Diferenças entre o animal natural e o animal cultural
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Language: pt
Added: Jun 28, 2013
Slides: 26 pages
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Filosofia
Profº José Ferreira Júnior
Amala e Kamala encontradas em 1920, com
comportamento animal.
Quais as diferenças entre o homem e o animal?
Os animais são capacitados para
enfrentar certas dificuldades.
asas
Couro peludo
Armadura protetora
rapidez
Derruba qualquer animal.
Voa mais alto,
Enxergar mais longe,
Ser mais rápido,
O homem - ser cultural
Pelo controle do fogo e
habilidade de fazer roupas e
casas, o homem pode viver desde
os pólos da Terra até o Equador.
Ação por instinto – ação regida por leis
biológicas, idênticas na espécie e invariáveis de
indivíduo para indivíduo. Presente em todos os
animais;
Ação pela inteligência – é uma resposta ao
problema ou a situação nova de maneira
improvisada e criativa. Presente nos animais
superiores. Trata-se de uma ação flexível, ou seja,
suas respostas variam de acordo com a situação
e também de animal para animal.
Linguagem Programada – é idêntica em todos os
indivíduos da espécie. Ex.: o rosnar do cão;
Linguagem Rudimentar – encontra-se nos
animais superiores e se dá pela inteligência
mediante aprendizagem por reflexo condicionado.
Ex.: a linguagem de sinais ensinada aos
chimpanzés;
Linguagem Simbólica – pertencente aos seres
humanos, bem como é o divisor de águas entre a
natureza humana e dos animais: somos seres que
falam. É graças a ela que podemos abstrair o
mundo.
A Linguagem humana intervém como forma
abstrata que nos distancia da experiência vivida e nos
permite reorganizá-la em outro contexto, dando-lhe
novo sentido. É ela que nos possibilita o retorno para
agir sobre o mundo e transformá-lo.
O mundo que resulta do pensar e do agir humanos
não pode ser chamado de natural, pois se encontra
modificado e ampliado por nós. Portanto, as
diferenças entre ser humano e animal não são apenas
de grau porque, enquanto o animal permanece
mergulhado na natureza, nós somos capazes de
transformá-la em cultura.
A ação cultural é coletiva, por ser
exercida como tarefa social, pela qual a
palavra toma sentido pelo diálogo.
Cultura é o modo como indivíduos e
comunidades respondem às suas
necessidades e aos seus desejos
simbólicos.
O Mundo cultural é um sistema de significados já
estabelecidos por outros. Ao nascermos
encontramo-nos diante de valores já dado.
Todas as diferenças existentes no comportamento
modelado em sociedade resultam da maneira pela
qual são organizadas as relações entre os
indivíduos.
É por meio delas que se estabelecem os valores e
as regras de conduta que norteiam a construção
da vida social, econômica e política.
TRADIÇÃO E RUPTURA
Heidegger alerta para o mundo do “se”. Veste-se,
come-se, pensa-se, não como cada um gostaria de se
vestir, comer, ou pensar, mas como a maioria o faz.
Entretanto, assim como a massificação decorre da
aceitação sem crítica de valores impostos pelo grupo
social, também é verdade que a vida autentica nasce
na sociedade e a partir dela.
Se o processo de humanização se faz por meio das
relações pessoais, será dos impasses e confrontos
surgidos nessas relações que a consciência de si
poderá emergir lentamente. Ao mesmo tempo que nos
reconhecemos como seres sociais, também somos
pessoas, temos uma individualidade que nos distingue
dos demais.
TRADIÇÃO E RUPTURA
Apesar das sociedades tradicionais fixarem
hábitos mais duradouros que ordenavam a vida
de maneira padronizada com estilos e
comportamentos mais resistentes, a partir dos
anos de 1960 nota-se uma mudança de
paradigma, porque os parâmetros que vinham
orientando novo modo de pensar, valorar e agir
desde o Renascimento e a Idade Moderna
começam a entrar em crise no fim do século XIX.
Estamos vivendo a era da sociedade da informação e do
conhecimento, que tem transformado de maneira radical
todos os setores de nossas vidas.
A influência da mídia e da informática acelerou o processo
de globalização, a partir de uma nova rede de
comunicação que nos coloca em contato com qualquer
pessoa ou grupo em todos os lugares do planeta.
As grandes transformações que tiveram início no final dos
anos de 1960 e meados da década de 1970 criaram entre
outras inovações, uma nova estrutura social dominante: a
sociedade em rede.
A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Segundo o sociólogo Manuel Castells, uma
sociedade em rede é um conjunto de nós
interconectados e pode ser dos mais variados
tipos.
O desafio dos novos tempos é ser capaz de
selecionar a informação e refletir sobre seu
significado.
A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO
Os animais superiores, por mais adestrados que
sejam, jamais conseguirão transpor o limite que
separa a natureza da cultura. Haja vista que, esse
limiar encontra-se na linguagem simbólica, na
ação criativa e intencional, na imitação capaz de
efetuar transformações inesperadas.
A cultura é, portanto, um processo que
caracteriza o ser humano como ser de mutação,
que se faz à medida que transcende, que
ultrapassa a própria experiência.
Quando o filósofo francês contemporâneo
Georges Gusdorf – retomando de Heidegger e
Sartre citação similar – diz que “o homem não
é o que é , mas é o que não é”.
O homem define-se pelo lançar-se no futuro,
antecipando, por meio de projetos, sua ação
consciente sobre o mundo.
Trata-se, portanto, de uma postura existencialista,
ou seja, o ser humano está aberto a possibilidade
de construir ele próprio sua existência.
Quer mostrar assim, que o homem não se define
por uma essência, ou seja, que o mesmo possui
uma mesma natureza universal, idêntica em
todos os tempos e lugares.
E o que seria uma mera fragilidade, pois o ser
humano não se encontra, como os animais, em
harmonia com a natureza, é sua força, já que sua
característica mais nobre: é a capacidade de
produzir sua própria história e de se tornar sujeito
de seus atos.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS,
Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à
Filosofia. 4. ed. Ver. São Paulo: Moderna, 2009.
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