Casos de Psicopictografia Uma primeira definição de psicopictografia que emerge das leituras realizadas e da situação presenciada é de que se trata da atividade de produção de obras pictóricas por um médium, ou seja, um indivíduo com o atributo ou o dom de se comunicar com o além, quando incorporado pelo espírito de um artista desencarnado. Normalmente, a prática vem de certas características básicas : 1 - Desconhecimento prévio do médium de qualquer prática artística, ou seja , nunca fez nenhuma escola de pintura ou teve formação em artes. 2 - Grande produtividade do médium. 3 - Rapidez na execução dos quadros. 4 - Utilização de diferentes membros do corpo (mão direita e esquerda ou pés). O fenômeno da psicopictografia é de tradição espírita, tendo sido inaugurado por Victor Hugo (1802 – 1885), célebre escritor e poeta francês, autor de Os Miseráveis , em seu exílio entre 1853 e 1855, na ilha de Jersey, Canal da Mancha. Nesse período, Hugo participou de mesas girantes3, onde entrou em contato com os espíritos de Jesus Cristo, Maomé, Moliére, entre outros, que o levaram a desenhar centenas de obras, as quais tinham características insólitas, como a presença de impressões digitais, dobras do papel ao meio para permitir o espelhamento de manchas de tinta, rasuras, presença de penas de pássaros colados aos desenhos,manchas de café, etc. (PEIRY, 2001, p. 17-18).