
fuselagem
fus’vel (dispositivo)
fuso
fuxicar
fuxico
fuzarca
fuzil(arma)
fuzileiro
gabardine
Gab‹o (çfrica)
gafe
nngag
gaguez
Gal‡pagos (ilhas)
Galaxie (carro)
gals (de Gales)
Galileu
galinha-dÕangola
galinha-morta
galinha-verde
Galiza (Espanha)
Gallery
Gallup
galo-da-serra
galo-das-trevas
galo-de-campina
galoman’aco
G‰mbia (çfrica)
Gana (çfrica)
Gand (BŽlgica)
gandhismo
Ganges(rio)
g‰ngster
g‰ngsteres
gangue
ganha-p‹o
ganha-perde
Gantois
garagem
Garanhuns (PE)
garom
garonete
nngaronnire
n ngarden-party
Garg‰ntua
Garibaldi(RS)
garnisŽ
Garonne (Frana)
garoto-propaganda
garrucha
g‡s
Gasconha (Frana)
gasoduto
gas™metro
g‡spea (do sapato)
gastroenterite
gastrointestinal
gata-parida
gato-do-mato
gato-pingado
gato-sapato
nngauche
g‡udio
nngauleiter
gauls (francs)
gaullista
Gauss
nngay
Gaza (Oriente MŽdio)
gaze (tecido)
gazua
Gdansk (Pol™nia)
Geiger
giser
gema-de-ovo (cor)
geminada (casa)
gendarme
Genebra (Su’a)
genebrs
general-de-brigada
general-de-divis‹o
general-de-exŽrcito
General Electric
GenesarŽ (lago)
gnese
359freezer gnese

gengibre
Gngis Khan
gen—tipo
Gnova (It‡lia)
gentil-homem
nngentleman
n ngentlemen (plural)
geopol’tica
Georgetown (Guiana)
Ge—rgia(EUA e
Europa)
Gerdau
gergelim
geringona
germe
Gertrudes
gestalt
Gestapo
gesto-chave
Gethsemani (cemit.)
Getsmani (jardim)
Gettysburg (EUA)
n nghost-writer
n ngianduia
gi‡rdia
Gibraltar
gicl
Gilbert
gilete (l‰mina)
Gillette (marca)
gim-t™nica
gineceu
nnginger ale
Giovanni
gir‰ndola
girino
nngirl
Gironda (Frana)
giz
GizŽ (Egito)
n nglamour
Glasgow (Esc—cia)
Glenfidich (u’sque)
Glenlivet (u’sque)
glissando
nnglobe-trotter
glosa (cr’tica)
Gloucester (Inglaterra)
gluglu
glœten
gnomo
gnu
Gobi (deserto)
god
goela
goethiano
Goio-Er (PR)
G—is
goitac‡s (’ndios)
golfe
Golan (regi‹o)
goma-ar‡bica
goma-laca
Goncourt (prmio)
Gondwana (êndia)
n ngood bye
Goodyear(marca)
gorjear
gorjeio
gorjeta
Gotemburgo (SuŽcia)
n ngoulash
n ngourmand
n ngourmet
goyesco
Goytacaz (time)
goza‹o
gozar
gozo
gozoso
gr‹
Graal (vaso)
Gr‹-Bretanha
Graco (irm‹os)
gr‹-cruz
gr‹-finismo
gr‹-fino
grafite
gral (pil‹o)
gralha-azul
gram’nea
Grammy (prmio)
gram-negativo
gram-positivo
Grand Canyon
grande-angular
grandess’ssimo
nngrand finale
n ngrand guignol
grandiloqŸncia
grandiloqŸente
grand’ssimo
nngrand monde
Grand Prix
granizo
granjear
granjeiro
Granma (jornal)
GrantÕs (u’sque)
GrantÕs Royal (u’sque)
gr‹o-de-bico
gr‹o-ducado
gr‹o-duque
gr‹o-duquesa
gr‹o-lama
gr‹o-mestre
gr‹o-rabino
gr‹o-turco
gr‹o-vizir
nngrapefruit
n ngratia argumentandi
gratuito(œi)
grau-dez (excelente)
Graz (çustria)
greco-latino
grecomania
greco-romano
nngreen card
Greenwich
Greenwich Village
gren‡
Grenoble (Frana)
n ngrid
grife
nngrill-room
Grimm (irm‹os)
gris (cinzento)
gris
grisu (g‡s)
360gengibre grisu

grogue
nngroom
grosa (12 dœzias)
grosso modo
Grozny (Chechnia)
n ngruyre (queijo)
Gstaad (Su’a)
guache
Guadalupe (ilha, etc.)
guaiaca
guaiamum
Guaianases (SP)
Guam (ilha)
Guant‡namo(Cuba)
Guarani dÕOeste (SP)
Guarant‹ (SP)
guarda-cancela
guarda-chuva
guarda-civil (policial)
Guarda Civil (entidade)
guarda-comida
guarda-costas
guarda-fios
guarda-florestal
guarda-freios
guarda-j—ias
guarda-livros
guarda-loua
guarda-marinha
guarda-meta
Guarda Metropolitana
guarda mirim
guarda-m—veis
guarda-noturno
guarda-p—
guarda-roupa
guarda-sol
guarda-valas
guarda-volumes
nnguardrail
Guatimoz’n (asteca)
Guayaquil (Equador)
gueixa
guelra
Guernica (Espanha)
guerra fria
guerra santa
nnguest star
gueto
guich
guidom
Guilherme Tell
GuinŽ-Bissau
Guinness
guipure (renda)
Guipœzcoa (Espanha)
guisa
guisado
guisar
guizo
Gulag
Gulf Stream
Gulliver
nngurkha
gusa
guta-percha
Gutenberg
guzer‡
Guzol‰ndia (SP)
n nhabeas-corpus
n nhabeas-data
h‡bitat
nnhabituŽ
Habsburgo (dinastia)
n nhacker
Haddock Lobo
hadoque (peixe)
Haia (Holanda)
haicai
Haifa (Israel)
Haig (u’sque)
Haiphong (Vietn‹)
Halifax (Ingl., Can.)
n nhall
Halle (Alemanha)
n nHalloween
haltere
Ham‡ (S’ria)
hambœrguer
hambœrgueres
Hamilton (Canad‡)`
Hamlet
Hamurabi
handebol
nnhandicap
Han—i (Vietn‹)
Hannover (Alem.)
n nhappening
n nhappy end
n nhappy hour
haraquiri
Harare (Zimb‡bue)
Hard Rock Cafe
nnhardware
Hare Krishna (seita)
Harley-Davidson
Harlem (Nova York)
harpa
Harpag‹o
harpia (p’)
Harpias (p’)
Hastings (Inglaterra)
haurir
Hava’
haxixe
Hedjaz (Ar‡bia)
hŽgira
heideggeriano
Heidelberg (Alem.)
hein
Heineken (cerveja)
HŽlade (GrŽcia)
n nhŽlas
Helo’sa
Helsinque (Finl‰ndia)
HelvŽcia
hem
hem‡cia
HemisfŽrio Norte
HemisfŽrio Sul
hemoptise
hemorr—idas
Henry Borden (usina)
heptass’labo
herb‡ceo
herbicida
361grogue herbicida

herb’voro
herege
herma
Herms (grife)
hŽrnia
her—i
herpes-zoster
nnherr
hertz
hesitar
heterogneo
heterossexual
heureca
Hewlett Packard
hexacampe‹o
hexass’labo
hidrelŽtrica
hieroglifo
h’fen
nnhigh fidelity
n nhigh-life
n nhigh tech
hilaridade
hilŽia
Himalaia
h’men
hindu
hindu’smo
hindustani
hinterl‰ndia
hi—ide
hiperacidez
hiperexcitabilidade
hiper-humano
hipermetropia
hiper-rancoroso
hipersens’vel
hip—fise
nnhippie
Hippopotamus
Hirohito
Hiroshima
hirsuto
hispano-americano
histri‹o
nnhit
Hitachi (marca)
n nhi-tech
n nhit parade
n nhobby
Ho Chi Minh (Vietn‹)
Hodeida (Imen)
Hoechst (empresa)
Hohenzollern
nnholding
holerite
Holgu’n (Cuba)
Holiday on Ice
Hollywood
hombridade
homem-chave
homem-hora
homem-mosca
homem-r‹
homem-sandu’che
nnhome page
homilia (l’)
homiziado
homogeneidade
homogneo
homon’mia
Homo sapiens
Homs (S’ria)
Honduras
Honduras Brit‰nica
Hong Kong
nnhonni soit qui mal y
pense
Honolulu
nnhonoris causa
honradez
h—quei
hora extra
horas extras
nnhors-concours
n nhors-dÕoeuvre
n nhorse-power
Hortncia (jogadora)
hortnsia (flor)
hortifrutigranjeiro
hortigranjeiro
nnhostess
n nhot-dog
hotel-fazenda
nnhouse organ
Houston (EUA)
Huang-ho(rio)
Hudson
HuŽ (Vietn‹)
huguenote
Humboldt (corrente)
hœmus
Huron (lago)
hurra!
Hyde Park
Hyderabad (êndia)
Hyres (Frana)
Iacri (SP)
Iago (personagem)
Iai‡ Garcia
iai‡ (moa)
ialorix‡
ianom‰mi
ianque
Ians‹
Iaund (Camar›es)
Ibad‹ (NigŽria)
ibero (bŽ)
ibero-americano
ibidem
Ibiza (Espanha)
n niceberg
IcŽm (SP)
Idaho (EUA)
idiossincrasia
i-i-i
Iemanj‡
Imen (pa’s)
Iena (Alemanha)
iene (moeda)
Iep (SP)
Ifignia
362herb’voro Ifignia

Igarau do Tiet
iglu
Iguau
i’diche
Iju’ (RS)
Ijuiguau(rio)
n nikebana
Ildefonso
Ilhabela (SP)
Ilha Solteira
IlhŽus (BA)
Iliuchin (avi‹o)
Illimani (monte)
Illinois(EUA)
im‹ (religioso)
’m‹(s)(magneto)
imagem-s’ntese
imarcesc’vel
imbricado
imbr—glio
imbuia
imergir (mergulhar)
imerso
Imeri (serra)
imigrante (o que chega)
imigrar (entrar)
iminncia
(proximidade)
iminente (prestes a)
imiscuir-se
imiss‹o (de posse)
imitir (tomar posse)
êmola (It‡lia)
n nimpeachment
imperscrut‡vel
impertŽrrito
impetigo
impigem
impingir
imposta‹o
impostado
imprescind’vel
imprim‡tur
’mprobo
nnimprobus
administrator
nnimpromptu
imprudente (leviano)
impudente
(despudorado)
impudic’cia
impudico (d’)
imund’cie
imunodepress‹o
imunorrea‹o
imunossupress‹o
nnin absentia
ina‹o
inacess’vel
nnin actu
n nin aeternum
inalar
nnin albis
inaudito
incandescncia
incandescente
Inchon (CorŽia)
incipiente
(principiante)
incognosc’vel
inconscincia
inconsciente
inconseqŸente
inconsœtil
incontinente
(imoderado)
incontinenti (sem
demora)
incorp—reo
incrusta‹o
incrustar
’ndex
Indian‡polis (EUA)
Indian—polis (SP)
Indiapor‹ (SP)
ind’gena
indisciplina
indiscri‹o
indissoci‡vel
indissolœvel
indo-ariano
indo-europeu
indo-iraniano
Ins
inesgot‡vel
inexced’vel
inexeqŸ’vel
inexor‡vel
inexpugn‡vel
nnin extenso
n nin extremis
inextric‡vel
infanto-juvenil
infeccioso
infectado
infecto-contagioso
’nfero-anterior
’nfero-lateral
’nfero-posterior
infidel’ssimo
nnin fine
infligir (aplicar)
inflorescncia
influenza
in-f—lio
infogr‡fico
infovia
infra‹o (viola‹o)
infra-estrutura
infravermelho
infringir (violar)
infus‹o
ingente
’ngreme
ingurgitar
inhaca
inhambu
inhambuxint‹
inhambuxoror—
inid™neo
inilud’vel
iniqŸidade
in’quo
nnin limine
n nin loco
n nin memoriam
n nin natura
Innsbruck (çustria)
in—cuo
in-oitavo
in—spito
nnin petto
n ninput
in-quarto
inquirir
nnin saecula saeculorum
inser‹o
363Igarau do Tiet inser‹o

inserto (colocado)
n ninsight
insipiente (ignorante)
n nin situ
insosso
instantaneidade
institui‹o-alvo
insulso
insurrecional
insurreto
intelec‹o
nnintelligentsia
inten‹o (prop—sito)
intens‹o (tens‹o)
intercess‹o
(interven‹o)
interestadual
interface
inter-humano
’nterim
nnintermezzo
Internazionale (time)
internet
’ntero-anterior
interoce‰nico
nninter pares (primus)
’ntero-posterior
inter-racial
inter-rela‹o
interse‹o
(cruzamento)
intersindical
interst’cio
interveio
intervieram
nninterview
intervim
nninter vivos
intitular
nnin totum
intracraniano
intramuros
intra-—sseo
intra-uterino
intr’nseco
introspec‹o
intuito (tœi)
intumescer
intumescimento
inumano
inveross’mil
nnin vitro
inv—lucro
inzoneiro
Iochpe (grupo)
ioga
iogue
iogurte
ioi™
’on
Iowa (EUA)
Ipauu (SP)
ip-amarelo
Iperoig (SP)
ip-roxo
Ipoh (Mal‡sia)
n nippon
’psilon
nnipsis litteris
n nipsis verbis
n nipso facto
Ipu‹ (SP)
Iquique (Chile)
Iquitos (Peru)
Irapu‹(SP)
Irapuru (SP)
iraquiano
irasc’vel
Irazœ (vulc‹o)
Irec (BA)
ir-e-vir
iridescente
Irkutsk (Rœssia)
irm‹o-da-opa
iroqus
irreelegibilidade
irrequieto
irris‹o
irrup‹o
Isaac
Isabel
Isa’as
Isar (rio)
Isaura
isb‡
Iscariotes (Judas)
Ischia (It‡lia)
Iseo (It‡lia)
Isre (Frana)
Isidoro
Isl‹
Islamabad (Paq.)
Isma’lia (Egito)
is—sceles
Ispahan (Ir‹)
issei
Istambul
istmo
Istoƒ
êstria (Europa)
Itabora’ (RJ)
Itacoatiara (AM)
Itaja’-Au (rio)
’talo-brasileiro
Itamaraty
ItanhaŽm
Itapecerica
Itapicuru (rio, cid.)
Itapu‹(BA)
Itaquaquecetuba
Itaœ
Itaœna (MG)
Itautec
item
Ituverava (SP)
Iugosl‡via
Iv‹ (czar)
Iva’ (PR)
Ivanhoe
Iwo Jima
Izvestia (jornal)
Jaboat‹o (PE)
Jaborandi (SP)
Jaboticabal (SP)
jabuti
jabuticaba
jaa (mancha)
Jaan‹ (SP)
Jacarta (IndonŽsia)
Jack DanielÕs (u’sque)
Jacksonville (EUA)
364inserto Jacksonville

Jac— (B’blia)
n njacquard
Jacques Fath (grife)
Jacu’ (rio, cidade)
JaŽn (Espanha)
JafŽ (B’blia)
Jaguaria’va(PR)
Jaipur (êndia)
Jalisco(MŽxico)
n njamboree
n njam session
Jamestown (S. Helena)
j‰ngal
jan’zaro
jararacuu
jarda
Jaœ (SP)
jazer
Jazigo
nnjazz
n njazz-band
J&B (u’sque)
j (’ndio)
n njeans
Jeca Tatu (personagem)
jeca-tatu (caipira)
Jeddah (Ar. Saud.)
jeito
jeje (povo)
jenipapo
Jequitinhonha (MG)
Jeremias
Jerez de la Frontera
(Espanha)
Jericin— (Rio)
jerico (burro)
Jeric— (cidade)
jerimum
Jer™nimo
jŽrsei (tecido, gado)
jetom
nnjet ski
n njet set
jia (r‹)
jib—ia
jil—
nnjingle
Jiparan‡ (rio)
jipe
jirau
jiu-j’tsu
J— (B’blia)
jo‹o-de-barro
jo‹o-pinto
jo‹o-teimoso
Jockey Club (SP)
Jodhpur (êndia)
n njogging
jogo-da-velha
jogo do bicho
Jogos Abertos
Jogos Pan-Americanos
jogo-treino
Johannesburgo (çf. Sul)
Johnnie Walker (u’sque)
Johnson & Johnson
nnjoint venture
Joinville
j—quei
Josias
joule
jovem guarda
joyciano
nnjoy stick
ju‡ (fruta)
juazeiro
juara (palmeira)
jucundo
juiz
ju’za
ju’zes
ju’zo
Jujuy (Argentina)
Jœlio Mesquita (SP)
Jundia’
Juneau (Alasca)
jungir
jœnior
juniores (™)
n njunk food
Juque’ (SP)
jurisdi‹o
juriti
jurupensŽm (peixe)
jus (direito)
jusante
justapor
justaposi‹o
Kadett (carro)
kafkiano
Kaiser (cerveja)
Kalahari (deserto)
Kampala (Uganda)
Kandahar (Afeg.)
Kanpur (êndia)
Kansas (EUA)
kantismo
Karachi (Paquist‹o)
Karame (Emirados)
n nkaraok
kardecista
Karlovy Vary (Rep.
Checa)
Karlsruhe (Alem.)
Karmann Ghia (carro)
n nkart
kart—dromo
Kassel (Alemanha)
Katmandu (Nepal)
Kawasaki (moto)
Kennedy
Kensington (Londres)
Kentucky (EUA)
n nketchup
keynesiano
Kharkov (Ucr‰nia)
n nkibutz
n nkibutzim (plural)
kierkegaardiano
Kiev (Ucr‰nia)
365Jac— Kiev

Kilimanjaro (pico)
n nkilt
Kimberley (çfrica)
Kingston (Jamaica)
Kinshasa (Zaire)
Kiribati (pa’s)
kiribatiano
nnkirsch
n nkit
n nkitsch
n nknow-how
Kobe (Jap‹o)
Kodak
Kombi (carro)
Kominform
Komintern
Komsomolskaya
Pravda (jornal)
Kopenhagen (empresa)
Krakatoa (ilha)
Kremlin
Krishna (deus)
krishnamurtiano
Kuala Lumpur
(Mal‡sia)
Kubitschek
Ku Klux Klan
nnkŸmmel
n nkung fu
Kuomintang (partido)
Kuwait
kuwaitiano
nnkyrie
Kyoto (Jap‹o)
Labrador (pen’nsula)
La Coru–a (Espanha)
lacrimejante
lacrimogneo
l‡cteo
nnlady (pl. ladies)
La Fontaine
Lages (SC)
Lahore (Paquist‹o)
n nlaisser-aller
n nlaissez-faire
laje
Lajes (reservat—rio)
lambe-lambe
Lamborghini (carro)
lambril
lambris (plural)
lambujem
lambuzar
L‰mia (GrŽcia)
Lampedusa
lampi‹o
Lampi‹o
lana-caprina
lana-chamas
lana-perfume
Lancashire (Inglaterra)
Lancaster (Inglaterra)
lana-torpedos
Lancelot
lancha-torpedeira
Landau (cid., carro)
Landri Sales (PI)
land™
Languedoc (Frana)
languescer
lantejoula
Laos (pa’s)
Lao-tsŽ
l‡pis-lazœli
La Plata (Argentina)
n nlapsus linguae
n nlaptop
laranja-cravo
laranja-da-ba’a
laranja-pra
laranjeira
Laranjeiras
La Rioja (Argentina)
Larissa (GrŽcia)
La Rochefoucauld
lasanha
lasc’via
nnlaser (raio)
lassid‹o
lasso
nnlast but not least
lateral-direita
lateral-direito
lateral-esquerda
lateral-esquerdo
l‡tex
latino-americano
nnlato sensu
Lausanne (Su’a)
lavanderia
lava-pŽs
Lav’nia (SP)
laxante
laxo
nnlayout
lazer (descanso)
n nlead
le‹o-de-ch‡cara
le‹o-marinho
nnleasing
n nlebensraum
Lecce (It‡lia)
Lecco (It‡lia)
Le Coq Sportif
Le Corbusier
Leeds (Inglaterra)
lem
legiferar
legorne
Leica (m‡q. fot.)
Leicester (Inglaterra)
leishmaniose
Leipzig (Alemanha)
n nleitmotiv
Len—is Paulista
leno-papel
lndea (piolho)
lengalenga
lenimento (al’vio)
Lenin
Leningrado (Rœssia)
Leon
Le—n (espanhol)
366Kilimanjaro Le—n

LŽopoldville
leptospirose
lero-lero
lesa-majestade
lesa-p‡tria
Lesbos (GrŽcia)
leso-patriotismo
Lesoto (pa’s)
letraset
leva-e-traz
lvedo
Leviat‹
LeviÕs (marca)
lhama
lhaneza
Lhasa (Tibete)
Libreville (Gab‹o)
libido (b’)
libra-peso
librŽ
libreto
licena-maternidade
licena-prmio
lichia
L’dice (Rep. Checa)
Liebfraumilch
Liechtenstein
nnlied (pl. lieder)
Lige (BŽlgica)
Ligier (F-1)
lil‡s
Lille (Frana)
Lilliput
lima-da-pŽrsia
lim‹o-galego
Limassol (Chipre)
Limoges (Frana)
limpa-trilhos
limpidez
limusine
Lincoln
Lind—ia (SP)
Lineu
nnlingerie
l’ngua-de-sogra
lingŸeta
lingŸia
lingŸista
lingŸ’stica
linimento (ungŸento)
lin—leo
Linz (çustria)
lions (de Lyon)
Lipari (ilha)
l’quen
liquidez
lis (l’rio)
n nliseuse
lisonjear
lisonjeiro
nnlitteratim
Litu‰nia
Liubliana (Eslovnia)
Liverpool
nnliving
Livorno (It‡lia)
livre-arb’trio
livre comŽrcio
livre-docncia
livre-docente
livre iniciativa
livre-pensador
livro-texto
Lloyd Brasileiro
LloydÕs
n nlobby(pl.: lobbies)
lobista
Lob-nor (China)
lobo-do-mar
lobo-marinho
locaute
Lockheed (empresa)
Lodi (It‡lia)
Lodz (Pol™nia)
Logan (u’sque)
logaritmo
Lohengrin (her—i)
Loire (Frana)
Loiret (Frana)
Loir-et-Cher (Frana)
Lomas Valentinas
Lombardia (d’)
LomŽ (Togo)
Londonderry (Irl. Norte)
longa-metragem
longa-vida (leite)
Long Beach (EUA)
longil’neo
long’nquo
Long Island (EUA)
n nlong-play
lorde
Loreto (It‡lia)
Los Alamos (EUA)
Los Angeles
losango
Lot (Frana)
Lot (B’blia)
Lot-et-Garonne (Frana)
Lotus (F-1)
Louisiana (EUA)
Lourdes (Frana)
Louvre
nnlow profile
Loyola
lua-de-mel
Luanda (Angola)
luau (festa)
Lublin (Pol™nia)
Lucca (It‡lia)
Lœcifer
LucrŽcia Borgia
lucubra‹o
lud’brio
lufa-lufa
Lufthansa (empresa)
Luftwaffe
lugar-comum
lugar-tenente
Lu’s
Lu’sa
Lu’s Ant™nio (SP)
Luisi‰nia (SP)
Luisinho
Lumire
luminescncia
lœmpen
lumpesinato
367LŽopoldville lumpesinato

Lusaka (Z‰mbia)
lusco-fusco
Lus’adas
Lusit‰nia
luso-africano
luso-brasileiro
lus—fono
lustra-m—veis
luta livre
Lutero
Luxemburgo
Luxor (Egito)
luxuriante
Lyon (Frana)
Luzia
Luzi‰nia (GO)
luzir
Lvov (Ucr‰nia)
Lyallpur (Paquist‹o)
n nlycra
Lyon (Frana)
Macab’ada
macaco-aranha
macaco-prego
maante
maar (importunar)
Maaranduba (PB)
macarthismo
macarthista
Macau (RN e China)
macaxeira
Macbeth
Machu Picchu (Peru)
macio
maciez
Macintosh (comput.)
Mackenzie
maom
m‡ conserva‹o
nnmacramŽ
m‡-cria‹o
macroeconomia
macrorregi‹o
macrossistema
maudo (mon—tono)
Macuna’ma
MacyÕs (loja)
Madag‡scar (ilha)
Madame Bovary
Madame Butterfly
Madame Sans-Gne
madeireira
madeixa
Madeleine (Frana)
n nmademoiselle
Madison Square Garden
madona (imagem)
Madonna (cantora)
madrasta
madressilva
Madri
madrileno
madureza
m‹e coruja
m‹e-dՇgua
m‹e-de-santo
m‡-educa‹o
m‡-fŽ
magazine
Magda (SP)
Magdalena (Col.)
Magdeburgo (Alem.)
MagŽ (RS)
Magenta (It‡lia)
n nmagnificat
magnificncia
m‡goa
magoe
mag™o
Maharashtra (êndia)
maiutica
Maine(EUA)
Maine-et-Loire (Frana)
n nmainframe
n nmainstream
mai™
maionese
Maiorca (Espanha)
Maipœ (Chile)
Mairinque (SP)
Mairipor‹ (SP)
maisena
mais-que-perfeito
mais-valia
nnma”tre
n nma”tre-dÕh™tel
majestade
majestoso
major-aviador
major-brigadeiro
Makalu (pico)
Makarios (Chipre)
n nmake-up
n nmaking of
Maksoud Plaza
Malabo (GuinŽ)
Malaca (Mal‡sia)
mal-acabado
mal-acondicionado
mal-aconselhado
mal-acostumado
mal-adaptado
mala-direta
mal-afamado
mal-afeioado
mal-afortunado
mal-agourado
mal-agradecido
mal-ajambrado
mal-ajeitado
mal-amado
mal-amanhado
mal-apanhado
mal-apessoado
mal-apresenta‹o
mal-apresentado
mala-preta
mal-armado
mal-arranjado
mal-arrumado
Malasartes
mala-sem-ala
Mal‡sia
368Lusaka Mal‡sia

mal-assado
mal-assimila‹o
mal-assimilado
mal-assombrado
mal-assombramento
mal-assombro
mal-aventurado
Malavi
mal-avindo
mal-avisado
malbaratado
malcasado
malcheiroso
malcomido
malcomportado
malconceituado
malconduzido
malconformado
malconservado
malcozido
malcriado
malcuidado
maldisposto
Maldivas (ilhas)
maldizente
maldizer
maldormido
maldotado
mal
mal-educado
mal-e-mal
mal-empregado
mal-encarado
mal-enganado
mal-engraado
mal-ensinado
mal-entendido
mal-estar
mal-estreado
malfadado
malfalado
malfalante
malfazejo
malfeito
malforma‹o
malformado
malgasto
Malgaxe (Repœblica)
malgostoso
malgovernado
malgrado
mal-habituado
mal-humorado
Mali (çfrica)
m‡-l’ngua
mal-intencionado
mallarmeano
malmandado
malmequer
Malmoe (SuŽcia)
malmontado
malnascido
mal-ordenado
mal-ouvido
malparado
malpassado
malposto
malprocedido
malproporcionado
malquerena
malquerer
malquisto
malservido
malsatisfeito
malseguro
malsentido
malservido
malsoante
malsofrido
malsonante
malsucedido
malthusiano
malthusianismo
maltrabalhado
maltratado
mal-usado
mal-usar
malventuroso
malversa‹o
malvisto
mameluco
mamute nnmanager
ManassŽs
Manchester
Manco C‡pac (inca)
manda-chuva
mandado (ordem)
Mandalay (Birm‰nia)
mandato (delega‹o)
mandato-tamp‹o
mandchu
Mandchœria
mandi-chor‹o
mandiguau
maneirar
manemolncia
manga-larga
manga-rosa
mangusto
Manhattan
Manhattan Transfer
Manhuau (MG)
Manhumirim(MG)
man’aco-depressivo
manicure
Manila (Filipinas)
Manitu (deus)
Manizales (Col™mbia)
manjar-branco
manjedoura
manjeric‹o
manjerona
Mannesmann (empresa)
Mannheim (Alemanha)
Manon Lescaut
manteigueira
mant™
M‰ntua (It‡lia)
Manuel
manuelino
nnmanu militari
manuseio
Manzanillo (Cuba)
m‹o-aberta
m‹o-boba
m‹o-de-obra
m‹o-inglesa
369mal-assado m‹o-inglesa

mao’smo
m‹o-leve
MaomŽ
maori (’ndio)
Mao TsŽ-tung
m‹o œnica
mapa-mœndi
Maputo (Moambique)
maquete
maqui
maquiagem
maquiar
Maquiavel
maquinaria
maquin‡rio
Maraca’ (SP)
Maracaibo
Maracay (Venezuela)
Maragogipe(BA)
marajoara
Mara–on (rio)
Marantz (empresa)
marca-dՇgua
marca-passo
marca-s’mbolo
marcenaria
marceneiro
March (F-1)
marcha ˆ rŽ
nnmarchand
n nmarchande (feminino)
Mar del Plata (Arg.)
marechal-de-campo
marechal-de-exŽrcito
marechal-do-ar
mar-e-guerra
maria-chiquinha
maria-fumaa
maria-mole
Maria Teresa
maria-vai-com-as-outras
marimbondo
nnmarine
Marisa
nnmarketing
M‡rmara (mar)
marm—reo
marquise
Marrakesh (Marr.)
marrom
Marsala (It‡lia)
Marselha
Marselhesa (A)
Marshall
nnmarshmallow
marsupial
Martim-Cerer
martim-pescador
marxismo-leninismo
marxista-leninista
Maryland (EUA)
marzip‹(s)
masde’smo
masde’sta
Maseru (Lesoto)
masoquismo
Massachusetts (EUA)
massap
nnmass media
massudo (volumoso)
mastectomia
mastim (c‹o)
mata atl‰ntica
mata-bicho
mata-borr‹o
mata-burro
mata-moscas
mata-mosquito
mata-mouros
Matanzas (Cuba)
mata-piolho
mata-ratos
Matarazzo
mata virgem
nnmatch
matŽria-prima
Mateus
Matias
matin
matintapereira
matizar
mato-grossense-do-sul
Matozinhos(MG)
matrinx‹ (peixe)
Matsushita (empresa)
MatusalŽm
mau-car‡ter
mau cheiro
mau gosto
mau grado (m‡
vontade)
mau humor
Maui (Hava’)
Mauna Kea (vulc‹o)
mau-olhado
Maur’cia (Canad‡)
Maur’cio (ilha)
Maurit‰nia
m‡user
mausolŽu
maus-tratos
m‡ vontade
m‡xi
maxidesvaloriza‹o
maxissaia
maxixe
MayagŸez (P. Rico)
Mayenne (Frana)
Mayerling (çustria)
Mayotte (ilha)
mazorca (desordem)
mazurca (dana)
Mbabane (Suazil‰ndia)
McDonaldÕs (empresa)
McKinley (pico)
McLaren (F-1)
mea-culpa
meada (fios)
Mecejana (CE)
mecenas
Medell’n (Col™mbia)
mediar
Medici (It‡lia)
MŽdici (pres.)
MŽdicis
mŽdico-cirurgi‹o
mŽdico-dent‡rio
mŽdico-hospitalar
mŽdico-legal
370mao’smo mŽdico-legal

mŽdico-legista
med’ocre
mŽdio-volante
MŽditerranŽe
Mediterr‰neo
mŽdium
nnmedley
meeiro
nnmeeting
Mefist—feles
megaartista
megacidade
megaempres‡rio
megahertz
megal—pole
megaprojeto
megarroubo
megashopping
megashow
megassucesso
megaton
megawatt
meia-‡gua
meia-armador
meia-cala
meia-cancha
meia-centena
meia-confec‹o
meia-direita
meia dœzia
meia-entrada
meia-esquerda
meia-esta‹o
meia-idade
meia-irm‹
meia-lua
meia-luz
meia-noite
meia pens‹o
meias-irm‹s
meia-sola
meias-verdades
meia-tigela
meia-vida
meia-volta
MŽier (Rio)
meio ambiente
meio a meio
meio-busto
meio-corpo
meio-de-campo
meio-dia
meio-fio
meio-irm‹o
meio-luto
meio-pesado
meio-quadratim
meio-quilo (pessoa)
meio-relevo
meios-irm‹os
meio-soprano
meio-termo
meio-tijolo
meio-tom
Mekong (rio)
MelanŽsia
mel‹o-de-s‹o-caetano
Melbourne (Austr‡lia)
mel’fluo
Melilla (Espanha)
Melquisedeque (rei)
melro (p‡ssaro)
memorando
Memphis (EUA)
n nmŽnage
n nmŽnage ˆ trois
menchevique
menchevismo
menchevista
Mendoza (Argentina)
Menelau
Meneses
Mnfis (Egito)
menina dos olhos
menina-moa
menosprezo
menu
mercancia (c’)
Mercedes-Benz
merceeiro
nnmerchandising
mercurocromo
merenc—rio
meretriz
meridiano
merit’ssimo
Merlim (mago)
merluza
mesa-de-cabeceira
nnmŽsalliance
mesa-redonda
mesentŽrio
mes—clise
mŽson
Mesopot‰mia
mesquinhez
Messerschmitt (jato)
messidor
mestre-cuca
mestre-de-armas
mestre-de-cerim™nias
mestre-de-obras
mestre-escola
mestre-sala
metalinguagem
metalomec‰nico
met‡stase
meteorito (r’)
meteorologia
meteorol—gico
nnmŽtier
n nmetteur-en-scne
Metz (Frana)
Meurthe (Frana)
mexe-mexe
mexerica (fruta)
mexerico
mexeriqueiro
mexilh‹o
mezanino
mezinha (remŽdio)
Mezzogiorno (It‡lia)
Mianm‡
mianga
nnmi-carme
Michigan (EUA)
Mickey
mico-le‹o-dourado
microacœstico
microcirurgia
371mŽdico-legista microcirurgia

microeconomia
microeletr™nica
microempresa
microfilme
microindœstria
m’cron
microonda
micro™nibus
microrganismo
microrregi‹o
microssegundo
microssulco
m’di
m’dia
Middlesbrough (time)
Middlesex (Inglaterra)
Middleton (Inglaterra)
n nmignon
Mikonos
nnmilady
Milan (time)
Mil‹o (cidade)
n nmilk-shake
milorde
Milwaukee (EUA)
mimeografar
mime—grafo
Minardi (F-l)
Mindanao (Filipinas)
mineiro-com-botas
Ming (dinastia)
m’ngua (verbo)
m’nguam (verbo)
m’ngŸe (verbo)
m’nguo (verbo)
m’ni
minibiblioteca
minicomputador
minijardim
minirregi‹o
minishopping
minishow
minissaia
minissŽrie
miniusina
Minneapolis (EUA)
Minnesota (EUA)
Minorca (Espanha)
Minsk (Bielo-Rœssia)
Miquelon (ilha)
Miquerinos (Egito)
Mira Estrela (SP)
Miraflores
M’riam
misantropo (tr™)
miscel‰nea
miscigena‹o
nnmise-en-scne
n nmiserere
Miskolc (Hungria)
n nmiss
m’ssil
Mississippi
Missouri
mister (of’cio)
n nmister (senhor)
misto
misto-quente
nnmistress
Mitchell (monte)
Mitsubishi (empresa)
mixa (gazua)
mixagem
mixaria
mixo (insignificante)
mix—rdia
Mixto (time MT)
mixuruca
mnem™nico
m—bile
mob’lia (verbo)
mob’liam (verbo)
mob’liem (verbo)
mob’lio (verbo)
Moambique
mocambo
mocassim
moo de recados
nnmodem
n nmoderato
n nmodus faciendi
n nmodus vivendi
moeda-ouro
moeda-papel
Mogadiscio (Som‡lia)
Mogi das Cruzes (SP)
Mogi-Guau (SP)
Mogi-Mirim (SP)
Mogœncia (Alemanha)
m—i (verbo)
moicano (’ndio)
n nmoirŽ
MoisŽs
molambo
Moldova (Europa)
molŽcula-grama
Molire
Moloch
Molucas (ilhas)
Mombaa (CE)
Mombasa (Qunia)
Mombuca (SP)
Monark (empresa)
monazita
monaz’tico
Mšnchengladbach
(Alemanha)
Mondeo (carro)
Mongagu‡ (SP)
monge
monja
mono‡cido
monocultura
mononucleose
Monroe
Monr—via (LibŽria)
n nmonsieur
Montana (EUA)
montanha-russa
Montecarlo (M™naco)
Monte Caseros
Monte Cassino (It‡lia)
Monte Mor (SP)
Montenegro (Europa)
Monterey (EUA)
Monterrey (MŽxico)
monts
Monte Serrat (Santos)
MontevidŽu
372microeconomia MontevidŽu

Montezuma (asteca)
Montgomery (EUA)
Montmartre
Montmorency (Frana)
Montparnasse
Montpellier (Frana)
Montreal (Canad‡)
Montreux (Su’a)
Montserrat (Espanha)
Mooca (S‹o Paulo)
Mopti (Mali)
moqueca
Morbihan (Frana)
morde-e-assopra
moribundo
m—rmon
Moroni (Comores)
morrinha
mortadela
morubixaba
mosca-morta
mosca-varejeira
Moscova (rio)
Moselle (Frana)
mosqueteiro (soldado)
mosquiteiro (cortinado)
Mossor— (RN)
Mossul
moto-cont’nuo
nnmotocross
moto-perpŽtuo
moto-pr—prio
motosserra
Moulin Rouge (Paris)
Mount Vernon (EUA)
mozarela
muamba
muulmano
muum
muurana
mudez
mugido
muiraquit‹
mujique
mula-sem-cabea
mulher-dama
mulher-homem
mulher-macho
mulher-objeto
multirracial
multisciente
multissecular
MŸnchhausen
Mundaœ (rios)
mundo-c‹o
Munique
MŸnster (Alemanha)
Munster (Irlanda)
Mœrcia (Espanha)
MuriaŽ (MG)
Murmansk (Rœssia)
Mururoa (atol)
n nmusic-hall
musse
musselina
nnmutatis mutandis
mutuca
muxiba (pelanca)
muxoxo
Muzambinho (MG)
Nabucodonosor
n‡car
nacional-socialismo
nacional-socialista
Nagasaki (Jap‹o)
Nagoya (Jap‹o)
n‡icron
n‡ilon
Nair—bi (Qunia)
Nancy (Frana)
Nanquim (China)
Nantes (Frana)
n‹o-agress‹o
n‹o-alinhado
n‹o-alinhamento
n‹o-apoiado
n‹o-assistncia
n‹o autorizado
n‹o-beliger‰ncia
n‹o-combatente
n‹o-conformismo
n‹o-conservativo
n‹o-coopera‹o
n‹o-cumprimento
n‹o-engajado
n‹o-engajamento
n‹o-esperado
n‹o-essencial
n‹o-eu
n‹o-euclidiano
n‹o-execu‹o
n‹o-existncia
n‹o-existente
n‹o-ferroso
n‹o-fic‹o
n‹o-fumante
n‹o-governamental
n‹o identificado
n‹o-iluminado
n‹o-ingerncia
n‹o-interven‹o
n‹o-intervencionista
n‹o-linear
n‹o-localizado
n‹o-metal
N‹o-me-Toque (RS)
n‹o-me-toquense
n‹o-nulo
n‹o-pagamento
n‹o pago
n‹o-participa‹o
n‹o-participante
n‹o-peri—dico
n‹o-positivo
n‹o reconhecido
n‹o-saturado
n‹o-sei-que-diga
n‹o-ser
n‹o-simŽtrico
n‹o-singular
n‹o-verbal
n‹o-viciado
n‹o-violncia
napalm
N‡poles (cid.)
Napoli (time)
373Montezuma Napoli

Narbonne (Frana)
nariz-de-cera
Narvik (Noruega)
nascena
Nash (carro)
Nashville (EUA)
Nassau (Bahamas)
Nassau (pr’ncipe)
National Gallery
National Geographic
natureza-morta
n‡uatle (’ndio)
Nauru (PolinŽsia)
Navarra (Espanha)
navio-escola
navio-petroleiro
navio-tanque
navio-varredor
NazarŽ
nazi-fascista
Ndjamena (Chade)
Neanderthal
Nebraska (EUA)
necedade (tolice)
n nnŽcessaire
Neckar (rio)
n nnec plus ultra
necropsia (s’)
Neemias
neerlands
nefelibata
Nefertite
nefr’dio
nnnŽgligŽ
neg—cio da China
negus (gœs)
nen
nenœfar
neo-‡rico
neoclassicismo
neo-escol‡stico
neofascismo
neo-hegelianismo
neoliberal
nŽon
neo-realismo
neozelands
Nepomuceno
neres (n‹o, nada)
nŽscio
Ness (lago)
Neuch‰tel (Su’a)
neurocirurgi‹o
neuropatol—gico
neurorradiografia
nutron
Neva (rio)
Newark (EUA)
Newcastle (Austr‡lia)
New Haven (EUA)
New Jersey (EUA)
n nnew-look
New Orleans (EUA)
n nnewsletter
newtoniano
nnnew wave
Ngwane (çfrica)
Nhandeara (SP)
nhanh‡
nhenhenhŽm
nhonh™
nhoque (massa)
Niagara Falls (EUA)
Niamey (N’ger)
Niassa (Moambique)
nicaragŸense
Nic—sia (Chipre)
Niemeyer
nietzschiano
N’ger (rio e pa’s)
n nnihil obstat
Niigata (Jap‹o)
niilismo
nikkei
Nike (marca)
nimbo-cœmulo
nimbo-estrato
N”mes (Frana)
N’nive (Ass’ria)
Nioaque (MS)
Nipo‹ (SP)
nipo-argentino
nipo-brasileiro
nissei
Niter—i
nitroglicerina
n’veo
Noa Noa
nocaute
nomenclatura
Nomenklatura (Rœssia)
nonagŽsimo
n—-nas-tripas
nnnon plus ultra
Norfolk (Ingl., EUA)
Normandia (d’)
norte-africano
norte-americano
norte-asi‡tico
norte-coreano
norte-europeu
norte-vietnamita
Northampton
(Inglaterra)
Northumberland
(Inglaterra)
nossa-amizade
nnnota bene
n nnotebook
not’vago
Notre-Dame (Paris)
Nottingham
(Inglaterra)
n nnouveau-riche
n nnouvelle vague
Nova DŽlhi (êndia)
Nova Esc—cia (Can.)
Nova Friburgo (RJ)
Nova Inglaterra
Nova Iorque (MA)
Nova Lusit‰nia (SP)
Nova York (EUA)
Nova Zel‰ndia
nove-horas
novel (Ž)
Novgorod (Rœssia)
Novi Ligure (It‡lia)
Novo Brunswick
(Canad‡)
Novo MŽxico (EUA)
novo-rico
374Narbonne novo-rico

noz-moscada
noz-pec‹
noz-v™mica
nuance
nuclŽico
NumŽia (Nova Cal.)
Nuremberg (Alem.)
n nnurse
n nnursery
nutriz
nuvem
Oahu (Hava’)
Oakland (EUA)
obalua
oba-oba
obcecar
Oberhausen (Alem.)
Obi (rio da SibŽria)
îbidos
obliqŸidade
obl’quo
oboŽ
obo’sta
—bolo
obra-de-arte (ponte)
obra-prima
obsceno
obsedar
obsŽquio
obsess‹o
obsessivo
obsolescncia
obstetriz
obus
Ocauu (SP)
occipital
Oceania
octaedro
octingentŽsimo
octocampe‹o
octogen‡rio
octogŽsimo
octogonal
Odense (Dinamarca)
Odeon (gravadora)
odissŽia
Offenbach (Alem.)
n noffice-boy
n noff-line
n noff-set
n noff-side
n noff-the-record
oficial-de-gabinete
oficial-general
of’dio
Ogilvy & Mather
Ohio(EUA)
Oiapoque
Oise (Frana)
oit‹o
oitava-de-final
ojeriza
Oka (rio)
Okayama (Jap‹o)
Okinawa (ilha)
Oklahoma (EUA)
Old Parr (u’sque)
Oldsmobile (carro)
olho-dՇgua
olho-da-rua
olho-de-boi
olho-de-cabra
olho-de-gato
olho-de-perdiz
olho-de-sogra
oligops™nio
Olivetti (marca)
Olympia (teatro)
Om‹ (Ar‡bia)
Omaha (EUA)
n nombudsman
n nombudswoman
™mega (letra)
ïmega (carro)
omelete
Ondurm‹ (Sud‹o)
ona-parda
ona-pintada
ona-preta
oniscincia
onisciente
™nix (pedra)
n nonline
Ont‡rio (Canad‡)
Onyx (F-1)
n nopen market
OpŽra (Paris)
—pera-bufa
Opera‹o Descida
opera‹o-padr‹o
Opera‹o Subida
opini‹o pœblica
opr—brio
—ptico
nnopus
Or‹ (ArgŽlia)
îrcades (ilhas)
ordem do dia
ordem-unida
orŽgano
Oregon (EUA)
Orenoco (rio)
orfe‹o
Orfeu
Orindiœva (SP)
îrion (constela‹o)
orix‡
Orixal‡
OrlŽans (Frana)
Orloff (vodca)
Ormuz (estreito)
ornitorrinco
Or—s (CE)
orqu’dea
Oruro (Bol’via)
Osaka (Jap‹o)
Oscar Bressane (SP)
OsŽias (B’blia)
Osella(F-1)
Osijek (Cro‡cia)
Os’ris (deus)
Os—rio
îstia (It‡lia)
Ostrava (Rep. Checa)
n nostpolitik
Osvaldo Cruz (SP)
Otelo
—tica
375noz-moscada —tica

otorrinolaringologia
Ottawa (Canad‡)
ourivesaria
nnoutdoor
n nouter stage
n noutlet
n noutput
n noutsider
n nouverture
ovelha negra
nnover
n noverdose
n noverhead
overloque
nnovernight
—vni
Oxford (Inglaterra)
oxfordiano
Ox—ssi
Oxum
P‹ (deus)
Packard (carro)
paoca
nnpaddock
Paddock (rest.)
padrasto
padre-nosso
P‡dua (It‡lia)
n npaella
Paes Mendona
Paiandu
pai coruja
pai de fam’lia
pai-dՎgua
pai-de-santo
pai-de-todos
pai-dos-burros
pai-nosso
nnpaintball
paisinho (de pa’s)
pa’s membro
pa’s-s’mbolo
paizinho (de pai)
pajŽ
pajear
pajelana
pajem
Pajeœ (rio)
palavra-chave
palavra de honra
palavra de ordem
palavra-™nibus
palavreado
palet—-saco
palha-de-seda
Palio (carro)
Palma de Maiorca (Esp.)
palma-de-santa-rita
Palmeira dÕOeste (SP)
pan-africanismo
Pan Am (empresa)
Pan-Americana (praa)
pan-americano
p‰ncreas
Pandora
paneg’rico
nnpanem et circenses
panetone
pan-eslavismo
pangermanismo
Pangloss
pan-helenismo
pan-islamismo
Pankow (Alem.)
pano de fundo
pansexual
pante‹o
Panteon (Roma)
PanthŽon (Paris)
pantomima
P‹o de Aœcar
p‹o-de-l—
p‹o de mel
p‹o-duro
papa-defuntos
papa-filas
papa-h—stias
papa-jantares
papa-lŽguas
papa-moscas
nnpaparazzi (plural)
n npaparazzo (singular)
Papeete (Taiti)
papel acetinado
papel almao
papel-alum’nio
papel-arroz
papel-b’blia
papel-carbono
papel celofane
papel crepom
papel cuch
papel de arroz
papel de embrulho
papel de imprensa
papel de jornal
papel de linho
papel de palha
papel de parede
papel de seda
papel-filtro
papel higinico
papel jornal
papel mach
papel-manteiga
papel-moeda
papel of’cio
papel pautado
papel-pergaminho
papel-porcelana
papel-registro
papel sulfite
papel-tela
papel timbrado
papel-t’tulo
papel vegetal
papisa
papo-amarelo
papo-cabea
papo-de-anjo
papo-firme
papo furado
papos-de-aranha
Papua-Nova GuinŽ
p‡ra (verbo)
376otorrinolaringologia p‡ra

parabŽlum
p‡ra-brisa
p‡ra-choque
paraestatal
Paraguau (’ndia)
Paraguau Paulista (SP)
p‡ra-lama
paralelep’pedo
paralisar
paralisia
paramŽdico
paramilitar
Paranacity (PR)
Paranapu‹ (SP)
Parano‡ (lago)
paranormal
parapsicologia
Parapu‹ (SP)
p‡ra-quedas
p‡ra-quedista
p‡ra-raios
parasita
p‡ra-sol
Parati(carro)
Paraty (RJ)
parcim™nia
parntese(s)
p‡ria
nnpari passu
Pariquera-Au (SP)
P‡ris (mitol.)
parkinsoniano
parmes‹o
Parnaso
Parque Ant‡rtica
parqu
Parsifal (—pera)
Partenon (Atenas)
n nparti pris
n npartisan
n nparvenu
Pasadena (EUA)
Pas‡rgada (PŽrsia)
pascer
nnpas-de-deux
passa-moleque
p‡ssaro-preto
passatempo
nnpasse-partout
n npassim
Passport (u’sque)
n npaste-up
pastiche
pastor alem‹o
Patan (Nepal)
patacoada
patchuli
nnpatchwork
pat
nnp‰tŽ de foie gras
p‡tena (c‡lice)
Pathet Lao
Pati do Alferes (RJ)
p‡tina (oxida‹o)
p‡tio
nnp‰tisserie
pato‡ (dialeto)
n npatronesse
n npattern
patu‡ (balaio)
patulŽia
pau-a-pique
pau-brasil
pau-dՇgua
pau-de-arara
pau-de-fogo
pau-de-sebo
pau-ferro
Paul’nia (SP)
pau-mandado
pav
Pavia (It‡lia)
pax‡
Paysandœ (Uruguai)
Peace Corps
pe‹o (trabalhador, pea
do xadrez)
Pearl Harbor (ba’a)
pec‹
Peanha
pecha
pechincha
pŽ-dՇgua
pŽ-de-anjo
pŽ-de-atleta
pŽ-de-boi
pŽ-de-cabra
pŽ-de-chinelo
pŽ-de-chumbo
pŽ-de-galinha
pŽ de guerra
pŽ-de-meia
pŽ-de-moleque
pŽ-de-ouvido
pŽ-de-pato
pŽ-de-valsa
pŽ-de-vento
pedicuro
nnpedigree
pedra-pomes
pedra-sab‹o
pedra-ume
pedreiro-livre
pedrs
Pedro Juan Caballero
(Paraguai)
peemedebista
PeenemŸnde (Alem.)
Peer Gynt
peessedebista
pŽ-frio
pegada (g‡)
pega-ladr‹o
pega-pra-capar
pega-rapaz
PŽgaso (cavalo)
peixe-boi
peixe-espada
peixe-voador
pŽla (bola, verbo)
pelerine
peleteria
pele-vermelha
nnpellet
pŽlo (verbo)
plo (cabelo)
pelo-sinal
nnpelouse
pŽ-na-cova
pŽ na t‡bua
Pe–afiel (Espanha)
Penafiel (Portugal)
377parabŽlum Penafiel

pnalti
pence(prega)
n npence (quantia)
n npendant
n npendentif
Pendjab (çsia)
pnfigo
penhoar
penico
pnsil
Pensilv‰nia (EUA)
pentacampe‹o
Pentecostes
pente-fino
Pepsi-Cola
pequenez
pequeno-burgus
pŽ-quente
pequins (c‹o)
pra (fruta)
pŽ-rapado
percalo
percalina
nnper capita
percuciente
percuss‹o
percussionista
perde-ganha
perempto
perempt—rio
nnperformance
perfurocortante
PŽrgamo(çsia)
pŽrgula
Peri (personagem)
PŽrigord (Frana)
periquito
perito-contador
perit™nio
Perm (Rœssia)
perna-de-moa (peixe)
perna-de-pau
Pro (nome)
peroneal (do per™nio)
per™nio(osso)
Perpignan (Frana)
perquirir
nnper saecula
saeculorum
perscrutar
Perseu (her—i)
perseverana
personagem-tipo
personagem-t’tulo
nnpersona grata
n npersona non grata
perspicaz
persuas‹o
persuasivo
Perth (Austr‡lia)
perturba‹o
perturbar
Perœgia (It‡lia)
Peru’be (SP)
pesa-papŽis
pesar (tristeza)
pescada-branca
Peshawar (Paquist‹o)
peso-galo
peso leve
peso mŽdio
peso meio-mŽdio
peso meio-pesado
peso-mosca
peso-pena
peso pesado
pesque-pague
pesquisa
Pessach (p‡scoa)
pssego
Petach Tikvah (Israel)
n npetit-four
n npetit-pois
n npetits-fours
petrod—lar
Petrogrado (Rœssia)
petœnia
Peugeot (empresa)
pexote
pez (piche)
Phantom (avi‹o)
Ph.D.
Ph.Ds.
Philco(marca)
Philip Morris
Philips (marca)
Phnom Penh
(Camboja)
Phoenix (EUA)
n nphysique du r™le
piaba
piaava
Piacenza (It‡lia)
pia-m‡ter
piano-bar
pi‹o (brinquedo)
Piau’
pica-fumo
pica-pau
pica-pau-amarelo
picape (ve’culo)
picassiano
Piccadilly (Londres)
picha‹o
pichar
piche
picles
picu‡ (cesto)
n npice de rŽsistance
p’er (cais)
Pierre Balmain
Pierre Cardin
pierr™
Pietˆ
p’fano
p’faro
pif-paf
Pigalle (Paris)
Pigmali‹o
pigmŽia
pigmeu
pilotis (s— plural)
Pilsen (Rep. Checa)
Piltdown (Inglaterra)
pimenta-do-reino
pimenta-malagueta
Pinar del Rio (Cuba)
pincen
pinga-fogo
pinga-pinga
pingue-pongue
pingŸim
pinho-de-riga
378pnalti pinho-de-riga

pinho-do-paran‡
Pin-Kiang (China)
n npinscher
n npint
pinta-brava
pintassilgo
pinturesco
nnpin-up
Pinwinnie (u’sque)
piolho-de-cobra
piperazina
piquenique
piquira (peixinho)
Piraju’ (SP)
pirandelliano
Pirangi (SP)
Pirassununga (SP)
Pirelli (empresa)
pirenaico (dos
Pireneus)
Pireneus
Piren—polis (GO)
Pireu (GrŽcia)
piru‡ (milho)
pirulito
Pisa(It‡lia)
pisa-mansinho
pisca-alerta
pisca-pisca
piscicultor
piscicultura
Pist—ia (It‡lia)
pistom
nnpit bull
pitecantropo
Pitigrilli (escritor)
p’ton
pitonisa
nnpit stop
Pitti (pal‡cio)
Pittsburgh (EUA)
Piu’ (MG)
pixaim
pixox—
Pizarro
pizicato
nnpizza
pl‡
placar
plac
pl‰ncton
plano-padr‹o
plano piloto
plaquete (livro)
plastrom
plat™
nnplay-back
n nplayboy
n nplayground
n nplayoff
plissado
pliss
Plovdiv (Bulg‡ria)
plugue
nnpluralia tantum
plurianual
pluripartid‡rio
nnplush
Plut‹o
Pluto (c‹o)
Plymouth
pneu-bal‹o
pneumococo
pneumot—rax
pobre-diabo
pochete
p—-da-china
pode (presente)
p™de (passado)
p—-de-arroz
p—-de-mico
p—-de-sapato
p—dio
p›e(s)
p›em (plural)
poŽtico-musical
nnpogrom
Pointe-Noire (Congo)
Poitiers (Frana)
p™lder
poleiro
p—len
Polenghi (marca)
n npole position
poliŽster
p—lipo
polir
polissacar’deo
p—lo (extremidade)
p—lo (jogo)
p™-lo
Pol™ni (SP)
pombo-correio
Pomer‰nia (Pol™nia)
Pomerode (SC)
pomo-de-ad‹o
Pompadour
pompom
ponc‹
ponche (bebida)
poncho (capa)
p™nei
Ponga’ (SP)
ponta-cabea
ponta de estoque
ponta-de-lana
ponta-direita
ponta-esquerda
Ponta Por‹ (MS)
ponte aŽrea
ponteiro-direito
ponteiro-esquerdo
pontiagudo
ponto-atr‡s
ponto de encontro
ponto de exclama‹o
ponto de interroga‹o
ponto-de-venda
ponto de vista
ponto-e-v’rgula
ponto facultativo
ponto final
pontua‹o
nnpoodle
n npool
n npop
popeline
p™quer
por (preposi‹o)
p™r (colocar)
porcentagem
porcentual
porco-do-mato
porco-espinho
379pinho-do-paran‡ porco-espinho

p™r-do-sol
Porgy and Bess
por isso
porque (conjun‹o)
porqu (causa)
porquinho-da-’ndia
Porsche
porta-avi›es
porta-bagagem
porta-bandeira
porta-estandarte
porta-j—ias
porta-luvas
porta-malas
porta-n’queis
porta-retratos
porta-revistas
porta-voz
nnporte-bonheur
Port Elizabeth (çfrica
do Sul)
portf—lio
Portland (EUA)
Port-Louis (Maur’cio)
Port Moresby (Papua-
Nova GuinŽ)
Port of Spain (Trinidad
e Tobago)
Porto Pr’ncipe (Haiti)
porto-riquenho
Port Said (Egito)
Portsmouth
Port Stanley
porventura
p™s (verbo)
Posadas (Argentina)
p—s-conciliar
p—s-datado
p—s-diluviano
Posidon (deus)
p—s-escrito
p—s-gradua‹o
p—s-guerra
p—s-meridiano
p—s-operat—rio
possess‹o
possesso
p—s-simbolista
p—s-socr‡tico
possui(s)
posta-restante
p™ster
p—stero-exterior
p—stero-interior
p—stero-medial
nnpost-mortem
posto-chave
nnpost-scriptum
Potemkin (navio)
n npotin
Potomac (EUA)
Potos’ (Bol’via)
n npot-pourri
Potsdam (Alem.)
pouca-vergonha
pouco-caso
nnpour Žpater le
bourgeois
Poznan (Pol™nia)
pra (sem acento)
praa-forte
pra-frente
prafrentex
praxe (rotina)
pr‡xis (pr‡tica)
prazerosamente
prazeroso
prŽ (praa de)
prŽ-adamita
prŽ-amplificador
prŽ-carnavalesco
prŽ-cl‡ssico
prŽ-colombiano
preconcebido
prŽ-datado
predeterminado
prŽ-eleitoral
preeminente (superior)
prŽ-encolhido
prŽ-escolar
preestabelecido
prŽ-estrŽia
prŽ-fabricado
prefixado
prŽ-frontal
prŽ-hist—ria
prŽ-industrial
prejulgar
prŽ-lanamento
prelazia
prŽ-leitura
prŽ-marital
prŽ-menstrual
nnpremier
prŽ-molar
prŽ-natal
prenhez
prŽ-normal
prŽ-nupcial
prŽ-operat—rio
prŽ-prim‡rio
presbiteriano
prescincia
presciente
prescindir
prescri‹o (preceito)
President (u’sque)
Presidente Venceslau
(SP)
prŽ-socr‡tico
nnpress release
pressagiar
press‡gio
pressurizar
pressuroso
prestidigitador
nnprt-ˆ-porter
pretens‹o
pretensioso
preto-aa
preto-e-branco
Pret—ria (çf. do Sul)
pretoria (reparti‹o)
prevalecer
prevem (verbo)
prŽ-venda
prevenir
prŽ-vocacional
prezado(estimado)
prezar
Pr’amo (mitologia)
380p™r-do-sol Pr’amo

Price Waterhouse
prima-dona
primazia
primeira-dama
primeira m‹o
primeiro-cadete
primeiro-de-abril
primeiro-ministro
Primeiro Mundo
primeiro-sargento
primeiros socorros
primeiro-tenente
nnprime rate
n nprimum
n nprimus inter pares
n nprinceps
Princeton (EUA)
prioresa
pris‹o de ventre
privilegiado
privilŽgio
pr—-americano
pr—-brit‰nico
pr—cer
processo-crime
proc™nsul
procrastinar
Procter & Gamble
procurador-geral
Procuradoria-Geral
nnpro domo sua
pr—dromos
proeminente (saliente)
profetisa
prof’cuo
profligar
nnpro forma
pr—-homem
nnproh pudor!
projŽteis
projŽtil
projeto de lei
pr—-labore
prolfaas
prom’scuo
pronta entrega
pronto-socorro
propens‹o
pr—pole
nnpro rata
proscnio
proscri‹o (banimento)
prospec‹o
prospecto
prostra‹o
prostrado
protŽico
pr—ton
prot—tipo
protozo‡rio
proudhoniano
prova dos noves
provecto
Provena (Frana)
proxeneta
prudhommesco
prurido
psich (m—vel)
psicodrama
psique (alma)
psiu!
Ptolomeu
pœbis
pœblico-alvo
pudic’cia
pudico (d’)
Puerto Montt (Chile)
pufe (almofada)
pu’do
pula-pula
pule
pulo-do-gato
pul™ver
pundonoroso
nnpunk
Punta Arenas (Chile)
Punta del Este (Ur.)
pur
puro-sangue
purpœreo
pus (verbo, secre‹o)
Pusan (CorŽia do Sul)
pusil‰nime
pœstula
Putifar (oficial)
n nputsch
puxar
puxa-saco
Puy-de-D™me (Frana)
Pyongyang (Cor. Norte)
PyrŽnŽes (Frana)
n npuzzle
Qom (Ir‹)
quacre
quadragŽsimo
quadrienal
quadrinio
quadrigmeo
quadringentŽsimo
quadro-negro
quadrœmano
qu‡druplo
quaisquer
nnqualifying
n nquand mme
n nquanta (plural)
Quantum (carro)
n nquantum
n nquantum satis
qu‡-qu‡-qu‡
quarador
Quara’ (RS)
quarar
quarta-de-final
quarta-feira
Quarta-Feira de Cinzas
quartanista
quarta-zaga
quartel-general
Quartier Latin (Paris)
quarto-zagueiro
381Price Waterhouse quarto-zagueiro

quarto-de-milha
quartzo
quarup
quasar
Quas’modo
(personagem)
Quat‡ (SP)
quati
quatro-olhos
quatro-quartos
Quebec (Canad‡)
quebra-cabea
quebra-costela
quebra-galho
quebra-luz
quebra-mar
Quebrangulo (gœ)
quebra-nozes
quebra-quebra
quebra-queixo
quebra-vento
queda-dՇgua
queda-de-brao
queijo-de-minas
queima-roupa
Queiroz (SP)
quena(flauta)
Qunia (çfrica)
QuŽops
quepe
QuerŽtaro (MŽxico)
quero-mana
quero-quero
querosene
quibe
quibebe
qu’chua
nnquid
quilo
quilograma
quilogr‰metro
quilohertz
quiloton
quilovolt
quilowatt
quilowatt-hora
quimono
qŸingentŽsimo
qŸinquagen‡rio
qŸinquagŽsimo
qŸinqŸenal
qŸinqŸnio
quinta-coluna
quinta-essncia
quinta-feira
qu’ntuplo
quiosque
qŸiproqu—
Quirguist‹o
quis (verbo)
quisesse (verbo)
n nquisling
quite (singular)
quites (plural)
quitinete
quivi (fruta, ave)
Quixeramobim (CE)
Quixote
quizila
qu—rum
qu—runs
Rabat
rabelaisiano
rabicho
rabo-de-arraia
rabo-de-cavalo
rabo-de-galo
rabo-de-palha
rabo-de-peixe
rabo-de-saia
rabo-de-tatu
rabugem
rabugento
rabugice
radioamador
radioatividade
radioativo
radioator
radioemissora
radiois—topo
radiopatrulha
r‡dio-rel—gio
radiorreceptor
radiorreportagem
radiossonda
radiot‡xi
radiotelegrafista
rafaelesco
Rafard (SP)
n nraffinŽ
ragl‹
nnragtime
ragu
nnrail
n nrailway
rainha-m‹e
raiom
raio X
ra’zes
rali
Ralph Lauren (grife)
ramad‹
ramerr‹o
RamsŽs
rancheira
randevu
rang’fer
Rangum (Birm‰nia)
n nranking
ranzinza
r‹-pimenta
raque
raquete
raquianestesia
raquidiano
Ras al-Khayma
(emirado)
rasante
raso
382quarto-de-milha raso

nnrastafari
rastaqŸera
ratapl‹
ratazana
nnratŽ
Ratisbona (Alem.)
rato-de-esgoto
rato-do-mato
Ravena (It‡lia)
RavensbrŸck (Alem.)
ravina
ravi—li
nnray-ban
Raytheon
razia
Real Madrid (time)
Rebeca (B’blia)
rebulio
recauchutagem
recauchutar
recŽm-aberto
recŽm-admitido
recŽm-chegado
recŽm-criado
recŽm-fabricado
recŽm-formado
recŽm-nascido
recŽm-publicado
recender (cheirar)
recenseamento
rechaar
nnrŽchaud
recheado
recipiente
Recklinghausen (Alem.)
recorde (c—r)
reco-reco
recrear(divertir)
recriar(criar de novo)
recrudescer
recrudescimento
redargœi(s)
redargŸir
redator-chefe
redemoinho
Reebok (marca)
reencarna‹o
reencarnar
reentr‰ncia
reescalonamento
nnreferee
referendo
rega-bofe
nnreggae
regi‹o-continente
RŽgis Bittencourt
Regnitz (rio)
regozijar
regozijo
regra-de-fŽ
regra-de-trs
regra-trs
rŽgua-t
regurgitar
Reich
Reichsrat
Reichstag
Reichswehr
reide (incurs‹o)
reidratar
reimpress‹o
reisado
reivindica‹o
reivindicar
rejeitar
rejuvenescer
rejuvenescimento
rela›es pœblicas
(atividade)
rela›es-pœblicas
(profissional)
n nrelax
relŽ
nnrelease
relem
remanescente
remanescer
remansoso
rema-rema
Rembrandt
remela
remelexo
remi‹o (resgate)
Remington
reminiscncia
remiss‹o (envio)
remissivo
nnrempli de soi-mme
n nrenard
renascena
renascer
renascimento
Renault (f‡brica)
Rennes (Frana)
n nrentrŽe
repenicar
repercuss‹o
repes (tecido)
n nreplay
repreens‹o
reprise
rŽprobo
rŽptil
Repœblica Checa
Repœblica Dominicana
repuxo
requeij‹o
requestar
rŽquiem
nnrequiescat in pace
requisito
rŽs (do ch‹o)
rs (gado)
rescindir
rescis‹o
rescis—rio
rŽs-do-ch‹o
resed‡
Resende (RJ)
reses
nnresort
resplandecente
resplandecer
resplendncia
resplender
resplendor
ressumar
ressurrecto
ressurrei‹o
383rastafari ressurrei‹o

ressuscitar
restabelecer
restabelecimento
rŽstia
retalha‹o (corte)
retalhar
retalia‹o (revide)
retaliar
retorcer
retorcido
retrato falado
retroa‹o
retr—s
Retz (Frana)
rŽu confesso
reœna
reœne(s)
reœnem
revem
nnrŽveillon
revŽrbero
revŽs
revezar
revezamento
revivescer
revivescimento
Reykjavik(Isl‰ndia)
reza
rezar
rezingar
Rh (fator)
Rhode Island (EUA)
Rhodia (empresa)
n nrhythm and blues
Riad (A. Saudita)
Riccardi (pal‡cio)
Richelieu
Richmond (EUA)
ricochete
ricota
ricto
Rifaina (SP)
rijeza
rilkiano
Rimini (It‡lia)
rinagem (de cabelo)
rincho
ringir
ringue (boxe)
rinque (patina‹o)
rinse (creme)
rio-grandense-do-norte
rio-grandense-do-sul
Rio-Mar (Amazonas)
riquix‡
rissole
nnritardando
n nritenuto
ritmo
Rivoli (It‡lia)
rixa
rizicultor
rizicultura
rizoma
rizot™nico
Robin Hood
Robinson Crusoe
rob™
robustez
Rochdale (Inglaterra)
Rochester (EUA, Ingl.)
rocim (cavalo)
rocinante
rocio(orvalho)
n nrock
n nrock-and-roll
n nRockefeller
n nrock-nÕ-roll
roda-gigante
R—dano (rio)
roda-viva
Rodes (çsia)
r—dio
rod’zio
rodoferrovi‡rio
rodriguiano
Roentgen
r—i (verbo)
Roland Garros (tnis)
roleta-paulista
roleta-russa
rolim‹
Rolling Stones
rolot
romana
romance-rio
nnroman-fleuve
Romanov (dinastia)
Romnia
romeno
romeu-e-julieta
(sobremesa)
Rondon
ronrom
Roosevelt
nnroquefort
Roraima
ros‡cea
rosa-choque
rosa-cruz
Ros‡rio (Argentina)
rosa-dos-ventos
rosbife
Roseta (Egito)
rosiano
rosicler
rosilho
Rossio (praa)
rotariano
Rotary Club
rotisseria
Roterd‹ (Holanda)
Rothschild
nnrottweiler (c‹o)
Rouen (Frana)
n nround
rousseauniano
rouxinol
roxo
Royal Label (u’sque)
n nroyal straight flush
n nroyalty
Ruanda (çfrica)
Rubaiyat (restaur.)
n nrubato
Rubi‡cea (SP)
RubinŽia (SP)
rublo (moeda)
rubrica(br’)
384ressuscitar rubrica

rubro-negro
rubro-verde
ruo (dif’cil, grisalho,
nevoeiro)
Rude Pravo (jornal)
rudeza
rœgbi
ruge
ruge-ruge
Ruhr (rio)
ruim (’m)
ru’na
rul (gola)
rum (bebida)
rupia (p’)
Rural Willys (carro)
n nrush
russo-americano
russo-branco
russofilia
Ryukyu (ilhas)
Saara
saariano
Saatchi & Saatchi
Sab‡ (reino)
sab‡ (bruxas, descanso)
Sabadell (Espanha)
sabe-tudo
sabi‡-coleira
sabi‡-da-mata
sabi‡-laranjeira
sabre-baioneta
sabujice
saaricar
saarico
sacar’deo
saca-rolhas
Sacco e Vanzetti
sacerdotisa
saci-perer
SacrŽ-Coeur
sacrist‹
sacrossanto
sadomasoquismo
Saenz Pe–a (Rio)
saf‡ri
sagac’ssimo
sagŸeiro
sagŸi
Sa’ (Barra do)
saia-bal‹o
saia-cala
saia-envelope
saia-justa (situa‹o
dif’cil)
sa’da-de-banho
sa’da-de-praia
Saint-Denis (Reuni‹o)
Saint-Germain-des-Prs
Saint JohnÕs (Ant’gua)
Saint Louis (EUA)
Saint Martin (Caribe)
Saint-Paul (EUA)
Saint Petersburg (EUA)
Saint-Pierre-et-
Miquelon
Saint-Tropez
nnsaison
sala-e-dois-quartos
sala-e-quarto
sala-e-trs-quartos
sal‡rio-fam’lia
sal‡rio m’nimo
sal‡rio-teto
Salem (EUA)
Sales Oliveira (SP)
sal-gema
Salisbury (Inglaterra)
Salmor‹o (SP)
salmoura
salobro
Salonica (n’)
sal
salsaparrilha
salsicha
salta-caroo
saltimbanco
Salt Lake City (EUA)
salto-mortal
salva-vidas
salve-rainha
salve-se-quem-puder
salvo-conduto
Salzburgo (çustria)
Samaria (r’)
Samarcanda
(Usbequist‹o)
samba-can‹o
samba-de-roda
samba-enredo
Samoa Ocidentais
Sampdoria (time)
Samsung
Sanaa (Imen)
San Antonio (EUA)
san‹o (pena ou
promulga‹o)
San Crist—bal (Rep.
Dominicana)
n nsanctus
San Diego (EUA)
sandu’che
Sandwich (ilhas)
sangue-frio (calma)
sanguessuga
sangu’neo
sanguinolento
San Isidro (Arg.)
san’ssimo
San JosŽ (C. Rica)
San Juan (P. Rico)
San Lorenzo (time)
San Marino (pa’s)
San Mart’n
San Miguel (El Salv.)
San Remo (It‡lia)
San Salvador (El Salv.)
Sans‹o (B’blia)
385rubro-negro Sans‹o

s‰nscrito
nnsans-culotte
San Sebasti‡n (Esp.)
sansei
nnsans peur et sans
reproche
Sans-Souci (castelo)
Santa B‡rbara dÕOeste
(SP)
Santa Clara dÕOeste
(SP)
Santa Cruz de la Sierra
Santa Gertrudes (SP)
Santa Ifignia
Santa Monica (EUA)
Santana da Ponte Pensa
(SP)
Santander (Espanha)
Santa Rita dÕOeste (SP)
Santa Rosa de Viterbo
(SP)
Santiago del Estero
(Argentina)
Santo Ant™nio de Posse
(SP)
Sant—polis do Aguape’
(SP)
Santos Dumont
Sanyo
S‹o Domingos (pa’s)
S‹o Domingos (Rep.
Dominicana)
S‹o Francisco (EUA)
s‹o-joanino
s‹o-jo‹o (o dia 24/6)
S‹o Jo‹o del Rey (MG)
S‹o Jo‹o de Meriti (RJ)
S‹o Jo‹o do Pau dÕAlho
(SP)
S‹o Lu’s (MA)
S‹o Lu’s do Paraitinga
(SP)
S‹o Manuel (SP)
s‹o-paulino
s‹o-pedro (o dia 29/6)
S‹o Petersburgo
S‹o TomŽ das Letras
S‹o TomŽ e Pr’ncipe
S‹o Vicente de Paulo
sapŽ
sapo-boi
sapo-cururu
sapon‡ceo
Saporo (Jap‹o)
sapoti
saqu (bebida)
Saragoa (Espanha)
Sarajevo (B—snia)
Sarapu’ (SP)
Sardenha (It‡lia)
Sargaos (mar)
sargento-mor
sari (roupa)
sarjeta
sartriano
nnsashimi
sassafr‡s
sat‹
satan‡s
Satiricon
s‡trapa
saœda(m,s)
saœde(m,s)
saussuriano
nnsautŽe
Savannah (EUA)
Sav—ia (Frana)
n nsavoir-faire
n nsavoir-vivre
sax
sax-tenorista
saz‹o
sazonal
sazonar
nnscanner
Scaramouche
nnscherzando
n nscherzo
Schleswig-Holstein
(Alemanha)
n nscholar
n nscotch
n nscratchman
n nscratchmen (plural)
n nscript
Scutari (Alb‰nia)
Seattle (EUA)
seb‡ceo
Sebastopol (Ucr‰nia)
se‹o (parte)
sec‹o (corte)
seccional
seccionar
secess‹o
secret‡rio-geral
sed‹ (carro)
Sedan (Frana)
sediar
sega (ceifa)
sege
Segovia (Espanha)
segunda-feira
segunda m‹o
segundanista
segundo-cadete
segundo-sargento
segundo-tenente
seguro-dep—sito
seguro-desemprego
seguro-saœde
seguro-viagem
Seicho-no-Ie
seiscentŽsimo
seiscentismo
seixo
nnself-made man
n nself-service
selvageria
sem-casa
sem-cerim™nia
(informalidade)
sem-cerimonioso
sem-dinheiro
smen
sem-fim
semi-aberto
semi-analfabeto
386s‰nscrito semi-analfabeto

semi-‡rido
semi-autom‡tico
semib‡rbaro
semiconscincia
semideus
semi-eixo
semi-especializado
semifinal
semifinalista
semi-internato
semimanufaturado
semi-obscuridade
semi-racional
semi-selvagem
Sem’ramis
semitransparente
semi-œmido
semivogal
sem-justia
sem-lar
sem-luz
sem-nome
sem-nœmero
sem-p‹o
sem-par
sempre-viva
sem-pudor
sem-pulo
sem-raz‹o
sem-sal
sem-terra
sem-teto
sem-vergonha
sen‹o
senegals
Senhor do Bonfim (BA)
senhoril (nobre)
senhorio (dono)
snior
seniores
sensoriamento
sens—rio (sens’vel)
septeto
septicemia
sŽptico
sequaz
seqŸela
seqŸncia
sequer
seqŸestrar
seqŸestro
nnserial killer
sericicultura
serid—
seriema
seri’ssimo
ser-para-a-morte
Serra Leoa (çfrica)
Serro (MG)
SŽrvia (Europa)
servo-croata
servossistema
SŽsamo
Ses—stris (fara—)
sesquicenten‡rio
sesquipedal
sess‹o (reuni‹o)
Set (B’blia)
n nset
sete-barbas
sete-belo
sete-e-meio
setingentŽsimo
nnsetter (c‹o)
setuagen‡rio
setuagŽsimo
sŽtuplo
seu-vizinho(dedo)
sevandija
Sever’nia (SP)
Sevilha(Espanha)
Svres (Frana)
sexagen‡rio
sexagŽsimo
nnsex-appeal
sexcentŽsimo
nnsex shop
n nsex symbol
sexta-feira
Sexta-Feira Santa
sextanista
sextante
sexteto
sexto sentido
sxtuplo
nnsexy
Seychelles (ilhas)
sez‹o (febre)
Sfax (Tun’sia)
Sforza (fam’lia)
n nsforzando
Shakespeare
shakespeariano
Shangri-l‡
nnshareware
Sharjah (emirado)
Sheffield (Inglaterra)
Shell (empresa)
Sherlock Holmes
Shetland (arquip.)
n nshimmy
n nshofar (trombeta)
n nshopping center
n nshort
n nshow
n nshow biz
n nshow business
n nshowman
showm’cio
nnshowroom
n nshunt
Shylock (personagem)
siams
Sic’lia
sicofanta
sicrano
nnside-car
S’don (L’bano)
sidra (vinho)
Siegfried
Siemens
Siena (It‡lia)
n nsikh
387semi-‡rido sikh

s’lex
sil’cio (elemento)
n nsilk-screen
silv’cola
silvicultura
nnsimilia similibus
curantur
simpl’ssimo
simultaneidade
Sinai
sinal-da-cruz
nnsine die
n nsine qua non
sinergia
sinh‡-moa
sinh‡-velha
sinh™-moo
sinh™-velho
Sin-kiang (China)
sinon’mia
sino-russo
sino-tibetano
Sintra (Portugal)
sinuca
sinusite
nnsioux
sir
Siracusa (It‡lia)
sirene
siri-mole
s’rio-libans
S’rius (estrela)
sisa (imposto)
sisal
S’sifo (mitologia)
siso (ju’zo, dente)
sistema solar
Sistina (Capela)
sistino (de Sisto)
Sisto (papa)
s’stole
sisudez
sisudo
nnskate
n nskunk (droga)
n nslack
n nslang
n nslide
n nslogan
Smith
nnsmoking
n nsmorzando
n nsoap opera
sobe-e-desce
sobrancelha
sobreaviso
sobrecasaca
sobreexceder
sobrefaturamento
sobre-humano
sobreloja
sobre-restar
sobre-saia
sobrescritar
sobrescrito
sobressair
sobretaxa
sobrev™o
soaite
nnsoccer
social-democracia
social-democrata
nnsocialite
sociocultural
socioecon™mico
s—cio-gerente
sociolingŸ’stico
sociopol’tico
s—cio-torcedor
soobrar
soco-ingls
soez
sof‡-cama
S—fia (Bulg‡ria)
S—focles
sofocliano
nnsoftware
n nsoi-disant
n nsoirŽe
s—is (pl. de sol)
Solferino (It‡lia)
Solingen (Alem.)
S—lon
sol-posto
sol-quadrado
solst’cio
somat—rio
somenos import‰ncia
Somerset (Inglaterra)
Something Special
(u’sque)
Somme (Frana)
sopor’fero
Sorbonne (Frana)
Sorrento (It‡lia)
sortir (abastecer)
soslaio
sossegar
sossego
s—t‹o
SothebyÕs
Sousa
Sous‰ndrade
Southampton
(Inglaterra)
n nsouvenir
Souza Cruz (empresa)
Soviete
nnsoyu
Spa (BŽlgica)
spa (hotel)
n nspaghetti western
n nsparring
n nspeaker
n nspeech
n nspiccato
n nspiritual
Spoleto (It‡lia)
n nspot
n nspray
n nspread
Springfield (EUA)
n nsprinkler
n nsprinter
Sri Lanka
Srinagar (êndia)
n nstaccato
n nstaff
388s’lex staff

Stafford (Inglaterra)
Stalingrado
stalinismo
stalinista
nnstandard
n nstand by
Stanovoi (montes)
n nstar
n nstarlet
Staroup (marca)
n nstarter
n nstarting gate
States
nnstatus
n nstatus quo
n nsteeple-chase
SteinhŠger
Stendhal
stendhaliano
nnstop
n nstoryboard
n nstradivarius
n nstraight flush
n nstrapontin
Stratford on Avon
(Inglaterra)
n nstricto sensu
strindberguiano
nnstripper
n nstrip-tease
n nstrip-teaser
Stromboli (ilha)
Stuart
nnstud
Stuttgart (Alem.)
Su‡bia (Alem.)
Suau’ (rio)
suas—rio
Suazil‰ndia
subalimentado
Subaru (carro)
sub-base
sub-bosque
subchefe
subconsciente
subdelegado
subeditoria
subemprego
subentender
subentendido
subesta‹o
subgrupo
nnsub judice
sublegenda
submetralhadora
subordem
subprefeitura
sub-regi‹o
subscrever
subscri‹o
subscrito
subsecret‡rio
subseqŸente
substabelecer
substitui
subt’tulo
subumano
sucatear
sucatamento
suc‹o
suced‰neo
sucinto
sucroalcooleiro
suuarana
Sud Menucci (SP)
suŽter
Suez (cid., canal)
sufl
sufrag‰neo
Su’a
nnsui generis
suingue
nnsukyaki
sul-africano
sul-americano
sul-asi‡tico
sul-coreano
sul-iemenita
sul-mato-grossense
sul-rio-grandense
sul-vietnamita
Suma Teol—gica
sum™
nnsundae
superaquecimento
super‡vit
supercampe‹o
superdotado
superestimar
super-homem
super-humano
superintendente
Superman
superpotncia
super-realismo
supersecreto
nnsuperstar
supersti‹o
supersticioso
supet‹o
supra-axilar
supracitado
supra-excitar
supra-humano
supra-orbit‡rio
suprapartid‡rio
supra-renal
supra-sumo
Surabaya (IndonŽsia)
surdez
surdo-mudez
surdo-mudo
surfe
Suriname
nnsurmenage
surpresa
surripiar
nnsursis
n nsursum corda
surtir (produzir)
Susa (cidades)
suscetibilidade
suscet’vel
suscitar
suserano
nnsushi
suspicaz
Sussex (Inglaterra)
sussurrante
sussurro
sutache
389Stafford sutache

suti‹
Suva (Fiji)
Suzano (SP)
Suzuki
Swansea (Inglaterra)
n nswap
n nsweepstake
n nswing
Swissair (empresa)
Sydney (Austr‡lia)
Sylt (Alemanha)
Syracuse (EUA)
Tabapu‹ (SP)
taberna
nntableau
Tabo‹o da Serra (SP)
Tabriz (Ir‹)
tabua (bœ)(planta)
t‡bua (ripa)
tabuada
tabuleiro
tabuleta
tacha (prego)
tachar (acusar)
Tacuaremb— (Uruguai)
n ntaedium vitae
n ntae kwon do
n ntai chi chuan
n ntailleur
TaipŽ
Ta’s
Taiti (ilha)
Taiwan (Formosa)
Tai-Yuan (China)
Tajiquist‹o
Taj Mahal
Tales (fil—sofo)
talharim
talho-doce
tali‹o
nntalk show
Tallahassee (EUA)
Tallin (Est™nia)
talvegue
tamarindo
t‰mil
T‰misa (rio)
tampouco
Tanganica (çfrica)
T‰nger (Marrocos)
tangerina
TannhŠuser
tant‹
t‰ntalo (metal)
Tanz‰nia (çfrica)
tao’smo
Taormina (It‡lia)
t‹o-s—
t‹o-somente
tapa-buraco
Tapaj—s (rio)
tapa-olho
tapa-sexo
nntape deck
n ntape recorder
Tapira’ (SP)
Tarabai (SP)
tar‰ntula
Tarn (Frana)
TarpŽia (rocha)
Tarragona (Espanha)
tarraxa
tatame
tatear
tatibitate
t‡til
tato
tatu-canastra
tatu-galinha
Tatu’ (SP)
taxa (tributo)
taxar (tributar)
taxativo
taxi aŽreo
nntaxi-girl
taxionomia
taylorismo
Tbilisi (Ge—rgia)
tch‹
tchau
TeacherÕs (u’sque)
teatro-revista
Technics (marca)
teco-teco
te-dŽum
nnteen-ager
Teer‹
teipe
teiœ
Tejup‡ (SP)
Tel-Aviv
telemarketing
telespectador
televisionamento
televisionar
televisual
telex
telha-v‹
Telstar (satŽlite)
tem (singular)
tm (plural)
tempura
ten‹o (inten‹o)
tnder
tenente-brigadeiro
tenente-coronel
tenente-coronel-aviador
tenente-do-mar
tenente-general
Tenerife
Tennessee(EUA)
Tenochtitl‡n (MŽxico)
tens‹o (retesamento)
n ntenue de ville
Te—filo Ot™ni (MG)
te—filo-otonense
Teotihuac‡n (MŽxico)
tepidez
tequila
ter‹ (febre)
tera-feira
390suti‹ tera-feira

terceira idade
terceiranista
terceiro-mundismo
terceiro-mundista
Terceiro Mundo
terceiro-sargento
terol
terebintina
Teresa
Teresina (PI)
Teresinha
Teres—polis
tergiversar
tŽrmita
termodin‰mica
termoelŽtrica
termonuclear
Terps’core (musa)
terra-a-terra
terra-nova (c‹o)
terraplenagem
terraplenar
terr‡queo
nntertius
Teseu (her—i)
tesoureiro-geral
Tessalonica (n’)
tessitura
testa-de-ferro
testemunha-de-jeov‡
(pessoa)
Testemunhas de Jeov‡
(seita)
n ntte-ˆ-tte
tetracampe‹o
tetrass’labo
TŽtis (mitologia)
teuto-brasileiro
tev
txtil
texto-legenda
ThorneÕs (u’sque)
Three Mile Island
nnthriller
Thunderbird (carro)
tia-av—
Tiago
Tibagi (PR)
Tibete (çsia)
tibieza
tico-tico
ti
Tien-tsin (China)
TiffanyÕs
tigela
tigre-asi‡tico
(mosquito)
tigre-de-bengala
tigresa
Tijipi—
Tilsit (Rœssia)
n ntimer
n ntime-sharing
n ntiming
Timor (™)
t’ner
tintim por tintim
tio-av™
tique
tique-taque
tiquetaquear
t’quete
t’quete-refei‹o
t’quete-restaurante
tira-cisma
tiracolo
tira-gosto
tira-linhas
tira-manchas
tira-prosa
tira-provas
tira-teimas
tire—ide
tireoidectomia
tiro-de-guerra
tisana
Tit‹
tititi
t’tulo-chave
T’voli (It‡lia)
tiziu
toalete
tobog‹
Tobruk (L’bia)
toca-discos
toca-fitas
Todos os Santos
todo-poderoso
Tom‡s
tomara-que-caia
tonitruante
Tonquim (Vietn‹)
topa-tudo
top‡zio
Topeka (EUA)
n ntopless
n ntop model
toque de Midas
T—quio
Tor‡ (livro)
tor‡cico
t—rax
tor‹o
Tordesilhas
t—ri(partido)
tornassol
torna-viagem
torneio rel‰mpago
tornozelo
torqus
Toshiba (empresa)
totem
nntouchŽ
toucinho
Toulon (Frana)
Toulouse (Frana)
toupeira
Touraine (Frana)
n ntour de force
Tours (Frana)
n ntout court
n ntout est bien qui finit
bien
toxidez
Toyota (empresa)
tragicomŽdia
nntrailer
n ntrain
391terceira idade train

nntraining
tra’ra
traiu
tr‰muei
tranqŸilizar
tranqŸilo
transcendncia
transcendental
transcender
transeunte
Transiberiana
transido
Transilv‰nia
transistor (™r)
transitoriedade
Transkei (çfrica)
transubstancia‹o
Transvaal (çf. do Sul)
transvazar
Trapani (It‡lia)
trapŽzio
trapiche
tr‡s (atr‡s)
trasanteontem
traseira
traseiro
trasladar
traslado
Tr‡s-os-Montes
nntraveller check
n ntravelling
travŽs
traz (conduz)
trecentŽsimo
nntrekking
trem-bala
treme-treme
trs-estrelinhas
triatlo
Trianon (parque)
tricampe‹o
tric™
tricoline
tridimensional
trigŽsimo
trilionŽsimo
Trindade (ilha)
Trinidad e Tobago
trinitroglicerina
trinitrotolueno
trinta-e-dois (arma)
trinta-e-oito (arma)
trio elŽtrico
tripanossom’ase
tripanossomo
tr’plex
Tr’poli
triticultura
triz (por um...)
TrocadŽro (pal‡cio)
troca-tintas
troca-troca
trole
tr—lebus
trolol—
tromba-dՇgua
trompete
Trondheim (Noruega)
trotskista
nntrottoir
n ntrouvaille
trouxa
trouxe-mouxe
Troyes (Frana)
Trujillo (cidade)
trupe
truste
truz (de...)
tsŽ-tsŽ (mosca)
n nt-shirt
Tsushima (Jap‹o)
tuaregue
TŸbingen (Alemanha)
Tuc’dides
Tucson (EUA)
Tucum‡n (Argentina)
Tucuru’ (hidrelŽtrica)
tuiuiœ
Tuiuti (batalha)
Tulherias (pal‡cio)
tulipa (l’)
Tulsa (EUA)
tumescncia
tumidez
Tumucumaque (serra)
Tœnis (Tun’sia)
Tupac Amaru (inca)
Tupanciret‹ (RS)
tupi-guarani
turboŽlice
turborreator
turco-‡rabe
Turcomenist‹o (Europa)
turfe
turgidez
Turiau (rua, cidade)
Turim (It‡lia)
Tur’ngia (Alemanha)
Turku (Finl‰ndia)
turn
turned™
nnturn over
turquesa
Turquest‹o(çsia)
Tutanc‰mon (fara—)
TutmŽs (fara—)
n ntutti quanti
tuxaua
nntweed
n ntwist
Twyla Tharp Dance
txucarram‹e
Tyne (rio)
Tyrrell (F-1)
Uagadugu (B. Fasso)
UaupŽs (rio)
œbere (fŽrtil, teta)
ubiqŸidade
ub’quo
Ubu Rei (pea)
392training Ubu Rei

ucasse
Ucayali (rio)
Uchoa (SP)
Ucr‰nia
òdine (It‡lia)
uirapuru
u’sque
u’ste (jogo)
Ulan-Bator (Mong—lia)
Ulisses (her—i)
Ulster (Irlanda)
ultimato
ultra-aquecido
ultracentr’fuga
ultra-realista
ultra-secreto
ultra-som
ultravioleta
Ulysses (Joyce)
Um-al-Qiiwayn
(emirado)
umbilical
umedecer
œmero
umidade
œmido
nnunderground
ungŸento
unha-de-fome
Union Jack
unissex
unissexual
un’ssono
Univers’ada
Uppsala (SuŽcia)
n nup-to-date
Uraguai (poema)
Urais (montes)
Ural (rio)
uralo-altaico
Urano (planeta)
n nurbi et orbi
ureter (tŽr)
urso-branco
urubu-rei
Uruguai
Urundi (çfrica)
Urups (SP)
urze
Usbequist‹o
useiro
Ushuaia (Argentina)
usucapi‹o
usufruto
Utah (EUA)
Utica (EUA)
n nuti possidetis
Utrecht (Holanda)
œvea
uxoric’dio
Vaal (rio)
vadear (passar a vau)
vade-mŽcum
vadiar (vagabundar)
Vaduz(Liechtenstein)
n nvae victis!
vaga-lume
vag‹o-dormit—rio
vag‹o-leito
vag‹o-restaurante
vag‹o-tanque
vagem
vai-da-valsa
Vai-Vai (esc. samba)
vaivŽm
Val-dÕIsre (Frana)
Vald’via (Chile)
Val-dÕOise (Frana)
vale-compra
Valena (RJ)
Valncia (Espanha)
valer a pena
vale-refei‹o
vale-transporte
vale-tudo
Valhala (mitologia)
v‡lido (sadio)
valido (l’)(protegido)
valise
Valladolid (Espanha)
Vallauris (Frana)
Valpara’so (SP e Chile)
valqu’ria
van (tipo de carro)
Vancouver(Canad‡)
Varese (It‡lia)
Vargem Grande do Sul
(SP)
variz(es)
v‡rzea
varzeano
vasectomia
vaselina
vasodilatador
Vaucluse (Frana)
n nvaudeville
vaza (de jogo)
Vaza-Barris (rio)
vazante
vaz‹o
vazar
vazio
veado-campeiro
veado-catingueiro
veado-galheiro
veado-mateiro
vedete
vem (verbo ver)
vegetomineral
Vel‡squez (pintor)
velha-guarda
Velho Oeste
vm (verbo vir)
VendŽia (Frana)
vendeta
nnvendeuse
VenŽcia (It‡lia)
393ucasse VenŽcia

venŽreo
Veneza (It‡lia)
Ventimiglia (It‡lia)
ventr’loquo
venusiano
Veracruz (MŽxico)
Vera Cruz (cinema)
n nverbi gratia
n nverbo ad verbum
verbo-nominal
Vercinget—rix
verde-abacate
verde-‡gua
verde-amarelo
verde-azul
verde-bandeira
verde-cinza
verde-claro
verde-e-amarelo
verde-e-rosa
verde-escuro
verde-esmeralda
verde-gaio
verde-garrafa
verde-mar
verde-montanha
verde-musgo
verde-negro
verde-oliva
verde-paris
verde-piscina
Verdun (Frana)
veredicto
verlainiano
nnvermeil
Vermont (EUA)
vermute
nnvernissage
verniz
Ver-o-Peso (mercado)
veross’mil
verossimilhana
Versailles (carro)
Versalhes
nnversus
ves’cula
VŽsper (Vnus)
Vespœcio
Vesœvio (vulc‹o)
vetustez
vezeiro
vezo (costume)
via-crœcis
viagem (percurso)
viajem (percorram)
Via-L‡ctea
Viareggio (It‡lia)
via-sacra
vice-almirante
vice-campe‹o
vice-c™nsul
vice-governador
vice-l’der
Vicente de Paulo
Vicenza (It‡lia)
vice-prefeito
vice-presidente
vice-primeiro-ministro
vice-rei
vice-versa
Vichy (Frana)
vicissitude
Victoria (Austr‡lia,
Hong Kong e
Canad‡)
v’deo
videocassete
videoclipe
videoclube
videodisco
videogame
videojogo
videolaser
videop™quer
videoteipe
videotexto
Viedma (Argentina)
Vientiane (Laos)
viŽs
vietcongue
Vietminh (Vietn‹)
Vietn‹
viger
vigŽsimo
nnviking
Villegaignon
Villejuif (Frana)
Villena (Espanha)
Villeneuve
Vi–a del Mar (Chile)
viola-de-cocho
violeteira
vira-casaca
vira-e-mexe
vira-lata
vira-mundo
vira-volta
Virg’lio
Virg’nia (EUA)
Virgulino (Lampi‹o)
virtuose
nnvis-ˆ-vis
v’scera
visceral
Visconti
viscose
Viseu (Portugal)
Vishnu (deus)
visom
vista-dÕolhos
Vit—ria (lago)
vit—ria-rŽgia
vitral (ais)
v’treo
vitrine
Vittoria (It‡lia)
Vittorio Veneto (It.)
viœva-negra
viva-voz
vivaz
v’vido (ardente)
vivido (experiente)
vivissec‹o
vizinhana
vizinho
394venŽreo vizinho

vizir
Vladimir (Rœssia)
Vladivostok (Rœssia)
Vltava (Rep. Checa)
vocalise
vooroca
vodca
vodu
nnvoile (tecido)
v™lei
voleibol
Volgogrado (Rœssia)
Volkswagen
volov‹
volt
voltairiano
volt-ampre
voluptuoso
v™ngole
v™o(s)
Vorochilovgrad
(Ucr‰nia)
voto de Minerva
nnvoucher
(comprovante)
n nvox populi, vox Dei
Voyage (carro)
n nvoyeur
n nvoyeuse
voyeurismo
vultoso (volumoso)
waffle
Wal-Mart
Wagner
wagneriano
Wagram (çustria)
Waikiki (Hava’)
n nwalkie-talkie
n nwalk-over
Wall Street
nnwarrant
warrantagem
Warwickshire
(Inglaterra)
Washington
nnwater closet
Waterloo
watt
nnweek-end
Wehrmacht
Weimar
nnweimaraner (c‹o)
Wellington
Wembley
Wenceslau Braz (MG)
wertheriano
nnwestern
Westinghouse
Westminster (abadia)
West Point (EUA)
n nwhig
White Horse (u’sque)
White Label (u’sque)
Wichita Falls (EUA)
Wiesbaden (Alem.)
Wight (Inglaterra)
wildiano
Wilhelmshaven (Alem.)
Willemstad (Curaau)
Williams (F-1)
Willys Overland
Wilmington (EUA)
Wimbledon
Winchester
Windsor
windsurfe
Winnipeg (Canad‡)
Wisconsin (EUA)
wishful thinking
Wolfsburg (Alem.)
Woodstock
Worcester (Inglaterra)
n nworkaholic
n nworkshop
Wroclaw (Pol™nia)
Wyoming (EUA)
xadrez
xale
Xambio‡ (TO)
xampu
Xangai (China)
xantungue
Xanxer (SC)
xarŽu
xavante (’ndio)
xaxado
xaxim
xelim
Xenofonte
xeque (‡rabe)
xeque (xadrez)
xeque-mate
xereta
xerez
Xerezade
xerife
xerocar
xerox
Xerxes
x’cara
xif—pago
ximango
395vizir ximango

xinxim
Xiquexique (BA)
Xiva (deus)
xod—
xogum
xote
xucro
Yale (EUA)
Yalta
Yamagata (Jap‹o)
yang
Yang-tse-kiang (rio)
Yashica
Yellowstone (EUA)
Ye MonksÕ(u’sque)
Yeso (Jap‹o)
n nyin
n nyin-yang
Yokohama (Jap‹o)
Yom Kippur
York
Yorkshire (Inglaterra)
Yosemite (EUA)
Yucat‡n (MŽxico)
Yukon (EUA)
Yun-kang (mosteiro)
n nyuppie
zaga-central
Zagreb (Cro‡cia)
zagueiro-central
Zahar (editora)
zaino
Zaire (çfrica)
Zakspeed (F-1)
Zambeze (rio)
Z‰mbia (çfrica)
zang‹o
Zanzibar(çfrica)
Zaqueu
zarabatana
Zaragoza (time)
Zaratustra
zarzuela
z‡s-tr‡s
zŽfiro
zen
Zen‹o (fil—sofo)
zen-budismo
Zend Avesta
znite
zepelim
zŽ-pereira
zŽ-povinho
zero-quil™metro
ziguezague
ziguezaguear
Zimb‡bue (çfrica)
z’per
zoada
zoar
zoeira
z™o(s)
n nzoom
Zoroastro
Zumbi
zunzum
zunzunzum
Zurique (Su’a)
Zwickau (Alem.)
396xinxim Zwickau

397
PESO
Multiplique o n¼ de Por Para obter o equivalente em
Arrobas 15 Quilos
Bushels (trigo) 25,401168 Quilos
Bushels (milho) 25,401168 Quilos
Bushels (aveia) 14,51495 Quilos
Bushels (soja) 27,21553 Quilos
Bushels (farelo de soja) 27,21553 Quilos
Libras 0,4535923 Quilos
Onas 28,349 Gramas Onas troy 31,10347 Gramas
Quilogramas 2.204,622 Libras Toneladas 1.000 Quilos
Toneladas curtas (1) 907,19 Quilos
Toneladas longas (2) 1.016 Quilos
(
1)TambŽm conhecidas como toneladas americanas.
(2)TambŽm conhecidas como toneladas brit‰nicas.
Obs.:Caso seja necess‡rio transformar qualquer medida da coluna da direita em unidade
da coluna da esquerda, basta pegar o dado escolhido e dividi-lopelo fator da coluna
do meio. Ex.: para transformar 100 quilos de aveia em bushels, basta dividir 100 por
14,51495.
çREA
Multiplique o n¼ de Por Para obter o equivalente em
Acres 0,4046856224 Hectares
Acres 4046,8564224 Metros quadrados Ares 0,0247105 Acres
Hectares 2,47105 Acres Metros quadrados 1,19599 Jardas quadradas
Hectares 10.000 Metros quadrados Alqueires mineiros 48.400 Metros quadrados
Alqueires do Norte 27.225 Metros quadrados Alqueires paulistas 24.200 Metros quadrados
Braas quadradas 3,052 Metros quadrados Braas de sesmaria 14.520 Metros quadrados
Quadras quadradas 17.424 Metros quadrados
Obs.:Caso seja necess‡rio transformar qualquer medida da coluna da direita em unidade
da coluna da esquerda, basta pegar o dado em quest‹o e dividi-lopelo fator da colu-
na do meio. Ex.: para transformar 100 hectares em acres, basta dividir 100 por
0,4046856224.

398
COMPRIMENTO
Multiplique o n¼ de Por Para obter o equivalente em
Braas 1,8288 Metros
Jardas 0,9144 Metros Metros 1,09361 Jardas
Metros 39,3701 Polegadas Milhas n‡uticas 1.852 Metros
PŽs 30,48 Cent’metros Polegadas 2,54 Cent’metros
Quil™metros 0,621371 Milhas estatut‡rias Milhas terrestres 1,609344 Quil™metros
Quil™metros 0,539957 Milhas n‡uticas Palmos 22 Cent’metros
Obs.:Caso seja necess‡rio transformar qualquer medida da coluna da direita em unidade da
coluna da esquerda, basta pegar o dado escolhido e dividi-lopelo fator da coluna do
meio. Ex.: para transformar 100 metros em jardas, basta dividir 100 por 0,9144.
VOLUME E CAPACIDADE
Multiplique o n¼ de Por Para obter o equivalente em
Barris (de petr—leo) 0,1589872 Metros cœbicos
Barris (de petr—leo) 158,98 Litros
Gal›es (1) 3,785 Litros
Obs.:Caso seja necess‡rio transformar qualquer medida da coluna da direita em unidade
da coluna da esquerda, basta pegar o dado escolhido e dividi-lopelo fator da coluna
do meio. Ex.: para transformar 100 litros em gal›es, basta dividir 100 por 3,785.
(1)Essa medida refere-se ˆ capacidade, em litros, de um gal‹o norte-americano. H‡ uma
diferena entre este e o gal‹o ingls em termos de volume: o gal‹o norte-americano
possui 3.785 cent’metros cœbicos, enquanto o gal‹o ingls possui 4.546 cent’metros
cœbicos
(tambŽm chamado de gal‹o imperial).
VELOCIDADE
Multiplique o n¼ de Por Para obter o equivalente em
Milhas por hora 1,609344 Quil™metros por hora
N—s 0,514444 Metros por segundo Quil™metros por hora 0,5396 N—s
PŽs por minuto 0,5080 Cent’metros por segundo
Obs.:Caso seja necess‡rio transformar qualquer medida da coluna da direita em unidade
da coluna da esquerda, basta pegar o dado escolhido e dividi-lo pelo fator da coluna
do meio. Ex.: para transformar 100 quil™metros por hora em milhas, basta dividir
100 por 1,609344.

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Pequeno Vocabul‡rio Ortogr‡fico da
L’ngua Portuguesa.Imprensa Nacional,
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ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS.
Vocabul‡rio Ortogr‡fico da L’ngua
Portuguesa.Bloch Editores S.A., Rio de
Janeiro, 1981.
ALMEIDA, NAPOLEÌO MENDES DE.
Dicion‡rio de Quest›es Vern‡culas.
Editora çtica, S‹o Paulo, 3» edi‹o,
1996.
ALMEIDA, NAPOLEÌO MENDES DE.
Gram‡tica Met—dica da L’ngua
Portuguesa.Editora Saraiva, 35» edi‹o,
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AULETE, CALDAS. Dicion‡rio
Contempor‰neo da L’ngua Portuguesa
(atualizado por Ham’lcar de Garcia).
Editora Delta, 4» edi‹o, Rio de Janeiro,
1958.
BECHARA, EVANILDO. Li›es de
Portugus pela An‡lise Sint‡tica.
Editora Fundo de Cultura, Rio de
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BECHARA, EVANILDO. Moderna
Gram‡tica Portuguesa.Companhia
Editora Nacional, 31» edi‹o, S‹o Paulo,
1987.
BERGO, VITTORIO. Erros e Dœvidas
de Linguagem.Livraria Francisco Alves
Editora S.A., 6» edi‹o, Rio de Janeiro,
1986.
CALBUCCI, ERNANI. LŽxico de
Dœvidas de Linguagem.Revisora
Gramatical, S‹o Paulo, s/d.
CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL.
Dicion‡rio de Dificuldades da L’ngua
Portuguesa.Editora Nova Fronteira, Rio
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CEGALLA, DOMINGOS PASCHOAL.
Nov’ssima Gram‡tica da L’ngua
Portuguesa.Companhia Editora
Nacional, 30» edi‹o, S‹o Paulo, 1988.
CUNHA, CELSO e CINTRA, LINDLEY.
Nova Gram‡tica do Portugus
Contempor‰neo.Editora Nova
Fronteira, 3» edi‹o, Rio de Janeiro,
1985.
EDITORA ABRIL. Almanaque Abril.
S‹o Paulo, 1996.
FERNANDES, FRANCISCO.
Dicion‡rio de Regimes dos
Substantivos e Adjetivos.Editora
Globo, 2» edi‹o, Porto Alegre, 1959.
FERNANDES, FRANCISCO.
Dicion‡rio de Verbos e Regimes.Editora
Globo, 4» edi‹o, Porto Alegre, 1959.
FOLHA DE S. PAULO. Novo Manual
da Reda‹o.S‹o Paulo, 1992.
FREIRE, LAUDELINO. Grande e
Nov’ssimo Dicion‡rio da L’ngua
Portuguesa.A Noite S.A . Editora, Rio
de Janeiro, s/d.
FREIRE, LAUDELINO. Linguagem e
Estilo.Editora A Noite, 2» edi‹o, Rio de
Janeiro, s/d.
GARCIA, OTHON M. Comunica‹o
em Prosa Moderna.Editora da Funda‹o
Getœlio Vargas, 13» edi‹o, Rio de
Janeiro, 1986.
HOLANDA, AURƒLIO BUARQUE DE.
Novo Dicion‡rio da L’ngua Portuguesa.
Editora Nova Fronteira, 2» edi‹o, Rio de
Janeiro, 1986.
HOUAISS, ANTïNIO. Pequeno
Dicion‡rio EnciclopŽdico Koogan
Larousse.Editora Larousse do Brasil, Rio
de Janeiro, 1979.
399

JOTA, ZƒLIO DOS SANTOS. Dicion‡rio
de LingŸ’stica.Editora Presena,
2» edi‹o, Rio de Janeiro, 1981.
KURY, ADRIANO DA GAMA. Para
Falar e Escrever Melhor o Portugus.
Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro,
1989.
KURY, ADRIANO DA GAMA e
OLIVEIRA, UBALDO LUIZ DE
Gram‡tica Objetiva da L’ngua
Portuguesa.Editora Rio, 7» edi‹o,
Rio de Janeiro, 1984.
LAPA, M. RODRIGUES. Estil’stica da
L’ngua Portuguesa.Livraria Martins
Fontes Editora Ltda., 11» edi‹o, S‹o
Paulo, 1982.
LEME, ODILON SOARES. Tirando
Dœvidas de Portugus.Editora çtica,
S‹o Paulo, 1992.
LUFT, CELSO PEDRO. Dicion‡rio
Pr‡tico de Regncia Nominal.Editora
çtica, S‹o Paulo, 1992.
LUFT, CELSO PEDRO. Dicion‡rio
Pr‡tico de Regncia Verbal.Editora
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LUFT, CELSO PEDRO. Grande Manual
de Ortografia Globo.Editora Globo, Rio
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LUFT, CELSO PEDRO. Novo Guia
Ortogr‡fico.Editora Globo, 16» edi‹o,
Porto Alegre/Rio de Janeiro, 1985.
MORAIS SILVA, ANTïNIO DE. Grande
Dicion‡rio da L’ngua Portuguesa.
Editorial Confluncia, 10» edi‹o, Lisboa,
1948.
O GLOBO. Manual de Reda‹o e Estilo.
Organizado e editado por Luiz Garcia.
Editora Globo, Rio de Janeiro, 1992.
PEREIRA, EDUARDO CARLOS.
Gram‡tica Expositiva.Companhia
Editora Nacional, 94» edi‹o,
S‹o Paulo, 1955.
ROCHA LIMA, CARLOS HENRIQUE
DA. Gram‡tica Normativa da L’ngua
Portuguesa.JosŽ Olympio Editora,
26» edi‹o, Rio de Janeiro, 1985.
SACCONI, LUIZ ANTONIO.
Dicion‡rio de Pronœncia Correta.
Nossa Editora. Ribeir‹o Preto, 1991.
SACCONI, LUIZ ANTONIO. N‹o Erre
Mais.Atual Editora Ltda., 19» edi‹o,
S‹o Paulo, 1995.
SACCONI, LUIZ ANTONIO. Tudo
sobre Portugus Pr‡tico.Editora
Moderna Ltda., S‹o Paulo, 1979.
400