5.3 A Nova Jerusalém tem iluminação própria (Ap 21.11). A sua luz desta cidade é semelhante a uma pedra preciosa.
Iluminada pela glória de Deus, sua luz tem a resplandecência do jaspe. Não haverá mais templo, Sol, Lua e noite (Ap
21.22,23; 22.5). A existência de algum astro não fará sentido, pois a glória de Deus iluminará a Santa Cidade.
5.4 A Nova Jerusalém tem uma arquitetura própria (Ap 21.12-14). A cidade possui um grande e alto muro com doze
portas sendo três de cada lado e nos fundamentos dos muros estão os nomes dos doze apóstolos. Na antiga cidade de
Jerusalém, havia também doze portas, sendo, por assim dizer, uma cópia da Jerusalém celestial ( Hb 8.5; 9.23; Ap 21.12).
5.5 A Nova Jerusalém tem uma dimensão própria (Ap 21.16). O seu arquiteto e construtor é o próprio Deus (Hb 11.10).
A cidade é quadrangular perfazendo um total de doze mil estádios
de comprimento (Ap 21.16-21). Sua área total, pois, seria
equivalente a metade do Continente Americano. A cidade será um perfeito cubo como o Santo dos santos. Por inferência,
podemos dizer que a cidade será um imenso “Santos dos santos” (HORTON, 2001, pp. 305,06).
5.6 A Nova Jerusalém tem um tipo de material próprio (Ap 21.18). O livro do Apocalipse traz muitas alusões ao ouro.
Mas, tudo nos leva a crer que o ouro ali descrito refere-se a um material desconhecido aqui na terra, de qualidade
infinitamente superior, e que é descrito como ouro apenas para que possamos ter a ideia da beleza que está reservado para
os salvos no futuro.
5.7 A Nova Jerusalém tem um reino próprio (Ap 22.5). O reino de Cristo não está limitado a mil anos, pois, Ele reinará
para sempre (2Sm 7.13,15; Lc 1.32,33; Ap 11.15). O reino milenar se funde com o reino eterno, e então os santos são
descritos reinando não apenas por mil anos, mas, continuam a reinar pela eternidade (Sf 3.20) (PENTECOST, sd, p. 573).
VI - AS CARACTERÍSTICAS DO PERFEITO E ETERNO ESTADO
Chegará de fato o fim do mundo (2Pe 3.7,10-12), que ensejará um novo início, o começo do “dia da eternidade”
(Lc 20.35; 2Pe 3.18; Ap 21-22). Nos Novos céus e nova terra (Ml 4.1; 2Pd 3.7,10), o pecado terminará o seu curso. Os
salvos já estarão glorificados e os perdidos estarão no seu lugar, no Inferno. Céus e terra serão renovados e tornar-se-ão
como eram no princípio no Éden antes da queda (Gn 2.8). Então, Deus será tudo em todos (1Co 15.28), e para sempre
continuará o eterno e perfeito estado e todas as coisas terão sido restauradas (At 3.21; Dn 7.18). As infinitas belezas
celestiais irreveladas começarão a ser conhecidas (1Co 2.9) (GILBERTO, 2007, p 103). Vejamos:
6.1 A comunhão será perfeita (Ap 14.13; 19.1; 21.2,11; 22.4). Através da fé em Cristo, nós podemos desfrutar de uma
comunhão com Deus já no presente século (1Co 1.9; Fp 2.1; 1Jo 1.3). Mas, no futuro, esta comunhão será ainda mais
perfeita (1Co 13.12; 1Jo 3.2).
6.2 O conhecimento será perfeito (1Co 13.10,12; Cl 3.4). Devido às limitações humanas, todos necessitamos de estudos,
pesquisas e de aprendizado. Até mesmo para conhecer “as coisas de Deus”, nós necessitamos, além da Bíblia, de livros e de
tratados teológicos. Porém, no futuro, os mistérios de Deus serão revelados.
6.3 O serviço será perfeito. Ao contrário do que muita gente pensa, o céu não é um lugar de ociosidade. Aquele que
colocou o homem no primeiro paraíso, e deu-lhe instruções para o lavrar e guardar (Gn 2.15), certamente não deixará o
homem sem ter o que fazer no segundo paraíso: "... e os seus servos o servirão" (Ap 22.3).
6.4 A vida será perfeita e abundante (1Tm 4.8). Enquanto estivermos aqui no mundo, todos estamos sujeitos ao
sofrimento (Jo 16.33). Na eternidade, os salvos estarão livres de todo sofrimento (Ap 21.4; 22.3; Rm 5.12; Is 35.10; 65.19).
Ali não haverá mais morte (Ap 20.14; 21.4; 1Co 15.26,55; Ap 20.14).
6.5 Não haverá mais pecado, pecadores e maldição (Ap 21.17; 22.3). Nada que contamine e ninguém que cometa pecado
entrarão na Santa Cidade (Ap 21.8; 22.15,). Somente os purificados pelo sangue do Cordeiro, inscritos no livro da vida,
entrarão nela pelas portas (Ap 21.27; 22.14). O pecado, e a maldição decorrente dele (Gn 3.17; G1 3.13), serão, então,
extinguidos, cumprindo-se plenamente o que está escrito em João 1.29.
6.6 Terá um governo e habitantes perfeitos (Ap 21.24-26). O seu governante é o próprio Deus na pessoa de seu amado
Filho. Tudo será administrado com perfeição máxima. Os redimidos de todas as eras lá estarão. Ali, os patriarcas, profetas e
apóstolos receberão elevadas distinções (Lc 13.28; Ap 21.14). As tribos de Israel serão igualmente honradas (Ap 21.12).
CONCLUSÃO
Vimos que uma das mais belas descrições do livro do Apocalipse foi a da “Nova Jerusalém” e dos “Novos Céus e
Nova Terra”. Que possamos permanecer firmes até vinda do Senhor Jesus para que tenhamos acesso a essa Nova Cidade e
a essa nova Terra futura que está preparada para os fiéis.
REFERÊNCIAS
·LAHAYE, Tim. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. CPAD.
·STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
·ZIBORDI, Ciro Sanches. Teologia Sistemática Pentecostal. CPAD.
·ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Dicionário Teológico. CPAD.