BEM
Aquilo que enseja as condições ideais ao equilíbrio, à
manutenção, ao aprimoramento e ao progresso de uma
pessoa ou de uma coletividade.
Segundo o Espiritismo, tudo o que está de acordo com
a lei de Deus.
BEM
O bem está relacionado à virtude: “A virtude, no mais alto
grau, é o conjunto de todas as qualidades essenciais que
constituem o homem de bem. Ser bom, caridoso,
laborioso, sóbrio, modesto, são qualidades do homem
virtuoso. [...]”
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. 17, item 8.
MAL
Para a moral, é o contrário debem.
Aceita-se, também, como mal, tudo o que constitui
obstáculo ou contradição à perfeição que o homem é capaz
de conceber, e, muitas vezes, de desejar.
Divide-se em:mal metafísico (imperfeição);mal
físico(sofrimento);mal moral("pecado").
Segundo o Espiritismo, tudo o que não está de acordo com
a lei de Deus.
MORAL
“A moral é a regra de bem proceder, isto é, de distinguir o bem do
mal. Funda-se na observância da lei de Deus. O homem procede
bem quando tudo faz pelo bem de todos, porque então cumpre a lei
de Deus.”
(O Livro dos Espíritos)
MORAL
A moralidade fundamenta-se no progresso espiritual das
pessoas, que é adquirido paulatinamente, através das
diversas experiências reencarnatórias, uma vez que a sua
base é o conhecimento e a práticada Lei de Deus.
Ou seja, acima de tudo, o progresso moral está intimamente
ligado à prática do bem.
MORAL
O sentido de moralidade é um só, ou seja, é a norma de
bem proceder em quaisquer circunstâncias.
Devemos cuidar para não confundir conveniências sociais
com a verdadeira prática da moral.
Em qualquer época, o homem que conhece e pratica a Lei
de Deus é um ser moral. É um ser que não se prende às
superficialidades das convenções e dos modismos da
chamada sociedade ou civilização moderna.
DISTINÇÃO ENTRE O BEM E O MAL
631. Tem meios o homem de distinguir por si mesmo o que é bem
do que é mal?
“Sim, quando crê em Deus e o quer saber. Deus lhe d eu
inteligênciapara distinguir um do outro.”
632. Estando sujeito ao erro, não pode o homem enganar-se na
apreciação do bem e do mal e crer que pratica o bem quando em
realidade pratica o mal?
“Jesus disse: vede o que queríeis que vos fizessem ou não vos fizessem. Tudo se resume nisso. Não vos enganareis.”
O Livro dos Espíritos
A questão das mudanças das nossas avaliações é um dos pontos centrais para o entendimento do bem e do mal.
Malinovsky, etnólogo polonês, ao estudar a moral sexual
dos selvagens australianos, chegou à conclusão de que
tudo o que entre nós é considerado válido e até santo, lá é
considerado mal. Embora haja uma moral objetiva,
traçada pelas leis divinas, só captamos o que a nossa visão
interior consegue abarcar.
O valordas coisas está constantemente alterando-se, principalmente devido à educação cultural dos diversos povos.
De acordo com a Doutrina Espírita, o problema do bem e
do mal está relacionado com as
leis de Deus
e o progresso
alcançado pelo Espírito ao longo das suas várias encarnações.
O MAL NÃO PODE TER ORIGEM EM DEUS
“Deus promulgou leis plenas de sabedoria, tendo por único
objetivo o bem. Em si mesmo encontra o homem tudo o que
lhe é necessário para cumpri-las. A consciência lhe
traça a rota, a lei divina lhe está gravada no coração e, ao
demais, Deus lha lembra constantemente por intermédio de
seus messias e profetas, de todos os Espíritos encarnados
que trazem a missão de o esclarecer, moralizar e melhorar
e, nestes últimos tempos, pela multidão dos Espíritos
desencarnados que se manifestam em toda parte...
O MAL NÃO PODE TER ORIGEM EM DEUS
...Se o homem se conformasse rigorosamente com as leis
divinas, não há duvidar de que se pouparia aos mais
agudos males e viveria ditoso na Terra. Se assim não
procede, é por virtude do seu livre-arbítrio: sofre então as
conseqüências do seu proceder.”
KARDEC, Allan. A Gênese, Itens 6-7, págs. 71-72.
O MAL NÃO PODE TER ORIGEM EM DEUS
Muitos pensam que Deus, que é o criador do mundo e de
tudo o que existe, também é o criador do mal. Para tanto, as
religiões dogmáticas elaboraram uma série de raciocínios
sobre ademonologia, ou seja, o tratado sobre o diabo.
Baseando-nos nessas imagens, seríamos forçados a crer que
existem dois deuses, digladiando-se reciprocamente.
O MAL NÃO PODE TER ORIGEM EM DEUS
A lógica e os ensinamentos espíritas apontam-nos, porém,
para a existência de um único Deus, que é a inteligência
suprema, causa primária de todas as coisas. Como um de
seus atributos é serinfinitamente bom, Ele não poderia conter
a mais insignificante parcela do mal. Assim, Dele não pode
provir a origem do mal. Mas o mal existe e deve ter uma
origem. Onde estaria? (Kardec, 1975, cap. III)
A CAUSA DO MAL
O mal existe e tem uma causa.
Há, porém, males físicose morais. Há os que não se pode
evitar (flagelos) e os que se podem evitar (vícios.) Porém, os males mais numerosos são os que o homem cria pelos seus vícios, os que provêm do seu orgulho, do seu egoísmo, da sua ambição, da sua cobiça, de seus excessos em tudo.
A CAUSA DO MAL
No que tange aos flagelosnaturais, o homem recebeu a
inteligênciae com ela consegue amenizarmuito desses problemas.
No sentido moral, o mal só pode estar assentado numa
determinação humana, que se fundamenta nolivre-arbítrio. Sem o livre-arbítrio, o homem não cometeria o mal, porque não
teria responsabilidades pelas suas ações. Com a liberda de que
temos através do livre-arbítrio, devemos fazer escolh as próprias
que podem, por sua vez, tender para o bem ou para o mal.
A CAUSA DO MAL
O homem tem a tendência de se autocorromper com falsas
explicações para si mesmo acerca dos seus abusos.
O erro escusável é sempre aquele eventualmente cometido
sem que se tenha (de verdade) noção da ilicitude, situação
rara em que o ser parte de uma falsa percepção da
realidade.
Na grande maioria das vezes, o homem deixa de atender ao
bom-senso e à voz interior que lhe aponta a limitação de
sua conduta.
O QUE É UMA NECESSIDADE
Necessidade é a consciência de que nos falta algo. A
necessidade, sendo um estado de espírito e um atributo do
homem subjetivo, impõe ao homem este ou aquele desejo.
As necessidades podem ser:
a)prioritárias: comer, beber, dormir etc.;
b)secundárias: vestir-se bem, passear, cinema etc.
O QUE É UMA NECESSIDADE
Em termos espirituais, as necessidades vão se depurando
conforme vamos galgando novos degraus de evolução
espiritual.
VÍCIOS
Os vícios são as ações que tendem para mal.
Allan Kardec diz: "Se o homem se conformasse
rigorosamente com as leis divinas, não há duvidar de que
se pouparia aos mais agudos males e viveria ditoso na
Terra".
O animal, por exemplo, só come para preservar a sua vida;
o homem, dotado de inteligência, come mais com os olhos
do que com a boca.
VÍCIOS
O vício surge não pelo facto de atender a necessidades, mas
no excesso que com que se atende as necessidades. Nesse
sentido, a pessoa que se alimenta em demasia acaba se
tornando glutão, o que lhe impede de estar bem com o seu
físico. O mesmo se diz daquele que se excede nas bebidas
alcoólicas, na sexualidade, etc.
É preciso, pois, relembrar que todos sofreremos as
consequências das nossas ações, quer sejam boas ou más.
(Kardec, 1975, cap. III)
DOR
A dor é um alerta da natureza, que anuncia algum mal que
está nos atingindo e que precisamos enfrentar. Se não fosse
a dor, sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar
conta do perigo.
Ela é sempre positiva; no sofrimento, estamos purgando
algo ou preparando-nos para o futuro.
DOR
De acordo com Allan Kardec, "A dor é o aguilhão que
impele o Espírito para frente, na senda do progresso".
Se o Espírito nada tivesse a temer, nenhuma necessidade o
induziria a procurar o melhor; ficaria inativo, como
entorpecido.
Reportando-nos à alimentação, poder-se-ia dizer que ao
ingerirmos alimentos em excesso, teríamos um mal-estar
físico, uma espécie de sentinela do equilíbrio.
ESTENDER O BEM
"Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem".
—Paulo. (Romanos, 12, 21)
ESTENDER O BEM
O Espírito Emmanuel lembra-nos de que a natureza é
pródiga em nos oferecer exemplos vivos para a nossa
mudança comportamental. Depois de um temporal (mal),
em que parece ter destruído a paisagem, novas forças
congregam-se para a obra de refazimento: "O sol envia luz
sobre o lamaçal, curando as chagas do chão, o vento
acaricia o arvoredo e enxuga-lhe os ramos, o cântico das
aves substitui a voz do trovão... A árvore de frondes
quebradas ou feridas regenera-se, em silêncio, a fim de
produzir novas flores e novos frutos".
ESTENDER O BEM
Incita-nos, com isso, a aprender com a natureza, ou seja,
mesmo sofrendo os maiores dos males, deveríamos nos
concentrar no bem, estendendo-o ao infinito, porque o mal
é passageiro e fruto da ignorância humana. (Xavier, sdp,
cap. 35)
RESISTIR AO MAL
Jesus dizia que o joio deveria crescer junto com o trigo.
Contudo, no momento aprazado separaria um do outro. O
trigo representa o bem; o joio, o mal. Os dois devem crescer
juntos, ou seja, não há dualismo entre um e outro, pois o
mal é sempre visualizado como a ausência do bem. Ele só
surge quando o bem não se fez presente. É como o ladrão
que rouba. Ele só rouba porque não houve antes uma
prevenção.
RESISTIR AO MAL
Deus, todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz
que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que
o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem
a necessidade de mudar de vida. Instruído pela experiência, ele
se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por
efeito do seu livre-arbítrio. Quando toma melhor caminho, é
por sua vontade e porque reconheceu os inconvenientes do
outro. A necessidade, pois, o constrange a melhorar -se
moralmente, para ser mais feliz, do mesmo modo que o
constrangeu a melhorar as condições materiais da sua
existência.
RESISTIR AO MAL
Resistir ao mal significa suportar pacientemente a sua
presença, mas sem perder de vista o bem. Haverá tentações, desânimo, mal-entendidos e
incompreensões alheias. Nada disso deve tirar o ensejo de
continuarmos firmes em nossa jornada evolutiva, pois " a
seu tempo ceifaremos se não houvermos desfalecido".
Não nos detenhamos apenas em praticar atos de caridade;
sejamos também caridosos.
Auxiliemos o próximo, não por uma espécie de convenção
social, mas como um arrouboque parte do íntimo de
nosso coração.
“O exame daqueles que já viveram, provando que a soma
da felicidade futura está na razão do progresso moral
efetuado e do bem que se praticou na Terra; que a soma de
desditas está na razão dos vícios e más ações, imprime em
quantos estão bem convencidos dessa verdade uma
tendência, assaz natural, para fazer o bem e evitar o mal.”
“Quando a maioria dos homens estiver convencida dessa
idéia, quando ela professar esses princípios e praticar o
bem, este, impreterivelmente, triunfará do mal aqui na
Terra; procurarão os homens não mais se molestarem uns
aos outros, regularão suas instituições sociais —tendo em
vista o bem de todos e não o proveito de alguns; em uma
palavra, compreenderão que a lei da caridade ensinada
pelo Cristo é a fonte da felicidade, mesmo neste mundo, e
assim basearão as leis civis sobre as leis da caridade.”
KARDEC, Allan. "O que é o Espiritismo." 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. Itens 100 a 104.