«Mestre Finezas» de Manuel da Fonseca

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Slide Content

«Mestre Finezas»
Manuel da Fonseca, Aldeia Nova, 9ª ed., Caminho, 1990

O nome da personagem sugere alguém que é
exímio (mestre) numa arte que exige delicadeza e
graciosidade.

Quem é Mestre Finezas?

Ilídio Finezas é casado com uma mulher
que está «entrevada» e com quem vive
numa vila, num «casebre próximo do
castelo», com dificuldades económicas.
Mestre Ilídio é barbeiro, mas tem uma
paixão pela música (toca violino) e pelo
teatro.

Estrutura do texto
1ª parte: o narrador parte do tempo presente
«Agora entro….»
2ª parte: recua a um tempo passado
«Lembro- -me muito bem de como tudo se
passava.»
3ª parte: regressa ao presente «Passaram
anos. Um dia, parti para os estudos. Voltei
homem.»

1.Nesse tempo tinha-lhe medo.
2.Jantávamos à pressa e nessas noites minha mãe
penteava-me com cuidado.
3.Mestre Finezas era o que mais se destacava.
4.Um dia, parti para os estudos. Voltei homem.
5.Agora entro, sento-me de perna cruzada, puxo um
cigarro.
6.Mestre Finezas passa necessidades.
7.Uma onda de ternura por aquele velho amolece-me.
8.Vai falar-me do abandono a que o votaram.
9.Mestre Finezas curvou a cabeça branca.

Os sentimentos do narrador em relação a Mestre
Finezas mudaram ao longo do tempo.
Infância

Idade adulta

Infância - Passado
Carlos detestava ir ao barbeiro «aquilo era pior que ir
para a escola».
Sentado num banquinho no meio da loja, enrolado numa
grande toalha, ficava apenas de cabeça de fora, sem se
poder mexer, à mercê das tesouradas de Mestre Finezas.
O barbeiro, alto, magro e de rosto severo, apavorava-o.
Os seus braços compridos pareciam garras erguidas
ameaçadoramente sobre a sua cabeça. Mestre Finezas
«Lembrava uma aranha.»

Infância - Passado
Carlos sentia também uma grande admiração por Mestre
Finezas.
O barbeiro impressionava-o pelas suas brilhantes
interpretações enquanto ator no grupo de amadores da
vila.
Além disso Carlos admirava Mestre Finezas pela forma
como ele tocava violino. «Era bem bonito. Uma melodia
suave saía da loja e enchia a vila de tristeza.»

Idade adulta - Presente
No presente o narrador entra na barbearia, senta-se «de
perna cruzada», pega num cigarro, mostrando à-vontade,
descontração.
Carlos cresceu, tornou-se um homem e vê em Mestre
Finezas «a mesma figura alta e seca», mas com cabelos
brancos. Não tem medo, mente-lhe para ele não sofrer.

Idade adulta - Presente
Tornou-se o seu confidente, numa época da vida em que
a vila o abandonou e «A loja está sempre deserta.»
Carlos sente carinho pelo velho barbeiro. «Uma onda de
ternura por aquele velho amolece-me.»

Recursos expressivos
«Via-lhe os braços compridos,
arqueados como duas garras
sobre a minha cabeça.»
«Lembrava uma aranha.»

Comparação
A utilização das duas comparações revelam a forma
como Carlos via o barbeiro, realçam o medo que
Mestre Finezas lhe inspirava.

«Eu não te disse
nada, Carlinhos,
mas, olha, tenho
vendido tudo
para não morrer
de fome… Tudo.
Mas isto!...»

Pronome demonstrativo / ponto de exclamação /
reticências
O pronome demonstrativo refere-se ao violino. Aquele
violino era a última recordação de Mestre Finezas do seu
passado de glória, de um passado em que era apreciado
pela sua arte sempre que o tocava.
O ponto de exclamação seguido de reticências realça o
tom emocionado com que as palavras foram
pronunciadas.
As reticências simultaneamente sugerem algo que ficou
por dizer, como por exemplo, «Mas isto eu não vendo
por nada neste mundo!».

Narrador / Mestre Finezas
Mestre Finezas «sonhou
ser um grande artista, ir
para a capital, e quem
sabe se pelo mundo
fora.», mas não
conseguiu.
O narrador falhou «um
curso» e vive «uma vida
de marasmo e
ociosidade.»
Ambos falharam, sentem-se derrotados.
.

Narrador / Mestre Finezas
Mestre Finezas sente que as
pessoas da vila, que no
passado o apreciavam, o
abandonaram; são
materialistas, insensíveis.
«Esta gente não pensa
noutra coisa que não seja o
negócio, a lavoura.»
O narrador sente
indiferença pela gente da
vila.
«Há entre mim e esta gente
da vila uma indiferença que
não consigo vencer.»
Ambos recordam o passado com saudade. «…o passado
vem-nos sempre à ideia como o tempo em que fomos
felizes.»

Diálogos Português 7º ano, Fernanda Costa, Luísa
Mendonça; Porto Editora, 1ª ed., 2013
Resolução do questionário de Educação Literária e
Leitura (com adaptações)
Ilustrações recolhidas da internet: (Scribd (trabalho
publicado por elsagiraldo); www.bazarbem.com; www.
minhasimagens.net; www.matoska.com;
pt.dreamstime.com; bealvalade.files.wordpress.com;
leituras-na-areia.blogspot.pt
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