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movimentos, é preciso reunir e coordenar seus movimentos, para obter a harmonia do
conjunto e, progressivamente, desenvolver a velocidade de execução das ações
combinadas de braços e pernas, durante os deslocamentos.
A esgrima exige um sistema especial de respiração e uma grande mo bilidade das
articulações do braço e do punho, por isto se torna necessário prever treinamentos
preparatórios, capazes de melhorar tais exigências. Os exercícios de “souplesse”
(flexibilidade, mobilidade articular, elasticidade e malea bilidade), coordenação motora,
precisão de movimentos e agilidade são especialmente recomendados.
As condições físicas serão adquiridas e desenvolvidas por meio de treinamento
preparatório, geral e especifico, comportando sessões de alongamento, pliometria,
ginástica neuromuscular, treinamentos em circuitos, marchas, corridas, saltos (na corda, a
pé firme, em distância e em altura), exercício de massas e lançamentos ligeiros. Estes
exercícios permitirão adquirir flexibilidade, mobilidade articular, resistência muscular
localizada, capacidade aeróbica, destreza, velocidade e coordenação, através de variados
métodos de treinamento.
1.8.3 A PREPARAÇÃO TÉCNICA DO ESGRIMISTA
A técnica dá confiança ao esgrimista. Confiança é o suporte principal para a defesa ,
ataque e contraofensiva. "Com boa técnica, um esgrimista de meia- idade está em
condições de igualdade com um esgrimista jovem e atlético de vinte e cinco anos. Isto
demonstra, e recomenda, o estudo da técnica" em esgrima.
Porém, devemos recordar, e tirar conclusões práticas do fato, de que na esgrima, ao
contrário de acrobacias ou figuras da patinação, a técnica não é tudo. Devemos ensinar
não só a técnica — para executar as várias ações de esgrima — mas, também, como aplicá-
las nas condições variáveis de um combat e, em função dos movimentos do nosso
adversário. Isto é, adequar a técnica às táticas de combate .
Em outras palavras, o mestre d’armas deve ensinar, não só a técnica – teórica e
prática – importante como ela é, mas também:
a) os recursos técnicos-táticos,
b) as diversas táticas,
c) as alternâncias de ritmos e as variadas velocidades de execução,
d) a precisão da percepção, aliada as várias qualidades de atenção;
e) a velocidade e precisão dos vários tipos de reações;
f) outras capacidades psicomotoras, ou seja, processos psicológicos, intimamente
ligados às atividades motoras.
Especialmente para os iniciantes, a parte técnica do treinamento será de intensidade
reduzida, sempre considerando o nível do instruendo. Se possível, com curtas lições
diárias – individuais ou coletivas -, executadas com a máxima precisão. Quando os
instruendos forem considerados capacitados, são recomendados alguns curtos assaltos
de estudo e combates nas mesmas condições da competição, durante os quais o
esgrimista deverá se empregar a fundo.
A preparação global é intensificada seguindo um planejamento progressivo, que
deve ser elaborado por temporada s, anuais ou não, divididas em macrociclos, ciclos,
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