Solano Lopes e mais as condecorações de Cavaleiro e Oficial da Ordem da Rosa e
Cavaleiro da Ordem de S. Bento de Aviz.
2
Na opinião de Firmo Freire, Oliveira Valadão “Sergipano e modesto (...)
velho soldado que na atividade de militar foi sempre soldado, contendo os desmandos
revolucionários, contendo o estrangeiro invasor (...). Além de ser general e ter lutado
contra forças estrangeiras, ele atuou também contra as revoluções e seus desmandos, ou
seja, tinha sufocado os movimentos sociais que ocorreram no Brasil entre o final do
Império e início da República. (....) O soldado de outrora ao invés de buscar o descanso
foi governar Sergipe com tolerância e bondade.
3
Como político ocupou o cargo de “Secretário” da Presidencia da República
na gestão Floriano e Chefe de Polícia do Rio de Janeiro. Foi eleito Deputado
Constituite por Sergipe, tomando parte da “Comissão dos 21”, como membro,
incumbida de elaborar a Constituição da República., “Presidente do Estado de Sergipe”
em duas oportunidades – entre 1894 e 1896
4
, depois de um golpe perpetrado contra o
Presidente Eleito José Calazans e se legitimar no poder e; entre 1914 a 1918; Também
exerceu mandato de de Deputado Federal no biênio 1903-1904 e reeleito para o biênio
1906-1908, mandato interrompido para assumir a Senatoria no lugar de Olympio
Campos e reeleito em 1912. Em 2 de fevereiro de 1919, foi mais uma vez eleito senador
federal, cargo em que o veio surpreender a morte, terminando assim a sua carreira
política.
Em sua segunda passagem pelo governo do Estado autorizou a construção
de vários Grupos Escolares, dois deles situados na Capital de Sergipe – o Grupo Escolar
General Valadão e o Grupo Escolar Barão de Maruim. O primeiro estabelecimento
funcionou, até certo tempo, no prédio onde se encontra instalado, atualmente, a
Secretaria de Segurança Pública, na praça Tobias Barreto. O outro grupo escolar
também de estilo arquitetônico eclético, localizava-se na Avenida Ivo do Prado,
funcionando até 1950 no prédio onde se instalou depois a antiga Faculdade de Direito.
5
No fim de sua vida pública, em sua segunda passagem pelo governo do
Estado de Sergipe, o general Oliveira Valadão tentou constituir o novo perfil de cidadão
sergipano, edificando escolas que teriam como atribuição preparar a juventude para a
labuta e luta em defesa da pátria.
2
GUARANÁ, Armindo. Dicionário Biobibliográfico Sergipano, p. 412-415.
3
FREIRE, Firmo. Pronunciamento na Inauguração do Grupo Escolar Barão de Maroim. In: Correio de
Aracaju. Aracaju. 10-07-1917, n° 2083. Citado por Magno F. de J. Santos. O quartel infantil:
representações dos grupos escolares sergipanos. SCIENTIA PLENA; VOL. 7, NUM. 7; 2011 p. 5. Para
alguns, essa “assertiva foi uma tentativa de desvencilhar o governante da imagem construída no
decorrer de sua primeira gestão (1894-1896), marcada fortemente pelos atos de violência contra os
opositores”.
4
No campo educacional, merece destaque a publicação da Lei n.º 107, de cinco de fevereiro de 1895, que
determinava que a instrução secundária ministrada no Atheneu passasse “a ser regulamentada pelo
programa do Ginásio Nacional”. Cf. Maria Thetis Nunes, História da Educação em Sergipe, p. 183-
184. Luiz Eduardo Meneses de Oliveira. A HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA DA LITERATURA
INGLESA: uma história do ensino de inglês no Brasil (1809-1951, P.59
5
Ver Miguel André Berger. Grupo Escolar – o Ingresso da Instrução Pública na Era da Modernidade in
http://www.faced.ufu.br/nephe/images/arq-ind-nome/eixo8/completos/grupo-escolar-o-ing.pdf.
Segundo o autor, tais iniciativas, contudo, pouco contribuíram para atender às necessidades de
instrução, já que o sistema primário não acompanhava o ritmo de crescimento demográfico do Estado.