Modernismo 2º fase

marinamatos332 912 views 5 slides Aug 26, 2012
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Colégio estadual dona G enoveva R ezende Carneiro Professora: Lucilei Aluna: Marina Matos Souto Aluno: Jair Firmino Neto Paixão Aluno: Yure Marcellos Pereira de Azevedo Série: 3º Turma: A Modernismo Segunda Geração

O Modernismo no Brasil – 2ª fase CONTEXTO HISTÓRICO : Recebendo como herança todas as conquistas da geração de 1922, a segunda fase do Modernismo brasileiro se estende de incorporando preocupações relativas ao destino dos homens e ao "estar-no-mundo". Período extremamente rico tanto em termos de produção poética quanto de prosa, reflete um conturbado momento histórico: no plano internacional, vive-se a depressão econômica, o avanço do nazifascismo e a II Guerra Mundial; no plano interno, Getúlio Vargas ascende ao poder e se consolida como ditador, no Estado Novo. Assim, a par das pesquisas estéticas, o universo temático se amplia, e surge um novo período na história literária do Brasil.

CARACTERÍSTICAS : Na prosa, foi evidente o interesse por temas nacionais, uma linguagem mais brasileira, com um enfoque mais direto dos fatos marcados pelo Realismo – Naturalismo do século XIX. O romance focou o regionalismo, principalmente o nordestino, onde problemas como a seca, a migração, os problemas do trabalhador rural, a miséria, a ignorância foram ressaltados. Além do regionalismo, destacaram-se também outras temáticas, surgiu o romance urbano e psicológico, o romance poético-metafísico e a narrativa surrealista. Entretanto , é na temática que se percebe uma nova postura artística: passa-se a questionar a realidade com mais vigor e, fato extremamente importante, o artista passa a se questionar como indivíduo e como artista em sua "tentativa de explorar e de interpretar o estar no mundo". O resultado é uma literatura mais construtiva e mais politizada, que não quer e não pode se afastar das profundas transformações ocorridas nesse período; daí também o surgimento de uma corrente mais voltada para o espiritualismo e o intimismo, caso de Cecília Meireles, de Jorge de Lima, de Vinícius de Moraes e de Murilo Mendes em determinada fase . É um tempo de definições, de compromissos, do aprofundamento das relações entre o "eu" e o mundo, mesmo com a consciência da fragilidade do "eu".

Dentre os muitos poetas e escritores dessa fase destacam-se : Na prosa: - Graciliano Ramos - Rachel de Queiros - Jorge Amado - José Lins do Rego - Érico Veríssimo - Dionélio Machado Na poesia - Carlos Drummond de Andrade - Murilo Mendes - Jorge de Lima - Cecília Meireles - Vinícius de Morais. PRINCIPAIS AUTORES

ANÁLISE DE OBRA LITERÁRIA: Vidas Secas : um romance de Graciliano Ramos, escrito entre 1937 e 1938, publicado originalmente em 1938. O livro, narrado em terceira pessoa, aborda a história de uma família de retirantes que vive em pleno agreste os sofrimentos da estiagem. Universo pobre de um homem (Fabiano), uma mulher (Sinhá Vitória), os filhos e uma cachorra (Baleia).  Fabiano, Sinhá Vitória e os filhos são exemplos de seres convertidos em criaturas, animalizados, brutalizados por causa da precariedade de suas condições de vida, enquanto abandonam a terra onde nasceram, ressequida, estéril, procuravam na cidade uma forma de sobrevivência.  Um trecho da obra que ilustra a perda de humanidade de Fabiano: "Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo(...)."  Ao longo deste romance, é muito comum as vozes do narrador e das personagens se confundirem, através do discurso indireto livre, um dos mais importantes recursos narrativos de Graciliano Ramos, cuja retórica, e de muitos verbalismos, parece se alojar no interior das personagens, fundindo homem e paisagem, ação e processos mentais.  Por essas razões, Graciliano Ramos significa a maturidade de nossa ficção regionalista, a expressão literária, a dimensão política, universal de nossos problemas aparentemente locais.
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