O cerco de samaria - lockdown em tempos bíblicos

708 views 8 slides Mar 25, 2021
Slide 1
Slide 1 of 8
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8

About This Presentation

Os Sírios impuseram um cerco a Samaria, capital do Reino do norte. A crise afetou todos, tal como hoje, podemos encontrar incríveis semelhanças com o que estamos vivenciando.
Uma palavra de esperança para um mundo caótico. a passagem narra o livramento que Deus deu ao povo através de leprosos....


Slide Content

O Cerco de Samaria – Um lockdown imposto pelos siros

Onri que chegou ao poder não por sucessão, mas pela espada, foi o pai de
Acabe. A dinastia de Onri durou aproximadamente 46 anos. Foram reis
idólatras, que perseguiram os profetas e levantaram altares a Baal. Jorão, o
rei de Israel que culpava Eliseu pelo cerco era um dos netos de Onri. Foi o
último dos filhos de Acabe.
2 Reis capítulos 6:-33; 7:1-20 narram o cerco de Samaria e a situação de
fome por que passavam os Israelitas. O texto descreve que a cabeça de um
jumento era vendida por 80 ciclos de prata, e um pouco de esterco de
pombas por cinco ciclos de prata. O que representava muito dinheiro na
época.
Segundo o site #TeologizandoaBíblia talvez o esterco fosse usado como
combustível, ou pudesse ser comido. Há ainda a possibilidade da expressão
se referir a uma planta. O certo é que isso ilustra a que nível chegou a
situação.
Passando o rei pelo muro, uma mulher pede socorro ao rei, ao que ele lhe
responde:
Se o Senhor te não acode, donde te acudirei eu? Da eira ou do lagar?
Perguntou-lhe o rei: Que tens? Respondeu ela: Esta mulher me disse: Dá teu
filho, para que hoje o comamos, e amanhã comeremos o meu.
Cozemos, pois, o meu filho, e o comemos; mas, dizendo-lhe eu outro dia: Dá
o teu filho, para que o comamos, ela o escondeu.
Então o rei rasgou suas vestes, e quando o povo passava pelo muro via que
trazia pano de saco por dentro, sobre a pele.

Um rei sem força nem autoridade

Deparamo-nos aqui com a posição do rei: passando pelo muro. É retrato do
poder político que não consegue dar ajuda ao povo, mas que apenas ostenta
a posição. Samaria a capital do reino do norte, era fortificada por muros;
neles o rei se sentia “seguro”, mas naquela situação, todos estavam

suscetíveis, inclusive o rei. Os muros fortificados, de nada serviam diante
daquelas circunstâncias. O rei responde ao apelo da mulher já
emocionalmente abalada: “Se o Senhor te não acode, donde te acudirei eu?
Da eira ou do lagar?”
A fala do rei soa como uma acusação a Deus, como se Deus estivesse
ausente. Ele havia esquecido dos livramentos que Deus deu ao povo no
passado. Como abriu o mar, alimentou do povo no deserto e da rocha tirou
água, fez ruir as muralhas de Jericó.
A eira era onde se malhava o trigo, e o lagar onde se pisavam as uvas para a
produção do vinho. O trigo fala da palavra e o vinho do Espírito Santo. O rei
vivia uma fé artificial, embora ele não fosse tão mal quanto seu pai e sua
mãe Jezabel, suas intenções não eram íntegras para com o Senhor. O rei aqui
é símbolo de religiosidade exterior que não modifica o interior. O povo
passava e via que trazia “pano de saco sobre a pele.” Quando alguém se
vestia de pano de saco, significava que estava em profunda tristeza;
significava arrependimento. No entanto, o arrependimento verdadeiro afeta
o coração, não apenas o exterior, isto é: ‘a pele”. Apesar de se mostrar como
alguém que se humilha, suas atitudes eram de um descrente. É liderança
sem autoridade, porque não tem alimento espiritual para dar aos famintos.
Ao contrário, procurava culpados. É símbolo de um relacionamento artificial
com Deus, na hora da luta procura culpados, não olha para dentro de si, nem
se arrepende. É aquele que busca a Deus apenas pela bênção material;
reparemos que ele diz não poder abençoar aquela mulher porque a eira e o
lagar estão vazios. A sua visão de provisão é apenas material, não vem da
confiança em Deus. Jesus ensinou que se buscamos o reino, as demais coisas
nos serão acrescentadas. A descendência de Acabe não buscava a Deus com
inteireza de coração, mas para seus próprios interesses. Muitos, no decorrer
da História, usaram o nome de Deus em projetos pessoais de poder.
O cerco foi consequência do distanciamento de Deus. Deus permitiu a fome
e o cerco para levar o povo ao arrependimento, para que não fossem
destruídos. Deus queria que o povo O buscasse de todo o coração. O juízo
de Deus serve como didática para educar o espírito caído, mas os homens
rejeitam a disciplina.

Nossa mente pode nos enganar...
As duas mulheres são aqueles que desorientados, já emocionalmente
abalados, procuram por soluções humanas. Na hora da crise é importante
mantermos o equilíbrio, confiando na Palavra. Efésios 6:17 fala do capacete
da salvação, como uma das peças da armadura do cristão. O capacete
protege a cabeça dos ataques e das quedas, assim como a palavra da
Salvação nos traz segurança no dia mal. É blindar nossos pensamentos com
a palavra de Deus.
O psiquiatra Augusto Cury disse que “a mente mente!” Devemos nos
lembrar disso na hora dos ataques de ansiedade e rebater com a palavra de
Deus. Aquelas mulheres se desesperaram diante dos fatos que pareciam
fora do controle de Deus.
Tal qual o servo de Eliseu que temeu quando se viu rodeado pelo exército
inimigo, muitos na hora da luta, são sufocados por fatos e notícias e não
conseguem enxergar a realidade do reino espiritual. Esse fato não ocorreu
necessariamente durante o cerco, mas serve para ilustrarmos a atitude que
precisamos ter no momento difícil. Os milagres são concebidos no reino
espiritual primeiro, depois se realizam no mundo visível. A igreja fiel é guiada
pelo que não vê, por isso ela é forte. Eliseu orou para que os olhos espirituais
do seu moço fossem abertos, para que ele enxergasse os cavalos e carros de
fogo a disposição deles. Deus dispensa seus exércitos a lutar por nós!
Romanos 8:26 declara que o Espírito Santo intercede por nós com gemidos
inexprimíveis.
A existência sufoca a vida no espírito! Por isso temos que viver pelo Espírito
de Deus, não pelos nossos sentidos.
O Rei passando pelo muro, descrente, não conseguia descer da posição, para
enxergar a situação como servo e não como rei. Quem quiser servir, tem que
ser servo de todos. A liderança do Espírito Santo só se aplica a quem se
humilha. Quem quiser subir e viver acima de seus problemas tem que descer
e se humilhar nas águas do Espírito Santo. Temos que abrir mão de uma
visão mesquinha da vida.
O Rei desesperado manda matar Eliseu; mas Eliseu manda-lhe o recado de
que no dia seguinte haveria comida para o povo.
O capitão do rei duvida e Eliseu diz que ele verá, mas não comerá da bênção.

Deus usa o fraco para calar o forte

Quatro homens leprosos que estavam à entrada da porta resolvem ir ao
arraial dos sírios. A escritura narra em 2 Rs. 7: 3-4: Para que estaremos aqui
sentados até morrermos? Se dissermos: entremos na cidade, há fome na
cidade, e morreremos lá; se ficarmos sentados aqui, também morreremos.
Vamos, pois, agora e demos conosco no arraial dos siros; se nos deixarem
viver, viveremos, se nos matarem, tão somente morreremos.
Levantaram-se ao anoitecer para se dirigirem ao arraial dos siros; e eis que
não havia lá ninguém.
Porque o Senhor fizera ouvir no arraial dos siros, ruido de carros e de cavalos,
e o ruído dum grande exército; “.... Pelo que se levantaram, e, fugindo
deixaram as suas tendas, os seus cavalos, e os seus jumentos, e o arraial
como estava; e fugiram para salvar a sua vida. Chegando, pois, os leprosos
à entrada do arraial, entraram numa tenda, e comeram e beberam e
tomaram dali prata, e ouro e vestes e se foram e se esconderam; voltaram e
entraram em outra tenda, e dali também tomaram alguma coisa, e a
esconderam. Então disseram uns para os outros: Não fazemos bem: este é
dia de boas novas, e nós nos calamos... Agora pois, vamos e o anunciemos à
casa do rei.
Podemos inferir que os quatro leprosos tinham alguma mínima esperança e
não se entregaram à morte, ou pelo menos, morreriam tentando fazer algo.
Do ponto de vista de pessoas que eram separadas para ‘esperarem a morte”,
pois eram leprosos (naquela época não havia cura para a lepra), a fala deles
soa sensata, e recheada de atitude, embora pareçam fatalistas. Os leprosos
eram excluídos do convívio social; não tinham privilégios; eram considerados
menos que nada. Entretanto eles não estavam tão desesperados a ponto de
não tentarem uma alternativa.
Se analisarmos que o rei dispunha de soldados e de todo um aparato e não
fez nada, os leprosos parecem ter sido movidos por uma dose, mesmo que

pequena de esperança. Jesus fala da fé, como uma semente mostarda, que
pequenina, pode produzir muitos efeitos.
Além do mais, Deus no passado havia dado vitórias espetaculares para o seu
povo por causa da fé dos líderes; se o rei fosse temente a Deus, talvez
pudesse ter encorajado o povo a lutar e Deus entraria em providência.
Entretanto ele não fez nada. Os reis perversos não tinham amor pela palavra.
O rei poderia ter tido a iniciativa de lutar, se tivesse fé, crendo eles poderiam
conseguir! Ao contrário, o rei perseguia a palavra profética!
Entendemos aqui que a nossa força vem de comer o pão vivo que é Jesus.
Jesus se declarou como comida celestial. “Eu sou o pão vivo que desceu do
céu.” Jesus é a palavra que se fez carne. A fome porque o país passava era
consequência da fome de Deus. Eles não conheciam o Deus que diziam
servir.
Assim como o rei Jorão, os judeus rejeitaram o Messias, porque não
entenderam a profecia e as escrituras.
Israel estava paralisado de medo porque não dava crédito à palavra do
profeta Eliseu. Onde falta a palavra de Deus, onde falta inteireza não há
milagres. Coração dividido que abriga ídolos não consegue reter a bênção
do Senhor. Quem não conhece sua identidade de filho, pensa ser o inimigo
maior do que é. O Rei com medo, tentava calar a voz da profecia, seus
auxiliares igualmente descrentes, impediam o agir de Deus no meio dos
Israelitas.
Os quatro leprosos também mostraram ter inteireza de coração; eram éticos
e pensavam no coletivo, quando voltaram para avisar o rei. O rei, ao
contrário, não soube pensar na coletividade, sequer esboçou arranjos
diplomáticos em 3 anos.
Interessante como Deus age ao confundir nosso inimigo; o homem de fé é
forte, porque o Espírito Santo o capacita. O inimigo das nossas almas bate
em retirada, quando, pela unção, caminhamos. Quando a igreja se move, o
Senhor a capacita com a um exército poderoso, embora sejamos homens
falhos e imperfeitos. Nosso corpo é mortal, mas temos o Espírito Santo que
nos reveste de imortalidade. Somos o templo do Espírito.
Gostaria de ressaltar que quando uso a palavra ‘profecia’ me refiro à
capacidade da Palavra de se cumprir no presente, em relação ao que já foi

dito pelo Senhor Deus, e por ela ter poder para trazer à existência o que não
existe. A Palavra de Deus modifica o presente e projeta o futuro, baseada no
que Deus é desde a eternidade. Podemos trazer à existência o que não existe
pela Palavra de Deus.
Esta passagem bíblica também fala de um juízo divino! Deus queria que o
povo se arrependesse, por isso permitia o seu sofrimento! Mas ao invés de
se voltarem para Deus, eles o culpavam pela situação.
O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus nosso Senhor. Rm. 6:23

A palavra da cruz – loucura para os que se perdem... (1Cor:1:18)

4 são as cores das cortinas para a porta do tabernáculo, 4 são os evangelhos;
A porta de entrada para o reino de Deus é o evangelho. O tabernáculo, no
antigo, testamento simbolizava a presença de Deus no meio do povo. Assim
como hoje, a igreja é a presença de Deus no mundo.
O antigo testamento não conhecia a Graça de Deus em plenitude, mas a
Graça de Deus sempre operou, ainda que de forma limitada, no antigo
testamento. Em porções, através dos profetas!
A palavra já havia sido liberada! Os leprosos, sem o saber, estavam agindo
debaixo de um propósito maior! Deus não precisa de canais oficiais! Ele usa
quem ele quer! Hoje, o canal oficial de Deus é o Espírito Santo! Quem quer
que seja sensível à voz de Deus pode ser usado. Jesus disse em Lucas 19:40
que se os discípulos se calarem as pedras clamarão.
A glória é sempre de Deus. O milagre se revela milagre justamente quando
não temos força. A força da Graça de Deus é o que sustenta a nossa salvação.
Não temos mérito nenhum! Um dia Jesus nos encontrou e nos lavou dos
nossos pecados! Éramos como aqueles leprosos, estávamos doentes,
encontramos um tesouro e nos saciamos.
A boa nova do evangelho tem que ser espalhada. Spurgeon disse que o
evangelho é um mendigo contando a outro mendigo onde encontrar o pão.
Os leprosos ficaram tão maravilhados e como eram homens retos, foram e
contaram aos demais.

Quando fomos expulsos do jardim através de Adão, estávamos fora, nas
portas, desprotegidos, excluídos da comunhão, tal qual aqueles leprosos
viviam ali; excluídos do banquete celestial que o Pai preparou para quem o
ama. Mas um dia, encontramos com o Senhor Jesus, e saciamos nossa fome.
4 leprosos foram capazes de desbaratar um exército, porque o poder de
Deus se revela através da nossa fraqueza. Quando o povo de Deus se move
debaixo de uma Palavra profética, o inimigo bate em retirada. Temos um
tesouro em vasos de barro, mas a excelência é de Deus.
Os passos são de leprosos, mas o mover é de Deus. Há momentos
excepcionais na História em que Deus se revela de forma improvável.
Quando tudo parece perdido, Deus só precisa de uma atitude! Rastejando
aqueles leprosos venceram um exército!
Através do primogênito de dentre os mortos, JESUS, somos justiça de Deus.
O rei Jorão não tinha nada para dar aos necessitados, mas Jesus o filho de
Deus, o Rei eterno nos concedeu a vida eterna. Ele desceu até nós.
O rei que por direito, poderia ter livrado Israel, não o fez por descrer da
promessa, mas através do evangelho, quem crê será salvo. Somos gentios,
não somos Israelitas de berço, mas pela fé somos filhos do Deus eterno.
Fomos enxertados na genealogia divina.

Paz no meio do Caos
Da mesma forma hoje! Estamos no meio de uma pandemia e a Igreja fiel tem
alimento para dar a quem precisa. Muitos estão desempregados, outros
estão depressivos, a economia nacional e a mundial abaladas.
Precisamos nos alimentar do banquete espiritual que o Pai tem para nós,
através da Palavra. Passaremos por tempos difíceis. Precisamos estar
preparados para ajudar a quem precisa.
Muitos confiam em políticos, em ideologias, em seus líderes, na ciência, na
sua cultura religiosa, por isso se enfraquecem sem o saber.
Agora, mais do que nunca vamos precisar exercer nossa fé na palavra do
Senhor.
O mundo está sitiado pelo vírus; uns buscam culpados, outros aproveitam
da situação para lucrarem; Sabemos pela palavra que o juízo de Deus se

manifesta como consequência do pecado do homem. Os efeitos das atitudes
humanas sobre o planeta afetam nossa saúde, o meio ambiente e o nosso
espírito. Logo, o vírus não foi produzido por Deus, mas Deus é capaz de se
revelar e agir em qualquer situação. Ele pode transformar uma maldição em
bênção.
Nós, os servos do Senhor tomaremos os cuidados necessários. Vamos
obedecer ao que for necessário, até onde não ferir a Palavra de Deus. Vamos
evitar as aglomerações, vamos tomar as medidas sanitárias necessárias. E
Orar pelos profissionais da saúde, bem como pelo pobre e necessitado
exposto em ônibus superlotados. Vamos ajudar material e espiritualmente a
quem pudermos.
Oremos também pela comunidade científica. Ele é quem fez o universo. Ele
usa quem Ele quer, inclusive a ciência que O nega, para provar o seu poder.
Ele é a própria ciência! Se alguns cientistas não Lho atribuem o crédito, isso
não O desqualifica. Deus se move acima da racionalidade humana, embora
também se expresse através dela.
Que o Senhor nos capacite a anunciar a Palavra viva do Senhor que é um
banquete para aqueles que se encontram famintos espiritualmente. Que
você consiga ver a mão invisível de Deus operando mesmo no caos. Ele não
perdeu o controle. Paz seja contigo!

Obed Rodrigues de Souza - 24/03/21