VitorCarvalho1
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Jan 18, 2011
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About This Presentation
Powerpoint de Psicologia - 12ºAno
Prof. Isabela Teixeira - ESDD - Lisboa
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Added: Jan 18, 2011
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Slide Content
A MENTE
Alguns aspectos da história da
mente…
Durante muito tempo o conceito de mente
esteve associado à dimensão cognitiva do
ser humano. Correspondia ao raciocínio,
abstração … ao pensamento.
No final do século XX esta concepção é
revista. Para isso contribuíram as
neurociências. Compreendeu-se finalmente
que a mente humana implicava também a
emoção, os sentimentos, a afectividade, a
acção.
Processos cognitivos: correspondem aos
processos, complexos, de criação, de
transformação e de utilização de informação do
meio.
Os principais processos cognitivos são:
1 – a percepção
2 – a aprendizagem
3 – a memória
1 – A PERCEPÇÃO
Percepção: designa o conjunto de mecanismos
fisiológicos e psicológicos cuja função geral é a
apreensão e interpretação de informação proveniente
do meio ou do próprio organismo.
Assim sendo, a percepção supõe:
oContacto com o mundo
oExige a presença do objecto/realidade a conhecer
oOrganiza e interpreta as informações
oSupõe os órgãos dos sentidos.
SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
SENSAÇÃO: é o primeiro contacto que estabelecemos
com o meio ambiente. Existe nos órgãos receptores e
está associada à recepção dos estímulos dos órgãos
dos sentidos. Normalmente são traduzidas em
impulsos nervosos que são conduzidos ao sistema
nervoso central e processados pelo cérebro.
PERCEPÇÃO: processa a informação sensorial. Não
se limita ao registo da informação, mas atribui-lhe um
sentido de acordo com a nossa experiência. Têm um
carácter activo, uma vez que são fruto de um trabalho
complexo de análise e de síntese. Não reproduz o
mundo como um espelho, mas elabora sobre ele uma
representação.
FACTORES QUE DETERMINAM A
CONSTÂNCIA PERCEPTIVA
1 – CONSTÂNCIA DO TAMANHO : o tamanho de um
objecto é percepcionado independentemente da
distância a que se encontra.
2 – CONSTÂNCIA DA FORMA : reconhecemos o objecto
independentemente das alterações a que esteja sujeito.
3 – CONSTÂNCIA DO BRILHO E DA COR : a memória retém
as características dos objectos no que respeita ao brilho
e à cor.
FACTORES QUE AFECTAM O MODO
COMO PERCEPCIONAMOS O MUNDO
A motivação
A expectativa
Os interesses
Os estados emocionais
Todos estes factores provam o carácter
de subjectividade inerente à percepção.
PERCEPÇÃO SOCIAL : processo que está na
base das interacções sociais. Os valores sociais
e as experiências socioculturais influenciam o
modo como se percepcionam o mundo e a
sociedade. Assim sendo, podemos afirmar que
a cultura influencia a forma como
percepcionamos o mundo.
Fazer a Ficha de trabalho “A percepção”, página
51
2 - MEMÓRIA
Da história …
oA Mitologia grega reflecte a importância desde sempre
dada à memória. Mnemosine era a deusa da memória,
mãe das 9 musas que presidiam às letras, ciências e
artes.
oNo séc. IV a.C. Aristóteles falava da faculdade de
conservar o passado.
oAo longo do tempo desenvolveram-se técnicas para
desenvolver a memória
oMagos, feiticeiros e alquimistas procuraram substâncias
que aumentavam o poder da memória
oO computador, hoje em dia, é a resposta mais recente à
necessidade de preservar as informações que a
memória não consegue reter.
MEMÓRIA: é o processo dinâmico que
consiste na codificação, armazenamento e
recuperação dos conteúdos mnésicos ou de
informação.
A memória implica tratamento de informação. A
esse respeito distinguem-se três tipos de
operações: a codificação, o armazenamento e a
recuperação.
ESTÁDIOS PARA A FORMAÇÃO E
RECUPERAÇÃO DA MEMÓRIA
1 - CODIFICAÇÃO:É a primeira fase do processo
de formação de novas memórias. Toda a
informação implica a codificação dos dados
informativos, isto é, a sua transformação de
modo a poder ser armazenada na memória. Se
por vezes essa codificação é automática, outras
vezes temos de lhe dar uma forma que permita
memorizá-la e recordá-la.
Os dados são traduzidos num código que pode
ser acústico (memória ecóica), visual (memória
icónica) ou semântico.
ESTÁDIOS PARA A FORMAÇÃO E
RECUPERAÇÃO DA MEMÓRIA
2 – ARMAZENAMENTO : é o processo mediante o
qual mantemos na memória a informação que
foi adquirida. A informação é conservada por
períodos mais ou menos longos de tempo, para
poder ser utilizada quando necessário. Cada
informação (engrama) produz modificações nas
redes neuronais que permitem que se recorde o
que se memoriza.
3 – RECUPERAÇÃO : quando precisamos,
procuramos recuperar, actualizar a informação
armazenada, para a utilizar na experiência
presente. Reactualizar significa pois localizar a
informação armazenada e fazê-la aceder à
consciência
TIPOS DE MEMÓRIA: MEMÓRIA A CURTO
PRAZO
Retém a informação durante um período limitado de
tempo, podendo ser esquecida ou passar a memória de
longo prazo. Apresenta duas componentes:
Memória imediata: É uma armazém com capacidade
limitada (7 itens ou peças de informação) que consegue
manter a informação durante 20 a 30 segundos.
Memória de trabalho: a informação mantém-se enquanto
for útil.
NOTA: qualquer informação que tenha estado na memória
a curto prazo e se tenha perdido, estará perdida para
sempre.
TIPOS DE MEMÓRIA: MEMÓRIA A LONGO
PRAZO
Permite conservar dados, informações, durante
dias, meses, anos, ou mesmo toda uma vida.
Contém dados que têm a sua origem na
memória a curto prazo.
Existem dois tipos de memória a longo prazo:
Memória não declarativa: memória automática
que permite realizar tarefas básicas, associadas
a comportamentos motores.
Memória declarativa: memória explicita,
associada a factos, informações gerais e
episódios ou acontecimentos pessoais.
O ESQUECIMENTO
Incapacidade, provisória ou definitiva, em
recordar, recuperar dados, informações,
experiências que foram memorizadas. O
esquecimento é essencial à memória, uma vez
que tem uma função selectiva e adaptativa
O ESQUECIMENTO
FACTORES QUE INFLUENCIAM O
ESQUECIMENTO
1 . Esquecimento regressivo: ocorre quando
surgem dificuldades em reter novos materiais e
em recordar factos e nomes aprendidos
recentemente. É especialmente sentido em
pessoas de certa idade e pode estar associado
ao envelhecimento dos tecidos cerebrais.
2 . Esquecimento motivado: recordações penosas
e traumatizantes tendem a ser esquecidas para
evitar a angústia e ansiedade, permitindo assim
a manutenção do equilíbrio psicológico.
3 – Influência dos processos de interferência: as
novas memórias interferem com a
recuperação das memórias mais antigas.
- inibição proactiva: influência negativa que
a aprendizagem anterior tem sobre a recor-
dação de uma nova informação
- inibição retroactiva: efeito negativo que a
informação nova tem sobre a anterior.
O ESQUECIMENTO
“ A MEMÓRIA É ASSIM COMO UM ALBUM QUE
NOS RESTITUI MAIS OU MENOS INTACTOS OS
FRAGMENTOS DA EXPERIÊNCIA”
Francois Pine
Memória, aprendizagem e identidade
pessoal
A memória permite-nos:
A adaptação ao meio, uma vez que é condição
indispensável da aprendizagem.
Atribuir significado às nossas experiências.
Constituir um “sentimento de si”, um
sentimento de identidade pessoal, dando
continuidade à nossa vida (Ex. amnésia )
PERCEPÇÃO SOCIAL : processo que está na
base das interacções sociais. Os valores sociais
e as experiências socioculturais influenciam o
modo como se percepcionam o mundo e a
sociedade. Assim sendo, podemos afirmar que
a cultura influencia a forma como
percepcionamos o mundo.
Ficha de trabalho “A memória”, página 53
A APRENDIGAZEM
Aprendizagem: modificação relativamente
estável do comportamento ou do conhecimento,
que resulta do exercício, experiência, treino ou
estudo. Envolve processos cognitivos,
motivacionais e emocionais e manifesta-se em
comportamentos.
TIPOS DE APRENDIGAZEM
1 – APRENDIZAGEM NÃO ASSOCIATIVA
Este tipo de aprendizagem realiza-se mediante
duas formas:
Habituação: consiste em aprender a reagir
apenas ao estímulo seleccionado (um estímulo
sem importância ou benigno).
Sensibilização: aprendem-se as propriedades
de um estímulo ameaçador ou prejudicial.
TIPOS DE APRENDIGAZEM
2 – APRENDIZAGEM ASSOCIATIVA
É um tipo de aprendizagem mais complexa, que
pode ser abordada em duas perspectivas:
O condicionamento clássico
O condicionamento operante
CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
Autor: Ivan Pavlov
Situação: Experiência do cão: um reflexo neutro (uma
campainha) é emparelhado com um estímulo não
condicionado – comida e vai produzir uma resposta não
condicionada (reflexo – salivar).
Resultado: o estímulo neutro torna-se um estímulo
condicionado, isto é, um estímulo que por si só
desencadeia uma resposta condicionada.
Conclusão: aprendemos com o que nos acontece.
Manual pág: 48
CONDICIONAMENTO OPERANTE
Autor: Skinner
Situação: Experiência dos ratos. Em determinada
situação, um comportamento ou resposta está na
origem de consequências agradáveis ou desagradáveis.
Resultado: Se tem consequências agradáveis, um
comportamento é fortalecido, passando a ser emitido
com mais frequência; se tem consequências
desagradáveis (punição), um comportamento é
enfraquecido, passando a ser emitido com menos
frequência.
Conclusão: aprendemos com as consequências dos
nossos actos, isto é, com o resultado do que fazemos.
Manual pág: 49/50
TIPOS DE APRENDIGAZEM
3 – APRENDIZAGEM POR OBSERVAÇÃO E
IMITAÇÃO
Este tipo de aprendizagem pode ser definida
como a modificação de um indivíduo, através da
observação de uma sequência como se o
próprio observador estivesse envolvido nessa
sequência de acontecimentos.
“Aprendemos sobretudo com as consequências
dos actos das outras pessoas, ou seja,
observando os resultados do que os outros
fazem” Bandura
A APRENDIGAZEM
Aprendizagem por observação e imitação
http://www.youtube.com/watch?
v=quqkR_LlQ5U
http://www.youtube.com/watch?
v=kjTJmp3kXaU
TIPOS DE APRENDIGAZEM
4 – APRENDIZAGEM COM RECURSO A
SÍMBOLOS E REPRESENTAÇÕES
Toda a aprendizagem envolve uma relação e
uma integração em relação a conhecimentos e
pré-requisitos anteriores. Pressupões todo um
conjunto de competências e esquemas mentais
que obrigam à compreensão de uma simbologia
e à capacidade de elaborar representações.
COMO APRENDER?
A aprendizagem implica a existência de alguns
factores (manual pág: 54)
A motivação
Os conhecimentos anteriores
A quantidade de informação
A diversificação das actividades
A planificação e a organização
A cooperação.