Marighella manual do guerrilheiro urbano

792 views 110 slides Mar 25, 2019
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About This Presentation

Este livro é minha crítica literária a este livro repulsivo escrito pelo bandido, terrorista, assassino, ladrão, chamado Carlos Marighella. Neste livro Marighela ensina a matar, roubar, destruir, sabotar, mentir, enganar, falsificar e todos os verbos cuja ação seja fazer alguma espécie de mal...


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Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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FINALIDADE DESTA OBRA
Os materiais literários do autor não têm fins lucrativos, nem lhe
gera quaisquer tipo de receita. Os custos do livro são unicamente para
cobrir despesas com produção, transporte, impostos e revendedores. Sua
satisfação consiste em contribuir para o bem da educação, uma melhor
qualidade de vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o
único Deus Todo-Poderoso. Meus livros estão disponíveis gratuitamente na
internet. Todos são registrados como de domínio público.
AUTORIZAÇÃO
O livro pode ser reproduzido e distribuído por quaisquer meios,
usado e traduzido por qualquer entidade religiosa, educacional ou cultural
sem prévia autorização do autor. Todos os meus livros são de domínio
público.
AUTOR: Escriba de Cristo é licenciado em Ciências Biológicas e
História pela Universidade Metropolitana de Santos; possui curso superior
em Gestão de Empresas pela UNIMONTE de Santos; é Bacharel em
Teologia pela Faculdade das Assembleias de Deus de Santos; tem
formação Técnica em Polícia Judiciária pela USP e dois diplomas de
Harvard University dos EUA sobre Epístolas Paulinas e Manuscritos da
Idade Média. Radialista profissional pelo Senac de Santos, reconhecido
pelo Ministério do Trabalho. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990
fundou o Centro de Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever
livros e ao ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras
ou participar de eventos, evitando convívio social.

CONTATO:
https://www.facebook.com/centrodeevangelismouniversal/
https://www.facebook.com/escribade.cristo


Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)

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CENTRO DE EVANGELISMO UNIVERSAL
-CGC 66.504.093/0001-08

INTRODUÇÃO
Este livro é minha crítica literária a este livro repulsivo escrito
pelo bandido, terrorista, assassino, ladrão, chamado Carlos
Marighella. Neste livro Marighela ensina a matar, roubar, destruir,
sabotar, mentir, enganar, falsificar e todos os verbos cuja ação seja
fazer alguma espécie de mal a humanidade. Eu não consigo
entender como uma pessoa de mente e alma sadia pode ter em
Marighella um ícone que lutava em favor dos desvaforecidos. Ele
lutava para estabelecer uma ditadura do proletariado, fazendo parte
daqueles que lutaram para por em prática a ideologia mais insana e
maligna do século XX.



INTRODUÇÃO DO TERRORISTA MARIGHELLA
M543 Escriba de Cristo, 1969 – Manual do
Guerrilheiro urbano de Marighella com
comentários
Itabaiana/SE Amazon.com
Clubedesautores.com.br, 20 110 p. ; 21 cm
ISBN-13: 978-1725694354
ISBN-10: 1725694352
1. Marighella 2.Terrorismo 3.comunismo
4 . Política l Título
CDD 800
CDU 82-9

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Eu gostaria de fazer uma dupla dedicatória deste trabalho;
primeiro, em memória de Edson Souto, Marco Antônio Brás de
Carvalho, Nelson José de Almeida ("Escoteiro") e a tantos outros
heróicos combatentes e guerrilheiros urbanos que caíram nas mãos
dos assassinos da polícia militar, do exército, da marinha, da
aeronáutica, e também do DOPS, instrumentos odiados da
repressora ditadura militar.
Segundo, aos bravos camaradas - homens e mulheres -
aprisionados em calabouços medievais do governo brasileiro e
sujeitos a torturas que se igualam ou superam os horrendos crimes
cometidos pelos nazistas. Como aqueles camaradas cujas
lembranças nós reverenciamos, bem como aqueles feitos
prisioneiros em combate, o que devemos fazer é lutar.
Cada camarada que se opõe a ditadura militar e deseja
resistir fazendo alguma coisa, mesmo pequena que a tarefa possa
parecer. Eu desejo que todos que leram este manual e decidiram
que não podem permanecer inativos, sigam as instruções e juntem-
se a luta agora. Eu solicito isto porque, baixo qualquer teoria e
qualquer circunstâncias, a obrigação de todo revolucionário é fazer a
revolução.
Um outro ponto importante é não somente ler este manual
aqui e agora, mas difundir seu conteúdo. Esta circulação será
possível se aqueles que concordam com estas idéias façam cópias
mimeografadas ou folhetos impressos, (sendo que neste último
caso, a própria luta armada será necessária).
Finalmente, a razão porque este manual leva minha
assinatura é que as idéias expressadas ou sistematizadas aqui
refletem as experiências pessoais de um grupo de pessoas
engajadas na luta armada no Brasil, entre os quais eu tenho a honra
de estar incluído. De maneira que certos indivíduos não terão
dúvidas sobre o que este manual diz, e podem sem demora negar
os fatos ou continuar dizendo que as condições para a luta armada
não existem, é necessário assumir a responsabilidade do que é dito
e feito. Portanto, anonimato torna-se um problema num trabalho com
este. O fato importante é que existem patriotas preparados para lutar
como soldados,
A acusação de "violência" ou "terrorismo" sem demora tem
um significado negativo. Ele tem adquirido uma nova roupagem,
uma nova cor. Ele não divide, ele não desacredita, pelo contrário, ele
representa o centro da atração. Hoje, ser "violento" ou um "terrorista"
é uma qualidade que enobrece qualquer pessoa honrada, porque é
um ato digno de um revolucionário engajado na luta armada contra a
vergonhosa ditadura militar e suas atrocidades.

(Ser violento é uma qualidade que enobrece...)

Carlos Marighella
1969
Uma definição do guerrilheiro urbano

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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A crise estrutural crônica característica do Brasil de hoje, e
sua resultante instabilidade política, são as razões pelo abrupto
surgimento da guerra revolucionária no país. A guerra revolucionária
se manifesta na forma de guerra de guerrilha urbana, guerra
psicológica, ou guerra guerrilheira rural. A guerra guerrilheira urbana
ou a guerra psicológica na cidade depende da guerrilha urbana.
O guerrilheiro urbano é um homem que luta contra uma
ditadura militar com armas, utilizando métodos não convencionais.
Um revolucionário político e um patriota ardente, ele é um lutador
pela libertação de seu país, um amigo de sua gente e da liberdade.
A área na qual o guerrilheiro urbano atua são as grandes cidades
brasileiras. Também há muitos bandidos, conhecidos como
delinqüentes, que atuam nas grandes cidades. Muitas vezes
assaltos pelos delinqüentes são interpretados como ações de
guerrilheiros.
O guerrilheiro urbano, no entanto, difere radicalmente dos
delinqüentes. O delinqüente se beneficia pessoalmente por suas
ações, e ataca indiscriminadamente sem distinção entre explorados
e exploradores, por isso há tantos homens e mulheres cotidianos
entre suas vítimas. O guerrilheiro urbano segue uma meta política e
somente ataca o governo, os grandes capitalistas, os imperialistas
norte-americanos.
(Diferenciar bandido de guerrilheiro...)
Outro elemento igualmente prejudicial como o delinqüente, e
que também opera no ambiente urbano é o contra-revolucionário
direitista que cria a confusão, assalta bancos, joga bombas,
seqüestra, assassina, e comete o crimes mais atrozes imagináveis
contra os guerrilheiros urbanos, o sacerdotes revolucionários, os
estudantes e os cidadãos que se opõem ao fascismo e buscam a
liberdade.
(Os conta-revolucionários..)
O guerrilheiro urbano é um inimigo implacável do governo e
infringe dano sistemático às autoridades e aos homens que
dominam e exercem o poder. O trabalho principal do guerrilheiro
urbano é de distrair, cansar e desmoralizar os militares, a ditadura
militar e as forças repressivas, como também atacar e destruir as
riquezas dos norte-americanos, os gerentes estrangeiros, e a alta
classe brasileira.
(Contra os ricos e norte-amercianos)

O guerrilheiro urbano não teme desmantelar ou destruir o
presente sistema econômico, político e social brasileiro, já que sua
meta é ajudar ao guerrilheiro rural e colaborar para a criação de um
sistema totalmente novo e uma estrutura revolucionária social e
política, com as massas armadas no poder.
(Sistema econômico)
O guerrilheiro urbano tem que ter um mínimo de entendimento
político. Para conseguir isto tem que ler certos trabalhos impressos
ou mimeografados, como:
Guerra de Guerrilha por Che Guevara

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Memórias de um Terrorista



Delegado Sergio Paranhos Fleury, o herói nacional que
torturou sim e matou comunistas terroristas para poder libertar o
Brasil de um destino cruel. Fleury perseguiu Marighella até mata-lo
em uma emboscada em São Paulo.

Algumas Perguntas dos Guerrilheiros Brasileiros
Sobre Problemas e Princípios estratégicos
Certos Princípios Táticos para Camaradas Levando em Conta
Operações de Guerrilha
Perguntas Organizacionais
O Guerrilheiro, Jornal dos Grupos Revolucionários Brasileiros
Qualidades Pessoais de um Guerrilheiro Urbano

(Leia estes textos e você vai ser um burro esquerdista,
utópico, sonhador de uma sociedade que se constrói com o terror
com uma meta impossível: Igualdade social.)
O guerrilheiro urbano é caracterizado por sua valentia e sua
natureza decisiva. Tem que ser bom taticamente e ser um líder hábil.
O guerrilheiro urbano tem que ser uma pessoa preparada para
compensar o fato de que não tem suficientes armas, munições e
equipe.
Os militares de carreira ou a polícia governamental tem armas
e transportes modernos e podem viajar com liberdade, utilizando a
força de seu poder. O guerrilheiro urbano não tem tais recursos a
sua disposição e leva uma vida clandestina. Algumas vezes é uma
pessoa sentenciada ou esta sob liberdade condicional, e é obrigado
a usar documentos falsos.

(Em outras palavras é um marginal..)
No entanto, o guerrilheiro urbano tem certa vantagem sobre o
exército convencional ou sobre a polícia. Esta é, enquanto a polícia

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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e os militares atuam a favor do inimigo, a quem as pessoas odeiam,
o guerrilheiro urbano defende uma causa justa, que é a causa do
povo.
As armas do guerrilheiro urbano são inferiores às do seu
inimigo, mas vendo desde o ponto de vista moral, o guerrilheiro
urbano tem uma vantagem que não se pode negar. Esta
superioridade moral é o que sustem ao guerrilheiro urbano. Graças a
ela, o guerrilheiro urbano pode levar ao fim seu trabalho principal, o
qual é atacar e sobreviver.

(trabalho principal é atacar a população.)

O guerrilheiro urbano tem que capturar ou desviar armas do
inimigo para poder lutar. Devido a que suas armas não são
uniformes, já que o que possui foi tomado ou chegou a suas mãos
de diferentes formas, o guerrilheiro urbano se vê com o problema de
que tem uma variedade de armas e uma escassez de munições.
Além disso, não tem onde treinar o tiro.
(Um bando de bandido que não tem stand de tiro, as armas
são roubadas. Isto é uma cartilha para criminosos.)

Estas dificuldades tem que ser superadas, o qual força ao
guerrilheiro urbano a ser imaginativo e criativo, qualidades que sem
as quais seria impossível para ele exercer seu papel como
revolucionário.
O guerrilheiro urbano tem que ter a iniciativa, mobilidade, e
flexibilidade, como também versatilidade e um comando para
qualquer situação. A iniciativa é uma qualidade especialmente
indispensável. Nem sempre é possível se antecipar tudo, e o
guerrilheiro não pode deixar se confundir, ou esperar por ordens.
Seu dever é o de atuar, de encontrar soluções adequadas para cada
problema que encontrar, e não se retirar. É melhor cometer erros
atuando a não fazer nada por medo de cometer erros. Sem a
iniciativa não pode haver guerrilha urbana.
Outras qualidades importantes no guerrilheiro urbano são as
seguintes: que possa caminhar bastante; que seja resistente à
fadiga, fome, chuva e calor; conhecer como se esconder e vigiar,
conquistar a arte de ter paciência ilimitada; manter-se calmo e
tranqüilo nas piores condições e circunstâncias; nunca deixar pistas
ou traços.
(Bando de moleques, delinquentes em busca de aventuras
fazendo o mal a sociedade, isso sim!!!!)
Na frente das dificuldades quase impossíveis da guerra
urbana, muitos camaradas enfraquecem, se vão, ou deixam o
trabalho revolucionário.

O guerrilheiro urbano não é um homem de negócios em uma
empresa comercial, nem é um artista numa obra. A guerrilha urbana,
assim como a guerrilha rural, é uma promessa que o guerrilheiro se
faz a si mesmo. Quando já não pode fazer frente às dificuldades, ou

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reconhece que lhe falta paciência para esperar, então é melhor
entregar seu posto antes de trair sua promessa, já que lhe faltam as
qualidades básicas necessárias para ser um guerrilheiro.



Repressão policial na PUC-SP em 1967. As universidades
brasileiras sempre abrigaram esquerditas psicopatas que querem
transformar o Brasil pelo marxismo cultural. Em 2018 temos visto a
situação degradante da univeridade federais do Brasil, dominadas
por estes drogados. A Direita precisa reagir. Ainda não estamos a
salvos desta laia, eles estão mais drogados e perturbados do que
nunca!!! É fail tirar os esquerdistas das uiversidades federais. Basta
exigir exame toxicológico!!!!

Como Deve Viver e Subsistir o Guerrilheiro Urbano
O guerrilheiro urbano deve saber como viver entre as pessoas
e se cuidar para não aparentar ser estranho ou distante da vida
normal da cidade.
(Bichos tentando viver como humanos. Este bando não teve
futuro. Quem vive como guerrilheiro não consegue se comportar
normal na cidade...)

Não deve usar roupas diferentes da que outras pessoas
utilizam. Roupas caras e elaboradas para os homens ou para as
mulheres podem ser um impedimento para o guerrilheiro urbano,
caso seu trabalho o levar a bairros onde este tipo de roupa não seja
comum. O mesmo serve se o trabalho for na ala inversa.

O guerrilheiro urbano tem que viver do seu trabalho ou
atividade profissional, se é conhecido ou procurado pela polícia, se
esta sentenciado ou esta sob liberdade condicional, tem que viver
clandestinamente. Sob tais condições, o guerrilheiro urbano não
pode revelar suas atividades a ninguém, já que isso é sempre e
unicamente de responsabilidade da organização revolucionária a
qual pertence.

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(Nada que um bom cacete na Delegacia de repressão não
faça o vagabundo delatar...)



Mal são plantados e semeados, e mal
firmam raízes na terra, ele sopra sobre eles,
então secam e a tempestade os leva como se
fossem palha. (Isaias 40.24)

O guerrilheiro urbano tem que ter uma grande capacidade de
observação, tem que estar bem informado a respeito de tudo, em
particular dos movimentos de seu inimigo, tem que estar
constantemente alerta, procurando, e ter grande conhecimento
sobre a área em que vive, opera, ou através da qual se movimenta.
Mas a característica fundamental e decisiva do guerrilheiro
urbano é que é um homem que luta com armas; dada esta condição,
há poucas probabilidades de que possa seguir sua profissão normal
por muito tempo ou o referencial da luta de classes, já que é
inevitável e esperado necessariamente, o conflito armado do
guerrilheiro urbano contra os objetivos essenciais:
a. A exterminação física dos chefes e assistentes das forças
armadas e da polícia.
(Primeiro querem desfazer a hierarquia, promover a aarquia e
depois implantar a ditadura dos vagabundos)
b. A expropriação dos recursos do governo e daqueles que
pertencem aos grandes capitalistas, latifundiários, e imperialistas,
com pequenas expropriações usadas para o mantimento do
guerrilheiro urbano individual e grandes expropriações para o
sustento da mesma revolução.
(guerra de narrativas: Ladrão revolucionário não rouba, ele faz
expropriação.)
É claro que o conflito armado do guerrilheiro urbano também
tem outro objetivo. Mas aqui nos referimos aos objetivos básicos,

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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sobre tudo às expropriações. É necessário que todo guerrilheiro
urbano tenha em mente que somente poderá sobreviver se está
disposto a matar os policiais e todos aqueles dedicados à repressão,
e se está verdadeiramente dedicado a expropriar a riqueza dos
grandes capitalistas, dos latifundiários, e dos imperialistas.
Uma das características fundamentais da revolução brasileira
é que desde o começo se desenvolveu ao redor de expropriações da
riqueza da burguesia maior, imperialista, e dos interesses
latifundiários, sem a exclusão dos elementos mais ricos e dos
elementos comerciais mais poderosos envolvidos com a importação
e exportação de negócios.

(O comunismo é baseado na inveja, odeiam os ricos, mesmo que
muitos ricos um dia foram pobres e conseguiram status social com
trabalho, inteligência e inovação. Marighella e os comunistas gostam
tanto de pobres, que a prieira coisa que fazem é tornar todo mundo
pobre.)
E mediante a expropriação da riqueza dos principais inimigos do
povo, a revolução brasileira foi capaz de golpeá-los em seus centros
vitais, com ataques preferenciais e sistemáticos na rede bancária,
isto é, os golpes mas contundentes foram contra o sistema nervoso
capitalista.
(A Esquerda prega o roubo de bancos como se bancos fossem
coisas más. Mas os grandes empreendimentos do mundo foram
financiados pelos bancos. Mas a Esquerda só para quando
estabelece a igualdade a fome e na pobreza, como exemplos
vejamos a história de Cuba, Venezuela, Coreia do Norte...)
Os roubos a bancos realizados pelos guerrilheiros urbanos
brasileiros machucaram os grandes capitalistas tais como Moreira
Salles e outros, as empresas estrangeiras que asseguram e
reasseguram o capital bancário, as companhias imperialistas e os
governos estatais e federais, todos eles sistematicamente
expropriados desde agora.
Os frutos destas expropriações tem sido dedicados ao
trabalho de aprender e aperfeiçoar as técnicas de guerrilha urbana,
à compra, à produção, e ao transporte de armas e munições das
áreas rurais, ao aparelho de segurança dos revolucionários, ao
mantimento diário dos soldados, àqueles que foram libertados da
prisão por forças armadas e àqueles que foram feridos ou
perseguidos pela polícia, ou a qualquer tipo de problema que
envolva camaradas que foram libertados da cadeia, ou assassinados
pelos policiais e pela ditadura militar.
Quem foi Marighella? (Salvador, 5 de dezembro de 1911 —
São Paulo, 4 de novembro de 1969) foi um terrorista comunista
marxista-leninista brasileiro. Um dos principais organizadores do
terror contra a organização social brasileira defendida pelos militares
(1964–1985), Marighella chegou a ser considerado o inimigo
"número um" do regime. Foi cofundador da Ação Libertadora
Nacional, organização de caráter revolucionário

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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No Brasil, o número de ações violentas realizadas pelos
guerrilheiros urbanos, incluindo mortes, explosões, capturas de
armas, munições, e explosivos, assaltos a bancos e prisões, etc., é o
suficientemente significativo como para não deixar dúvida em
relação as verdadeiras intenções dos revolucionários. A execução
do espião da CIA Charles Chandler, um membro do Exército dos
EUA que venho da guerra do Vietnã para se infiltrar no movimento
estudantil brasileiro, os lacaios dos militares mortos em encontros
sangrentos com os guerrilheiros urbanos, todos são testemunhas do
fato que estamos em uma guerra revolucionária completa e que a
guerra somente pode ser livrada por meios violentos.

Aqui vai uma pouco a biografia daquele que abandonou os
estudos para se dedicar a causa comunista, querendo pela violência
nos tornar escravos do regime comunista:
Em 1934 abandonou o curso de Engenharia Civil da Escola
Politécnica da Bahia para ingressar no PCB. Tornou-se então,
militante profissional do partido e se mudou para o Rio de Janeiro,
trabalhando na reorganização do PCB.
Conheceu a prisão pela primeira vez em 1932, após escrever
um poema contendo críticas ao interventor Juracy Magalhães.
Libertado, prosseguiria na militância política, interrompendo os
estudos universitários no terceiro ano, em 1934, quando deslocou-se
para o Rio de Janeiro.
Em 1º de maio de 1936, durante a ditadura na Era Vargas, foi
preso por subversão e torturado pela polícia subordinada a Filinto
Müller. Permaneceu encarcerado por um ano. Foi solto pela
“macedada” (nome da medida que libertou os presos políticos sem
condenação), e ao sair da prisão entrou para a clandestinidade,
sendo recapturado em 1939. Novamente foi torturado e ficou na
prisão até 1945, quando foi beneficiado com a anistia do processo
de redemocratização do país.
Elegeu-se deputado federal constituinte pelo PCB baiano em
1946. Nesse período teve um breve relacionamento com Elza Sento
Sé, operária da Light, com quem teve um filho, Carlos Augusto
Marighella, nascido a 22 de maio de 1948 no Rio de Janeiro. Neste
mesmo ano Marighella voltou a perder o mandato, em virtude da
nova proscrição do partido. Voltou para a clandestinidade e ocupou
diversos cargos na direção partidária. Convidado pelo Comitê
Central, passou os anos de 1953 e 1954 na China, a fim de
conhecer de perto a recente Revolução Chinesa. Em maio de 1964,
após o golpe militar, foi baleado e preso por agentes do DOPS
dentro de um cinema, no Rio. Libertado em 1965 por decisão
judicial, no ano seguinte optou pela luta armada contra a ditadura,
escrevendo A Crise Brasileira. Em dezembro de 1966, renunciou à
Comissão Executiva Nacional do PCB. Em agosto de 1967,
participou da I Conferência da OLAS (Organização Latino-Americana
de Solidariedade), realizada em Havana, Cuba, a despeito da
orientação contrária do PCB. Aproveitando a estada em Havana,
redigiu algumas questões sobre a guerrilha no Brasil, dedicado à

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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memória do guerrilheiro Che Guevara e tornado público pelo Jornal
do Brasil em 5 de setembro de 1968. Foi expulso do partido em 1967
e em fevereiro de 1968 fundou o grupo armado Ação Libertadora
Nacional. Em setembro de 1969, a ALN participou do sequestro do
embaixador norte-americano Charles Elbrick, em uma ação conjunta
com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8)

Esta é a razão pela qual o guerrilheiro urbano utiliza a luta e
pela qual continua concentrando sua atividade no extermínio físico
dos agentes da repressão, e a dedicar 24 horas do dia à
expropriação dos exploradores da população.

(veja como estes criminosos mudam os vacabulários:
Assassinar agora se chama extermínio físico, roubar agora é
expropriação. Marighella era soldado de Satanás, de quem Jesus
disse que vem para MATAR, ROUBAR E DESTRUIR.)



Preparação Técnica do Guerrilheiro Urbano
Ninguém pode se converter em guerrilheiro urbano sem prestar
particular atenção à preparação técnica.
Esta preparação técnica do guerrilheiro urbano baseia-se na
sua preocupação pela preparação física, seu conhecimento e no
aprendizado de profissões e habilidades de todas classes,
particularmente as habilidades manuais.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Mas ai do ímpio! Do homem que pratica o mal.
Tudo lhe irá mal. Eis que será tratado na
mesma medida de suas ações malignas.
(Isaias 3.11)

O guerrilheiro urbano somente pode ter uma forte resistência
física se treinar sistematicamente. Não pode ser um bom soldado se
não estudou a arte de lutar. Por esta razão o guerrilheiro urbano tem
que aprender e praticar vários tipos de luta, de ataque e de defesa
pessoal.
Outras formas úteis de preparação física são caminhadas,
acampar, e treinar sobrevivência na selva, escalar montanhas,
remar, nadar, mergulhar, pescar, caçar pássaros, e animais grandes
e pequenos.

(Vocês gostam de vida sem responsabilidade, bater cartão de
ponto, emprego, pagar contas, ou talvez queiram ser esoteiros com
este manual de moleques... Caçar pássaros???? Façam-me o favor
vagabundos...)

É muito importante aprender a dirigir, pilotar um avião,
manejar um pequeno bote, entender mecânica, rádio, telefone,
eletricidade, e ter algum conhecimento das técnicas eletrônicas.
(Aproveitem com estes conhecimentos e arrumem um
emprego, ou sejam empreendedores e abram seu próprio negócio...)

Também é importante ter conhecimentos de informação
topográfica, poder localizar a posição através de instrumentos ou
outros recursos disponíveis, calcular distâncias, fazer mapas e
planos, desenhar escalas, calcular tempos, trabalhar com
escalonamentos, compasso, etc.

Um conhecimento de química e da combinação de cores, a
confecção de selos, o domínio da arte da caligrafia e de copiar letras
em conjunto com outras habilidades são parte da preparação técnica

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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do guerrilheiro urbano, que é obrigado a falsificar documentos para
poder viver dentro de uma sociedade que ele busca destruir.

(olha que missão divina... “Viver em uma sociedade que ele
busca destruir...” Isto aqui é manual de satanismo!!! Como uma
mente doentia pode raciocinar e se achar certo em querer destruir a
sociedade em que ele vive????)

Na área de medicina auxiliar ele tem o papel especial de ser
doutor ou entender de medicina, enfermaria, farmacologia, drogas,
cirurgia elementar, e primeiros socorros de emergência.

(Se estudassem tudo isto para contribuir para a sociedade,
quão bom seria!!!! Mas o espírito de exú do comunismo, só pensa
em maldade.)

A questão básica na preparação técnica do guerrilheiro
urbano é o manejo de armas, tais como a metralhadora, o revólver
automático, FAL, vários tipos de escopetas, carabinas, morteiros,
bazucas, etc.
O conhecimento de vários tipos de munições e explosivos é
outro aspecto a considerar. Entre os explosivos, a dinamite tem que
ser bem entendida. O uso de bombas incendiárias, de bombas de
fumaça, e de outros tipos são conhecimentos prévios
indispensáveis.
Aprender a fazer e construir armas, preparar bombas Molotov,
granadas, minas, artefatos destrutivos caseiros, como destruir
pontes, e destruir trilhos de trem são conhecimentos indispensáveis
a preparação técnica do guerrilheiro.
(Como destruir pontes e trilhos... Por que não ensinou seus
séquitos a construirem coisas???)
O nível mais alto de preparação do guerrilheiro urbano é o
centro para treinamento técnico. Mas somente o guerrilheiro que
passou pelo exame preliminar pode atender a esta escola, isto é, um
que tenha passado a prova de fogo em ação revolucionária, em
combate verdadeiro contra o inimigo.



As Armas do Guerrilheiro Urbano

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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As armas do guerrilheiro urbano são armas leves, facilmente
trocadas, usualmente capturadas do inimigo, compradas ou feitas no
momento.

se ele fizer o que é mal perante mim e não der
ouvidos à minha voz, então, do mesmo modo
me arrependerei do bem que previra e
determinara fazer-lhe. (Jeremias 18.10)

As armas leves têm a vantagem de que são de manejo rápido
e de fácil transporte. Em geral, as armas leves são caracterizadas
por serem de barris curtos. Isto inclui muitas armas automáticas.
As armas automáticas e semi -automáticas aumentam
consideravelmente o poder de fogo do guerrilheiro urbano. A
desvantagem deste tipo de arma para nós é a dificuldade em
controlá-la, resultando no desperdício de munições, compensado
somente pela sua ótima precisão. Homens que estão pobremente
treinados transformam as armas automáticas num dreno de
munições.


A experiência tem demostrado que a arma básica do
guerrilheiro urbano é a metralhadora leve. Esta arma, além de ser
eficiente e de fácil disparos, numa área urbana, tem a vantagem de
ser muito respeitada pelo inimigo. O guerrilheiro tem que conhecer,
completamente, o manejo da metralhadora, sendo que a mesma é
agora muito popular e indispensável ao guerrilheiro urbano
brasileiro.
A metralhadora ideal para o guerrilheiro urbano é a INA
calibre .45. Outros tipos de metralhadoras de diferentes calibres
podem ser usadas - com o prévio conhecimento, dos problemas de
munições. É preferível que o potencial industrial do guerrilheiro
urbano permita a produção de um só tipo de metralhadora, para que
a munição utilizada possa ser padronizada.
Cada grupo de tiro das guerrilhas urbanas tem que ter uma
metralhadora manejada por um bom atirador. Os outros
componentes dos grupos têm que estarem armados com revólveres
calibre .38, nossa arma "padrão". O calibre .32 também é útil para
aqueles que querem participar. Mas o .38 é preferível já que seu
impacto usualmente põe o inimigo fora de ação.

(Os caras queriam dominar o Brasil com um revólver 38.
Kkkkkk. Retardados quem ainda seguiram este mané. Morreram ou
foram para a cadeia... Demorou...)

As granadas de mão e as bombas convencionais de fumaça
podem ser consideradas como armamento leve. Com poder
defensivo para a cobertura e retirada.
As armas de carregador longo são mais difíceis de transportar
para o guerrilheiro urbano já que atraem muita atenção devido seu

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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tamanho. Entre as armas de carregador longo estão a FAL, as
armas e rifles Máuser, as armas de caça tais como a Winchester, e
outras.

Espingardas de cano curto podem ser úteis se são usados a
pequenas distâncias. São úteis até para pessoas com má pontaria,
especialmente pela noite quando a precisão não é de muita ajuda.
Bazucas e morteiros podem ser usados em ação mas as condições
para utilizá-los tem que serem preparadas e as pessoas que as vão
utilizar devem ser treinadas.

O guerrilheiro urbano não deve basear suas ações no uso de
armas pesadas, que possuem sérias desvantagens no tipo de luta
que exige armamento leve, que garanta mobilidade e velocidade.



(É verdade... Estava pesando em comprar um míssel para
combate urbano... valeu pela dica. Kkkkkk. Você teria sucesso
Marighella se escrevesse contos infantis...)

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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As armas caseiras são muitas vezes tão eficientes como as
melhores armas produzidas em fábricas convencionais, e até uma
espingarda cortada é uma boa arma para um guerrilheiro urbano.

Mas há ainda outro mal doloroso: concluir ao
final da vida que simplesmente correu atrás do
vento; do mesmo modo como veio; assim vai.
(Eclesiastes 5.16)

O papel do guerrilheiro urbano como produtor de armas é de
fundamental importância. Cuidar de suas armas, saber como
arrumá-las, e em muitos casos poder estabelecer uma pequena
estação para improvisar a produção de armas pequenas e eficientes.
O trabalho em metalurgia e no torno mecânico são
habilidades básicas que o guerrilheiro urbano deve de incorporar na
sua planificação industrial, que é a planificação de armas caseiras.
Estas construções e cursos com explosivos e sabotagem
devem ser organizados. Os materiais primários para prática destes
cursos devem ser obtidos com antecedência para evitar um
aprendizado incompleto, ou seja, para deixar espaço suficiente para
a experiência.
(Isto aqui é um manual de maldade: Sabotagem... outra
grande ação daqueles que querem “melhorar o mundo”....)



Os coquetéis Molotov, gasolina e artefatos caseiros tais como
caixas de tubos e latas, bombas de fumaça, minas, explosivos
convencionais tais como dinamite e cloreto de potássio, explosivos
plásticos, cápsulas de gelatina, e munições de todo tipo são
necessários para a missão do guerrilheiro urbano.
O método de obter os materiais necessários e munições será
o de comprá-los ou o de levá-los pela força em expropriações
planejadas e executadas especialmente.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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(Estes malandros da Esquerda são realmente ilários. Como
tem a capacidade de dar nomes elegantes aos seus crimes: Roubar
agora se chama: “Levá-los pela força.)

O guerrilheiro urbano terá o cuidado de não guardar
explosivos e materiais por muito tempo já que podem causar
acidentes, mas tratará de utilizá-los imediatamente em objetivos pré-
selecionados.
As armas do guerrilheiro urbano e sua habilidade de mantê-
las constituem seu poder de fogo. Tomando vantagem do uso de
armas e munições modernas e introduzindo inovações no seu poder
de fogo e com a utilização de certas armas o guerrilheiro urbano
pode mudar muitas de suas táticas de guerra urbana. Um exemplo
disto foi a inovação feita pelos guerrilheiros urbanos no Brasil
quando introduziram o uso da metralhadora nos ataques a bancos.
Quando o uso massivo de metralhadoras uniformes se faz
possível, haverá novas mudanças nas táticas de guerra urbana. O
grupo de fogo que utiliza armas uniformes e munições
correspondentes, com apoio razoável para seu mantimento,
alcançará um nível considerável de eficiência. O guerrilheiro urbano
aumenta sua eficiência a medida que aumenta seu potencial de tiro.


O Tiro: A Razão para a Existência do Guerrilheiro Urbano
A razão para a existência do guerrilheiro urbano, a condição
básica para qual atua e sobrevive, é o de atirar. O guerrilheiro
urbano tem que saber disparar bem porque é requerido por este tipo
de combate.
Na guerra convencional, o combate é geralmente a distância
com armas de longo alcance. Na guerra não-convencional, na qual a
guerra guerrilheira urbana está incluída, o combate é a curta
distância, muito curta. Para evitar sua própria extinção, o guerrilheiro
urbano tem que atirar primeiro e não pode errar em seu disparo. Não
pode desperdiçar suas munições porque não tem grandes
quantidades, por isso tem que economizar. Tampouco pode

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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recarregar suas munições rapidamente, porque é parte de um grupo
pequeno na qual cada guerrilheiro tem que se cuidar sozinho. O
guerrilheiro urbano não pode perder tempo e deve poder atirar de
uma só vez.
(Não morrer na linguagem comunista é: Evitar sua própria
extinção... Falar em trabalhar e pagar as suas próprias contas
ninguém vai falar aqui não neste manual?????)

Um fato fundamental, que queremos enfatizar completamente
e cuja importância fundamental não pode ser subestimada, é que o
guerrilheiro urbano não deve de disparar continuamente, utilizando
todas suas munições. Pode ser que o inimigo não esteja disparando
precisamente, e esteja esperando que as munições do guerrilheiro
hajam gastado. Em tal momento, sem ter tempo para recarregar
suas munições, o guerrilheiro urbano enfrentará uma chuva de fogo
inimigo e pode ser aprisionado ou morto.



A pesar do valor do fator surpresa que muitas vezes faz com
que seja desnecessário o uso de suas armas, não pode ser
permitido o luxo de entrar em combate sem saber atirar. Cara a cara
com o inimigo, tem que estar em movimento constante de uma,
posição a outra, porque o ficar em uma só posição o converte num
alvo fixo e, como tal, muito vulnerável.
A vida do guerrilheiro urbano depende de atirar, na sua
habilidade de manejar bem as armas de pequeno calibre como
também em evitar ser alvo. Quando falamos de atirar, falamos de

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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pontaria também. A pontaria deve de ser treinada até que se
converta num reflexo por parte do guerrilheiro urbano.

O ladrão não vem senão para roubar, matar e
destruir; eu vim para que tenham vida e a
tenham em abundância. (João 10.10)

Para aprender a atirar e ter boa pontaria, o guerrilheiro urbano
tem que treinar sistematicamente, utilizando todos métodos de
aprendizado, atirando em alvos, até em parques de diversão e em
casa.
(a não... se vai treinar em parques de diversão com
espingarda de pressão é melhor procurar fazer outra coisa
Marighella, assim estou prevendo que você vai morrer crivado de
balas dentro de um fusquinha...)

Tiro e pontaria são água e ar de um guerrilheiro urbano. Sua
perfeição na arte de atirar o fazem um tipo especial de guerrilheiro
urbano – ou seja, um franco-atirador, uma categoria de combatente
solitário indispensável em ações isoladas. O franco-atirador sabe
como atirar, a pouca distância ou a longa distância e suas armas são
apropriadas para qualquer tipo de disparo.



O Grupo de Fogo
Para poder funcionar, o guerrilheiro urbano tem que estar
organizado em pequenos grupos, dirigidos e coordenados por uma
ou duas pessoas, isto é o que constitui um grupo de fogo.
Dentro do grupo de fogo tem que haver confiança plena entre
os camaradas. O melhor atirador e o que melhor sabe manejar a
metralhadora é a pessoa encarregada pelas operações.
Quando existem tarefas planejadas pelo comando estratégico,
estas tarefas tomam preferência. Mas não há tal coisa com um
grupo de fogo sem sua própria iniciativa. Por esta razão é essencial
evitar qualquer rigidez na organização para permitir uma maior
quantidade de iniciativa possível por parte do grupo de fogo. O velho
tipo de hierarquia, o estilo do esquerdista tradicional não existe em
nossa organização.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Isto significa que, a exceção da prioridade de objetivos
designados pelo comando estratégico, qualquer grupo de fogo pode
decidir em assaltar um banco, seqüestrar ou executar um agente da
ditadura, uma figura , identificada com a reação, ou um espião norte-
americano, e pode levar até o fim qualquer tipo de guerra de
propaganda ou de nervos em contra de um inimigo sem a
necessidade de consultar o comando geral.
Nenhum grupo de fogo pode permanecer inativo esperando
ordens de "cima". Sua obrigação é de atuar. Qualquer guerrilheiro
urbano que quer estabelecer um grupo de fogo e começar a ação
pode fazê-lo e desta forma fazer-se parte da organização.

(Marighella inventou a “livre iniciativa” do terrorismo. Qualquer
um pode omeçar seu negócio do terror, sem esperar receber ordem.
Pegue um revolver e uma bomba caseira e abra seu próprio
négocio: matar, roubar e destruir Ltda....)

Este método de ação elimina a necessidade de conhecer
quem esta realizando as ações, já que existe a livre iniciativa e o
único ponto de importância é aumentar substancialmente o volume
da atividade guerrilheira para desgastar ao governo e obrigá-lo à
defensiva. O grupo de fogo é o instrumento de ação organizada.
Com ele, as operações da guerrilha e as táticas são
planejadas, lançadas e executadas com êxito.
O comando geral conta com o grupo de fogo para realizar
seus objetivos de natureza estratégica e para fazê-lo em qualquer
parte do país. Por sua parte, ajuda aos grupos de fogo com suas
dificuldades e necessidades.
A organização é uma rede indestrutível de grupos de fogo e
de coordenações entre eles, que funciona simples e praticamente
com o comando geral e que também participam nos ataques; e
organização que existe com o único propósito, simples e puro, de
ação revolucionária.

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O caráter do perverso é maligno. Caminha de
um lado para o outro murmurando atrocidades,
(Provérbios 6.12)

A Logística do Guerrilheiro Urbano
A logística convencional pode ser expressada com a simples
fórmula CCEM:
C - Comida
C - Combustível
E - Equipamento
M – Munições
A lógica convencional se refere aos problemas de mantimento
para um exército regular das forças armadas, transportada em
veículos com bases fixas e linhas de fornecimentos.

As guerrilhas urbanas, pelo contrário, não são um exército
senão um pequeno grupo armado, fragmentado intencionalmente.
Não possuem veículos nem bases fixas. Suas linhas de
fornecimentos são precárias e insuficientes, e não têm bases
estabelecidas exceto no sentido rudimentar de uma fábrica de armas
com uma casa.

(Sim Marghella, você e seu grupo não é um exército regular,
vocês são apenas um bando de terroristas, “um pequeno grupo
armado”. Seu fim é o que você mais do que merecia. O erro dos
militares foi ter deixado muitos de vivos).

Enquanto que o objetivo da logística convencional é o
fornecer as necessidades de guerra do exército para reprimir a
rebelião rural e urbana, as logísticas da guerrilha urbana têm como
objetivo sustentar as operações e táticas que não tem nada em
comum com a guerra convencional e que são dirigidas contra a
ditadura militar e a dominação norte-americana do país.
Para o guerrilheiro urbano, que começa do nada e não tem
apoio ao princípio, as logísticas são expressas pela fórmula MDAME
que é:
M – mecanização
D - dinheiro
A - armas
M - munições
E – explosivos
As logísticas revolucionárias tomam a mecânica como uma de
suas bases. No entanto, a mecânica é inseparável do motorista. O
motorista da guerrilha urbana é tão importante como o experto em
metralhadoras da guerrilha. Sem um, as máquinas não trabalham e
coisas como os automóveis e as metralhadoras, quando não
trabalham tornam-se objetos mortos. Um motorista experiente não
se faz em um só dia, e seu aprendizado começa cedo. Todo bom
guerrilheiro urbano tem que ser um bom motorista. Em relação ao
veículo, o guerrilheiro urbano tem que expropriar o que necessita.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
23


(Trabalhar para comprar um carro não é Marihella? O negócio
é roubar o carro comprado com o suor alheio, não é??? É assim filho
do Diabo, que você quer criar uma sociedade justa???)
Quando já tem os recursos, o guerrilheiro urbano pode
combinar a expropriação de veículos com outros métodos de
aquisição.
Dinheiro, armas, munições e explosivos, como também
veículos tem que ser expropriados. O guerrilheiro urbano tem que
roubar bancos e lojas de armas, e conseguir explosivos e munições
onde queira que os encontre.

Acaso, não é certo que pecam os que tramam
o mal? Provérbios 14.22

Nenhuma destas operações se realizam com um só propósito.
No entanto quando o assalto é somente pelo dinheiro as armas dos
guardas também são tomadas.
A expropriação é o primeiro passo para a organização de
nossas logísticas, que por si assume um caráter armado e
permanentemente móvel.
O segundo passo é o de reforçar e estender a logística,
dependendo das emboscadas e armadilhas em que o inimigo será
surpreendido e suas armas, munições, veículos, e outros recursos
capturados.
Uma vez que o guerrilheiro urbano tem as armas, munições, e
explosivos, um dos problemas de logística mais sérios que terá em
qualquer situação, é encontrar um lugar de esconderijo no qual
deixar o material e conseguir os meios de transportá-lo e montá-lo
onde é necessitado. Isto tem que ser completado mesmo quando o
inimigo estiver vigiando e tiver as estradas bloqueadas.

“Às oito e meia da manhã de 15 de agosto de 1969, um
destacamento de doze guerrilheiros da ALN (Ação Libertadora
Nacional) invadiu a estação transmissora da Rádio Nacional em
Piraporinha, perto de Diadema (Grande São Paulo). Dominados os
funcionários, um dos invasores interrompeu a ligação com o estúdio
e ligou ao transmissor de ondas curtas uma gravação. Com o Fundo
musical do Hino da Internacional Comunista e do Hino Nacional, a
gravação anunciou o nome da Carlos Marighella e reproduziu o
manifesto lido por ele. Na meia hora em que a estação esteve sob
controle da ALN, deu tempo para repetir a gravação. No mesmo dia
15, o jornal paulistano Diário da Noite lançou uma segunda edição
com o texto integral do manifesto de Marighella captado pelo o rádio
escuta ”.

O conhecimento que tem o guerrilheiro urbano do terreno, e
os aparelhos que utiliza ou é capaz de utilizar, tais como os guias
preparados especialmente e recrutados para esta missão, são os

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
24

elementos básicos na solução do problema eterno de logística das
forças revolucionárias.
A Técnica do Guerrilheiro Urbano

Em seu sentido mais geral, técnica é a combinação de
métodos que o homem utiliza para executar qualquer atividade. A
atividade do guerrilheiro urbano consiste em realizar guerra de
guerrilha e guerra psicológica.
A técnica do guerrilheiro urbano tem cinco componentes
básicos:
a. Uma parte é relacionada aos requisitos que se agrupam a
estas características, requisitos representados por uma série de
vantagens iniciais sem as quais o guerrilheiro urbano não pode
completar seus objetivos;
b. Uma parte concerne certos objetivos definitivos nas ações
iniciadas pela guerrilha urbana;
c. Uma parte é relacionada com os tipos e modos
característicos de ação das guerrilhas urbanas;
d. Uma parte concerne o método da guerrilha urbana realizar
ações específicas.
O homem perverso vive provocando
contendas, assim como o difamador, que
consegue separar os maiores amigos.
(Provérbios 16.28)

Características da Técnica das Guerrilhas

A técnica da guerrilha urban a tem as seguintes
características:
a. É uma técnica agressiva, isto é, tem um caráter ofensivo.
Como é bem conhecido, a ação defensiva significa a morte para nós.
Já que somos inferiores ao inimigo em poder de fogo e não temos
nem seus recursos nem seu poderio, não podemos nos defender de
uma ofensiva ou um ataque concentrado pelo exército. E esta é a
razão pela qual a técnica urbana nunca pode ser de natureza
permanente, nem pode defender uma base fixa nem permanecer em
um só lugar esperando para repelir o círculo de reação;

(A técnica de impor o socialismo pelo viés de Marighella é
pela ofensa e agressão e nuna pelo viés democrático. A Esquerda
fica enchendo o saco dizendo que lutam pela democracia, mas
podendo eles querem mesmo é enfiar bala na cabeça dos outros.
Quem defende os métodos de Marighella, defende o terrorismo)

b. É uma técnica de ataque e retirada pelo qual preservamos
nossas forças.
c. É uma técnica que busca o desenvolvimento das guerrilhas
urbanas, cuja função é desgastar, desmoralizar, e distrair as forças
inimigas, permitindo o desenvolvimento e sobrevivência da guerrilha

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
25

rural que esta destinada a um papel decisivo na guerra
revolucionária.

A Vantagem Inicial da Guerrilha Urbana
As dinâmicas das guerrilhas urbanas consistem nos violentos
choques do guerrilheiro urbano com as forças militares e policiais da
ditadura. Nestes choques, os policiais tem a superioridade. O
guerrilheiro urbano tem forças inferiores. O paradoxo é que o
guerrilheiro urbano, a pesar de ser mais fraco, é sem dúvida o
atacante.

(Infelizmente a imagem da esquerda é passar a mesma
imagem que tivemos de Lula recentemente. Uma imagem do
salvador da pátria acima de qualquer suspeita ainda hoje defendidos
pelos esquerdopatas que preferem ignorar qualquer coisa que lhes
contrarie. O bandido vira mocinho, o vilão vira o carinha legal. Só
uma coisa que este filme de Wagner Moura não pode esconder, é a
história do que este líder comunista realmente representava, falo é
lógico do que representa esta ideologia comunista! Aliás, não é falta
de senso ser contra qualquer crime, mas é falta de senso tornar um
criminoso em um maravilhoso homem e libertador só porque tenha
sido assassinado. O contraditório nestes defensores de tais
personalidades como este líder comunista é que depois ainda
querem falar de democracia! Talvez eles preferem,”um que rouba
mas faz”. Graças a Deus, nem todo mundo é um idiota funcional e
sabe o que realmente este filme quer passar. Pena que alguns
confundam autoritarismo com autoridade, libertinagem com
liberdade. Aceitem esquerdopatas que doí menos!)

As forças militares e policiais, por sua parte, respondem ao
ataque com a mobilização e concentração de forças infinitamente
superiores na perseguição e destruição das forças guerrilheiras.
Somente se pode evitar a derrota quando se conta com as
vantagens iniciais e sabe como explorar com fim de compensar suas
vulnerabilidades e falta de material.
As vantagens iniciais são:
a. Tem que tomar o inimigo de surpresa;
a. Tem que conhecer o terreno de encontro melhor que o
inimigo;
a. Tem que ter maior mobilidade e velocidade que a polícia
e as outras forças repressoras;
a. Seu serviço de informação tem que ser melhor que o do
inimigo;
a. Tem que estar no comando da situação e demonstrar
uma confiança tão grande que todos de nosso lado sejam
inspirados e nunca pensem em hesitar, enquanto que os do outro
bando estão atordoados e incapazes de responder.

Surpresa

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
26

Para compensar por sua debilidade geral e falta de armas
comparado com o inimigo, o guerrilheiro urbano utiliza a surpresa. O
inimigo não tem nenhuma forma de lutar contra a surpresa e se
torna confuso ou é destruído.
Quando a guerra de guerrilhas urbanas iniciou no Brasil, a
experiência demonstrou que a surpresa era essencial para o êxito de
qualquer operação de guerrilha.

O perverso só pende para a rebeldia; por isso,
a morte virá para ele como um mensageiro
cruel. (Provérbios 16.11)

A técnica de surpresa baseia-se em quatro requisitos
essenciais:
a. conhecemos a situação do inimigo que vamos a atacar
usualmente por meio de informação precisa e observação
meticulosa, enquanto que o inimigo não sabe se será atacado ou
não sabe nada em relação ao atacante;
b. conhecemos a força do inimigo que será atacado e o
inimigo não sabe nada sobre a nossa;
c. atacando por surpresa, nós economizamos e conservamos
nossas forças, enquanto que o inimigo não é capaz de fazer o
mesmo e é deixado a mercê dos eventos;
d. determinamos a hora e o lugar do ataque, combinamos sua
duração, e estabelecemos seu objetivo. O inimigo permanece
ignorante de tudo isto.


Depoimento do guerrilheiro Clemente, do grupo de Marighella:
O último comandante militar do grupo guerrilheiro ALN faz
confissão sobre execução de companheiro porque acha que é hora
de todos os lados envolvidos na luta armada virem a público dizer o
que aconteceu nos “porões”.
Um dos principais personagens da luta armada contra a
ditadura militar confessou, diante das câmeras da Globonews, ter
participado pessoalmente da execução de um companheiro -
um integrante da chamada “coordenação nacional” da Ação
Libertadora Nacional (ALN) que caíra em desgraça junto ao
comando da organização.
Em declarações anteriores, o ex-guerrilheiro admitira que
tinha participado da reunião do “Tribunal Revolucionário” que selara
a execução. Mas nunca tinha admitido ter sido um dos executores
da sentença.
O cenário da confissão foi o estúdio G da TV Globo, no
Jardim Botânico, durante a gravação de um depoimento para o
programa Dossiê Globonews (a entrevista completa vai ser reexibida
neste domingo, às 17:05). O autor da declaração: Carlos Eugênio
Paz, o Clemente, comandante militar da Ação Libertadora Nacional,
organização criada por Carlos Marighella para combater, com
armas, o regime militar.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
27

Primeiro, Carlos Eugênio Paz falou genericamente sobre a
decisão “colegiada”. Depois, ao ser perguntado pela terceira vez se
tinha participado diretamente da execução, respondeu:
- É uma informação quer até hoje não dei. Você está
perguntando. A verdade verdadeira é que não dei porque ninguém
teve esta atitude de me perguntar diretamente. Participei – sim – da
ação. Um comando de quatro companheiros participou. Não fui
sozinho. Os outros três estão mortos. A execução foi feita a tiros,
numa rua, nos Jardins, em São Paulo, no dia 23 de março de 1971.
Tomamos aquela decisão coletivamente. Era uma decisão de
organização. Não assumo sozinho. Não sou maluco, não sou louco
de decidir uma coisa dessa sozinho. Isso é uma direção. A ALN
considerou que ele passava a ser um perigo para a própria
organização, porque era dirigente, pela quantidade de informações
que ele tinha e pelo fato de que estava abandonando companheiros
à própria sorte num combate. É essa a questão.
Ao quebrar um voto de silêncio que deveria durar até a
morte, Carlos Eugenio Paz diz que quer dar o exemplo nestes
tempos de Comissão da Verdade: se um ex-guerrilheiro confessa
participação num ato “nada glorioso. (2)


Conhecimento do Terreno
O melhor aliado do guerrilheiro é o terreno porque o conhece
como a palma de sua mão.
Ter o terreno como um aliado significa saber como utilizar
suas irregularidades com inteligência, seus pontos mais altos e
baixos, suas curvas, suas passagens regulares e secretas, áreas
abandonadas, terrenos baldios, etc., tirando a vantagem máxima de
tudo isto para o êxito das ações armadas, fugas, retiradas,
encobrimento e esconderijos.
Os lugares impenetráveis e os lugares estreitos, as ruas sob
construção, pontos de controle de polícia, zonas militares e ruas
fechadas, entradas e saídas de túneis e aqueles que o inimigo possa
bloquear, viadutos que devem ser cruzados, esquinas controladas
pela polícia ou vigiadas, suas luzes e sinais, tudo isto tem que ser
completamente estudado para poder evitar erros fatais.
Nosso problema é o de passar e saber onde e como
esconder-nos, deixando o inimigo confuso em áreas que ele não
conhece.
O guerrilheiro urbano familiarizado com o terreno difícil e
irregular, avenidas, ruas, estradas, entradas e saídas, esquinas dos
centros urbanos, suas passagens e atalhos, os lotes vazios, suas
passagens subterrâneas, seus tubos e sistemas de esgoto pode
cruzar com segurança pelo terreno não familiar para a polícia, onde
podem ser surpreendidos em uma emboscada fatal em qualquer
momento.
Por conhecer o terreno o guerrilheiro pode passar a pé, em
bicicleta, em automóvel, 4x4, ou caminhão e nunca ser apanhado.
Atuando em grupos pequenos com umas quantas pessoas, os

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
28

guerrilheiros podem se reunir em uma hora em l ugares
determinados, prosseguindo o ataque, com novas operações de
guerrilha, ou evadindo o círculo da polícia e desorientando o inimigo
com sua audácia sem precedente.
É um problema sem solução para a polícia, num terreno tipo
labirinto do guerrilheiro urbano, prender a alguém que não pode ver,
ou tratar de fazer contato com alguém que não podem encontrar.
Nossa experiência é que o guerrilheiro urbano ideal é alguém
que opera em sua própria cidade e que conhece completamente a
cidade e suas ruas, suas vizinhanças, seus problemas de trânsito, e
outras peculiaridades.




Tácito Pinheiro Machado (DGP), Sérgio Fernandes
Paranhos Fleury (Diretor do DEIC), Romeu Tuma (Diretor do
DOPS); Paulo Sérgio O. Fleury e Elisabete Sato

homem maligno está sempre à procura de
praticar o mal; até mesmo suas palavras são
como o fogo devorador. (Provérbios 16.27)

O guerrilheiro estrangeiro, que vem a cidade na qual o terreno
não é familiar para ele, é um ponto fraco e se é designado para
certas operações, pode colocá-la em perigo. Para evitar erros
graves, é necessário que o primeiro conheça bem a localização das
diferentes ruas.

(Se possível trabalhe uma vida inteira como taxista para
conhecer bem as ruas e revolucionar o mundo, contribuindo com o
seu trabalho... Mas Margihella não sabe nada de trabalho... o seu
manualzinho diabólico só ensina matar, roubar e destruir como seu
mentor espiritual: Satanás)

Mobilidade e Velocidade

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Para assegurar a mobilidade e a velocidade que a polícia não
pode alcançar, o guerrilheiro urbano necessita dos seguintes pré-
requisitos:
a. mecânicos;
b. conhecimento do terreno;
c. uma ruptura ou suspensão das comunicações e
transportes do inimigo;



d. armamento leve.

Há que ter cuidado na execução de operações que duram
escassamente uns momentos, e partindo do lugar em, veículos, o
guerrilheiro urbano faz uma retirada rápida, escapando da
perseguição
O guerrilheiro urbano tem que saber o caminho em detalhe e,
neste sentido, tem que praticar o itinerário antes de tempo como
treinamento para evitar caminhos que não tenham saída, ou
acabanando em engarrafamentos, ou terminar paralisado por
construções do Departamento de Trânsito.
A polícia persegue ao guerrilheiro urbano cegamente sem o
conhecimento de que estrada ele vai tomar para sua fuga.
Enquanto o guerrilheiro urbano foge rapidamente porque
conhece o terreno, a polícia perde a pista e dão por terminada a
perseguição.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
30

O engano se apodera do coração dos que
vivem planejando o mal, Proverbios 12.20

O guerrilheiro urbano deve lançar suas operações longe das
bases logísticas da polícia. Uma vantagem inicial deste método de
operação é que nos coloca a uma distância razoável da
possibilidade de perseguição, o que facilita a evasão.
Em adição a esta precaução necessária, o guerrilheiro urbano
tem que estar preocupado com o sistema de comunicação do
inimigo. O telefone é o alvo primário para prevenir o acesso inimigo
à informação mediante a sabotagem de seu sistema de
comunicações.


Ainda tendo conhecimento da operação guerrilheira, o inimigo
depende de transporte moderno para seu apoio logístico, e seus
veículos necessariamente perdem tempo ao leva-lo pelo trânsito
pesado das grandes cidades.

Mais uma aventura “romântica do guerrilheiro do grupo de
Marighella contada de forma discarada no GloboNews:
“Clemente” é o único sobrevivente do comando da ALN.
Todos os outros estão mortos. Carlos Eugênio – que adotou como
nome de guerra o sobrenome de um ex-jogador do Corinthians e do
Bangu, Ari Clemente – diz, na entrevista, que um dos mais ousados
ataques da ALN chegou a ser parcialmente executado, em São
Paulo: nada menos que o sequestro do comandante do II Exército,
general Humberto de Souza Melo, um militar de “linha dura”. O
ataque não chegou a ser noticiado pelos jornais, então submetidos à
censura. A guerrilha nunca tinha tentado seqüestrar um militar de
alta patente.O comando da ALN decidiu, no início de 1971, que a
hora tinha chegado.
A ALN descobriu que o comandante do II Exército frequentava
uma igreja batista na rua Joaquim Távora, na Vila Mariana, em São
Paulo. Um comando de dez guerrilheiros foi ao local. O que
aconteceu foi uma cena digna de filme de Tarantino: guerrilheiros e
agentes do DOI-CODI – uns apontando armas para os outros. Em
meio a tudo, o comandante do II Exército, sob a mira do comandante
Clemente:
-Eu estava com um fuzil. Nosso companheiro José Milton
Barbosa estava com uma metralhadora alemã de nove milímetros.
Chegamos a render o general na porta da igreja. Neste momento,
chega uma patrulha do DOi-CODI. Ficou o general – com uma
pequena comitiva – na porta da Igreja. Nós, em volta do general. E
os agentes do DOI-CODI em volta da gente. Houve um “cerco dentro
do cerco”. E ainda havia outro carro nosso – que estava apontando
para o “cerco do cerco”. Eu disse ao general: “Aqui, vai morrer muita
gente. Os agentes estão nos cercando. Mas nós estamos o
cercando. Se algum tiro for disparado, a primeira rajada vai ser no
peito do senhor! Vai ser um morticínio”. O general disse :”Não! Aqui,

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
31

hoje, ninguém vai morrer!”.Começamos a recuar, mas sempre
apontando as armas para ele. Fui o último a entrar no nosso carro –
que partiu em disparada. Devo dizer que o general se portou como
combatente.Há uma coisa que,nós, combatentes,prezamos: é o
outro combatente se comportar como combatente. O general não
demonstrou nervosismo.Neste dia, a gente salvou a vida de um
bocado de gente – inclusive do general. Porque, se eles
disparassem, nós iríamos disparar. O general ia morrer. Quem
estava na comitiva morreria. E nós todos iríamos morrer
também. (2)


É claro que o trânsito congestionado e perigoso é uma
desvantagem para o inimigo, como também o seria para nós se não
estivéssemos adiantados em relação ao inimigo.
Se queremos uma margem de segurança e estar seguros de
não deixar pistas para o futuro, podemos adotar as seguintes
medidas:
a. interceptar de propósito a polícia com outros veículos ou
por inconveniências casuais ou danos; mas neste caso o veículo em
questão não deve ser legal ou ter placas de licença verdadeiras;
b. obstruir a estrada com árvores caídas, pedras, valas,
letreiros de trânsito falsos, estradas obstruídas ou desvios, e outros
meios engenhosos;
c. colocar minas caseiras no caminho da polícia, utilizar
gasolina, ou jogar bombas Molotov para incendiar seus veículos;
d. disparar uma rajada de balas de metralhadora ou armas
tais como a FAL contra o motor e pneus dos veículos envolvidos na
perseguição.
Com a arrogância típica da polícia e das autoridades militares
fascistas, o inimigo virá lutar com armas pesadas e equipamento, e
com manobras elaboradas de homens armados até os dentes. O
guerrilheiro urbano tem que responder a isto com armas leves
facilmente transportáveis, para que sempre possa escapar com
velocidade máxima, sem aceitar uma luta aberta. O guerrilheiro
urbano não tem outra missão do que atacar e retirar-se.

(O mesmo discurso dos esquerdopatas da geração Lula que
sempre usam o argumento de chamar as pessoas de bem, honestas
e trabalhadoras de “fascistas”.)

Nos exporíamos a derrotas mais contundentes se nos
sobrecarregamos com armamento pesado e com o peso tremendo
das munições necessárias para disparar, na mesma perdendo o
presente precioso da mobilidade.
Quando o inimigo luta contra nos a cavalo não temos
desvantagem sempre e quando temos veículos. O automóvel anda
mais rápido que o cavalo. Desde o interior do automóvel também
temos o alvo do policial montado, derrubá-lo com metralhadora,
revólver ou com coquetéis Molotov e granadas.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
32


O ímpio espreita o justo, e procura maneira de
matá-lo; (Salmos 37.32)

Por outro lado, não é tão difícil para um guerrilheiro urbano a
pé fazer de um policial a cavalo um alvo. Acima de tudo, cordas
estendidas ao longo de estradas, bolas de gude e rolhas são
métodos muito eficientes de fazer ambos caírem. A grande
desvantagem do policial montado é que se apresenta ao guerrilheiro
urbano como dois alvos excelentes: o cavalo e seu cavaleiro.
(Obvio que canalhas como Marighella ensina a matar
homens, quanto mais cavalos de montaria da Polícia Militar)

À parte de ser mais rápido que um cavalo, o helicóptero não
tem melhores oportunidades em uma perseguição. Se o cavalo é
muito lento comparado com o automóvel do guerrilheiro urbano, o
helicóptero é muito rápido. Movendo-se a 200 quilômetros por hora
nunca terá êxito em atingir desde cima a um alvo perdido entre as
multidões e os veículos da rua, nem tampouco pode aterrizar em
ruas para capturar alguém. Além disso, quando tenta voar a baixas
alturas torna-se extremadamente vulnerável ao fogo do guerrilheiro
urbano.

Informação
As possibilidades que o governo tem de descobrir e destruir o
guerrilheiro urbano diminuem a medida que o potencial dos inimigos
do ditador tornam-se maiores e mais concentrados entre as massas
populares.
A concentração de oponentes da ditadura exerce um papel
muito importante na obtenção de informação dos movimentos de
polícia e de homens do governo, como também ocultar nossas
atividades. O inimigo pode ser enganado por informação falsa, o
qual é pior para ele porque independente de seu significado, as
fontes de informação a disposição do guerrilheiro urbano são
potencialmente melhores que as dos policiais. O inimigo é
observado pela população, mas desconhece quem dentre a
população passa informações aos guerrilheiros urbanos. Os militares
e a polícia são odiados pelas injustiças e violência que tem cometido
contra a população, e isto facilita a obtenção de informação
prejudicial às atividades de agentes do inimigo.
A informação, que é somente uma pequena parte do apoio
popular, representa um potencial extraordinário nas mãos do
guerrilheiro urbano. A criação de um serviço de inteligência com uma
estrutura organizada é uma necessidade básica para nós. O
guerrilheiro urbano tem que ter informação essencial dos planos e
movimentos do inimigo, onde se encontra, e como se movem, os
recursos da rede bancária, os meios de comunicação e seus
movimentos secretos.
A informação confiável passada ao guerrilheiro urbano
representa um golpe certeiro contra a ditadura. Não há forma de

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
33

defender-se quando se enfrenta uma p erda importante de
informação que põe em perigo seus interesses e facilita nosso
ataque destrutivo.
O inimigo também quer conhecer que passos estamos
tomando para que possa nos destruir ou prevenir de atuar. Neste
sentido o perigo da traição esta presente e o inimigo o fomenta e
nutre, e infiltra espiões na organização. As técnicas do guerrilheiro
urbano usadas contra esta tática do inimigo é de denunciar
publicamente os traidores, espiões, informantes e provocadores.
Já que nossa luta toma lugar entre as massas e depende de
sua simpatia - enquanto que o governo tem uma má reputação
devido a sua brutalidade, corrupção e incompetência - os
informantes, espiões, traidores, e a polícia vem a serem os inimigos
da população sem apoiadores, denunciados aos guerr ilheiros
urbanos, e em muitos casos, devidamente castigados.

O ímpio finge que é confiante, mas somente o
justo permanece firme no Caminho! (Proverbios
21.29)

Por sua parte os guerrilheiros urbanos não devem de evitar
sua responsabilidade - uma vez que sabem quem é o espião ou
informante - de liquidá-lo. Este é o método correto, aprovado pela
população, e minimiza consideravelmente a incidência de infiltração
ou espionagem inimiga.
Para o completo êxito na batalha contra os espiões é
essencial a organização de um serviço de contra-espionagem ou
contra-inteligência. No entanto, com respeito à informação, não pode
ser reduzida a somente saber os movimentos do inimigo e evitar a
infiltração de seus espiões. A informação tem que ser ampla, tem
que incluir tudo, incluindo os dados mais significativos. Há uma
técnica de obter informação e o guerrilheiro urbano a tem que
dominar. Seguindo esta técnica, a informação é obtida naturalmente,
como uma parte da vida das pessoas.
O guerrilheiro urbano, vivendo em meio da população e
movendo-se entre eles, tem que prestar atenção a todo tipo de
conversação e reações humanas, aprendendo a esconder seus
interesses com grande juízo e destreza.

(Aprendendo a esconder seus interesses... Isto é,
dissimuilação... Os Esquerdopatas são profissionais nesta técnica de
mentir. Querem estabelecer uma ditadura e a chamam de
movimento democrático. Mil vezes canalhas!!!!)

Em lugares onde as pessoas trabalham, estudam e vivem, é
fácil obter todo tipo de informação de pagamentos, negócios, pontos
de vista, opiniões, estado de mente das pessoas, viagens, interiores
de edifícios, oficinas e habitações, centros de operações etc. A
observação, investigação, reconhecimento, e exploração do terreno
também são fontes excelentes de informação. O guerrilheiro urbano

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
34

nunca vai a nenhum lugar sem prestar atenção e sem precaução
revolucionária, sempre alerta por se acontece algo. Olhos e ouvidos
abertos, sentidos alertas, a memória gravada com todo o necessário
para agora ou para o futuro, e para a continuação da atividade do
soldado guerrilheiro.
A leitura cuidadosa da imprensa com atenção particular aos
órgãos de comunicação em massa, a investigação de fa tos
acumulados, a transmissão de notícias e tudo observado, uma
persistência em ser informado e em informando os outros, tudo isto
compõe a questão intrincada e imensamente complicada de
informação que lhe dá ao guerrilheiro urbano a vantagem decisiva.

Decisão
Não é suficiente para o guerrilheiro urbano ter a seu favor
surpresa, velocidade, conhecimento do terreno e informação. Ele
também deve demonstrar seu comando em qualquer situação e uma
capacidade de decisão sem a qual todas as demais vantagens lhe
resultariam inúteis.
É impossível levar ao fim qualquer ação, sem estar bem
planejada, se o guerrilheiro urbano resulta ser indeciso, incerto ou
irresoluto.
Ainda uma ação que tenha sido começada com sucesso pode
terminar em derrota sem o comando da situação e a capacidade
para tomar decisões falhar em meio a execução do plano. Quando
este comando da situação e a capacidade para a decisão estão
ausentes, este vazio é preenchido pela hesitação e o temor. O
inimigo toma vantagem desta falha e é capaz de liquidar-nos.
O segredo para o sucesso de qualquer operação, simples ou
complicada, fácil ou difícil, é o de confiar em determinados homens.
No sentido estrito, não existe uma operação fácil: tudo tem que ser
realizado com o mesmo cuidado praticado em casos mais difíceis,
começando com a eleição dos elementos humanos, que significa
depender da liderança e capacidade de decisão em qualquer
situação.
Pode se antecipar o resultado de uma ação pela forma em
que os participantes atuam durante a fase preparatória. Aqueles que
estão atrasados, que não fazem os contatos designados, são
facilmente confundidos, esquecem coisas, deixam de completar os
elementos básicos do trabalho, possivelmente são homens indecisos
e podem ser um perigo. É melhor não incluí-los.
A decisão significa colocar em prática, o plano que foi
idealizado, com determinação, com audácia, e com uma firmeza
absoluta. Somente basta uma pessoa que hesita perder tudo.

O ímpio conspira contra o justo e range contra
ele os dentes. (Salmos 37.12)

Objetivos das Ações de Guerrilha Urbana

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
35

Com suas técnicas desenvolvidas e estabelecidas, o
guerrilheiro urbano baseia-se em modelos de ação que o conduzem
a atacar e, no Brasil, com os seguintes objetivos:
a. ameaçar o triângulo no qual os sistemas de dominação
do estado brasileiro e norte-americano são mantidos no Brasil,
um triângulo cujos pontos são Rio, São Paulo, e Belo Horizonte e
cuja base é o eixo Rio-São Paulo, onde o gigante complexo
industrial, econômico, político, cultural, militar, policial que
sustenta o poder decisivo do país está localizado;
b. debilitar os guardas locais ou os sistemas de segurança
da ditadura, dado o fato de que estamos atacando e os militares
defendendo, o qual significa capturando as forças
governamentais em posições defensivas, com suas tropas
imobilizadas em defesa de todo complexo de manutenção
nacional, e com seu medo onipresente de um ataque em seus
centros nervosos estratégicos, e sem saber onde, como, e
quando virá o ataque;
c. atacar em todos lados, com muitos grupos armados
diferentes, pequenos em números, cada um independente e
operando por separado, para dispersar as forças do governo em
sua perseguição de uma organização extremadamente
fragmentada em vez de oferecer-lhes à ditadura a oportunidade
de concentrar suas forças repressivas na destruição de um
sistema altamente organizado e estruturado operando em todo o
pais;
d. provar sua combatividade, decisão, firmeza,
determinação, e persistência no ataque contra a ditadura militar
para permitir que todos os inconformes sigam nosso exemplo e
lutem com táticas de guerrilha urbana. Enquanto tanto, o
governo, com todos os problemas, incapaz de deter as
operações da guerrilha na cidade, perderam o tempo e sofreram
desgastes, o que finalmente ocasionará que retirem suas tropas
para poder vigiar os bancos, industrias, armarias, barracas
militares, televisão, escritórios norte-americanas, tanques de
armazenamento de gás, refinarias de petróleo, barcos, aviões,
portos, aeroportos, hospitais, centros de saúde, bancos de
sangue, lojas, garagens, embaixadas, residências de membros
proeminentes do regime, tais como ministros e generais,
estações de policia, e organizações oficiais, etc.

e. aumentar os distúrbios dos guerrilheiros urbanos
gradualmente em ascendência interminável de tal maneira que
as tropas do governo não possam deixar a área urbana para
perseguir o guerrilheiro sem arriscar abandonar a cidade, e
permitir que aumente a rebelião na costa como também no
interior do pais;
f. para obrigar o exército e a policia, com os comandantes
e seus assistentes, a mudar a acomodação e tranqüilidade
relativa das barracas e seu relativo descanso, por um estado de

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
36

alarme e tensão em aumento da expectativa de ataque ou a
busca de pistas que se desvanecem sem deixar traço algum;
g. para evitar batalhas abertas e combate decisivo com as
forças do governo, limitando a luta a ataques rápidos e breves
com resultados relâmpagos;
h. para assegurar aos guerrilheiros urbanos um máximo de
liberdade de ação e movimento sem ter que evitar o uso de
violência armada, permanecendo firmemente orientado até o
começo da guerra de guerrilha rural e apoiando a construção de
um exército revolucionário para a libertação nacional.

28 Sobre os Tipos e Natureza de Modelos de Ação
para os Guerrilheiros Urbanos
Para poder alcançar os objetivos previamente enumerados, o
guerrilheiro urbano está obrigado, em sua técnica, a seguir uma
ação cuja natureza seja tão diferente e diversificada como seja
possível. O guerrilheiro urbano não escolhe arbitrariamente este ou
aquele modelo de ação. Algumas ações são simples, outras são
complicados. O guerrilheiro urbano sem experiência tem que ser
incorporado gradualmente em ações ou operações que correm
desde as mais simples até as mais complicadas. Começa com
missões e trabalhos pequenos até que se converta completamente
em um guerrilheiro urbano com experiência.
Antes de qualquer ação, o guerrilheiro urbano tem que pensar
nos métodos e no pessoal disponível para realizar a ação. As
operações e ações que demanda a preparação técnica do
guerrilheiro urbano não podem ser executadas por alguém que
carece de destrezas técnicas. Com estas precauções, os modelos
de ação que o guerrilheiro urbano pode realizar são os seguintes:
a. assaltos
b. invasões
c. ocupações
d. emboscadas
e. táticas de rua
f. greves e interrupções de trabalho
g. deserções, desvios, tomas, expropriações de armas,
munições e explosivos
h. libertação de prisioneiros
i. execuções
j. seqüestros

l. sabotagem
m. terrorismo
n. propaganda armada
o. guerra de nervos

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Rendemos tributo a Sérgio Paranhos Fleury, o mais famoso policial
brasileiro. Lutou contra as guerrilhas urbanas de Marighella, fazendo
aquele comunista experimentar do seu próprio remédio. Fleury usou
da tortura sim, e fez com métodos científicos, tirando informações de
quem tinha informação privilegiada. Fleury equivale a todo o sistema
prisional de Guantánamo. Você é bobo ou se faz??? Voê acha que
se combate terrorista com o que??? Reeducando??? Reeducando
no cacete!!!!

Assaltos

O assalto é o ataque armado com o qual fazemos
expropriações, libertamos prisioneiros, capturamos explosivos,
metralhadoras, e outras armas típicas e munições.
Os assaltos podem ser realizados de noite ou de dia. O
assalto de noite é usualmente o mais vantajoso às guerrilhas
urbanas. A idéia é que o assalto seja executado de noite quando as
condições para um ataque de surpresa são mais favoráveis e a
obscuridade facilita a fuga e esconde a identidade dos participantes.
O guerrilheiro urbano tem que preparar-se, no entanto, para atuar
baixo qualquer condição, de noite ou de dia.
Os alvos mais vulneráveis para o assalto são os seguintes:
a. bancos e estabelecimentos de crédito
b. negócios comerciais ou industriais, incluindo a produção
de armas e explosivos
c. estabelecimentos militares
d. delegacias e estações de policia
e. presídios

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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f. propriedade do governo
g. meios de comunicação de massa
h. escritórios e propriedades norte-americanas
i. veículos do governo, incluindo veículos militares e da
polícia, caminhões, veículos armados, carregadores de dinheiro,
trens, barcos, e aviões.

O assalto em estabelecimentos são da mesma natureza
porque em cada caso a propriedade e os edifícios representam um
alvo fixo.
Os assaltos aos edifícios concebidos como operações de
guerrilha, variam de acordo a se são bancos, negócios comerciais,
industrias, acampamentos militares, delegacias, presídios, estações
de rádio, armazéns de empresas imperialistas, etc.
Os assaltos em veículos - carros blindados, trens, barcos,
aviões - são de outra natureza já que envolvem um alvo em
movimento. A natureza da operação varia de acordo à situação e a
possibilidade - isto é, se o alvo é estacionário ou móvel.
Os carros blindados, incluindo veículos militares, não são
imunes às minas. Estradas obstruídas, armadilhas, enganos,
intercepção de outros veículos, bombas Molotov, atirar com
armamento pesado, são métodos eficientes de assaltar veículos.


(Marighella, Marighella... ensinando a nossos meninos a fazer
bombas e métodos de assaltar veículos. Gostaria muito de entender
o que se passa na mente humana em achar que fazendo estas
coisas ele está lutado por um mundo melhor....)

Os veículos pesados, aviões em terra, barcos ancorados,
podem ser tomados e as tripulações capturadas. Os aviões em vôo
podem ser desviados de seu curso pela ação guerrilheira ou por
uma pessoa.
Os barcos e trens em movimento podem ser assaltados ou
tomados por operações de guerrilha para poder capturar as armas e
munições ou para evitar o deslocamento de tropas.

O Assalto à Banco como Modelo Popular
O modelo de assalto mais popular é o assalto à banco. No
Brasil, a guerrilha urbana começou um tipo de assalto organizado

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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em bancos como uma operação guerrilheira. Hoje este tipo de
assalto é utilizado comumente e tem servido como um tipo de exame
preliminar para o guerrilheiro urbano em seu processo de
aprendizagem da guerra revolucionária.
Tem se desenvolvido inovações importantes na técnica de
assalto à bancos, o qual assegura a fuga, a retirada de dinheiro, e o
anonimato das pessoas envolvidas. Entre estas inovações temos
atirar nos pneus dos carros para evitar que sejamos perseguidos,
trancar as pessoas nos banheiros dos bancos, obrigá-los a que se
sentem no chão do banheiro; imobilizar os guardas do banco e
tomar seu armamento, obrigar a alguém a abrir a caixa forte; e a
utilização de disfarces.
Tentativas para instalar alarmes de bancos, ou para utilizar
guardas ou aparelhos de detecção eletrônicos de origem norte-
americana, são de pouca utilidade quando o assalto é de tipo político
e executado de acordo com as técnicas de guerrilha urbana. Esta
técnica trata de utilizar novos recursos para alcançar as mudanças
táticas do inimigo, tem acesso a poder de fogo que esta em
crescimento todos os dias, se faz mais astuta e audaz, e utiliza um
grande número de revolucionários todas as vezes, todas para
garantir o êxito das operações planejadas até o ultimo detalhe.
O assalto à banco é a expropriação típica. Mas, como é certo
para qualquer tipo de expropriação armada, o revolucionário esta em
desvantagem por dois competidores:
a. competição por delinqüentes;
b. competição por contra-revolucionários de direita;

Esta competição produz confusão, o qual é refletido em
incerteza da população. Depende do guerrilheiro urbano prevenir
que isto aconteça, e para conseguir isto utiliza dois métodos;
a. tem que evitar a técnica de bandidos, o qual é o uso de
violência desnecessária e da expropriação de mercadorias e
posses da população;
b. tem que usar o assalto para propósitos de propaganda,
no mesmo momento em que esta acontecendo, e depois
distribuir material, papéis, e todo meio possível de explicar os
objetivos e os princípios do guerrilheiro urbano como
expropriador do governo, das classes governantes, e do
imperialismo.

Batidas
As batidas são ataques rápidos em estabelecimentos
localizados na vizinhança ou até no centro da cidade, tal como
unidades militares pequenas, delegacias, hospitais, para causar
problemas, tomar armas, castigar e aterrorizar o inimigo, tomar
represálias, ou resgatar prisioneiros feridos, ou aqueles
hospitalizados baixo vigilância da policia.
As batidas também são lançadas em garagens e
estacionamentos para destruir veículos e danificar instalações,
especialmente se são empresas e propriedades norte-americanas.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Quando tomam lugar em certas extensões de estrada ou em
certas vizinhanças distantes, os ataques podem servir para obrigar o
inimigo a mover grandes números de tropas, um esforço totalmente
inútil já que não encontraram ninguém com quem lutar.
Quando são realizadas em certas casas, escritórios, arquivos,
ou escritórios públicos, seu propósito é de capturar ou buscar papéis
secretos e documentos com os quais denunciar o envolvimento, os
compromissos, e a corrupção dos homens no governo, seus
negócios sujos e as transações criminosas com os norte -
americanos. As batidas são mais efetivas se são realizadas de noite.
(Alguns comentários do Marighella chegam a ser infantis, não
vejo neste seu manual nada de importante e nenhum conhecimento
fantástico. Vejo que são meninos com nível intelectual de retardado.
Lógico que a melhor hora para invadir um estabelecimento para
furtar documentos é o horário em que não haja ninguém, obviamente
a noite.)


Ocupações
As ocupações são um tipo de ataque realizado quando um
guerrilheiro urbano se estaciona em estabelecimentos e localizações
específicas, para uma resistência temporal contra o inimigo ou para
algum propósito de propaganda.
A ocupação de fábricas e escolas durante greves ou em
outros momentos é um método de protesto ou de distrair a atenção
do inimigo.
A ocupação das estações de rádio é para propósitos de
propaganda.
A ocupação é um método muito efetivo para a ação mas, para
prevenir perdas e danos materiais a nossas forças, é sempre uma
boa idéia o contar com a possibilidade de retirada. Sempre tem que
ser meticulosamente planejada e executada no momento oportuno.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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A ocupação sempre tem um limite de tempo e enquanto mais
rápido se realize, melhor.

Emboscada
As emboscadas são ataques tipificados por surpresa quando
o inimigo é apanhado em uma estrada ou quando faz que uma rede
de policiais rodeie uma casa ou propriedade. Uma mensagem falsa
pode trazer o inimigo a um lugar onde caia em uma armadilha.
O objeto principal da tática de emboscada é de capturar as
armas e castigá-los com a morte.
As emboscadas para deter trens de passageiros são para
propósitos de propaganda, e quando são trens de tropas, o objetivo
é de eliminar o inimigo e tomar suas armas.

(Acima o safado do terrorista José Genuino que os brasileiros
sem memorial elegeram a deputado pelo PT. Na foto ele está sedo
preso pelo exército. Teriam feito melhor se o executassem sem
cerimonias).


O franco-atirador guerrilheiro é o tipo de lutador ideal
especialmente para as emboscada porque pode se esconder
facilmente nas irregularidade do terreno, nos trechos dos edifícios e
dos apartamentos sob construção. Desde janelas e lugares escuros
pode mirar cuidadosamente a seu alvo escolhido.
As emboscadas tem efeitos devastadores no inimigo,
deixando o nervoso, inseguro e cheio de temor.

Táticas de Rua
As táticas de rua são usadas para lutar com o inimigo nas
ruas, utilizando a participação das massas contra ele.
Em 1968, os estudantes Brasileiros utilizaram táticas de rua
excelentes contra as tropas da polícia, tais como marchar pelas ruas
contra o trânsito, e utilizar estilingues e bolas de gude contra a
polícia montada.
Outras táticas de rua consistem na construção de barricadas,
atirando garrafas, tijolos, e outros projéteis desde o telhado de
apartamentos e edifícios de negócios contra a polícia; utilizando

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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edifícios sob construção para sua fuga, para esconder-se, e para
apoiar os ataques surpresa.
É igualmente necessário saber como responder às táticas do
inimigo. Quando as tropas de policiais vêm protegidas com
capacetes para defender-se de objetos lançados, nos dividimos em
duas equipes; uma para atacar o inimigo de frente, ou outra para
atacá-lo desde a retaguarda, retirando um à medida que o outro
avança para prevenir que o primeiro se converta em um alvo dos
projéteis atirados pelo segundo.
De igual forma é importante saber como responder a uma
rede de polícias. Quando a policia designa uma certa área para que
seus homens entrem em massa para prender a um manifestante, um
grupo maior de guerrilheiros urbanos tem que rodear o grupo da
polícia, desarmá-los, surrando-os e na mesma hora permitir que o
prisioneiro fuja. Esta operação de guerrilha urbana se chama a rede
dentro de uma rede.





Este livro também é dedicado a todos os agentes do DOPS
que ajudaram a exterminar com as guerrilhas urbanas do terrorista
Marighella.

Quando a rede policial se forma em um edifício de escola,
uma fábrica, um lugar onde as massas se congregam, ou algum
outro ponto, o guerrilheiro urbano não deve render-se ou que o
tomem por surpresa. Para assegurar que sua rede funcione o
inimigo se vera na obrigação de transportar a polícia em veículos e
carros especiais para ocupar pontos estratégicos nas ruas para
invadir edifícios ou locais selecionados. O guerrilheiro urbano, por
sua parte, nunca deve de sair de um edifício ou uma área ou entrar
nela sem primeiro conhecer todas as saídas, a forma de romper o
círculo, os pontos estratégicos que a policia poderia ocupar, e as
estradas que inevitavelmente conduzem até a rede, e deve
apoderar-se de outros pontos estratégicos desde os quais possa
golpear o inimigo.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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As estradas seguidas pelos veículos da polícia tem que serem
minadas em pontos chaves e a pontos forçados de parada. Quando
as minas explodem, os veículos voaram pelos ares. Os policiais
cairão na armadilha e sofreram perdas ou serão vítimas de uma
emboscada. A rede tem que ser quebrada por rotas de fuga
desconhecidas para a polícia. O rigoroso plano de retirada é a
melhor maneira de frustrar qualquer esforço de acercamento por
parte do inimigo.
Quando não há a possibilidade do plano de fuga, a guerrilha
urbana não deve esperar reunir-se, agrupar-se, ou fazer qualquer
outra coisa, já que fazê-lo evitará sua possibilidade de romper a rede
do inimigo, que seguramente tentará atirar a redor dele.
As táticas de rua têm revelado um novo tipo de guerrilheiro
urbano, o guerrilheiro urbano que participa dos protestos em massa.
Este é o tipo que designaremos como o guerrilheiro urbano
manifestante, que se une à multidão e participa das marchas
populares com fins específicos e definitivos.
Estes fins consistem em atirar pedras e projéteis de todo tipo,
utilizando gasolina para começar incêndios, utilizando a polícia como
alvo para suas armas de fogo, capturando as armas dos policiais,
seqüestrando agentes do inimigo e provocadores, disparar
cuidadosamente aos chefes de polícia que vem em carros especiais
com placas falsas para não atrair a atenção.
O guerrilheiro urbano manifestante ensina aos grupos nas
manifestações as rotas de fuga se é necessário. Coloca minas, atira
bombas Molotov, prepara emboscadas e explosões.
O guerrilheiro urbano manifestante também tem que iniciar a
rede dentro da rede, revistando os veículos do governo, os carros
oficiais, e os veículos da polícia para ver se tem dinheiro ou armas
antes de virá-los e colocá-los fogo.
Os franco-atiradores são muito bons para as manifestações
em massa e, juntos com os guerrilheiros urbanos manifestantes,
podem exercer um papel chave. Escondidos em pontos estratégicos,
os franco-atiradores tem completo êxito, utilizando escopetas,
metralhadoras, etc., cujo fogo e rebote causam perdas entre os
inimigos.

Greves e Interrupções de Trabalho
A greve é o modelo de ação empregado pelo guerrilheiro
urbano em centros de trabalho e escolas para prejudicar o inimigo
por meio da detenção do trabalho e das atividades de estudo. Já que
é uma das armas mas temidas pelos exploradores e opressores, o
inimigo utiliza um tremendo poder ofensivo e incrível violência
contra. Os grevistas são levados à prisão, sofrem golpes, e muitos
terminam assassinados.
O guerrilheiro urbano tem que preparar a greve de tal forma
como para não deixar indícios ou pistas que possam identificar os
líderes da ação. Uma greve é bem sucedida quando é organizada
por meio da ação de um grupo pequeno, se é preparado
cuidadosamente em segredo e pelos métodos mais clandestinos.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Como cristão, seguindo os preceitos bíblicos, sou contra a
greve. A grve é uma arma da Esquerda para forçar os empresários a
cumprir com as exigências dos grevistas. O princípio divino é da
hierarquia. Os de baixo não devem afrontar os que estão em cima
na pirâmide do poder. Satanás acusou Deus de ser tirano e
antidemocrático. Os adeptos da esquerda política seguem os
princípios de Satanás.)

As armas, munições, Molotovs, armas caseiras de destruição
e ataque, tudo isto tem que ser suprido previamente para antecipar o
inimigo. Para que possa causar a maior quantidade de dano
possível, é uma boa idéia estudar e por em prática um plano de
sabotagem.
As interrupções de trabalho e estudo, apesar de serem de
breve duração, causam dano severo ao inimigo. É suficiente para
eles surgir em pontos diferentes e em diferentes setores nas
mesmas áreas, interrompendo a vida diária, ocorrendo, sem fim, um
dia depois do outro, de forma autenticamente guerrilheira.
Em greves ou simples interrupções de trabalho, o guerrilheiro
urbano tem o recurso de ocupar ou penetrar no local ou
simplesmente fazer um ataque. Nesse caso, seu objetivo é o de
tomar reféns, capturar prisioneiros ou capturar agentes inimigos e
propor um intercâmbio de prisioneiros (para liberar os grevistas).
Em certos casos, as greves e as breves interrupções de
trânsito podem oferecer uma excelente oportunidade para a
preparação de emboscadas ou armadilhas cujo fim é o de destruição
física da cruel e sanguinária polícia.
O fato básico é que o inimigo sofre perdas em pessoal e
material e danos morais, e é debilitado pela ação.



O PC do B organizou greves no Brasil. Os partidos
comunistas usam muito do recurso da greve para desestabilizar as
empresas e na sequencia criam o caos social. A Bíblia ensina o
contrário da greve. A Palavra de Deus chega mesmo a mandar o
escravo se conformar com o seu destino. A revolução cristã é
espiritual e não material com atos de anarquia.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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O impulso da onda grevista que surgia no país aumentou. Em
1951, 264 mil trabalhadores participaram de greves. Em 1952, esse
número subiu para 411 mil e, em 1953, chegaria a 800 mil. (4)
5 Vós, servos (escravos), obedecei a vossos
senhores segundo a carne, com temor e tremor, na
sinceridade de vosso coração, como a Cristo,
6 não servindo somente vista, como para agradar
aos homens, mas como servos (escravos) de Cristo,
fazendo de coração a vontade de Deus,
7 servindo de boa vontade como ao Senhor, e não
como aos homens.
8 Sabendo que cada um, seja escravo, seja livre,
receberá do Senhor todo bem que fizer.
9 E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles,
deixando as ameaças, sabendo que o Senhor tanto deles
como vosso está no céu, e que para com ele não há
acepção de pessoas. (efésios 6.5-9)




Deserções, Desvios, Confiscos, Expropriações de Armas,
Munições e Explosivos
Deserções e desvios de armas são ações efetuadas em
campos militares, hospitais militares, etc. O soldado da guerrilha
urbana, o chefe, sargento, suboficial, e o oficial devem desertar no
momento mais oportuno com armas modernas e munições, para
entregá-las à guerrilha.
Um dos momentos mais oportunos é quando a guerrilha
urbana militar é chamada para perseguir e lutar contra seus
camaradas guerrilheiros fora dos quartéis militares. Em vez de
seguir as ordens dos oficiais, a guerrilha urbana militar deve juntar-
se aos revolucionários dando-os as armas e munições que
carregam, ou o veículo militar que ele opera.
A vantagem deste método é que os revolucionários recebem
as armas e munições do exército, marinha, força área, polícia,
guarda civil, ou dos bombeiros sem nenhum trabalho, porque lhes
chega em mãos por meio de transporte do governo.

(Qualquer coisa que chegue “sem trabalho’ e pela
desonestidade, com certeza é método dos esquerdistas.)

Outras oportunidades podem ocorrer nas barracas, e a
guerrilha urbana militar deve estar alerta a isso. Em caso de
descuido de parte dos comandantes ou em outras condições
favoráveis, assim como as atividades burocratas ou o relaxamento
de disciplina por parte dos suboficiais ou outro pessoal interno, a
guerrilha urbana militar não pode esperar, mas tem que tratar de
avisar os guerrilheiros e desertar sós ou acompanhados, mas com
uma quantidade de armas tão grande como seja possível.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
46

Com a informação e a participação da guerrilha urbana militar,
ataques em barracas e outros estabelecimentos militares com o
propósito de capturar armas, podem ser organizados.
Quando não há a possibilidade de desertar com as armas e
munições, a guerrilha urbana deve se engajar na sabotagem,
começando com explosões e incêndios em depósitos de munições e
pólvora.


Esta técnica de desertar com armas e munições, atacando e
sabotando os centros militares, é a melhor maneira de cansar e de
desmoralizar aos soldados, deixando-os confusos.
O propósito da guerrilha urbana em desarmar um inimigo
individual é o de capturar suas armas. Estas armas estão
usualmente nas mãos dos sentinelas e outros que estão executando
a guarda ou repressão.
A captura das armas podem ser completadas por meios
violentos ou pela astúcia ou armadilhas. Quando o inimigo esta
desarmado, ele deve ser revistado em busca de outras armas que
não sejam as que já foram retiradas. Se nos descuidamos, ele pode
usar essas armas para disparar nos guerrilheiros urbanos.
O confisco de armas é um método eficaz para adquirir
metralhadoras, a arma mais importante da guerrilha.
Quando executamos pequenas operações ou ações para
confiscar armamentos e munições, o material capturado pode ser
para uso pessoal ou armamento e abastecimento dos grupos de tiro.
A necessidade de prover um poder disparador para a
guerrilha urbana é tão grande que, em ordem para começar do
ponto zero as vezes temos que comprar uma arma, desviar, ou
capturar uma só arma. O ponto básico é começar, e começar com
um espírito de determinação e coragem. A posse de uma simples
metralhadora multiplica nossas forças.
Em um assalto a banco, devemos ser cuidadosos de confiscar
as armas dos guardas. O resto das armas as encontraremos com o
tesoureiro, o caixa, ou o administrador, e também devem ser
confiscadas.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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O outro método que podemos utilizar é a preparação de
emboscadas contra a polícia e os automóveis que usam para
locomover-se.
Realmente muitas vezes, nós tivemos êxito capturando armas
em estações policiais, como um resultado de ataques repentinos.
As vezes triunfamos em capturar armas em delegacias de
polícia, como resultado de ataques repentinos.
A expropriação de armas, munições e explosivos é a meta da
guerrilha urbana em assaltar locais comerciais, industrias e quartéis.
Luís Lopes Diniz Filho (Curitiba-PR) escreveu o seguinte sobre o site
Brasil escola que glamoriza o terrorista Marighella: O texto é
péssimo porque passa uma visão distorcida da história no esforço de
mitificar Marighella. É absolutamente verdadeiro dizer que ele foi um
líder terrorista, já que roubava e matava com fins políticos. Mas o
texto afirma que a qualificação de terrorista é caluniosa mesmo
admitindo que Marighella articulou uma "onda de assaltos" com o fim
de financiar ações armadas! E o texto ainda tira proveito da inegável
truculência do regime militar para fazer crer que a ALN lutava por
liberdade. Nada disso! Os comunistas da época usavam Mao Tsé-
Tung e e Fidel Castro como referências teóricas e estratégicas, de
modo que o seu objetivo era trocar uma ditadura capitalista por uma
ditadura comunista. Como diz Leandro Narloch, no Guia
politicamente incorreto da história do Brasil (Leya, 2009): "Os
cubanos não só se prostituem para comprar sabonetes como
aprendem na escola que amor é o que Fidel Castro sente pelo povo.
A China vigia a internet, prende blogueiros indesejáveis e censura
até mesmo informações de saúde pública, sobre epidemias e
infecções em massa. Como não houve socialismo no Brasil, nunca
saberemos como teria sido o sistema por aqui. Mas podemos
imaginar. Tendo como base todas as experiências comunistas, é
razoável pensar que a Amazônia seria uma enorme prisão onde
aliados incômodos e inimigos do regime fariam trabalho forçado,
como o gulag soviético. Estudantes arrastariam seus professores
para fora da sala de aula e os linchariam, por acharem que eles
representavam a velha cultura, como aconteceu durante a
Revolução Cultural da China. Em episódios semelhantes às mortes
nas praias cubanas, cidadãos seriam executados depois de
flagrados tentando fugir para o Paraguai. Na pior das hipóteses, 21%
da população seria exterminada, como fez o Khmer Vermelho no
Camboja. Na melhor, burocratas trocariam cargos por sexo e mais
de 1% da população seria de espiões, como na Alemanha Oriental"
(p. 277). (5)

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Libertação de Prisioneiros
A libertação de prisioneiros é uma operação armada
designada para libertar guerrilheiros urbanos presos. Na luta diária
contra o inimigo, a guerrilha urbana esta sujeita a prisões e podem
ser sentenciados a ilimitados anos na cadeia. Isto não quer dizer que
a batalha revolucionária acabe aqui. Para o guerrilheiro, sua
experiência é aprofundada pela prisão e a luta continua igualmente
até nos calabouços onde se encontram prisioneiros.
O guerrilheiro urbano encarcerado vê a prisão como um
terreno que deve dominar e entender para libertar-se por meio de
uma operação da guerrilha. Não há prisão, nem uma ilha, ou uma
penitenciária da cidade, ou uma fazenda, que seja inpregnável pela
astúcia, perseverança e pelo potencial de fogo dos revolucionários.
O guerrilheiro urbano que é livre vê os estabelecimentos
penais do inimigo como um lugar inevitável da ação guerrilheira
designada a libertar seus irmãos ideológicos que estão aprisionados.
É a combinação do guerrilheiro urbano livre e o guerrilheiro
urbano aprisionado que resulta nas operações armadas a que nos
referimos como a libertação de prisioneiros.
As operações de guerrilha que se podem usar para libertar os
prisioneiros são as seguintes:
a. ataques a estabelecimentos penais, em colônias de
correção ou ilhas, ou transportes ou barcos de prisioneiros;
b. assaltos a penitenciárias rurais ou urbanas, casas de
detenção, delegacias, depósitos de prisioneiros, ou outros
lugares permanentes, ocasionais ou temporários, onde se
encontram os prisioneiros.
c. assaltos a transportes de prisioneiros, trens e
automóveis;
d. ataques e batidas em prisões;
e. emboscadas a guardas que estão movendo prisioneiros.

Execuções

Execução é matar um espião norte-americano, um agente da
ditadura, um torturador da policia, ou uma personalidade fascista no
governo que está envolvido em crimes e perseguições contra os
patriotas, ou de um “dedo duro”, informante, agente policial, um
provocador da policia.
Aqueles que vão à polícia por sua própria vontade fazer
denúncias e acusações, aqueles que suprem a polícia com pistas e
informações e apontam a gente, também devem ser executados
quando são pegos pela guerrilha.
A execução é uma ação secreta na qual um número pequeno
de pessoas da guerrilha se encontram envolvidos. Em muitos casos,
a execução pode ser realizada por um franco-atirador, paciente,
sozinho e desconhecido, e operando absolutamente secreto e a
sangue-frio.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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(vejam o que Marighella ensina: Matar a sangue frio a
qualquer um que se oponha a sua revolução comunista. O projeto
de poder da esquerda ão visa a felicidade da humanidade, mas no
estabelecimento do seu regime.)


Dilma Rousseff, uma terrorista.

Seqüestros
Seqüestrar é capturar e assegurar em um lugar secreto um
agente policial, um espião norte-americano, uma personalidade
política ou um notório e perigoso inimigo do movimento
revolucionário.

O seqüestro é usado para trocar ou libertar camaradas
revolucionários aprisionados, ou para forçar a suspensão da tortura
nas cadeias de uma ditadura militar.
O seqüestro de personalidades que são artistas conhecidos,
figuras do esporte ou que são grandiosos em algum campo, mas
que não tem evidência de um interesse político, podem ser uma

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
50

forma de propaganda para os princípios patrióticos e revolucionários
da guerrilha urbana sendo que ocorra baixo circunstâncias
especiais, e o seqüestro seja manipulado de uma maneira que o
público simpatize com ele e o aceite.

O seqüestro de residentes norte-americanos ou visitantes no
Brasil constituem uma forma de protesto contra a penetração e a
dominação do imperialismo dos Estados Unidos em nosso país.

(Os produtos americanos são consumidos por livre e
espotanea vontade, já nos sistemas de dominação imperialista, os
povos dominados são obrigados a consumir os produtos
exclusivamente da capital do império. O que esta por trás da
esquerda comunista é o sentimento de inveja com a prosperidade
capitalista dos orte americanos.)



Sabotagem
O sabotagem é um tipo de ataque altamente destrutivo
usando somente várias pessoas e às vezes requerendo somente
uma para terminar o resultado desejado. Quando a guerrilha urbana
usa a sabotagem, a primeira fase é a sabotagem isolada. Então vem
a fase de sabotagem dispersada ou generalizada, levando a
população.
Um plano de sabotagem bem executado demanda estudo,
planejamento e cuidadosa execução. Uma forma característica da
sabotagem é a explosão usando dinamite, incêndio e a implantação
de minas.

Tramaste a destruição de muitos povos,
trazendo vergonha para a tua própria casa e,

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
51

portanto, pecaste contra ti mesmo. (Habacuque
2.10)

Um pouco de areia, uma gota de qualquer ti po de
combustível, ou pouca lubrificação, um parafuso removido, um curto-
circuito, peças de madeira ou ferro, podem causar danos
irreparáveis.
O objetivo da sabotagem é para doer, danificar, deixar sem
uso e para destruir pontos vitais do inimigo assim como os
seguintes:



Terroristas libertados em troca do embaixador americano.

a. a economia de um país;
b. a produção agrícola e industrial;
c. sistemas de comunicação e transporte;
d. sistemas policiais e militares e seus estabelecimentos e
depósitos;
e. o sistema repressor do sistema militar-policial;
f. empresas e propriedades norte-americanas no país.

A guerrilha urbana deve pôr em perigo a economia do país,
particularmente seus aspectos financeiros e econômicos, assim
como as redes comerciais domésticas e estrangeiras, suas
mudanças nos sistemas bancários, seu sistema de coleta de
impostos, e outros.
Escritórios públicos, centros de serviços do governo,
armazéns do governo, são alvos fáceis para sabotagem.
Não vai ser fácil prevenir a sabotagem da produção agrícola e
industrial pela guerrilha urbana, com sua sabedoria completa da
situação.
Trabalhadores industriais atuando como guerrilheiros urbanos
são excelentes para a sabotagem industrial já que sabem, melhor
que ninguém, entendem a indústria, a fábrica, a maquinária, e talvez

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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possam destruir toda a operação, fazendo mais dano que uma
pessoa mal informada.

1969
4 DE SETEMBRO
O OUSADO SEQUESTRO DO EMBAIXADOR DOS EUA

ALN e MR-8 fazem diplomata refém e conseguem libertar 15
presos políticos

Na mais espetacular ação da guerrilha urbana, um grupo
formado por militantes da Ação Libertadora Nacional (ALN) e do
Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR -8) captura o
embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Elbrick, numa rua
de Botafogo, no Rio. Em troca do diplomata, as duas organizações
passam a exigir a libertação de 15 presos políticos e a divulgação
em rádio e TV de um manifesto revolucionário. O prazo fixado para
resposta é de 48 horas.
O sequestro surpreendeu a Junta Militar, que havia assumido
o poder poucos dias antes. Alguns oficiais das Forças Armadas
foram contra a libertação dos presos, mas a pressão do governo dos
EUA, fiador do golpe de 64 e da ditadura brasileira, falou mais alto.
Washington exigiu que tudo fosse feito para resgatar com vida seu
embaixador. Durante três dias, o Rio foi tomado por um imenso
aparato policial e militar, que vasculhou toda a cidade em busca dos
sequestradores e do diplomata norte-americano.
A casa onde eles estavam, na rua Barão de Petrópolis,
chegou a ser vigiada por agentes da Marinha, mas não foi invadida –
seja porque os agentes da repressão não tinham certeza de que
Elbrick se encontrava no local, seja porque as ordens eram claras
para que a vida do embaixador não fosse colocada em risco.
Encurralada, a Junta cedeu às exigências, e os 15 presos
foram enviados para o México, que aceitou recebê-los. Entre os
libertados estavam os líderes estudantis Vladimir Palmeira, José
Dirceu e Luiz Travassos, o dirigente histórico do PCB Gregório
Bezerra, o jornalista Flavio Tavares e o líder da greve de Osasco,
José Ibrahim. Os demais eram membros de organiza ções
revolucionárias, como a ALN, o MR-8 e a VPR. Para formalizar a
libertação de presos, que nem sequer respondiam a processo, foi
assinado às pressas o Ato Institucional n° 13, implantando o
banimento do país.
O embarque dos “banidos” num Hércules da FAB e a viagem
ao México foram cercados de tensão, devido ao temor de que o
avião fosse atacado no solo ou em voo por militares descontentes
com a libertação dos presos políticos. Depois da chegada do grupo
na Cidade do México, o embaixador Elbrick foi libertado pelo
comando da ALN e do MR-8. Era um domingo, 7 de Setembro, Dia
da Independência do Brasil e da maior humilhação até então
imposta à ditadura.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
53

Dois dias depois, foi baixado o AI-14, instituindo a pena de
morte e a prisão perpétua em casos de “guerra revolucionária e
subversiva”. Nos anos seguintes, em ações cada vez mais
desgastantes e arriscadas, seriam sequestrados e trocados por
presos políticos os embaixadores da Alemanha e da Suíça e o
cônsul do Japão em São Paulo. (3)

A respeito dos sistemas de comunicações e de transportes do
inimigo, começando com o tráfego ferroviário, é necessário atacá-lo
sistematicamente com as armas de sabotagem.
A única precaução é a de não causar a morte ou ferimento
fatal aos passageiros, especialmente aos que viajam com
regularidade nestes trens suburbanos ou de longa distância.
Ataques a trens de carga, em movimento ou estacionados,
parar os sistemas de comunicação e de transporte militar, são os
maiores objetivo da sabotagem nesta área.




Embaixador Elbrick

Em setembro de 1969, no período do regime militar no Brasil,
Elbrick foi sequestrado por membros das organizações de extrema-

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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esquerda Dissidência Comunista da Guanabara - com o nome de
MR-8, em homenagem a um grupo guerrilheiro niteroiense
homônimo, cuja erradicação pela repressão militar fora anunciada
como um grande triunfo na imprensa, poucos meses antes - e Ação
Libertadora Nacional, que participavam da luta armada no país.
Franklin Martins, militante estudantil da Dissidência, foi o
idealizador, juntamente com Cid Benjamin, do sequestro.
Inicialmente, Franklin pensava numa ação armada para tirar da
cadeia o líder estudantil Vladimir Palmeira, principal articulador
político das manifestações contra a ditadura em 1968 na Guanabara.
Por acaso, Franklin descobriu que o trajeto que Elbrick fazia de sua
casa para a embaixada diariamente era rigorosamente o mesmo, e
percebeu que seria bem mais fácil tomá-lo como refém para exigir a
libertação de Vladimir. Com a ideia de Franklin e Cid, a organização
clandestina solicitou ajuda logística e militar à Ação Libertadora
Nacional, em São Paulo, que enviou um de seus líderes, Toledo
(Joaquim Câmara Ferreira), e um guerrilheiro operário de origem
humilde, Jonas (Virgílio Gomes da Silva), integrante dos Grupos
Táticos Armados (GTA) da ALN, escolhido para comandar a ação de
sequestro.

O sequestro de Elbrick, comandado por Jonas, se deu no dia 4 de
setembro, durou vinte minutos e feriu o diplomata com uma
coronhada na testa, ao tentar fugir dos guerrilheiros armados. A
ação aconteceu às 14h30, na rua Marques, bairro do Humaitá, Rio
de Janeiro (então Estado da Guanabara), quando um Volkswagen
pilotado por Cid emparelhou o Cadillac do embaixador e quatro
guerrilheiros saíram armados rendendo o embaixador e seu
motorista, e seguiram no Cadillac. Numa rua adjacente, deixaram o
motorista no carro com a carta com exigências redigida por Franklin
e entraram numa Kombi. Nesse momento, Elbrick tentou reagir,
achando que seria morto, mas foi detido com uma coronhada na
testa. Os sequestradores conduziram então a Kombi através do
Túnel Rebouças até o casa nº 1026 da rua Barão de Petrópolis, no
Rio Comprido, local do cativeiro e onde o embaixador ficaria detido
por quase três dias.

Vagões podem ser danificados e retirados, assim como os
trilhos. Um túnel bloqueado depois de uma explosão, uma obstrução
de um vagão descarrilado, causam tremendo dano.
O descarrilamento de um trem de carga contendo combustível
é um dos maiores danos que se podem fazer ao inimigo. Assim
como dinamitar pontes de vias. Num sistema onde o peso e o
tamanho do equipamento rodante é enorme, leva-se meses para
reparar ou reconstruir a destruição ou o dano.
As rodovias, podem ser obstruídas por árvores, veículos
estacionados, valas, deslocação de barreiras por dinamite e pontes
destruídas por explosões.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Os barcos podem ser danificados enquanto ancorados em
portos marítimos, ou de rios, ou em estaleiros. Os aviões podem ser
destruídos ou sabotados na pista.
As linhas telefônicas e telegráficas podem ser
sistematicamente danificadas, suas torres serem destruídas, e suas
linhas ficarem sem uso algum.

Os seus passos são marcados por destruição e
miséria; (Romanos 3.16)

As comunicações e o transporte devem ser sabotados
imediatamente, porque a guerra revolucionária já começou no Brasil
e é essencial impedir o movimento de tropas e munições do inimigo.
Oleodutos, instalações de combustível, depósitos de bombas
e munições, armazéns de pólvora e arsenais, campos militares e
bases, devem tornar-se alvos de operações de sabotagem por
excelência, enquanto que os veículos, caminhões do exército, e
outros automóveis militares e policiais podem ser destruídos ao
encontrá-los.
Os centros de repressão militares e policiais e seus
específicos e especializados órgãos, devem também chamar a
atenção do sabotador da guerrilha urbana.
As empresas e propriedades norte-americanas no país, por
sua parte, devem ser alvos tão freqüentes de sabotagem que o
volume das ações dirigidas sobrepasse o total de todas outras ações
contra os pontos vitais do inimigo.

Terrorismo
O terrorismo é uma ação, usualmente envolvendo a
colocação de uma bomba ou uma bomba de fogo de grande poder
destrutivo, o qual é capaz de influir perdas irreparáveis ao inimigo.
O terrorismo requer que a guerrilha urbana tenha um
conhecimento teórico e prático de como fazer explosivos.

Pois Javé é o caminho dos justos; o caminho
dos ímpios, porém, conduz à destruição.
(salmos 1.6)

O ato do terrorismo, fora a facilidade aparente na qual se
pode realizar, não é diferente dos outros atos da guerrilha urbana e
ações na qual o triunfo depende do plano e da determinação da
organização revolucionária. É uma ação que a guerrilha urbana deve
executar com muita calma, decisão e sangue frio.
Ainda que o terrorismo geralmente envolva uma explosão, há
casos no qual pode ser realizado execução ou incêndio sistemático
de instalações, propriedades e depósitos norte -americanos,
fazendas, etc. É essencial assinalar a importância dos incêndios e
da construção de bombas incendiárias como bombas de gasolina na
técnica de terrorismo revolucionário. Outra coisa importante é o
material que a guerrilha urbana pode persuadir o povo a expropriar

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
56

em momentos de fome e escassez, resultados dos grandes
interesses comerciais.

(Marighella ensinava a invadir terra e mesmo invadir redes de
supermercados, aproveitado-se de uma eventual crise econômica. O
objetivo deste manual ão e uma revolução com um método de criar
uma sociedade mais justa, mas apenas e tão somente ensinar a faer
o mal ao próximo.
O terrorismo é uma arma que o revolucionário não pode
abandonar.


Reinaldo Azevedo descreve uma lista das vítimas da ideologia
de Marighella. Seus pensamentos e este manual só serviu para
produzir os eventos alencados a seguir:
Abaixo, a lista de pessoas assassinadas pela ALN, sozinha ou
em associação com outros grupos.
AS FAMÍLIAS DESSAS PESSOAS NÃO FORAM NEM
SERÃO INDENIZADAS. A COMISSÃO DE ANISTIA EXISTE PARA
CONCEDER BENEFÍCIOS SÓ A ESQUERDISTAS
CONSIDERADOS VÍTIMAS DO REGIME MILITAR. Os mortos de
esquerda são heróis. Os que não são perdem até o direito de ter um
nome. Aliás, o fato desaparece.
Como se nota, o jornalismo brasileiro, com as exceções de
praxe, tenta enterrar a memória. Vai aqui mais uma contribuição à
Comissão da Verdade.
PESSOAS ASSASSINADAS PELA ALN, DO "HERÓI"
CARLOS MARIGHELLA
- 10/01/68 - Agostinho Ferreira Lima - Marinha Mercante - Rio
Negro-AM
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante "Antônio
Alberto" foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por
Ricardo Alberto Aguado Gomes, "Dr. Ramon", que, posteriormente,
ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque,
Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia
10/01/68.
- 08/05/69 - José de Carvalho - Investigador de Polícia - SP
Atingido com um tiro na boca durante um assalto a uma
agência do União de Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de
maio, morreu no dia seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram,
também, Antonio Maria Comenda Belchior e Ferdinando Eiamini.
Participaram os seguintes terroristas da ALN: Virgílio Gomes da
Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da Costa Falcão, Manoel
Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales Vani. Amano foi
baleado na coxa e operado em um "aparelho médico" por Boanerges
de Souza Massa, médico da ALN.
- 22/06/69 - Guido Bone - soldado PM - SP
Morto por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a
rádio-patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
57

Polícia Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido
Bone e Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas.
- 22/06/69 - Natalino Amaro Teixeira - Soldado PM - SP
Morto por militantes da ALN na ação acima relatada.
- 03/09/69 - José Getúlio Borba - Comerciário - SP
Os terroristas da ALN Antenor Meyer, José Wilson Lessa
Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria Augusta Tomaz
resolveram comprar um gravador na loja Lutz Ferrando, na esquina
da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria feito
com um cheque roubado num assalto. Descobertos, receberam voz
de prisão e reagiram. Na troca de tiros, o guarda civil João
Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa, e o funcionário da
loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela
polícia, o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a tiros o soldado
da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito.
- 03/09/69 - João Guilherme de Britto - solado da Força
Pública - SP
(ver relato acima)
- 11/03/70 - Newton de Oliveira Nascimento - Soldado PM -
Rio de Janeiro
No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN
Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge
Raimundo Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado,
dirigido pelo último, quando foram interceptados no bairro de
Laranjeiras por uma patrulha da PM. Suspeitando do motorista, pela
pouca idade que aparentava, e verificando que Jorge Raimundo não
portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse no
veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto
Mauro de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria
dirigindo o Corcel até a delegacia mais próxima. Aproveitando-se do
descuido dos policiais, que não revistaram os detidos, Mário, ao
manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou
de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da
PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado.
O soldado Newton deixou a viúva, Luci, e duas filhas menores, de
quatro e dois anos.
- 29/08/70 - José Armando Rodrigues - Comerciante - CE
Era proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Depois de
sua loja ser assaltada, foi seqüestrado, barbaramente torturado e
morto a tiros por terroristas da ALN. Seu carro foi lançado num
precipício na serra de Ibiapaba, em São Benedito, CE. Autores: Ex-
seminaristas Antônio Espiridião Neto e Waldemar Rodrigues
Menezes (que fez os disparos), José Sales de Oliveira, Carlos de
Montenegro Medeiros, Gilberto Telmo Sidney Marques, Timochenko
Soares de Sales e Francisco William.
- 14/09/70 - Bertolino Ferreira da Silva - segurança - SP
Morto durante assalto praticado pelas organizações terroristas
ALN e MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do
Paraíso, em são Paulo.
-15/04/71 - Henning Albert Boilesen - Industrial - SP

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Ligado à Operação Bandeirantes, que combatia com métodos
também ilegais as organizações de esquerda, foi assassinado, entre
outros, por Carlos Eugênio da Paz (há depoimento deste senhor no
blog). Participaram ainda dação os terroristas Yuri Xavier Pereira,
Joaquim Alencar Seixas, José Milton Barbosa, Dimas Antonio
Casimiro e Antonio Sérgio de Matos. No relatório escrito por Yuri,
apreendido pela polícia, lê-se: "Durante a fuga, trocávamos olhares
de contentamento e satisfação. Mais uma vitória da Revolução
Brasileira". Sobre o corpo de Boilesen, atingido por 19 tiros,
panfletos da ALN e do MRT, dirigidos "Ao Povo Brasileiro", traziam a
ameaça: "Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são.
Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que
importa é que eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA.
Olho por olho, dente por dente".
- 20/01/72 - Sylas Bispo Feche - Cabo PM São Paulo - SP
O cabo Sylas Bispo Feche integrava uma Equipe de Busca e
Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma
ronda quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um
sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a
rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao
carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para
pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche
foi metralhado. Dois terroristas, membros da ALN, morreram.
- 01/02/72 - Iris do Amaral - Civil - RJ
Morto durante um tiroteio entre terroristas da ALN e policiais.
Ficaram feridos nesta ação os civis Marinho Floriano Sanches,
Romeu Silva e Altamiro Sinzo. Autores: Flávio Augusto Neves Leão
Salles ("Rogério", "Bibico") e Antônio Carlos Cabral Nogueira
("Chico", "Alfredo".)
- David A. Cuthberg - Marinheiro inglês - RJ
A respeito desse assassinato, sob o título "REPULSA", o
jornal "O Globo" publicou:
"Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg
que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro
para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui
chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para
comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de
metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve
tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza
não poderia compreender. Um terrorista, de dentro de outro carro,
apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas
costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a
infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em
que se mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o
terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras
para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado
político contra jovem inocente, em troca da publicação da notícia
num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como
esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação
real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se
exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de
assassinos gratuitos".
A ação criminosa foi praticada pelos seguintes terroristas,
integrantes de uma frente formada por três organizações
comunistas:
- ALN - Flávio Augusto Neves Leão Salles ("Rogério",
"Bibico"), que fez os disparos com a metralhadora, Antônio Carlos
Nogueira Cabral ("Chico", "Alfredo"), Aurora Maria Nascimento
Furtado ("Márcia", "Rita"), Adair Gonçalves Reis("Elber", "Leônidas",
"Sorriso");
- VAR-PALMARES - Lígia Maria Salgado da Nóbrega ("Ana",
"Célia", "Cecília"), que jogou dentro do táxi os panfletos que falavam
em vingança contra os "Imperialistas Ingleses"; Hélio Silva
("Anastácio", "Nadinho"), Carlos Alberto Salles("Soldado");
- PCBR - Getúlio de Oliveira Cabral("Gogó", "Soares",
"Gustavo")
- 06/03/72 - Walter César Galleti - Comerciante - SP
Terroristas da ALN assaltaram a firma F. Monteiro S/A. Após
o assalto, fecharam a loja, fizeram um discurso subversivo e
assassinaram o gerente, Walter César Galetti, e feriram o
subgerente, Maurílio Ramalho, e o despachante Rosalindo
Fernandes.
- 09/09/72 - Mário Domingos Panzarielo - Detetive Polícia Civil
- RJ
Morto ao tentar prender um terrorista da ALN.
- 27/09/72 - Sílvio Nunes Alves - Bancário - RJ
Assassinado em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha,
pelas organizações terroristas PCBR, ALN, VPR, VAR-Palmares e
MR-8. Autor do assassinato: José Selton Ribeiro.
- 21/02/73 - Manoel Henrique de Oliveira - Comerciante - SP
No dia 14 de junho de 1972, as equipes do DOI de São Paulo,
como já faziam há vários dias, estavam seguindo quatro terroristas
da ALN que resolveram almoçar no restaurante Varela, no bairro da
Mooca. Quando eles saíram do restaurante, receberam voz de
prisão. Reagindo, desencadearam tiroteio com os policiais. Ao final,
três terroristas estavam mortos, e um conseguiu fugir.
Erroneamente, a ALN atribuiu a morte de seus três companheiros à
delação de um dos proprietários do restaurante e decidiu justiçá-lo.
O comando "Aurora Maria do Nascimento Furtado", constituído por
Arnaldo Cardoso Rocha, Francisco Emanuel Penteado, Francisco
Seiko Okama e Ronaldo Mouth Queiroz, foi encarregado da missão
e assassinou, no dia 21 de fevereiro, o comerciante Manoel
Henrique de Oliveira, que foi metralhado sem que pudesse esboçar
um gesto de defesa. Seu corpo foi coberto por panfletos da ALN. (6)


Propaganda Armada
A coordenação das ações da guerrilha urbana, incluindo cada
ação armada, é a principal forma de fazer propaganda armada.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Estas ações, feitas com determinados e específicos objetivos,
inevitavelmente se fazem material de propaganda para o sistema de
comunicação das massas.



Assaltos a bancos, emboscadas, deserções, resgate de
prisioneiros, execuções, seqüestros, sabotagem, terrorismo e a
guerra de nervos são todos casos em ponto.
Aviões com rotas de vôo trocados pela ação revolucionária,
barcos e trens em movimento assaltados e capturados por
guerrilheiros, podem ser usados somente para efeitos de
propaganda.
Mas a guerrilha urbana nunca deve fracassar em instalar uma
imprensa clandestina e deve poder fazer cópias mimeografadas
usando álcool ou pranchas elétricas ou outros aparelhos
duplicadores, expropriando o que não pode comprar em ordem de
produzir um jornal pequeno, panfletos, volantes e estampas para a
propaganda e agitação contra a ditadura.
A guerrilha urbana comprometida com a imprensa
clandestinas facilita enormemente a incorporação de um grande
número de gente na batalha revolucionária, abrindo um trabalho
permanente para aqueles que desejam trabalhar com a propaganda
revolucionária, mesmo que quando fazê-lo signifique trabalhar
sozinho e arriscar sua vida como revolucionário.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Com a existência de propaganda clandestina e material
agitador, o espírito inventor da guerrilha urbana expande e cria
catapultas, artefatos, morteiros e outros instrumentos com os quais
distribuir os panfletos anti-governo a distância.

O Estado é uma criação divina para estabelecer a ordem
social. Satanás, tentou destruir esta ordem nas regiões celestiais.
Agora trabalha na Terra agindo contra a humanidade. Marighella foi
um instrumento do mal para destruir o Estado brasileiro.

Gravações em fita, a ocupação de estações de rádio, o uso
de alto falantes, desenhos em paredes e em outros lugares
inacessíveis são outras formas de propaganda. Em usá-las, a
guerrilha urbana deve dar-lhes um caráter de operações armadas.
Uma propaganda consistente de cartas enviadas a endereços
específicos, explicando o significado das ações armadas da
guerrilha urbana, isto produz consideráveis resultados e é um
método de influenciar certos segmentos da população.



Se esta influência é exercitada no coração das pessoas por
todo possível mecanismo de propaganda girando em torno da
atividade da guerrilha urbana, isto não indica que nossas forças tem
o suporte de todos.
É suficiente ganhar o suporte de parte da população e isto
pode ser feito popularizando uma frase: "Deixe que aquele que não
quer fazer nada pelos revolucionários, faça nada contra."


Guerra de Nervos
A guerra de nervos ou guerra psicológica é uma técnica
agressiva, baseada no direto ou indireto uso dos meios de
comunicação de massas e notícias transmitidas oralmente com o
propósito de desmoralizar o governo.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Não foi guerra psicológica somente, mas mortandade o que
Mrighella produziu.

Na guerra psicológica, o governo esta sempre em
desvantagem, porque impõe censura nas massas e termina numa
posição defensiva por não deixar nada contrário infiltrar-se.
Neste ponto desespera-se, envolve-se em grandes
contradições e perda de prestígio, perde tempo e energias num
cansado esforço ao controle, qual é sujeito a romper-se em qualquer
momento.



O objeto da guerra de nervos é para enganar, propagar
mentiras entre as autoridades na qual todos podem participar, assim
criando um ar de nervosismo, descrédito, insegurança e
preocupação por parte do governo.
Os melhores métodos usados pela guerrilha urbana na guerra
de nervos são os seguintes:
a. usando o telefone e o correio para anunciar falsas pistas
à polícia e ao governo, incluindo informação de bombas e
qualquer outro ato de terrorismo em escritórios públicos e outros
lugares, planos de seqüestro e assassinato, etc, para obrigar as
autoridades a cansar-se, dando seguimento à falsa informação
que foi alimentada;
b. permitindo que planos falsos caiam nas mãos da polícia
para desviar sua atenção;

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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c. plantar rumores para deixar o governo nervoso;

Sim, Marighella e sua ideologia terrorista deixou o governo
nervoso, que assistia os terroristas matando covardemente
cidadãos brasileiros. Homens como Marighella são heróis para
os de Esquerda e para o PT.


d. explorando cada meio possível de corrupção, de erros e
de falhas do governo e seus representantes, forçando-os a
explicações desmoralizantes e justificações nos meios de
comunicação de massas que mantém baixo censura;
e. apresentando denúncias a embaixadas estrangeiras, às
Nações Unidas, a anunciatura do papa, e as comissões
internacionais judiciais defensoras dos direitos humanos ou da
liberdade de imprensa, expondo cada violação concreta e o uso
de violência pela ditadura militar e fazendo conhecer que a
guerra revolucionária irá continuar seu curso com perigos sérios
para os inimigos da população.

Vitima do terrorismo ideológico de Marighella.

Como Executar a Ação
A guerrilha urbana que corretamente passa através de seu
aprendizado e seu treinamento deve dar grande importância a sua
tática de executar sua ação, por isso não se deve cometer o mais
pequeno erro.
Qualquer descuido na assimilação do método e seu uso,
convida certo desastre, assim como a experiência nos ensina cada
dia.
Os bandidos cometem erros freqüentemente por seus
métodos, e esta é uma das razões pela qual a guerrilha urbana deve
estar tão intensamente preocupada por seguir a técnica
revolucionária e não a técnica dos bandidos.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Marighella estava se comparando com bandido e queria ser
melhor em combater o Estado do que os bandidos. Veja de que lado
esta gente de Esquerda está??? Marighella e seu espírito maligno
ainda vive entre nós através dos esquerdopatas.



Não há guerrilha urbana merecedora do nome que ignore a
tática revolucionária de ação e fracasse em praticar rigorosamente o
planejamento e a execução de suas atividades.
O gigante é conhecido por seus dedos. O mesmo pode ser
dito da guerrilha urbana que é conhecida tão longe como seus
métodos corretos e sua fidelidade absoluta aos princípios.
O método revolucionário de execução de uma ação é
fortemente baseado no conhecimento e no uso dos seguintes
elementos:
a. investigação de informação;
b. observação e vigilância;
c. reconhecimento ou exploração do terreno;
d. estudo e tempo das rotas;

e. mapas;
f. mecanização;
g. cuidadosa seleção de pessoal;
h. seleção do poder de fogo;
i. estudo e prática em êxito;
j. êxito;

l. disfarce;
m. retirada;
n. dispersão;
o. libertação e troca de prisioneiros;

p. eliminação de pistas;

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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p. resgate de feridos.

Lembro-me de um livro que li: Manual de investigação da
Policia Civil de São Paulo. Lendo este livro de Marighella eu
cotemplo o espírito contrário ao Estado retratado por este
infame..




Algumas Observações nas Táticas
Quando não há informação, o ponto de saída do plano de
ação deve ser investigação, observação e vigilância. Este método
também da bons resultados.
Em qualquer evento, incluindo quando há informação, é
essencial fazer observações para ver se a informação esta a par
com a observação ou vice-versa.
Reconhecimento ou exploração do terreno, estudo e o tempo
das rotas, são tão importantes que quando omitidos seria como
tentar apunhalar no escuro.
Mecanização, em geral, é um fator subestimado no método de
conduzir uma ação. Freqüentemente a mecanização é deixada para
o fim, antes de que se faça algo sobre isso.
Isto é um erro. A mecanização deve de ser considerada
seriamente, deve ser colhida com ampla vista e de acordo com um
plano cuidadoso, também baseado na informação e observação, e
deve ser executado com cuidado rigoroso e precisão. O cuidado,
conservação, manutenção e camuflagem dos veículos expropriados
são detalhes bem importantes da mecanização.
Quando o transporte falha, a ação principal falha com sérias
conseqüências morais e materiais para a atividade da guerrilha
urbana.
A seleção de pessoal requer grande cuidado para evitar a
inclusão de pessoas indecisas e vacilantes que presentes com
perigo possam contaminar os outros participantes, uma dificuldade
que deve ser evitada.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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As maiores vítimas do comunismo são seus próprios
adeptos. A história do comunismo revela como Stalin atou
muitos dos seus companheiros. Marighella revela como ele se
ressentia que entrasse na guerrilha pessoas indecisas.

A retirada é igual ou mais importante que a operação em si,
ao ponto de ter que ser planejada rigorosamente, incluindo a
possibilidade de falha.

A Esquerda sempre usou da mentira para convencer os
plubeus dos seus ideais de justiça social.



Deve-se evitar o resgate ou a transferência de prisioneiros
com crianças presentes, ou qualquer coisa que atraia a atenção das
pessoas em trânsito casual na área. O melhor é fazer o resgate tão
natural quanto seja possível, sempre passando ao redor, ou usando
estradas diferentes ou ruas estreitas que quase não permitam a
passagem a pé, para evitar o encontro dos carros. A eliminação das
pistas é obrigatório e demanda grande precaução ao esconder as
impressões digitais e outras classes de indícios que informem o
inimigo. A falta de cuidado na eliminação dos vestígios e das pistas
é um fator que aumenta o nervosismo em nossas patentes que o
inimigo as vezes explora.
Resgate de Feridos

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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O problema com os feridos na guerrilha urbana merece
atenção especial. Durante operações da guerrilha na zona urbana
pode ocorrer que algum camarada seja ferido acidentalmente ou
atingido pela policia. Quando um da guerrilha esta num grupo de
atiradores tem o conhecimento de primeiros socorros e pode fazer
algo pelo camarada ferido. Em nenhuma circunstância pode ser
abandonado o guerrilheiro e ser deixado em mãos do inimigo.
Uma das precauções que devemos tomar é de treinar a
homens e mulheres em cursos de enfermaria, nos quais
guerrilheiros podem matricular-se e aprender técnicas de primeiros-
socorros. O doutor da guerrilha urbana, estudante de medicina,
enfermeiro, farmacêutico ou simplesmente uma pessoa treinada em
primeiros-socorros, é de necessidade numa batalha revolucionária
moderna.


Um pequeno manual de primeiros-socorros para a guerrilha
urbana, impresso ou em mimeógrafo, pode ser compreendido por
uma pessoa que tenha suficiente conhecimento.
No planejamento ou execução de uma ação armada, a
guerrilha urbana não pode esquecer a organização logística médica.
Isto pode ser completado por meio de uma clínica móvel ou
motorizada. Você também pode estabelecer uma estação de
primeiros-socorros e utilizar os conhecimentos de um camarada da

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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guerrilha que esperará com equipamentos num lugar designado
onde os feridos são trazidos.
O ideal seria ter uma clínica bem equipada, mas é bem
custoso a menos que usemos materiais expropriados.
Quando tudo falha, as vezes é necessário recorrer a clínicas
legais, usando a força se necessário para que os doutores atendam
aos nossos feridos.

Todos os métodos ensinados pelo canalha do Marighella são
usados pelas gangues de traficantes, especialmente no Rio de
Janeiro. Este manual faz parte da Escola do Mal. Os ensinamentos
deste livro são mais devastadores e perniciosos do que a Biblia
Satânica de Antony Szandor Lavey.

Na eventualidade que recorrermos a bancos de sangue para
comprar sangue ou plasma completo, não d everemos usar
endereços legais e certamente endereços onde feridos poderiam ser
encontrados, porque eles estão baixo nossa proteção e cuidado.
Nem deveríamos dar endereços destes que estão envolvidos no
trabalho clandestino da organização que trabalham nos hospitais e
nas clínicas de onde os colhemos. Essas preocupações são
indispensáveis para cobrir qualquer pista.

O fim merecido de Carlos Marighella e Carlos Lamarca, estão
agora no inferno aguardando o Juizo de Deus para depois passarem
a eternidade no lago de fogo. Sim, este é o fim dos terroristas de
esquerda. Gloria a Deus!!!!

Os ímpios serão destruídos por sua própria
maldade, e os que odeiam os justos serão
condenados. Salmos 34.21

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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As casas onde os feridos ficam não pode ser conhecida por
ninguém com exclusiva exceção de um pequeno grupo de
camaradas que estão responsáveis pelo tratamento e transporte.
Cobertores, roupa ensangüentada, medicamentos e outros
tipos de indícios de tratamento de um camarada ferido em combate
com a polícia, deve ser completamente eliminado dos lugares que
eles visitam para receber tratamento.

Segurança da Guerrilha
A guerrilha urbana vive em constante perigo da possibilidade
de ser descoberta ou denunciada. O primeiro problema de
segurança é ter certeza de que estamos bem escondidos e bem
seguros, e de que há métodos seguros de manter-se fora do alcance
da polícia.



O pior inimigo da guerrilha e o maior perigo que corremos é a
infiltração em nossa organização de um espião ou um informante.
O espião apreendido dentro de nossa organização será
castigado com a morte. O mesmo vai para o que deserta e informa a
polícia.
Uma boa segurança é a certeza de que o inimigo não tem
espiões ou agentes infiltrados em nosso meio e não pode receber
informação de nossos por meios distantes ou indiretos. A maneira
fundamental para assegurarmos isto é de ser rigorosos e cautelosos
no recrutamento.

Os suspeitos de serem informantes da Polícia eram torturados
e mortos. A história inclui vários casos.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Nem é permitido alguém conhecer todos e tudo. Cada pessoa
somente deve saber o que se relaciona com seu trabalho. Esta rega
é o ponto fundamental no ABC da segurança da guerrilha urbana.
A batalha a qual estamos enfrentando o inimigo é árdua e
dificultosa porque é uma luta das massas. Cada classe luta numa
batalha de vida ou morte quando as classes são antagônicas.
O inimigo quer nos aniquilar e luta para encontrar-nos e
destruir-nos, assim que nossa grande arma consiste em esconder-
nos dele e atacá-lo de surpresa.
O perigo para guerrilha urbana que ele possa revelar-se por
meio da imprudência ou por meio da falta de classe vigilante. Não se
admite que a guerrilha urbana dê seu próprio ou outro endereço
clandestino ao inimigo ou que fale muito. Anotações nas margens
dos jornais, documentos perdidos, cartões de chamadas, cartas ou
notas, todas estas são pistas para a polícia.



Endereços e livros de telefones devem ser destruídos e não
se deve escrever ou guardar papéis; é necessário evitar manter
arquivos de nomes legais ou ilegais, informação biográfica, mapas e
planos. Os pontos de contato não se deve escrever, mas
simplesmente memorizá-los.

O manual de guerrilheiro de Marighella foi traduzido para
vários idiomas, e seus princípios são seguidos por gangues, máfias
e quadrilhas. Lembro-me do ex-presidente e presidiário Luiz Inácio
Lula que foi denunciado a operação Lava-jato e um dos delatores,

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Leo Pinheiro, este informou que Lula certa vez o recomendou que se
desfizesse de qualquer prova que pudesse ser usada no futuro. Mas
não adiantou. Luta foi processado e condenado. Este é o fim dos
mafiosos, quando ão, a morte, como Marighella. Mas se escapar de
um ou outro fim. Ainda terão que enfrentar o Juizo Final diante do
trono de Deus.

O guerrilheiro que viola estas regras deve ser advertido pelo
primeiro que se der conta, e se continuar, deve-se deixar de
trabalhar com ele.
A necessidade da guerrilha de mover-se constantemente e a
relativa proximidade da polícia, dadas as circunstâncias de uma rede
policial estratégica que esta ao redor da cidade, forças que adotam
métodos variáveis de segurança dependendo dos movimentos do
inimigo.
Por esta razão é necessário manter um serviço de notícias
diário perto do que o inimigo parece fazer, onde está a rede da
polícia operando e em que lugares eles vigiam. A leitura diária das
notícias policiais nos jornais é uma grande função de informação
nesses casos.


Marighella, aos 24 anos.


A lição mais importante de segurança, sob nenhuma
circunstância, permitir o mais remoto indício de relaxamento com a

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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manutenção das medidas de segurança e regulamentos dentro da
organização.
A segurança da guerrilha deve ser mantida também e
principalmente em casos de prisão. O guerrilheiro preso não pode
revelar nada à polícia que possa prejudicar à organização. Não pode
dizer nada que de pistas, como conseqüência, as prisões de outros
camaradas, a descoberta de endereços e lugares de esconderijo, a
perda de armas e munições.

Os Sete Pecados da Guerrilha Urbana
Assim como a guerrilha urbana aplica suas técnicas
revolucionárias com rigorosidade e precisão, obedece às regras de
segurança, ela ainda está vulnerável aos erros. Não há uma
guerrilha urbana perfeita. O que se pode fazer é manter seu esforço
em diminuir sua margem de erro porque não é perfeita.


O artista Wagner Moura, e a classe artística brasileira
idolatrando a figura de Marighella. Os brasileiros precisam identificar
e evitar a doutrinação ideológica da Esquerda pregada por este
bando de imorais e drogados.


Um dos métodos que podemos utilizar para diminuir a
margem de erro é conhecer os sete pecados da guerrilha urbana e
tratar de evitá-los. O primeiro pecado da guerrilha urbana é a pouca
experiência. A guerrilha urbana, cega por seu pecado, pensa que o
inimigo é estúpido, não considera sua inteligência, crendo que tudo é
fácil e, como resultado, deixa pistas que podem causar seu desastre.
Por sua pouca experiência, a guerrilha urbana pode
sobrestimar as forças do inimigo, crendo que eles são mais fortes
que ela. Deixando-se enganar por sua presunção, a guerrilha urbana
então se intimida, fica insegura e indecisa, paralisada e falta de
audácia.
O segundo pecado da guerrilha urbana é vangloriar-se de
suas ações completadas e espalhá-lo aos quatro ventos.

A lei do silêncio é famosa entre os mafiosos e quadrilheiros.
Este manual pode ser usado por qualquer ajuntamento de

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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criminosos, porque os princípios dos grupos de guerrilheiros
comunistas e bandidos de favela são os mesmos.

O terceiro pecado da guerrilha urbana é vaidade. A guerrilha
urbana que padece deste pecado trata de resolver seus problemas
da revolução com ações nas cidades, mas sem preocupar-se com
os princípios e sobrevivência da guerrilha em zonas rurais. Cegada
por seu triunfo, ela começa a organizar ações que considera
decisivas e que colocam em jogo todas as forças e recursos da
organização. Já que não podemos interromper a luta guerrilheira nas
cidades enquanto que a guerra rural não tenha estourado, nós
sempre corremos o erro fatal de permitir que o inimigo nos ataques
com golpes decisivos.


Marighella tentando aliciar trabalhadores.


O quarto pecado da guerrilha urbana é de exagerar sua força
e tentar fazer projetos que lhe faltam forças e, ainda, não tem a infra-
estrutura requerida.
O quinto pecado do guerrilheiro urbano é a ação precipitada.
O guerrilheiro urbano que comete este pecado perde a paciência,
sofre um ataque de nervos, não espera por nada, e se joga
impetuosamente na ação, sofrendo perdas inapreciáveis.
O sexto pecado do guerrilheiro urbano é atacar o inimigo
quando eles estão mais enfurecidos.
O sétimo pecado do guerrilheiro urbano é o de não planejar
as coisas e atuar improvisadamente.

Apoio Popular
Um dos problemas principais do guerrilheiro é sua
identificação com as causas populares para ganhar o apoio popular.
Quando as ações governamentais se tornam corruptas e
ineptas, o guerrilheiro urbano, não deve hesitar em demostrar que
ele se opõe ao governo e ganhar a simpatia das massas. O presente
governo, por exemplo, impõe pesadas cargas financeiras à
população na forma de impostos. É responsabilidade do guerrilheiro

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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urbano então atacar o sistema de pagamento de impostos e de
obstruir sua atividade financeira, tirando todo o peso da atividade
revolucionária contra ela.
O guerrilheiro urbano luta não somente por transtornar o
sistema de coleta de impostos; o braço da violência revolucionária
também tem que estar dirigido contra os órgãos do governo que
levantam os preços e aqueles que os dirigem, como também contra
os mais ricos capitalistas nacionais e estrangeiros e os donos de
propriedades importantes; em resumo, todos aqueles que acumulam
fortunas com o alto custo de vida, salário de fome, preços e aluguéis
excessivos.



Monopólios estrangeiros, tais como a refrigeração e outras
instalações norte-americanas que monopolizam o mercado e a
manufatura de suprimentos de comida gerais, tem que ser
sistematicamente atacados pelo guerrilheiro urbano.
A rebelião do guerrilheiro urbano e sua persistência na
intervenção de questões políticas é a melhor forma de assegurar o
apoio popular na causa que defendemos. Repetimos e insistimos em
repetir: é a melhor forma de assegurar o apoio popular. Tão pronto
uma porção razoável da população começa a levar a sério a ação do
guerrilheiro urbano, seu êxito é garantido.
O governo não tem alternativa exceto intensificar sua
repressão. A rede da polícia, as buscas em casas, a prisão de
pessoas inocentes e de suspeitos, ou fechar as ruas, e fazer a
cidade insuportável. A ditadura militar embarca na perseguição
política. Os assassinatos políticos e o terror policial se fazem rotina.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
75

A pesar de tudo isto, a polícia sistematicamente perde. As
forças armadas, a marinha e a força aérea são mobilizadas para
executar as funções policiais rotineiras. Ainda assim não encontram
uma forma de deter as operações da guerrilha, nem tampouco de
acabar com a organização revolucionária com seus grupos
fragmentados que se movem e operam através do território nacional
contagiosa e persistentemente.
A pessoas se recusam a colaborar com as autoridades, e o
sentimento geral é o de que o governo é injusto, incapaz de resolver
problemas, e recorre somente a liquidação de seus oponentes.




Este nosso livro e também dedicado a memória do herói
naional: general Carlos Alberto Brilhante Ustra, o terror de Dilma
Rousseff e seu bando!!!!


A situação política no país é transformada numa situação
militar na qual os militares aparentam ser mais e mais responsáveis
pelos erros e a violência, enquanto que os problemas das vidas das
pessoas se fazem verdadeiramente catastróficas.
Quando vêem que os militares e a ditadura estão a ponto do
abismo, e temendo as conseqüências de uma guerra civil que já esta
a caminho, os pacificadores (que sempre se encontram dentro de as
classes governantes), e os oportunistas de ala direita, amigos da luta
sem violência, se unem e começam a circular rumores detrás “das
cortinas", pedindo ao carrasco eleições, "redemocratização",
reformas constitucionais, e outras bobagens desenhadas para
confundir as massas e fazê-las parar a rebelião revolucionária nas
cidades e nas áreas rurais do país.
Mas, observando os revolucionários, as pessoas agora
entendem que seria uma farsa elas votarem em eleições que tem

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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como único objetivo, garantir a continuação da ditadura militar e
cobrir os crimes do estado.
Atacando de coração esta falsa eleição e a chamada "solução
política" tão apeladora aos oportunistas, o guerrilheiro urbano tem
que se fazer mais agressivo e violento, girando em torno da
sabotagem, do terrorismo, das expropriações, dos assaltos, dos
seqüestros, das execuções, etc.
Isto contestaria qualquer tentativa de enganar às massas com
a abertura de um Congresso e a reorganização dos partidos
políticos--partidos do governo e os de oposição que permitira--
quando todo o tempo o parlamento e os chamados partidos políticos
funcionam graças a uma licença da ditadura militar num verdadeiro
espetáculo de marionetes e cachorros numa corda.
O papel do guerrilheiro urbano, para poder ganhar o apoio
das pessoas, é o de continuar lutando, mantendo em mente os
interesses das massas e a intensificação de uma situação
desastrosa no qual o governo tem que atuar. Estas são as
circunstâncias, desastrosas para a ditadura, que permitirão aos
revolucionários abrir a guerrilha rural no meio de uma expansão
incontrolável da rebelião urbana.
O guerrilheiro urbano está envolvido na ação revolucionária a
favor do povo e busca nela a participação das massas numa luta
contra a ditadura militar e para a libertação do país. Começando com
a cidade e com o apoio do povo, a guerrilha rural se desenrola
rapidamente, estabelecendo sua infra-estrutura cuidadosamente
enquanto que a área urbana continua sua rebelião.

Não houve Ditadura Militar, houve sim uma contra-revolução
dos militares para impedir que o Brasil caísse nas mãos dos
comunistas. Agradeço a Deus por livrar o Brasil do comunismo,
ainda que entre 2002 até 31 de agosto de 2016 estivemos debaixo
da tutela do regime petista. Mas conseguimos dar a volta por cima e
elegemos Bolsonaro presidente do Brasil.



Guerrilha Urbana, Escola para Selecionar o Guerrilheiro
A revolução é um fenômeno social que depende dos homens,
das armas e dos recursos. As armas e os recursos existem no país e

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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podem ser tomados e usados, mas para fazer isto é necessário
contar com homens. Sem eles, as armas e os recursos não tem nem
uso nem valor.
Por sua parte, os homens tem que ter duas qualidades
básicas e indispensáveis:
a. tem que ter uma motivação político-revolucionária;
b. tem que ter a necessária preparação técnica -
revolucionária.

Os homens com a preparação político -revolucionária se
encontram entre os vastos contingentes dos inimigos da ditadura
militar e do domínio do imperialismo dos EUA.




Os homens que estão melhor treinados, mais experientes, e
dedicados à guerrilha urbana, constituem a base para a guerra
revolucionária, e por tanto, da revolução brasileira. Desta base é que
surge o núcleo do exército revolucionário de libertação nacional,
levantando-se da guerra revolucionária.
Este é o núcleo central, não de burocratas e oportunistas
escondidos na estrutura organizacional, não de conferenciantes
vazios, de escritores de resoluções que permanecem no papel,
senão de homens que lutam. Os homens que desde o principio tem
a determinação e tem estado prontos para qualquer coisa, que
pessoalmente participam nas ações revolucionárias, que não tem
dúvidas e nem enganam.
Este é o núcleo doutrinado e disciplinado com uma estratégia
de longo alcance e uma visão tática consistente com a aplicação da
teoria Marxista, dos desenvolvimentos do Leninismo e Castro-
Guevaristas, aplicados às condições específicas da situação

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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revolucionária. Este é o núcleo que dirigirá a rebelião à fase de
guerra de guerrilha.
Dela surgiram os homens e mulheres com o desenvolvimento
político-militar, um indivisível, cujo trabalho será o dos líderes futuros
depois do triunfo da revolução, na construção de uma nova
sociedade Brasileira.
Desde agora, os homens e mulheres escolhidos para a guerra
de guerrilha urbana são trabalhadores; camponeses a quem a
cidade atraiu por seu potencial de trabalho e quem regressarão à
área rural completamente doutrinados e tecnicamente preparados;
estudantes, intelectuais e sacerdotes. Este é o material com o qual
estamos construindo-- começando a guerra de guerrilhas--a aliança
armada de trabalhadores e camponeses, com estudantes,
intelectuais e sacerdotes.



Os trabalhadores tem conhecimento infinito da esfera
industrial e são os melhores nos trabalhos revolucionários urbanos.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
79

O trabalhador guerrilheiro urbano participa na luta mediante a
construção de armas, sabotando e preparando sabotadores e
dinamiteiros, e pessoalmente participando em ações envolvendo
armas de mão, ou organizando greves e paradas parciais com a
violência em massa característica em fábricas, centros de trabalho e
outros lugares de trabalho.
Os camponeses t êm uma intuição extraordinária de
conhecimento da terra, juízo no confronto do inimigo, e a
indispensável habilidade de comunicar com as massas humildes. O
guerrilheiro camponês esta participando já em nossa luta e é quem
chega ao núcleo da guerrilha, estabelece pontos de apoio nas áreas
rurais, encontra lugares para esconder indivíduos, armas, munições,
suprimentos, organiza a colheita de grãos utilizados na guerra de
guerrilhas, escolhe os pontos de transporte, pontos de criação de
gado, e as fontes de suprimentos de carnes, treina os guias que
ensinam ao guerrilheiro urbano as estradas, e cria um sistema de
informação na área rural.



O povo e a igreja estavam unidos contra o comunismo e os
guerrilheiros urbanos que só causam terror.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Os estudantes se destacam por ser politicamente cruéis e
rudes e por tanto rompem todas as regras. Quando são integrados
na guerrilha urbana, como esta ocorrendo agora em grande escala,
ensinam um talento especial para a violência revolucionária e pronto
adquirem um alto nível de destreza político-técnico-militar. Os
estudantes tem bastante tempo livre em suas mãos porque são
sistematicamente separados, suspendidos e expulsos da escola pela
ditadura e assim começam a usar seu tempo vantajosamente a favor
de a revolução.

COMO MARIGHELLA MORREU
A conexão de Marighella com os frades Dominicanos no
bairro Perdizes em São Paulo era conhecida por agentes norte-
americanos desde dezembro de 1968, informada pelo frei Edson
Braga de Souza.

Em uma emboscada preparada contra Marighella, foram
detidos Tito e seus amigos de convento (exceto Frei Oswaldo). Frei
Fernando foi obrigado a combinar um encontro com Marighella. Eles
tinham um código que auxiliou na emboscada: "Aqui é o Ernesto,
vou à gráfica hoje". O encontro foi marcado na Alameda Casa
Branca, uma rua próxima ao centro da cidade de São Paulo.

No dia do encontro, havia uma caminhonete com policiais e
um automóvel, com supostos namorados (onde Fleury disfarçou-se),
além do fusca com Fernando e Ivo.

Ao chegar na Alameda, às 20h00, dirigiu-se ao Fusca e
entrou na parte traseira. Frei Ives e Fernando saíram rapidamente
do carro e se jogaram no chão. Percebendo a emboscada,
imediatamente reagiu à prisão e foi morto. Marighella seguiu as
normas de seu manual. Portava um revólver e levava duas cápsulas
de cianureto.

Além de Marighella, outras três pessoas foram atingidas
durante o tiroteio:

Estela Borges Morato, investigadora do DOPS, morta.
Friederich Adolf Rohmann, protético que passava pelo local,
morto.
Rubens Tucunduva, delegado envolvido na emboscada, ficou
ferido gravemente

Os intelectuais constituem a vanguarda da resistência aos
atos arbitrários, às injustiças sociais e à inumanidade terrível da
ditadura. Eles expandem a chamada revolucionária e tem uma
grande influência na população. O guerrilheiro urbano intelectual é o
aderente moderno da revolução brasileira.

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Além disso, o Senhor, o seu Deus, causará
pânico entre eles até destruir o restante deles,
os que se esconderem de vocês.
(Deuteronômio 7:20)


Os homens da igreja, isto é, aqueles ministros ou sacerdotes
de várias hierarquias e denominações, representam um setor que
tem habilidade especial para comunicar -se com o povo,
particularmente os trabalhadores, camponeses, e a mulher
brasileira. O sacerdote que é um guerrilheiro urbano é um
ingrediente poderoso na guerra revolucionária brasileira, e
constituem uma arma poderosa contra o poder militar e o
imperialismo norte-americano.



Marighella, enquanto vivo ocupava as primeiras páginas da
imprensa. O inimigo do estado brasileiro finalmente foi morto como
um bandido, abatido a bala. Nada mais justo do que aquele que
defendia o assassinato de agentes do estado, morrer pelas mãos
dos agentes do Estado.

Com respeito à mulher brasileira, sua participação na guerra
revolucionária, em particular na guerrilha urbana, tem sido
distinguido por seu espírito lutador e tenacidade sem limite, não é

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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somente por sorte que tantas mulheres tem sido acusadas de
participação nas ações de guerrilha contra bancos, centros militares,
etc., e que tantas estão em prisões enquanto que tantas outras
ainda são procuradas pela polícia. Como uma escola para escolher
o guerrilheiro, a guerra de guerrilha urbana prepara e coloca ao
mesmo nível de responsabilidade e eficiência a homens e mulheres
que compartilham os mesmos perigos de lutar, buscar suprimentos,
servir como mensageiros ou corredores, ou motoristas, ou
navegantes, ou pilotos de aviões, obtendo informação secreta, e
ajudando com a propaganda ou o trabalho de doutrinação.
Carlos Marighella (junho 1969 )
FIM

Como terminou a vida deste filho da puta e filho de rapariga!!!

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Carlos Marighella, principal dirigente da Ação Libertadora Nacional
(ALN), é assassinado numa emboscada organizada pelo delegado
Sérgio Paranhos Fleury, do Dops paulista. Foi baleado dentro de um
fusca na alameda Casa Branca, região dos Jardins, em São Paulo.
O guerrilheiro fora atraído para uma armadilha por um frade
dominicano simpatizante da ALN, que, sob tortura, informou o local,
o dia e a hora de um encontro com o líder revolucionário. Segundo a
versão oficial, ele foi abatido depois de sacar uma arma e resistir à
prisão. O jornalista Mário Magalhães, em seu livro “Marighella, o
Guerrilheiro que Incendiou o Mundo”, revela que ele estava
desarmado ao ser morto dentro do carro.
Marighella, que vivia na clandestinidade desde 1965, era
considerado o inimigo nº 1 da ditadura. A ALN era o maior grupo de
resistência armada aos militares. Dois meses antes, um comando da
organização havia sequestrado o embaixador dos EUA no Brasil em
ação conjunta com o MR-8. O assassinato do dirigente marcou o
início do declínio das organizações revolucionárias de esquerda no
país.
Depois de atingir o auge em 1969, com ações de grande
repercussão, como o sequestro do diplomata norte-americano, o
roubo de mais de US$ 2 milhões de um cofre do ex-governador
Adhemar de Barros, a fuga do capitão Lamarca do Quartel de
Quitaúna e a tomada da Rádio Nacional, esses grupos passaram à
defensiva, sofrendo sucessivas baixas por prisões e assassinatos.
Um ano depois da morte de Marighella, o número de revolucionários
presos, exilados e mortos seria bem maior que o de militantes ativos
na clandestinidade. (1)

TRIBUTO AS VÍTIMAS DAS GUERRILHAS URBANAS

Esta página traz a lista do nome de todas as vítimas confirmadas do
terrorismo de extrema-esquerda no Brasil. O terrorismo de esquerda
ocorreu dentro do contexto da Guerra Fria e não ficou restrito ao
Brasil, tendo ocorrido em diversos países como Uruguai, Paraguai,
Argentina, Peru, Colômbia, Guatemala, etc. Em reação a tentativa
das guerrilhas comunistas de tomar o poder, instauraram-se regimes
militares na América do Sul para preservar as nações de regimes
totalitários como os que mataram mais de 100 milhões de pessoas
na União Soviética, na China, no Camboja e muitos outros países na
África, na Ásia e também na América Central.

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Segue a lista das vítimas, separadas por ano:
1964:
12/11/64 – Paulo Macena, Vigia – RJ
Explosão de bomba deixada por uma organização comunista nunca
identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que
extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis
feridos graves e 1 morto.
1965:
27/03/65 – Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército –
Paraná
Emboscada de um grupo de militantes da Força A rmada de
Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom
Cardim de Alencar Osorio. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher
estava grávida de sete meses.
1966:
25/07/66 – Edson Régis de Carvalho, jornalista – PE
25/07/66 – Nelson Gomes Fernandes, almirante – PE
Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com
17 feridos e 2 mortos. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas
17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da
Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da
mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a
perna direita amputada.
1967:
24/11/67 – José Gonçalves Conceição (Zé Dico) – Fazendeiro – SP
Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella,
durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio.
Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com
vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi
baleado por Edmur com dois tiros nas costas.
15/12/67 – Osíris Motta Marcondes, bancário – SP
Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco
Mercantil, do qual era o gerente.

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1968:
10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima – (Marinha Mercante – Rio
Negro / AM)
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi
atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo
Alberto Aguado Gomes “Dr. Ramon”, o qual, posteriormente,
ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque
Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a falecer no dia
10/01/68.
31/05/68 – Ailton de Oliveira, guarda Penitenciário – RJ
O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para
libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária
Lemos de Brito (RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para
a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia
estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o
estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária
Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30,
teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas
penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram
feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68. Ainda ficou gravemente
ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava
na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o
guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani.
26/06/68- Mário Kozel Filho – Soldado do Exército – SP
No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II
Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra
uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu
motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la
para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6
tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede
externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao
carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com
50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de
Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto
Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos.
É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a
VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de
Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre
Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra
Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família
de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se
lembra.
27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos – civil – RJ
Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes
distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo
e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes
comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR,
conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou
impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande
maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu
atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o
engraxate Olavo Siqueira.
27/06/68 – Nelson de Barros – Sargento PM – RJ
No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta -Feira Sangrenta”,
realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de
10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram
motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada
americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos
10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da
PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.
01/07/68 – Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen –
major do Exército Alemão – RJ
Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado
Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea,
por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto
matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola.
Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-
identificado. Todos pertenciam à organização terrorista COLINA-
Comando de Libertação Nacional.
07/09/68 – Eduardo Custódio de Souza – Soldado PM – SP
Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não
identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.
20/09/68 – Antônio Carlos Jeffery – Soldado PM – SP
Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública
de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária.
Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José
Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”,
ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.
12/10/68 – Charles Rodney Chandler – Cap. do Exército dos
Estados Unidos – SP
Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de
Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São
Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”,
composto pelos dirigentes da VPR (Vangu arda Popular
Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos
Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil),
condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente
da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram
realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). Quando retirava seu
carro das garagem para seguir para a Faculdade, Chandler foi
assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver,
na frente da sua mulher, Joan, e de seus 3 filhos. O grupo de
execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira
(Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo,
Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).
24/10/68 – Luiz Carlos Augusto – civil – RJ
Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.
25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite – civil – RJ
Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo de
seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores:
Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire
(Ruivo ou Wilson), ambos integrantes da organização terrorista
COLINA (Comando de Libertação Nacional).
07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia – Civil – SP
Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos
Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda
Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na
esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca
Rodrigues, em São Paulo.
1969:

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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07/01/69 – Alzira Baltazar de Almeida – (Dona de casa – Rio de
Janeiro / RJ)
Uma bomba jogada por terroristas, embaixo de uma viatura policial,
estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou
a jovem Alzira, de apenas 18 anos de idade, uma vítima inocente
que na ocasião transitava na rua.
11/01/69 – Edmundo Janot – (Lavrador – Rio de Janeiro / RJ)
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que
havia montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua
fazenda.
29/01/69 – Cecildes Moreira de Faria (Subinspetor de Polícia)
20/01/69 – José Antunes Ferreira (Guarda Civil) – BH/MG
Durante a abordagem de um um “aparelho” do Comando de
Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São
Geraldo, identificado por Pedro Paulo Bretas, “Kleber”, a equipe de
segurança foi recebida por rajadas de metralhadora, disparadas por
Murilo Pinto Pezzuti da Silva, “Cesar” ou “Miranda”, que, com 11
tiros, mataram o Subinspetor Cecildes Moreira da Silva, que deixou
viúva e oito filhos, e o Guarda Civil José Antunes Ferreira, ferindo,
ainda, o Investigador José Reis de Oliveira. No interior do “aparelho”,
foram presos o assassino Murilo Pinto Pezzuti da Silva o os
terroristas do Colina: Afonso Celso Lana Leite, ”Ciro”; Mauricio Vieira
de Paiva, ”Carlos”; Nilo Sérgio Menezes Macedo; Júlio Antonio
Bittencourt de Almeida, “Pedro”; Jorge Raimundo Nahas, “Clovis” ou
“Ismael”; Maria José de Carvalho Nahas, “Celia” ou “Marta”, e foram
apreendidos 1 fuzil FAL, 5 pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2
carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da
PM e dinheiro de assaltos.
31/03/69 – Manoel Da Silva Dutra – Civil – Rio de Janeiro / RJ
Morto durante assalto ao banco Andrade Arnaud. O caso é
particularmente importante porque um dos então terroristas que
participaram da operação se chamava Carlos Minc. Ele vinha do
Colina, que se fundiu com a VPR para formar a VAR-PALMARES.
14/04/69 – Francisco Bento da Silva – motorista – SP
14/04/69 – Luiz Francisco da Silva – guarda bancário –SP
Mortos durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC do B
ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a

Manual do guerrilheiro urbano de Marighella com comentários.
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América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram
roubados vinte milhões de cruzeiros. Participaram desta ação os
seguintes terroristas: Élio Cabral de Souza, Derly José de Carvalho,
Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James Allen
Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto
Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e
Antônio Medeiros Neto.
08/05/69 – José de Carvalho – Investigador de Polícia – SP
Atingido com um tiro na boca durante um assalto ao União de
Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer
no dia seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio
Maria Comenda Belchior e Ferdinando Eiamini. Participaram os
seguintes terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN): Virgílio
Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da Costa
Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales
Vani. Takao Amano foi baleado na coxa e operado, em um “aparelho
médico” por Boanerges de Souza Massa, médico da ALN.
09/05/69 – Orlando Pinto da Silva – Guarda Civil – SP
Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa, disparados por
Carlos Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua Piratininga,
Bairro da Mooca. Na ocasião também foi esfaqueado o gerente do
Banco, Norberto Draconetti. Organização responsável por esse
assalto: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
27/05/69 – Naul José Montovani – Soldado PM – SP
Em 27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da Força
Pública de São Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul,
SP/SP. Os terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Carlos
Eduardo Pires Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta
e Ana Maria de Cerqueira César Corbusier metralharam o soldado
Naul José Montovani, que estava de sentinela e que morreu
instantaneamente. O soldado Nicário Conceição Pulpo, que correu
ao local ao ouvir os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo
ficado paralítico.
22/06/69 – Guido Boné – Soldado PM – SP
22/06/69 – Natalino Amaro Teixeira – Soldado PM -SP
Mortos por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a rádio-
patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje Polícia

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Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido Bone e
Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas.
11/07/69 – Cidelino Palmeiras do Nascimento – Motorista de táxi –
RJ
Morto a tiros quando conduzia, em seu carro, policiais que
perseguiam terroristas que haviam assaltado o Banco Aliança,
agência Muda. Participaram deste assassinato os terroristas Chael
Charles Schreier, Adilson Ferreira da Silva, Fernando Borges de
Paula Ferreira, Flávio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo,
Sônia Eliane Lafóz e o autor dos disparos Darci Rodrigues, todos
pertencentes a organização terrorista VAR-Palmares.
24/07/69 – Aparecido dos Santos Oliveira – Soldado PM – SP
O Banco Bradesco, na rua Turiassu, no Bairro de Perdizes, foi
assaltado por uma frente de grupos de esquerda. Foram roubados
sete milhões de cruzeiros. Participaram da ação:
– Pelo Grupo de Expropriação e Operação: Devanir José de
Carvalho, James Allen Luz, Raimundo Gonçalves de Figueiredo,
Ney Jansen Ferreira Júnior, José Couto Leal;
– Pelo Grupo do Gaúcho: Plínio Petersen Pereira, Domingos
Quintino dos Santos, Chaouky Abara; e,
– Pela VAR-Palmares: Chael Charles Schreier, Roberto Chagas e
Silva, Carmem Monteiro dos Santos Jacomini e Eduardo Leite.
20/08/69 – José Santa Maria – Gerente de Banco – RJ
Morto por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real de
Minas Gerais, do qual era gerente.
25/08/69 – Sulamita Campos Leite – dona de casa, PA
Parente do terrorista Flávio Augusto Neves Leão Salles. Morta na
casa dos Salles, em Belém, ao detonar, por inadvertência ,uma
carga de explosivos escondida pelo terrorista.
31/08/69 – Mauro Celso Rodrigues – Soldado PM – MA
Morto quando procurava impedir a luta entre proprietários e
posseiros, incitada por movimentos subversivos.
03/09/69 – José Getúlio Borba – Comerciário – SP

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03/09/69 – João Guilherme de Brito – Soldado da Força Pública –
SP
Os terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN) Antenor Meyer,
José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria
Augusta Tomaz resolveram comprar um gravador na loja Lutz
Ferrando, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O
pagamento seria feito com um cheque roubado num assalto.
Descobertos, receberam voz de prisão e reagiram. Na troca de tiros,
o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa,
e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido.
Perseguidos pela polícia, o terrorista José Wilson Lessa Sabag
matou a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme
de Brito.
20/09/69 – Samuel Pires – Cobrador de ônibus – SP
Morto por terroristas quando assaltavam uma empresa de ônibus.
22/09/69 – Kurt Kriegel – Comerciante – Porto Alegre/RS
Comerciante Kurt Kriegel, morto pela Var-Palmates em Porto Alegre.
30/09/69 – Cláudio Ernesto Canton – Agente da Polícia Federal – SP
Após ter efetuado a prisão de um terrorista, foi atingido na coluna
vertebral, vindo a falecer em conseqüência desse ferimento.
04/10/69 – Euclídes de Paiva Cerqueira – Guarda particular – RJ
Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador de
valores do Banco Irmãos Guimarães
06/10/69 – Abelardo Rosa Lima – Soldado PM – SP
Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao Mercado
Peg-Pag. Autores: Devanir José de Carvalho (Henrique), Walter
Olivieri, Eduardo Leite (Bacuri), Mocide Bucherone e Ismael Andrade
dos Santos. Organizações Terroristas: REDE (Resistência
Democrática) e MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes).
07/10/69 – Romildo Ottenio – Soldado PM – SP
Morto quando tentava prender um terrorista.
31/10/69 – Nilson José de Azevedo Lins- civil – PE
Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da Souza
Cruz, em Olinda. Foi assaltado e morto quando ia depositar, no

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Banco, o dinheiro da firma. Organização: PCBR (Partido Comunista
Brasileiro Revolucionário). Autores: Alberto Vinícius Melo do
Nascimento, Rholine Sonde Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares
e João Maurício de Andrade Baltar.
04/11/69 – Estela Borges Morato – Investigadora do DOPS – SP
04/11/69 – Friederich Adolf Rohmann – Protético -SP
Mortos durante a operação que resultou na morte do terrorista
Carlos Marighela.
14/11/69 – Orlando Girolo – Bancário – SP
Morto por terroristas durante assalto ao Bradesco.
17/11/69 – Joel Nunes – Subtenente PM – RJ
Neste dia, o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do
Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram
roubados cerca de 80 milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por
uma viatura policial, surgiu um violento tiroteio no qual Avelino Bioni
Capitani matou o sargento da PM Joel Nunes. Na ocasião, foi preso
o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos.
18/12/69 – Elias dos Santos – Soldado do Exército – RJ
Havia um aparelho do PCBR na rua Baronesa de Uruguaiana nº 70,
no bairro de Lins de Vasconcelos. Ali, Prestes de Paula, ao fugir
pelos fundos da casa, disparou um tiro de pistola 45 contra Elias dos
Santos.
1970:
17/01/70 – José Geraldo Alves Cursino – (Sargento PM – São Paulo
/ SP)
Morto a tiros por terroristas.
20/02/70 – Antônio Aparecido Posso Nogueró – Sargento PM – São
Paulo
Morto pelo terrorista Antônio Raimundo de Lucena quando tentava
impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP.
11/03/70 – Newton de Oliveira Nascimento – Soldado PM – Rio de
Janeiro

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No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN Mário
de Souza Prata, Rômulo Noro nha de Albuquerque e Jorge
Raimundo Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado,
dirigido pelo último, quando foram interceptados no bairro de
Laranjeiras- RJ por uma patrulha da PM. Suspeitando do motorista,
pela pouca idade que aparentava, e verificando que Jorge Raimundo
não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse no
veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto
Mauro de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria
dirigindo o Corcel até a delegacia mais próxima. Aproveitando-se do
descuido dos policiais, que não revistaram os detidos, Mário, ao
manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou
de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da
PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado.
O soldado Newton deixou a viúva dona Luci e duas filhas menores,
de quatro e dois anos.
31/03/70 – Joaquim Melo – Investigador de Polícia – Pernambuco
Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”.
02/05/70 – João Batista de Souza – Guarda de Segurança – SP
Um comando terrorista, integrado por Devanir José de Carvalho,
Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen Pereira, Waldemar
Abreu e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário
Tiradentes (MRT), e mais Eduardo Leite (Bacuri), pela Resistência
Democrática (REDE), assaltaram a Companhia de Cigarros Souza
Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião Bacuri assassinou o guarda de
segurança João Batista de Souza.
10/05/70 – Alberto Mendes Junior – 1º Tenente PM – SP
Esta é uma das maiores expressões da covardia e da violência de
que era capaz o terrorista Carlos Lamarca. No dia 08/05/70, 7
terroristas, chefiados por ele, estavam numa pick-up e pararam num
posto de gasolina em Eldorado Paulista. Foram abordados por
policiais e reagiram a bala, conseguindo fugir. Ciente do ocorrido, o
Tenente Mendes organizou uma patrulha. Em duas viaturas, dirigiu-
se de Sete Barras para Eldorado Paulista. Por volta das 21h, houve
o encontro com os terroristas, que estavam armados com fuzis FAL,
enquanto os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em
nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos, e o Tenente
Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam
necessitando de urgentes socorros médicos. Julgando-se cercado,
Mendes aceitou render-se desde que seus homens pudessem

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receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da
patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para
Sete Barras.
De madrugada, a pé e sozinho, Mendes buscou contato com os
terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens.
Encontrou Lamarca, que decidiu seguir com seus companheiros e
com os prisioneiros para Sete Barras. Ao se aproximarem dessa
localidade, foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois
terroristas – Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega –
desgarraram-se do grupo, e os cinco terroristas restantes
embrenharam-se no mato, levando junto o Tenente Mendes. Depois
de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o tenente
pararam para descansar. Carlos Lamarca, Yoshitame Fujimore e
Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um “tribunal
revolucionário”, que resolveu assassinar o Tenente Mendes. Os
outros dois, Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima, ficaram
vigiando o prisioneiro.
Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram. Yoshitame
Fujimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha
de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente
Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de
Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali
mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça
ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado. Em 08/09/70,
Ariston Lucena foi preso pelo DOI-CODI e apontou o local onde o
tenente estava enterrado.
11/06/70 – Irlando de Moura Régis – Agente da Polícia Federal – RJ
Foi assassinado durante o seqüestro do embaixador da Alemanha,
Ehrendfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben. A operação foi
executada pelo Comando Juarez Guimarães de Brito. Participaram
Jesus Paredes Soto, José Maurício Gradel, Sônia Eliane Lafóz, José
Milton Barbosa, Eduardo Coleen Leite (Bacuri), que matou Irlando,
Herbert Eustáquio de Carvalho, José Roberto Gonçalves de
Rezende, Alex Polari de Alverga e Roberto Chagas da Silva.
15/07/70 – Isidoro Zamboldi – segurança – SP
Morto pela terrorista Ana Bursztyn durante assalto à loja Mappin.
19/08/70 – Vagner Lúcio Vitorino da Silva – Guarda de segurança –
RJ

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Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização
terrorista MR-8 ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de
Ramos. Sônia Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o
mataram. Participaram, também, dessa ação os terroristas Reinaldo
Guarany Simões, Viriato Xavier de Melo Filho e Benjamim de
Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém-chegados do curso em
Cuba.
29/08/70 – José Armando Rodrigues – Comerciante – CE
Proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Após ter sido
assaltado em sua loja, foi seqüestrado, barbaramente torturado e
morto a tiros por terroristas da ALN. Após seu assassinato, seu carro
foi lançado num precipício na serra de Ibiapaba, em São Benedito,
CE. Autores: Ex-seminaristas Antônio Espiridião Neto e Waldemar
Rodrigues Menezes (autor dos disparos), José Sales de Oliveira,
Carlos de Montenegro Medeiros, Gilberto Telmo Sidney Marques,
Timochenko Soares de Sales e Francisco William.
14/09/70 – Bertolino Ferreira da Silva – Guarda de segurança – SP
Morto durante assalto praticado pelas organizações terroristas ALN
e MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do Paraíso
em São Paulo.
21/09/70 – Célio Tonelly – soldado da PM – SP
Morto em Santo André. Quando de serviço em uma rádio-patrulha,
tentou deter terroristas que ocupavam um automóvel.
27/10/70 – Walder Xavier de Lima – Sargento da Aeronáutica – BA
Morto quando, ao volante de uma viatura, conduzia terroristas
presos, em Salvador. O assassino, Theodomiro Romeiro dos Santos
(Marcos) o atingiu com um tiro na nuca. Organização: PCBR (Partido
Comunista Brasileiro Revolucionário).
10/11/70 – José Marques do Nascimento – Civil – SP
10/11/70 – Garibaldo de Queiroz – Soldado PM -SP
10/11/70 – José Aleixo Nunes – Soldado PM -SP
Mortos em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular
Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila
Prudente, São Paulo.

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10/12/70 – Hélio de Carvalho Araújo – Agente da Polícia Federal –
RJ
No dia 07/12, o embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni Enrico
Bucher, foi seqüestrado pela VPR. Participaram da operação os
terroristas Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira,
Maurício Guilherme da Silveira, Alex Polari de Alverga, Inês Etienne
Romeu, Alfredo Sirkis, Herbert Eustáquio de Carvalho e Carlos
Lamarca. Após interceptar o carro que conduzia o Embaixador,
Carlos Lamarca bateu com um revólver Smith-Wesson, cano longo,
calibre 38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira e, a uma distância
de dois metros, atirou, duas vezes contra o agente Hélio. Os
terroristas levaram o embaixador e deixaram o agente agonizando.
Transferido para o hospital Miguel Couto, morreu no dia 10/12/70.
1971:
07/01/71 – Marcelo Costa Tavares – (Estudante – 14 anos – MG)
Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de
Minas Gerais.
Participaram da ação: Newton Moraes, Aldo Sá Brito, Macos Nonato
da Fonseca e Eduardo Antonio da Fonseca.
12/02/71 – Américo Cassiolato – Soldado PM – São Paulo
Morto, friamente, por assassinos em Pirapora do Bom Jesus,
quando tentava impedir ações criminosas.
20/02/71 – Fernando Pereira – Comerciário – Rio de Janeiro
Morto por terroristas quando tentava impedir um assalto ao
estabelecimento “Casa do Arroz”, do qual era gerente.
08/03/71 – Djalma Peluci Batista – Soldado PM – Rio de Janeiro
Morto por terroristas, durante assalto ao Banco do Estado do Rio de
Janeiro.
24/03/71 – Mateus Levino dos Santos – Tenente da FAB –
Pernambuco
O PCBR necessitava roubar um carro para participar do seqüestro
do cônsul norte-americano, em Recife. No dia 26/06/70, o grupo
decidiu roubar um Fusca, estacionado em Jaboatão dos
Guararapes, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da
Aeronáutica. Ao tentarem render o motorista, descobriram tratar-se

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de um tenente da Aeronáutica. Carlos Alberto disparou dois tiros
contra o militar: um na cabeça e outro no pescoço. Depois de nove
meses de intenso sofrimento, morreu no dia 24 de março de 1971,
deixando viúva e duas filhas menores. O imprevisto levou o PCBR a
desistir do seqüestro.
04/04/71 – José Julio Toja Martinez – Major do Exército – Rio de
Janeiro
No início de abril, a Brigada Pára-Quedista recebeu uma denúncia
de que um casal de terroristas ocupara uma casa localizada na rua
Niquelândia, 23, em Campo Grande/RJ. Não desejando passar esse
informe à 2ª Seção do então I Exército, sem aprofundá-lo, a 2ª
Seção da Brigada, chefiada pelo major Ma rtinez, montou um
esquema de vigilância da casa. Por volta das 23h, chega um casal
de táxi. A mulher ostentava uma volumosa barriga, sugerindo
gravidez.
O major Martinez acabara de concluir o curso da Escola de
Comando e Estado-Maior do Exército, onde, por três anos,
exatamente o período em que a guerra revolucionária se
desenvolvera, estivera afastado desses problemas em função da
própria vida escolar bastante intensa. Estagiário na Brigada de Pára-
Quedista, a quem também não estava afeta a missão de combate à
subversão, não se havia habituado à virulência da ação terrorista.
Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez
iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse
daquela área. Ato contínuo, da barriga, formada por uma cesta para
pão com uma abertura para saque da arma ali escondida, a
“grávida” retirou um revólver, matando-o antes que pudesse esboçar
qualquer reação. O capitão Parreira, de sua equipe, ao sair em sua
defesa, foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo terrorista.
Nesse momento, os demais agentes desencadearam cerrado
tiroteio, que causou a morte do casal de terroristas.
Eram os militantes do MR-8 Mário de Souza Prata e Marilena Villas-
Bôas Pinto, responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas.
No “aparelho” do casal, foram encontrados explosivos, munição e
armas, além de dezenas de levantamentos de bancos, de
supermercados, de diplomatas estrangeiros e de generais do
Exército. Martinez deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um
menino, a mais velha, à época, com 11 anos.
07/04/71 – Maria Alice Matos – Empregada doméstica – Rio de
Janeiro

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Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de material de
construção.
15/04/71 – Henning Albert Boilesen – (Industrial – São Paulo)
Quando da criação da Operação Bandeirante, o então comandante
do II Exército, general Canavarro, reuniu-se com o governador do
Estado de São Paulo, com várias autoridades federais, estaduais,
municipais e com industriais paulistas para solicitar o apoio para um
órgão que necessitava ser criado com rapidez, a fim de fazer frente
ao crescente terrorismo que estava em curso no estado de São
Paulo. Assim, vários industriais, entre eles Boilesen, se cotizaram
para atender ao pedido daquela autoridade militar.
Por decisão de Lamarca, Boilesen, um dinamarquês naturalizado
brasile iro, foi assassinado. Participaram da ação os terroristas Yuri
Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas, José Milton Barbosa, Dimas
Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de Matos. No relatório escrito por
Yuri, e apreendido pela polícia, aparecem as frases “durante a fuga
trocávamos olhares de contentamento e satisfação. Mais uma vitória
da Revolução Brasileira”. Vários carros e casas foram atingidos por
projéteis. Duas mulheres foram feridas. Sobre o corpo de Boilesen,
atingido por 19 tiros, panfletos da ALN e do MRT, dirigidos “Ao Povo
Brasileiro”, traziam a ameaça: “Como ele, existem muitos outros e
sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto
tempo demore; o que importa é que eles sentirão o peso da
JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”.
10/05/71 – Manoel da Silva Neto – Soldado PM – SP
Morto por terroristas durante assalto à Empresa de Transporte Tusa.
14/05/71 – Adilson Sampaio – Artesão – RJ
Morto por terroristas durante assalto às lojas Gaio Marti.
09/06/71 – Antônio Lisboa Ceres de Oliveira – Civil – RJ
Morto por terroristas durante assalto à boate Comodoro.
01/07/71 – Jaime Pereira da Silva – Civil – RJ
Morto por terroristas na varanda de sua casa durante tiroteio entre
terroristas e policiais.
02/09/71 – Gentil Procópio de Melo -Motorista de praça – PE

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A organização terrorista denominada Partido Comunista
Revolucionário determinou que um carro fosse roubado para realizar
um assalto. Cumprindo a ordem recebida, o terrorista José Mariano
de Barros tomou um táxi em Madalena, Recife. Ao chegar ao
Hospital das Clínicas, quando fingia que ia pagar a corrida,
apareceram seus comparsas, Manoel Lisboa de Moura e José
Emilson Ribeiro da Silva, que se aproximaram do veículo. Emilson
matou Procópio com dois tiros.
02/09/71 – Jayme Cardenio Dolce – Guarda de segurança – RJ
02/09/71 – Silvâno Amâncio dos Santos – Guarda de segurança –
RJ
02/09/71 – Demerval Ferreira dos Santos – Guarda de segurança –
RJ
Assassinados pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles,
Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria
do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira,
durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras.
…./10/71 – Alberto da Silva Machado – Civil – RJ
Morto por terroristas durante assalto à Fábrica de Móveis Vogal
Ltda, da qual era um dos proprietários.
22/10/71 – José do Amaral – Sub-oficial da reserva da Marinha – RJ
Morto por terroristas da VAR-PALMARES e do MR-8 durante assalto
a um carro transportador de valores da Transfort S/A. Foram feridos
o motorista Sérgio da Silva Taranto e os guardas Emílio Pereira e
Adilson Caetano da Silva.
Autores: James Allen Luz (Ciro), Carlos Alberto Salles (soldado),
Paulo Cesar Botelho Massa, João Carlos da Costa.
01/11/71 – Nelson Martinez Ponce – Cabo PM – SP
Metralhado por Aylton Adalberto Mortati durante um atentado
praticado por cinco terroristas do MOLIPO (Movimento de Libertação
Popular) contra um ônibus da Empresa de Transportes Urbano S/A,
em Vila Brasilândia, São Paulo.
10/11/71 – João Campos – Cabo PM – SP
Morto na estrada de Pindamonhangaba, ao interceptar um carro que
conduzia terroristas armados.

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22/11/71 – José Amaral Vilela – Guarda de segurança – RJ
Neste dia os terroristas Sérgio Landulfo Furtado, Norma Sá Ferreira,
Nelson Rodrigues Filho, Paulo Roberto Jabour, Thimothy William
Watkin Ross e Paulo Costa Ribeiro Bastos assaltaram um carro-forte
da firma Transfort, na Estrada do Portela, em Madureira.
27/11/71 – Eduardo Timóteo Filho – Soldado PM – RJ
Morto por terroristas, durante assalto contra as Lojas Caio Marti.
13/12/71 – Hélio Ferreira de Moura – Guarda de Segurança – RJ
Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro transportador
de valores da Brink’s, na Via Dutra.
1972:
18/01/72 – Tomaz Paulino de Almeida – (sargento PM – São Paulo /
SP)
Morto, a tiros de metralhadora, no bairro Cambuci, quando um grupo
terrorista roubava o seu carro.
Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto
José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do
Movimento de Libertação Nacional (Molipo).
As famílias dos assassinos João Carlos Cavalcante Reis e
Lauriberto José Reyes foram indenizadas pela Lei nº 1.140/95.
20/01/72 – Sylas Bispo Feche – (Cabo PM São Paulo / SP)
O cabo Sylas Bispo Feche, integrava uma Equipe de Busca e
Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma
ronda, quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um
sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a
rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao
carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para
pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche
foi, covardemente, metralhado por eles.
Os assassinos do cabo Feche, ambos membros da Ação Libertadora
Nacional (ALN), mortos no tiroteio que se seguiu, foram Gelson
Reicher“Marcos” que usava identidade falsa com o nome de
Emiliano Sessa, chefe de um Grupo Tático Armado (GTA) e já tinha
praticado mais de vinte atos terroristas, inclusive o seqüestro de um
médico; e Alex Paula Xavier Pereira “Miguel”, que usava identidade

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falsa com o nome de João Maria de Freitas, com curso de guerrilha
em Cuba e autor de mais de quarenta atos terroristas, inclusive
atentados a bomba na cidade do Rio de Janeiro.
As famílias dos assassinos Gelson Reicher e Alex Paula Xavier
Pereira foram indenizadas pela Lei nº 9.140/95.
25/01/72 – Eizo Ito – (Estudante – São Paulo / SP)
Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares, morto por
terroristas quando roubavam seu carro.
01/02/72 – Iris do Amaral – Civil – Rio de Janeiro
Morto durante um tiroteio entre terroristas da ALN e policiais.
Ficaram feridos nesta ação os civis Marinho Floriano Sanches,
Romeu Silva e Altamiro Sinzo. Autores: Flávio Augusto Neves Leão
Salles (”Rogério”, “Bibico”) e Antônio Carlos Cabral Nogueira
(”Chico”, “Alfredo”.)
05/02/72 – David A. Cuthberg – Marinheiro inglês – Rio de Janeiro
A respeito desse assassinato, sob o título “REPULSA”, o jornal “O
Globo” publicou:
“Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na
madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para
conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara
como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os
150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora
tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para
perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia
compreender.
Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a
metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de
balas, para, logo em seguida, completar a infâmia, despejando sobre
o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se mencionava a palavra
liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar
repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades,
procurando dar-lhe significação de atentado político contra jovem
inocente, em troca da publicação da notícia num jornal inglês.
O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino
inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e
consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não
ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o

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alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos
gratuitos”.
A ação criminosa foi praticada pelos seguintes terroristas,
integrantes de uma frente formada por três organizações
comunistas:
– ALN – Flávio Augusto Neves Leão Salles (”Rogério”, “Bibico”), que
fez os disparos com a metralhadora, Antônio Carlos Nogueira Cabral
(”Chico”, “Alfredo”), Aurora Maria Nascimento Furtado (”Márcia”,
“Rita”), Adair Gonçalves Reis(”Elber”, “Leônidas”, “Sorriso”);
– VAR-PALMARES – Lígia Maria Salgado da Nóbrega (”Ana”,
“Célia”, “Cecília”), que jogou dentro do táxi os panfletos que falavam
em vingança contra os “Imperialistas Ingleses”; Hélio Silva
(”Anastácio”, “Nadinho”), Carlos Alberto Salles(”Soldado”);
– PCBR – Getúlio de Oliveira Cabral(”Gogó”, “Soares”, “Gustavo”)
15/02/72 – Luzimar Machado de Oliveira – Soldado PM – Goiás
O terrorista Arno Preiss encontrava-se na cidade de Paraiso do
Norte, que estava incluída no esquema de trabalho de campo do
MOLIPO. Usava o nome falso de Patrick McBundy Comick. Arno
tentou entrar com sua documentação falsa no baile carnavalesco do
clube social da cidade. Sua documentação levantou suspeita nos
policiais, que o convidaram a comparecer à delegacia local. Ao
deixar o clube, julgando-se desmascarado, Arno sacou seu revólver
e disparou à queima roupa contra os policiais, matando o PM
Luzimar Machado de Oliveira e ferindo gravemente o outro PM que o
conduzia, Gentil Ferreira Mano. Acabou morto.
18/02/72 – Benedito Monteiro da Silva – Cabo PM – São Paulo
Morto quando tentava evitar um assalto terrorista a uma agencia
bancária em Santa Cruz do Rio Pardo.
27/02/72 – Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi – Civil – São Paulo
Morto durante um tiroteio entre os terroristas Lauriberto José Reyes
e José Ibsem Veroes com policiais, na rua Serra de Botucatu, no
bairro Tatuapé. Nesta ação, um policial foi ferido a tiros de
metralhadoras por Lauriberto. Os dois terroristas morreram no local.
12/03/72 – Manoel dos Santos – Guarda de Segurança – São Paulo
Morto durante assalto terrorista à fábrica de bebidas Charel Ltda.

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12/03/72 – Aníbal Figueiredo de Albuquerque – Cel R1 do Exército –
SP
Morto durante assalto à fábrica de bebidas Charel Ltda., da qual era
um dos proprietários.
08/05/72 – Odilo Cruz Rosa – Cabo do Exército – PA
Morto na região do Araguaia quando uma equipe comandada por um
tenente e composta ainda, por dois sargentos e pelo Cabo Rosa
foram emboscados por terroristas comandados por Oswaldo Araújo
Costa, o “Oswaldão”, na região de Grota Seca, no Vale da
Gameleira. Neste tiroteio foi morto o Cabo Rosa e feridos o Tenente
e um Sargento.
02/06/72 – Rosendo – Sargento PM – SP
Morto ao interceptar 04 terroristas que assaltaram um bar e um carro
da Distribuidora de Cigarros Oeste LTDA.
29/06/72 – João Pereira – Mateiro-região do Araguaia – PA
“Justiçado exemplarmente” pelo PC do B por ter servido de guia
para as forças legais que combatiam os guerrilheiros. A respeito,
Ângelo Arroyo declarou em seu relatório: “A morte desse bate-pau
causou pânico entre os demais da zona”.
09/09/72 – Mário Domingos Panzarielo – Detetive Polícia Civil – RJ
Morto ao tentar prender um terrorista da ALN.
23/09/72 – Mário Abraim da Silva – Segundo Sargento do Exército –
PA
Pertencia ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, com sede em
Belém. Sua Companhia foi deslocada para combater a guerrilha na
região do Araguaia. Morto em com bate, durante um ataque
guerrilheiro no lugarejo de Pavão, base do 2º Batalhão de Selva.
27/09/72 – Sílvio Nunes Alves – Bancário – RJ
Assassinado em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, pelas
organizações terroristas PCBR – ALN – VPR – Var Palmares e MR8.
Autor do assassinato: José Selton Ribeiro.
…../09/72 – Osmar… – Posseiro – PA

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“Justiçado” na região do Araguaia pelos guerrilheiros por ter
permitido que uma tropa de pára-quedistas acampasse em suas
terras.
01/10/72 – Luiz Honório Correia – Civil – RJ
Morto por terroristas no assalto à empresa de Ônibus Barão de
Mauá.
06/10/72 – Severino Fernandes da Silva – Civil – PE
Morto por terroristas durante agitação no meio rural.
06/10/72 – José Inocêncio Barreto – Civil – PE
Morto por terroristas durante agitação no meio rural.
1973:
21/02/73 – Manoel Henrique de Oliveira – Comerciante – São Paulo
No dia 14 de junho de 1972, as equipes do DOI de São Paulo, como
já faziam há vários dias, estavam seguindo quatro terroristas da ALN
que resolveram almoçar no restaurante Varela, no bairro da Mooca.
Quando eles saíram do restaurante, receberam voz de prisão.
Reagindo, desencadearam tiroteio com os policiais. Ao final, três
terroristas estavam mortos, e um conseguiu fugir. Erroneamente, a
ALN atribuiu a morte de seus três companheiros à delação de um
dos proprietários do restaurante e decidiu justiçá-lo.
O comando “Aurora Maria do Nascimento Furtado”, constituído por
Arnaldo Cardoso Rocha, Francisco Emanuel Penteado, Francisco
Seiko Okama e Ronaldo Mouth Queiroz, foi encarregado da missão
e assassinou, no dia 21 de fevereiro, o comerciante Manoel
Henrique de Oliveira, que foi metralhado sem que pudesse esboçar
um gesto de defesa. Seu corpo foi coberto por panfletos da ALN,
impressos no Centro de Orientação Estudantil da USP por
interveniência do militante Paulo Frateschi.
22/02/73 – Pedro Américo Mota Garcia – Civil – Rio de Janeiro
Por vingança, foi “justiçado” por terroristas por haver impedido um
assalto contra uma agência da Caixa Econômica Federal.
25/02/73 – Octávio Gonçalves Moreira Júnior – Delegado de Polícia
– SP
Com a tentativa de intimidar os integrantes dos órgãos de repressão,
um “Tribunal Popular Revolucionário” decidiu “justiçar” um membro

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do DOI/CODI/II Exército. O escolhido foi o delegado de polícia
Octávio Gonçalves Moreira Júnior.
12/03/73 – Pedro Mineiro – Capataz da Fazenda Capingo
“Justiçado” por terroristas na Guerrilha do Araguaia.
24/07/73 – Francisco Valdir de Paula – Soldado do Exército – região
do Araguaia – PA
Instalado numa posse de terra, no município de Xambioá, fazendo
parte de uma rede de informações montada na área de guerrilha, foi
identificado pelos terroristas e assassinado. Seu corpo nunca foi
encontrado.
1974:
10/04/74 – Geraldo José Nogueira – Soldado PM – São Paulo
Morto numa operação de captura de terroristas.

CONCLUSÃO
Mais de cinquenta anos da morte deste infame terrorista e fui
obrigado a ler e comentar uma obra literária tão absurda. Como
alguém pensa que pode está contribuindo para um mundo melhor
ensinando o que Marighella ensinou??? Mais do que ensinar,
Marighella liderou um bando de criminosos comunistas que tentaram
pelo terrorismo impor um regime tirano de Esquerda no Brasil. Por
isto termino este livro agradecendo aos militares que pouco antes do
meu nascimento em 1969 livrou o pais de gente como Marighella.
General Brilhante Ustra e o delegado de Polícia de São Paulo Sérgio
Paranhos Fleury fica o meu tributo. Terrorista tem que ser torturado
mesmo para entregar os comparsas e depois que for localizado deve
ser executado sumariamente como ocorreu com Marighella, é assim
que a banda toca. Criminosos devem ser replidos com o vigor e o
rigor que Deus capaitou o Estado para assim agir e proteger os
cidadãos.

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REFERÊNCIAS

1 - http://memorialdademocracia.com.br/card/marighella-e-abatido-
em-emboscada-em-sp
2 http://g1.globo.com/platb/geneton/2012/07/02/a-incrivel-historia-do-
guerrilheiro-que-recrutou-a-mae-para-a-luta-armada-participou-de-
justicamento-e-deu-aula-de-musica-a-criancas-e-hora-de-jogar-luz-
nos-poroes/ do dia 02/07/2012
3 - http://memorialdademocracia.com.br/card/o-ousado-sequestro-
do-embaixador-dos-eua
4 - http://portalctb.org.br/site/noticias/brasil/historica-greve-dos-300-
mil-completa-65-anos
5 - http://www.escolasempartido.org/corpo-de-delito-categoria/16-a-
glamorizacao-de-um-terrorista
6 - http://www.emdireitabrasil.com.br/index.php/diversos/161-um-
terrorista-chamado-de-heroi-do-povo-brasileiro.html
7 - https://resistenciambr.wordpress.com/2014/04/08/as-117-vitimas-
do-terrorismo-da-esquerda-no-brasil/

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LIVROS PUBLICADOS PELO AUTOR:
CIÊNCIAS
Biologia, O mito da Evolução
Baleias, maravilhas de Deus
Formigas, maravilhas de Deus
Pôr do sol, maravilha de Deus
Abelha sem ferrão, maravilha de Deus
As palmeiras, maravilhas de Deus
Orquídeas, maravilhas de Deus
101 maravilhas de Deus, Volume I
101 maravilhas de Deus, Volume II
101 maravilhas de Deus, Volume III
101 maravilhas de Deus, Volume IV
101 maravilhas de Deus, Volume V
101 maravilhas de Deus, Volume VI
Sexologia cristã
Botânica Bíblica
TEOLOGIA
Parapsicologia Bíblica
Compêndio teológico sobre o véu
Guia de Estudo Bíblico
Dogmatologia
Entenda a CCB – Volume I
Entenda a CCB – Volume II

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Javé, o Deus da Bíblia
A Triunidade de Deus
Como fundar uma Igreja
O Diabo está ao seu lado
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Livro de Enoque com comentários
Livros de Adão e Eva
BIBLIOLOGIA
Os quatro livros biográficos de Jesus
Primeira Carta aos Coríntios comentada
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O que é Igreja Católica Romana?
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Escrivão de Polícia é cargo técnico científico
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O instituto divino da Pena de Morte
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Bebida alcoólica não é pecado
Como se vestem os santos
Deus é machista
Você é invejoso, entenda isso
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