d) Preconceituosa, pois critica tanto índios quanto negros, representando de modo positivo apenas o
elemento europeu, vindo com as caravelas.
e) Negativa, pois retrata a formação do Brasil como incoerente e defeituosa, resultando em anarquia e
falta de seriedade.
6. (ENEM/MEC) A polifonia, variedade de vozes, presente no poema resulta da manifestação do
a) Poeta e do colonizador apenas.
b) Colonizador e do negro apenas.
c) Negro e do índio apenas.
d) Colonizador, do poeta e do negro apenas.
e) Poeta, do colonizador, do índio e do negro.
7. (ESPM/SP) Todos os excertos abaixo confirmam o ideário de Oswald de Andrade quando defende: “A
língua sem arcaísmos. Sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros.”
(Manifesto da Poesia Pau-Brasil). Assinale o item que não se enquadra no referido ideário:
a) “O Arnesto nos convidô/Prum samba ele mora no Brais./Nóis fumu e num encontremo ninguém/Nóis
vortemo com uma baita duma réiva/Da outra veis, nóis num vai mais.” (Adoniram Barbosa);
b) “A gente viemos do inferno — nós todos — compadre meu Quelemém instrui.” (Guimarães Rosa);
c) “Beiramávamos em auto pelo espelho de aluguel arborizado das avenidas marinhas sem sol.” (Oswald
de Andrade);
d) “Então Macunaíma pediu fibra de curauá. Jiguê olhou pra ele com ódio e mandou a companheira
arranjar fio pro menino, a moça fez.” (Mário de Andrade);
e) “Invejo o ourives quando escrevo:/Imito o amor/Com que ele, em ouro, o alto relevo/Faz de uma flor.”
(Olavo Bilac).
8. (UPE) Um paralelo entre Machado de Assis e outros autores de escolas e épocas diferentes nos leva a
admitir que:
a) Machado de Assis, no Rio de Janeiro do século XIX, e Gregório de Matos, na Bahia barroca do século
XVII, foram críticos da sociedade em que viveram. Ambos criticaram a hipocrisia social com uma ironia
fina, discreta, requintada, sutil e feita nas entrelinhas.
b) Tomás Antonio Gonzaga, árcade em Vila Rica do século XVII, tem em comum com Machado a recusa
na intensificação da subjetividade e o racionalismo, que transforma a vida num caminho fácil e tranqüilo.
c) José de Alencar, ficcionista romântico da primeira metade do século XIX, como Machado, situa suas
narrativas urbanas na corte (Rio), onde a imitação dos costumes europeus se misturava com a
mediocridade da vida local. Porém, ambos não acertam o tom crítico, fazendo uma análise superficial dos
indivíduos e da sociedade.
d) Machado é realista, e Aluísio de Azevedo é naturalista. Ambos têm como características a objetividade,
a impessoalidade, o racionalismo e o pessimismo. Porém, enquanto Machado faz uma análise psicológica
e crítica dos valores sociais de uma forma implícita, com ironia, digressões e absoluta perfeição formal,
Aluísio faz crítica social explícita e busca personagens patológicos estereotipados, com os quais
desenvolve a teoria do determinismo.