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De Stijl – Neoplasticismo HolandêsDe Stijl – Neoplasticismo Holandês
“ Há uma antiga e uma nova consciência da época. A antiga volta-se
para o indivíduo, e a nova para o universal. O conflito entre o
individual e o universal reflecte-se na Guerra Mundial tanto quanto na
arte de hoje” Primeiro Manifesto do De Stijl, 1918
Um movimento que dura aproximadamente 14 anos - 1917-1931
Piet Mondrian – Pintor (1872-1944)
Theo van Doesburg – Pintor (1883-1931)
Gerrit Rietveld – Arquitecto
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De Stijl – Neoplasticismo HolandêsDe Stijl – Neoplasticismo Holandês
O Neoplasticismo foi um movimento artístico holandês que englobou as
artes plásticas, a arquitectura, o design e a literatura.
Estes autores preconizam a uma arte pura, clara, objectiva, não ilusória e
não representativa – e como tal antinaturalista – que utilizou formas
geométricas (quadrados e rectângulos), estáticas, pintadas de branco,
preto e cores primárias, limitadas quase sempre, por linhas verticais e
horizontais a negro, formando planos geométricos purose ortogonais .
Nas composições abstractas, estas formas e linhas estabelecem
múltiplas relações espaciais que assentam no equilíbrio, harmonia e
serenidade do ângulo recto, sem recorrerem à simetria, mas
organizadas dinâmica e ritmicamente,estando presentes em todas as
actividades artísticas neoplásticas, que utilizavam uma simbologia
universal – um código com um número limitado de formas e cores,
que pretendiam transmitir e configurar um número infinito de
mensagens.
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De Stijl – Neoplasticismo HolandêsDe Stijl – Neoplasticismo Holandês
•Estas características estilísticas visavam atingir uma visão impessoal
e objectiva da arte, através de uma estética nova (neo) e universal.
Procuravam a perfeição e a verdade supremas, ultrapassando o
mundo físico e emotivo, de modo a atingir o mundo mental. Este
movimento teve como grande objectivo a “eliminação do trágico da
vida”, que se manifesta no desequilíbrio e nas lutas entre o individual
e o universal, e entre o Homem e a Natureza.
•Por isso o Neoplasticismo contestou as artes do passado e do
presente, em particular o Expressionismo, por veicularem os aspectos
sensoriais e emotivos da vida.
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Outros nomes: J.J. P. Oud, Van der Leck e Van Doesburg
Proposta de um equilíbrio entre o individual e o universal; Liberação da
Arte tanto das coerções da tradição quanto do culto da
individualidade.
“O Objeto da natureza é o homem, o objecto do homem é o estilo”
Piet Mondrian foi o grande animador e teórico do Neoplasticismo. O seu
percurso artístico ficou marcado por uma pesquisa teórico-prática
constante. Sofreu influências dos simbolistas e fauves para, após
1911, evoluir no sentido de uma progressiva depuração plástica
conseguida pela sintetização das formas e das cores e,
simultaneamente, pela atribuição, a umas e outras, de siginificados
místicos e esotéricos.
Fruto do período em Paris com Van der Leck e contacto com as obras
Cubistas de Braque e Picasso.
Piet Mondrian realiza as primeiras composições que consistiam em
linhas verticais e horizontais quebradas, em meados de 1914. Por volta
de 1920, definiu a obra neoplástica tal como a conhecemos hoje.
•Se o criador da revista
“DE STIJL” foi Theo
Van Doesburg, teórico e
propagandista
incansável,
assemelhando-se neste
aspecto ao líder do
futurismo Marinetti;
•A grande figura do
movimento foi Piet
Mondrian (1872-1944).
•Durante os três primeiros
anos do STIJL, a revista
dedicou-se a Mondrian e
à defesa da sua teoria:
o Neo-Plasticismo.
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A Paleta de Cores restringia-se às Primárias:
Vermelho
Amarelo
Azul
+ cinza e Branco
Em 1917 – Mondrian publica o seu texto teórico Neoplasticismo em
pintura, publicado no primeiro numero da revista De Stijl.
Composições planas,
colocadas dentro do “raso
espaço” do plano pictórico
branco.
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1911 - Natureza morta com pote de gengibre I . Óleo sobre canvas.
Solomon R. Guggenheim Museum.
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1911 - Natureza morta com pote de gengibre II. Óleo sobre canvas.
Solomon R. Guggenheim Museum.
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Árvore Vermelha no entardecer, 1908
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Árvore Cinza, 1911.
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Árvore Cinza, 1911.
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Árvore Florida, 1912.
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Composição número II, 1913.
15Composição na Ogiva
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1920 - Composição com preto, vermelho, cinza, amarelo e azul
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1925 - Composição lozangular com preto, vermelho, cinza, amarelo e azul
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1924-25 - Composição em vermelho, amarelo e azul
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1927 - Composição em vermelho, amarelo e azul
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1935-42 - Ritmo de linhas retas
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1935-42 - Composições em Vermelho, Amarelo e Azul
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1935-42 - Broadway Boogie Woogie
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Outros artistas que ingressam no movimento...
El Lissitzky (arquitecto, pintor e artista gráfico), Van Easteren (arquitecto
holandês), Hans Richter (cineasta que convida Van Doesburg para a
Alemanha e Gropius convida-o para a Bauhaus)
Da maior importância para a segunda fase do movimento que vai até
1925 foi o encontro de Van Doesburg com Lissitzky. Exactamente
dois anos antes desse encontro, Lissitzky havia desenvolvido a sua
forma própria de expressão elementarista, trabalhando em conjunto
com Kasimir Malevich na escola Suprematista de Vitebsk, Rússia.
Van Doesburg e Van Eesteren começam a projectar através de
maquetas e desenhos axonométricos, estruturas arquitectónicas
hipotéticas, cada qual compreendo um conjunto assimétrico de
elementos planos articulados suspensos no espaço ao redor de um
centro volumétrico.
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Composição com cor-de-laranja nº58, Georges Vantangerloo
29Três direcções de um plano, Georges Vantangerloo
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1923 – University Hall – Projecto, Theo Van Doesburg
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Estudo de cores para obra arquitectónica (pormenor), Theo Van Doesburg
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Van Eesteren
(esquerda) e
Van Doesburg
preparando-se
para a Exposição
Rosenberg em
Paris, 1923, com
uma Maquete da
sua casa do
artista.
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Van Doesburg. Modelo de um Hotel Particular. 1923
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Van Doesburg.
Casa do Artista.
1923
Van Doesburg. Casa Particular. 1923
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1927-28 – Café L’Aubette, Theo Van Doesburg e Hans Arp
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Gerrit Rietveld
Estética neo-plástica em três dimensões
Em 1917 – surge a famosa cadeira vermelha e Azul.
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Gerrit Rietveld com maquete.
Fonte: BROWN, T. The work of
Gerrit Rietveld, architect. Utrecht,
A.W.Bruna & Zoon
Cadeira Zig-
Zag, 1940.
Cadeira de
Criança,
1915.
Luzes em
tubo, 1920.
Mobiliário
casa
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Carrinho de mão para criança, Rietveld, 1923
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Gerrit RIETVELD
Casa Schröder
1924 – Utrecht
Casa Shoröder-Schäder, 1924
Interior da casa Schröder.
Gerrit RIETVELD
Casa Schröder
1924 – Utrecht
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1925
2005
Ver site: www.rietveldschroderhuis.nl/rshEng.jsp
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A Casa estava de acordo com os ditames do arquitecto, pois era
elementar, económica e funcional, não-monumental e dinâmica;
anti-cúbica na sua forma, ou seja, não tenta congelar as
diferentes células espaciais funcionais num cubo fechado; pelo
contrário, lança-as centrifugamente, a partir do núcleo do cubo, e
é anti-decorativa na sua cor.
O seu principal nível habitacional no piso superior, com a sua
“planta transformável” aberta, exemplificava, apesar da sua
construção tradicional em alvenaria e madeira, o seu postulado
de uma arquitectura dinâmica liberta do empecilho de paredes
estruturais e das restrições impostas por aberturas.