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Introdução
•A mastite é uma doença contagiosa e de fácil transmissão entre
as vacas.
•Ocorre em uma ou mais tetas e pode aparecer quando a vaca
está em lactação ou durante o período seco.
•Os impactos econômicos -
– Queda na produção leiteira,
–Perda na qualidade do leite,
–Maior custo de produção
–Descarte prematuro de vacas por perda de um ou mais quartos
mamários, que se tornam fibrosos e improdutivos.
•Sua magnitude varia conforme a intensidade do quadro e o
agente causador.
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CÉLULAS SOMÁTICAS
•São constituídas, em sua grande maioria, por leucócitos,
principalmente neutrófilos, e células de descamação do
epitélio secretor da glândula.
•Em um quarto mamário infectado, aproximadamente 99% de
todas as células do leite são leucócitos.
•A distribuição das células em uma glândula sadia é de 60% de
macrófagos, 25% de linfócitos e 15% de neutrófilos.
•Durante a evolução da mastite há um influxo maior dessas
células para a glândula mamária, conduzindo à elevação do
seu número no leite.
HOSPEDEIROS
•Qualquer tipo de animal que tenha glândula mamária;
•O grau de infecção vai depender da quantidade de leite
produzido, das medidas sanitárias adotadas, da imunidade do
animal e do agente envolvido.
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Etiologia
•A mastite é causada por pelo menos 100 tipos diferentes de
bactérias, sendo as mais importantes:
–Staphylococus aureus;
–Streptococcus agalactiae;
–Streptococcus disgalactiae;
–Streptococcus uberis;
–Escherichia Coli.
Características dos Agentes
Agente Família Características
Staphylococcus spp. Micrococcaceae Gram +, cocos (cachos de
uva), imóveis, anaeróbicos
facultativos
Streptococcus spp. Streptococcaceae Forma esférica (cocos), gram
+, anaeróbicos
facultativos,imóveis
Escherichia spp. Enterobacteriaceae Gram -, anaeróbicas
facultativas, não formadora
de esporos.
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Formas de Mastite
•A mastite pode apresentar duas formas:
1.Forma clínica
2.Forma Subclínica
Dados Epidemiológicos
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Importância da mastite subclínica
1.15 - 40 vezes mais prevalente que a forma clínica;
2. Normalmente precede a forma clínica;
3. Longa duração;
4. Difícil detecção;
5. Reduz a produção de leite;
6. Afeta a qualidade do leite;
7. Pode ser causa de novas infecções no rebanho;
Mastite Clínica
•SUB-AGUDA: Presença de coágulos e alteração de cor. Pode ou
não apresentar alterações no úbere;
•AGUDA: Queda na produção e alterações na composição do
leite, processo inflamatório do úbere;
•SUPER AGUDA: Alterações da mastite clínica e sinais clínicos
ocorrem de forma rápida e severa;
•CRÔNICA: Mastite de longa duração que pode permanecer
como subclínica ou alterar entre quadros de subclínica e
clínica;
•AMBIENTAL: Caracterizada pela forma aguda, causando
violenta resposta inflamatória, sempre deixando sequelas,
quando se consegue evitar a perda do animal.
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Fontes de Transmissão
•As principais fontes de transmissão da mastite são:
1.Meio ambiente:
–Solo
–Cama
–Água
–Moscas
2.Ambiente da ordenha:
–Mãos
–Material de limpeza do úbere
–Equipamento de ordenha
Patogenia
•O teto é a primeira linha de defesa contra a penetração de
organismos patogênicos no úbere;
•A invasão do teto geralmente ocorre durante a ordenha por
organismos presentes no próprio teto, na mão do
ordenhador ou nos equipamentos de ordenha;
•Depois da ordenha, o canal do teto permanece dilatado por
uma a duas horas; entretanto, o canal de um teto machucado
permanece parcialmente aberto.
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Patogenia
•Organismos do ambiente (fezes, material da cama, etc.) ou
aqueles encontrados na pele machucada da ponta do teto
podem facilmente invadir um canal aberto ou parcialmente
aberto;
•Infecções começam quando microrganismos penetram no
canal do teto e multiplicam-se na glândula mamária;
•Dando início a uma resposta de defesa do organismo pelas
células somáticas, provocando uma reação inflamatória.
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Diagnóstico
•O diagnóstico é feito baseado nos sintomas clínicos, isto é,
sinais visíveis a inflamação, como dor, em um ou mais
quartos;
•Recusa a ordenha;
•Leite com sangue, pús, flocos, ou dessorando.
Diagnóstico
–Contagem de Células Somáticas
–Contagem Bacteriana Total - CBT
–Cultura e isolamento dos agentes etiológicos;
–Antibiograma para um tto efetivo.
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CCS
Cultura Microbiológica
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Diagnóstico
Para o diagnóstico da mastite sub-clínica, há necessidade
do uso de diagnósticos auxiliares de campo e laboratório, tais
como:
–Califórnia Mastite Test - CMT;
–Condutividade Elétrica do Leite;
–Contagem de Células Somáticas.
Califórnia Mastite Test (CMT)
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Teste da Caneca Telada
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Controle, Prevenção e Tratamento
•Os princípios básicos para o controle da mastite
baseiam-se na:
–Diminuição da exposição das tetas aos patógenos;
–Aumento da resistência imunológica da vaca;
–Isolamento do agente patógeno;
–Antibiograma;
–Antibioticoterapia.
Controle, Prevenção e Tratamento
•A atenção deve estar voltada para o manejo correto da
ordenha, instituir treinamento aos ordenhadores, e fazer
desinfecção das teteiras após a ordenha;
•Na desinfecção da superfície das tetas, deve-se realizar a
desinfecção antes e depois da ordenha, que é a imersão
completa das tetas em solução desinfetante – Pré e Pós
dipiing.
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Deve-se evitar
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Controle, Prevenção e Tratamento
•O tratamento com antimicrobianos é uma medida
realizada no controle da mastite.
–As metas da terapia antimicrobianas são:
•Prevenção da mortalidade nos casos agudos;
•Retorno a composição e produção normal do leite;
•Eliminação das fontes de infecção e prevenção de
novas infecções no período seco.
VACINAS
•As vacinas utilizadas apresentam relativa eficácia contra
Staphylococcus aureus e Escherichia coli.
•Estão sendo utilizadas com o intuito de alcançar pelo menos
um dos objetivos:
1.Prevenir a ocorrência de novas infecções intra-mamárias;
2.Reduzir a gravidade e frequência de sintomas clínicos;