aceptor final dos elétrons. Depois da glicólise, para que a respiração continue em seu fluxo normal,
com a sucessão do Cilco de Krebs para posteriormente a Cadeia de Transporte de Elétrons, é
imprescindível a presença do O2. Como já visto anteriormente, o saldo energético final da
respiração aeróbia são 6 ATP pela glicólise + 30 ATP pelo CK, totalizando 36 ATP. O rendimento
energético é de 288 Kcal ( 36x8Kcal), pensando-se que a combustão completa de um glicose libera
608Kcal, os 288Kcal compreende de 45% de rentabilidade, o que é considerado de alta eficiência,
visto que as máquinas contruídas pelos homens a rentabilidade é em torno de 5~30%. Abaixo a
síntese do saldo energético da respiração aeróbia:
Os vegetais possuem respiração aeróbia, mas são hábeis para a respiração anaeróbia
também, o que possibilita a permanência em condições sem oxigênio (anoxia) ou com níveis muito
baixos (hipoxia), típicos de solos encharcados ou compactados.
Após a glicólise, senão ocorrer O2, o vegetal irá pela via fermentativa, onde as enzimas
álcool desidrogenase ou lactato desidrogenase, atuarão no piruvato formando etanol + CO2, algum
lactato poderá ser formado, principalmente em estágios recentes de anoxia. No entanto a presença
de lactato reduz o pH do citoplasma, o que ativa a piruvato descarboxilase e inicia a produção de
etanol.
Para a formação do etanol ou lactato utiliza-se de 2 NADH que foram previamente
sintetizados na glicólise, o que diminui o saldo energético da glicólise e via fermentativa para
apenas 2ATP. Isso implica em um consumo exacerbado de glicose ou material de reserva, pois para
obter a mesma quantidade de ATP da via aeróbia, são necessários 18 glicoses (18x2 ATP= 36ATP).
O quociente respiratório é a relação entre o CO2 liberado e o O2 consumido, durante o
processo respiratório. Embora a glicose seja o principal substrato da respiração, existe ainda outros
substratos possíveis, tais como: amido, frutonas, sacarose, lipídeos, ácido orgânicos e em menor
escala as proteínas. Para identificar qual é o substrato utilizado na respíração, utiliza-se do
quociente respiratório:
QR= moles de CO2 liberado/ moles de O2 consumidos.
Se o QR<1 : lipídeos, é necessário maior quantidade de O2.
Se o QR >1: ácidos orgânicos (citrato ou malato, por exemplo)
Se o QR~1: carboidratos
PS1: se ocorrer mais de um substrato, o valor de QR será a média.
PS2: QR<1 pode ser de plantas com inanição, onde utiliza-se os lipídeos e possivelmente as
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