Apresentação sobre Maria no Documento de Aparecida, da Conferência Latino-americana dos Bispos.
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Language: pt
Added: Jun 11, 2013
Slides: 20 pages
Slide Content
Maria, discípula
e missionária
A mãe de Jesus no Documento de Aparecida
Organização: Afonso Murad
www.maenossa.blogspot.com
Curso de Mariologia
Introdução
•(1) Maria , Mãe de Jesus Cristo e de seus
discípulos, tem estado muito perto de nós, nos
acolhido, cuidado de nós e de nossos trabalhos,
amparando-nos na dobra de seu manto, sob sua
maternal proteção.
•Temos pedido a ela, como mãe, perfeita discípula e
pedagoga da evangelização, que nos ensine a ser
filhos em seu Filho e a fazer o que Ele nos disser
(Jo 2,5).
•(141) Maria é a imagem da conformação ao projeto
trinitário que se cumpre em Cristo. Ela nos recorda
que:
-a beleza do ser humano está no vínculo do amor
com a Trindade,
-a plenitude da liberdade está na resposta positiva
que damos a Deus.
Leitura de cenário: a religiosidade popular
•(18) Conhecemos o papel que a
religiosidade popular desempenha,
especialmente a devoção mariana:
contribuiu para nos tornar mais
conscientes de nossa comum condição
de filhos de Deus e de nossa dignidade
perante seus olhos.
•(43) Valor incomparável do ânimo
mariano de nossa religiosidade popular:
fundir as histórias latino-americanas
diversas na mesma história
compartilhada, que conduz a Cristo,
Senhor da vida, em quem se realiza a
plenitude da vocação humana.
Devoção Popular e Maria
•(261) A piedade popular penetra a existência pessoal de cada
fiel. Nos diferentes momentos da luta cotidiana, muitos recorrem
a algum pequeno sinal do amor de Deus: (..) um rosário, (..) um
olhar a uma imagem querida de Maria...
•(262) A fé encarnada na cultura pode penetrar cada vez mais
nos nossos povos, se valorizarmos positivamente o que o
Espírito Santo já semeou ali.
•(262b) A piedade popular é um ponto de partida para conseguir
que a fé do povo amadureça e se faça mais fecunda. É preciso
ser sensível a ela, saber perceber suas dimensões interiores e
seus valores inegáveis. É necessário evangelizá-la ou purificá-
la, assumindo sua riqueza evangélica.
•(262c) Desejamos que todos, reconhecendo o testemunho de
Maria e dos santos, procurem imitá-los. Trata-se intensificar o
contato com a Bíblia, a participação nos sacramentos e o serviço
do amor solidário. Assim se aproveitará o rico potencial de
santidade e de justiça social que há na mística popular.
Maria e a devoção popular
•(265) … Nossos povos também encontram a
ternura e o amor de Deus no rosto de Maria.
Nela vem refletida a mensagem essencial do
Evangelho.
•Nossa Mãe querida, desde o santuário de
Guadalupe, faz sentir a seus filhos menores
que eles estão na dobra de seu manto.
•Agora, desde Aparecida, convida-os a lançar
as redes ao mundo, para tirar do anonimato
aqueles que estão submersos no
esquecimento e aproximá-los da luz da fé.
• Ela, reunindo os filhos, integra nossos povos
ao redor de Jesus Cristo.
Evangelizar: caminhos possíveis
•(300) Dar uma catequese apropriada, que
acompanhe a fé já presente na religiosidade
popular.
•Como: oferecer um processo de iniciação
cristã em visitas às famílias, que as conduza à
prática da oração familiar, à leitura orante da
Palavra de Deus e ao desenvolvimento das
virtudes evangélicas.
•(300b) É conveniente aproveitar
pedagogicamente o potencial educativo da
piedade popular mariana. Um caminho
educativo que, cultivando o amor pessoal à
Maria, educadora na fé, nos leva a nos
assemelhar cada vez mais a Jesus Cristo, e
provoque a apropriação progressiva de suas
atitudes.
Maria, peregrina na fé
•(266) Maria é a máxima realização da
existência cristã. Através de sua fé (Lc 1,45) e
obediência à vontade de Deus (Lc 1,38), assim
como por sua constante meditação da Palavra e
das ações de Jesus (Lc 2,19.51), é a discípula
mais perfeita do Senhor.
•Interlocutora do Pai no projeto de enviar o verbo
ao mundo para a salvação humana, com sua fé,
Maria é o primeiro membro da comunidade dos
crentes em Cristo e também a colaboradora no
renascimento espiritual dos discípulos.
•Sua figura de mulher livre e forte emerge do
Evangelho, conscientemente orientada para o
verdadeiro seguimento de Cristo.
•Ela viveu toda a peregrinação da fé como mãe
de Cristo e dos discípulos, na incompreensão e
na busca constante do projeto do Pai.
Maria, mãe da Igreja
•(267) Com Maria, chega o cumprimento da esperança dos
pobres e do desejo de salvação.
•A Virgem de Nazaré teve uma missão única na história da
salvação: concebeu, educou e acompanhou seu filho até a cruz.
•Desde a cruz Jesus Cristo confiou a seus discípulos,
representados por João, o dom da maternidade de Maria, que
nasce diretamente da hora pascal de Cristo (Jo 19,27).
•Perseverando junto aos apóstolos à espera do Espírito (cf. At
1,13-14), ela cooperou com o nascimento da Igreja missionária,
imprimindo-lhe um selo mariano que a identifica profundamente.
•Como mãe, fortalece os vínculos fraternos entre todos, estimula
a reconciliação e o perdão e ajuda os discípulos de Jesus Cristo
a experimentarem como uma família, a família de Deus.
•Em Maria, encontramo-nos com Cristo, o Pai, o Espírito Santo, e
os irmãos.
Maria e a Igreja-mãe
•(268) Como na família humana, a Igreja-
família é gerada ao redor de uma mãe, que
confere “alma” e ternura à convivência
familiar.
•Maria , Mãe da Igreja, além de modelo e
paradigma da humanidade, é artífice de
comunhão.
•Um dos eventos fundamentais da Igreja é
quando o “sim” brotou de Maria.
•Ela atrai multidões à comunhão com Jesus
e sua Igreja, como nos santuários
marianos.
•Como Maria, a Igreja é mãe. Esta visão
mariana da Igreja é o melhor remédio para
uma Igreja meramente funcional ou
burocrática.
Maria: missionária e irmã nossa
•(269) Maria é a grande missionária, continuadora da
missão de seu Filho e formadora de missionários.
•Ela, da mesma forma como deu à luz ao Salvador do
mundo, trouxe o Evangelho a nossa América.
•Em Guadalupe, presidiu com João Diego o Pentecostes
que nos abriu aos dons do Espírito. São incontáveis as
comunidades que encontraram nela a inspiração para
aprender a serem discípulos e missionários de Jesus.
• Ela tem feito parte do caminhar de nossos povos,
entrando no tecido de sua história e acolhendo as ações
mais significativas de sua gente.
•Os diversos nomes e os santuários espalhados por todo o
Continente testemunham a presença de Maria próxima às
pessoas e, ao mesmo tempo, manifestam a fé e a
confiança que os devotos sentem por ela. Maria pertence a
eles, que a sentem como mãe e irmã.
Maria: imagem do seguidor/a de Jesus
•(270) Quando se enfatiza em nosso
continente o discipulado e a missão,
Maria brilha diante de nossos olhos
como imagem acabada e fiel do
seguimento de Cristo.
•Esta é a hora da seguidora mais
radical de Cristo, de seu magistério
discipular e missionário.
Maria e a Palavra encarnada
•(271) Maria, que “conservava todas estas
recordações e meditava em seu coração”
(Lc 2,19.51), ensina-nos o primado da
escuta da Palavra na vida do discípulo e
missionário.
•O Magnificat está tecido pelos fios da
Sagrada Escritura. Em Maria, a Palavra de
Deus se encontra em sua casa, de onde sai
e entra com naturalidade. Ela fala e pensa
com a Palavra de Deus; a Palavra de Deus
se faz a sua palavra e sua palavra nasce da
Palavra de Deus.
•Seus pensamentos estão em sintonia com
os pensamentos de Deus, seu querer é um
querer junto com Deus. Estando
intimamente penetrada pela Palavra de
Deus, ela chega a ser mãe da Palavra
encarnada (JP2).
Maria e o Rosário
•(271b) A familiaridade com o
mistério de Jesus é facilitada pela
reza do Rosário, onde o povo
cristão aprende de Maria a
contemplar a beleza do rosto de
Cristo e a experimentar a
profundidade de seu amor.
•Mediante o Rosário, o cristão
obtém abundantes graças, como
recebendo-as das próprias mãos
da mãe do Redentor (JP2).
Maria e a solidariedade com os pobres
•(272) Com os olhos em seus filhos,
como em Caná da Galiléia, Maria
ajuda a manter vivas as atitudes de
atenção, de serviço, de entrega e de
gratuidade nos discípulos de Jesus.
•Ela indica a pedagogia para que os
pobres, em cada comunidade cristã,
“sintam-se como em sua casa”. Cria
comunhão e educa para um estilo de
vida compartilhada e solidária, em
fraternidade, em atenção e acolhida
do outro, especialmente se é pobre ou
necessitado.
Maria e a solidariedade com os pobres
•(272c) Em nossas comunidades, sua
forte presença enriquece a dimensão
materna da Igreja e a atitude
acolhedora, que a converte em “casa
e escola da comunhão” e em espaço
espiritual que prepara para a missão.
(524) A Igreja de Deus na América
latina e no Caribe é sacramento de
comunhão de seus povos, (..) é casa
dos pobres de Deus. Maria é a
presença materna indispensável e
decisiva na gestação de um povo de
filhos e irmãos, de discípulos e
missionários de Jesus.
Maria e as mulheres
•(451) A figura de Maria, discípula
por excelência entre discípulos, é
fundamental na recuperação da
identidade da mulher e de seu
valor na Igreja.
•O canto do Magnificat mostra
Maria como mulher capaz de se
comprometer com sua realidade e
de ter uma voz profética diante
dela.
Maria na formação de consagrados(as) e presbíteros
•320. Ao longo da formação, procurar-
se-á desenvolver um amor terno e
filial a Maria, de maneira que cada
formando chegue a ter com ela uma
espontânea familiaridade e a “acolha
em sua casa” como o discípulo
amado.
•Ela lhes oferecerá força e esperança
nos momentos difíceis e os
estimulará a ser incessantemente
discípulos missionários para o Povo
de Deus.
Maria, imagem do discípulo-missionário de Jesus
•(364) Detemos o olhar em Maria e reconhecemos nela uma
imagem perfeita da discípula missionária. Ela nos exorta a fazer
o que Jesus nos diz (cf. Jo 2,5) para que Ele possa derramar
sua vida na América Latina e no Caribe.
•Junto com ela queremos estar atentos uma vez mais à escuta
do Mestre, e ao redor dela, voltarmos a receber com
estremecimento o mandado missionário de seu filho: “Vão e
façam, discípulos de todos os povos” (Mt 28,19).
•Escutamos Jesus como comunidade de discípulos missionários
que experimentaram o encontro vivo com Ele e queremos
compartilhar com os demais essa alegria incomparável todos os
dias.
Orando com Maria
•(553) Ajude-nos a companhia de Maria sempre próxima, cheia de
compreensão e ternura.
-Que ela nos mostre o fruto bendito de seu ventre e nos ensine a responder
como ela fez, no mistério da anunciação e encarnação.
-Que nos ensine a sair de nós mesmos no caminho de sacrifício, de amor e
serviço, como fez na visita a sua prima Isabel, para que, peregrinos no
caminho, cantemos as maravilhas que Deus tem feito em nós, conforme a
sua promessa.
•(554) Guiados por Maria, fixamos os olhos em Jesus Cristo, autor e
consumador da fé e dizemos a Ele (..): “Fica conosco, pois cai a tarde e o
dia já se declina” (Lc 24,29) (…) Fortalece a todos em sua fé para que
sejam teus discípulos e missionários!
Idealização: Afonso Murad
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