o coração do artista rory noland

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About This Presentation

Livro sobre como desenvolver o coração do artista no ambito religioso


Slide Content

O _
Coracao
do Artista sii

ALVES

Construindo o caráter do artista cristáo

Rory Noland é diretor do Ministerio
Heart of the Artist, uma organizacio
dedicada a servir os artistas cristáos,
transformando ministérios de artes
das Igrejas em comunidades que
vivem a Graga de Deus.

Músico, compositor, escritor e
conferencista, Noland € formado
pelo Chicago Musical College da
Roosevelt University

Servia por vinte anos como diretor
musical da Willow Greek Community
Church, eon South Barrington, Minos,
EUA.



wee nu R

Rory Noland

o 2
Coracao
“Artista

SUMARIO

Apresentagio
Preficio para a edigio em portugués

Prefácio para a edigio em inglés
Introduçäo — Aqueles “tipos artistas”.

Capítulo Um - Caráter provado .....

Capítulo Dois - Servigo X Estrelato

Capítulo Très - O Artista na comunidade ....

Capítulo Quatro ~ Exceléncia X Perfeccionismo ..

Capítulo Cinco — Lidando com as críticas 121
143
161
189
217

.253

Capítulo Seis - Ciúme e inveja...

Capítulo Sete - Controlando suas emogöes

Capítulo Oito - Liderando artistas
Capítulo Nove - O artista € 0 pecado
Capítulo Dez ~ As disciplinas espirituais do artista .....

Notas „279

APRESENTAGAO

vunca pude contar piadas de sogra porque a minha é uma das mulhe-
nude juntar-me ao coro dos líderes de igreja quando, em seus en-
contros, reclamam do caos no coro ou das brigas entre os solistas.

Por quase todo o meu pastorado, Rory Noland tem liderado o ministétio
de música da Willow Creek. Ao contrário de ter que jusúficar o mau compor-
tamento de nossos músicos para 0 resto da igreja, eu com freqiéncia os tenho
lo como exemplos de niveis impresionantes de comprometimento, f-
de e humildade, Nenhum grupo em nossa igreja trabalha mais duro do
que as pessoas em nosso departamento de programagóes, Nenhum grupo leva
mais a sério o desafio de contar a "velha história” de uma maneira nova ¢
criaiva. E nenhum grupo em nossa igeja está io sujeio ao olhar severo da
avaliagío pública como o de nossos aristas. Felizmente, nossos músicos tem
estado sob a tutela de Rory. Eles recebem forga através de sua humildad, seu
espírio de servo e se exguem em direçäo ao desafio inspirador que coloca
diante deles, que € o de que déem seu melhor para Deus, :

‘Além de sua lideranga e de seu caráter exemplar, Rory € um tremendo
músico. Ele tem escrito cangóes de adoragäo que desperram a habilidade em
nossa congregacio de ver o Deus Verdadeiro como Ele realmente é. Rory tem
composto música para orquestra que tem tocado a alma do nosso povo, de
maneiras que jamais esqueceräo. Mas acima de tudo isso, Rory € um homem

7

© Coragáo do Artista

piedoso, um discípulo de Cristo totalmente dedicado, cujo impacto em nossas
vidas e na vida de nossa igre € incalculável.

Ao ler este livro, por favor, tenha em mente que “isto pode realmente
acontecer!” Artisas podem verdadeiramente vives vidas que sejam exemplo, à
medida em que buscam enriquecer a alma do povo na igreja. Através da influ-
éncia de Rory, tenho visto isto acontecer em “primeira mio" na Willow Creek.

Bill Hybels — Pastor Sénior
Willow Creek Community Church

PREFACIO PARA A
EDIGAO EM PORTUGUES

¡conteúdo desse livo! Excelente ferramenta para todos que trabalham

na adoragio, música € artes em geral! Sem düvida, um livro indispensá-
vel para artistas, pastores e líderes, que vivem uma relidade com tantos desa-
os no contexto evangélico ¢ também fora dele

Como homem de Deus experimentado que é com grande vivéncia no
mundo musical, Rory mostra-nos com muita propricdade € sensibilidade al-
guns caminhos saudiveis e pertinentes para fazermos um bom trabalho com
aristas na igreja, com séries desaños no discipulado e desenvolvimento de
disciplinas espirituais, onde a formaçäo do caráter € a exceléncia no exercicio
artístico sio combinagóss preciosas para agradarmos o coragdo de Deus.

Matos se identificario com sicuagoes descritas nese Ivo, que aconte-
cam no dia a dia da igreja local. Nós, lores, somos desafiados a refletir sobre
a necessidade de encorajarmos os artists a tere intimidade com Deus e Sua
Palavra, de buscarmos bons relacionamentos entre lideres e artistas, de com-
preendermos com sensibilidade o contesto dos que reccberar talentos de Deus
© nécessitam dedicá-los a servigo do Seu rein.

‘Também somos alerados sobre os perigos que envolvem o corasio, a
mente e 0 ambiente dos artistas, a necessidade de serem cuidados, nutridos e
até sustentados, em alguns casos, a importincia de ganharem uma visio minis-
‘erial e igualmente para testemunho e atuagio profisional coerente, nio se

Q: grande coneribgäo Rory Noland traz para a igeja brasileira com o

cs

O Coragáo de Artista

perdendo por cgofsmo, invja, competicáo ou ganäncia, além da importing,
dos vínculos com a igreja local, onde devem estas crescendo como pesas à
em maturidade cris,

Como músico e pastor, recomendo com entusiasmo € alegría oliv “y,
Corasio do Artista” oro para que ja inscrumento de béngio e cdificagig 4,
igreja em nosso querido Brasil. Que traga glria para o nome de Jesus, a quem
¿vemos servir com singelza e humildade de coragio. Ele € e será sempre y.
Unico digno de adorasio elouvor pela música e particura mais completa es
ta na História, com Sua vida e sangue derramado, por amor, na cruz do Calvin
© que nos dé acesso a0 Pai! Aleluia!

Néon Bomilear,

músico, compositor, produtor € pasty,

‘atuando no Brasil por 30 anos na adoraçäo e música ci,
Membro do Conselho Editorial da WA Editora,

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PREFACIO PARA A
ICÁO EM INGLÉS

desequilibrio emocional e falta de disciplina ~ muitas pessoas lucam

contra essas fallas de carter, mas ristos com temperamentos artísticos

frentam esses problemas em vários momentos de suas vidas, senáo em to-
dos, simplesmente pelo fato de serem artists. Nao tropegamos nesses desvios
de carter por acasor els so parte de nossa marureza. Fazer parte daquilo que
dé se artista, Nao aceitei escrever ese livro porque havia fito muitas pesquisas
sobre cardrer e ach que daria uma obra lieráia. Fu o eserevi porque tenho,
Jutado contra cada falha de carter discutida nele. Muito do que tenho apren-
ido € fruro de minhas horas silenciosas com o Senhor. Comecci a comparti-
thar o que Deus estava fazendo em minha vida com meus amigos artistas nos
momentos de ensaio, em meus pequenos grupos, ou nos reciros. Send uma
tunidade de espirito com meus colegas artists, muitos dos quais também que-
slam crescer nas áreas com as quais lutavam. Comecei entäo a compartilhar o
que estava aprendendo em encontros e oficinas € lá também encontrei um
grande número de outros famintos por aquilo que a Palavra de Deus tem a
zer sobre crescer em caráter sendo um artista cristéo, Muitos me pediam,
por lieraura adicional, que false diretamente äqueles dentre nös com temo
peramentos artísticos, mas inflizmente näo havia muita coisa disponivel. Este
Iivro foi escrito em resposta a essa necesidade.

*Tenho trabalhado com artistas por mais de vince anos, e visto igrejas
lidando com cles de duas manciras: ou nés os mimamos, fazendo vistas grossas
Js suas deficiencias, ou usamos e abusamos dels. Agonia e Éxtas, um romance
biográfico sobre a vida de Michelangelo, escrito por Irving Stone, tem um
capitulo longo dedicado aos relacionamentos do artista com os vários papas
para quem trabalhou. Muitos desses relacionamentos foram tempestuosos € a
«experiencia de Michelangelo como um artista sacro foi extremamente frus-

Ge orgulho, perfeccionismo, atitude defensiva, citimes, inveja

u

O Coragäo do Artista

los os abusos sofridos por um dos meus artistas prefer.

me que esta tensáo entre igreja € artistas m,

A score un penamento de qu et emo ee grec ar “
2 cndido e her um pel Fe
a Deus quer eee
E ee tremor mas senses 3 necesidades dos artists E gan
que sodos os artists amassem a igeja € Crscesem em Carter ctisto «cm
imegridade

em certo de que a melhor maneira de utilizar esse material € no conten
«de uma equipe ou de um grupo pequeno. Vocé pode le esse livto sozinhe, may
haveria um grande beneficio se fon lido por um grupo pequeno, com outros
artistas. Vocé poderia estudé-l com sua banda de louvor, seu coro, seu grupo de
teatro, sua companhia de dana, € assim por diante. Esse material foi inicial.
te escrito para esses grupos. É por isso que incluf as mesmas pergunts para
discussto em grupo que utiliza em minhas oficina. Por sempre enfatizar aim.
portincia de prestar contas a alguém das mudangas que quiser fazer em sua via,
seria de muita utilidade ler esse livro como parte de um discipulado individu
‘ou de uma supervisio espiritual a um amigo ou a outro artista

Cada capítulo do livro comega com uma situagio que ilustra a énfise do
capítulo, embora os nomes que use e as siruagóes sejam ficticios, sio bascados
ra vida real — situagöes que experimentei durante meus anos no ministro.

Tenho arualmente tido o privilégio de servir como ministro de música na
igreja Willow Creek, em South Barrington, Illinois. Fiz parte do grupo de
jovens que comegou a igeja, e assumi meu ministério em 1984. Posso reli
me a ela de vez em quando, mas esse näo € um livro sobre a Willow Creek. E
um livro para artistas cristios. Espero que vocé seja encorajado por le a cum
prir o chamado que Deus tem para vocé como artista. E espero que sea des
fado a crescer na diresio do arista que Deus quer que voce sch.

‘Tenho uma profunda divida de gratidäo para com Bill Hybels, sob cu
lideranga tenho estado por grande parte de minha vida, e cujo ensino permeia
este livro mais do que eu provavelmente perceba. Minha grat
‘minha esposa, Sue, por seu encorajamento e apoio. Sou grato, por fm, ao grupo
de artistas da Willow Creek com quem trabalho, alguns dos quais conhejo por
mais de duas décadas. É para eles que humildemente dedico esse livo.

jo tambén à

Rory Noland

12

INTRODUGAO
AQUELES “TIPOS ARTISTAS”

à algum tempo falei em uma conferéncia numa igreja em Fort
Lauderdale, cujo público era formado, em sua maioria, por pastores

fe líderes. Fai sobre a siruaçäo atual da música e do fururo das artes
a igreja. No entanto, minha paixio mais profunda € ver aristas cristios vi-
vendo vidas íntegras e de cariter verdadeiro. Assim sendo, mencionei algumas
palavras sobre caráter € integridade. Falei muito pouco sobre isso, mas ainda
assim houve uma avalanche de perguntas, todas lidando com a questáo do
cardter e da integridade na vida dos artistas na igreja. Cariter est, com rapi-
der, tornando-se a questio mais em voga entre os artistas de hoje na igreja.
Para dizer a verdade, a grande parte das pergunas que me fazem sobre minis-
tério de música nunca tém a ver muito com música. Elas se concentram em
questöcs de carder: como fazer com que o meu povo sirva com um verdadeiro
coragio de servo? Como poso promover a unidade na cquipe? Como posso
fazer com que meus cantores ou meu pessoal de raro reaham um bom relacio-
nament entre si? O que devo fazer diane dos problemas de aitude de alguns
dos meus músicos? O departamento de música e outros ministéros relaciona-
dos As arts tornaram-se um auténtico foco dos principais problemas de cari-
ter na igrja. Vejo muitos ministérios de música se desintegrando porque seus
líderes fracassaram em lidar com essas quests.

Pastores tém me ligado, frustrados, por verem eses problemas em suas
equipes de música. “Nosso minisro de música no ouve sugestes,” eles di-
Zem, ou “ele no asimila bem as críticas que recebe. Ele náo gosta de trabalhar
em equipe — está mais interesado em fazer suas pröprias coisas”

“Também ougo ministros de música espressarem frusuragöes semelhantes
com relagio a seus colaboradores “Fulano € um grande tecladista, mas € muito
dificil de lidar.” ou “nosso vocalista principal vive tendo acessos de raiva €

B

O Coragáo do Artista

aga sar do grupo uma vex por més. Estamos apavorados porque näo pag.
ios pre nas ctor wei agua. O que deseo nr
Por muito tempo as igrejas ignoraram o problema, deixando de lado que,
Vs relacionadas ao carter na vida dos artistas, Damos as costas à cas, sperandy
que o problema acabe por si mesmo, mas ele nao se resolve. Um pastor sentou se
20 meu lado no ónibus que nos levaia de volta ao hotel no encontro em For
Lauderdale dise algo muito revelador: “eu simplesmente dixo es tipo ari
sozinhos. Elesesio meio ora do ar no seu pequeno mundo

© que ele quis dizer com “esses tipos artistas"? Como saber se voce € um
dlessescipos aristas? Se vocé ama música, teatro, arte, filmes, fotografia, danga
som, iluminagio, se ama fazer cosas artísticas — cantar, tocar, representar, s
reve, criar ou expressarse — há uma boa chance de que vocé tenha algum tipo
de veía arísica, grande, pequena ou rgz04vel. Vocé pode ser alguém tentando
uma catteira ou alguém que desenvolva uma atividade desse tipo como um
passatempo. Talvez o máximo do seu envolvimento com artes seja cantar na
última fiera do coro da igreja. Vocé pode ser um " amador” ou um “profisio-
al. Pode se alguém que näo tenha medo do púbico, uma pessoa cita ou
ambos. Talvez trabalhe com artistas ou viva com um, € queira compreonder
um pouco melhor sobre nés, tipos artista.

Infelizmente, há certos tseredtipos negativos vinculados a pessoas com
Temperamento artístico, Alguns dizem que somos temperamentais ¢ excénui.
cos. Outtos acham que somos difieis € estranhos. Alguns podem dizer que
somos mal humorados ¢ instéveis emocionalmente. Outros nos véem como
independentes, ardilosos e indisciplinados. Muitas desculpas säo dadas l
smitagdes do temperamento artístico, mais do que para qualquer outro tempe.
ramento. O problema ocorre quando nés, artistas, incorporamos esas dese
Pas € as usamos para jusificar comportamentos inadequados.

‚Os steretpos negativos sio injustos porque nem todas as pessoss que
tém dons aríicos encaixam-se na descricio. Meu filho contou-me outro día

ue, na escola, estava aprendeido sobre quo estranhos sio os artistas Na aula
sobre história da música, o que mais o imj

avam a chave de seus quartos em Franz Lis no pao,

, com uma visio antisemita muito forte
te 06 quais ele estava aprendendo eran
© que ele pensava a meu respeito!

muito estranhos, isso me fe imaginar
O TEMPERAMENTO MALANCÓNICO.

Por muitos séculos, estudiosos tim

se fascinado pelo temperamento ar
vístico. Iso comegon com os giegos ani

gos, que dividiram a personalidade

24

Rory Noland

ica, sanguinea, Neumática e melancólica.
istételes diia que “todos os homens exeraordinários, de destaque na filoso-
fa, na política, na poesia € nas artes so evidentemente melancólicos”.! Como,
conscqüéncia, pessoas com inclinagáo artística foram rotuladas de melancól
«as, o que de certo modo € incorreto, uma ver que nem todos os aristas sáo
Predominantemente melancólicos, Conhego poucos que tém alguma tendén-
cia para a melancolía, e outros que náo sáo assim de modo algum.

Na Idade Média, a melancolia era considerada uma enfermidade física e
a igreja a comparava ao pecado da indoléncia.* Contudo, durante o
Renascimento, a melancolía experimentou um retorno € passou a ser vista
‘como um dom divino. A Astrología desempenhou um papel importante no
pensamento Renascentista. O comportamento de uma pessoa era determinar
do em seu nascimento pela conjungio de seu planeta com outros corpos celes-
tes, Saturno era o planeta dos melancólicos, Alguém nascido sob a influéncia
de Saturno seria “radio e capaz de raras conquistas ou doente € condenado à
estupidez e à inérex" À capacidade para “taras conquistas” fez do tempera:
‘mento melancólico o temperamento da moda durante o Renascimento, De
fat, há registros atestando que “uma verdadeira onda de comportamento me-
lancólico” varreu a Europa” no século XVI." Quanto mais excéntrico era o
artista, mais era considerado um “génio”.

Independentemente déssa visio exagerada que prosseguitt durante o pe-
síodo Romántico, o temperamento melancólico sempre teve seu lado negati
vo. Mesmo num período quando esteve em voga, havia os que expressavam
preocupagáo com relacio a ele, Escrevendo no ano de 1586, Timothy Bright

humana em quatro categorias; col

desereveu a pessoa melancólica como:
fria see; de cor negra e morena; em ssséncia inclinada insensibilidad;
de corpo magro e esguio.. de meméria razoavelmente boa se os pensa-
mentos náolhe altra; fie nas opinies, e raramente demovida de suas
resoluóes antecipadamenie duvidoa, demorada para roma decsbes; ds-
«confiada, dedicada ao extremo aos estudos € creunspect dada a sonhos
terrveis assustadores, triste por naurera e chcía de temotes, que rara-
mente ficaiada, masque € capaz de manter su ira por muito tempo, € de
fil concilio; invejosa € ciumenta, que toma parido da parte mais
frac, e que € apaixonada além da medida. Desas dus disposicóos de
mente e coragio surgem a solidäo, a lamentagäo, o pramo...o suspitar, 0
solugar, o queixume, o semblante caído, a vergonha € o acanhamento; de
passos lentos, silenciosas, negligenes, recusando a luz e a presenga dos
homens, dlecando-se mais no isolamento na obscuridade.
Memo hoje há um certo estigma vinculado ao temperamento melancó-
lico. Sempre que leio sobre temperamentos, o melancólico é sempre abordado

15

O Cora do Artista

com mita ambivaléncia, Os outros tré aparecem cheirando como a uma rosa,
enquanto o temido melancólico soa horrivel. Somos, na maioria das vezes,
vistos como demasiadamente analíticos, mal-humorados, insocidveis €

upesensheb,O que mas me incomoda € ques vo sonado como me
lancólico, automaticamente pressupde-se que seja um sujeito emocionalmente
desajustado me

REtvINDICANDO O TEMPERAMENTO ARTÍSTICO PARA CRISTO

istico, Se voce está em
lu o temperamento artístico, S

Cristo € uma nova eratura. "As coisas anigas Já passaram, eis que cudo se fez
novo” (2.Co 5.17). Em Cristo € possivel um artista a ae do Espirito,
bem ajustado e transformado. Imagine o que Deus pode fazer com um tem

eramento arítico que esteja completamente entregue a Ele. Ele nfo olha
da como "cal cs ion asa Aha, Ele nos fr. El os
ama e nos compreende,

Admito que sjamos um pouco diferentes, mi
posi, Os as vem a cosa de um modo dire daquels quen
“aristas, Nós notamos os dealhes; apreciamos variagdo e beleza. Algumas pesso-
as podem olhar para 0 céu à noite e tudo o que véem € um punhado de estrehs.
Mas um artista otha paa cle vé belea significado. Artistas querem sentar sob
as cuela e absarver rudo o que conseguem enxergar. Querem pintar um quadro
disso ou esrever uma cangáo ou um poema. Debussy foi tio tocado pelo céu da
noite quando esceveu Chir de Lune. Van Gogh foi inspirado por ele e pintou
[Noite Enmelada. O sc Dav foi um artista que olhou para o éu à note € escreven
isto: “Quando contemplo os tus céus, obra dos teus dedos, € a lua as estelas
que estabeecese, que € o homem, que dele ve lembres? E o filho do homem, que
o visite?" (SI 834)

Arista respondem hs coisas de modo diferente dos que näo sio artists.

Temos a tendéncia de sermos mais sensiveis. E cudo bem ser assim. É como
Deus nos fez. Em Eféios, Paulo fala sobre termos os olhos de nossos coragóes
iluminados (1.18). Pessoas sensveis tém muito coragio. Vemos as coisas de
mancira diferente porque sentimos de modo mais profundo. Em Janelas da
‘Alma, Ken Gire escreve; "aprendemos com os artists, com os que trabalham
com pincura ou palavras ou notas musicais, com aqueles que tém olhos e ouvi-
dos para ouvir; e coragöcs que sentem profunda e apaixonadamente tudo que
ésagrado e precioso para Deus”

Por este motivo, os aristas freglencemente pronunciam-se contra a in-
justiga, as desigualdades € a hipocrisa. Eles abragam a causa dos que esco
sofrendo. Eles nos fazer mais sensteis para com os perdidos e solitrios € à
condigio dos oprimidos. Todos os que possuem um temperamento artístico

Creio que Deus red

as trata-se de uma diferenga

16

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Rory Noland

ouviram em algum momento de suas vidas que deveriam desenvolver uma
certainsensibilidade. Isso € uma bobagem! O mundo náo precisa de mais pes-
soas insenstveis. Precisa de mais pessoas que sejam sensiveis e cernas. Vocé jé
chegou ás lágrimas ouvindo uma pega musical vigorosa ou ficou fascinado por
uma bela obra de arte? Vocé já foi tocado pela cena de um filme? Tudo isso €
porque um artista sentiu algo em profundidad e comunico isso de uma
maneira muito poderosa, ao ponto de tocar sua alma e coragáo,

AS ARTES NA Bintua

Vamos examinar rapidamente o que a Biblia tem a dizer sobre as artes ©
os aristas. Além de sera infalivel Palavra de Deus € um agente de transforma
ño de vidas, a Bíblia em si mesma € uma obra de arte, Pessoas por toda a
História a tem estudado como exemplo de literatura requintada. Um desses
estudiosos foi Frank E. Gabelein, que escreveu: “é um fato que, acima € além
de qualquer outra pega da literatura mundial, de Homero a Virgilio, Dante,
Cervantes, Shakespeare, Milton e Goethe, a Biblia tem sido o livro mais ple-
namente reconhecido como notivel

A Biblia é rica em seu uso artístico da metáfora. Meu exemplo favorito €
último capítulo de Ecesiases, onde o processo de envelhecimento é tratado
metaforicamente e comparado a uma casa: “No dia em que tremerem os guar-
das da casa, os teus bragos, € se curvarem os homens outrora fortes as tuas
pernas, e cessarem os teus moedores da boca, por já serem poucos, € se escure-
‘cerem os teus olhos nas janclas; e os teus lábios, quais portas da rua, se fecha-
tem; no dia em que nao puderes falar em alta voz, te levantares à voz das aves,
e todas as harmonias, las da música, te diminufrem” (12.3-4).

Os “guardas da cas” que tremem referein-se as mas que vibram quando
alguém envethece. Os “muedore” referem-se aos dentes e à nossa propensio de
perdé-os quando envelhecemos. A perda de nossa visio € descrita como olhar por
‘uma jancla e ter a imagem se escurecendo, Outras referéncias como a curvar,
perder a audigío e ter insönia etáo todas incluídas nessa inteligente analogía. Em
vez de descrever o proceso de envelheeimenio usando termos clínicos, o autor
apela para nossa imaginagio, e ao fazer iso, nos faz sentir a tristeza de envelhecer

‘A Biblia também contém pocsia escrita com uma grande dose de habili-
dade e sofisticagäo. Os Salmos, Jó e Cantares sáo os mais notäveis exemplos de
poesia bíblica.

. O teatro € mencionado pela primeira vez na Bíblia quando Ezequiel &
instruido para “representar” uma pega, descrevendo o cerco de Jerusalém. Ele
desenhou a silhueta da cidade usando-a como um cenário familiar (Ez 4).
Jesus muiras vezes falou em parábolas, contando histérias intrigantes e pitores-
as, com um belo conteúdo teatral

O Coragáo do Artista

rte visas tiveram um papel importante na construyio do tabernäcul,
11). Francis Shaefler hama a atengio para ofato de que o tabernácul
toda forma de representagio artistica conhecida pelo homem." Ay

es visuais também desempenharam um enorme papel na construçäo do tem.
plo. De fito, o templo foi decorado com esculturas e gravuras dt mais ala
qualidade (1 Rs6.15-36; 7.23-39: 1 e 2 Cr3.5-7: 41-7). Em | Reis 6, lemos
que Salomäo "fez janclas com molduras artists”, Alguns dos trabalhos de
arte no templo, como certas colunas, náo tinham utilidade (2 Cr 3.15-17). Era
a beleza pela beleza.

A música também é mencionada fregiientement na Bíblia,
integrante da cultura Hebraica. O Ivo de Salmos & na verdade,
continuamente exorta-nos 2 cantar ao Senhor (SI 149.1). A nagio de Iriel náo
apenas cantava durante o período de adoragio; les cantavam enquanto trabalha
vam (Nm 21, 16-18). Davi cantou uma cangio que esereveu quando da morte de
Saul e Jönatas (2 Sm 1.19.27). E ao folhearmos as páginas de livro de Apocalipse,
fica óbvio que estaremos cantando, e muito, no céu (19.1-8).

nstrumental na Biblia. A palavra sah que

Há também muica mús
aparece por todo o livro de Salmos (secenta e uma vezes, para ser exato) refere
se muito provavelmente a um interlúdio instrumental entre estrofes ou segöcs
de música vocal. As trombetas cram utilizadas para convocar a nagio de Israel
para reuniöes, para levantar acampamento, em festas, comemoragóes, durante
a adoraçäo, € em campanhas miliares (Lv 23.24; Nm 10.1-10; 29.1; fs 6.20)
Ja 3.275 6.34: 7.19-22 1 Sm 13.3; 2 Sm 2.28; 15.10; 18.16; 1 Rs 1.34; 2 Rs
9.13; SL 150.3). As tromberas também iráo anunciar a segunda vinda de Cristo
© a ressurreigä dos mortos (Mc 24.31; 1 Co 15.52). Outtos instrumentos
mencionados incluem a Nauta, a lira, a harpa, e város instrumentos de percus-
sio (1 Sm 10.5; 1 Rs 1.40; 1 Cr 25.1; $1 45.8; 92.1-3: 150.3; Mt 9.23)

A danga também está incluída na Biblia. O Salmo 149.3 diz “Louvem o
seu nome com dangas”. O Salmo 150.4 também diz: “louvai-o com adufes e
dangas”. Miriä liderou as mulheres num louvor com danga em Ex 15.20. A
dança era também parte das boas-vindas de volta para casa dos soldados, vin-
dos da batalha. (J 11.34). Houve canto e danga quando Davi derrorou Gs
(1 Sm 18.6) e Davi dançou diante do Senhor quando trouxeram de vol
arca da alianga (2 Sm 6.14-15).

Aurısmas na Binua

Talvez eu sea tendencioso, mas penso que Deus sem um lugar especial
‘em Seu coragio para artistas, porque muitos sio mencionados na Biblia. Ser
um artista foi uma das primeiras ocupagóes registradas nos dias do Antigo
Testamento, juntamente com a agricultura e a industria (Gn 4.21). Há várias

18

$
|

Rory Noland

referencias a grupos de músicos (Ne 10.28-29; SI 150.3-5) e outros artistas (Ex
31.2-6; 35.30-35). A equipe de adoragio servindo no templo durante o reina-
do de Davi era composta de 288 vocalistas (1 Cr 25.7). Um dos julgamentos
feitos à Babilönia no livro de Apocalipse foi o de que 2 vida seria desttuida da
riqueza que os artistas tazem a ela (18.22).

Muitos artistas sio mencionados pelo nome nas Escrituras. Nao pode-
mos mencionar todos, assim sendo, flare apenas de alguns. Davi foi um músico
e compositor talentoso (1 Si 16.18), alguém que € descrito como um homem
segundo o coraçäo de Deus (1 Rs 4.32). Quenanias foi um grande cantor e um
regente (1 Cr 15.22). Há um grupo de músicos em 1 Crónicas que chamo de
percusionistas cantores, Seus nomes éram Asafe, Hema e Exh (15.16-19). €
les eram vocalistas que davam o ritmo a todos 20 tocar os pratos. Bezalel era
um artist visual extremamente dotado (Ex 35.30.33).

‘© PODER DAS ARTES.

As artes podem ser extremamente poderosas. Podem despertar-nos para
a verdade emudar nosas vidas, Em 1 Samuel 10, Saul foi exposto a um grupo
de músicos que possulam um poderoso ministério profético. À ministraçäo
deles aferou tio profundimente a Saul que cle "tornou.se um outro homem”
(x. 6). Este € o poder das artes! Quando o oratörio "O Mesias” estreou em
Londres, Lord Kinnoul parabenizou Handel após o excelente “entretenimen-
10". Como muitos de nés, Handel arrepiou-se ao pensar em sua música como
mero entretenimerito. “Meu senhor eu lamentaria muito se apenas os tivese
entretido, Eu gostaria de corné-los melhores,” disse le

‘As artes podem ter um poderoso impacto se forem produzidas na ungio
€ no poder do Espirito Santo. Deus usou um músico ungido para abrir ©
coragio de Eliscu à profecia, de uma mancira poderosa (2 Rs 3.15). Do mesmo
modo, uma pega arisica inspirada nas mäos de um artista ungido pode ser
extremamente poderosa. Uma cangáo ungida, cantada por um intérprete cheio
do Espirito Santo, resulta cm um santo momento. Nós. aristas crstios, no
podemos fazer o que Fazemos dissociados Daquele que nos dorau. Nunca es-
queçamos que a nossa mensagem náo está nas demonstragóes atativa e super-
ficiais de riosso proprio talento, mas na “demonstragio de poder do Espírito”
(1 Co 2.4). Um tema que permcia todo o livro de Eédras é o de que a mio de
Deus estava sobre ele em tudo o que fazia. Precisamos da poderosa mio do
Senhor sobre nds artistas hoje

AS ARTES NA IGREJA

Que tipo de atitude deveríamos nés, artistas, termos para com a igreja?
Precisamos amd.Ia como noiva de Cristo. Independentemente de rodas as suas
Falhas (especialmente as que dizem respeito às artes e aos artistas), a igrea ainda €

19

O Coragúo do Artista

ando perdido. Charlie Peacock, um pro
dir “arias verdadero propóema
amar a igre a despeio da indiernga eda psig ao trabalho que fazer. Por
bora a indiferenga ej inimiga dels, ls a sparam do irmao e da irma que AR
seduzidos por ela. Esto ansiosos em achar seu lugar no Corpo. nio cones

bles a amam € fizem 0
isentos da comunhäo e das responsabilidados na igreh Ho a am

ossivel para edificéla, pois como amar a Cristo e odiar a Sua igreja?”""
a sando muitos artistas näo dio a

instrument de Deus para redimir um
duror e compositor cito norte am

Vivemos em um tempo, no entanto e
minima paraa ire. Axé mesmo as crios. Quando pensamos Cn O
Arte impactando o mundo, ma maori dis vers ndo pensamos em RER I
através da igeja local, Ou se pensamos, vemos a Igreja come pol
para algo com um público maior
há uma geragio inca de jovens crescendo a
Lire minixério de música no ess na as
Si indástea da música cis. De fao, quando ouvem 0 termo “artista cristo,
Tmaioria das pessoas pensa que iso se refere a alguém "na in No
aneregacio, e professor de arte convertido sfo muito mais artistas crisios
ds mésiea cried: vocé alguma vez já pensou se essa indúsuri foi realmente a
primeira opio de Deus para alcanga um mundo perdido, ou se nós, em nossa
munidad, nio teríamos abdicado desse privilégio porque náo tivemos a
Visto do quio poderosa a música poderi ser na igreja? Näo estou dizendo que
à béngáo de Deus nio esteja sobre a indústria da música risá. Ela rem produ-
“ido fruros e tocado a vida de muios ainda hoje, Esse impacto, no entanto,
io se perdería pelo fito de artistas cristios escarem concentrando seus minis-
cérios para dentro da igreja ou para o mercado secular
Aqueles que sio músicos, tenho que dizer que se estio criando música
criss, mas realmente gostariam de estat fazendo algo mais (como “acontecer” na
indóscra), ndo produzam música cit. Fagam outra coisa. sso serve para todos
‘nds aristas. Näo veja a igreja como um trampolim para algo mais importante.
Quero ter o cuidado para que as pessoas no concluam que acho que a
igreja € o único caminho aceitével, onde um cristio pode usar os talentos
dados por Deus. Vocé precisa encontrar o público cero para o seu trabalho ¢
se pode nem sempre ser a igrej local. Nem toda obra artística se encaixa
apropriadamente ao culto crstáo. Devemos usar nossos dons na igreja e no
mundo. Necesitamos de mais artists cristios no mercado secular. Precisamos
de mais músicos, atores, escritores, poetas, pintores e direrores talentosos lá
fora no mundo, impactando nossa cultura para Cristo. Somos o sal da terra
(Me 5.13). Nossa luz precisa brilhar de tal modo que as pessoas vejam nossas

¡gora mesmo.

Por exemplo, Li

com a idéia de que um verd:

20

Rory Noland

boas-obras e sintam-se atraldas para o Senhor (Mt 5.16). Louvo a Deus por-
que alguns de nossos músicos cristios extio atando no mercado secular Eles
«tio influenciando nossa cultura aual, Meu conselho a jovens artistas hoje £
de que considerem a igreja e/ou o mundo como pontos de partida para o seu
trabalho, Näo se acomode na industria da música crisi ou em qualquer outro
campo que restrinja vocé e sun arte a uma subcultura cis.

Estou envolvido no ministério de música há mais de vinte e cinco anos, €
confesso que, em alguns dos pontos mais difces, ao longo do caminho, quis
desist. Mas, quando pensa ‘de minha vida, nada chegava
sequer perto, a ponto de cativar minha paicio. Iso € o que Deus me chamou
para fazer. Deus me colocow aqui neste mundo para fazer música cris! Minha
missio na vida € contribuir para 0 avango da música na igreja. Vocé io precisa
‘rabalhar numa igeja para amar igreja. Deus está, através dla, reconciliando
para Si um mundo perdido, e convida vocé e cu para sermos uma parte deste
“ministério da reconciliagio” (2 Co 5.18). A igreja € a esperanga do mundo.
Servir a Deus na igrja local € um chamado nobre € sublime.

Nós precisamos de artistas igreja hoje que tenham paixáo pelo poder
das artes. A passagem que desereve o meu ministécio pessoal € 1 Co 14.24-25:
“porém se todos profetizarem. e entrar algum incrédulo, ou indouto, € ele por
todos convencido, e por todos julgado, tornam-se-Ihe manifesos os segredos
do corasio, e, assim, prostrando-se com a face em terra, adorará a Deus, teste-
munhando que Deus está de to no meio de vs",

Eu amo essa passagem porque ela descreve uma experiéncia minister
que € tio poderosa que todos sabem que € de Deus. Ouga como ela afta até
aos nio-crstios: eles sio convencidos do pecado; tornam-se vulneráveis e en-
caram a verdade a respeito de si mesmos; les sio atraídos a Deus: e finalmen-
te, vio embora balangando suas cabegas admirados e exclamando: “Realmente
hé um Deus! E Ele certamente está entre vocès!" Quando Deus unge as arts,
há um poder tremendo liberado por Ele para penetrar nos coragöes, mentes €
almas. Nós, como povo de Deus, náo devemos perder de visa o quio podero-
sas as artes podem ser na igre.

Vamos observar como as artes podem ser uizadas na gra local, examinan-
do o seu papel na adoragio, no evangelismo, no encorajamento e na celebrasig.

Adoragio

© Novo Testamento enfariza a adoragäo comunitäria. Em Efésios 5.19 €
Colossenses 3.16 igreja primitiva € instuída a canta “salmos, hinos e cánticos
espiriuais”. Leland Ryken destaca o Fat de que "música no Novo Testamento..
do € mais sacerdoral ou profissional. Ela ésolidamente social, congregacional e
“amadora"”.* À obra do ministério náo era mais fita por uns poucos profisio-
ais em tempo integral. É responsabilidade de todo cristio cheio do Espírito

21

O Coraçäo do Artista

Santo fazer a obra do ministério (EF 4.11-13; 1 Pe 2.5-9). Isto € um subproduro
a nova alíanga da filosofia do sacetdécio de todos os ri

Nestes dias um grande número de igrjas esté experimentando uma ado-
raçio dirigida pelo Espirito, a qual tem acrescentado riqueza à vida da igreja

As ares poden air a aoragao de uma mancr poder Uma cano de
à litura dramática, uma

adoraçäo que emocione, uma pega teatral tocante, u pur
dança expressiva, uma pega de arte visual que Fascine, todas essas expresses
arústicas podem proporcionar aqueles momentos santos quando, como corpo
de Cristo, experimentamos arealidade. da presenga de Deus. .

a jte eacendeu controvérsias que

O regime da adore infament rcendeu conor que
cada congregagäo local tem que watar. Por exemplo, a q
espontánea conta a adoragio plancjada rem feito com que pessoas tomem
partido o lado do slo que emendem ser mais spl As Escrituras nos
dio exempla de ambos. Quando a nagío de Isracl cruzou o Mar Vermelho,
bem ali na margem eles irromperam em adoragäo espontánea, que incluia.
anto, instrumentos e danga (Ex 15). Por outro lado, o tempo de adoraçäo
que acompanhou a dedicagäo do cemplo’foi minuciosamente organizado €
corcografado (2 Cr 5.11; 7.7).

A controvésia do tradicional versus o contemporineo apresenta-se tam
bém na igreja que desja crecer em adoraçio. Tenho observado
igejas que jogam fora os velhos hinos em favor de cangöcs de adoragio contem-
porincas, € igejas que se agarram tio firmemente a esses velhos hinos que náo
consideram a possbilidade de usar as cangies de adoraçäo novas. A igreja do
Novo Testamento era uma mistura saudável de ambos. 1 Tm 3.16 € um exemplo
de uma daquelas "novas cangöes de adoragio da gra primitiva, mas os cisios
«ram também insteuidos a canar os “velhos” salmos (EF 5.19, Cl 3.10)

Teo também visto igreja fcarem mais rígidas com relagio 20 louvor
insstindo que todas as formas de adoragio sejam dirigidas a Deus. Em
palavras, las cantam somente cangóes para Dese
do que esta seja uma tentativa de personalizar a adoracío € concentrála no
Senhor, e iso € bom. Somos instuídos a cantar ao Senor (S! 33.3), mas nio
creio que devéssemos ser dogmáticos acerca disco, porque assim eliminarlamos
muitas cangdes de adoraçio que sio muito boas € podem verdadeicamente
edificar a igeja. Além diso, o que muitos créem que sejam fragmentos de
hinos encontrados nas Escrituras (Ef 5.14; Fl 26-11; CI 1.15-20) falam sobre
‘0 Senhor e no estáo sendo cantados para El.

Evangelismo
As ares podem ser especialmente ficazes no evangelismo porque muias
vezes refletem a fome € a busca do ser humano por Deus. John Fischer, em seu

2

Rory Noland

Livro O que à que estamos fuzendo? diz que: “muito da arte de náo-crisos aten-

{os expressa um anseio por Deus”, Fischer continua dizendo que quando
artistas penetram em suas cores ou nas nots da partitura, envolvese no
desenvolvimento de slugóos numa bandeja em um quarto escuro ou 80
flr da palavra numa página, exo interagindo com a etemidade que Deus
olocou em seus cora, Esto tentando se significant em seu universo —
tentando representa algo mais que a colis aeatéria de moléculas Embora
a flosoia moderna dig a ces que náo sio coisa alguma, seus corgüesIhes
diem algo mais. Pelo ao de suas ments no consguirem sondar o que
seus corgóes saber, ces sentem o peso de um fardo colocado por Deus. A
arte muitas vezes parece inaciona, porque o cono ed alcancando além
da mente, Um muse de ate moderna expóe o coragioalcangando além do
que a mente conhece,rentando encomrr o significado de sua existénca. *

Realmente, pessoas estio ansiando por Deus, e nós artistas podemos aju-
dar a conduzir os que O buscam até Ele. Jamais questionaria o potencial
cevangelistico de uma adoragio dirigida pelo Espirito. O Salmo 40.3 diz que
quando adoramos, iso faz com que muitos voltea -se para Cristo, No encanto,
como alguém que tem gasto grande parte de seus anos de ministério numa igreja
voltada para os de fora, eu pediria 3s igrejas que considerascem o uso das artes
‘como estratégia de evangelismo. Elas podem desempenhar um papel sgnificai-
vo no alcance dos nio-ctistios. Tenho um número incontivel de pessoas que me
contam que comesaram a vir ao culto da igreja porque gostaram da música, No
ntanto, devo também dizer que € necessrio haver um grande cuidado, a im de
sclecionarmos as expresses artísticas com as quais as pessoas de fora possum
idenufiar-se. Quando Paulo quis identificat-se com náo-cisáos, ele saiu de sua
ota para falar com eles onde estvam. Em Arenas ele usou os escritos dos poetas
€ fldsofos seculares do proprio povo para apresentar o Evangelho (Atos 17.28)

Ele usou suas artes, expresso de sua cultura popular a fim de alcangá-ls. Sem
falar com nossos amigos e vizinhos como se fóssemos superiores a eles, devemos
aprender a como nos relacionarmos com uma cultura pós-moderna ¢ falarmos
de modo a sermos compreendidos por eles. Eu evtara letras de música que t
muito “evangeliqués” que as pessoas de fora nio entenderiam. Eviaria também
músicas ou pesas que rate questöcs sis da vida de forma trivial. Se vocé tem.
como alvo os de fora, cetfique-s de que esti falundo uma linguagem que cles
podem entender claramente.

Encorajamento

As artes podem encorajar e edifica a igreja. Música, tearo, danga, literatu-
sa artes visuals podem encorajaralguém que estja abatido, alguém que esteja
‘com lutas em sua caminhada com Cristo, alguém que esteja enfrentando provas
+ ventagdes, Davi ministrou a Saul ao tocar sua hapa, e isso 0 encorajou e reani-

2

O Coragáo do Artista

mou (1 Sm 16.23). Tanto Jó quanto Davi falaram em Deus dando “can ps na
noite”, e encorajamento para os tempos de escurifläo (J6 35.10: SI 48:70.
Nunda devemos perder de visa as pessoas € suas necesidades. À igre Dos
‘usar-nos para levar encorajamento äqueles que necessitam de um toque De
Adoro quando um hino ou uma cangáo de adoragio ficam ex I de
ene dep haves cado ca cua ja de av de De que
minisera à minha vida todo o dia. Iso me faz debas oi q ds os
ee m Bon a
No conseguiatrd-la da minha cabega e nao queria. Sou uma pesos! soe
Comms oura ade quando ars de Das pcia me
srs podem ne com qu ons
Re ac so aps m lents com a dor de pes € na
ministro da verdade da Pla de Deus com bide ei
da peer ls pa ge ca mama mange <1
na uma linda melodia ou qualquer outra forma de arte, e ela tee a pesos
a Ira la a corgi. Se vc amen que

encorajar pessoas na igrej, permita que as artes o auxiliem nisso7

Celebragáo :
‘Assim como as artes desempenharam um papel importante na nagäo de
Israel, celebrando eventos especais como a cravessia do Mar Vermelho ou a
dedicago do tabernäculo e do templo, as artes podem er o papel preponde-
rante de ajudar a gra a celebrar. Nio estou falando de celebrar apenas o
Natahou a Páscoa. Nós, na igreja local, poderíamos celebrar muito mais do
que normalmente celebramos. Nós, dentre todas as pessoas, temos muito 0.
que celebrar. Batismos, aniversáio da igea, a fdelidade de Deus € as respos-
tas ds oragóes, si todos bons motivos para celebrar. Nio espere até o Natal ou
a Páscos. A igreja deveria organizar mais festas, e quando finésemos, devera-
mos remover todas as barciras e celebrar! Que maneira melhor de fesejar que
deixar a artes correndo solas com a cratvidade, visando a honrar a Deus.
Na noite de ano novo de 1989, Leonard Bernstein regcu a Nona Sinfonia
de Beethoven que celebrava a queda do Muro de Berlim. Em seu livro Cartas
o Meu Filbo, Kent Nerbuen conta que estava assstindo ao concerto pela TV.
«€ 0 quanto foi rocado pela música.

Os instrumentos cantavam em unísono. À música elevou-se e expand
se, tomando-se pura emo. oe
Lágrimas escoreram de meus olhos. Choreiincontrolavelmente, Foi mais
do que eu er, € mas do que jamais poder ser. Fi uma cura, um testa.
mento do que de melhor € pior somos, Foi uma confissio, uma celebra.
io. Foi o que somos de mais humanos.

2

Rory Noland

Ao final do concerto, eu havia sido transformado. Um momento de belza

= abrupta hava invadido meu viver dro. Embora etvese a uma distncia
<letrnica, hava presenciado um daquels momentos que somente à ate
pode ofrece, quand sees humanos geram algo do nada, € veste de
mijestade e belea que parecem rvlizar com a vies dos deuss

Este €o poder da arte, e a pessoa que näo a experimentou está viva apenas
pela merade. " il

DIAS ESTIMULANTES PARA AS ARTES

Estes sio dias estimulantes para as artes na igreja porque Deus cs
pertando-a parao potencial ministerial que elas tém. Algumasrevisas dedicadas
As artes de uma perspectiva criti tém surgido recentemente. Quando as lio,
tenho a sensaçäo de que as artes esto vivas e ativas em nossas igrejas locas.
Muitas delas hoje tem um departamento de artes ou seu próprio departamen-
to de programagoes. Vejo grandes mudangas no horizonte. Por exemplo, o
papel dos artistas está mudando, comegando pelo do músico na igreja. Há
Vince anos, se dissese a seu amigo que estava envolvido no minisério de mú-
sica de sua igreja, ele entendería que vocé cantava no coro. Há vinte anos, se eu
issesse As pessoas que trabalhava como ministro de música na igreja, elas en-
tenderiam que cu dirigia o coro. Embora ainda cxistam muita igrejas que no
tém sequer um cora, no passado, se vocé quisesse usar seus dons musicais na
igreja, näo teria sorte a menos que pudesse cantar no coro ou tocar © Órgáo.
Hoje, há guitaristas, baterista, saxofonistas, tecladisas, violinistas e cantores
de todos os estilos liderando ou participando do ministério de música na igre
ja. Os ministéios de evangelismo e os movimentos na área da adoracío tém
dado nova vida à música na igreja. Deus esti chamando músicos de estudio e
«cantores de jingles, a parti de suas áreas de stuagio no mundo da música, para
servirem na igreja. Ele está chamando também náo profissionais para servi
pessoas de diferentes áreas de aruagáo que costumavam tocar um instrumento.
Où cantar, mas acabaram optando por outras carreras que no a musical. Elas
estáo descobrindo a alegria € a gratificaçäo de usarem seus talentos para servir
a0 Senhor.

Estes sio dias estimulantes também para o teatro na igreja. Antigamente,
as congregagóss utlizavam esse recurso apenas no Natal e na Páscoa. Além do
pequeno número de ocasióes em que eram utlzadas, as pegas limitavam-se o
somente a reproduzir historias biblicas, As pessoas pensavam em teatro na igreja
como um grupo de atore vesindo roupóes de banho em frente a um cenirio de
manjedoura. Mas gragas a Deus, mais e mais igreja eso utilizando o rearo, 20
ponto dele tornarse part regular de sus programagóss. Peas curtas esto sñ-
do usadas com eficácia em muitos cultos hoje. Como conseqúéncia disso, a
qualidade dos textos e das representagdes está constantemente melhorando. Pes-

25

O Coragáo do Artista

025 que costumavam atuar em pesas no colégio e na faculdade esto experimen-
as no colégio e na Faculdade es

tando a alegria e a realzagio de servir a Deus em sua igrja local. Outros exo

descobrindo dons nessa área que nunca pensaram que unham.

mportincia de um bom

Na área técnica, igreas estio despertando para a
som € de uma boa ‘snag Sr
dinheiro nesta área e em alg
gral para som e iluminagto

A danga está experimentando um avivamento na igrjs, especialmente
‘como uma expressio de adoragäo. Tenho informagoes de que igrejas promo:
‘vem oficinas e conferéncias dedicadas intciramente à danga na igre

10 visto igrejas investindo

para um culto, Tes
£ contratando pessoas em tempo inte-

Algumas igrejas expúem as obras de séus artistas na entrada de seus tem-
plos. Outras promovem exposigóes em galerías de ates.

Estbu entusiasmado com o progresso que vejo nesas áreas, porque anscio
que a gra eja “o local onde as artes acontecer”, como era no tempo de Bach
250 anos aris. Naquela época, quando alguém queria ouvir boa música ou apre-
ciar arte de qualidade, ia 2 igej. Se queria tocar ou cantar música bem feia, a à
igrej. Nés nos aistamos muito dessa realidad, náo € mesmo?

Eu acredito que estamos no limiar de uma era de ouro para as artes na
igreja. Eucreio que estamos entrando em uma época da história da igreja quando
‘esti chamando artistas aos milhares para usarem seus dons para Ele como nun-
ta Ele os havia chamado antes. Acredito que Deus está tentando levancar uma
comunidade global de artistas cristios que estejam totalmente comprometidos
com o senhorio de Jesus Cristo em suas vidas, Mew amigo, se ese € um desojo
do seu coragio, deixe tudo o mais e sign-O. Ele está chamando vocé para
desempenhar um papel de destaque na igreja. Que honra. Que privilégio. Ah,
que todos possamos ser achados fiis (1 Co 4.2). £ hora de fazermos uma
avaliagio de onde estamos espiritualmente ede nos cerificarmos de que estamos
honrando a Deus náo apenas com nossos dons mas também com nossas vidas.
Façamos todos os ajustes necessrios para nos tornarmos tudo o que Deus
quer que sejamos. Penso que é hora de levarmos to a sério nosso carter cris.
o quanto levamos a séio nossas habilidades e nossa arte. Nao podemos nos
preocupar com as artes na igeja sem nos preocuparmos com a vida dos artistas
a rej. Noso caáte como artista css, nossa caminhada com Cristo,
‘nosso crescimento espiciualtém uma parte vital na criaçäo do tipo de expe
éncia ministerial na qual Deus libere o poder de Seu Espirito Santo. Necessita-

mos de artistas na igeja que sejam conhecidos nfo
“tambén por sua canıinhada com Cnsio

CariruLo UM
CARATER PROVADO

havia acabado de concluir a escola Bíblica, ¢ essa era sua primeira en

revista de trabalho. Ele sempre sonhara em ser um ministro de música
‘numa igreja e já havia se eandidatado para o trabalho em varias delas por todo
o país, esperando encontrar aquela que sera um “encaixe perfeito”. O pastor
Blair, da igreja Comunidade Lá Fora no Campo, havia respondido imediata-
mente ao requerimento de Sean. Ele havia examinado o currículo dele e ligado

St © Abigail estavam empolgados e nervosos ao mesmo tempo. Sean

para todas as suas referéncias. Els já haviam tido várias conversas pelo telefon e
sentiram que era a hora de se encontrarem pessoalmente. Assim, lá estavam eles
= Sean e Abigail jantando com o pastor Blair no melhor restaurante da cidade.

A uno estava indo muito bem, Sean estava causando uma boa impres-
sio. Quando o pastor Blair disse a Sean que achava que cle era a melhor pessoa
para o cargo, Sean € Abigail estavam prontos para explodir de alegría, mas
obviamente tiveram que permanecer frio, calmos € contidos porque todos
sabemos que adultos nunca devem ficar exageradamente entusiasmados. Tudo
+ que faltava era uina entrevista com os líderes, uma mera formalidade, se 0
pastor Blair € a esposa aprovassem o nome. Sean começou a fazer algiimas
Perguntas sobre a igreja co povo com quem ira estar trabalhando.

“Como está o ánimo do departamento de música no momen?”

“Está bem’, pastor Blair respondeu. “E o que se esperara de uma igeja,
Sean pensou consigo mesmo se isso era bom ou ruim, à medida em que o
pastor Blair continuou. “Vocé sabe, temos algumas pessoas que querem ter
‘uma música e uma adoragäo mais atualizadas, outras que lutam com unhas e
dentes para manter a tradigáo”.

“Qual a sua posigao?” Sean perguntou amigavelmente.

> 2

O Congo do Artisn

sa “Eu gostaria de manter os dois lados dire” pastor Blair respondew,
10 que esse €o nosso cabalho como igreja. Nao quero perder ninguén por
‘causa disso, CA entre nés, eu penso que podemos deixar todos fixe:

“Como sio as pessoas do coral?” Scan estava amioso por saber
> com orgulho. “Temosape-

imas ovelhas negras no

“Gente muico bos”; pastor Blair Ihe ascgur
as uns poucos problemas aquí e acali. Vocé sabe, ale
‘meio do rebanho, como em qualquer coro de ige,

“Quem, por exemplo?” Sean realmente estva inte

essado em saber.

“Bem, a Sra. Johnson, que cana no coro há mais de cinglenta 200%
vad se oper « qualquer mudanga que vaot queita Ever mas Apt per DE
opor a qualaı stig seu lugar junto

‘opinio e ameagar sai umas quinhentasweze, va voltar para 0
ms tes iz eorgulhon por esa Tab om 2S. Sm
Que pens zer uma sois... Até hoje nfo achei mais ninguem di FOLIE
Com esse pensamento... Voce sabe 0 que tou do diver. Por alguma
ao colccon na cabra que pode cancar a ‘Pai Nosso, de modo que, ama vez
vos momen o más de ia, damos que cit cnc no Sl

Po fequenado, Nessa ocaso normalmente oro para que a música IE
mais rápido pose. O pastor Blair sors. "Ela € muito ja. no entamio e €
‘asada com o nosso melhor tenor, o Sr. Smith que
Femara le € conhecido por perder as estribeias quando € contraria.
“Minka sugar sera ro d seu Indo desde info. Ele sem uma influ
‘cia muito grande sobre a igrja.
emos o Sr. Brown, um dos nossos mais novos vocalistas,
falar muito sobre ele, a nfo ser que possui uma grande voz. Ele costumava
“anta profsionalmente, mas le náo € muito confidvel, Näo sabemos se virá
car na próxima semana. Nio sei se € porque tcabalha muito ou se é porque
mio está comprometido com as coisas de Deus
“També temos o St. € Sra. Jones, um casal jovem que acabou de mudar
para cd, mas eu into que podem estar tendo problemas no casamento”.
Eles eso tendo aconselhamento? Alguém os etd ajudando?” Sean per
+ guntou.
“Bem, para ser honesto com vocé, eu realmente náo sei,” pastor Blair
respondeu. “Pensei em ligar para els, mas ainda nao tive tempo”
Scan no quis ir mais fundo no problema, Além disso, lembrou-se de mais
algumas quests prática que gostaia de pergunta.
“A igreja escá bem com relagio a equipamento de som ?”
"No", dise pastor Bar, sorrindo. “Lembree lo, no somos chama-
desde For no Campo’ por acaso. Näo temos os equipamentas mais mode

mas näo posso

28

Rory Noland

nos ou melhores aquí. Nos viramos com aquilo que o Senhor nos dá. Temos
um equipamento de som, € claro. Nada excepcional, mas resolve

“Alguém sabe como operáclo?” Sean perguntou.

“Ah, sim. Seu nome € Wilbur. Nós o chamamos de Wil, para encurtar. Se
ai fosse vocé ligaria pra ele todo domingo de manhá. Ele tem a tendencia de
perder a hora”.

“Ele é um bom técnico?” Sean perguntou, com um cesto ar de preocupa-
ño. “Sem dúvida,” pastor Blir Ihe assegurou. “Quero dizer, nosso som ¢ sim-
pics. É só ligar, ajusta alguns poucos bordes e colocar fitas pra gravar. Peso
que o Wil di conta do recado, Ele tem aquele equipamento que diz quando o
som esti muito alto, como um medidor de decibéis, Quando digo a ele que o
som esti muito alto ou muito baixo, ele insiste que está tudo em ordem e me
mostra o nivel de decibéis captados pelo equipamento ~ € sem dúvida, cle está
certo”.

Abigail quis fazer uma pergunta sobre teatro. “O senhor acha que a con-
gregagio estaria aberta para utilizar o recurso de pegas durante o culto?”

“Vocé diz toda semana?” Pastor Blair perguntou cautelosamente.

“Bem, talvez toda semana,” Abigail disse com entusiasmo. “Podesfamos
comesar com estriascutas uma vz por més que se encaixem com o tema do

Isto soou inofensivo para o pastor Blair. “Penso que as pessoas iriam gos-
var” disse orgulhosamente. Entio, comegou a lembrar-se do passado com um
certo ar de brincadeira. “Eles se diveriem a valer quando véem a mim e aos
diáconos vestidos de reis magos no Natal”.

Sean e Abigail iram nervosamente. Sean abia que estava dando sopa a0
azar, mas quis saber sobre artes visuis. “Vocés rém algum artista que desenhe
x na gra?"

“Náo muitos", pastor Blair dise, pensativo. “Nós temos uma classe de
bordados toda quarta-fira de manhi já hä vários anos. E mantemos uma feira
de ares na Época de Natal”

Abigail quis arriscar uma última pergunta. “O senhor já via danga sendo
utilizada na adoragáo?”

“Nao, náo vi,” pastor Blair respondeu educadamente. “Mas näo acho que
funcionaria aqui. & um pouco avangado demais para nés, eu penso”

De algum modo, essa resposta parece haver fechado a porta para mais
pergunta. Sean e Abigail inham emogöes misturada. “A impressio € que a
Pessoa que asumir esc cargo em sua igrja será muito trabalho pela frente”,
Sean disse, com um ar quase que de espanto.

ou pi

2

O Coragáo do Artista

1", pastor Blair respondes, sol
fracos de coragío. mas eu acho

“Voce tem ratio quanto a isso,
‘uma gargalhada. "Näo € um trabalho para 0
que vocé o fard bem’.

QUESTOES PARA DISCUSSAO EM GRUPO
accitaria o trabalho u
e im € por que näo?
iro ano de trabalho dele?

1. Se vocé fose Sea lgrcja Comunidade 14

Fora no Campo? Por
2. Como vocé acha que sera pri
3. Vocé acha que Sean e o pastor Blair formariam uma boa equipe? Por

que sim € por que nao?

4.0 departamento de mii
mas “pessoas problemáticas”, Com vot ir

ica na igeja do pastor Blair parece ter algu-

ia lidar com algumas delas?

5. Vocé acha que os problemas
pastor Bar sio extremos ou
6. A igeja tem qualquer compromiso com os que esto passando por
ceanpos difiei, exempo do cal Jones, com problemas no casamiento?
7. O que seria necesário para que as artes Norescessem em uma igreja
como a do pastor Blair

8. O que seri necesírio para que artistas Norescessem em uma igreja
como a do pastor Bhir?

9. Selíderes da gra quisessem comegar um ministéio de teatro, dansa
ou arts visuals, como deveriam apjr?

10. Vo tem preocupagöes com relacio ds artes desempenhando um
papel mais expressivo nas igecjas no fururo?

Caner

As pessoas ds vezes me perguntam o que cu aria se tivesve que escolher ent
‘um músico extremamencetalentoso, que náo fosse muito celica ar dt ala
brie pia queso hs mi ones Poa em mike
expr oda gone scam cae eo eg
a resposta & eu quero ambos! Quero um artista que sea extremamente
false e profundamente espiral, Houve um art em Bodo 35 chamado
Beal ce indy pc cus pao ne te
a dede Blank FA
ao = = ito € conhecimento. (vs. 30-31). Esse. gigante espi-
pray tinha ns na área do ensino, Ele um artista que era cal 5
esses os que precisamos encontrar! Esse € padric pa
mos ace ape come ewe Epa Pat io Nao pode
4 crescer espiritual e artisticamente. evoca enanos

30

Rory Noland

© filósofo grego Heráclito ensinava que o seu caráter € o seu destino,
Essa € uma inversio de valores para nds, porque temos a tendencia de pensar
que nosso destino está embrulhado em nosso talento. Mas a verdade é que 0
mosso destino näo está vinculado Aquilo que faxemos como artistas está attela
do ao que somos como pessoas. Meu pastor, Bill Hybels, escreveu um livro
ujo tíulo € desconcertante: Quem vocé é quando ninguém está olhande? Quem
vocé € quando nio está no palco? Quem vocé é, quando ninguém está olhan-
do para 0 seu trabalho? Quem é vocé na verdade?

Romanos 5 diz que nossa perseveranga resulta em “cardter provado” (vs
3 6-4), Precisamos ser pessoas de carter provado, Cariter formado simples-
mente significa que estamos tentando ser as pessoas que Deus quer que seja-
mos, Para aqueles dentre nds com temperamentos artisticos, ito significa
tornarmo-nos os artistas que Deus quer que sejamos. Nao estou falando em
ser perfito. Estou falando de um carter que tem. com o tempo, provado ser
coerente com a vida que Deus nos chamou para viver

‘Como saber a que Deus quer que vocé «ja? Paulo diz que nossas vidas
devem demonstra "amor, que procede de um coragio puro e de consciéncia boa
+ de fé sem bipoctsia” (1 Tn 1.5). Em outras palavra. uma pessoa de carter €
amorosa, tem uma consciéncialimpa. e possui um relacionamento auténtico
com o Senhor. Essex so indicadores de alguém com um carter cristo,

Estamos nos tornando pessoas mais amorosas, ou estamos por demais
absortos em nossa arte? Estamos amando ao Senhor com todo u nosso cora-
io, alma, e mente, ou amiamos mais cantar coca, interpretar ou criar? As
pessoas ao seu redor podem dizer que vocé € uma pessoa amorosa?

Temos uma consciéncia clara de como estamos vivendo nossas vidas?
Somos pessoas honesta? Estamos tratando com o pecado em nossas vidas ou
‘ estamos ocultando? Estamos vivendo como as que estio mortos para o peca-
do e vivos para Cristo, ou estamos cedendo aos prazeres passageiros do peca-
do? Estamos prestando contas uns 20s outros de nosos pecados?

Estamos vivendo vidas auténticas como seguidores de Cristo? A Biblia se
refere a autenticidade como sendo viver uma vida verdadeira em nosso “int-
mo" (I 51.6) e viver uma vida de "sinceridade divina” (2 Co 1.12). Em outras
palavra, nés somos quem dizemos que somos. Estamos vivendo o que canta-
mos. Estamos vivendo o que escrevemos. As pessoas nfo iño escutar 20 que
dizemos aré que tenham observado o que fazemos e encontrem consistencia.
Alguns de nés tentamos nos esconder por detrés de nossos talentos, e negli-
{gencamos quem somos por dentro, mas quem somos por dentro € quem so-
mos realmente. É por isso que Paulo diz que se esforga por “ter sempre consci-
éncia pura diante de Deus e dos homens” (At 24.16).

ai

O Coragáo do Artista

o praticar o que Pregamos
‘em nome de uma boa
dentro. She.

_Nés também náo queremos ser acusados de
Iso é Sem quando aparentamos estar bem por fora:
imagem no palco, quando náo é, na verdade, como estamos por
ona plas cr para caros “ix” mar stos encobriado à ends
de sabre nés mesas. É meramente uma “uma de pedade” O Tin 25) mas
mo € 0 que valen somos. Pare april, mas 0 Mt profuididade ou
poder eo scontere quando antun o fino "Tudo enuegtió > EOS
Senkor está faro da hipocrsia de Seu povo, € especialmente CE A E Le

“Asa de min oestépito dos eus cánticos porate a E a ee
‘twas liras”, Deus näo irá ouvir cangóes de louvor vais, 'náo importa quäo criati-
vas ou bonita elas sejam, se Mco coragöes nio etiverem reos diante Dele. A
Bla dere or Amatis como um homem que fez o que era reto perreo
Senhor no porém com intieza de coraáo” (2 Cr 25.2) Em outras palavras,
“suas agBes cum boas, mas su aitude era md. Ele aparentava ser bom por fora
ne coro cava longe de Deus. Muito do que estou alando tem a ver
tom à condigo do seu corso. O seu coraio est ardendo por Cristo nestes
dias, ou voct ash apenas fingindo?

Autenticidado € uma testemunha poderosa: da preseng
sas vidas, Näo quer dizer que sejamos perfitos. Quer di
cire, Quer dizer que somos honestos com respeito a nossas imperfeigöes e
Juas Nao as ignoramos, colocando uma máscara de eristios felizes para enco-
brir nossa dor, Admitimos os conflitos. O näo-cristäo percebe quando nio
estamos sendo auténticos. Nos “entregamos” quando damos a ideia de que a
Vida cis € bent de problemas, sem dores ou lucas. Iso simplesmente näo €
verdade. Setrcamós quests sris da vida evianamente, so diz aos nossos
amigos náo<risios que estamos fora da realidad. Sermos auténticos inclui
sermos verdadeiros com relagäo a nossas lutas e deficiéncias.

Deus nunca desejou que o crescimento de nosso caráter fosse uma priori-
poque Todos devo madre medida de
tnd dein (1419) Douce en em Crs EF
419), Cesc em Cit io que ie adquirimos conecimento intl
Sila cece cn ine mo crac aoa lands ct Can
autocad din peeves, pedado bandade € amo. “Porque cas

ss existido em vs € em vis aumentando, rem com que náo sea nat.

vos, nem infeuuosos no pleno canhecimento de nose Semhar Jens Crane (2 Po
153), Foe o po de mara a parir d qual um carter zona 0

nadas pro rite €construldo
jo is noma idas e velas a Podes a bé ter con
tenta crecerespiituslmente € ministar na Iran Pee Sn que
inistrar na igreja. Por exemplo, ser

ça de Deus em nos-
x que somos verda-

32

4

Rory Noland

introvetido nfo € necesariamente um problema; isolar-se dos outros €. Valori-
zar seus sentimentos näo € um problema. Ser controlado por eles o tempo todo
& Ser sensivel € uma qualidade. Ser sensvel ou estar na defensiva a0 extremo €
problema. Fazer as coisas com exceléncia nio se constitui num problema, Ser
Ultraperfeccionista pode ser

Qualquercrescimento que experimentamos no caráter será um recurso a
mais para tado o que fazemos, Qualquer tempo ou energia gastos para o cres-
«imento na área do caráter valerá o esforgo. O crescimento de nosso carter irá
melhorar o nosso relacionamento com Deus. Irá melhorar nosso relaciona»
‘mento com os amigos € a familia. Irá melhorar nosso relacionamento com as
pessoas no trabalho. Irá melhorar nosso bem-estar como um todo. Seremos
‘melhores aristas por termos crescido em nosso carter. John Wooden, um
legendário técnico do basquete universitário nos Estados Unidos tem uma
grande declaragio a respeito de caráter: “preocupes mais com o seu cardter do
que com a sua reputagáo, porque o seu cardteré0 que vocé realmente & enquanto
que a sua repusago € meramente o que os outros pensam que vocé €}

INTEGRIDADE

Nos Salmos, Davi di: “andarei em minha casa com um coragáo sincero”
(SL 101.2). Nós, asas, precisamos estar aptos a passar pelo saguio da igreja
com integridad em nossos coragóes, Integridade significa simplesmente fazer o
que € reto aos olhos de Deus. Caráteré tornar-se quem Deus nos fez para que
fBcsemos, e integridade € fazer o que Deus quer que fagamos. Mesmo se for
difícil, mesmo que isso exponha nossas careiras, mesmo que ninguém mais
esteja Fazendo isso, precisamos fazer o que € cero, Isso integridade. Pessoas
Integras querem conduzr-se de mancira honrosa em todas as cosas, (Hb 13.18)
Pestoas Integras tentam ser bons cxemplos em todas as coisas (Tt 2.7). Pessoas
Integras querem honrar e agradar a Deus sobre todas as coisas (2 Co 8.21)
Precisamos conduzir todos os nossos relacionamentos com integridade, tratar
todas as pessoas com amor € respeto, alar a verdade e dedicarmo-nos à honest
dade. Precisamos conduzir mossos minisérios, osas carrira, nossasfinancas €
osos ares com integridade. Nossos pensamentos, palavrs e obras devem ref.
ir um desejo de fazer 0 que é eto os olhos de Deus.

Paulo diz que a maior de todas as suas ambigöes € agradar a Deus (2 Co
5.9). Essa € a sua maior ambiçäo? Vocé est vivendo para agradar a Deus où à
si mesmo? Está tentando trazer um sorriso ao rosto de Deus com seus talentos.
ou seu principal objetivo € saisfazer a si mesmo artisticamente?

Quando se rata de integridade, há um caminho excelente e um caminho
Hi. Precisamos estar ceros de que sempre optamos pelo excelente. Nao neces.
stamos que a congregagäo olhe para nós como aqueles estranhos tipos artistas

3

+ O Coragáo do Artista

la precisa ver-nos como pessoas de integridade que ministram, servem e
Pastoreiam no poderoso nome de Jesus. 1 Tin 4.12 diz que devemos ser exem-
plos e modelos na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza”
Alguns de nés crescemos com altos padröcs vinculados 20 pastor e aos
líderes mas näo aos artistas no palco. Esperamos que pastores sejam pessoas de
Deus. Esperamos que caminhem intimamente com Deus € que tenham um
<arer piedoso, Esperamos que vivam retamente e que no tenham uma vida
dupla. Por que náo esperar o mesmo de nossos músicos, nosso grupo de teatro,
de todos os outros artistas? No somos apenas artistas. Somos ministros tam-
bém. Estamos na" mesma plataf

ma e nos dirigimos à congregagio com a
mesma mensagem. Nao deverlamos aspirar por altos padres de integridade,
assim como o pastor? As qualificaçües para os presteros em 1 Timéteo 3 e
‘Tito 1 podem ser aplicadas a todos os líderes na igrja, e isso inclui os artistas
Devemos se irrepteensiveis leas a nossas esposas, emperantes, söbrios, mo-
destos, hospitaleiros, aptos para ensinar, nfo viciados em coisa alguma, náo
violentos porém cordatos,inimigos de contendas, lives do amor ao dinheiro,
que governem bem suas casas e com uma boa reputagdo com os de fora da
gra (1 Tim 327, Te 179)

Lembra-e qual fi o padcio para as pessoas que serviam à mesa na igreja
primitiva? Eas deviam ser pessoas “de boa reputagio, cheias do Esp
© de sabedoria” (At 6.3) — em outras palavra, pessoas de integridade e de alto
carter, Ese nfo rao padi paa poses de destaque apena; er o adiáo
para todos os que serviam na igreja, Devemos sr pessoas integrase de cariter
Broo, Levis eds di que integiade algo mais iman deus
falar verdade. Die pet ar um cero tipo de pessoa Diz respeio a
Termos Pesfoas que be quem eo que somos, e diz respeto sempre a sermon

vverdadciros com o que sor
mos, mesmo quando isso poderia custar-nos mais do
‘que gostarlamos de pagar”. y da “

{35 com um carter piedoso. So pe i
A Nio sio
cepcionalmente talentosos; i apenas ex-
com Deus. Sto do apuinon € acessiveis, Eles andam
apenas com seus talentos,

Rory Noland

PROVAS TRAZEM CRESCIMENTO.

se falarmos sobre como crescer em carátor €

HI ome cle de Bie caráter? Colocado de um modo mui-
ta mp remos quando nes carer provado (1 Pe 17) Romanos
5.3 di que “a ribulago produ perseverance pesevernga, ter Prey
vado”. Tibulagioou prova produzpensverangas e peseveranga mak ones
carter. Quando encontramos dfcldade, iso ige uma esposa Pods
ser arrastados pelo lado mais escuro de nossa natureza humana, ou podemos
responder com integridade. O modo como reagimos a certos De ze
mo ceros pensamentos que estalam em nossa mente, tem uma grande influ-
Encl na formas do nase carter. Deremos scolber responder com inter
dade quando a oportunidade surge.

Um dia um pastor pediu-me que participasse de um almogo com sua
equipe de música. El etavam cordenando uma nova fs de trabalho na
igreja e queriam algumas idéias minhas sobre o ministerio de música. Esses
dois rapazeseram brilhante,ativos e comprometidos. Tivemos uma conversa
animada ecu fiquei impressionado pela profundidade de pensamento que suas
perguntas revelaram. Perto do final do nosso almogo, o pastor perguntou-me
se eu teria alguma palavra final para eses dois mogos. Eu disse a eles o que
ira a qualquer um que estvesse comegando seu ministério com artes: quan-
do voc’ está num ministério, seu cariter será provado como nunca foi antes.
Seu cariter será provocádo e esticado até o limite. Dé lugar a Deus nesse pro-
ess Quando as coisas se tornarem dices, crea.

Em muitas ocasides tenho tido um problema em meu ministério, e o.
problema tem sido cu. Tem sido minha obstinagio, minha imaturidade, meu
egoísmo, minha postura defensiva, meus melindres, minha ira € meu ressent
‘mento, meu ciöme € minha inveja~ basicamente minha fala de caráter. Näo
Permita que sua falta de carter seja impedimento à atuaçäo de Deus em sua
vida. No permita que iso iniba o seu ministério. Hebreus 6.
“prosseguirmos até a maturidade”
Ele quer que vocé seja,

1 nos diz para
+ Deixe que Deus molde vocé na pessoa que

Nosso caráterétetado quando nos pedem para que desempenhemos um
papel de bastidores ao invés daquele papel de procminéncia que gostaríamos
de ter. Como responderemos quando isso acontecer? Nosso caráter € testado
¿quando alguém nos faz uma crítica construtiva. Como iremos reagir? Nosso
¡aráter € estado toda vez que mossos sentimentos säo feridos. Iremos desen
volver um espítito amargo ou um coraçäo perdoador? Nosso carfter € restado
quando o perfeccionismo mostra sua face torpe e somos tentados a sermos

severos demais conosco e com os outros por náo corresponderem as nous

35

O Coragito do Artista

expectaivas Iremos ceder ao perfeccionismo ou náo? Nosso caráeré testade
quando uma situagio pede que coloquemos as necessidades de outros frente
das nossas, Como responderemos a isso? Nosso cardter é restado quando enca.
amos a tentagäo, quando tentamos suprir nossas necesidades separados de

Deus. Seremos fiis ou no? Como respondemos a estes pequenos testes deter.
mina se nos tormaremos artistas de caráter e integridade.

FAZENDO UM LEMANTAMENTO

Como voct est indo com relagio ao crescimento do seu carátr? Em que
reas est foralecido e que áreas necessitam de atengäo? Um dos passos máis
importantes em qualquer programa de recuperagäo € fazer um levantamento
moral de si mesmo. Paulo diz a mesma coisa em 2 Co 13.5 quando fala,
“examinaivos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a v6s mes.
mos”. (veja também 1 Co 11.28). Seu apelo mais apaixonado sobre o assunto
ver de 1 Tim 4.14-16: "No te fagas negligente para com o dom que há em t,
‘ qual te foi concedido mediante profecia, com a imposigäo das máos do pres
bitério. Medita esas cosa, e las é diligene, para que o teu progresso a todos
seja manifesto. Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deve-
765° (énfases minhas)

Paulo está usando uma linguagem forte para exortar-nos a crescermos €
os tomamos as pessoas que Deus quer que sejamos. Talvez ele tenha se sentido,
compelid a ser to direo por causa de nossa tendéncis de cvitarmos um levan-
tamento honesto de nés mesmos. Preferimos julgar outros a nos avaliarmos.

Para náo sermos muito rígidos ou muito condescendentes conosco mes.
mos, devemos estar certos de haver incluído Deus no processo. Devemos orar
a oragio de Davi no Salmo 139.23-24 "Sonda-me 6 Deus, e conhece o meu
Coragio:prova-me e conhece os meus pensamentos; vé se há em mim algum
caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno”. =

Agora mesmo gaste alguns minutos fazendo um levantamento de onde se
encontra crscimento de seu carter. Estaremos tratando cada uma dessa áreas
no resane deste livro, mas por agora, responda ás questöcs seguimtes o mais
honestamente que puder,

Servigo
1. Com que freqncia vocé coloca as necesidades de outros fente das
€) Na maioria das vezes >

(O) As veses

OC) Raramente penso nisso

36

Rory Noland
ima vez que Ihe pediram para servir fora dos

2: Como vocé reagiu n
refletores, nos bastidores?

€) Eu fi iso com alegra

(Eu nfo gostei, mas iz do mesmo jeito

€) Fiquei com raiva

Trabalho em equipe

1. Vocé está usando seus talentos artísticos na igreja e experimentando
comunhio genuína com um grupo de artistas cristäos?

(sim

(D Náo estou servindo na igreja no momento.

O Nao tenho relacionamentos significacivos com outros artistas cri

2. Como vo está no que diz respeit a resolver problemas de relaciona»
‘mento em sua vida?

(D Bu sempre tento ir direto A pesson € conversar

€) Na maior parte do tempo tento resolver 0 assunto com a pessoa
(Eu odeio confiontagio, assim sendo, reprimo meus sentimentos
quando as pessous me machucam

Perfeccionismo

1. Vocé alimenta pensamentos em sua mente de que nio é bom o sufci-
ente como artist?

CI Néo com freglända

O) As vezes

() O tempo todo

2. Vook exigente consigo mesmo quando comete um erro?

CO) No

CV As veces

Sim, sou muito exgente comigo mesmo

Aude de defesa

1. Alguém já dise ques ente como tendo que pisar em vs pero de wet?
() Nunca

U) As vezes

(Ou isso das pessoasfregientemente

2. Como voctreage is erlicas constutivas?

{D Recebo bem as avalagóes e regularmente pego isso de outros

37

O Coragáo do Artista

©) É dificil, mas normalmente as recebo com benevoléncia
CD Sinto-me ferido

Controlando suas emogöes

1. Alguém já he falou que vocé € muito negativo ou mal-humorado?
( ) Nunca

(o) As veses

€) Ougo iso 0 tempo todo

2. Vocé sente que está sendo controlado por suas emogóes?

CO Nunca

(D As vezes

() Sim, freqlentementesinto-me controlado por minhas emoföcs

Liderando artistas

1. Se voct & um lider que também € um artista, alguma ver sente qual-
Quer tensio entre os dois?

O Nio, nunca

(As vezes

(Sim, náo vejo como poss fazer ambas as coisas

2, Se voc lidea uma equipe de artistas como eles o esto seguindo?

(O Sinto-me inapto para liderar aristas

( Temes tanos conflits na equipe que ná sei como comegar a rsolvéos
(Todos parecemos estar nos movendo juntos na diregáo certa

>

1. Há pecados ou maus hábitos continuos em sua vida neste momento?
(O Nio

()Nio, mas há algumas dreas com as quais luto de tempos em tempos
© Esto lutando com determinado pecado, € nfo sei o que fazer sobre
2. Vocé tem alguém em sua vida a quem preste contas com relagio à
pecados?

(Sim
(()Tenho uma rela de prestago de contas mas ela no € muito forte
‘ou consistente

U) No tenho relagôes desse nivel em minha vida no momento

38

Rory Noland

Disciplinas espiri

1. Vocé tem um período regular de hora silenciosa (tempo devocional
com o Senhor?)

OSim
©) Eu tento, mas é dif
O Náo sou muiro

para mim ser consistente

iplinado nessa área

2. Vocé sente que tem um bom relacionamento com o Senhor atualmente?
(©) Mou relacionamento com o Senhor está indo extremamente bem
()Sinto-me seco espiritualmente

() Sinto-me bem longe Dele neste momento
COMPROMETIDO COM uM PROCESSO

Deus continua trabalhando em nossas vidas para nos conformar A ima-
gem de Cristo (Rm 8.29). O maior de todos os milagres que Ele opera &0 de
uma vida transformada. Dante diz que somos lagartas destinadas 2 serem bor
boletas angelicas. Esta metamorfose nfo acontece do dia para a noite; isto leva
tempo. Gostaria de dizer que o crescimento de cardter é rápido eficil. Mas, em
se tratando de wransformagio do seu carter, vocé está na maioria do tempo
indo contra a sua natureza e riagio, de modo que náo é ic. Näo gostamos
de nada que fira ou que leve tempo. Demons

‚nos descontentamento sem.
pre que nos deparamos com algo dificil, e dizemos: * Bem, suponho que isso
vá fazer meu cardter melhoras,” como se fosse um reinédo que € bom para nés
mas cujo gosto € ruim. Devemos mudar nossa atitude e abragar a luca, are
mesmo procurar por ela, porque ela nos fará pessoas melhores

"Paulo diz que é a cribulagio que leva 'a perseveranga, que por sua ver,
leva a0 caráter provado (Rm 5.3-4). O crescimento do cardter € uma recom-
pensa. É o resultado de ser fiel. E o prémio pela perseveranga durante à
dificuldade. Haveräo altos ¢ baixos. Na maior parte do tempo serio dois
passos para frente € um para tis, Paulo nunca sentia que houvesse chegado
20 destino. Ele disse: “esquecendo-me das coisas que para trés ficam e avan:

* gando para as que diante de mim eso, prossigo paca oalvo, para o prémio
da soberana vocagäo de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.13-14). Paulo estava
comprometido com o processo de crescimento do cariter. Convido vocé a
‘uma viagem de transformagäo vitalicia, Ela irá chamé-lo dia a dia a um com-
promerimento de morrer para sie seguir a Deus (Le 9.23); (Jo 12.24). Pode
ser humilhante à medida em que Deus trouxer à luz certas coisas em seu
«aráter que necessitam ser mudadas. Pode ser doloroso à medida em que
Deus realiza cirurgias para remover aquilo que nos impede de sermos tudo o
que Ele quer que sejamos. No entanto, haverd muitos avangos pelo caminho,

>

O Coragao do Artista
Nosso Deus é um Deus de avangos (2 Sm 5.20). Ele é Aquele que está nos
moldando à imagem de Cristo (Rm 8.29). Ele € Aquele que está trabalhando
em nés “tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).
Ele € Aquele que comegou a bon obra em nés e que há de completé-la (Fp 1.6),
Ele capaz de izernoso que Ele quer que sjamos Picismos cooperar com
Ble no proceso cclbrar cda manço ue experimentamos. Asim sendo sh
paciente com se progreso e conf em Deus cam respei 20 reltdo. Ar
805 apresentemo nos a Deus hoj como arias que eso separados para
Facamos uma alianga hoje para sermos arstas de carátr sincero € integridade

pela causa de Cristo.

QUESTOES PARALDISCUSSAO EM GRUFO
ico” tem uma conotagáo negativa pa

1. A frase "temperamento art
vocé? Por que sim e por que nao?
2. Que tipo de arte Ihe coca mais?

3. E, na sua opiniäo, qual deveri ser o papel do arista na igreja?

4, Voc € oximista com relaçäo av futuro das artes na igreja, pessimista,
od mais ou menos, digamos cauteloso?

5. Em sua opiniño, as ares estäo sendo utilizadas com cicácia em sua
igreja? |
6. Como a igreja pode tornar-se um lugar mais seguro para os aristas
7. Qual a melhor mancira que a igreja tem para ajudar os artistas a
1. Compare una Ara de sus vids que cnadou' desde que voce e
sornow um cristo. Como essa mudanga ocorreu? .

9. Por que é dificil para as pessoas mudarem?

10. Que tipo de coisas nos fanem crecer espiritualmente?

AGAO PESSOAL
1. Escolha um versículo para o seu minisério pessoal — um versículo da
Bíblia que refica sua paixäo e/ou dom.
2: Bascado no tempo e na atengäo dados ao seu crescimento artístico e
espicicual, determine qual tem sido sua maior prioridade e, em oracáo,
considere se precisa muda
3. Poga a Deus que revele vocé qualquer ärea de sua vida que nio
reflita um caréter piedoso hoje (por exemplo, relacionamento familia,
Finangas, visio de vida, acitudes,éica no trabalho, ere).

40

Rory Noland

4. Confira as reipostas na seçio “Fazer üm Levantamento” deste capft-
lo e faga um círculo ha pergunta ou tópico que revela a drea de seu
‘arlter na qual voo8 quer ver o maior exescimento no próximo año.

5: Decida a quem Vocé irá prestar contas a fim de crecer nest área em
particular.

Carfruro Dois
SERVIGO X ESTRELATO

é um novo membro da equipe de louvor da Igreja Rua Principal.
la € uma cantora profisional. É contratada para cantar em casamen-
os, festa, congressos € até mesmo gravar um grande númeró de co-

Ri

merciais de televisio e jingles para rádio. Ela € muito competente, Tem um

la e pensou que seria uma grande idéia usar seus talen-
foi recebida com muito entusiasmo. O ministro de
música vibrou com a iia de t-La em seu time. Alguém do seu calibre cantan-
do na igreja seria perfeito. Os outros cantores a receberam cordialmente, mas,
para falar a verdade, muitos sentiram-se ameaçados por la. Eles logo percebe-
ram que ela era muito mais talentosa e capaz do que a maioria deles, e que era
bem-sucedida na careira musical, como muitos sonhavam ser. Embora questi-
‘onando sea sua chegada representara para eles menos oportunidade de cantar,
tentaram recebé-a calorosumente. Com o passar do tempo, contudo, ficou
ébvio que Rita sabia de sua capacidade, que era superior a todos os outros na
equipe. Ela rapidamente assumiu lugar de destaque € tornou-se o que todos
chamavam de "solita principal” na igreja.

Mas, por fin, a estrela de Rita comegou a se apagar. Muitas pessoas a
consideravam arrogante, e embora ninguém dissesse de viva voz, alguns acha-
vam que era uma “estela”. Ela ficava distante, raramente conversava ou man-
tinha qualquer tipo de relacionamento com ou outros cantores. Na majoria
das vezes chegava atrasada 20s ensaios, deixando pessoas esperando por quase
uma hora. As vezes náo aparecia, sem sequir dar-s ao trabalho de ligar Seus
gestos e trejeitos durante a pascagem do som contribufam para aumentar a
antipatia que o grupo senta por ela. Ela exigia mais de sua voz no retorno e
chamava o técnico ao trabalho toda vez que algo no funcionava bem. Tam-
bém repreendia aos outros cantores quando no estavam exatamente “no tom”,
e respondia com sarcasmo mordaz aos erros dos instrumentistas,

43

0 Caragáo do Artista

Freqiientemente chegava aos enssios despreparada, supondo que godos releva
‘iam isso porque era uma profissional estabelecida. Ela náo sentava para ouvir
as mensagens do pastor e raramente vinha a alguma aividade na ren onde
no a chamassem para cantar As pesos na congregaio salam que Ru
la uma grande vor. Isso era Sbvio, mas ndo a cornava a cantora preferida
dela. Ela era muito fia, muito superficial. Era dificil para as pessoas na igeja
relacionarem-se com ela, esabelecer contato.
© pastor convidou Ri váias vees para qu
"mas la sempre se recusou à ir
© pastor percebeu sua attude de

te ela o acompanhasse duran.

te suas visitas semanais a hospitais, ee

Do queria mais cantar em lugares pequenos. n
Sch e ent coloeia de lado e amavelmente ensináda sobre servigo no
ministério, mas la ficou ofendida. Ela náo podia compreender porque o pas.
tora estava perseguindo. “A Biblia náo diz que náo devemos julgar?” ela per-
guntou com rava, Estavaferida. Sentiu-se incompreendida. Estas pessoas näo
gostam de mim, ea pensou. Assim sendo, deixou a igreja e nunca mais voltou.
A igrej, a propósito, recuperou-se muito bem e continuou desenvolvendo um
io de música di

minis

QUESTOES PARA DISCUSSAO EM GRUPO
1. Rita nunca se aurodenominaria uma estela, ainda que fosse vista
assim. Que comportamento específico de sua parte comunicou uma
atitude de superioridade?

+ 2. Vocé acha que o pastor fe a coisa certa ao confrontá-la? Por que sim
< por que ni

3. Vocé acha que Rita reagiu apropriadamente à confroncagio com o
pastor? Se näo, como deveria ter rcagido?

+ 4. Pessoas como a Rita devem ser confrontadas, ou deveriamos toleri-
Las ma igreja?
7 5.0 que dificulta a conftontagäo de pessoas como Rita?
6. Como vocé se sentria se fosse um dos cant Ri 2
los cantores que Rita repreendia?
Où um dos insuumentitas de quem cagoava? Ouro técnico de som à
quem maltrarava?

7. Por que € tio dificil para um Sti Im coragä
ústa ter um coragäo de servo quando
está no palco ou à fente de um miniséro público?

8. Em sua opiniäo, qual a porcentagem de artista i
enendeo que ser vrdadinamentescrg? fee

9. Como os artistas na grea ir
sisas na igrejairio aprender sobre o verdadero se
+ 10, Para voce, ee

+ © que caracteriza um verdadeiro servo de Cristo?

45

Rory Noland

‘SERVOS OU ESTRELAS?

Compartlhei o episódio que narrei há pouco com alguém de fora do
ministério de música, e sua resposta foi: "Vocé náo exagerou? Estou certo de
que nfo há pessoas como a Rita nesse grupo”. Mas, de fato, provavelmente
admitilamos que conhecemos uma ou duas Ritas em algum momento de
nossas vidas. E conquanto seja óbvio que Rita precisa crescee na área do servigo
ctistio, pode náo ser tio óbvio que haja um pouquinho de Rita em todos né.
O desejo de ser servido surge com mais acilidade em nés que o desejo de
servir. Nós artistas, As vezes, somos muito e
mesmos, Gostamos da atengio que o nosso talento atrai para nés. Gostamos
de nos sentir um pouco mais especiais que a maioria das pessoas, que näo
podem fixer algo ou criar do modo que podemos, Nossa sociedade tem a
tendéncia de colocar num pedestal qualquer pessoa que tenha talento. Trans-
formamos os artistas mais bem sucedidos em superestrchs. As superestrelas
so mimadase favorecidas. Tornam-se ricas e famosas. Assim sendo, servigo €
sensiblidado às necessidades de outros náo sio uma atitude natural para ne
hum de nés.

stas € nos isolamos em nés

Encasemos os faros: o servigo crstio € uma nogio de contracultura; vai
‘contra a natureza humana. Todos preferimos ser servidos. Se tivermos escolha,
escolheremos notoriedade ao invés de obscuridade, Queremos todos estar sob
os refletores ao invés de estarmos nos bastidores. Alguém certa vez perguntou
a Leonard Bernstein qual era o instrumento mais difícil de tocar numa orques-
tra. O maestro pensou por um segundo e respondeu, “segundo

BARREIRAS PARA UM SERVIGO CRISTÁO VERDADEIRO

A Palavea de Deus tem um padráo diferente para aqueles que ministram
em Seu nome. 1 Co 4.1 di: “assim, pois, importa que os homens nos conside-
rem como ministros de Cristo”. As pessoas na igreja nos véem como servos ou
suelas? Ela nos véem como minisros ou animadores? Penso que há trés coi-
sas que impedem o servigo cisño verdadero.

1. Uma atitude de superioridade

A primeira desta barreras € uma atitude de superioridade. Um número
muito pequeno de nés crisios dira em alto e bom som que achamos que
somos melhores que os outros, mas podemos comunicar uma atitude de supe-
rioridade de muitas maneiras ~ algumas delas sutis e outras nem tanto. Por
‘exemplo, o modo como tratamos os outros revela se pensamos ser melhores
que eles. No episódio da Rita, cla nunca dise ser mais que ninguém. Ela no
precisou dizer, Ficava distante, iolada em si mesma, sem tentar relacionarse
‘com outros, sempre atrasada, faltando aos ensaios sem avisar, impaciente com
técnico de som e os outros cantores, sarcásica com os músicos, vindo aos

45

O Conagáo do Artista

para ouvir osermáo, sem aparecer na igre-

ensaios despreparada, nfo sentando :
pe sicío de espiico para aprender. As agóes

ja a no ser para cantar e van ee
falam mais que palavrs,náo fala?

Ports deso attude de superoridad eto orgulho mal-orientado, Or.
gulho € um descjo oculto de ser exaltado. É um pecado horrivl para o qual
és, artistas, devemos estar vigilantes. O orgulho, infelizmente, € também um
daqude pecados que € fc deve nos outs, mas no em nós Agora
meso, em pens mito cda um de ns peta prowlmente mencinar
Cinco pessoas que achamos que tem ess problema, Mas a senadora queso
4 onde ext o pecado do orgulho em nossos coragóes? A Bíblia diz que se voce
quer se gloriar em alguém, glore-se em Deus (2 Co 10.17). Se quer glotiarse
em alguma coisa, glore-se em sua fraqueza € na suficióncia de Des (2 Co
129. onengt modo qe algunas pros encanram pr dr com
à inseguranga, Muitos aristas sio inseguros. Désejamos profundamente
Sentinmomnos seguros com respeto a nds mesmos, mas exaltarmo-nos orgu-
Ihosamente no é o caminho certo para fazer isso.

2. Segundas intengóes egoístas

A A
«ños egoístas. Precisamos olhar para intimo do nosso coragio e ficarmos com
cos olhos atentos em nossas motivagöcs, porque a Bíblia diz que o coragäo huma-
noé “enganoso” e “desesperadamente corrupto” (Jr 17.9). Podemos nos tornar
muito orgulhosos. Em At 8.17-24 encontramos a história de um homem cha.
mado Simäo que possuía segundas intengóes. Simáo viu Pedro e Joäo impondo
as máos sobre as pessoas e testemunhando gloriosas manifestagóes do Espírito
Santo, e quis esse poder por raöes egoísta. Ele ofereceu a Pedro eJoño dinheiro
para esse poder do Espírito Santo, mas Pedro o repreendeu veementemente e
‘ordenou que se arrependess de sua intençäo. Nós também devemos nos arre~
pender da segundas intengées. Se nio ofizermos, poderíamos pensar que estamos.
servindo a Deus, mas na verdade estamos servindo a nés mesmos. As vezes, lá no
intimo, nossa real motiagio é de recebermos atengo € sermos notados. Que-
remos ser aplaudidos, Queremos ser reconhecidos, Quando nossa agenda € “eu,
ex eu”, temos segundas intenges. [so acoñtece sempre que manipulamos as
<onverss para que girem em torno de nés e do nosso talento, Acontece quando
fazemos alarde a fim de aparentacmos ser importantes, Acontece quando fala
mos de nossas realzagées a fim de provar que somos capazcs, O que está nos
diigindo nesses momentos sio segundas intençées egolstas

3. Confianga somente em nosso dom
A tercira barcira 20 ervigo cristo verdadeiro ocorr
is iro ocorre quando colocamos
nossa confangaem nosas habilidades, noso talento natural, Em Fp 3.3 Paulo
dizque “nfo confía na carne”. Ainda asim, à vezes subimos no palco atuamos

46

Rory Noland

‘com uma confianga humana, em vez de uma confianga que depende de Deus.
Uma das coisas que nos impede de experimentarmos a bengäo completa de
Deus em nossas vidas € a nossa auto=sufiiéncia. Se pensamos que podemos
fazer as coisas por nés mesmos porque somos espertos ou talentosos o sufici-
nte, estamos tristemente enganados. As vezes um vocalista. no palco sente

que no está cem por cento, porque nota uma resposta fia da plardia. Em
momentos como esse nossa confianga no está em nossos talentos, mas no
poder de Deus para usar-nok em nossa fraqueza. Quando artistas cam mais
<onfiança em seus dons que no Senhar, deixam o palco mais preocupados com
a impressio que causaram ou o som que produziram do que se Deus os uson
Escio mais interesados na técnica que na substáncia.

O EXEMPLO DE SERVICO DE CRISTO,

Jesus, € caxo, € nosso exemplo supremo de servigo. Marcos 10.45 diz que
“o proprio Filho do homem nio veio para ser servido, mas para servir e dar a
sua vida em rexgate por muitos”. Em Filipenses 2, Paulo descreve como Jesus
“a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo” (v. 7), € “asi mesmo se
humithou, tornando-se obediente” (+. 8). O Filho de Deus deixou sua glória e
© privlégio do céu para nascer numa manjedoura de um pequeno país remoto
«atrasado, num ponto tecnologicamente primitivo da história. Após dois mil
anos da imagem de Jesus lavando os pés dos discípulos gravada em nossas
mentes, ainda temos dificuldade de compreender em profundidade o que iso
tudo representa. O modelo de servigo de Jesus foi uma ruptura radical com os
deuscs greco-romanos egostas que O precederam. O Seu modelo de servio
vai contra a natureza da hiscóia humana, na qual líderes sempre governaram
por meio da dominagäo. Liderar por meio do servigo € contra a natureza hu-
mana. Vocé imaginou como seria er Jesus em seu ministério de música? Como
seria ter Jesus em seu grupo de teatro? Ou no ministério de dansa, ou na
equipe de artistas visuais ou na equipe de produsio na igreja? Por certo Jesus
seria um artista servo. Ele disse acerca de Si mesmo: “mas o maior dente vs
será vosso servo” (Mt 23.11). Se vocé precisa de um recurso visual para inspiré
lo a ser um servo, imagine a cena de Jesus lavando os pés dos discípulos (Jo
13.2-15). Há uma beleza desconcertante nessa cena, nio hé? Num mundo
onde o poder € quém manda, Jesus, o Filho de Deus, se dispós a lavar pés
sujos. Agora, iso é serviso. Já imaginou ter o Deus do universo lavando seus
pés? Vocé alguma vez jé livou os pés de alguém? É uma experiéncia
enriquecedora. Quando meus dois fihs eram mais jovens, todo ano cu lavava
seus pés num dos dias da Semana Santa para lembrar a mim mesmo da neces-
sidade de ser um pai servo € amotoso e para lembrar-ihes da necessidade de
servirem um ao outro. Todos os anos em que fi iso, fiquei tocado pela pro-
fundidade da experiéncia de servir a0 outro através de um gesto assim. Trata-se

7

O Coragáo do Artista

de um conceito verdadeiramente revolucionário para líderes e pessoas em Iu-
gar de destaque servir ao invés de ser servido.

O ARTISTA HUMILDE
ervigo cristio comega com humildade. Humildade significa mover-se
do oan pa drag Bess Masanterdt falarmos sobre o que €humil
dade, falemos sobre o que ela nio é. A verdadeira humildade náo € diminuir.
se ou dar ques pesas pism em vet. Ivo $ asa humildade. Romanos
12.3 diz para que ninguém pense de si mesmo além do que convém, “antes,
se com moderagáo”. Nao pense além do que convém a respeito de si mes
humildade. A verdadeira humildade náo se rata de pensar sobre si mesmo tio
miseravelmente a ponto de perder a autoconfianga, a coragem ou a determina.
so. Ser humilde náo significa permitir aos outros que o humilhem. Por exem-
plo, voc? pode achar apropriado ou até mesmo espiritual rebaixar-se ou
minimizar seus dons ou ficar quieto por pensar que suas idéias nfo valem x
pena ser compartilhadas, mas esse tipo de humildade ¢ falsa, E € errada, por-
que nega o fato de que vocé € importante para Deus. Contradiz as Escrituras e
viola o cariter divino. Näo abara a si mesmo e chame isso de humildade.

No clássico de C. S. Lewis, The Serewtape Letters há uma conversa entre
dois demónios, Serewtape e Wormwood, que estio discutindo uma estratégia
para enganar os seres humanos com este tipo falso de humildade. Veja o que
Serewape diz ao seu colega:

Vocé deve, portanto, omitir do paciente o verdadeiro objetivo da humil-
‘dade, Deixe que pense dela, náo como um auto-esquecimento, mas como um
certo tipo de opiniño (a saber, pobre opiniño) com respeito a seus talentos €
cariter. Alguns talentos, cu deduzo, ele realmente tem. Ponha na cabega dele
a idéia de que humildade consiste em tentar acreditar que esse talentos 520
menos valiosos do que cle cé que sejam... um grande trunfo € fazé-lo valorizar
uma opiniäo cujo teor seja outro que no a verdade, introduzindo assim um
elemento de desonestidade no corasño daquilo que de outra maneira ameaga
tormar-se uma virtude, Através deste método, milhares de humanos tém sido
levados a pensar que a humildade significa garotas bonitas tentando crer que
sio fase homens inteligentes tentando crer que säo tolos. E, uma vez que
aquilo no que estäo tentando acreditar pode, em alguns casos, soar absurdo,
cles acabam mio conseguindo acreditar, e nds temos a oportunidade de manter

suas mentés incessentemente gando em volta de si mesmas num esforgo de
alcangar o impossivel!

Devemos julgar a nós mesmos com um julgamento correto. A verda:

deira humildade significa termos uma visio acurada de nós mesmos. eaten.

48

Rory Noland

dendo que nto somos mais nem menos do que na verdade somos. Devemos
conhecer nossos pontos fracos e fortes. Devemos saber no que somos bons e
no que nio somos.

Como vocé pode adorar a verdadeira humildade como um artista?

Humilhe-se diante de Deus

Primeiramente, humilhe-se diante de Deus. Jesus disse que “todo o que
se exalta será humilhado; mas o que se humilha, será exaltado” (Le 18.14)
Tiago 4.10 nos exorta a que nos humilhemos diante de Deus. Na verdade,
Deus tem um lugar especial em Seu coragio para o humilde, As Escrituras
dizem qüe Ele habita com o "contrito e abarido de espíico” (Is 57.15) e que
Ele “atenta os humildes" (SI 138.6: veja também Is 66.2). Orgulho, por outro
Jado, ¿uma abominagio parao Senor (Pv 16,5). A Bíblia diz que Deus resiste
aos soberbos (1 Pe 5.5), Ele se opöc à pessoa que acha que é melhor que os
outros. (Te 4.6). Pense no quio séria € esta postura divina. Vocé näo gostaria
de ter Deus se opondo a vocé € seu ministéri, gostaria? O Salmo 138.6 diz
que Deus tende a distanciarse do arrogante. Que pensamento terrível: que
Deus pudesse náo apenas opor-se ao orgulhoso mas ficar longe ~ bem longe
dele, Vocé mio quer que Deus esteja longe ou distante, quer? Orgulho,
colocarmo-nos em primeiro lugar, e falta de humildade náo agradam a Deus,
É imperativo que nos humilhemos diante Dele, porque sem Ele nada pode-
mos fazer Jo 15:45)

Lembre-se que o seu talento vem de Deus. Vocé o está desenvolvendo,
mas € Ele quem o deu a voc? em primero lugar. Se vocétiver um dom artist
€ porque Deus o deu a vocd. Antes que entrassem na tera prometida, Moisés
advertiu o povo de Israel para que näo esquecesse que todas as béngios foram
presente de Deus, Parafraseando Deuteronómio 8.17-18, isso € o que Moisés
diria a nés artistas hoje: "Seja humilde com relagio ao seu talento. Caso con-
ttirio, vocé pode dizer em seu coragio que foi vocé quem fez tudo isso por si
mesmo, Mas vocé deve lembrar que o Senhor Seu Deus é quem Ihe deu a
habilidade para fazer o que vocé faz".

Se vocé eeu realizamos alguma coisa artisticamente, ito por causa de um
dom ou talento que veio de Deus em primeiro lugar. “Pela graga de Deus sou o.
que sou”, diz Paulo em 1 Co 15.10. Nés, dentre todas as pessoas, temos todas as
raz es para sermos humildes diance de Deus e dos outros. É por isso que Paulo
nos adverte em Fp 3.3 para que nio coloquemos nossa confianga na carne, por-
que a nossa confianga esti em Deus, Humildade ver naturalmente para a pessoa
que coloca toda a sua confianga em Deus, Diferente do tolo em Edesiastes que
diz: “mas o meu coragio se alegrou pot todo o meu trabalho, € esta foi a minha
porgáo de todo o meu trabalho” (2.10, énfases mins). A pessoa orgulhosa diz:
“Veja o que cu fiz”. A pessoa humilde diz: "Veja 0 que Deus fe através de mim”.

49

0 Coragáo do Artista

Humilhe-se diante dos outros
Primeira Pedro 5.5 diz que devemos nos cingir todos de humildade no
teato de uns para com os outros. Devemos abandonar qualquer pensamento
de superoridade que nos faga pensar que merecemos tratamento especial. À

arrogáncia nio tem lugar no coraçäo do art

‘Davi foi uma celebridade para o povo de Israel. Tinha sucesso, fama e
fortuna, mas náo deixou que isso subisse à sua cabega. A Biblia diz que “todo
Israel e Judá amavam Davi, porquanto sain e entrava diante des”. (1 Sm
18.16). A Biblia Viva diz que “ele era um com eles’, Em outras palavras, cm.
bora fosse rico e famoso, le era acesivel. Era um com eles; ainda era como um
deles. Náo era arrogante; era humilde,

As vezes no processo de utilizarmos nossos talentos, nds artistas sentimos
que somos mais do que deverlamos. O elogio 20 artista pode ser generoso por
muitos motivos; a gloria do holofote, o impacto das arts, a raridade dos dons.
As pessoas dizem cosas, tas como: “cu amo a sua voz mais que qualquer outra
{que tenha ouvido antes” ou “ndo sei como voc faz iso; voce € absolutamente
fantáscico”. Como vocé responde a ese tipo de elogio? Ougo pessoas (dentre as
quais meinclo) desfilar um monte de clichés na tentaiva de soarerh espiicuis.
O resultado € algo como, “6, no fui cu na verdade ali. No ive nada a ver com
aquilo. Foi tudo Deus. Louvado seja o Senhor. Apenas abro a minha boca e a
partir desse momento Ele assume o control”. Isso acaba soando leviano. Há
entáo as pessoas que náo sabem como responder ao elogio sem diminuirsc. Elas
acham que a falsa humildade € melhor que a auséncia de humildade. Suas res
postas so mais ou menos assim: “sou apenas um verme pecaminoso ocupando
este espago, até que Deus encontre alguém melhor para fazer o trabalho”.

As vezes a melhor resposta € um simples e humilde 'obrigado”. A Biblia
diz que o modo como respondemos 20 elogio € uma marca de nosso cariter
(Pv 27.21). Deixamos que o louvor que é langado sobre nés nos faça pensar
que somos melhores que as outras pessoas? Damos realmente a glória a Deus,
où apenas dizemos os clichés cristios apropriados de modo a aparentar que
estamos dando a glória a Deus? Jesus nos lembra, em Lucas 17.10, que quando
usamos nossos dons para Ele, “fizemos somente o que devíamos fazer”, Na
economia de Deus näo há hierarquia de dons e talentos (1 Co 12.22-23).
Somente porgus estamos plo, no somos melhores do que os que so

Imente usando seus dons em algum outro lugar na igreja. Estamos apenas
fended que dertamon bs e a

Esse versículo no está dizendo que est errado nos sentirmos bem conosco
‘ou com algo que tenhamos feito. Náo há problema em ter prazer-quando
agradamos a Deus com nosso talento. Na verdade, essa deveria ser uma de
nossas principais ambigóes na vida (2 Co 5.9). No entanto, alguns de nós

s \
50

]

Rory Noland

sentem-se incomodados quando alguém aplaude nosos esforgos ou nos fazem
elogios. Nao aprendemos a receber um elogio com graga. Näo sabemos como
Nidar com iso, porque ndo pensamos ser correto que as pessoas nos agradesam
‘ou digam coisas boas com respeito ao que fazemos. Lucas 17.10 nos mostra
que Jesus está supondo que as pessoas iráo nos clogia se fizermos bem o que
emos para fazer, que náo há problema nisso. É por isso que Ele está ensinan-
do sobre esse assunto. O espírito desse versiculo € o da humildade. Nao estou
sugerindo que usemos este versículo como uma resposta, toda vez que alguém
nos elogiar. Estou sugerindo que nos lembremos que, quando usamos nossos
dons ¢ talentos para o Senhor, estamos apenas fazendo o que deveríamos estar
Fazendo, Podemos entio graciosamentereconhecet € agradecer a todos que
nos encorajam, tendo sempre em mente que, de todo modo, náo somos nunca
a atragio principal (náo importa que as pessoas possam nos colocar no mais
alto pedestal)

‘© grande compositor Franz Joseph Haydn era conhecido por ser um ho-
mem muito humilde, Certa ver, a um fi extremamente ardoroso que o bajulava
incessantemente, respondew dizendo: “nio fale desse modo comigo. Vocé ve
‘apenas um homem a quem Deus deu talento e um bom coragáo”.* Haydn res-
pondeu com o tipo de humildade graciosa que apontava as pessoas para Deus.
Cultivemos a humildade em nossos coragöes € seremos artistas humildes.

Morea para o seu desejo de ser o melhor
Devemos morrer para o desejo de sermos os melhores. Como saber se
temos um coragäo de servo? Há um ditado que diz: temos um coragáo de servo

+ pelo modo como respondemos quando somos tratados como servos. Temos a

tendéncia de perdermos a compostura se náo somos tratados como pequenos
deuses. C. S. Lewis diz: “orgulho näo tem prazer em ter algo, apenas em ter
mais que o homem ao lado. Dizemos que as pessoas (dm orgulho em serem
ricas, ou inteligentes, ou teren boa aparéncia, mas elas na verdade náo tém.
Elas têm orgulho quando sio mais ricas, ou mais inteligentes ou tém melhor
aparéncia que outras. Se qualquer pessoa se tornasse igualmente rica, ou inte-
ligente, ou tivesse a mesma boa aparéncia que elas, náo haveria nada pelo que
se cer orgulho. A comparagäo € que as fa ter orgulho: o prazer de estar acima
do resto”?

Para muitos de nés, nfo basta ser talentoso. Queremos ser os mais
talentosos. Houve um homem chamado Didtrefes que trouxe desgraga a si
mesmo e A igreja porque queria tanto ser proeminente que amava “ser o pri-
meiro” (3 Joño 9). LA no nosso íntimo muitos de nés ocultamos © mesmo
desejo de sermos os primeiros. Os discípulos lutavam com isso, também, e
freqilentemente acabavam discutindo sobre quem dentre eles era o maior (Le
9.46-48 e 22.24-30). Podemos ri deles agora, mas por dentro de muitos de

51

O Coraçéo do Artista

nós artistas há um forte descjo de ser o número um. Ao invés de sermos os
melhores que podemos ser, queremos ser os melhores que existem ou que ja.
mais exiscram. Vivemos num mundo no qual ser comum náo funciona. Nig
há glória em ser apenas bom. Fomos feitos para sentir que, se náo formos
compostos do mesmo material com o qual foram feias as lendas, náo estamos
à altura, Mas näo deveria ser assim na igeja. Ministério nfo € um concurso de
popularidade, e utilizarse de todos os meios para conseguir uma posigio €
errado entre os seguidores de Cristo. Jesus € o cabega da igreja, © deve ter à
Proeminéncia em todas as coisas (CI 1.18). Quando voeé ¢ eu mortemos paraa
necessidade de sermos notados, atenderemos à uma necessidade ainda maior: à
necessidade de significado aos olhos de Deus. Troque a auto-importincia por
uma vida de verdadeiro sentido.

O arrisra servo

Nos dias de Neemias, os músicos eram responsdveis pela manutengio da
casa de Deus (Ne 11.22-23). Estes zeladores de dia, e músicos de noite, ci
ham uma rorina diária rígida e disciplinada que incluía fazer o trabalho de
conservaçäo da casa de Deus. Eles eram artistas servos, e € isso que precisamos
ser. Se vocé quer crescer em humildade, a melhor coisa a fazer € servir aos
outros, Servir os outros edifica o carter, Richard Foster escreve: “nada div
lina os descjos desordenados da carne como o servigo, e nada transforma os
desejos da carne do que servir em oculto. A carne recláma contra o servigo mas
berra contra o servigo realizado em oculto. Ela solicita e clama por honra e
reconhecimento, Ela planeja sui e religiosamente meios accitáveis para cha-
mar a atengáo ao servigo prestado. Se resolutamente recusarmos ceder a esta
concupiscéncia da carne, nó a crucificamos. Toda vez que erucficamos a ca-
ne, crucficamos nosso orgulho e arrogincia” (Eafases no original).

Encaremos os fatos: servir aos outros pode ser um verdadeiro desafio.
Nés artistas temos a tendéncia de sermos narcisistas € muito egoístas. Somos
pessoas sensives, mas quando essa sensibilidade volea-se para dentro de nés
podemos ser muito insensiveis As necessidades dos outros. Estamos muito ci.
entes de nossos próprios sentimentos, mas como ficam os sentimentos dos
‘outros? Nao € fil para pessoas com temperamento artístico tornarem-s sco-
siveis As outras. Devemos nos esquecer de nés mesmos e langarmo-nos de
coraçäo ao servigo para os outros.

Como fazemos isso?

Concentre-se nas pessoas
Em primeiro lugar, concentre-se em ministra As pessoas, ao conträrio de
agradar a si mesmo artisticamente, Ministério náo diz respeito a nés € a nossos

2

Rory Noland

talentos maravilhosos. Diz respeito a pessoas. Diz respeito a servir aos outros.
1 Pedro 4.10 diz: “servi uns os outros, cada um conforme o dom que recebeu”.
Use seus dons para servi os outros, Se vocé está tentando agradar asi mesmo
arsticamente e esquece tudo a respeito de ministrar às pessoas, esta será uma
experiencia frustrante, Nós artistas gastamos tanto tempo com técnica e estilo
que freqüentemente perdemos de vista as pessoas que estamos tentando alcan-
ar. Quando Jesus olhava para as multidües diante Dele, Seu coragäo compa-
decia-sedelas (Me 9.36). Ele estava sensvel is suas necessidgles porque estava
concentrado nas pessoas. Da próxima vez que estiver no palco ou apresentan-
do-se para um grupo de pessoas, tente olhar para elas como Jesus faria, com
um coragio compadecido.

Paulo definiu servigo cristáo pelo modo como afeta os que estáo 20 nosso
redor. Ele recomenda que “o servo do Senhor náo viva a contender, e, sim,
deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando
com mansidäo os que se opóem” (2 Tm 2.24.25)

Um bom lugar para comegar a servir com as pessoas que server cohosco.
— nossos companheiros aristas. Gálatas 5.13 nos diz para “servirmos uns aos
outros”, e Romanos 12:10 nos exorta a “preferirmo-nos em honra uns 205
outros”, Devemos vir a uma reuniio, a um ensaio ou a um culto prontos €
dispostos a servir. Em vez de sempre perguntarmos “o que há nisto para mim”
‘ou “que beneficio posso receber disto?” precisamos perguntar: “como posso.
servir? O que posso dar?”

Lembre-se de que a mensagem € mais importante

Tenha em mente que a mensagem € mais importante que o mensageiro.
Paulo fala sobre isso em 1 Corintios 2.4-5:“A minha mensagem e a minha pre-
ago náo consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demons-
tragio do Espírito e de poder, para que a vos fé no se apoiasse em sabedoria
humana; e, sim, no poder de Deus”. Em outras palavra, o propósito do meu
ministécio náo € o de impressionar as pessoas com a minha arte mas € o de
demonstrar o poder ¢ o amor de Deus. Todos podemos dizer, por exemplo,
‘quando um cantor está concentrado mais em sua técnica vocal do que naquilo
que cat cantando, Se no executar aquela ligadura que mostra o quanto sua voz.
boa, faz com que o significado da lea seja comunicado com mais clareza, näo
a execute. As vezes uma performance mais simples e despojada serve melhor à
comunicagäo da mensagem. Se vocé € um instrumentista, isso quer dizer que
vocé toca com habilidade e com a expressividade apropriada, mas nfo atai a
tengo para si mesmo. O palco em sua igreja nfo existe exclusivamente como
sua plataforma pessoal; precisamos servir mensagem, náo a nés mesmos.

A propósico, se vocé € um instrumentista, leia o Salmo 68.25. No culto
de adoragio descrito neste texto, os artistas entram no santudrio dentro de

O Coraçäo do Artista

ma ordem específica, Primeiro hi os cantores, seguidos pelos instrumentistas
© entio as dangarinas com tamborins, Charles Spurgeon destaca o fito de que
‘ssa ordem no € acidental; ela é desenhada desse modo. Representa a primaria
das vores ea necessidade de que os cantores sejam ouvidos acima dos instru

mentos. Isso náo quer dizer que a música instrumental no seja importante,
Ela simplesmente serve para lembrar-nos o que todo o grande instrumentista
Jásabe: que náo deve cirar a atengio da letra ou encobri-la. Os instrumentistas
io devem competir com os vocalistas. Precisamos trabalhar juntos à

da mensagem da cangio,

Faga o que fizer, nfo aja como o rei Ezequias agiu (2 Rs 20). Quando o
'zequias ficou mortalmente enfermo, Deus náo somente prometeu que 9
curaria, como até fe oso] retornar de seu caminho seis horas, da tarde de volta
à manhä, como um sinal de que o rei seria curado. Emissirios da vizinha
Babilónia vieram recorrer a Ezequias porque viram o sol retornar € haviam
ouvido que Deus fizera sto cm seu favor. Os babilónios adoravam ao sol,

assim sendo, esa era uma grande oportunidade de dar testemunho do único
Deus verdadeiro. No entanto, Ezequias levou seus convidados para a sala de
ima orgulhosamente mostrou-thes todas as armas, óleos, especiaris, pratac
‘ouro de seu reino. Deus hava feito essa coisa maravilhosa, e Ezequias estava
‘exibindo sua sala de troféus. Deus está fazendg grandes coisas ao nosso redor o.
tempo todo. Nao devemos nos deter no quo grande somos, porque isso de
nenhum modo se compara à grandeza de quem Deus é.

servigo

Examine sua motivagío

Meus companheiros astas, qual sua motivagfo em cia ou se apre-
sentar? É para glorificar a Deus ou asi mesmo? As palavras de Jeremias sie tas
Pertnentes à nés artistas hoje quanto foram ao povo de Israel: "E procure te
grandezas? Näo as procures”. Se estamos verdadei
de Jesus, nossa motivasio.
Sua gloria, näo a nosta própri

¡tamente ministrando no nome
ans buscando ~ deve ser Cristo Jesus e
la. Jesus mos disse para que buscássemos primei-
19 rino de Deus, nfo reino do eu ou reino daarte(Mc6.33), Cria hag
aunt Jugar em tudo o que fizemos(C1 1.18. Lembra-e do que Jose
ats ds "convém que ele crsgae que eu diminua” (Jo 3.30), Ex tipo
de atitude que precisamos ter em cima do palco todo ¢ tempo. Nio é nés,
a mas ow aparentamos estar que importa Nao podemos estar sony,
ii pata glorificar a nós mesmos. Paulo di: “ze nadee para a glória de

ve também Cl 3.17 € 1 Pe 4.11). O verdad,

ministé

sera nossa motivasio.

Quando comegamos o oral de adorasá
Petguntou-me seo coral ira cantar tado

Rory Noland

grupo cantaria também números especiis. O pensamento que ocorreu-me em
resposta fi o de que, ao liderarmos a adoragio, estamos todos no apoio. Jesus
Cristo está no centro do palco, nio nós. Ele deve crescer € nós devemos dimi-
nuit. A adoragio deve ser a coisa mais despojada de interese pröprio que os
sere humanos jamais possam fazer

Quero dar uma palavra de adverténcia aqui. Tenho visto artistas to vigi-
lances com relagio a suas motivagdes que acabam tommando-se obsessivos no
servir ao Senhor com um coragäo de servo. Um amigo meu, músico, admitiu
para mim secentemente que nio gosta de toca na igreja porque est constante-
mente preocupado que suas motivages no estejam correas. Embora etjaten-
tando fazer o seu melhor para viver um relacionamento auténtico com Jesus
Cristo, torna-e facilmente obeecado com motivos ocultos que ele teme estejam
“Go bem escondidos que nio poss jamais identfii-os. liso para mim soa como
obra do Acusador, do Maligno, A Biblia diz que Satanás constantemente venta,
acusar-nos (Ap 12.10). Ele ama acusar-nos de termos as motivagóes errada,
‘mesmo quando estamos no palco, para que tiremos nossa atengio de Jesus € a
coloquemes em nós mesmos. Quando Satanás acusa, há confuso. Nos pergun-
‘arms, iso € de Deus ou nfo? Mas quando Deus quer lida com nossas motiva
söes, ele sempre faz isto de uma maneira amorosa (Is 42.3). Näo € Sua a voz
severa da acusagio, Sua € aquela voz mansa e delicada, como a de “um sussurro
tranqlilo e suave” (1 Re 19.12) que ternamente nos convence de nosso pecado e
de nossa necessidade Dele. Quando Deus fala, náo há confusio. Há sincera
convieçäo. Ele mansamente nos conduz e convida a seguíxo,

Seguindo o mesmo raciocínio, de vez em quando alguém pergunta-me se
nio há problema em sentir-se confiante no palco, “Isso me faz menos humil-
de” perguntam-me, Uma pergunta como esa normalmente vem de alguém
que equipara humildade a ser fraco, defensivo, e indeciso. Deus näo nos tem
ado um "espfrito de temor, mas de fortaleza, e de amor, € de moderaçäo”. (2
‘Tim 1.7). Iso nâo soa fraco para mim. Enquanto € inapropriado para nós
sermos convencidos a respeito de nossos talentos, näo há problema para um
«ristáo estar confiante durante uma aprescntagdo. Se vocé reconhece que seu
talento vem de Deus dä a Ele a glóri, näo há problema em subir no palco e
‘star confiante de que pode fazer o que Ele está chamando para fazer, Näo há
problema em estar confiante se à sua confiança está Nele

Morra para o egoísmo

Filipenses 2.3-4 € um texto que eu penso que todo artista deveria decorar.
Ele diz: “nada fagais por patidarismo, ou vangléria, mas por humildade, consi
derando cada um os outros superiores a si mesmo, Näo tenha cada um em vista
‘© que € propriamente seu, senño também cada qual o que € dos outros”,

55

O Coragaa do Artista

No sei como alguém pode ser uma estrela e er esse texto sublinhado em
sua Biblia. Precisamos morrer para o egoísmo, para o orgulho vario pararmos
de ficar io absortos em nós mesmos. Näo há lugar para estrelas no ministro
De igual modo, 1 Co 10.24 diz: "ninguém busque o seu proprio interesse; «
sim, o de outrem". O verdadeiro amor náo procura os seus Interesses (1 Co,
13.5). Romanos 12.10 diz: ‘preferindo-vos em honra uns aos outros”. Deve.
mos considerar os outros como mais importantes que nés. Isso quer dizer os
‘outros cantores na equipe, os outros músicos na banda, as outras pessoas no
¡grupo de teatro, os outros artistas. Iso quer dizer a pessoa que monta o som
om o qual vocé canta ou atun, da pessoa que fica na mesa, até a pessoa da
Igreja que senta na última fileira de bancos. Considere-as todas como mais
importantes que voeé. Isto € to difícil para artistas porque nos preocupamos
muito conosco, à

«mas poucas vezes nest liveo,estarei mencionando o que chamo de
arene o pensamentos ou versículos das Es

minhas perigosas oragóes dirias. Esses
ituras que eto longe de como penso naturalmente, que preciso orar para
que entrem em meu coragáo € alma todos os dias. Elas sio orafôes perigosas
porque tém o potencial de mudar radicalmente minha vida. Um versículo
assim € Joño 12.24: “em verdade, em verdade vos digo: Se o grio de trigo,
aindo na terra, náo morte, fica ele só; mas se morte, produz muito fruto”
Agora, morrer para mim mesmo náo éo modo como normalmente funciono.
Assim sendo, durante um ano € meio, orei todos os dias: “Senhor,ajuda-mea
morrer para o mea “eu” hoje. Mostra-me como aplicar este versículo à minha
vida hoje". Orar algo assim todos os dias me fez perceber o quio realmente
estou centralizado em mim mesmo. Porexemplo, quando voltava para casa do
trabalho, queria realmente “ni fazer nada” porque estava cansado. No enran
to, estava convicto de que devia morrer para mim mesmo e gastar tempo coin
inha esposa Sue, ou brincar com os meninos. Também em vários conflitos
de relacionamento,lembro-me de aver sido incomodado pelo Esprit Santo
a morrer para estar certo o tempo todo, E fui desafiado muiras vezes a morrer
para a aprovagäo dos outros. Conclamo qualquer um a orar Joño 12.24 todos
05 días por um ano e verse este texto näo muda sua vida,

Esse morte parao eu náo deveria erevado a um outro extreme, no qual
nos tornamos capachos. Morrer para o “eu” náo significa abusar dex mesmo.
{sso obviamente nfo € saudável, e muitos capachos podem estar tio absorto:
in si mesmos quanto os que os exploram. De acordo com 1 Coríntios 12.20.
25, ninguém € mais importante que ninguém. É por isso que precisamos bus.
ar os intereses dos outros em vez de sempre tentar colocar nanas needs.
des no topo da lita de prioridades. Isto ¢ fundamental para wrnar-se um
artista humilde.

56

Rory Noland

Quando Thomas à Kempis escreve sobre os segredos para a paz interior,
para mim & como se estivesse descrevendo o que significa morrer para o eu.
Esforgate, meu filho, mais em fazer a vontade
de outro do que a tua própria.
Escolh sempre ter menos que mais,
Busca sempre o lugar mais humilde, ©
Ser inferior a todos.
Deseje sempre, e ore, que a vontade de

Deus possa ser integralmente cumprida em fi.

Lembre-se que o ministério € um privilégio

Aqueles que dentre nds usam seus dons na igreja precisam lembrar que
ministéio € um privilégio, Deus está totalmente empenhado em levar pessoas
perdidas salvagio. Ele poderia ter enviado anjos para fazer o trabalho, mas
em vez disso, nos incumbiu de anunciar a Palavea e “fazer discípulos de todas
as nagées" (Mt 28.19) com a ajuda do Espírito Santo.

Paulo constantemente refe

se 20 ministério como um privilégio e um
<hamado elevado. E cle näo o menosprezou. Viu o ser “útil ao Mestre” como
sendo a coisa mais importante que vocé pode fazer com sua vida (2 Tin 2.215
4.11), Para Paulo, ser um ministro era uma grande honra e privilgio.

/Servit a Deus € um modo de hontilo. E nosso sacrificio de Jouvor. Que
testemunbo dä um talentoso músico, ator, dançarino, ou artista quando usa seus
dons para o servico do Senhor. Que exemplo maravilhoso para nossosfilhos quan-
do véem pai clou mácservindo ao Senhor em alguma forma de ministétio. Provér-
bios 3.9 diz: “honra ao Senhor com os teus bens”. Alguns de vocés tem recebido
muito talentos, “Mas aquele a quem muito foi dado, muito the será exigido” (Le
12.48). Honre ao Senhor seriindo em alguma forma de ministrio.

Mitos de nés tim um forte desejo de fazer algo significativo com nússas
vidas e talentos. Fomos criados para fazer boas obras para a glória de Deus (FF
2.10). No Salmo 90.17, Moisés pede a Deus que confirme a obra de suas mos.
A margem da minha Bíblia acrescenta que uma traduçäo mais literal seria “per
petuar”. Em outras palavras: “Senhor,perpetua a obra de minhas mios”. Ajuda-
‘mea fazer algo com meu talento que permanega. Todos ansiamos por significa-
do. A única coisa que pode supri esse anseio € o servigo a Deus.

Ser usado por Deus de qualquer forma é extremamente tecompensador.
‘Somos meramente “vasos de barro" (2 Co 4.7), ainda assim, carregamos conosco
um tesouro: as boas novas do evangelho, o plano da salvaçäo de Deus, a espe-
rança do mundo. Trata-se de um privilégio absoluto o ser usado por Deus.
Deus náo somente resgatou-nos da perdiçäo eterna; Ele nos abengoou e conti-

57

O Coragáo do Artista

‘nua a abengoar-nos abundantemente além do que merecemos. Muitos de nó
sentimos que o mínimo que podemos fazer, depois de tudo o que Ele fez por
nés, € servi-Lo com todo o nosso coragio. Davi disse: “Que darei ao Senhor
por todos os benefícios para comigo?” (SI 116.12). Isaías teve um encontr
com Deus que transformou sua vida, e saiu dele dizendo: “Senhor, estou dis,
ponivel, frei o que quiseres. Eis-me aqui envia-me a mim” (veja 156.8). Real.
mente, que outra resposta voce tera, apds haver experimentado a graga? Prec
samos lembrar que näo € Deus quem tem a sorte de ter vocé € eu no Sey
legiados de ter um papel, pequeno ou grande, na

servigo; nés somos os
expansio de Seu reino.

A DIFERENÇA ENTRE SER UM COLABORADOR E SER CHAMADO FOR Deus

Cedo em meu ministério comccei a notar uma diferenga clara entre os
que colaboram por obrigasio € os que se sentem chamados por Deus para
servir. Náo que o voluntariado seja algo ruim; há no entanto, um nivel mais
profundo de comprometimento, alegría e recompensa para aqueles que sabem
que seu chamado é de Deus. Quero ser cuidadoso aqui, porque alguns podem
associar um chamado de Deus com algo to elevado e superior que se torna de
outro mundo. Temos feito 0 chamado para o ministério soar tio csorérico,
como se ele fosse apenas para pessoas que ouvem Deus chamando-as para as
selvas da África. Estou falando sobre algo mais pé no chäo, mais dbvio que
isso: Deus chamando vocé e eu para usarmos nossos dons em nossa igrja
focal. Em 1 Crónicas 15.16-19, o Rei Davi nomeia músicos para liderarem a
ago de Israel em adoragäo. Essefoio chamado de Deus para eles. Colossenses
4.17 dias “Atenta para o ministério que recebesteno Senhor, para o campries”
(énfase minha). Em 1 Timóteo 1.12 Paulo diz: "Sou grato para com aquele
que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, que me considerou fil, desig-
nando-me para o ministério”. O ministério de Paulo no era um ato rocineiro
de voluntariado que cl fria por obrigasio. Era um chamado especial da pare
de Deus. Frederick Buechner disse: *O lugar para 0 qual Deus o chama € 0
Jugar onde se encontra sua profunda alegria € a mais profunda fome do mun-
do”. Conhego muitas pessoas que estio experimentando profunda alegria e
contentamento nestes dias porque estáo atendendo um chamado que Deus
colocou em seus coragóes para servirem na igreja local. Elas tim esse seno de
que estäo fazendo o que Deus quer que fagam, e suas vidas tém adquitido um
significado e um sentido mais profundos. A seguis, há uma lista de algumas
das diferengas que tenho observado entre pessoas que estio meramente cola-
borando e aquelas que sio chamadas por Deus. Estarei ampliando a maior,
desses ponts por todo o livro.

1. Voluntdrio véem seu envolvimento na igrja como servico comunitári,
‘mas pesas chamadas por Deus viem ito como ministéri. Para pessoas chamadas

= 58

Rory Noland

por Deus, minisééio nao deve ser encarado levianamente. É importante traba-
Ihar com ramificagöes eternas. É uma honra e um privilégio de Deus. É algo
que nenhum de nós merecemos.

2. Voluntdrios queixam-se do quanto vai custar servir, mas pessoas que sd0
chamadas edo comprometidas com o serve. Pessoa chamadas por Deus véem asi
mesmas como mordomos dos dons que Deus deu a elas. Servir torna-se uma
prioridade em suas vidas; servi hs fortalece, Vocé náo vai ouvi-las reclamando,
“Ah, nfo. Tenho que levantar cedo no domingo ei para a igrja”. Elas calculam
© custo, mas podem também ver os beneficios. Dentro de um bom senso, ten-
tam organizarse em füngäo de seus compromissos miniseriais em vez de tentar
fazer funcionarem oportunidades miniseriais dentro de suas agendas cheias.

3. Volumários recuam quando trata. de resolver confie de relacionamen-
to, mas pesoas chamadas por Deus bucam resolver exes conflits em nome da
umidade na igrja. Pessoas chamadas por Deus sabem que seria desobediencia
viver em conflto com outro irmáo ou irmá ou fugir do chamado de Deus por
causa de conflitos pessoais. Assim sendo, tentam resolver esses conflitos de
uma maneira crisi, como Jesus orienta em Mateus 18, indo primeiro a0 indi-
viduo com quem estäo em confio e conversando sobre isso

4. Voluntériosencaram ensaios como ouaro compromiso que sáo obrigados a
cumpriz, mas pesoas chamada por Deus aguardam pelo ensaio como outnsoporti-
nidade de serem usadas por Deus Noluntáriosreclamam por terem que air mais
uma noite, mas pessoas chamadas por Deus dizem: “Jéia. Tenho que ir ao
ensaio hoje noite. Talvez possa levar uma palavra de encorajamento a um dos
‘meus campanheiros artistas, ou possa ver o que Deus está fazendo na vida
desta pessoa, ou perguntar se há algo pelo qual eu posta estar orando por ela”
Reunides, ensalos, montagem ou desmontagem de palco, podem ser oportu-
idades importantes de ministéio para as pessoas que sio chamadas por Deus.

5. Volunndriosndo fazem preparagóes ou ensaios extra, mas pessoas que 120
chamadas por Deus vém aes ensais ¢ apresentasser o mais preparadas possoel
Algumas pessoas fario apenas o suficiente para dar conta do recado, Faráo o
mínimo dos mínimos, afinal sio somente colaboradores. Por outro lado, pes-
soas chamadas por Deus querem glorificar a0 Senhor com seus talentos dados
por Ele, Assim sendo, se apresentario da melhor maneira, Elas créem no dat a
Deus o seu melhor.

6. Voluntdrios no exo abertos críticas construiva, adotando uma pestu-
va de defisa diante dela, Mas pessoas chamadas pot Deus sio gratas pelo retorno
que recebem porque querem ser o melhor que podem ser. Em vez de dizer,
“como vocé ousa dizer qualquer coisa negativa sobre meus talentos dados por
Deus?” cla dizem: “Senhor, quero ser o melhor que posso ser para Ti”. Como
‘onseqiiéncis, esto aberta a sugrstôes e 4 diregio com respeito 20 seu trabalho.

5

O Coragáo do Artista

7. Veluntáriossentenre ameaçados pela talento de outro, mas peas cha.
madas por Deus O louvam por disribuir dons e talentos sated Sua vontade
Em vez de sentirem-se ameagadas toda vez que um novo membro € acrescen
vado ao grupo, pessoas chamadas por Deus véem os novos como amigos, com,
pankeiosde ist, e companheiosde trabalho. Has idam com ciúmes

inveja de uma manera cris

8. Vluntris querem desistir as primeiro
‘mas peas chamadas por Deus casar rinchiras e perieveram. Nenhuma ig
éperfeita, mas por esa razo, nenhum de nds € um membro de igeja perio,
Quando há um problema, pessoas chamadas por Deus nfo sentam € reclaman
où descarregam tudo em cima do líder e dizem: “É melhor voce resolver io
ou eu estou fora”. las no batem em reiada quando as cojas se complican
Flas oram. Blas escolher torna-s par da solugio ao invés de parte do pro.
blema. Entendem que quando Deus nos chama para servi, nunca nos aban
dona. Está sempre a0 nosso lado para conduzit-nos no meio de quaisquer
dificuldades que venhamos a enfrentar.

9. Voluntários encontram sua principal fonte de realizagáo em seus talentos e
habilidades, mas pesoas chamadas por Deus saber que ser usado por Ele éa expe-
viéncia mais recompensada que vocé pode er em sua vida. Pessoas hamadas
por Deus saem do palco mais preocupadas se Deus foi glorificado do que se
seus talentos foram suficientemente expostos. Estáo preocupadas se a vontade
de Deus, e náo a delas, foi feita.

10. Velentdror no conaguem Liar com sinuaóes nas quais sro presiona:
des, mas pessoas chamadas por Deus respondem ao Seu chamado com uma humilde
dependéncia Dele. Pessoas chamadas por Deus sabem que, se Ele as chamou
para ministra, ie equipé para fazer a obra do ministério, mesmo que iso
demande delas crescimento como pessoas ou como artistas. Certa vez estava
um ensalocom um novo baterista que havia acabado deentrar na equipe. Seu
nome ea Tony No processo de esinarnovas músicas para a banda, tive que
para vas vees para corrigir o Tony ou darlhe nova disesto. Ao final de
sai quis cerficar:me de que le nfo estava se sentindo perseguido. Asim,
à medida em que recolhíamos o equipamento, perguntei ao Tony como estava
Ele primeito deu um suspiro e entdo disse: “Estou pensando em tomar umas
q E imuitos estilos novos com os quais näo estou atualizado no
momento. Mas ndo vou desist, porque iso € 0 que Deus me chamou para
as Sacudi minha cabega surpreso. Lá estava um. homem que havia entendi-
do 0 quesignificavaserchamado por Deus. Tocar bateria na à
Deus o havia chamado para fazer Ese chamado cra à mat

seuservigo. Esse chamado permitia a ele que de me ruagé
que tesassem suas habilidades, rs

sinal de adveridade ou desánimo

&

Rory Noland

Disposto ao ministério

Se cu tivesse que resumir a diferenga entre voluntariado e ser chamado
por Des, da que alguén que eno senso do <hamado de Deu sá mais
propenso ao ministério. Deus nunca quis que o ministrio fosse responsabili-
dade de poucos escolhidos que "abalham de tempo integra, Deus equipos
todos os eristäos para fazerem a obra do ministerio (E£4.11-12).

Um amigo meu chamado Tim Kuntz tem servido aqui na Willow Creck
por muitos anos, € temos também estado juntos num grupo pequeno. A voca-
{do de Tin épars aden de informática mas seu mini € wa vompet
em uma de nossas bandas e liderar um grupo pequeno. Nao faz muito tempo,
"Tim recebeu uma ótima proposta de trabalho. Isso significaria mais responsa-

lidade e mais dinheiro numa boa empresa, mas significaria também muito
mais tempo no tránsito, no caminho para o trabalho e para a casa. Ele me
pediu conselhos, e nds conversamos sobre como isso afetari sua famili € seu
fucuro, mas uma coisa com a qual Tim estava realmente preocupado era no
que essa mudanga afetaria seu ministério. Ele queria saber se poderia ir para 0
trabalho todos os dias e ainda assim fazer as coisas que Deus o havia chamado
para fazer na igreja. Meu amigo Tim sabe a diferença entre voluntariado e ser
chamado por Deus. Ele náo era pago para estar envolvido no ministéro, ainda
que seu crabalho na igejativesse se tornado uma prioridade que o fazia impor-
tar-se em como uma mudanga de trabalho afetaria seus compromissos. Deus
Ihe deu um chamado, um papel a desempenhar na obra do reino, um senso de
propósito, e ele leva isso a sério.

Inures SAUDAVEIS

Agora, deixe-me perguntar he: € possvel servir além da conta? Alguém
pode extrapolar nessa cosa de servit? A resposta € si. Vocé pode gastar tanto
tempo na igreja e negligenciar sua familia, sua saide, e até mesmo seu relacio
mamento com o Senhor. [sso € uma pena porque Deus náo é glorificado quan-
do voct se acaba no ministrio. Vocé tem que estabelecer limites saudáveis
Manter fronteiras saudéveis implica er suas prioridades no lugar, resulta em
Tiberdade para dizer sim, e nio ter medo de dier näo. Se oc espera servi 20
Senhor por qualquer período de tempo, tem que desenvolver limites saudé-
veis. Todos temos que saber como e quando dizer nfo, muito antes de entrar-
mos numa crise pessoal. igreja freqüentemente tem sido culpada de usar €
abusar dos artistas. Por outro lado, artistas tem, As vezes, feito papel de már-
tire permitido que se usem e abusem deles.

Como ministo de müs de minha ir, uo com so, porque o
quero que as pessoas se esgotem, mas, ainda assim, quero oferecer portunida-
des minis significativas € prazerosas para os artistas. Assim sendo, há

a

O Coragto do Ania

um fensio, uma linha énue sobre a qual lente caminhar Eses anos todo,
tenho erado em ambos os lado, Sale muítas participas de ceras pe,
So, e acabei deixando-as em uma situagfo embaragosa. Outras vezes, ten
proteger a agenda de pessoas a0 nao pedir que cantassem ou tocassem, «dan
bri que ficaram magoadas porque no pedi Se todos nds pudéssemos trabas
no estabelecimento de limites saudáveis,Víderes náo preciariam adivinhar ou
forsar nada, e artistas sentiram liberdade para dizer sim ou no. Quando abo,
do pessoas que tem limites saudáveis, elas dizem: “obrigado por pedi, mas nay
Posio fazer isso esta semana", näo me sinto mal em pedir e elas náo se sem,
mal por dizer no,

Há períodos no trabalho da igreja que naturalmente exigem mais que
‘outros. Estagtes de intensa atividado vé e vio, e embora fiquemos cansados
quando há muita ocupagáo, elas normalmente tém curta duragäo. Minha fa.
mí sabe que o Natal ea Páscoa sio tempos de muita atividade para mim
Isso € parte do trabalho da igreja. Mas estou comprometido a ter limites saudi.
veis e náo trabalhar demais no restante do ano. Natal e Páscoa ou qualquer
outra época de ministério intenso tornam.se picos em meu gráfico de atvida
des, excegóes à regra e náo norma. A Biblia nos encoraja a sermos firmes ¢
inabaláveis(1 Co 15.58; G16.9-10). Somos exortados a darmos com alegra «
‘io por obrigagio (2 Co 9.7). Iso náo irá acontecer se náo tivermos limites
saudáveis. Limites saudáveis sio uma necessidade extrema se formos servic ao
Senhor com alegria e contentamento (SI 100.2).

SERVIRA UMA PLATEIA DE UM

© teste final do servigo cristo ése wocé pode ficar contente de servi a uma
“Platéia de Um", quando náo há problema em ser no anonimato, quando
vocé pode langar-sea servi numa tarefainexpressva, quando vocé nio mais vive
para receber a aprovacio de outros, quando o tamanho de sua plata nio mais
importa, e quando o tamanho do papel que vocé desempenha € menos impor.
tante que ser fil e obediente, Iso € dificil para nds porque fregientemente
amamos a aprovacio dos outros mais que a aprovasio de Deus (Jo 12.43). Bus.
camos o favor dos que estio ao nosso redor a0 invés do favor de Deus (GI 6.10)
¡Queremos ser notados Jesus diss para nos guardarmos desse tipo de motivaio
(M6.1). Quando voce nfo mais ancl pela luz do holofore, quando náo preesa
mais ser notado ou reconhecido, c quando no reclama de trabalhos como o de
estocar cadeiras está a caminho de ser o tipo de servo desprendido que Devs
realmente usa. Uma das tarefas mais diffceis de todas as programagóss € a da
\ desmontagem: guardar o equipamento,limpar o salio depois do culto. Vocé
fieaia contente em servi em bastidores assim? Faia case tipo de sevigo"sevin-
do de boa vontade, como ao Senhor, e náo como a homens"? (CI 3.23; E£6.7).
Voce pode se estiverservindo a uma “plata de Um".

Rory Noland

Philip Yancey compara servir a uma “platéia de Um” como sendo um
cspelho ou um vita

Tensöes e ansiedades ardem dentro de mim no momento em que esquego de

que sos viendo minha vda paa lt de um homem que ¿Cristo ea

escapa para ao fimo num mundo competitive. Ants, minha pri

pal moivagio na vid ra fer um quado de mim mesmo, cho de cores

hante nsghts profundos, Agora, no encanto, esobr que meu papel

6 ser um esplho, que relia com bro a imagem de Deus através de mim

Ou talvez a metáfora dost semis elos, pois, anal, Deus irá resplan-

dice través de minha penonlidde e de meu corpo?

Muitosrelutam em ser servos quando tém que uabalhar na obscuridade.
“Teno Jurado com iso, também. Houve ocasies em que me senti menospre-
zado. Ouve tempos em que me sent como o Homem Invisivel, quando 0
talento de outros fo reconhecido e o meu no. Mas cheguel conclusio de
que prefio trabalhar na obscuridade para Deus do que ser famoso por fazer
algo insignificante com minha vids. Alm disso, Deus vé em secrero (Mc 6 4
€ 18). Nio trabalhamos em oculto quando trabalhamos para Deus. Ele vé,
Ele not e irá recompen

Há algum tempo atrás alguém em nossa congregagáo esreveu uma carta
de elogio a Lynn Siewert, uma de nossas amtora, e enviou-me uma cópia
Lynn tem extado em nosso grupo vocal por muitos anos e exempliica o cora-
ño de um verdadeiro servo. A cata diz assim:

Quero agrado. or ofrecer sua vor para adoro na Willow Creek

Gada vex que ougovocé fico impresionada com o dom maravihoso que

6 Senhor Ihe dew, pars o noso enclin Hi algo mais que surge, cada

vezque vot canta. há humilde, pures, evrénia — iso realmente

“parce. Outros com quem me ssento mencionram à mesa cosa que

voct obviamentenio es no palo para ses própros propios, mas para

os de Cristo. Acho que se ives ua vo, remo que canaria parao Senhor,

embora casse muit feliz comigo mesma, tambén! Asim sendo, em Sia

sabedoria Ele excolheu vod!

As pessoas na congregagio podem dizer se estamos no palco para servir
ao Senhor ou meramente para sevi a nés mesos.

Gostaria de concluiz contando sobre um homem em minha vida que
tipifica o servigo cristio. Quando estava comegando meu minisério, fui
discipulado por um homem que tornou-se um amigo ¡muito querido, Seu nome
‘John Allen. Aprendi tudo a respeito de servigo cristio com 0 John, näo por-
que ivéssemos alguma fez feito um estudo na Biblia sobre iso, mas porque ele
vivia com um coragäo de servo para todas as pessoas. John era “pau para toda
obra" (e eu mio sou). Ele vinha em casa para consertar a tormeira de água

a

O Coraçäo do Artista

quent € os vazamentos no encanamento da parede. Ajudava-me com y;
dim. porque para John ess eram oportunidades para servi gasta en
Somigo, conversando a respeto do Senhor. Quando rive que tomar dec
importantes em minha vida, ele se ofereceu näo apenas para orar por mm
mas também par jjuar durante o tempo em que eu também jejuase aguas
dando a confirmasáo da vontade de Deus para nossis vidas. Ese fo um un,
de verdade, John recebia um salário modesto como professor de música, may
ainda assim repatia sus recursos financcios livre € alegremente sempre que
um irmäo estivese necesitado, Estava sempre ao meu lado quando precisa.
dele, perguntando: “O que posso fazer para ajudar?” Já mudei várias vezes para
Estados diferentes e distante de meu amigo, mas nunca esquecerei @impacın
de observa alguém viver com um coragio de servo bem diante de meus olho,
John, mostrou-me o que € o verdadeiro servigo cristäo. Mostrou-me como ¢
estar transbordane de alegria por servir à uma "platéla de Um”.

QUESTOES pana DISCUSSAO EM GRUPO
1. Como vocé acha que Jesus se comportaria num ensaio?
2. Como vocé acha que Jesus se comportaria no palco?
3. Vocé pode pensar em alguém na sua vida que tena sido um exemplo
positivo de servigo cristo para vocé?
4. Como vocé se posicionaria analisando a humildade como uma cs
com um orgulho vario numa extremidade e falsa humildade na outra,
perto de qual deses dois extremos vocé estaria mais próximo?
5. Quais das dez diferenças ente voluntariado e ser chamado por Deus
VO sente ser a mais importante no estabelecimento de um ministrio
de ares duradouro? 7
6. Quais das dez diferengas entre voluntariado e ser chamado por Deus
menos descreve vocé?
7. Que tipo de coisas.impedem os artistas de poderem servic a uma
“plaria de Um"?
8. Por que, em sua opiniäo, € io difícil para aristas ter limites saudé-
veis, quando iso di respeto a seus trabalhos>
9. Um artista pode secluma pessoa confiante¢ ainda assim ter um cora
io de servo?
10. Que conselho a respeito do servico cristo vocé daria a um compa-
nheiro artista que estivesse comegando seu ministério?

Rory Noland

AGO pessom

1. Oferega seus dons a Deus. Se vocé nunca agradeceu ao Senhor pelos
dons € talentos que Ele the deu, figa isso e diga a Ele que está compro-
meido a usi-los näo como quer, mas de acordo com Sua vontade. Se
‘yoot realmente quer fazer um compromiso especial, expresse-0 artist
camente de alguma maneira.

2. Ofereça seus dons igreja. Paulo via a si mesmo como um servo da
igreja de Jesus Grito (2 Co 4.50). Escreva uma cart ao seu ministro de
música, ao diretor do grupo de teatro, do coro, ou ao pastor, € oferega
seus dons e talentos para servir a9 Corpo de Cristo em qualquer arivida-
de que a pessoa julgue apropriada,

3. Se vocé ofendeu alguem por alta de verdadeira humildade, reconhe-
ga seu pecado e pega perdio.

4, Determine aonde esto seus limites saudéveis quando se trata de sevi.
Sendo os tem, decida o que seria necesirio para té-los e comece fazendo
smudangas. Escolha alguém a quem possa prestar contas sobre isso.

5. Galatas 5.13 exorta-nos a servirmos uns 20s outros em amor. Tente
servir alguém esca semana de modo pessoal.

CaríruLo Tres
O ARTISTA NA COMUNIDADE

farlene acabou de entrar em casa após um longo € cansativo
Q ensaio na igreja. É tarde. O telefone está tocando, Ela corre para

atender. Ela é diretora de teatro da Igreja Comunidade Countryside
há quase cinco anos. Tem construído um minisério forte nel. As pessoas
dessa igreja apreciam teatro e com ansiedade aguardam as pegas que o gru-
po apresenta « os eventos especiais que incluem esas atividades. Por várias
semanas Marlene tem se dedicado aos ensaios para a apresentagáo da Páscoa
que € daqui a uma semana. Ela pega o telefone supondo que, como tudo o
mais em sua vida naqueles das, essa ligagáo tem algo a vet com a apresenta-
ño da Páscoa. Do outro da linha esti Al, membro do grupo de teatro.

AL (parecendo estar apressado): Marlene, odeio ligar em casa para vocé
assim esinto muito por se tá arde, Vocé
o está ocupada?
MARLENE (sorrindo): ‘Tudo bem, posso fala. Vocé parece estar
preocupado. Está tudo bem?

AL: Bem...näo...vdeio incomodi-lae ter que
falar sobre Iso. Sei o quanto vocé está
“ocupada, mas acho que, a essa altura,
Muitas pessoas no grupo de teatro estio
realmente chateadas. Acho que temos
‘muitos problemas de comunicagio. No
sei se vocé sabe quio ruim está a situa-
ño. Acabei de falar 20,telefone com

\ = Stewart e ele esti realmente chateado,

o

O Coragao do Artista

MARLENE;

AL:

MARLENE:

AL

MARLENE:

© MARLENE:

MARLENE:

Mesmo? Lamento ouvir iso. Com oque
ele est chareado?

Ele sente quese sasse do grupo ninguém
se importaria. E alguns de nós tm fl,
do isso e muitos estio se sentindo da
mesma manera.

Voc2 quer dizer que se voc? save do gru.
po ninguém se importaria ou notaria?

Sim, muitos de nós tem se ientido dessa
maneira há um bom tempo. Ninguém
realmente sente-se unido.

Há quanto tempo Stewart está chateado?
Bu lei com ele esta noite e ele näo men.
cionou nada a respeito disso.

Bem, nfo estou surpreso. Ele está bem
confuso, Eleacha que vocé náo gosta dle

Mesmo? Estou triste em ouvir isso. Eu
de Stewart.

gosto mi

Bem, ele est pensando em sair do grupo
où mesmo em ir para outra ireja. Est
muito magoado.

Magoado comigo?

Bem, sim. Ele náo pegou o papel que
queria na apresentagäo da Päscon
Ele gostaria muito de fazer o papel deJe-
sus. Eu comprendo porque vocé deu 0
papel para o Frank. Frank € um novato ©
‘mais jovem. Mas o Stewart tem muito
mais experiéncia

Bem, agora que vocé mencionou iso,
achei estranho Stewart sair da sala

O

Rory Noland

MARLENE:

MARLENE:

repentinamente quando o elenco aplau-
día Frank em pé apés a cena da noite do
Getsém:

Sim, ew acho que Stewart ficou muito ma-
Boado com isso, afinal o elenco nunca 0
aplaudi de pé.

Isso explica a tensäo que sinto entre 05
dois.

Aly sim, Fes náo esto falando um como
outro, Stewart est evitando Frank como
© Diabo foge da cruz, Ele náo está com
inveja ou algo assim. O Stewart diz que
simplesmente € muito doloroso para ele
star por perto do Frank porque isso 0 faz
lembrar quo ruim ele € como ator e que,
porant, nfo está altura do grupo.

Estou surpresa. Stewart é um ator muito
«competente, É por isso que dei a ele um
papel de tamanha responsabilidade.

Sim, mas fazer papel de Judas náo € 0
to de papel ao qual vocé possa realmente
se dedicar. De todo modo, isso nio €
tudo. Devo provavelmente lembri-la que
Stewart nfo tem atuado nas pegas hä mais
de um més, náo tem feito nenhum papel
de express já hd algum tempo e todos
temos notado que vocé tem dado a mai-
ria dos bons paptis para novas pessoas
no grupo. Näo acho que deverfamos des-
cartar aqueles que tém estado conosco já
há algum tempo € tém nos ajudado a
edifica esta igrea.

Bem, cu certamente nfo estou tentando
descartar ninguém.

œ

O Coragáo do Artista

AL (interrompendo agresivamente): Vocé sabe, esta igreja dé uma importin,
cia muito grande ao envolvimento e ay
uso dos dons, mas eu acho que iso tude

- conversa. Eu me sint mal pelo Sena
Ele es realmente pensando em sai,

MARLENE: Rapaz, cu odiaria ter que ver isso,

AL.interrompendo novamente):. E outra coisa, vocé sabe que falamos so.
bre comunháo € comunidade o tempo
todo, mas isso tudo € conversa. Nós nao
somos uma equipe. O que está aconte.
endo com Stewart acontece o tempo
odo. Vocz espera ver este tipo de coisa
fora, no mundo - certamente no na ire.
Jal No devemos amar e nos importarum

- ‘com o outro na igreja? Näo é de se admi
rar porque o Stewart está magoado, Eu
estaria ambém!

MARLENE: Al, voc disse ao Stewart para vi conver
sar comige?

AL: Ah nio, ele nfo pode fazer isso. Muitas
[pessoas estáo muito intimidadas com vocé

Salé dso sabemos que ec muito cu.
pada,

MARLENE: Mas Al; vocé está se colocando no mcio

de algo qué parece ser entre mim € 0
Stewart

AL: É, realmente tenho escutado mais que
qualquer outra coisa e tenho tomado cu
dado para no espalhar isso. Seria foca.
Mas eu fico triste que um de nossos mem
bros na fé, que tem estado por perto há
muito tempo, nfo estja sendo uilizado

rm Pre |

25No

Rory Noland

MARLENE:

AL:

MARLENE;

AL (interrompendo):

MARLENE:

Bem, eu nao concordaria exatamente que
ele náo está sendo utilizado. Vocé sabe
que eu penso que era o Stewart quem
deveria estar land comigo. Parece que
dle está se sentindo inseguro e quer saber
como se posicionar comigo. Ele Ihe falou
de todas as vezes em que liguei para le
para que etvese na pega, mas el stava
fora da cidade nos finais de semana em
que ligue?

Náo, Mas acho que o problema € mais
profundo que iso

Concordo. O Stewart precisa vir direto a
‘mim se tein um problema comigo. Nao
gosto quando as pessoas esto falando por
trás náo faz bem para o nosso grupo se
mio resolvermos nossos conflios de rela
«ionamento de uma maneira cris. Voce
acha que se vocé näo tivesse me ligado 0
Stewart teria por fim falado comigo s0-
bre isso? Vocé sabe, a Eseritura € muito
clara a respeito de como devemos resol-
ver conflios.

Marlene, cu tenho oute ligagio. Lamen-
to, Preciso corre. Ligo de volta para voce

Tudo bem, Al. Por favor, vamos manter
+ comato.

QUESTOES PARA DISCUSSÁO EM GRUPO

1. O que vocé mais aprecia no grupo no qual ésti servindo na Igreja?
(por exemplo, o coral, a equipe de adoragio, o grupo vocal, a banda ou
questa, o grupo de carro, grupo de danga. a equipe de som e lu
minagío, o grupo de artes viuais, € asim por diante).

¡odo capitulo Al usa declaragóes como “Todo mundo se
sente assim” e “Ninguém sente-se unido”. Vocé acha que declaragóes
‘como estas so exageradas ou poderiam ser verdadeiras?

7

O Coraçäo do Artista

3. Na sua opiniño, quais sáo algumas das vantagens de se fazer minis
Le Qu pus ds denn e e fie ini em grupos

5. Quais so algumas das causas de conflits de relacionamento em un,
el cha que a maioria dos cristios sabe como resolver conflios de
7, Co rodas cof de coat ro q
BR que a qe E pora par as ens cng
5 Sc men eka et de vs

on Lape tool ene de cod peo dee
teatro ou música, etc)? O que fez deste grupo um grupo bem sucedido?

"A IGREJA COMO UM AGRUPAMENTO DE ARTISTAS

empre fiquei fascinado com os agrupamentos de artistas que surgiram ao
se rd mona nu Ma mo De en
infe do século XX, um lugar onde artistas se congregavam e trocavam exper
éncias num tempo quando inovagóes excitantes estavam acontecendo nas ates,
Compositores astas vsuais, dangarinos, coreógrafos, autores e poetas, todos
misturados e combinados, resultando numa colméia virtual de atividades artist,
«as. Meu compositor favorito, Igor Stravinsky, za parte deste grupo de artistas,
«seu circulo de amigos incluíam os compositores Claude Debussy, Maurice
Ravel, Erk Satie e Manuel de Fall. Foi um tempo quando as artes se prolifer.
ram de maneira empolgante à medida que Stravinsky sentava-se lado a lado com
artistas como Pablo Picasso, Henri Matisse e Jean Cocteau. Este grupo tinh lt

se nas casas uns dos outros, conver.
savam por longo tempo até a madrugada sobre música, ate e literatura. Corea
casi, Stravinsky sentou-se com Debussy ao piano eambos tocaram a ran.
se de uma pera de orquesra que Stravinsky estava compondo. Tatavac por
36259 de The rit of Spring, uma das obras de arte mais marcantes do sgculo X00
Bu queria ter sido uma mosca ouvindo aquel conversa, Estes artists mudam
Dinde com sua are: Todosas nova obras de expres daquea época estar

‘estar. As artes prosperavam e os artistas Moresciam!

2

Rory Noland

Voct nao gostaria de estar num lugar como esse? Muitos de nés artistas
emos desejado um lugar 0 qual postamos sentir que pertencemos, um lugar
‘onde as artes estejam florescendo, c onde Deus as esteja usando de uma ma-
eira poderosa. Um lugar onde aristas possam experimentar comunhäo vet-
dadeira com outros cristäos, onde possam aprender uns com os outros € esti
mules uns aos tos, E li queso € pane do que Deus que ques
igrejas sjam: um lugar que utilize as artes paraa gória de Deus e que alimen-
te que cla dos a, mate ‘

© sentido de equipe e camaradagem que os artistas em Paris tinham no
inicio do século XX, sempre me intigou. Porque artistas nem sempre traba
Iham bem juntos, e nem sempre se dio bem uns com os outros. Muitos de nós
sío mais introvertidos por natureza; somos soldados solitários. Num livre
intitulado Temperamento Musical, o autor Anthony E. Kemp declara que “en;
quanto músicos sio distintamente introvertidos, há também uma ‘coragem!
que surge no apenas de sua considerável forga interior, mas também de seu
senso de independéncia. Muitos tém a tendencia de compartilhar esas quali-
dades com vários outros tipos criativos”?

Fazer com que artistas que sejam basicamente intovertidos e indepen-
dentes funcionem como um time, náo € uma (area cl. Como muitos outros
artistas que sio colocados para trabalharem juntos com outros numa equipe,
Igor Stravinsky teve que aprender a como atuar como parte de uma equipe.
Howard Gardner, em seu livro Creating minds declara que quando Stravinsky
foi convidado para juntar-se aos balés rusos, aquilo mudou sua vida da noite
para o da. “Stravinsky tornou-se um valioso membro do que era possivelmen-
teo grupo arísico de performance mais inovador do mundo... Agora, em vez
de wabalhar na maior parte do tempo sozinho, Stravinsky tinha diariamente
que relacionar-se com um grupo completo de... desenhistas, dangarinos, core-
grafos e mesmo com aqueles responsive pela parte empresarial da Compa-
shia’?

RELACIONAMENTOS SAO IMPORTANTES

Parte do que fizemos como artistas, fazemos sozinhos. Podemos ensaiar
ou compor por nés mesmos, mas em determinado ponto, nds feqientemente
acabamos rabalhando com outros artistas, Mesmo se nos considerarmos como
‘nfo muito relaciondveis, precisamos aprender a como nos relacionas, como
nos dar bem com outros artistas. Mesmo se vocé for extremamenteintrovetido,

¿está enganado se pensa que pode viver uma existéncia significativa isolado de

“outros ou vive a vida cris separado de outros crstios. Nós necesitamos de
<omunkio, Näo podemos ser soldados soliáios precisamos uns dos outros.
Conhecer e ser conhecido € uma necessidade humana básica.

2

O Coragáo do Artista

Hámuitosanos ars houve um incidente que mudou par sempre y
Visio da importincia de rlacionamentos em minha vida, Tive uma apeng,
que envolveu algumas complicagóes e a necessidade de duas ci he
indo e vindo do hospital por duas semanas e foram necess
que eu me recuperase totalmente. Foi um tempo realmente dificil pars yf
Lembro-me de haver me sentido to slitärio no quarto do hospital equechan
va todas as vezes que Sue € os meninos (que eram muito pequenos pague,
tempo) iam embora. Ansiosamente aguardava a visita de amigos, parentes, guy
quer pessoa. Poso imaginar o quo soliirio deve ser para pessoas que este,
<onstanementefora de casa ou numa sia semelhanteá minha. Me long,
período de convalescéncia fe-me perceber que havia menosprezado muito; yo
Jacionamentos, Vocé realmente nfo sabe o que possui até que o pera. Pera
que selacionamentos näo eram uma prioidade para mim como deverlam sey
Extava muito ocupado para as pessoas, Nao estava fizendo nada para inc
novas amizades, ou solidficar aquelas que já inha. Quando sai do hospiy,
estava determinado a muda tudo iso € adotei um novo lema de vida: relaciona.
mentos so importantes, Em vez de trbalhar durante o horiio de almogo, ps
sei a tentar encontrar alguém com quem pudesse almogar. Abr mäo de long,
periodos de tempo de aividade para permitir compromissos mais pesoais. Ao
inv de esperar que as pesoasligassem para mim, comece algae para cas, ¢
torei-me mais inclinado a star tempo com as pessoas,

Relacionamentos dio muito trabalho, Eles no acontecem do dia pr: à
noite els precisa ser cultivados. Mesmo aquelas amizades que parceem acon
recer acidentalmente, quando as pessoas entram na nossa vida por conta de
uma circunstáncia, envolvem trabalho. Algumas das pessoas que mais rec
mam por o terem amigos, sio as mesmas pessoas que ni trabalham a fim de
terem relacionamentos significaivos. Elas pensam que os relacionamentos
apenas acontecer. Mas les nio sio assim. Se vocé descja te relacionamentos
de qualidade, vocé deve e esforçar para isso. Meu melhor amigo vive há mais
de mil e quinhentos quilémetros de mim. Nós temos uma longa história de
‘eaminhada juntos. Nossa amizade é daquele tipo que mesmo se nio tivermos
conversado ultimamente, € Heil retomarmos o diálogo do ponto onde para
mos. Ele é alguém para quem eu posso contar os meus segredos mais escurs.
Seria uma pena deixar essa amizade, mas € necessio muito trabalho, special.
mente porque vivemos muito distante um do outro. Tentamos ligar um para
‘outro regularmente, ou escrever catas, ou envíar e-mails, qualquer coisa que
possamos fazer para manter a comunicagio (e a amizado) forte. Agora exo
convencido de que o tempo que tenho investido nisso e em todas as minhas
outras amizades, € um tempo bem gasto. Porque relacionamentos si impor
tantes. Muitos anos se passaram desde miaha estada no hospital, mas aquel

7

| _

Rory Noland

proragio corrigiu a minha rota sobre a importancia de relacionamentos. Estou
muito feliz com a qualidade e profundidade do mew mundo de relacionamen-
tos atualmente. Minhas amizades e minha familia me realizam muito

Taanaıno EM EQUIPE ï

‘Uma coisa que aprendemos muito rapidamente na Willow Creck € que
ministério € melhor feito cm equipe. A belera do trabalho em equipe € que
juntas podemos alcangar coisas maiore para Deus do que se esivésemos so
zinhos. Temos um ditado, na Willow Creek,
mos para fazer o que nenhum de nós pod
nos esforgando para seguir na mesma diregäo, rumo a um alvo, colhemos enor-
mes dividendos de nossosinvestimentos individuais. Se tentamos fazer tudo
sorinhos o que seria melhor feito com um esforgo em equipe, o resultado será
I - confinamento solitáio, se vocé preferir.

e: nds nos reuni

O que significa fazer parte de uma equipe? Significa pertencer. Vocé per-
| rence à uma equipe por duas razdes.
1. Seus dons e hablidadescriaram um expaco para vocé na equipe. Provét-
bios 22.29 diz que uma pessoa que é talentosa e trabalha duro irá longe. Por-
que vocé € talentoso € trabalha duro, foi convidado para participar de um
| minisério. Seus dons e habilidades criaram espago para vocé na equipe. Voce
comparilha o mesmo chamado com outros que foram agraciados com um
talento artístico. Como conseqúéncia, vocé desempenha um papel importante
‘io apenas como membro de uma equipe ministerial, mas também como par-
te de uma comunidade de aristas crstios ao reder do mundo.
2, Sua personalidade criou um lugar para vocé na equipe. 1 Corintios 12.18
«diz que Deus "dispós os membros, colocando cada um deles no corpo, como
Ihe aprouve” (énfase minha). Quando Deus chama voc? para fazer parte de
uma equipe, Ele leva em consideragäo quem vocé é, bem como o que pode
fazer. Iso náo € tremendo? Voce € bem-vindo na equipe näo apenas pelo que
vocé pode fäzer, mas também por quem vocé é. Ninguém irá contribuir para a
causa de uma equipe da mesma maneira que vocé o fará. Mesmo alguém que
tenha os mesmos talentos e dons que voce tem, náo irá contribuir exatamente
como vocé contribuiria, porque vocès sio duas pessoas diferentes com duas
personalidades diferentes. Vocé náo € indispensivel, mas € insubstitufvel

As COISAS QUE MATAM O TRABALHO EM EQUIPE

Por mais poderoso e significativo que um ministério em equipe possa se,
ter um grupo de pessoas que se relacionem e atuem como uma equipe, € uma
varefa dificil, Além do fato de nés artistas termos a propensio de nos esquivar-
mos de grupos e da comunidade, o inimigo faz tudo que pode para desorgani-

75

O Coragáo do Artista

Zar equipes, Ele tentard semeat desunifo, tentará minar a moral, ten,
tata causa, entré fasta planos. Acedie em mi, ele Fd tudo que pa

para derrorar coda e qualquer equipe que esiver tentando promaner Res
de Deus. Assim send, comecemos noso estado de equipes olhand pr
tro coisa que podem destrublas. *

1, Egoísmo

O egoísmo € o maior obsedeslo para qualquer equipe vencer Nip jy
jet de nenhuma equipe funcionar se os seus membros exo constante
buscando seu interesse próprio. Pesos que estáo concentrada apenas ey y
mesmas vio perder a visio do todo. Est foi o problema com o irmáo do fa
pródigo (Le 15.11-32). Ao invés de celebrara volta de seu irmáo com ore,
de sua família, este homem centrado em si mesmo ficou ressentido, lun y
Faro de que seu irmäo havia sit,

ar say,

levou a perder a coisa mais importan
salvo, Nés podemos, ds vezes, ficr tio concentrados em nés mesmos que
perdemos o que € realmente importante. Esse € o pensamento chamado “ey
primeiro". Quando ficamos com raiva porque náo fomos escalados para cantar
odos os solos que pensamos que merecemos, este € o chamado pensamento
“eu primeiro”. Quando manipulamos as conversas ao nosso redor para chama,
atengío para algo a respeito de nös, esse € o chamado pensamento “eu prime
19”. Quando a equipe está celebrando um sucesso recente, € nós estamos
preocupados porque näo recebemos o papel que gostaríamos de ter reccbido,
este € 0 chamado pensamento “eu primeiro”.

2. Murmuragäo e reclamagio

Murmuragáo e reclamagio sáo normalmente o resultado do egoísmo.
Voce já norou quanto nós reclamamos? Rechamamos do tempo, reclamamos
do nosso trabalho, reclamamos do governo, reclamamos dos nosos times
Reclamagäo parece ser da natureza humana. O povo de Israel murmurou con
tra Moisés tempo todo (Ex 15.24; Nm 16.41; 17.5). E muitos de nés com
temperamentos artísticos temos a tendéncia de reclamar € murmurar sempre
que as coisas no andar do nossojeito.

tuto dia recebi um e-mail de um Ministro de Música de uma ire que
deixoa seu ministério porque nfo pöde suportar “todas as queixas e desinte-
reste”, Satanás havia sido bem sucedido ao sabotar o ministerio de música
desta igre; a0 fazer com que todos os músicos tivesem uma acude negativa
Filipenses 2.14 nos instru.a “e tudo sem murmuragöes nem contends
porque murmuragío e disputa sio como cáncer que cresce e se espalha e final
mente mata uma equipe ou mesmo uma igre ineia

. “ie À

Rory Noland

3. Um espirto competitive

A competisio saudével tem o potencial de produzir o melhor em nós. O
lado positivo da competigio nas artes, assim como nos esports, € que ela pode
«stimular-nos a crescermos como artistas, O lado negativo € que sendo muito
competitivos, podemos ruir o moral da equipe. Quando as pessoas náo esto
comprometidas umas com as outras e estimulando umas as outras porque es-
to competindo entre si o tempo todo, elas nunca funcionario como uma
equipe. Em vez de comperirmos uns com os outros, precisamos aprender a
como cooperar uns com os outros.

4. Conflitos de relacionamento náo resolvidos

A falta de unidade pode realmente ferir uma equipe. Náo devemos nun-
ca esquecer que a unidade € extremamente importante para Deus. Joño 17
registra uma das últimas oraçôes de Jesus ante de Sua dolorosa morte na cruz.
Por todas as coisas pelas quais Ele poderia possivelmente ter orado, acima de
tudo em Sua mente estava a unidade dos discípulos. Ele orou para que cles
fossem um (vs. 21-22) e que fossem “aperfeigoados na unidade” (+. 23). Por
que Paulo escolheu duas mulheres na Igreja em Filipos que estavam se estra-
nhando uma com a outra ¢ rogou que colocassem de lado suas diferengas €
“pensassem concordemente no Senhor” (Fp 4.2)? Porque a unidade € vital
para Deus. É um testemunho ~ algumas vezes o mais poderoso testemunho —
de Sua obra em nossos coraçäo. O Salmo 133.1 dir: “Como é bom e agradável
viverem juntos os irmios!”

Contudo, encaremos os fatos: náo € fácil para as pessoas se relacionarem
bem, & Náo éácil para uma equipe de artistas alcangara unidade por causa do
constante conflito de egos e personalidades. Se uma equipe de artistas pode
conviverjunta em unidade, esa é uma grande conquista, Recentemente recebi
‘uma carta de um ministro de música que disse-me que o pastor extinguiu o
coral porque havia muita briga o tempo todo. Em outro exemplo, um jovem
ministro de música compartilhou comigó que näo hä um ensaio sem que al.
guém ofenda ao outro. Disputas e raiçües haviam se tornado coisas normas
para cles, Náo deveria ser assim na igreja. Temos que aprender a como resol-
vérmos os nossos conflitos de relacionamentos,

UM CÓDICO DE ÉTICA PARA UMA EQUIPE

“Toda equipe tem um código de érica, escrito ou velado, alado ou slenci-
oso. Ele determina o padrio de comportamento para a equipe. Define o que €
aceitável e o que náo € aceitávl. Ele diz: “Este € o modo como fazemos as
coisas em equipe”. Quando entre para a equipe iministeial da Willow Crgek *
aprendi muito rapidamente qual era o código de éica para todos os seus mem-

7

SM | |

O Coragáo do Artista

bros. Um dis estaa abalhando intensamente com música no meu cg,
Trabalhei preparando ensalos e s ensaios fram longos. Quando tudo eya.
erminado cea eigenen pariuras epalhadas por todo meu sriérige rs
mesa loada de paps, pastas correspondénciasnio-aberta. Pense ayn
mar tudo antes de ar, mas era muito tarde eeu estava exaust Alem die,
poderiaarrumar tudo como a primeira coisa ser feta no outro dia. Na man,
segainte, lguém do prédio cumprimentou-me na porta do meu escri,
Ele fi muito educado, porém firme: “Bu note que vocé deixa seu escri
bem bagungado na note pastda”, ee comesou “Sci que vocé € now qu,
quero que saiba que náo fazemos as cosas desse modo por aqui. Tena,
deixar nosssescriórosarrumados e limpos”.É desnecesstio dizer que dese
eno tenho tentado deixar meu ecrvório arrumado porque ése e padre à
qual toda a equipe da Willow Creek adoro.

© código de ét de uma equipeseflete seus valore primordiais. Se ema à
um valorimportante,srk importante para todos estarem a hora. À pontualide
entáo rorna-se uma declara de valor que diz: “Ensaio tem um alt valor para
mi, asim sendo € importante que eu chegue na hora. Se respeto por outros €
‘um alto valor para os membros de uma equipe, pontualidade sería também con
derada uma cortesia. Está basicamente dizendo: 'näo quero atrasar-me porque nig
quero desperdiar o tempo de ninguém ao faz los esperar por mim”

O código de ética de uma equipe express o nivel de compromise neces
sitio de todos os seus membros. Estabelece o padrio de como a equipe func:
‘ona. Por este modo, torma-se um agente de mudanga de estlos. Se vocé náo se
amolda ao código de ética de uma equipe, mudará seu comportamento se
quiser continuar fazendo parte dela. Usando a pontualidade como exemplo
Rovamente, conhego alguém que habitualmente chegava atrasado à reunidos
+ ensaios (ele tinha o mesmo problema no trabalho também). Uma vez fen
do parte de uma equipe que valorizava a pontualidade, decidiu que secheguse
na reunido du no enslo e els já ivessem comegado, pediria desculpas para
todos que estivessem esperando por le. Desnecessário € dizer que rapidamen-
te ele abandonou este mau hábito.

Um amigo meu, que € diretor de uma Banda de Colégio, enviou-me uma
lista initulada “As marcas do Profissionalismo". Ele a organizou para sua Banda
«cu posto atestar o senso de equipe deles: € uma Banda muito harmoniosa. Se
voce fose tocar nesta Banda do meu amigo, isso € que eles sperariam de vor:

‘Ax Marcas do Profissionalismo

1.Seja pontual nos ensios
2. Esteja pronto para atuar em todas as posigöes (aquecimento, mont
gem do instrumento, todos os equipamentos dispon(veis)

78

Rory Noland

3. Tome conta do seu instrumento,

Traga um pis ao e
5. Ouga o dirigente.

6. Faga anotagóes em sua partitura — näo confie na memória para pular
finais, fer eperigoes, et

7. Ouga constantemente e ajuste a afinaçäo e o volume enquanto estiver
tocando.

8. Esteja pronto para as entradas.
9. Tente sinceramente tocar sua parte corretamente.

10. Toque a segunda e a terceira partes com o mesmo entusiasmo da
primeira

11. Estude música entr os ensios e constantemente se sfore para melhorat
12, Interprete conforme o desejo do dirigente, Náo fale os ensaios.
Penso que seja importante para toda equipe ter uma código de ética a

respeico do qual todos concordem. Sua equipe tem um código de ética, ou
“marcas de profisionalismo"? Vocé sabe quem sio e vocé se amolda a les?

© QUE SIGNIFICA FAZER PARTE DE UMA EQUIPE?

O código de &ica de uma equipe € muito específico, mas existem algu-
mas responsabilidades gerais que se aplicam a qualquer grupo de artistas na
igreja. Estou filando sobre o que significa fazer parte de uma equipe. Muito do
que sei sobre fazer parte de uma equipe aprendi com músicos ou aletas. Nos
‘esportes hd certas coisas que voct fiz em prol da equipe, Por exemplo, o técni-
co da liga do meu filho pediu aos garotos que praticassem arremessos e cortes-
sem todos os dias porque € bom para els e bom para a equipe. Assim sendo,
meu filho praticou essa disciplinas sabendo que isso era parce de sua responsa-
bilidade para com a equipe.

Do mesmo modo, se vocé faz parte de uma equipe de aristas, há certas
coisas que vocé precisa fazer em prol dela. O sucesso de seu ministério depen-
de do qufo bem voct far essa coisa camada equipe. Assim sendo, vamos
ignifica fazer parte de uma equipe.

conversar sobre o que

1. O membro de uma equipe está comprometido com

a causa de sua equipe a

No ministério, star comprometido com a causa de uma equipe, significa
que colocamos a miso da igreja sobre todas as coisas, acima de nossa própria
agenda. De tempos em tempos ougo históras de ministérios de artes nos quais os
membros da equipe nfo esco sintonizados. O resultado € que músicos, membros

79

O Coragáo do Artista

de grupo de rato, dangarinos, ec, estio buscando seu próprio interne e, ye,
de se reunir para um bem-comum. Por exemplo, um músico que, descumpro
sadamente, fora seu estilo musical favorito, ainda que ele náo combine cy y
casio, está colocando sua propria agenda acima da agenda da equipe.

Filipenses 2.2 nos diz para que “pensemos a mesma coisa, tenhan y
‘mesmo amor, € sejamos unidos de alma”. Quando todos na equipe té y
mesmo intento e propósito, essa equipe irá fazer grandes coisas para Deu.
Vocé deve estar numa equipe porque cré em sua causa.

‘Aqui em Chicago temos o priviléio de ter o maior jogador de basquet
bol na história jogando no Bulls. Penso que o que foi mais impressionante y
respeito de Michael Jordan foi o exemplo que ele deu como membro de ung
equipe. No dia 17 de dezembro de 1996, o Chicago Bulls estava jogando cum,
0s Los Angeles Laker e Jordan estava tendo o que para ele era uma noite rujm,
(nx descobrimos mais tarde que ele estava lutando com uma gripe durante y

© técnico Phil Jackson pediu a Michael que fosse um chamariz, una
inca. "Percebemos que Michael estava tendo dificuldades no terccro tempo à
eu the disse que fosse um chamariz e atraisse os outros jogadores”, Jacks
disse aos repörteres ap63 0 jogo. Imagine isso: pedir 20 maior jogador de todo,
08 tempos para que fosse apenas um chamariz, colocar o time acima de seu
próprio ego € agenda. E Michael ez iso? Sim. Após 0 jogo, o técnico Jackson
dise: “Michael fer um grande trabalho ao desempenhar seu papel eassim abrir
«spago para seus colegas”. Isso funcionou? Sim. O Bulls venceu por 129 a 123
na prorrogasio. Michael Jordan foi um grande membro da equipe porque
colocou a causa dela em primeiro lugar.

Algumas vezes mudangas de ütima hora sio sugeridas no culto. As vezes,
uma música sobre a qual alguém trabalhou muito, € retirada completamente
da programagio. Vocé € flexfvel quando isso acontece ou fica ressentido? Está
mais comprometido com sua propria agenda do que com a causa? Agora, como
um lider vocé obviamente nfo quer criar o hábito de cortar cangóes de última

hora porque isso pode frustrar os seus colaboradores, mas se isso acontecer, &
um bom teste de caráter

‘Amasai era um soldado que estava comprometido com a causa. Em |
Crónicas 12.18 ele fala em nome de seus homens e diz ao Rei Davi “Nós
somos tes, 6 Davit E contigo estamos, 6 flho de Jess! Paz, paz ja contigo!
E paz com os que te ajudami”, Em outas palaras, ele st diendo a Devi que
o está apoiando todo o tempo. Ele acredita em sua causa, está comprometido
com a equipe, Iso soa como música ao ouvido de um líder. O wa Ider de
minlstrio sabe que vocd está comprometido com a equipe? Quando foi à

a vez que voot disse isso a ele? Voc o apoia assim como à sua causa? Voc?
está colocando a miso da equipe acima de sua própri agenda?

80

Rory Noland

2. O membro de uma equipe está comprometido com

a salu de conflits de rlaonamentos

Resolver conflitos de relacionamento de uma mancira bíblica € funda-
mental para a unidade de uma equipe. Se cada membro da equipe assumit a
responsabilidade pela unidade dela, a equipe ré “pensar a mesma cosa, ter ©
mesmo amor, e ser unida de alma, tendo o mesmo sentimento” (Fp 2-2).

Unidade € importante para Deus, e náo éalgo para ser encarado leviana-
mente. Devemos "nos esforgar di

sentemente por preservar a unidade do es-
pirito no vínculo da paz” (Ef 4.3). Iso náo acontece sem que pessoas tratem
suas diferengas. Isso náo acontece sem que as pessoas coloquem de lado seus
egos € constantemente considerem umas ás outras superiores a si mesmas.
Quando Salomio dedicou o templo, os sacerdotes salram do Santuário, “inde
pendentemente de suas divides” (2 Cr 5.11). les todos deixaram seus egos à
portae estieram diante de Deus náo de acordo com a posigio ou a condigio
de cada um, mas unidos como povo de Deus. Eles tiveram um tempo de
adoragio muito poderoso naquela cerimónia, € as artes desempenharam um
papel de destaque (es. 12-13). Essa passagem também nos mostra que a unida-
de € um testemunho poderoso da presenga de Deus. Na verdade, a presenga de
Deus era tio forte nessa dedicacáo, que o povo estava literalmente caindo no
chio. E tudo comegou com o povo se unindo. Nunca pense que a unidade €
algo opcional. Ela € exigida, se queremos fazer qualquer coisa juntos em nome
de Deus.

Unidade é também um testemunho poderoso para os que sio de fora.
“Quo bom e agradável € que os irmios vivam em unio!” (SI 133.1). Se hou-
esse um grupo de artistas que honrasse a Cristo, que se relacionasse bem uns
com os outros e que verdadeiramente amasse uns aos outros, o mundo sentaria
€ notaria. Porque esse tipo de coisa náo acontece lá fora. Eu digo para fossa
orquestra que somos a testemunha mais visível de unidade de equipe que a
igreja possui. Somos uma colegio diversa de idades, grupos érnicos, habilida-
des, históricos e temos qué tocar juntos e nos relacionarmos bem uns com os
outros. Se podemos nos relacionar, qualquer um pode. A nossa unidade €
freglientemente um testemunho mais poderoso que a nossa música.

Conflto, no entanto, € ncvitável sempre que houver pessoas 20 redor.
Conflitos näo me aborrecem. Na maioria dos casos eles sio uma indicagio de
que ás pessoas estáo juntas, em comunidade, e aprofundando seus relaciona-
mentos. Quando isso acontece, arios freqlientemente ocorrem. O que preo-
cupa-me, coutudo, € se estamos resolvendo os nossos conflitos de relaciona-
nento de uma maneira bíblica. Em Mateus 18, Jesus esboga um procedimento
para a resolugáo de eqnflitos de relacionamento. O primeiro passo sempre € ir
diretamente & pessoa com quem estamos em conflito e conversamos (v. 15).

a

O Coragáo do Arista

Js nfo gosta dese co

Ese que inem sempre iA mia de nado pda de lc
do vulnere de die a algue que ce os feria. Auto de nts hes
Pos vans dt inn na mu confiant Encno, y

resolver nossos conf
aprender como hos
Eos muitos de e do 0 fo de wt
Ve (0 náo É apenas restaurado, ele ¢
as muito Freqientementa,

de relacionamento de uma
mancira apropriada, o relacionament

yorum enconto.m
‘Prana Pers queso, conce novamente crol

Aé ajudar a mediar o conflit (+. 16) 5,

dog más mars ue posar dr a mel o nl 1) 4
mea a rene “vols resolver seu conflit (: 17)

+ do um membro de uma equipe que está ofendido näo vai dien

Le que curo a fensa oralmente derruba 0 grup. E ei

mente ao membro que causou a fes, eden ro Eu

ico, € errado para nós ir à alguém ql jn
do ee a confio. Muitos de nés, por alguma razáo, pensimoy
aaa nesses do proceso da resolug do confio, conforme descrito

ce a e pt rats u nda Ai

em Mateus 18. Pensamos q menos és Pea
que é melhor náo confrontar as pessoas com as quais estamos fio e

dsd zu unto vai crescendo dentro de nés. Pensamos
a essa amargura € ressenimo ES
A 0 pues em cane om oor ape de dió 4
‘Stamos tendo com fala ou cicrano, mas nunca vamos direto à fonte. Somos
ad por difamaçäo ou fofoca. Mesmo se o que dizemos € verdadeiro,
ainda éfofoca. Se éfilko, € difamagio Se náo formos diretamente à pessoa com
{quem estamos em conflico, náo devemos ir a ninguém mais e envenenar sua
Opinio com gi à ca pesos. Powis 17. nos diz que alguém que fr
fofoca e difama, ou renta fazer o papel de intermediário, pode arruinar até
mesmo a melhor das amizades. Isso também diz respeito a conflitos que exis-
tem entre os membros de uma equipe. Se vocé tem um problema com seu
ministro de música ou está insatisfeito pelo modo como as coisas estäo indo
para voot, no seu grupos vá diretamente a ese líder em vez de falar dele por
trás. Na cena do inicio deste capítulo a primeira pergunta de Al, quando ele
estava conversando com Stewart deveria ter sido: “Vocé já falou com a Marle-
ne?” Sea resposta fosse nao, Al precisaria dizer: “Stewart, ficarei feliz em con-
„yersar sobre isso com vocé depois que vocé conversar com a Marlene. Voce
precisa ir diretamente à cla e resolver esta questio. Na verdade, gostaria de
estar acompanhando o proceso a partir de agora e depois de alguns dise veri-
ficar se vocé conversou com el”. Al pensou que suas intengöes fossem boas,
= yo nn deste conflito, ele estava causando mais
10 do que bem. eu sei que tudo isso € muito mais fácil quando se fala
do que quando se az. Ni ee

o € Fil confrontar alguém que tenha nos machucz-
de No fi der "Ea gui chateado com ho Po m

&

Rory Noland

peico?” Nao € facil admitie que nossos sentimentos foram feridos, Na maioria
das vezes, quando isso acontece comigo, minha primeira resposta € dizer para
mim mesmo: cresga, pare de ser uma crianga. Enquanto isso, posso dizer que
meu relacionamento com a pessoa que me ofendeu está sendo afetado. Con-
frontagio näo € fácil. Nós podemos adit-a, podemos negar que estamos real-
mente feridos, podemos fugir, podemos até tentar agir como bons cristios €
fingir que nada está errado, mas esas coisas nfo curam nem mesmo a menor
das rachaduras de um relacionamento rompido. Se etivéssemos todos com-
prometidos em solucionar conflos.de relacionamento como Jesus ordenou,
nosss equipes nio estariam atoladas em fofocas, em difamagäo e contendas.

No inicio de meu ministéio tive uma experiéncia que slidificou para mim.
a importincia da unidade em equipe, Tínhamos um casal de membros que csta-
va tendo problemas de relacionamento. Eles náo se davam bem mesmo. E por-
que sentavam-se um do lado do outro no ensaio, o ar ficava carregado com
tens o tempo todo. Observei o por algumas semanas € percei que sua pro-
funda hostlidade nao ri se resolver por si mesma. Enquanto iso, ela se tornava
muito dbvia para todos e ara ferindo o moral de nossa equipe. Coloquei os
dois membros de lado separadamente € os encoraje a resolver suas questöcs da
maneira descrita em Mateus 18. Entio aguardei por mais algumas semanas. Mas
o houve movimento de nenhuma ds parts. E eu tive que fre algo. Conver-
ei com eles individualmente e pedi que se encontrassem em meu escricório aps
6 culto de domingo. Voc? pode imaginar a surpresa deles quando perceberam
que estavam se encontrando näo apenas comigo mas um com 0 outro, E ficou
inda mais desconfortável para eles porque disse: "amigos, tenho estado atrás de
vocés há algumas semanas para resolverem esse confio Sbvio de acordo com
Mateus 18 € no tenho visto esforgo da parte de vocs paraiso, Estou saindo
agora eno me importo se isso vai levar algumas reunióes como essa, mas vocés .
fo resolver isso”. E eu si. Näo sei quanto tempo demorou para que comesas-
sem, mas quando volte eles estavam conversando, Ambos expressaram sua rava
+, por fim, pediram desculpas um ao outro. Safram com um melhor entendi-
mento um do outro. Para resumit, les haviam resolvido seu conflto. Ambos
admitram para mim mais tarde que haviam crecido em lares nos quais os con-
Aitos de rlacionamento eram tratados com gritos, beros « portas baidas e ou-
ros jogos como esses. Esta havia sido a primeira vez que eles se dispuseram a
resolver um confio de uma mancica saudável,

Se queremos ter um grupo de artistas audáveis, devemos aprender a como
resolver os conflitos de uma mancira bíblica. Neste momento em sua vida há
qualquer relacionamiento rompido que vocé precisa emendar? Há alguém com
quem vocé está tendo problemas € precisa conversar a respeito? Há algum
<onflito que vocé precise encarar

O Coragáo do Artista

3. O mémbro de uma equipe encoraja e apoia seus colegas

‘Quando tratase de artes na igre, precisamos cultivar um ambien,
seja encorajador, doador e colaborador, Iso € parte do que si
artistes, especialmente os artistas com quem servimos. Muitos de n

TS que

5050 ty,

dificuldade em encorajaraguém cujos dons náo aprsentem amcaga ao ny
lugar no miniséro, Nosso cardter € verdadeirament provado quando ay
mos Aqueles que dim o mesmo dom que temos. Vocé pode encoraar since.
mente luar por alguén que tenha os mesmos dons que voct ten? Oy
test de carter acontece quando alguém recebe as oportunidades que goss
amos de er recebido Talvez sj solo que gostarfamos de camaro papa que
gostariamos de represents, ou a oportunidade de gravagdo pela qual aguas.
vamos. 1 Coríntios 12,26 diz que: “se um membro € honrado, com ele tg,
se regozjam". Vocé pode se regoijar por alguém que receba as oportunidad,
que vocé queria receber?

Na Willow Creek, cu adoro quando vejoalguém do nosso grupo de e
tro que náo está escalado para uma atuagäo naquele cult em particular, ence
rajando seus colegas de equipe que esto prete a subi no palco, Adoro quan.
do vejo um dos nossos mais expe

entes vocalistas aguardando atrás do pale,

para cumprimentar un novo vocalista ap6s seu primeiro solo, ou um tech
aplaudindo os esforgos de um outro edad Vocépescebe 0 quio aro mo +

no mundo? No mundo

se ouve de artistas que encorajam uns a0s outro
14 tudo € muito competitivo e cruel. Alguém que tenha um talento quese
destaque com relagio ao seu, € olhado como uma ameaga. Näo deve ser asin,
ma igreja. Ao invé de competirmos uns com os outros, precisamos coopera
uns com os outros para “encorajarmos e edificarmos uns 205 outros” (1 Ts
5.11). Precisamos estimular uns aos outros ~ mesmo
Iham dos mesmos dons conosco,

Eu costumava jogar raquetebol tré vezes
compecitivo. Na verdade, er to com

aqueles que compari-

or semana e era extremamente
pettivo que fcava constrangido em maits
‘cases. Odiava perder e ficava com raiva quando jogava mal. Ficavs de mas
humor se perdesse e tratava mal meu oponente. É desnec
‘fo era uma companhia agradável
‘esporte após um tempo. Ti
estava ficando fora do cont
‘minha competi

pi essrio dier que cu
Para jogar e que eu náo apreciava mais este
ve que parar de jogar porque meu temperamento
role, Foi quando Deus mostrou-me que,

por trés da
de, havia um desejo orgulhoso e obscuro de

dominar e

|

E die dit Eu dire 1. dé

atamente a peso que pr
quejogamos: "Boa jgada!

devo acres

siiva. Conseqúientemente centar que, desde que comecei a jogar

ou atitude, meu amor pelo raqueebol eed volando. Quer pera
ou ganhe, cu estou gostando de jogar novamente

Na igreja, nós artistas, pı

trot: Provésbios 3.27 nos dia: “No te Furt a fazer o bem a quem de dino
sande na tua mio o poder de fazt-lo". Todos os atinas precisam de
sncorsjamento. E € errado de nossa pate se nos furtarmos de apolar uns ans

Outros por qualquer razño. Em sua vida agora mesmo, há alguém que preciso
ser encorajado? £

4.0 membro de uma equipe náo se apega ao seu Dom
No inicio deste capítulo,

am ser usados. Quando as coisas náo vio do seu jeito, ele faz um bico e fica
chateado. Ele € exigente em vez de submisso. De tempos em tempos eu cruzo
com um artista como Stewart. Eles estio dizendo "nio
«talento a menos que meu dom se}
deveria ser usado”.

Um técnico da NBA, Pat Riley die: “Fazer o seu melhor para a equipe
sempre tard alguma coisa boa para vocé. Iso significa crer que rudo o que
‘voce merece irá, por fim, chegar até voc8. Vocé náo tem que se agarrar a isso.
Voct náo tem que forgar isso, Isso simplesmente virá a vocé atraído pela cor.
renteza, num movimento conseqüente de seu trabalho duro”?

Especialmente se Deus está no proceso, eu penso que vocé pode dizer
com confianga que boas coisas viräo a vocé se trabalhar duro e náo tentar
forgar iso. Se seus talentos e habilidades sio de Deus, a quem realmente cles
pertencem? A Ele, Eles slo emprestados a nds temos que ser mordomos fis
deles. Assim sendo, podemos abrir mio dos nossos dons e deposirá-los aos pés
de Jesus para que possam ser usados para edificar Sua Igreja conforme a Sua
vontade.

vou dar do meu tempo
ja usado exatamente como cu penso que

O Coragáo do Artista

Há uma atitude de submissio no Salmo 123.2 que toca-me profund,,
mente toda vez que o leio: “Como os olhos dos servos esco fitos nas máos y,
seu Senhor, eos olhos da serva nas mäos de sua senhora, assim os nossos oy,
esto ficos no Senhor, nosso Deus, até que se compadega de n

Imagine o artista servo dizendo: “Senhor, estou olhando para Ti para que
me mostres o que gostarlas que eu fizesse com meu talento”. Precisamos cols.
‘ar nossos dons e talentos dados por Deus no altar em total submissio à Sy,
vontade, Quando colocamos nossos dons completamente nas mios de Deus,
confiamos Nele sobre como cles seräo utilizados, podemos estar em paz «se.
vir com um coragio alegre. Somente entáo poderemos ser verdadciramente
membros de uma equipe nio nos apegando aos nossos dons aspiraçüs, Voce
submeteu totalmente seus dons e talentos ao Senhor? Vocé abriu mio del,

5. O membro de uma equipe tenta trazer uma personalidade

saudável ao seu grupo

‘Uma das melhores coisas que vocé pode fazer aos membros de sua equipe ¿
teazer-the uma personalidade saudável. O que significa trazer uma personalidade
saudével ao grupo? Primeiro isso significa tentar ser saudável fisicamente, Em
alguns círculos crstios, & de bom tom trabalhar-se demais ae a exaustio; ¿um
tipo de emblema de honra. Mas, o que realmente acontece na maioria das vezes,
€ que estamos tentando impressionar uns aos outros pelo modo duro como
abalhamos mostrando quío importante nds pensamos que somos. Eclesastes
4.6 diz: “Melhor é um punhado de descanso do que ambas as mios chcias de
uabalho e correcatris do vento”. Descanso é importante. Nao há problema em
obter o descanso que seu corpo necessita. Muitas pessoas näo conseguem des
cansar o necessário náo porque acordem muito cedo, mas porque vio para à
‘cama muito tarde, Precisamos trabalhar duro para o Senhor, mas näo nos ego-
tarmos. Muitos de nds estamos na melhor forma quando estamos ben descansa
dos. Através dos anos aprendi a näo agendar compromisos até tarde na noite
anterior ao grande culto dA igrja, porque cu sei que o meu grupo precisa de
mim alerta descansado, Essa € uma das manciras através das quais cu poso
uazer uma personalidade descansada para o grupo. Exercício regular e sensibil
dade na alimentagto também contribuem pata nosso bem-estar fisico. Temos a
tendencia de subestimar a quantidade de energia necessária para vivermos uma.
vida cristá ativa e zelosa ou para sermos um cönjuge atencioso, ou um pai
participativo, Entáo nos questionamos porque estamos cansados todo o tempo.
Exerceio e uma dieta saudävel geram energía de que todos necessitamos para
vive a vida na sua plenitude. Voct es comendo regradamente, se execitando
regularmente e tendo o descanso necessirio?. "

‘Teazer uma personalidade saudável ao grupo também significa tencar ser
saudável espiritualmente, Durante o primeiro século houve uma fome tere

86

er les earam num lugar tho bom
expifialmente que dar oi oi parace desp dema molta
vost sá caminando com o Senbor are Quand

div emocionalmente. Näo podemos controlar a circunstincis que afetam not.
us emogós, mas podemos fer maria plo no bemos aroma von
do relacionamentos significatives, lidando com a dor € com o confio de uma
smantirasaudivel. Voct tem relacionamentossignificacwos? Está prestando aten-
o As suas emogdes lidando com cas ou as está reprimindo? Esch lidando com a
dor eo conflit em sua vida ou está sobrevivendo 20 negi-los ou escapar del?

Muitos aristas näo tém o hábito dese cuidar, Mesmo se somos saudáveis
numa ärea, podemos ser terrivelmente deficientes em outra, Näo descansamos
‘onecessério, náo comemos e fizemos exercíciosapropriadamente, nosso mundo
emocional € uma bagunga, ou temos a tendéncia de sermos preguigosos espici-
tualmente. Atletas cuidam de si mesmos fora das quadras e campos a fim de
que possam atuar bem neles. Assim € conosco, Näo pense que sua vida fora do
ministério náo tem influéncia sobre ele. Quando voc? e eu tentamos descan-
sar, nos exercitarmos € termos nosso tempo devocional regular, estamos fazen-
do algo que náo € bom apenas para nös mesmos, mas bom para nossa equipe €
muito bom para nosso ministério. Uma pessoa que € saudivelfisica, emocio-
nal e espiritualmente, lida melhor com a pressio. Está mais apta para lidar
melhor com as decepgöes e com os fracasos. Tem a tendéncia de murmurar e
tedamar menos e náo € competitiva ao extremo. Uma personalidade saudável
sempre contribui para uma equipe sadia.

6. O membro de uma equipe náo se importa com

quem vai receber o crédito ou a glória

Se voce realmente cré na causa de sua equipe, € importante quem vai rec-
ber o crédito ou a glória? É mais importante que vocé receba o crédito ou que o
trabalho sca feito? É típico de nés querermos reccher todo o crédito e glória por

87

rey

O Coragáo do Artista

algo que tenhamos feito. Mas se vocé olhar mais detalhadamente, há quase sem.
Pre uma motivagso doentia de autogratficagdo por trs deste descjo. Em muita,
casos, hd um anseio por atengäo que nos leva a buscar os holofotes. Em nenhun,
‘outro lugar isso € mais presente do que no mundo das artes.

¡Nós artistas nig gostamos quando alguém recebe o crédito por nossos ea
bathos ou por nossasidéias. Queremos que todos saibam que merecemos stay
debaixo dos holofores. Uma vez Michelangelo ouviu uma conversa de alguns
turistas na Catedral de Sio Pedro observando sua famosa Piet, a escultura de
märmore de Maria segurando Jesus crucificado em seu colo. Eles estavam ten.
rando saber quem era o artista que fez aquela obra. Após ouvi-los aribuirem sua
obra a outros artistas, Michelangelo voltou, no meio da noite, € 20 redor do
manto que envolvia Maria, em letas garrafas ele esculpiu: “Michelangelo
Buonarcoti de Florenga fe isto”. Est foi a única obra que ele assinou.

© rei Davi quis muito consruir o templo para Deus, Ele pöde vislumbri-
lo, Na verdade, ele foi idéia sua. Mas náo era vontade de Deus que Davi o
«construíse. Ele queria que o filho dele, Salomäo, construísse o templo. Além
de nao tera oportunidade de construir o templo, Davi sequer viveu para vélo
construído, Outra pessoa fer isso. Outra pessoa recebeu o crédito € toda a
glória. Como Davi respondeu? Ele ficou com raiva e amaldigoou a Deus? Fi-
cou amoado e deprimido? Teve raiva de seu filho e menosprezou seus esforgos
para construir o templo? Näo. De fato, ele ajudou Salomao a coletaro material
necessärio para construgäo do templo (1 Cr 22). E ele fez isso com indiferen-
a? Näo. Fez o seu melhor dentro de sua habilidade. Ele deu tudo o que tinha.
Deu inclusive financeiramente acima e além do que já havia dado (1 Cr 29.2-
3). Fez isso com amargura? De jeito nenhum. Ele estava alegre ao fazer estas
coisas por causa de sua devoçäo (v 3). Ele comprometeu-se com isso e fer tudo.
que pode porque a construgäo do templo era mais importante do que quema
faria, Isso € ser membro de uma equipe.

As vezes, ficamos todos incomodados quando alguém recebe o crédito
que desejamos ou toda gloria que cobigamos. Um homem sábio certa vez dis-
se: “E incrível o quanto pode ser alcangado se ninguém se importa com quem
recebe o crédito” É sempre emocionante desempenhar um papel, grande où
pequeno, em qualquer equipe que eseja fzendo algo grande para Deus. Nio
importa realmente quem recche o crédito ou a glória, importa?

Apenas uma rápida palavra Aqueles dentre nós que estío na lideranga
‘nds realmente precisamos monirorar iso de um modo que näo caiamos em
extremos, Se 0 crédito está sendo constantemente atribuido de maneira cra
da, isso pode ser muito desmoralizante. É verdade que Deus vé em secreto.
Mas €0 lider síbio e sensível que se certifica de dar o crédito As pessoas apro-
riadas. Algumas pessoas näo estio em busca de exposigio ou de reconheci-

88

Rory Noland

mento público. Ela apenas querem ser agradec
uit. Asin endo, amor ey een ae ee
7. O membro de uma equipe tz todos os
seus dons espirituais parao grupo
Tenho visto muitos artistas nepligenciando seus outros dons espirituais.
ista que também tem um dom de misericôr
Pastorca, ou evangelizar? A equipe está incom-

“ 14.26 pinta um quadro lindo destes dois em
ago plena: “Que fazer, pois irmios? Quando vos reunis, um tem salmo, outro

doutrina, este taz revela, aquele outra língua, e ainda outro interpretagio,
Seja sudo feito para edifico. Ha uma enorme varicdade de dons espias
precisamos buscar oportunidades para usa ete dons toda vez que a equipe se
reine Por exemplo, ensaio é mais que apenas prática, É ainda outra oportunida«
de para usarmos mossos dons espirituais e edificarmos nossos companheirasar-
dias. Mesmo que vocd ache que nio precisa ensia, voc? sempre necesia da
omunhio ca comunhäo necesita de vocé,Sevocé temo dom do encorajamento,
pode vira um ensaio procurando alguém para encorÿar, Se tem o dom da ajuda,
vock pode estar atento a alguém para servi deste modo, alguém que posea estar
sentado 20 seu lado no ensaio. Ao invés de perguntar “o que eu recebo com
isso", deverfamos perguntar “e que posso dar”

leu sem estes dons, 1 Corint

Hebreus 10.24 nos diz para “considerarmos também uns aos outros para
nos estimularmos ao amor € As boas obras”. Iso faz parte de meu trabalho
‘como membro colaborador de uma comunidade de aristas que funciona de
acordo com principios bíblicos. Devo estimular meus colegas artistas a que
alcancem novos patamares cspirituais. Na próxima vez que vocé estver indo a
um ensaio, pergunte a si mesmo: “como posso usar meu dom espiricual hoje
para estimular meus colegas artistas espiritualmente” ou "lá alguma coisa que
eu poderia fazer ou dizer que beneficiaria alguém na equipe?”

8. O membro de uma equipe vé seu papel como valioso,

io importa o quäo pequeno ele seja

“Toda grande equipe tem membros que sabem seus papéis e os desempe-
‘aham bem. Eles estáo satisfeitos em fazer essas fungóes porque sabem que se
néo fizerem, o grupo näo funcionará como uma equipe, Os melhores líderes
sio aqueles que ajudam seus membros a identificar seus papéis eos estimulam
a serem bem sucedidos neles. Alguns sio mais de bastidores que outros, Al-
guns sio mais proeminentes que outros. Mas, o membro de uma equipe que €
maduro, sabe que ch nie pode funcionar sem que todos os membros exam
desempenhando seus paps da melhor mancia poste Sex conil saber
que podem contar com voct ~ é um sinal de carter. O jogador de futebol que

9

O Coragáo do Artista

vara le eee odas a tenes. Mas le sabe, como ninguém mis qu,
tend taba em equipe sabe, que o nao era pose sem os aque
Blogueando e cargando piano por ele, lo € 0 que significa taba e
squipe. Na igrea, näo hi mínimo denominador comum. Náo há perdedor,
Näo hi papel que sea sem imporinci eno há wabalho que sj trivial Cag,
um denés desempenha um papel vital sem o qual equipe no Poderi fans
far com sucesso, 1 Corintios 12.22-25 di: “Pelo contráio, os membros vs
corpo que parecem ser mais fracos sio necesi, E os que nos parecen os
menos dignos do corpo, a ete damos muito mais honra. Contudo Deus ca,
ordenou o Corpo concedendo muito mais honra quil que menos tna paa
que náo haja diisio no Corpo. Pelo contrrio, cooperem os membros ton
igual cuidado em favor uns dos outros”,

Isso näo significa que estjamos tdo limitados a um papel a ponto de nio
Sstarmos dispostos a ajudar com algo que eseja fora de nossa área, Quando
alguém na equipe necesita de nossa ajuda, nds näo podemos dizer iso nto
minha taefa” ou "isso náo € meu Dom”. Precisamos dar nossa contribuigt,
quer isso faga parte do nosso trabalho ou náo.

Participe do inicio de duas irejas e lembro-me, com muita saudade, do
senso de equipe que a maioria dasigrejas experimentam em seus estigios ini
ais de formagäo. Naqueles dias todo mundo se engajava ajudava e aria o que
fósse necessirio para ser feito. Eu mesmo ajudei a levantar as paredes des
Primeiros escriórios da Willow Creck. Nao tenho habilidade e nio sou confivel
om um martelo € com pregos. Assim sendo, tudo o que me deixaram fazer foi
Sjudara segurar o muro, Escava fora de minha zona de conforto, mas aparec
para ajudar. Desempenhei uma parte fora do papel musical que, embora fos
muito pequena, era necessára. Eu era parte da equipe e fiz o meu trabalho,
Estou falando do instrumentista que ajuda uma equipe de produgio a des
montar 0 palco, ou do vocalista carregando um holofote, ou do membro da
‘equips de teatro levando estacas, ou do dangarino enfileirando as cadeias sso
€ © que significa trabalho em equipe. Agora, 6 que vocé deve fazer se está
infeliz com o seu papel ou se näo tem uma idéia clara do que deve fazer rel.
‘mente no grupo? Eu sugerria a vocé que conversasse com o lider de sa equipe
sobre isto agora mesmo. Se nio o fier vai acabac frustrado, amargurado €
ressentido, Nao deixe que iso acontega a voce. Se est confuso ou decepciona:
do com relasáo 20 seu papel na equipe, por favor converse com o seu lider.

9. O membro de uma equipe submete-s à autoridade
.. Submeterse à autoridade pode ser difícil para alguns de nés, Nós artistas
ao gosamos de ninguém dizendo o que fazer. Mas supondo que seu
„She pega para fazer algo contrrio à vontade de Deus, vocé tem aresponaabi
d:. Midade de submeter-e à sua lideranga. Hebreus 13.17

s

. Rory Noland

guias € sede submissos para com ees pois velam por vossa almas como quem
Sere rear contas para que an com segs o gemend ore
info aproveita a vós outros”. Submeter-se à autoridade da igreja € um sinal de
daráter. Vocé pode achar que seu líder estja errado ou seja incapaz ou mesmo
inapropriado para liderar, mas nio aumente o problema sendo imaturo com
och mesmo. Tenho viso pessoas to atadas por cosa tio pequenas. E visto
pessoas deixando igrejas por questöcs mínimas. Obstinagio nao € uma virtude €
a mesquinhez näo está se tomando uma. Náo seja um espinho para líder, Se
oct discorda dele ou nfo gosta de algo que ele este fazendo, vá e converse com
esta pessoa. Se ainda assim discorda, ore para que Deus mude a mente dele ou a
sua. Mas se nada mudar, vocé ainda assim tem de submeter-se e cooperar com
esta pessoa ria liderança. Quando um lider pede a voce para fazer algo, näo
demonstre descontentamento. Iso imaturidade. Quando um lider pede a voce
para que mude algo com relagio à sua arte, ou que mude a tonalidade de uma
música, ou que se vista mais conservadoramente, no reaja com agresividad.
Devemos ser maiores que iso € nos submetermos graciosamente

10. O membro de uma equipe náo perde sua

autonomia ou sua identidade artística

Isto pode soar como que contradizendo tudo o mais que foi dito, mas
110 € sim. É importance paa o ana nose ngoido completamente por
sua equipe. Quando perdemos a autonomia, nós paramos de assumir respon-
“abilidades por nós mesmos. Tenho visto muitos arista tentando perderse na
multidio e náo assumir responsabilidades pessoais pelo desenvolvimento de
seus dons e pela saide de suas almas. Tenho visto muitos artistas escondendo-
Se atrás da reputagio espiritual do líder e náo assumindo a responsabilidade
por sua caminhada com o Senhor ou pelo pecado de suas vidas. Estou falando
de membros de corais, por exemplo, que näo assumem a responsabilidade de
Seus dons ou de sua vida espiriual de maneir sera, pensando que estas coisas
podem passar desapercebidas quando sio pare de um grande grupo, Será que
2 pessoa nfo sabe que isso faz diferença para uma equipe? Há um lado de se
atita que & oliário. Precisamos ensaar sozinhos, precisamos escrever sori
thos ou precisamos encontrar inspiro para cria por nds mesmos. Nós e-
“mos momentos devocionais e lutamos contra tentagóes sozinhos, Embora es-
reja sentando destacar o valor do trabalho em equipe no ministéio de ates as
artes náo sáo exclusivamente um esforgo de equipe. É nossa responsabilidade
fazermos a nossa parte sozinhos.

Quando perdemos a autonomia individual também comegamos a vver
pe aprovagio da equipe em vez da aprovagio do Senhor Uma mentalidade de
E mpo estabeleida pode ser muito perigosa para uma equipe de artistas, Quando
ec acontece, nds fieamos do lado do grupo, sem questionarmos, Näo assumi-

A

O Coragáo do Artista

mos mals riscos ciaios por temor deperdermos nosaposigo no grupo, Ny,
1198 manifestamos se temos uma opinito diferente daquela do grupo. Nos torna
‘mos homens que agradam a homens, ao invés de homens que agradam a

No que Arño estava pensando quando fez mau uso de suas abilidades ar,
E fonstruit o bezerro de ouro? (Ex 3221-24). Ele eriou um ídolo para 6 pay,
adorar. Ee perdeu o senso de responsabilidade pesoal e ouviu 20 grupo em ve,
de ouvir a Deus. Ele cedeu à presäo da equipe e alu sua fe. perioso par
‘qualquer artista viver em prol da aprovagio de outros e para de escutat a Deas

PAGAR OU NAO PAGAR.

Um tópico que gostaria de abordar, por aparecer em quase todos o meys
semindrios, a política que algumas igrejas tém de pagar seus músicos colabs,
‘adores regularmente. Vou abordar o assunto medida em que iso diz espe,
{0 a músicos, porque isso encaixa-se em minha experiencia € vocé pode fue
aplicagdes posteriores a outras áreas das artes.

Se sua igreja está tentando construir uma equipe de aristas compromet-
dos, u recomendaria que océ no adotass o hábito de pagar regularmente à
músicos pels cults. Iso subestima sus esforgos de construir uma equipe Pr.
mere de do, se voce est ensinando que todo papel na sua equipe € import.
15, que todos os membros precisam colocar a máo na mass pelo bem-comum e
da assim vocé paga algumas pessoas mas náo todas, iso € uma contradiose
Brn segundo lugar, iso culta as modrags, Eso servindoa ete grupo porque
iso £o que Deus está me chamando para faze le quer me usar ou porque os
bem pago? Em tercero lugar, ss ere o moral de

precedente nas Escriurs para pagamento da eq
Cr 9.33), nio há precedente para pagamento de voluntí
‘novo sacerdécio de cisos todo mundo faz o trabalho do mi

Io, An conri, que cu mais rcebo so lignes de ministros de música que
berdaram minsério nos quasa pre de pagamento voluníri replica
rem sido establecida por anos, e que agora esto experimentando todo pa de
confitos a medida que tentam expandir seus ministéios, evar seus mas à
um nivel maior de comprometimento. Pesoas remuneradas mo sumantanı à
‘compromisso, Saber que Deus está chamando alguém para o ministerio o wars
mais comprometido, Os dias de músicos meramente profsionas na gra cso
contados. O dinheiro pago a cles pode até ser bom por um lado, mas aso serve

. 2

30 músico de mancira propriad. Iso 0 impede de

© impede de participar plenamente em
qualquer igreja porque cle sempre vai estar esplhado Las pasaran ño pode
servr a dois metes (M 6.24). Voce näo pode colher ox beneficio plenos de
servir na comunidade se vocé nio

Siver comprometido com uma gra.
Na Willow Creek, n6s contracam
os gulos de Natal de Pi

seas dns. Fara muito caro paga todas os músicos que cu rio que Deus que
enviar para a nossa equipe. Em outra palavras, Willow Creek nao pode pagar
pel po de miniériode música que eu penso que Des quer que eames 5
voct está pagando músicos, seu miniserio de música irá ser to grande quanto
sua capacidade de pagar. No quero que o número de músicos envolvidos em
nosso ministério seja limitado pelo dinheiro. Eu quero que o Senhor esteja livre
para traer para o nos ministéio o número de músicos que Ele quer

AA HISTORIA BEM SUCEDIDA DE UNA EQUIPE DE ARTISTAS

¡Quero concluir contando ums história da Bíblia a respeico de um grupo de
artistas que fizeram algo grande para Deus. Em Exodo 35, Moisés conclamou o
poro de Israel para que juntos construissem o Tabernáculo. O poro ficou tio ~
entusiasmado com a oportunidade de fazer algo grande para Deus, que doou muito
dinhiciro em material a ponto de Moisés ter que pedirle para parar Entio Moisés
chamou os artistas dorados, reuniu-os eos dividiu em equipes € deu a ces ares.
Houve uma grande atengáo para os detalhes. À Bíblia gasta quatro capíclos des
crevendo o trabalho artístico envolvido na construgio do Tabernáculo. Quando
tudo Éstava pronto, uma nuvem representando a majestade de Deus éepousou
sobre cles e a Sua glöria encheu o Tabemiculo (Ex 40.34). Vocé pode imaginar
como estes artists se sentra? Ele haviam trabalado juntos como uma equipe e
‘onquistaram algo grande para Deus El havia abengoado as suas obra. À glória
de Deus brlhou através da arte deles. Deus ungiu sus estorgos. Que mais vocé
poderia pedir como um artist? les haviam vindo juntos como artistas para ver
9 que nenhum dees poderia fazer ozinho e Deus os abensoou!

QUESTOES PARA DISCUSSAO EM GRUPO.

1. Como grupo faga uma declaragio de miso para sua equipe.
2.Como grupo ecreva o código de ic de sua equipe ou suas marcas

* de profissionalismo. Vocé pode escrever no topo de um fip char: “Este
9 modo como fazemos coisas na equipe (cite o nome)” esugira idias

pith toda a equipe.
93

O Coragáo do Artista

Vocé pode pensar em algo que sua equipe tenha feito recentemente
va Cero de concn de rss para RAZ oque ng.
ham de vocés poderia fazer sozinho?

4, Vocé se sente parte de uma equipe, onde os membros estejam enco,
rajando uns aos outros y suficiente?

5. Qual a melhor mancira de vocé receber er
plo, verbalmente ou por escrito, com que freqln
6. Porque € dificil para a maioria das pessoas erazer uma personalidade
saudävel para uma equipe?

7. Como podemos prestar contas um ao outro quanto a sermos saudi

:ncorajamento? (por exer
etc)

veis física, epirimal e emocionalmente?
8. Alé de suas habilidades artísticas, que outros dons seus colegas tra.
em para à equipe?

9. Foi dito que comunhäo ou comunidade € arte de saber € de ser co-
nhecido. Vocé € melhor em uma, em outra ou em ambas?

10. Como seu time pode se tornar mais eficaz no ministério neste prö-

AGO PESSOAL
1. Defina seu pápel no grupo. Determine o que vocé traz para o grupo,
que apenas vocé pode trazer ~ ou sea, o que vocé faz para contribuir
para o grupo.
2. Se há alguém no grupo agora com quem voc? está em conflto, vá em
diregáo à esta pessoa e dé passos para solucionar a questäo,
3. Se há quaisquer conflitos ou sentimentos ruins em seu relacionamen-
„10 com seu ministro de música, vá até ele e dé os passos para clarear o
ambiente.

4. Oferega palavras de apoio para alguém em seu grupo que precisa de
encorajamento hoje.

5. Determine se vocé € saudävel física, emocional, espiritual e
relacionalmente, Se vocé precisa estar na melhor forma em uma ou mais
destas reas, decida que passos vocé vai dar para estar mais saudivel €
‘xcolha alguém com querí voce possa compartilhar com relagäo a iso.

CarfruLo Quatro

EXCELENCIA x PERFECCIONISMO

Îlen era uma violinista habilidosa. Ela comesou quando tinha apenas
¡Quatro anos e mostrou muito potencial no inicio. Desenvolveu-se numa

velocidade muito rápida porque amava estudar. Enquanto outras garo-
vas de sun idadocetavam brincando de cas de cta roda Mere
‘Uma de suas primeiras e preferidas memórias da infancia, € a de quando seus
pais a levaram para ouvir uma apresentaçäo local da Nona Sinfonia de
Beethoven. Tio logo a orquestra começou a tocar, ela chorou. Ela ficou hipno-
tizada pelos diferentes sons da orquestra e fascinada observando a sessäo de
violinos. Naquele natal pediu uma gravagáo da Nona Sinfonia de Beethoven €
praticamente furou o disco de tanto ouvi-a. Ellen amava o violino e amava a

len também amava aigrej. Seus pas ram crstäos e muito envolvidos
o ministério da comunidade. Quando tinha oito anos, ela aceicou Jesus como
seu Salvador pessoal. Chegou até a tocar alguns poucos solos de violino na
igreja e gostava muito de fazer isso. Mas seu grande sonho era apresentar-se
como solista numa das grandes orquesteas do mundo e gravar todos os princi-
pais concertos de violino, Ela sentia que era isso o que Deus queria fazer com
sua vida. Por fim, ganlıou uma bolsa de estudos para frequentar um conserva:

musical de muita reputagio. A competigäo no conservatóro era feroz e,
embora no principio isso fosse encorajador, Ellen perccbeu que nao era boa o.
suficiente para perseguir uma carrra-solo, Assim sendo, logo após sua forma-
‘ura, descarrou seus planos para uma carrera-solo e voltou sua atengio para a
performance como membro de uma grande orquesta. Ela formou:se e foi de
audiçio em audigäo tentando um trabalho na sessio de cordas de uma orques-
tra de expressio, Iso náo aconteceu. El foi se tornando cada vez mais e mais
desanimada. Pensou que talvez náo fosse capacitada para tocar profissional-
mente, Por conta disso, decidiu dar aulas. Comegou a ensinar particularmen-

95

O Coragáo do Artista

1%, indo à casa dos alunos, e, embora fosse dificil no inicio montar y
tela, após alguns poucos anos, tinha um bom grupo.
Elen conheceu e casou-se com Tom, um bom crisi, comprara y,
«asa, sendo que Ellen pasos a ensina em sun propria residencia, Nae
alcura, comegarama freqietar uma gra próxima e Ellen comesou a cup
oxquestra da congregagio. Quando os filhosvieram Ellen eve de para de as
atlas mas ainda esava bem envolvida na música da igieja. Em principio nn
foi um grande incentivo para ela. Interromper as aulas foi algo renovador, Ea
gostava da igrja, das pessoas eels até pediam que fiese alguns solos, o que
cla realmente gostava de fazer. Mas à medida em que o tempo passou, cla ye
sentia mais e mais incomodada em tocar na igreja. Ainda gostava da comun
dade, das pessoas e da música, mas nio estavasatisfeta com seu desempenho
musical, Sua performance náo estava à altura de seus altos padröcs. Ela abia,
do que era capaz de fazer sentia que näo estava sequer perto disio. As pesons
a paravam no hall da igreja e diziam o quio tocadas se sentiam por sua música
« Ellen lá no fundo pensava: Bem, sim, mas... € aquelas notas agudas que eu
roquei desafinadas no fim? Ela cinha muita dificuldade em deixar as coisas
fluicem naturalmente.

a chen,

Ellen começou a reclamar que náo tinha tempo o suficiente para estudar,
Ela se matriculou numa orquestra da comynidade para tentar suplementar ¢
melhorar seu desempenho. Mas sso náo acónteceu. Ela nfo reccbeu nenhuma
reclamagäo do diretor. Na verdade, ele estava tio empolgado com a sua pari
‘dpagio, que a promoveu para a primeira sessio de violins. As pessoas diziam
que era uma violinista muito boa, mas ela invariavelmente tespondia dimin.
indo-se 4 si mesma de uma maneira cómica, com uma piada. Ela se sentis
constantemente frustrada com sua performance, Vinha para os ensaios
desencorsjada e j4 derrotada. Estava decepcionada porque 0 som que produzia
‘fo era 0 mesmo da época da Faculdade, quando estudava oito horas por da,
Ela náo tinha mais estas ito horas por dia para estudar. Poderia, no mis
praticar uma hora, mas certamente no mais que iso,

A frustragio de Ellen chegou a um ponto quando finalmente parou de
tocar. Parou de tocar na orquestra da comunidade, parou de fazer solo na
igreja. No queria sequer tocar para a famila para os amigos. Ela sentí fala
isso. Mas ndo sena falta de como o toca a fia sentra respeito de si mes-
ma. Bla disse que se náo tivese tempo para estudar e se nio pudesse produit
© som que sabia que podia, nio queria tocar mais. Na verdade, o fato de tocar
havia se tornado uma fonte de iritaçäo pars ela. Estava sempre sentindose
mal consigo mesma porque para ela o som que produzia nao era bom. Estava
«convencida de que todos eram muito melhores do que ela e que no podera

56

Rory Noland

‘equiparar-se a minguém. Ela tinha altos padröes e grandes expectativas € náo
podia conviver com o pensamento de náo corresponder a esses padróes. A
majoria das pessoas a seu redor náo tinha idéia de sua luta interior. De fato,
muitas destas pessoas a invejavam porque ela tocava muito bem. Mas Ellen
estava em conflito. Música havia sido uma fonte de alegría para ela. Ela costu-
smava amar a música € costumava amar tocar. Mas agora odiava tudo isso. Toda
a algra da música havia ido embora

Ellen sentia que Deus devia estar desapontado com ela também. Sentia-
se culpada por náo estar usando seu talento mas, com toda honestidad, estava
com tava de Deus. Por que Ele no havia Ihe dado uma cara solo ou um
trabalho em uma orquestra? Por que as coisas nunca funcionaram, para ela? Se
Deus queria que ela tocasse violino, por que sua experiéncia musical era seme
pre frustrante? Sempre que tocava,

raginava Deus franzindo as sobrancelhas
em desaprovagio,

Ellen continuou a ensinar, mas alguns dizem que até mesmo as suas aulas
sofriam. porque Ellen náo era mais a mesma. Parecia haverimposto um límite
paras. Estavzirricadissima. Raramente sorcia ou dava risadas. E näo chorava

mais quando ouvia Beethoven. Parecia star fizendo as coisas por obrigaçäo.
infeliz frustrada

Questörs para DISCUSSÁO EM GRUPO
1: Por que Ellen termina sua história tio infeliz?

2. Quais sio algumas das indicagóes de que Ellen seja uma pessoa
perfeccionista?

3. Nao é bom para artistas serem perfeccionistas? Por que sim ou por
que nio?

4. Se Ellen viesse a vocé para aconselhamento, o que diria a ela?

5. Há alguma mancira de fazer com que o extremo perfeccionismo de
Ellen fosse evitado?

6. O que sera necesário para restaurar o amor de Ellen pela música?

7. Que tipo de frustraçäo espera por aqueles que conhecem ou vivem
com um perfeccionista?

8. O que vocé acha que Deus sente pelo perfeccionista?
9. Vacé já imerrompeu uma conversa arrependido por algo que tenha
dito? Voce fez isso recentemente?
10. Vocz jä cometeu um erro numa apresentagäo e ficou reprodi
- 0 repetidamente em sua mente? Recentemente?

do-

7

O Coragáo do Artista

SINAIS DE PERFECCIONISMO

Ellen sofre por ser extremamente perfeccionista. O perfeccionismo e,
das maiores baalhas dos artistas. Tenho visto muitos artists talentosey par
Ellen perderem a alegria de sua arte € desistitem. O que pode ser fea
aqueles que sofem com o perfeccionismo? Hi algumaesperanga parao,
Ellens I fora eujo perfeccionismo ira a alegra de sua art, de seu miner
Maio que aprendi a respeito de perfeccionismo veio de um lio que inf.
mente está fora de catálogo, chamado Vivendo com um Perfecionia, de Day
‘Seamands. Logo no inicio do livro, o autor eboga alguns sinais de perfeccionÿ,
mo que vou compartlhae com vocé, eu pude ver cada uma dests tenn,
pacs em minhaprpra vd, Pesclmene llendo, porcion
tem sido uma batalha de longo tempo para mim. Com ajuda de Deus, pra.
gressos tém sido feitos mas eles sío lentos e feqlientemente dolorosos. Se oes
nâo se considera um perfeccionista, talvez conhega alguém que sea, ou vi
com alguém assim. De todo modo, uma vez que tantos artistas sofrem com,
isso, nio podemos falar sobre cuidado da alma artística sem discutirmos pere.
cionismo. Quais sio os sinais do perfeccionismo? Como vocé pode dizer se
está sendo extremamente perfeccionista?

Maximizando o negativo, minimizando o positivo

“Antes de mais nada, o perfeccionista tem a tendéncia de maximizar 9
negativo e minimizar o positivo. Eu fago muito iso. Posso receber dez caras
de encorajamento e uma de alguém que esteja insaisfeito com meu trabalho,
Adivinhe qual aquela que recebe minha atengäo? A negativa. Eu ficareiinquie-
to com esse comentário negativo e farei uma tempestade num copo de igus
Ficarei reproduzindo esses comentários negativos em minha mente indeini.
damente e esquecendo do fato de que dez pessoas sentiram-se muito bem com
relagio a algo que cu fiz © que tomaram seu tempo pata escrever para mim.
Detenho-me no fato de que uma pessoa náo gostou do que fiz. Näo dere.
mos ignorar comentários negativos. Mas fazer tempestade em um copo de
Agua náo está cero.

+ Voctjé ouviu falar na síndrome do ponto? Olhe para uma foto de jornal
€ note que ela € feita de muitos pontos de nanquim. Agora observe apenas um
desses pequeninos pontos. Percebe como vocé perde o “todo”? A síndrome do
pponto é assim. Vocé comete um pequeno erro e fica reproduzindo isso em sua
‘mente, crucificando a si mesmo indefinidamente. Iso € perda de perspectiva
Em vez de olhar para o todo, vocé fica obeecado com um pequenino ponte
Para o perfeccionista, uma coisa que deu errado significa que tudo deu errado

Há alguns anos acrás fiz um arranjo de um velho hino para o culto de
ages de gragas na Willow Creck. O arranjo tinha uma variedade de eslos, à
Proposta era que fosse divertido, alegre e tivesse espirito de adoragío. Bem.

‘hum tempo que era muito lento € a banda
scguiu sir mals dele. O arranjo foi tocado

m quanto tempo isso acontecen, mas eu senti
que havia sido por toda uma ereridade, Como resultado de meu pequeno

erro, eta síndrome do ponto assombrou-me por meses. O restante do calvo
foi muiro bem, mas fui para casa deprimido por causa daquela pequena parte
do arranjo (ironicamente ohino era “Conta as béngios”). Estawa certo de que
todo o culto estava senagndo: que ev aruinara a adorasio para milhares de
pessoas e estava convencido de que havia gente indo para o inferno por conta
de me fracuso sta sofendo da sindrome do poses, Ene proba um,
bém se manifesta quando alguém tenta me encorajar. As vezes alguém me
‘cumprimenea,elogiando mas eu penso comigo mesmo: Sim, mas esta música
nio estava boa, desafinada ou algo mais nfo estava totalmente certo. Nós
perfeccionistas nunca estamos felizes com m
déncia de maximizar o negativo e minim

pegou aquele andamento e nio cons
num tempo errado. Eu no sei por.

1050 trabalho porque temos a ten-
iat 0 positivo,

O que está acontecendo com a síndrome do ponto € 0 que acontece com
muitos perfeccionistas € que temos a tendéncia de internalizar decepgöes €
Falhas de uma mancira doentia. Outras pessoas podem cometer um erro e náo
ver problema nisso, mas náo um perfeccionista. Alguns de nós cometemos um
erro eficamos completamente destruidos. E muito dificil para nés pensarmos
que fizemos uma besteia, ou que magoamos alguém. Nos punimos por causa
das coisas que lamentamos haver dito, ou coisas que gostaríamos de ter dito.
Näo podemos perdoar a nös mesmos por fazer o mais simples dos erros.

Pensamento em preto e branco

O perfeccionista € culpado de pensar em preto € branco. Algo é ou total.
‘mente bom ou totalmente ruim. Minha apresentagäo foi totalmente boa ou
totalmente ri

. Eu sou um bom artista ou náo merego sequer chamar a mim
Näo há meio termo.

Perfeccionistas tem a tendéncia de serem muito críticos. E lidam muito
duramente consigo mesmos quando falham. Como resultado, perfeccionistas
acabar enveredando no hábito de falar mal de si mesmos ou negativamente
Por exemplo: “Nao posso cantar. Nio deveria sequer estar na equipe de adora-
ño. Nio sou bom” ou “Voce vé? Eu sabia que eu tinha faltado. Eu sempre
ho. Nao sou o artista que pensei que era. Todo mundo € melhor que cu. Eu
sou muito ruim”. Vocé conhece artistas que, como Ellen, desistiram de tocar
‘ou escrever porque näo puderam corresponder 20s seus pröprios padres? Ne-
huma quantidade de estudo ou ensaio poderia deixá-los satisfitos com suas
habilidades porque eles sio os seus críticos mais ferrenhos. Como conseqúta-
cia, cam sob pressä o tempo todo. E perguntam asi mesmos porque escrever
Ou apresentar-se náo € mais divertido como costumava ser.

9

0 Coragáo do Artista

Em seu lio Fillo de Abba, Brennan Manning diz:
ame sena seguro com relagäo a mim mesmo a
ee apresentsse de manciraireprcensvel, Meu deseo de ser
ee end oe ej pe Devt. and po ra
mentale de tudo ou nada, uimerpreura a Faquea como medio
{idee inconsisténcia como apavoramento, Eu dispensava a compaixio ea
vo como resposas inapropradas. Minha percepeo rude da
pela à erda de auto-estima, € à
falha pessoa eda inadequagäo levou-me a uma p :
ee de edo de depesio «de a ade. De coco
no poe sabre Deus mes sentiments respite de mim mesmo,
Sim, me sen segur com Ek apenas quando consegui ens à M
mesmo como nobte, generoso € amoroso sem cicatriz, temores ou lágri-

mas. Bei” (Enfise no original)"

“Antigamente eu nunca

‘Auto-estima bascada na performance e náo na identidade

Vivemos numa época na qual uma auro-cstima saudävel € uma priorida
de muito alta. Na verdade, em alguns círculos € a coisa mais importante. Em
“nenhum outro tempo na hisória vimos tantos livros de auto-ajuda prometen
do fazer-nos sentir bem conosco mesmos. Ainda assim, tantas pessoas sentem-
se inferiores náo gostam de si mesmas. Manning diz: “Uma das contradigóes
mais chocantes da Igreja na América € o intenso desamor que muitos discípu-
los de Jesus sentem por si mesmos. Estáo mais descontentes com suas próprias
falhas do que jamais sonhaciam estar com as dos outros. Estäo cansados de sua
prépria mediocridade e enojados de sua prôpria inconsisténcia"2

Muitos artistas sio extremamente inseguros porque sio extremamente
perfeccionista Porque crticam a si mesmos nos mínimos erros, perfeccionistas
lutam com auto-estima. Quando chega-se ao ponto de que seu talento nio o
faz sentir-se bem ou digno enquanto pessoa, € sinal de que sua auto-estima
está muito atrelada ao que vocé faz em vez de quem vocé é, Perfeccionismo
também pode ser um caminho para os artistas fazerem com que as pessoas
gostem dele. Se as pessoas pensam que sou perfeito ou melhor do que real-
‘mente sou, elas vio gostar de mim e cu serei importante ~ assim funciona o
pensamento perfeccionista.

Expectativas altas e impraticáveis
O perfeccionista freglientemente estabelece expectativas impraricáveis €
muito altas, Muitasveze noto isso em mim mesmo. Iso normalmente acontece
om uma ms que enh serio, Quanto mais trabalho cu ena jvesdo cm
igo, maiores minhas expectativas, náo para que dé certo,
perfeito. Assim sendo, vou para os ensaos
do. Vou para o culto esperando perféigäo

mas para que sch
sperando perfecto e fico desaponti-
'efico decepcionado. Isso é diferente de

100

decepcionamos e desiludimos quando aro

à an Careira errada ou a igeja errada ou
nenhum amigo. Conheço alguns pouces artistas caja espais sab
curo cine sio tio altas que ls provavelmente nan e ca

E eu e vocé estabelecermos expectativas impratichveis, estamos prontos.
para rustragio e decepçäo a qualquer momento. É porisso que o perfor

com muitos “se to somente” Secu io somente vee di imo cf
ON Sn e
estudado com aquele professor. Se to somente tvese feito aquelaaudigio. Se
(do somente eu tivesse casado com aquela pessoa em vez desta com que case

De algum modo sentimos que todas as nossas expectacivas team sido
correspondidas “se tio somente”

Pessoas com expectativas impraticáves freqientemente acabam sabotan-
do a si mesmas. Muitos artistas como Ellen acabar parando porque nio po
dem acompanha seus préprios padróes de perfeigio. Observamos isso tam-
bém na pessoa que tenta ter tempos devocionais regulares. Perde alguns pou-
cos dias e entáo sente-se culpada por isso a ponto de desistir completamente.

Precisamos trabalhar duro eter altos alvos, mas uma performance perfei-
ta ou uma vida perfeita € um alvo impraticivel, centralizado no homem em
vez de centralizado em Deus. Eu penso que perfeiçäo deveria ser soletrada de
um modo diferente, porque perfeigäo na verdade é“perficgio”. É pura fantasia
vermos a nés mesmos como sendo perfeitos. Deus € o único que € perfeito.
Perfeccionismo € uma forma muito sutil de pecado do qual Adio e Eva foram
culpados no Jardim do Eden: querendo ser como Deus. Para aqueles dentre
nés que esperam que a vida sea fácil o tempo todo, perfeccionismo é também
uma maneira de estar no controle; se cu posso controlar meu ambiente, eu
posso proteger a mim mesmo da dor e da decepgäo,

SUGESTOES PARA O PERFECCIONISTA

Embora haja muito contra os perfeccionistas, € possivel mudar. Tenho
Algumas poucas sugestöcs baseadas no que aprendi na minha pröpria baralha
contra o perfeccionismo.

101

O Coraçäo do Artista

Saboreie o positivo

Primeitamente saboreie o positivo. Porque temos a tendéncia de

© negativo, nés, os perfeccionistas, precisamos celebrar qualquer e tod, ai
Positiva que crue o nosso caminho. Io significa no ignoramos us des cans,
de enorajamento que vm juntamente com uma negativa. Devemo ee
fs es quan eramos negativa, No há problema em sabots po
encorsjamento e guandílas ao invés de jogá-ls fora Se Deus usenos de da
Mancia especial ou se algo muito bom acontece com rela 20 nas gu
artísticos, náo há problema em celebrar o que Deus est fazendo através de bs,
Allguns de nós sentem-se inconfortáveis com isso, porque soa como se Estivdsse.
‘mos dando um tapinha em nossas próprias costas. Saborear näo € dar ‘apinhas
Sm suas própria cotas por um trabalho bem feito. E deixar que Deus dé an
sapinla em vocé po

torna-s uma ex
nos usar, porque sem Ele náo podemos fazer nada (Jo 15.5).

Em 2 Samuel 6, Davi havia derrotado os filisteus € trazido a arcı de
allanga de volta para Jerusalém. Toda a nagio estava celebrando e Davi estaa
to cheio de alegria que dançou "com todas as suas forgas (x. 14). E por que
mao? Ele estava saboreando a grande obra de Deus, da qual ele uinha tido y
privilégio de fazer parte. Davi dangou diante do Senhor com humildade «
alegría. Nao estava tomando a glória para si mesmo. Estava adorando à Deus
A esposa de Davi, Mica, näo estava saboreando isso e criticou duramente soy
marido por esta celebragáo cstranha. Mas Deus näo se agradou de sua aitudo
negativa € a amaldigoou com a esteilidade (v. 23). Assim sendo, voce ve Deus
‘fo gosta quando perdemos uma oportunidade de saborcá-lo. Ele alegrase pa
celebragio repleta de adoraçäo.

Maximizar o negativo € um sinal de egoísmo porque concentra em
‘nds € em nossos eros. Saborear a Deus € um sinal de entrega porque celebra o
que Deus nos deu e fez por nés. Para aqueles dentre nés que tém dificuldade
‘em celebraf qualquer coisa que fagamos, ese serä um passo muito diflel Mas
cle € muito importante se queremos sr artists que glorifiquem a Deus e que
sejam saudáveis. Devemos parar de desvalorizar as boas coisas que acontecem
¿quando Deus nos usa. Devemos aprender a saborear para à gloria de Deus as
‘visas boas que Ele faz em nés e através de nés,

© Minha esposa, erta ver,

mai,

+ disse-me algo muito interessante com rela
bras ares dos Amish. Os Amish toda vez que produzem qualquer uma de
bas obras artísticas propositadamente colocam um defeito em algu lugar
delas. Pode ser um pedago de linha que est fora do padcio das outras, où um
acolchoado que eseja levemente fora do centro. Mas iso € para lembrar hes
‘que apenas Deus € perfeito. Quando ensinei a respeito de perfeccionismo para

102

Rory Noland

rosso grupo local há alguns anos atrás, quis dara el
fe rm eel ae
ns 2 em nós e através de nós. Que
asset wo positivo. Minha eficiente asistente de muitos an
Lisa Mertens, candidarou-se graciosamente a fazer em ponto cruz a fase “a
boreie isso” para todos na equipe € colocou cada uma delas numa bela moldu-
ya. Mas, assim como a tradigäo Amish que lembra-nos a fragilidade humana,
ea colocou um pequeno erro em cada um dos trabalhos, Ela propositadamen-
te nfo acentuou o “i” do isso para lembrilos que apenas Deus € perfivo.

Deixe Deus ser Deus. Somente Ele é perfeito. Essa € uma das razóes por
que nés © adoramos e nio a nds mesmos. Os aristas que lutam em busca da
perfigio estío correndo ars do vento. Iso € vaidade, Nés nfo somos perfel-
tos - nunca fomos € nunca seremos, Paulo diz: "Nao que eu o tenha já recebi-
do, ou tenha já obtido a perfcigo; mas prossigo para conquista aquilo para ©
que também fui conquistado por Cristo Jesus" (Fp 3.12). Em outras palavras,
ale está dizendo: “Pessoal, no sou perfeito. Näo cheguei lí”. Ele está certo.
“Apenas Deus é perfeito, Somos seres humanos fráges. Somos pé (SI 103.14)
¡Nós cometemos erros € näo há problema. Deus quer que paremos de lutar pela
petfeigio € que saibamos que Ele apenas € Deus (SI 46.10).

Depois que o Senhor convenceu-me da necessidade de saborear retornos
positivos, comecei a guardar algumas notas ou bilhetes significativos de
encorajamento em vez de jogä-los fora. Eu os coloquei numa pasta que fica ao
Jado da minha mesa onde posso alcangá-los facilmente, As vezes abro a pasta €
cio alguns bilhetes. Tenho descoberto que isso me ajuda a colocar o negativo,
‘em perspectiva com o positivo. Também estou tentando ultimamente náo des-
rezar ou rejeitar elogios das pessoas. Ao invés de nfo dar arençäo ao que estío
dizendo, eu tenho escolhido escutar e crer no que dizem. Em resumo, estou
tentando aprender a saborear o positive. Em familia nés temos saído para
jantar como desculpa para celebrar aniversáros, conquistas especiais, final do
ano letivo ou uma bénçäo inesperada. É a nossa maneira de saborear as boas
coisas que Deus tem feito

Seja bondoso com o artista que existe em voce
Quer nos apresentemos ou criemos, há um artista dentro que quer muito
floresce edespontar, poder cresce eter uma chance de se expresar. Para que
isso seja possível, o modo como tratamos uns aos outros € muito importante.
Mas o modo como tratamos a nés mesmos € igualmente fundamental. Alguns
“de nés nos encontramos em situagóes nas quais € dificil para o artista florescer
= uma situagio desencorajadora na jgrja, ou falta de “apoio ou respaldo em
‘asa, Alguns de nds temos caldo em padröcs que aprendemos na infancia, os
quais nos diminuem quando náo sentimos que os estamos acompanhando.
Efésios 4.32 nos diz para sermos “uns para com os outros benignos, compass-

103

O Conde do Artista

os Rerdoundo-vos um ans nos, como também Deus em Cristo vo y,
dos", Esse € um grande versfulo 6 peo em aplicar iso aa mesmo Pa,
ass que exist em wet? O perfecloniema nto € bondoso com o an”
interior. Como jd vimos, 0 perfeccioniumo constantemente critic o ans
interior, cia em nds alas expectativas Impratichrco € vé apenas o nega
Mas Deus nos ez para sermos aristas, Quando maltratamon o artista em mo,
Estamos diminuindo alguém que Deus fore ama, Algun de nós jamais sona
fia em tratangutros 180 mal quanto tratamos o arita dentro de nds,

Uma colega artista, que também lua com o perfeccionismo, cera vez com,
Partlhou comigo um now insight que estava aprendendo. “Eu náo come
“tros de propósito”, ela die. “Anim sendo, preciso telatar € náo me coloca,
para baixo o tempo todo” É Fácil dizer, € caro, mas admiro 0 fato de que da
enxerga que é errado para nó nos crucificarmos com telasáo a algo que nig
queríamos dier ou fazer, Bondade tem muito a ver com a cura de uma alma
ferida. Seja bondoso com os outros e com oartista que está em voce. Viver como
um arista jd € suficientemente dificil No precisamos tornar iso pior 29 nos
tormarmos nosso pior inimigo. Da próxima vez que voc2 for tentado à ce
autodeprecar porno atngir os objetivos eabelcido,lembre-e que ningun
por quem Cristo morreu merece ser tracado mal, nem mesmo voce

Deus realmente gosta de mim?

© mundo nen sempre € um lugar agradével para se viver Vocé pode
omeçar 0 seu dia se sentindo muita bem consigo mesmo até que encontre um,
Jembrete que 0 traga 3 ralidade, Pode encontrar-se numa stuagio que expo,
aha sua fraqueza ao invé de seus pontos fortes. Vocé pode cruzar com pesas
que o Fam sentir inferir, pelaattude que vocé percebe nel. Pode expe.
rimentar uma decepçao após outra, algumas intencionais, outras ndo: Ags
mas ditas com gracejos, outras náo. É difícil ter uma. auto-imagem sadia neste
lugar descuidado que chamamos de Planeta Terra,

Até os elogios aplausos que um artista reccbe sío ótimos, mas vocé no
pode bascar sua auto-estima neles; se base sua auto-estima no que faz em ver
de em quem vocé €, sua auto-imagem irá subir e descer dependendo das dl
mas avaliagdes. Construir seu autoconceito somente em seus dons e talentos €
como construir uma casa sobre a arcia movediga. Em ver disso, construa sus
‘tuto-estima amparada sobre quem voce € como flho de Deus. Conbego ats
{as quese envolveram com o ministério para satsfzer sua necessidade de apro
vasío. O problema € que eles apenas sentem-se bem consigo mesmos se Fee
rem bem. A chave para uma auto-imagem sadia näo está no fazer, está no ser
ser um filho amado de Deus,

Ei tenho lutado com esse sentimento de ser amado por Deus. Sei que
Ele ama o mundo, mas será que Ele me ama? Tudo bem, eu ouvi que Ele me

104

Ele olhau par i
hou para as pessoas individualmente — uma

us olhos. Entáo Ele doou Sua vida por nés — por

tudo iso significa, essa compreensio mudaria a

ful de ande tots me a
com o mundo 30 nono redor basados em now sentimenton Mas 0 €
perigoso porque nossos sentimentos madam. No entanto, à plor cosa que
RSR en une

sentimentos. Nao podemos ignorar nossos sentimentos
esses sentimentos säo tio fortes, no

se reis, que €impossvel ignorá-los. O que
ais influencia nossos sentimentos, no entanto, € o que nds cremos em nossas

mentes, Se enchemos nossas mentes com a verdade a respeito do amor de
De emiemos mal do Sev aor har faxes conc ene cro ©
coragio nem sempre é fácil Conhego alguém que embarcou num estudo bi-
blico exaustivo a respeito do amor de Deus, lixando todos os versiculos que
nos falam que Ele nos ama. E há muitos deles. É simplesmente impressionante
estar face a face com o fato de que o Deus do Universo ama a vocÉ, e ama a
mim, quer eu sinta o Seu amor ou náo, Nao posso discutir com a verdade da
Palavra de Deus. Náo posso argumentar contra a verdade da Palavra de Deus,

Um versículo que ajuda-me a sentir o amor de Deus, € o Salmo 18.19,

porque ele diz que Deus se delcta em mim. Iso também € afirmado em ou-
tros lugares da Escritura (SI 37.23; 41.11). Vocé sabia que Deus Se deleita em
oct? Ele o criou e gosta de estar com vocé, Ele gosta de ver vocé cresce, Ele se
alegra em olhar para vocé e ver que voct aquele que Ele ciow para Si. Ele
gotta de vélo usando seus talentos — toda ver que vock se apresen où que
cria, Ele se deleita em vocé.

Outro versículo que me coloca em contato com o amor de Deus Roma-
nos 838 - 39: "Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem
anjos nem principados, nem cousasdo presente, nem do ports nem poderes,
nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-
me do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”. Esse versículo
rommou se especialmente significative para mim porque melembra de que nda
e beolutarente nada — pode separar-me do amor de Deus. Mesmo se es
úestiver tendo problemas em sentir o Seu amor, ‘le ainda existe. Ninguém pode:

105

O Coragáo do Artista

tinklo, Decorar esse versículo tem me ajudado a sentir o amor de Deus msi
‘meu coragío se enche. É como a

profundamente. Toda vez que eu o digo,
Trento para minha alma. El juda-me a vives na maliade de que Deus me

“ama pessoalmente,
‘A única esperanga que os náo-crst

dos tém para obter uma auto-imagera
sain ead em sua habiidade em pensar positivamente e de concentra-s apenas
tan codes postva sobre si mesmos, A única esperanga que os cis tm deter
"ina auto imagem sadia ese no nosso conceito de Deus Essa a chave. Nos
Fono de Deus € mais importante que nosso conceito sobre née mesmos £
tm paradoxo, Voc val char a sua vida ao perdéla (ME 19 39). Vocé encontra o
ew alor ea ua dignidade ao debarse peder asi mesmo em Deus

Deixe o Senhor amar voce
Ayora deiseme advertilo que náo é o suliciente decorar versículos a
us. Em determinado ponto vocé tem que deixi-Lo

e os realmente bons em levar a Biblia 20 pé da
"eno neste. Vocé alguma vez já esteve sentado no
empo de louvor e implesmente deixou-se envolver
palo nensenanto de que Des o ama? Qual fol ua repos? Voce já sen
as sentando falar que está feliz com voce? Vocé O ignorou quando iso
ret coewTenho tido muitas experiéncias como esa € minha primcira regio
toda ver que penso é Nio, io nfo € de Deus. Devo estar inventando. Deus
Covios unt anjo para dizera Daniel que o amava (Dn 10.11-19). Por que nie
rentaria alcangar-nos para dizer que nos: ama?

CCerta vez quando fia xerccios numa academia, do sada senti Deus
entando dizer: "Eu estou satisfeito com voce” (eu espero que isso nio soe
ke undo ou uma vor ou qualquer cota aim. Eu apenas ive aque
ppensamento quieto, mas fortemente penetrando em minha vida). Minha re
Posta inicial foi pensar: Nao iso näo € de Deus. El náo est tentando me fla
Que está satisfeito comigo. Eu devo estar inventando lso. Mas entéo percebi
questo podia estar venado, "porque Aquela altura cu estava lutando seve-
ramente com sentimentos de culpa e inadequagäo. Assim, um pensamento:
ocorrew-me: Pode ser que Deus eseja ee nc que m a Aim
= (mia em gue nina mens exercícios), e senti Deus dizendo

ara. 1: “Eu gosto da sua música”. Bem, isso me levou as lágri: yrque et
havia estado lutando com decepgä ak
Ends con dp am to mish on, +
a ae ie
impar sen He endo. ot el parue am
ine 10 amado”. Tive que: sixar o gindsi vediatamente porque náo podía
wrolar minhas emogóes. Sentei-me no carro e chorei. Ba vie an

respeito do amor de De
“amar vocé. Alguns de nés
letra em todos os pontos,
banco da igreja durante 0

106

encontro com o amor de Deus que era

de pensar que quase o havia perdi a ae pessoal. Eu tremia s6
desprezado ignorado. Precisamosescutaraverdade de Doge mente
somos Nele; por qualquer meio, le Deus à respito de que

Minha esposa tem lutado com

bora sinta que ainda no chegou lá, la adminis s
Diriatambém queiso va tempo Vcé no oder acto
coisas negativas a espeito desi mesmo (cea nda) ds none pnd

Näo faga da auto-estima o seu deus

Hé uma adverténcia que eu gostaria de deixar aqui. Nao faga da auto-
boa auro-estima. Pensam que nunca seräo felizes até que amem completamen-
te a si mesmas. O nivel de sua alegria € determinado por quío bem elas sc
sentem com relaçäo a si mesmas. Quando eu era recém-convertido me lembro
de ouvir que se vocé nio ama a si mesmo, nio pode amar outro € nunca
poderd verdadeiramente amar a Deus. Eu nunca pude encontrar ninguém que
me explicasse a lógica por trás disso, Parecia que a obsessio do mundo pela
auto-estima havia se infiltrado na igreja. A Biblia náo ensina isso. Devemos
amar a Deus sobre todas as coisas ¢ sobre todas as pessoas, até mesmo sobre
nés mesmos. Jesus disse que nós devemos amar ao Senhor com todo nosso
coraçäo, com toda nossa alma e com toda nossa mente. Esse € o maior de
todos os mandamentos (Mt 22.37-38). Amar aos outros e entäo amar a nés
mesmos € o segundo maior mandamento (Mt 22.39). Nunca devemos tirar
is da ordem. Amar a Jesus € mais importante do que asi mesmo. Amar os

outros é mais importante que amar a si mesmo, Deus quer que saibamos que
somos preciosos ads Seus olhos. Mas amar a nés mesmos nunca foi colocado
no lugar de amar Ele. Na verdad, somente quando amamos a Deus primeiro
podemos verdadeiramente amar a outros ¢ a nds mesmos. Assim sendo, seja
cuidadoso para náo fazer da auto-estima o seu deus. Busque primeiro o Reino
Dele e as coisas como ter uma auto-imagem saudivel serio actescentadas a
voct (Me 6.33).

Estabelega expectativas realistas \

Cam a ajuda de Deus estabeleça aie sa De merece os
noisos melhores esforços, mas será que Ele espera que atuemos de mancira
perfeir? É claro que náo. Será que Deus pode usar algo où alguém que seja

107

O Coragáo de Artista

à esteja sendo e

2 le pode usar uma música que este ada oy
inert se on Er que pode A maior font de run
Ana ida proviene de suagóes nas quais me encontro, us expe.
do to reves ou sio muito alta. O Salmo 62.5 nad 2: “Some
ko ome sosa porque Dele vem a minha esperanza
em Deusa minha alma esper silenciosa porg A
Lx expectativas e esperanças precisam vir de Deus, Devemos entregas no,
sasexpectatvasa Ele e mudi-las par aquilo que Ele espera,

D Enquanto nos expectativa de erfigio artistic,
vez sera cela mais distante do ponto de vist de Deus. Tente mantero oda
smear. Deus s impore cant todos o detalhes de po infclaciras ants
cat. Mas Ele também etd envolido com a salacóo de almas. O que € mag
importa: que nosos sors se desenvolvam perfitamente ou que nome
de Deus sen louvado e que as pessoas perdida venham até Ele atavé de
‘nosso miniséro? Tente manter as coisas na perspectiva Dele.

Se Deus näo exige perio, o que Ble espera? Ele espera de nés que

just sericdrdia e que caminhemos humildemente
Fagamos juiga, que amemos a mis 4 A
com Ele (Mg 6.8). Deus espera que eresgamos espiritualmente, O resultado
final € responsabilidade Dele, Nossa tarea € cooperar com o proceso. Nós
colocamos muita presio sobre nés mesmos para sermos perfeitos (0 produts
fi, enquanto Deus está mais preocupado com o processo (que cumin.
mos humildemente com Ele)

Assim sendo, o que € realista que esperemos quando ministramos a Deus?
Toda vez que usamos nossos dons para Ele, devemos fazer isso querendo fuer
© melhor que podemos, mas confiando que a vontade de Deus será feta, nie
que nossas alas expectativas centradas em nés mesmos sejam correspondidas
As pessoas olham para 0 exterior € esperam aparéncia de perfeigio. Mas Deus
olka para os nossos coragóes (1 Sm 16.7). Ele olha o interior, nossas motive
$6es e intengóes. No podemos controlar se vamos atuar bem ou como as
pass io responder. Mas podemos controlar nossas motivagóes e 0 quinto
estamos preparados para ministrar com nossos talentos, Devemos simples
mente ter nosso melhor confia em Deus para os resultados que Ele quer

À medida em que estou ecrevendo iso luto com expectativas que tinha
Para um cult de fim de semana no qual estava envolvido aquí na Willow
Dreck Eu arranje as músicas para 0 que pensava ser uma grande orquesta.
Mat doengas e problemas de última hora desfalcaram corts inet nine

samen aif na Orquestra E assim sendo, acabei com um grupo bem menor.
Tínhamos grande músicos, mas n30 0 número necererie para o arranjo que
Su havia escrito, Ninguém havia furado comigo por flee de compro
Todos os que náo estavam presentes, tinham una desculpa muito válida. Tes
¿E 0 que pudo, consegui substcuos, iar para todos e qualquer um que me

108

Rory Noland

un ran ss Ain ap,
Selectmen
idas, mas isso náo

algumas partes e fomos
ae em
je
Std depres para mim Mas dst oats ea grado aga

poder se aperfeigoa na Sua fraqueza, e qu
arranjos soariam maravilhosos, mas se as
12.9). Deus também usou alguns ami
igospr
à frustragdo criada por expectativas no
esconder minha insegurança,

Pessoas viriam a conhecé-lo (2 Cr
róximos para ajudar-me alidar com
cortespondidas. Ao invés de tentar

cu confii naquel
onde mina in queles próximos a mim, comparti
thei com eles que eu estava lutando com o perfeccionismo (€ dificil para os

perfccionistas admici que s faco), Pesos em cua piniso confio, dise.
ram que näo notaram nenhum declínio na música, e que era o único que
jamais notara que náo stávamos com o número de músicos sufcicae. Juan
fo ouvi iso des pessoas, que cu sabía que exavam sendo honesas comio

bi que estva ficando descontente por conta de expectativas impratic
veis O tamanho da orquesta havia mudado, e u náo unha ajuado minbas
espectaivas.Elas cstavam for da relidade.

PERSEGUINDO A EXCELENCIA

À esta altura alguns de vocés podem estar dizendo: “Espere um minuto.
Os grandes mestres e aristas da história näo tinham tragos de perfeccionismo
que tornavam sua arte especial? O perfeccionismo náo era parte de sua
genialidade?” Minha observagäo € que, a perseguicio ao perfeccionismo €
destrutiva para o artista e para sua arte. O perfeccionismo náo € saudävel. Ele
inibe a performance e limita a criatividade. Penso que os maiores artistas pers
seguem exceléncia, náo perfeigäo; Na verdade, gostaria de def
perfeccionismo mais ou menos como a outra face da excelencia, Enquanto o
perfeccionismo é destrutivo, centralizado no homem, a busca da exceléncia €
construtiva e honra a Deus. Em vex de perseguirmos perfeigio, devemos bus
car exceléncia.

Nancy Beach, Diretora de Programagäo na Willow Creek, define exce-
lencia como “fazer o melhor que vocé pode com o que vocé tem”. Näo importa
setemos muito ou pouco talento. Todos podemos tentar fazer o nosso melhor.
Para todos vocés perfeccionistas notem a palavra rentas. Deus entende que nós
‘io somos perfeitos. Tudo o que Ele está pedindo que fagamos é rentar, Nao

. 109

O Coraçäo do Artista

importa onde w
dos fazer coisas
fazer o melhor

Océ esteja em seu desenvolvimento como artista. Podemos 0.

com exceléncia. Vocé no tem que ser um profissional para
que pode com o que em. Náo precisa nem 29 Menos ser um
artista completo. Tem que apenas estar disposto a tentar fazer o seu melhor,

Perseguir a exceléncia significa fazermos o nosio melhor com 6 que e
Amos para à gloria de Deus. Ele € digno do nosso melhor. Servimos a um Deus
insuperavelmente crativo, Quando Ele criou o mundo, Ele o impregnou de
beleza € majestade, Deus náo jogou coisas juntas aleatoriamente. Ele deu o
exemplo de craividade excelente paa nd. Steves dürant 3 cio no
Genesis Deus pára, olha para o que eriou « di: “Isto € bom”. E ébvio que
servimos a um Deus que se deleita na cratividade €
com exceléncia.

Exceléncia também € uma estemunha poderosa para Cristo, Muitosnäo-
cristios que vio para a igrja esperam que a música seja desacualizada e mal
feita. Nao esperamserem tocados por uma pega ou por uma danga ou por artes
viswas, Nio sera maravlhoso se cles viessem esperando o pior, mas encon-
rase artes produtidas com cratividade e excléncia? Náo sera tremendo se
A igréj local estivess liderando o caminho da exceléncia aristica para a nossa
cultura? Provétbios 22.29 diz: “Vés um homem perico em suas obras? Perante
ces ser posto e nio entre a plebe”. Quando fizermos cosas com excel
mundo senir € notará poderemos apontar para Deus que nos crio, apas-
centou € nos ama

que valoriza fazer coisas

INTEGRIDADE ARTÍSTICA — DESENVOLVENDO HABILIDADES

‘Quando falamos sobre exceléncia nas artes, freqúentemente falamos so-
bre integridade artística Ter integridade artística simplesmente significa que
um artista se apresenta ou cría com habilidade. O Salmo 33.3 nos diz para
“entoarmos um novo cántico, tangendo com arte e com júbilo”. Em outras
Palavras, fazermos o melhor que pudermos com o talento que recebemos. Ser
‘mediocre no glorificaa Deus. Ele € o Deus que exibiu habilidade e criatividade
na formägäo do Universo, Ele se deleita na criatividade e dá valor ás coisas
produzidas com destreza artística. Havia um cantor no Antigo Testamento,
<hamado Quenanias, que tinha reputagio de ser habilidoso (1 Cr 15.22). Ele
eno lider responsável pelo canto por causa do seu talento. Ele tinha integri-
dade aristica, Precisamos ter altos padróes artísticos, Devemos buscar a quali
dade acima da quantidade, e a substáncia acima do show

Devemos levar muito seriamente o desenvolvimento de nossas habilida

des artísticas. 1 Cr 25.7 diz que os aristas no Antigo Testamento eram todos
reinados. Nós, artista, precisamos de treinamento e de desenvolvimento con-
sínuo, Precisamos er aulas e bons professores. Precisamos ler livros e revistas

no

O Coragäo do Artista

Por isso que a Palavra de Deus encoraja-nos a cantar 20 Senhor “uma

nova cangio" u sinto muito fortemente que todas a igrjas preci.
o A e ica original. Méscas originals sio uma

sam encorajar a composigäo de ms Aia

expreso da vida da gra uma boa mancia de ei :
fend nel, Se Devs x fro alo nico em wa ir que a cn

munidade. Se houver algo que sua igrja

sobre isso como testemunho da comunidade. Se houver alg et
A a e iso, Este principio “da

A ja uma cangio que comemo?

eu cebrando que ja uma cano que comemos st Pt in a

nova cangio” aplica-se nâo apenas música,
co ienarasancs para recio que Deus está endo hoj em cda uma
de nossas igejas.

Comuntcagio ncaz

Necesitamos perseguir a exceléncia em nossa habile de comunicar
eficazmente. A grande arte comunica uma mensagem, uma idéia, um pens
mento, um sentimento ou uma emogio. Arte, na melhor acepçäo da palavra,
estimula a mente e move a alma. Se nés, na igreja local, nfo nos preocuparmos
em como comunicar eficazmente, nossa arte náo irá a lugar algum. No im
porta quo completos ou sofisticados sejamos. Se náo pensarmos em comuni
‘ar claramente, como iremos alcangar as pessoas com nossa arte? Paulo tem
um ponto interessante em 1 Corfntios 14,7-9: “É assim que instrumentos
inanimados como a flauta ea ciara, quando emitem sons, se näo forem bens
distintos, como se reconhecerá o que se toca na flauta ou citara? Pois também
sea trombeta der som incerto, quem se preparará para a baralha? Assim vóss,
com a lingua, nio disserdes palavra compreensvel, como se entenderá o que
dizeis? Porque estareis como se fasses 20 ar.

Nio € verdade que, se a nossa mensagem carece de clareza, estaremos
também falando ao ar? Precisamos esta certos de que a arte produzida para a
igrejadizalgo e diz claramente, Todos os artistas precisam saber que a comuni-
caçäo € io importante quanto a técnica. Tenho sido muito tocado, As vezes,
por artista cuja técnica náo cra muito desenvolvida, mas cujas habilidades na
comunicagio cam fortes, Por outro lado, um artista que tenha uma grande
técnica mas que nio se importe em comunicar clara e eficazmente, náo chega-
rá a lugar algum. A arte cristá nunca se tornará uma forga a ser morada se
ignorarmos 0 que € necessário para comunicarmos significativamente

As pessoas envolvidas com teatro normalmente (dm uma melhor visio
disso, Ela sabem o quanto importante valorizar cada linha, “Como irc dizer
isso, elas perguntam. “O que deveria estar sentindo e qual a melhor mancira
de expresas iso?” Dangarinos nto tm de falar nada. Os melhores dangarinos
‚ibem que tlm que usar os movimentos de seu corpo e de suas faces para nos
dizer 0 que estio tentando dizer. Artistas visuais näo tem a palavra falada ou

114

Rory Noland

suns própria expresos facial. Na malri ds vezes, es náo esto seg
Encher os quadros ou as páginas com emorio ca les èm de pre-
cer ot Ph om eme ne ee

Os artistas que penso sejam os mais descuidados c a

do um sentimento na igréja, por muito tempo, que cantores que cantam sem
qualquer espeso filo emos, o de ge marc ma copies
porque nio tiram a atengio da platéia para Deus. Nas igtejas onde cresch,
Vacas amavam com seus brags peste aci dena
lado de seus corpos, e olhando somente para suas partituras, sem contato visu-
al, sem gestos, sem nenhuma expreso facial. À ironia aquí está no fato de
qui artificial isto ma verdade é. Quando estamos falando a respeito de algo
importante para nós, no nos comportamos como robös. Movemos nossos
bragos para enfatizar o nosso ponto. Nossa faces regstram a emogdo que com-
binam com nossas palavras, Nós olhamos para a pessoas quando conversamos
com elas. Cantores, quando vocès ensaiam, vocés dio atençio a como iräo
comunicar a cangio, tanto quanto à técnica? Voces simplesmente cantam as
notas ou se langam a comunicar uma mensagem? Diferentemente do dangari-
no, vocés tem o luxo das palavras. Vocés as estio pronunciando de manci
lara? Há alguma ligadura bloqueando o caminho da sua mensagem? Vocès
sabem quais sio as palavras mais importantes da letra, aquelas que vocés náo
querem que ninguém deixe de ouvir? Diferentemente, do arista visual, voce
tem o luxo de poder usar o seu corpo, especialmente sua face. A sua face refete
‘o que vocé está cantando? Está usando gestos que sejam significatives e natu-
rai para vocé?

Alguns de nés somos desajeitados e reservados no palco, porque estamos
mais preocupados com a nossa aparéncia, do que se estamos comunicando.
Nés somos muito acanhados. Gosto do conselho de Peggy Nooman sobre isso:
“Quando voct esquece de si mesmo e do seu medo, quando vocé vai além da
timidez, porque sua mente está pensando no que voce está tentando comuni-
«ar, vocé se torna um melhor comunicador”?

© dangarino profissional e coreógrafo Mark Morris comentou sobre lan-
‘garmos a nés mesmos numa comunitagäo efetiva: “Como um performes, näo
há nada melhor que o momento onde vocé sente que tem a opçäo — dada pelo
texto — de fazer exatamente o que quer, quando ndo está preocupado com a
aparéncia ou se está aquecido,o suficiente, Vocé simplesmente aparenta estar
envolvido em uma pura expresso, a qual € completamente apropriada”.* No
quero perseguir os cantores. Nös todos devemos nos submeter à forma de arte
necesséria para comunicarmos claramente. Por exemplo, se voc& € um

115

O Coragáo do Artista
das de notas intrusas com volume

instrumentista, náo cubra a lecra das musi
vita, no cubra ale un ver um foco claro

excesivo se vocé € um compositor, suas músicas precisa Et
uma progreso lógica de dés. Nés, na igre, necesitamos levar a comun;
cagio' evo, porque a nés foi dada responsabilidade de comunicar ds bon.
ovas. Temos a mais importante mensagem que existe. Assim sendo, comuni.
Quemos iso corajos € daramente. Comunicacio eficaz € pate vial da busca

pela exceléncia.

PREPARAGKO ESPIRITUAL.

Escou incluindo preparagáo espiritual aquí,
esléncia, porque descobri através dos anos quáo crucial
- 1 coragdes e mentes antes de criar ou de apresentar. O
da preparagdo espiritual no ministtio,
‘entrou imediatamente no circuito das

em nossa discussio sobre ex
I eli € para artistas cis

‘os na preparagio de seu
apéstolo Paulo sabia da importancia
‘Apés sua dramática conversio, ele näo
‘onferéncias Ele gastou trés anos em relativa obscuridade preparando-se espi-
fitualmente, Ele Já possuía dons na área de ensino e oratória, mas precisa
prepare espiriualment para o ministrio diance dele (GI 1.15; 2.1). Na
Verdade, ele teve quatorze anos de preparago espiritual antes que seu minis.
tio realmente se iniciasse. E cle foi um dos maiores estudiosos da religiäo de
todos os tempos. Precisamos levar a sério a preparagäo espiritual, Precisamos
levar preparagáo espiritul io a séro. quanto ensaios. Ela é vio parte da busca

da cxcclenc como estado.

Em Willow Creek somos abengoados por er Corinne Ferguson idea
do, pasorcando e supevisionando nosos cantores. Ela entende o quäo im
portante 3 prepare espiral para um ministtio vocal fratfero. Ensio
fom Corinne € mais do que apenas estudo de notas. 114 uma grande dose de
trabalho da alma que acontece ambér. As vecs ca idea os cantores numa
“ses ds eas ao fazer perguntas profundas. Ou o grupo pode orar sobre
as leas, orar para que a congrega reccba esas letras de congo aber.
Muitos de nós nos referimos à Corinne como nossa arma secret, porque cla
Iieralment tabla nos basiore influencia grandemente nosso mini
o, 20 inspirar os canoes a que deizem cada uma das cangócs que cana
reli suas alas. Ela faz com que personaliem cada lea da cano, que
tomen pese doque ant ded que comarque coa nio
uma mantra eficaz. Sea canso primeiramente no minisrar quels que

Ed citando; nto val orar leida male —

Tenho também aprendido muito sb à

u ito sobre preparagioepirkual 20 observar
posos ars vanos qui na Willow Crk Bu os eho viso pp à
Ira de wns eno nu qua to catahando regia em se dios
Preparam um estado blico sobre o tema principal da cangio di

16

_

Rory Noland

ance seu tempo de hora silenciosa, ou medi E
em = tam nos textos da Escritura que se
selacionem a esas letras. Eu os tenho visto compactilhar pensamentos que

desenvolveram ao aplicara verdade de uma determinada cangio em suas vids.
Durante os días que antecedem o cult onde clas seno linden muitos delos
oram com fervor para que Deus os use plenamente, Iso & parte do que ign:
fica preparar a si mesmo espiritualmente para ministra nas ares.

O ingrediente mais importante para a comunicaçäo eficaz € a sincerida-
de, Se vocé pode comunicar o que cré com sinceridade, as pessoas ir sentar €
avi Sinceridad era uma marca registrada do ministrio de Paulo e deu a este
ministrio poder e integridade (2 Cr 1.12; 1 Tim 1.5). Mais que qualquer outra
coisa o mundo tem se perguntado se nds criscios realmente cremos no que
estamos cantando, Eles tém se questionado o quio sinceros nés somos ¢ quio
real Jesus € para nés. E vocé nao pode representar sinceridade. Nao £ algo que
‘ct poss fingir ou fabricar. Vocé € ou näo ¢ sincero. Mas vocé pode cultivar
um coragáo sincero. É onde entra a preparaçäo cspiritul. As Escrituras podem
renovar a nossa paixdo pelas coisas de Deus e fortalecer nossa conviegdes. Elas
constantemente me desafiam a conhecer ou saber sobre o que ercio e entio
viver o que creio, Sature sua mente com a Palavra de Deus para que quando
vocé apresentar uma cangäo ou uma pega ou um número de danga sobre a
graga de Deus, por exemplo, voce sinta uma convicçäo no íntimo de sua alma
sobre quo maravilhosa Sua graga € e sobre como ninguém poderia viver sem
«la. Nao negligencie o potencial da Palavra de Deus para aprofundar a sinceri-
dade de sua alma. Se o seu coragáo está apaixonado pelas coisas de Deus, voce
irá comunicar com sinceridade.

Outra coisa que precisamos fazer, em nome de nossa espiritualidade inte-
gral como aristas, éviver uma vida cheia do Espirito. Aros 1.8 diz que quando
rés somos chcios do Espírito Santo, podemos nos tornar testemunhas pode-
rosas para Jesus Cristo. Se voce e cu queremos ter integridade espiritual, preci-
samos andar no Espírito (GI 5.16; Ef 5.15). Iso envolve uma decisio, mo-
mento após momento, dia apés dia, de andar intimamente com Deus, de
buscä-Lo em primeiro lugar e de segui-Lo de todo o coracio (Mt 6.36; Le
9.23). Se andarmos no Espírco, o Senhor id ungir nosso trabalho como arts
tas e iremos ministrar poderosamente em seu nome.

VINDEA MIN

O que Jesus diria ao perfeccionista? Eu acho que Ele olharia
seus olhos, estenderia Sua mio € diia: “Vinde a mim todos os que estais can-
sados esobrecarregados e Fu vosaliviarei, Tomai sobre vós Meu jugo e aprendei
de Mim porque sou manso e humilde de coragío. E achareis descanso para
vossas almas. Porque Meu jugo € suave e Meu fardo € leve” (Mt 11.28-30).

17

O Coragáo do Artista

rio sobrecarregados pelo
a aristas que estáo sol

Demand vier à altura de suas próprias
mo estiver com todos 05 defeio,

mo que voc’ impóe sobre
vel de agradar que nós venta

Essa € uma grande passagem pa
perfeccionismo, que tém se esgora
expectativas. Jesus diz: “Venha a mim cof
Ven a Mim ese Here da preso do perfecc
si mesmo”. Note que Jesus náo € 0 Deus imposs
netas oo qe = Ele é manso e humilde. .
Lo, náo soa? Comparado as exigéncias que nés,
perfeccionisas, colocamos sobre nós mesmos, Seu jugo € suave, Seu Faro €
leve. Ele está 20 nosso lado, pronto e desejoso de ajudar-nos a carregarmos
mossos pesos Assim sendo, coloque tudo isso aos pés da cruz e encontre seu

descanso Nel,

1550 soa convida

QuESTOES PARA DISCUSSAO EM GRUPO
1. Voc vé algum sinal de perfeccionismo em sua vida? Leia alista a
seguir, coloque um “x” ao lado de qualquer tendéncia que veja em voce
(+) Minimizar o positivo, maximizar o negativo
{JA Síndrome do Ponto (olhar para uma pequena falha e ignorar o
bom de todo 0 resto)

() Pensamento em preto e branco eu sou todo ruim ou todo bom)
(O) Auto-estima baseada mais na performance do que na identidade
CD Estabelecimenco de alas expecrativas impraticáveis
() Comentários negativos sobre si mesmo
2. Vocé acha que sua equipe faz um bom trabalho de celebragäo quando
Deus a usa de uma maneira especial?
3. Como voct pode saborear algo que tenha feito artiscicamente e que
Deus tenha abengoado, sem se tornar orgulhoso a respeito disso?
4. Quando foi kina ez que voc estee num evento ario al
Somo um concerto, um filme, uma pesa ou visitou um museu de arte?
Como foi a experiencia? de “ :
5. Qual seria um exemplo hipotéric de um artista oferecendo um “

€ um artista oferecendo um *cor-
deo defituoso” para o culto na igreja?

6. Vocé está convencido de que € importante para aarte nai
tier drama Es are gs apar are na reja com

7, Em sua mente qual a diferenga entre perseguir perfeiäo € persegu
= 1 ir perf gui

8, Como voc sabe se seus esforgosarísicos esco ungidos pelo Esp

a forgos artísticos estäo ungidos pelo Espíri-

118

9. O que implica para os artis:

csprtalmente para minlarır u ministério, estar preparado

na igieja?
10. Por que vocé pensa que
unto € exceléncia na igreja?

algumas pessoas se assustam quando o as

AGAO PESSOAL
1. Marque na agenda uma ida a um concerto ou a uma pea

2, Encontre o versículo na Biblia que fale mais convincentemente a

respeito do amor de Deus por vocé pessoalmente. Medie neste versículo

e decore-o.

3. Desenvolva e implemente um

volver suas habilid

sobre isso.

4. Dé passos que melhorem a habilidade em sua arte de comunicar

diaramente.

plano constante que o ajude a desen
ades arfticas. Decida a quem vocé prestará contas

5. Decida o que vocé pode fazer a fim de preparar-se melhor espiritual-
mente para ministrar como um artista risio,

19

CarfruLo Cinco
LIDANDO COM AS CRÍTICAS

justin $ técnico de som da Comunidade Crista Southport. Ele dá mui-

tas horas de trabalho voluntário igreja. Na maioria dos cultos € nos

eventos mais importantes € o primeiro a chegar e o último a sair, Ele
tnonta o equipamento de som para o culto, fiz a mixagem das pegas, das
bandas, do vocal, e ainda opera a iluminagäo. Durante a semana, az a manu-
tengio de todo o equipamento, o que j tem fico há mais de dez anos. À igreja
no Ihe paga e para ele isso náo é problema, embora pudesse facilmente gastar
mais de quarenta horas semanais lá. le sabe o quio raro para uma igreja €
contratar um técnico qualificado. Assim sendo, ensina educagio fisica numa
escola de primeiro grau todos os días e ao final da tarde corre paraa igrja. Ele
gosta do que faz, mas ultimamente tem se desentendido com Sam, o novo
direcor de programagio. Sam tem todos os tipos de novas idéias, o que tira
Justin do sério toda vez que conversam sobre elas.

Quando se encontraram pela primeira vez, Sam deu a Justin uma longa
sta de mudangas que queria fazer. Primeiro, queria estender o tempo de en-
o que significava que Justin teria que chegar à igrja ainda mais cedo
Justin jf estava estressado com o número de horas que estava gastando, Fle nio
podia deixar de pensar: o que hi de errado com o modo como estávamos
farendo as coisas antes? Sam quería novos monitores, mudar as cas de lugar
no santuério, sonorizar a bateria de um modo diferente vr saídas em estéreo
pata todos os teclados. Justin pensou: quem esse cara pensa que € para chegar
quí e mudar tudo? :
~ Uma das mudangas particularmente dificeis para Justin foi a a ie
Avalaggo que agora le €forgado a frequenta toda segunda era bem cedo, Os

i Lo dos cultos encontram-se com o pastor
líderes responsáveis pela organizagi ; a
num restaurante e avaliam o culto do dia ancerior Iso € dificil pa
\

121

O Coragáo do Artista

Toda vez que algo negativo € ventilado sobre o som ou a ¡luminacio ee ic,
uma atitude defensiva. Uma vez o pastor perguntou porque seu microfone de
lapela quase gerou microfonia durante osermáo, e Justin respondeu bruseamen,
te, dizendo: “bem, se eu tivesse um equipamento decente para trabalhar, pág,
teríamos este problema”. Ninguém sabia o que dizer. A conversa continuous, mas
Justin náo ouviu mais nada da reuniáo, Estava perdido em uma série de pens.
mentor negaivos e defensivos: ces no dm idéia do quanto cu trabalho dur,
Estou fazendo o melhor que posso... Ele tém sorte de me ter aqui... Ninguény
aglientaria 0 tanto que cu agúcnto... Eu náo sou pago para fazer isso.

Sam deu váriassugestócs sobre a mixagern da banda € 0 som das vozes com
as quais Justin nao concordou, Certa vez, Sam estava no palco e pediu menos
fio de eco para as vores e mais “calor”, Iso deixou Justin rado. Eu sei o que
estou fazendo, Nio preciso de ninguém para me dizer como fazer um som, ele
pensou. Mas acabou consentindo, e teve até que admitir que menos eco deu
mais definiçio ao som como um todo. Para colocar mais lenha na fogucira,
algumaspessoaseloglaram Justin pela mixagem à medida em que sam da igreja
naquela manká, Muitos disseram ter podido ouvir melhor as letras. Justin agra
deceu pelo encorajamento inocente, mas ainda assim náo gostou da ida daque-
Le novo sujeto, Sam, dizendo a ee como fizerscu trabalho.

A comunicagio entre os dois parecia estar criando um impasse. Toda vez
que Sam dá uma sugestäo, Justin pergunta por que e entio atende com má
vontade. Como conscqúéncia,cria-se uma tensio em toda a passagem de som,
nas reunides € nos culos, Pessoas sentem-se pisando em ovos quando estío
próximas de Justin, porque ele toma até mesmo a crítica mais leve como pes
soal. Ele parece estar com raiva o tempo todo.

Para piorr ascoisas, os dois entraram em'atrito numa questo de ondem moral
que ve tona na vida de Justin. Jun e sua noiva, que näo era erst, exam
vivendo juntos há alguns meses. Quando Sam o confrontou a respeito dis, Justin,
em principio negou. Sam persist Justin 0 acusou de fazer um julgamento precip
tado, deirando caro que a decisio de viverem juntos foi por razo financeira
+ À gora d'água, no entanto, ocorreu na semana passada. Mais cantores
ue o normal iiam se apresentar no culto. A medida em que foram pegando.
os microfones dez minutos antes do inicio do culto, alguém descobriu que
dois cabos estavam com defeito © näo havia outros de reserva. Justin estava
com planos de comprar cabos novos, mas náo havia tido tempo, Ele havia
faltado. Quando Sam o questionou sobre isd, Justin, rado, ficou na defens
va, dizendo por fim: "se quer cabos, compre-os vocé mesmul”

Durante o culto, Justin nfo conseguiu se concentrar. Estava fervendo
por dentro. Estava com raiva de Sam, de todos no palco e da igrja. Seus
Pensamentos eram mais rápidos que suas emogóes, Que direito tem esse re-

122

Rory Noland

cém-chegado de fazer essasexigéncias abusivas o
ig dizendo como devo faze © meu wabal
fue esto fazendo? Se näo Fosse por mim,

Merego ser melhor tratado. A raiva fo
Ingo pode mais agüentar. Levantou-
Desligou a mesa, deixando o cul
auditério e toda a congregacio ol
furioso da cabina, tomando o run

tempo todo? Onde quer che-
Hho? Será que le no cha quese o
, ese culto ni iri e
quer acontecer.
Foi ficndo cada ve maior até que usin
€ € sala, no meio da caigo de aberura
ho sem som. House um forte escondo no
hou para trás a tempo de ver Justin saindo
do hall eda porta de su
Apés o culto, Sam tento ligar vis vezes para a casa de Jun, sem
suceso. A sua mancic, Justi estava tentando puni Sam Ele sinh aenego

detodosagora, e queria aproveitál. Sentow-se em casa socio.
em frence ATV. 1 mal-humorado

QUESTÉES Para DISCUSSAO Em GRUPO

1. Por que voctacha que Jasin

tea negativamente a todas as ges
ces Fritas por Sam ®
2.Por que voc aha que Juin levou tudo para o campo pessoal?

3. O que voce sugeriria que Justin fizesse para consertar seu relaciona-
mento com Sam?

4. 0 que Sam deveria fazer para tentar acertar as coisas com Justin?

5. Vocé acha que Sam estava certo em confrontar Justin com tespeiro a
estar morando com sua nova?

6, Haveria alguma mancira da tensio entre Justin e Sam ter sido evita-
da? O que poderia te sido feito de diferente que os capacitaria a traba-
Ihar juntos mais harmoniosamente?

7. De que maneira um espirito defensivo afera os ensaios?

8. Como voc& acha que um artista deveria lider com as cícicas

9. O que acontece a um artista quando
construtivas?

está aberto para críticas

10. Qual a melhor maneira de dar retorno para um artist?

OS PERIGOS DA POSTURA DEFENSIVA

nn A
ras defensivas quando criticados. Ficamos sensiveis além da conta, deixando
que coisas muito pequenas nos firam. Nos ofendemos quando náo havia se-
Quer a intençäo de que fössemos ofendidos, e levamos as cosas para o campo
pessoal quando nao era para levacmos. Podemos ter um espírico defensivo por
causa do orgulho, medo, inseguranga ou por conta de uma educagio deficien-

123

O Coragáo do Arvista

te, mas seja qual for a razáo, isso pode realmente comprometer uma pessoa
espiritualmente e em seus relacionamentos. E isso pode ter efeitos devastado.
res em seu ministério e no grupo com o qual vocé serve. Na maioria das vezes,
a pessoa que tem uma postura excessivamente defensiva, näo percebe isso
Vocé pode pensar que isso náo seja um problema para vocé, mas acredite em
mim, se vocé € um artista sensivel, tem o potencial para tomar algo como mais
pessoal do que deveria. Artistas podem também ser as mais teimosas de todas
as pessoas. Queremos fazer as coisas do nosso jeito, e quando alguém nos
confronta, ficamos com raiva.

«Sam sio muito comuns, spe-
5 defensivas

Situagbes como a que descrevi com Jus
cialmente entre artistas. Tenho visto instrumentistas tendo post
com relagio a afinagio: “Com certeza no estou fora do tom. Meu instrumento
veio afinado em 440 de fábrica, € nunca sai da afinagio”. Tenho visto cantores
com posturas defensivas quando estio tendo dificuldades em aprender uma par.
te da música. Tenho observado posturas defensivas em atores que respondem à
sugestées bem intencionadas ao dizer maliciosamente: “Estava simplesmente fa
“endo o que o diretor me disse para fazer". Tenho visto escritores e outras perso:
nalidades eriativas tendo atitudes defensivas com relaçäo a seus trabalhos, que
inem: “como vot se atreve a criticar o que escrevi Isto veio de Deus; náo
mudei nada. Está bem do jeito que está” Com alguns de nés artistas € assim
“voce pode criticar o que quiser, mas näo ouse criticar © meu trabalho!”
ito defensivo pode ferir a vocé e 3 sua arte. Nao podemos cres-
cer como artistas a menos que tratemos dessa questäo do caráter a qual pode
ser um caleañhar de Aquiles para nés artistas. Comecemos a observar alguns
dos perigos da postura defensiva.

A postura defensiva nos aliena dos outros

Ter uma postura defensiva isola vocé das pessoas. Leva à amargura € a0
ressentimento. Compromete a comunicagio. Aliena. Pessoas que esto sempre
prontas a se defender náo sio muito acessiveis. Quando outros sentem que
tém que pisar em ovos quando estio ao seu redor, voc’ acaba alienado « pode
ficar muito solitári, Tenho visto com freqüéncia situagöes nas quais todos
sentem como se rivessem que ter sensibilidade extra a fim de conviver com
certo indivíduo, o que faz com que comecem a evitar eta pessoa, porque pode
ser muito desgastante ter que lidar com um espirit defensivo, Se voc? sempre
sente como se estivesse machucando alguém, tem a tendéncia de eviti-lo após
um tempo. As vezes temos posturas defensivas a fim de näo nos machucarmos
Nao podemos suportar a rejeiçäo ou o pensamento de que alguém possa näo
gostar de nés. Aré que, inevitavelmente, aquilo que estamos tentando eviar
por fim acontece. A ironia € que a pessoa extremamente sensfvel acaba se 10
rando insensivel porque está ensimesmada, O que comega como um mecanis-

124

Rory Noland

sno dedefesa contra ador acaba levando un
e alienagio. Isso náo € bom para o artigo
comunhdo où construir relacionamentos sa

softimento ainda maior solidzo
que est tentando experimentar
ignficativosem sua vid.
A postura defensiva nos mantén longe
Honestidade € um sinal de ing en

dude. A pesa que econhec veda
de alo carter moral. Ser defensivo por
Stra. El 0 mantém loge da vedado sobre
dot As pesas tm a td de er see
honestas com pessoas sensiveis ao extremo, por

Porque no querer machucas.

Sims vers de comerse om pa bc
mo, que porque tha fado dema muito poco. Tor lecment ase
dade para fazer com que a pessoa se sense melhor ou segue! alge pora
tive medo de era. O que devra ter dt em som duvide as ea
mas deixei que a hipersenslbilidade dessa pessoa me impedise de cer total,
mente honesto.

dee fala honestamente € uma pesso,
ucro lado, € uma falha de carter
si mesmo € o mundo ao seu redor

Por liderar um grupo de artistas, encaro muito seriamente a responsabili
dade de pastores-los. Há ocasides quando preciso falar honestamente com al-
um sobre seu trabalho ou sobre ceras qucstöcs de carter em sua vida. Sem
pre que tenho algo particularmente dificil para compaclhar,fago isso com a
atitude de que a verdade nos ajuda a sermos pessoas melhores. Quase todos
querem que eu seja honesto com eles, mas ocasionalmente deparo-me com
artistas que no conseguem lidar com exiticas construtivas de nenhum tipo.
Eles näo querem ouvir a verdade. Isso € muito triste; näo percebem o quäo
libertadora a verdade pode ser.

scolhemos a postura defensiva para proteger-nos da inseguranga. No en:
‘ant, 0 que mais tentamos prevenir acontece, Pesoas que erguem muros pata se
proteger da verdade encontram mais inseguranga do que aqueas que encaram suas
fraquezas honestamente e eressem com elas. Num esforgo para proteger nosa
auto-esima, nos abrimos para algo mais prejudicial do que um ego feride, que €
mos ¡ludirmos sobre quem somos. Actedite em mim, esar enganado sobre suas
habilidades € muito pior que saber e acetar seus pontosfortes € suas faquezas

A postura defensiva nos impede de sermos

tudo o que podemos ser —

Sermos defensivos impede-nos de sermos os ats a se
Isso compromere-nos artística e criaivamente porque ouvirmos AE
(iin ou gases € uma das maneras que cmos par melon, PR
aprender muito se estivermos mi ee
deuma igrja tenho inämeras vezes decepcionado comprises ann ET
ma avaiaggo honesta das cangóes que escreveram Por al

125

O Coragáo do Artista

Fias-demo de autores de todo o país. De vez em amd esa a
sie e da incenivo, ig algumassugestese 0 compositor ica com tiva e
adota uma postura defensiva. Ele na verdade, náo quera mi ah 5 ss 0
aque desjava de verdade ra que eu diese que vou usa sua música em na
igreja. Iso definitivamente faz me ser cuidadoso com as avaliagôes que dare
0 próximo compositor que me pedir :

Quando adotamos posturas defensivas paramos de crescér como pessoas e
artistas, As vers fcamosdefensivos porque nos sentimos ameagados. Pensamos
que temos que proteger a nós € a moss are. Mas aquilo'que estamos tentando,
protege 0 que mais softe com nossa postura defensiva. sso porque nos separa
mos daquilo que pode ajudar-nos a Mlorscer como artista: avaliao construiva,

TOMANDO A OFENSA PARA St

Pelo fato de muitos aristas serem pessoas sensívis, nossos egos sio fer
dos facilmente, As vezes muito facilmente, Soros excelentes em assimilac si
ais das pessoas, coisas que outros sequer notariam, Por assimilarmos muitas
coisas assim, precisamos ter cuidado para no notarmos o que realmente náo
existe, Nossa intuigio náo € inflivel. Nao se exaspere (1 Co 13.5). Provérbios
3.30 nos adverte para que náo pleiteemos com alguém sem razáo. Provérbios
11.27 diz “quem procura o bem alcanga favor, mas ao que corre atrás do mal,
este Ihe sobrevird". Näo procure por problemas. Eclesiates adverte-nos para
que nio levemos tudo o que as pessoas dizem tio pessoalmente a ponto de
ficarmos facilmente ofendidos (7.21). Näo leve to a sério um comentário que
näo merega ser encarado assim, Nao deixe que a avaliaçäo de alguém crie um
lima que näo poss ser superado.

Quando os líderes dé Israel foram a Samuel pedindo que elegesse um rei,
de ficou ofendido. Encarou isso como uma afronta à sua lideranga. Foi como
um tapa em seu roto, porque ee era idoso e seus filhos náo estavam fazendo um
bom trabalho liderando a nagfo. O Senhor, no entanto, disse a Samuel para que
‚no tomase iso como pessoal: "atende à voz do povo em tudo quanto te dizem,
‘pois náo te rejcitaram at, mas a mim, para eu näo reinar sobre eles’. (1 Sm 8.7).
Em outras palavra, Deus disse a le: “nño fiça tempestade num copo d'água,
Samuel. Iso náo € com voct, portanto näo tome como pessoal”, Nós aristas
30 detemos o monopdlio sobre como ficar facilmente ofendido, mas por certo
temos uma das maiores franquias nesse negécio. Frequentemente, sem base suf
siente, podemos nos convencer de que alguém está tentando nos prejudicr.
Nem sempre € verdade. O problema pode ser um simples mau entendido, ou
talvez estejamos sendo sensívis 20 extremo. A naçio de Israel esteve à beira de
uma guerra civil por causa dé um simples mau entendido (Js 22). No final, as
<abesas mais ponderadas prevaleceram, € quando els sentaram para conyers,
Perceberam que haviam feito muito barulho por nada.

126

Rory Noland

Em caso de dévida, confia. Se vocé está ofendido por causa de algo que
uviu de erceiros, vá à pessoa e pergunte a ea respeto do que oi dio. Se
est levando algo para o pessoal mas nfo está certo de que deveria air assim,
confia. Já perdi a conta das vezes em que fiquei ofendido até que fosse à
pessoa e descobrisse que havia levado o que foi dico para o campo pessoal além
do que deveria, que entendi errado, ou que interpretci mal o que a pessoa fez.
Assim sendo, seja cuidadoso em nao se ofender, se nio havia nenhuma inten-
0 por parte de quem Ihe ofendew,

MANTENDO A FACHADA

Mitos de nés trabalham duro a fim de manter aimpressio de que estamos
bem, Isso € uma armadilha na qual muitos aristas caem, porque sempre temos
que vestir nossa melhor máscara quando estamos no palco. Quando nos apre-

sentamos, temos que aparentar que estamos no nosso melhor ¢ fazer o nosso
melhor. Temos que aparentar que estamos confiantes, mesmo se náo estiver-
mos. Desse modo, aprendemos a colocar uma fachada para vendermos a nós
mesmos. Essa fachada, essa confianga autoproduzida, nos faz ter uma postura
defensiva para com qualquer pessoa que tenha críticas construtivas.

Do mesmo modo, se alguém tenta apontar alguma de nossas falhas de
«aráter,náo importa o quäo amorosa tente ser, partimos para a defesa: "como
«la ousa sugerir que eu tenha um problema nessa ea", dizemos enfurecidos
Nos esforgamos tanto para manter a fachada que nos isolamos da única coisa
que irá ajudar-nos a crescer espiritualmente, a humildade.

[A propósico, esa € uma das maioresdiferengas entre apresentarse € miz
nistrar. Tenho visto muitos apresentadores profissionais que tentam desempe-
nhar um ministério do mesmo modo como sempre fiaeram suas apresenta-
gôes. Performance é entretenimento. Vocé tem que tomar conta do palco, tem
que mostrar autoconfianga e entusiasmo. Nao importa se esä passando por
‘uma profunda crise emocional. O show deve continuar. Vocé tem que deixar
tudo pra trás, subir no palco e empolgar a todos mais uma vez. Ministério, por
outro lado, no € encretenimento. Em vez de simulagio, autenticidade - pre-
‘isamos ser reais no palco. Ao invés de trabalhar duro para estimular a confian-
ça precisamos ser humildes. Ministrio requer que permitamos que o Espírito
Santo tome conta do palco.

RESPONDENDO AS AVALIAGOES

Eu compreendo a origem das posturas defensivas, Um artista pode ser
extremamente vulnerável. Se vocé se apresent publicamente, est no palco (ds
vezes sorinho), derramando seu coragio e dando a estranhos um vislumbre de
sua alma. Ser vulnerável € um prego que todos os que se apresentam publica-
mente pagam. Se é uma pessoa crativa, vocé também está vulnerável, Derra-

127

O Coraçäo do Artista

sna seu corago e alma para criar algo que segura com todo cuidado cm yy,
mäos. Quando chega o momento de mostrar iso 40 mundo, abre suas mig,
vagarosamente, esperando que ninguém destrua sun obra antes que cena à
oportunidade de tornarse algo. Por sera arte uma coisa muito pessoal, ii]
para nés separarmo-nos de nossa obra.

Ouutrarazáo para nos sentirmos vulneráveis € porque estamos sendo copy
tantemente avaliados. Avaliamos a nés mesmos, questionando semosso pa,
o gostou ou náo do que fizemos. Como conseqiiéncia, quer nos apresente
mos ou criemos, fregüentemente sentimos como se nossa obra estivese sem,
pre "lá fora” para que as pessoas a avaliem. As vezes, € como se o fatodesermoy
dotados ou näo, dependesse de como as pessoas respondem à nossa mais po.
«ente iniciativa. O conceio “vocé € to bom quanto sua mais recent apresen-
tagio,” näo € verdadeico, mas ds vezes € como nos sentimos. Artistas mua
vezes sentem que sua eficácia está em jogo sempre que deixam o palco, Subje.
ividade náo ¿um bom crtério para se avaliar a arte, Uma pessoa muito resp.

vada pode amar o que fazemos, e outra, também muito respeitada pode odia

Assim sendo, como vocé supera tudo isso € responde as aval
defensivo? Como ser sensivel mas náo ao extremo?

Acolha a avaliaçäo como sua amiga

Primeiramente, considere a crítica construtiva como sua aliada a longo
prazo. A Bíblia diz que os loucos desprezam a sabedoria (Pv 1.7). Davi foi um
artista que reconheceu o valor da eritica construtiva. No Salmo 141.5 ele diz:
“firacme 0 justo, será isso merch, repreenda-me, será como óleo sobre a minha
cabeça, a qual nao há de rejeit-lo”. Acolha a avaliagáo como uma amiga. Te
ha um espirito receptivo ao ensino. Esteja abero à critica. Reconhcça que ca
pode ser agente de Deus para trazer crescimento à sua vida — tanto espiral
quanto artístico.

Alguém que € honestó conosco verdadeiramente nos ama. Provésbios
27.5-6 di: "melhor €a repreensio franca do que o amor encoberto. Lai sío
as feridas fezas pelo que ama, porém os beijos de quem odeia sio enganoso”

* Conhego um músico extremamente defensivo. Todos pisam em ovos com ee,
so muito cuidadosos com o que dizem. É como um elefante na sala. El si
14, criando um enorme problema, mas ninguém quer falar sobre isso. Todos
sabem que há um problema, exceto a pessoa com o problema. Näo amamos
aos outros o suficiente para dizer-Ihes que esti ferindo a si mesmos com sun
constante postura defensiva? Quase sempre há algum grau de amor genuino +
interesse por tls da maioria das críticas construtivas. E por isso que a sal
gôes podem ser acolhidas como amigas € náo como um inimigo.

128

Rory Noland

Há uma personagem na Bíblia que tem sido um grande exemplo para
mim. Seu nome € Apolo, sua história esta registrada em Atos 18.24.28. Apolo,
Lo que cudo indice, era um líder e profesor talentoso, mas sua teologia estava
um pouco fora dos eixos. Duas pessoas, Priscila e Aquila (um dos maiores
“sais nas Escrituras), o chamaram de lado e 0 confrontaram com relagáo à sua
eologia. Nao sabemos exatamente o que foi dito, mas sabemos que Apolo
ficou diante de uma escolha. Ou ouviria a verdade e ganharia com cla, ou
ficaria ofendido e a ignoraria. É óbvio que Apolo estava aberto para a verdade
e acolheu a avaliagio como benéfica, porque após ouvir Priscila e Aquila, seu
minisério floresceu. “Tendo chegado, ausiliou muito aqueles que mediante a
graga haviam crido; porque com grande poder convencía publicamente os ju-
deus, provando por meio das Escrituras que o Cristo € Jesus” (vs 27-28).
‘Apolo prosseguiu fazendo grandes coisas para Deus porque estava aberto para
caticas conscruivas

[Apolo sabia que é melhor ouvir a verdade, embora seja dura, do que ser
sat que

acariciado por uma mentira que nos faz sentir bem. Eu cremo de pe
impacto para o reino tera sido perdido se Apolo tivesse tomado uma postura
vir a uma avaliagäo honesta. Também penso no retro-
o houvessem pessoas como
0 a noiva de Cristo € Apolo,
pelo bem-comum de todos

defensiva e recusado où
cesso que teria sido para a igreja primitiva sen
Priscila e Aquila por perto. Esses dois amavam cant
que se dispuseram a corter o risco da confrontasio,
os envolvidos.

Meus companheiros artists, näo remos que ser defensivos quando al-
gum nos ofrece sugestdes a respeto de noso trabalho. Se voct éalguém que
Sc apresenta publicamente, esteja abero a sugestss que possam fazé-lo me
Ihorar nessa área. Se € uma pessoa criaiva, náo seja averso a críticas construti-
vas, Nao hesite em pedir avaliagöes honestas de amigos. “Na mulcidäo de con-
Sabeiros há sabedoria” (Pv 11.14). Acolha a avaliaçäo como uma amiga, no
dima inimiga. O verdadeiro inimigo € a nossa própria postura defensiva
Responda com Graga
Mesmo se estivermos convencidos de que críticas co
ici saber como responder As sugestôes ou críticas com
le iva. Tiago 1.19 nos mostra como fazer isso: “Todo
tardio para fala, cardio para se irar”.

nstrutivas so boas

para nés, ainda € di
graga, ao contri de
homem, pois, seja pronto para ouvir,

Sc pronto para ouvir. Em vez de estar pronto para justificarse, ouga
primaire. Ouga sem se sent ameagado, Ouga como um filho querido de Deus,
Seguro em Seu amor, alguém a quem Ele ama intensamente, Vocé € uma pes-
oz com quem Deus se importa profundamente, nfo alguém que tem que ter
seu dom ou dignidade validados toda vez que algo negativo é vinculado a ele,

129

O Coragáo do Artista

io, sem faze dis algo maior do que na verdade
ee ee ae oe pora de ans
As ves esco ax tivas desencadeiam todo tipo de

“Aralingéesnegativas Penn.
mente toc Eo que acontece 0 tempo todo com Justin no inci de
Capt Ec nd pide eur com ehe por casa de odas aquelas one
defensivas dentro de sua mente.

Seja tardio para falar. Náo esteja io pronto para se defender. Quando
alguém nos oferece uma avaliagio, nossa primeira resposta näo deveria sep
defensiva. Deveríamo, 20 contário peguntar a nds mesmos, será que o que
de es dizendo ndo € verdade? Provérbios 18.17 diz: "o que começa o pleno
parece justo, té que vem outro 0 examina”. Nio deverlamos esta to pron,
tos a nos defender, porque alguém poderia aparecer € corroborar a critics
Quando alguém oferece rficas construtivas de maneira amorosa, precisamos
‘apressar apreciagio por sua coragem, interesse e amor, Nao € fácil falar à
verdade. Mesmo se vocé duvida do interese e cuidado da pessoa, normalmen.
te no está na melhor posig parajular a motivagío dela

Uma pessoa sibiaculiva um ambiente de honestidade cercando tudo y
que fz. Eu odiaria cher a0 fim da minha vida sabendo que fui enganado
sobre ceras coisas respeto de mim mesmo, simplesmente porque nie eine
aberto para a verdade, porque estive sempre pronto demais para me defender
Neil T: Anderson diz que “se vocé está do lado errado, näo tem defea..sc auf
do lado certo, ndo precisa de defesa” (énfases no original)

Seja tardio em irar-se. DE um passo para tis. Esfie a cabeca, As vere
ficamos com tiva € adotamos posturas defensivas, nos ofendendo com caia
ue jamais vera antengo de nos ofender Se vocé fo frio por alguen e
fu responsildadeconfronc-lo sobre iso como Mateus 18 nas nr Denes
ue a ava cea ese prolifere nunca € uma opgio que glorifies « Dees e
esiver pronto a ouvir e for cardio para falar,
bem tardio em rare.

Tenha discemimento

hi boas chances de que sea tam

pode receber opiniöes
saber o que é de Deus ¢

31 aprendemos que “os ouvidos que atender

A reprecnsio da vida no meio dos sbios fario morada”. Se voc cas
2 críticas construtivas, iso o fará mais sibio, Voctcrescerd ea sua ha
de compreender o que é de Deus e 0 que nio £
Vos deve ouvir as avaliagós, mas náo tem que receber tudo o que ouvir
como sendo verdade absoluta. “O simples dí crédito a toda palm, mas ©
prudente atea para os seus passos” (Py 14.15). Lo € particularmente impor

130

|

Rory Noland

tante para aqueles artistas que se encontram em situagdes nas quais muitas
pessoas (as vezes pessoas demas) estio dando o seu palpic. Em um filme, por
exemplo, um roteiro pode ser editado € refeto por dezenas de pessoas ao lon-
o do caminho, ao ponto de fazer com que o mesmo filine concluído apenas
Jembre vagamente roteiro original. Para aqueles dentre nés, que estäo sob o
microscépio de muitos que constantemente nos oferecem avaliagdes, € essen-
que tenhamos discernimento. Nem toda avaliagáo € feta com sensibilida-
de, mas ainda assim, podemos aprender com cla. Iso € importante porque
vo estará sempre tendo contato com aquele individuo grossciro que fala sem
pensar. Precisamos aprender a ouvir o que aquelas pessoas estío dizendo e no
considerar o modo como estio dizendo. Nem toda avaliagio € dada com boa
intengäo, mas voce pode rete o que é bom e deixar resto. Mesmo se a crítica
näo foi feita com amor, voce pode torná-la em algo benéfico perguntando asi
mesmo: o que posso aprender desta crítica que pode me fazer um artista me-
Ihor? Esse € um caminho seguro para fazer com que a crítica construtivatraba-
Ihe a seu favor ao invés de contra

‘As vezes, pessoas criativas adotam idéias ou linhas e näo conseguem se
desvencilhar delas, emboraessas comprometam o todo. Por exemplo, nós com-
positores podemos nos prender a uma linha da letra, Ela pode sera nossa linha
preferida na música, e se alguém comenta que cla náo € muito boa, nossa
inflexibilidade pode nos fazer perder a objetividade. Ouvi cera vez de um
“amigo meu, Judson Poling, que € um autor, sobre o tema “recebendo avalia-
ges” o seguinte: “todas as minhas predilegdes devem morrer”, Näo seja tio
obcecado por uma idéia ou uma linha a ponto de näo poder ouvir críticas
construtivas.

“Tenha um espícito receptivo ao ensino

Quando voc# comesa a se abrir para avaliagóes, outra coisa muito saudí
vel acontece: vocé engole seu orgulho e percebe que, näo importa qual sea sua
idade, tem sempre algo a aprender. Reconhece que pode sempre melhorar.
Que toda crítica tem um fundo de verdade. Retenha o que € vendadeiro e
de 0 resto eair à beira do caminho. Quando tiver problemas para identficar
a verdade ou a validade de uma avaliagio, leve isso a alguém que Ihe conhega
bem. Observe o que pensa a respeito da critica. Pergunte que partes dela sio
verdadeiras, Pergunte como pode crescer na área onde a crvica.construtiva
revela como sendo fraca. Ao fazer assim, vocé aprenderá quais avaliagóes levar
2 sério, e quais pode basicamente ignorar. Vocé estará seguro o suficiente para
dice» si mesmo, sim, iso € verdade. Eu realmente poderia cescer ness ärca
fu estou agradecido pela avaliagío, mas náo acho que se encaixe com o que
‘outros tém me dito sobre meu trabalho. O resultado pode ser uma resposta à
valia altamente saudävel. Embora nem todas as avaliagós sejam de Deus,

a

O Coragáo do Artista

Ele dfntvamence pode falar conosco por meio de out. Nunca sb
quando Deus podería ser aquele que está tentando falar conosco € nos ay
br a onsar que se alguém tem que me fa
Por alguma raáo, eu costumava pensar q ae
uma crftica construiva, € porque no sou muito bom no que fago, Alguén,
comentava algo de que nio gostava em uma de minhas cangöes cu pensa
Ah náo! Há algo errado com esta música. Eu näo devo ser um bom aut,
Desde entéo, tenho aprendido que até mesmo os bons autores solicicam ay
agées, e estáo constantemente refuzendo e revendo seu material. Eles té um,

mo
dar

espírico receptivo ao ensino,

Aprenda como falhar graciosamente

[Nao há problema em falhar. Ninguém é bem-sucedido o tempo todo, Vocé
€ eu cometeremos eros, assim sendo, precisamos aprender a como falharmos
graciosamente. Precisamos assumir mossos eros, náo fugir deles ou pasar a rs.
ponsabilidade para outra pessoa. Ninguém está esperando perfeigo (com exe.
io talvez de nós mesmo), portanto náo precisamos nos defender toda vezque
falhamos. Quando pisamos na bola, tratemos de engolir o orgulho, admitir à
falha, aprender com ela ir em frente. O fato de termos falhado no quer diner
que sejamos uns fracasados, E eu e vocé nunca conheceremos o sucesso a menos
que falhemos. Precisamos aprender a dizer: “Sim, ew ereei. No fz de propéde
Nio quer dizer que eu seja uma má pessoa. Nao quer dizer que Deus me ame
‘menos. Nao quer dizer que outros no grupo iräo me amar menos. Quer dizer
simplesmente que preciso trabalhar para melhorar da próxima ver”.

Verdi escreveu quinze óperas que foram um fracasso antes de screvr
Rigoletto, quando tinha trinca € oito anos. A partic dai, ele ficou famoso no
mundo inteiro como um dos melhores compositores de ópera da Iulia. El
ño se considero um fracasso porque falhara. Ele náo desistiu. Quando vocé
© eu aprendemos a flhar graciosamente, podemos aprender a partir de nosos
tros € entáo continuar, para nos tornarmos melhores artistas. Se o seu erro €
devido a falta de preparagio, arranje mais tempo em sua agenda para preparar:
se. Se precisa relembrar alguma técnica, fag iso. Se precisa voltaralgumas
ligóes, volt. Se em bloqueio mental com letras, memorize-as até ficar canst
do dela... € entio decore-as novamente, Se em alguns pontos mais dices no

ensalo, ablhe ne ane do próximo culo ou apresentagäo: Aprenda tudo
© que puder de seus eros.

‘Voce £ UM BOM COMPANHEIRO DE TRABALHO?

O estereötipo dos artistas € de que somos dificeis de trabalhar em equipe
porque näo recebemos muito bem sugestöcs. Isso € verdade para voce? AS
pessoas diciam que vocé éfácil ou difícil para trabalhar junto? 4 rabalhci com

132 ‘

Rory Noland

músicos difíceis antes, Näo € divertido.
algo malicioso como: "estava tocando o que vock xrevew ou alo Hrónico
comes "oc me dis pas scr dee jet d aia ve Momo se une

explicar que mudei de idéi, pessoas def
a ol ee Pessoas defensivas tim dificuldade para serem

Quando fago uma sugesto, cles ise

Um de meus pianistas favoritos para trabalhar € um un
pos fil de cl junta Estos e o que cul lcd com
ele, essa tem sido minha experiéncia também. Brian é cem vezes melhor pia-
ouua maneira, € graciosamente ouve a qualquer sugestäo que eu faga. Näo
actedito que tenha sequer um osso de defesa em seu corpo. Por causa das
exigencias de seu trabalho, náo tem muito tempo para tocar profissionalmen-
te. Ainda assim € to talentoso — um profissional completo — que poderia se
quisesse. Ele näo € apenas um excelente músico mas € extremamente flexivel a
mudanças ~ até mesmo As de última hora. Ele näo perde a compostura quando
qe D ale on ee N
verdade, € muito bom trabalhar com Brian.

DANDO AYALIAÇOES

Minha esperanga é de que todos nos tornissemos mais abertos a críticas
construivas, mas e aqueles que Fe as avalagées? Será que podem aprender a
fazer iso melhor? Estou falando de pastores, iretores de programaçäo, amigos e
Bnjuges que avaliam os artistas. Haver£ uma maneira de erticar a arte-sem
¿destruir artista? Muitos de nós avaliamos nossos cultosnaigeja para melhorar-
mos a qualidade, e isso € essencal se queremos crescer em exceléncia, mas temos
que fazer isso de uma mancira que verdadeiramente edifique. O nivel de alegría
+ de longevidade de mossos músicos e contribuintes crativos depende do quio
bem fazemos essa coisa chamada crítica construtiva. Tenho visto músicos rio
abalados por conta de uma critica mal comunicada que desejariam nunca mais
subir em um palco novamente. Teno vito gente de teatro, dangarinos, e outros
artists a ponto de chorar por causa de críticas comunicadas sem sensbilidade.
Conhego autores que perderam completamente seu deseo de ecrever por causa
de avaliagóes constantes que receberam e que nfo foram eonstrutivas mas preju-
dicias e dolorosas. Ninguém quer que isso acontega, e cu penso que seja mais
uma questäo de ignoráncia do que qualquer outra coisa.

133

O Coragáo do Artista

iva €o modo como € comunicad,

(© que faz com que a critica seja const à
Se 080 e ofeción amorosamente, pode er mais mal que bem A ved
deve ser dita em amor (EF 4.15), Cite consetiva deve es verdad. Nig
mita com raso qualidade do trabalho de Alguém. Sch honest Nog
algo que ndo quer dizer. Mas fale a verdade com amor. Diga com ternura e
si D demanda ge ia ia, ts
‘uma apresentaç£o ou um aspecto da obra construtivamente cui esa
e deservolvida com o tempo. Artistas precisam sentir que as pessoas que
esto fzendo as avaliagoesacredtam neles e desciam par m
Avallagoes que s10 dadas ou recbidas em um ambiente de amor e confiansa,
‘do extremamente valiosas e honram a Deus. “Como magás de ouro em salvas
de prata, assim € a palavra dita a seu tempo” (Pv 25.11).

Eu creio que toda comunidade artistica deveria ter suas pröprias reg
bésias para extcas. Estas coisas precisam ser trazidas à discussio se voc? est
tentando construir uma comunidade de artistas. Tenho algumas sugestóss, ea
Seguir hi uma lista que tenho compartlhado com alguns de meus amigos que

ra cles o seu metho,

mme fazem avalagées
Dé sua avaliagáo geral primeiro .

_ Digamos que cu seja um carpintero talentoso € que construo mévei de
qualidade tais como uma mesa, e que a trago a vocé para sua opiniño, Digamos
que voc? ache que é uma pega excelente mas náo diz isso no primeiro momen
10. Voce pode até pensar que esta sja a melhor mesa que já tenha visto. Pode
parecer tio óbvio para vocé que € um trabalho excelente que presume que cu
sei iso e nfo diz nada imediatamente porque está muito ocupado admirando
minha mesa. E entáo nota uma pequena falha na base de uma das pernas da
mesa ~ nada expressivo. Isso certamente em nada compromete a beleza da

mesa. Vocé pode té estar orgulhoso por haver encontrado uma pequena falba
que a maioria das pessoas náo ia notar numa pega tio bem feita. Vocé diz algo
2 respeio disso, de modo que as primeiras palavras que siem da sua boca so
ño negativa a um detalhe pequeno, Uma vez que estou ansioso cm

, sob atraído imediatamente à esta pequena falha que voc?
está mostrando, Vocé deve estar pensando: Uau! Que grande pega. Mas por-
que primera coisa que vacé dise foi sobre esta pequena falha, ela nño € mais
“do pequena assim para mim. Concluo que afalha era tio grande que arruinou
a mes intra, Lembre-s, para o arista que está tio entusiasmado com o que
«státrabalhando, e busca sua opiniäo, suas primciras palavra representam su
avallagio geral. A falha na base da mesa näo foi sua avaliagio geral; näo fol
equer sua primeira. Sua avaliagío geal foi a de que vocé ficou impresionado

134

= Rory Noland

com a mesa, mas nunca disse isso, Se sua avaliaçäo geral for positiva, comuni-
{que so centdo continue falando sobre o negativo. O negativo € normalmente
mas lil de ser recebido para o arista se ele conhece voct, se sabe que vocé,
mo geral, gosta da obra em questäo,

Isso vale da mesma mancira quando avaliamos uma experiéncia ministe-
sil, Como vocé avalia um culto de adoracio? Vocé deveria criticar a adoragio?
No há problema em criticar a banda e os cantores, mas a quest principal ¿
se a adoragio aconteceu ou mio. As pessoas foram conduzidas à presenga de
Deus? Nós adoramos em espirito e em verdade? Isso ¿o mais importante, Nao
perca a visio do todo. Responda a estes tipos de questöcs primeiro e entáo
prosiga nas maneiras de como melhorar a banda € os cantores.

Tente dizer algo positivo

Quando fizer avaliaçôes, sempre comece dizendo algo positivo. Mesmo
se sua avaliagáo geral de uma apresentaçäo ou pega for negativa, tente encon-
tar alguna coisa positiva para dizer. Artists precisam de encorajamento. Dé a
es uma avaliagäo de um modo que mostre o seu amor € respeito. Trate-os
com dignidade, Nao invente alguma coisa apenas para ter algo positivo para
dize. Soja honesto.

Eu tenho que praticar o que prego quando assisto a apresentagóes na
aha igreja. Näo importa o quío ruim a apresentagio tenh
«visa que sai da minha boca tem que ser algo verdadeiro e positive. Diga aos
artistas o que vocé mais gostou na apresentagio antes de dizer-lhes o que Ihe
incomodow. Mencione seus pontos fortes antes de discutir suas fraquezas. Ainda
que a única coisa positiva que voce tenha a dizer é: “Obrigado por achar um
tempo em sua agenda ocupada para vir ese apresentar”, diga iso com amor e
vincesidade. Nao vá direto As coisas negativas sem dize algo positivo.

Reconhega esforgo e trabalho duro

Expresse apreciagio por qualquer esforgo extra que tenha sido feito. É
desmoralizante trabalhar, especialmente duro, e sentir que ninguém notow A
maioria das pessoas náo tem idéia de quantas horas um artista investiu cm uma
‘presentagdo ou em uma obra. Sea apresentagio náo foi tio bem como todos
Bostariam que tivesse sido, € como se todo o trabalho duro fosse em vio. Essa
Pode ser uma expériéncia bastante desencorajadora para um artista, Mesmo se
algo náo funcionou, ou se foi um fracasso total, expresse apreciagdo por qual-
quer preparagáo extra ou ensaio. Ninguém quer falhar, e trabalhar em artes
ge uma grande quantidade de esforgo. Esteja certo de ter honrado o esforgo
‘mesmo que ele náo tenha sido aproveitado.

ido. A primeira

135

O Coragáo do Artista

Neemias náo levou todo o crédito por reconstruir o muro de Jerusalén,
No capítulo 3 de sua narrativa, ele menciona nome por nome de setenta ¢
cinco pessoas que trabalharam diligentemente durante todo 0 projeto, Ele re.
gistrou para a posteridade o papel que desempenharam e descreveu exatamen
teo quefizeram. Um lídessábio irá sempre reconhecer esforgo e trabalho duro,

Evite exagero :

Evite declaragóes extremas. Quer sejam positivas ou negativas clas pro-
<duzem mais mal que bem. Por exemplo: “Esta € a melhor cangäo que j fo
feit” ou “Ela € a nossa melhor vocalista!” Eu lamento por alguém que tenha
que se apresentarimediatamente após à alguém que tenha sido “coroado o
melhor”. Uma vez nés estávamos cantando uma cangio na igreja e a banda
ficou visivelmente fora de sintonia por oito compassos. Mais tarde, naquela
semana alguém disse-me que a nossa pequena jornada, por diferentes ritmos,
fer uma pessoa sentada na congregagio sente-se muito desconfortável.E dis.
seram-me que esa havia sido pior experiencia musical que esta pessoa havia
tido em nossa grea. É desnecessrio dizer que foi uma declaragío extremada e
que fer sentir.me cersivel. Eu assumo toda responsabilidade pela música que
lidero, Eu a arranei. Eu a ensici. Pui parte da apresentagio, Ninguém falhow
de propósico, ainda que eu me sentisse responsävel pela “pior experiéncia”
desta pessoa com música em nossaigrja. Sugiro que todos nés evitemos oxa-
gros ao fazer avaliagöes de aristas. Declaragées extremas geralmente produ
Zem reagöes exuemas.

Evite comparagóes negativas

Quando náo gostamos de alguma coisa € tentador enfatizar isso 20
compari-l a algo que seja, num sentido artístico, obviamente fora de moda
ou mediocre. Na Escola de Música onde estudei composiçäo era muito co
‘mum chamar algo de “Tchaikovsky requentado” se vocé nio gostasse daquilo.
Era como dizer que a música de alguém era ultrapassada. No passado, certos
homes da música popular norte americana levavam o mesmo tipo de crítica.
Nomes como Barry Manilow ou os Bee Geer.

Precisamos evitar fazer estes tipos de comparages negativas porque clas
podem ser mi fests purs um asa. Cena ver algun compas am
némero musical que eu havia arcanjado a algo que soava como o grupo Up
with People, Nenhuma ofensa aqueles que eram fis dos Up with People, mas à
Pessoa que fez esta critica näo tinha a intengio de fazer um elogio e, com toda
2 honestidade, eu me senti diminufdo. Nós usamos comparagócs negativas
como essas para expressar nossa opinido, mas cas fazem mais mal que bem. Há
sempre uma mancira melhor de expressarmos nossa opiniäo do que nos util
zarmos de comparagbes negativa. Evite-as,

136

Rory Noland

PERDOANDO AQUELES QUE FERIRAM VOCE

Vocéj foi frido pela crítica dura dealguém? Ou foi ia de alguém
caja insensibilidade, cujas palavras negativas em relagäo à sua arte ainda y
perseguem? Artistas que sio cronicamente defensivos, estio normalmente an
mazenando amargura € ressentimento para com pessoas do seu passado que
disseram coisas depreciativas a respeito deles e de sua obra. Discutimos antes.
ormente que quando vocé está ferido, a Biblia di para que vá individuo que
o fein e converse sobre isso. Sei que isso nem sempre € possível, Talvez à
incidente tenha acontecido há muito tempo € a pessoa que o feriu com suas,
palavas tenha se mudado para outro Estado, ou vocé tena perdido contato
com ela. Talvez a pessoa tenha até mesmo morrido. Sejam quais forem as cir.
cunstincias, em algum ponto do processo vocé precisa perdoar esta pesa. Eu
digo isso mais por vocé do que pela pessoa. Guardar rancor e migoa pode ser
mais prejudicial a vocé do que as palavras negativas o foram, Eu conhego pes-
soas que estäo aprisionadas A amargura porque se apresentacam em certa oca-
sito e náo foram bem. Isso pode ter acontecido há anos atrás, mas ainda ma.
chuca. Toda vez que pensam nisso, sentem-se tensas porque essa memória de.
sencadcia um dos maiores medos que todo artis encara; o medo de no ser
bom o suficiente, Eles näo conseguem se libercar da tirania dessas palavrıs
negativas até que tomem a atitude de perdoar.

Vocé náo pode controlar o que as pessoas vio dizer sobre seu trabalho,
mas vocé pode controlar como vai responder. As Escrituras dizem que náo
importa o que a pessoa tenha dito, se temos alguma coisa contra ela, precisa-
mos perdoá-la como Deus a perdoou (CI 3.12-13). Se € difícil perdoar, pega 20
Senhor que o ajude. Diga a Ele que vocé quer perdoar a pessoa que o feriu com
palavras negativas. Pega ao Senhor para libercé-lo da influéncia que essa opi-
iso negativa tem tido sobre vocé, Se voc? nio consegue dizer essa oragdo
ainda, pega ao Senhor que trabalhe em sua vida para levé-lo ao ponto em que
vocé possa dizé-la com toda sinceridade. Perdoar a pessoa que o feriu pode
liberté-lo das palavras negativas que o influenciam como artista. Esse € um
grande passo no processo de desfazer a mágoa. Deixe o poder do perdio res-
‘@urar o seu coragío e a sua alma.

SENDO ARERTO PARA A VERDADE

Vocë esté aberto para a verdade a respeito de suas capacidades? Quando
vim trabalhar em tempo integral na Willow Creek, havia alguns músicos que
‘unio poderia com toda honestidade afirmar que tinham habilidade musical
Eu conferi com alguns dos meus colegas para cerificar-me que näo estava
Perdendo nada, e descobri que eles concordavam comigo. Convidei este grupo
de músicos para uma reapresentagio porque eu queria dara cles toda a oportu-

137

O Coragáo do Artista

nidade para que fossem bem-sucedidos. Mas as apresentagóes posteriores co.

firmaram minha opiniäo de que eles náo tinham o que € necessärio para estar
em nosso ministério de música. Assim sendo, tivemos algumas conversas dif.
«cis. Primeiro de tudo, agradecí a estes queridos servos por seu ministerio para
a igreja e pelo papel importante que desempenhavam. Mas entäo dise a cles
que eu näo os via como tendo as habilidades que precisávamos para 0 próximo
passo de fé a ser tomado. Compreensivelmente isso foi dificil de ser ouvido ¢
houve muitas lágrimas iradas (antes de continuar, deixe-me reiterar quo im-
portante estar servindo numa área na qual vocé se encaixa. Se eu coloco al

gueim numa posigäo na qual náo está preparado para atuar, estou privando essa
pessoa de experimentar realizaçäo verdadeira em algum outro lugar na igrja

Algum lugar onde ela esteja alinhada com suas habilidades). Há alguns anos
atrás eu recebi um bilhete de uma das mulheres que havíamos dispensado. Ela
disse o seguinte:

Quando vocé me disse que eu náo tinha a habilidade necesstia para can-
tar na igeja, eu o odie, Tenho cantado na igej por toda minha vida €
inguém jamais me havia dito que cu náo poderia canta. Suas palais
foram uma das mais difceis que eu jamais ouv, mas me forgaram a enca-
rar a possbilidado que talvez eu näo fosse mesmo uma cantora. Assim
sendo, pela primeira ver em minha vida me ajolhei e pedi ao Senhor que
me mostrasse o que Ele queria que eu fiese com meus dons e habilda-
des. E Ele me conduziu de vol à escola e ao aconselhamento, Hoje eu

abri minha própria Clínica de Aconselhamento e devo tudo isto a voce.
Obrigada!

Nem todas as situagges como esta tém um final feliz, mas esta irmä reve
uma experiéncia que transformou sua vida porque sua disposigáo para estar
abel vedado sobremesa, alta ur bado de Deas para u
vida. A verdade, náo importa quäo dura seja de se ouvir, id sempre liber
(Jo 8.32). nis a on
Gostaria de compartilhar uma história mais pessoal com voce. A razío
por que sei algo a respeito de posturas defensivas € porque eu hutei com iso
Eu tinha meus vinte e poucos anos quando alguém em meu ministétio amoro-
samente me puxou de lado e disse: “Irmáo, todos sent
pisar em ovos perto de voct. Vocé fia cio defensi
algo remotamente negativo”, Bem, n
de que estivesse agindo daquela mancira «
estavam deixando de me dar avaliagóes vali
que eu estava sendo uma pessoa defensiva,
Gastei a rcuniäo da semana
trabalhava de perto em meu mini

¡mos como que tendo de
toda vez que alguém diz
fiquei chocado. Náo tinha idéia
me senti mal. Pensar que pessoas
osas ou mesmo me evitando por
realmente me chocou.

seguinte com todas as pessoas com quem
istério e pedi desculpas. Lamentava muito

138

Rory Noland

que as houvesse alienado e que náo tivesse ouvido seus comentários. Prometi
que, daquele dia em diante, estaria aberto para qualquer € toda crítica construe
civa. Dei-Ihes a liberdade de falar a verdade para mim. Eu entio as convidei
para mostrar qualquer trago de posturas defensivas que pudessem ver em mim.

Esta pessoa que me chamou de lado e mostrou minha postura defensiva
€ alguém a quem devo muito. Odeio pensar onde estaria agora se ele náo
tivesse arriscado nossa amizade e falado a verdade em amor. Certamente näo
penso que estaría no ministétio hojese este amigo näo me tivesse confrontado.
Alguns anos mais tarde, quando já como um compositor, iniciei um relaciona»
mento com uma editora. Uma mulher da área expressou apreciagio e surpresa
pelo quanto fui aberto a avaliagöe: “Vocé vai longe como autor”, ela disse. Se
cla soubesse como eu era...

Eu certamente náo posso receber nenhum crédito por qualquer cresci-
mento nesta drea. Deus € Aquele que tem trabalhado todos estes anos para
manter este meu espírico defensivo em cheque. Louvado seja o Senhor. Muito
deste crescimento iniciou-se através do meu amigo que teve a coragem de me
confrontar com relagio As minhas posturas defensivas. Sou para sempre grato

a este irmäo que agin corajosamente e com amor por m

SENDO DEFENSIVO COM O PECADO

‘Uma última drca que deverfamos discutir € a nossa postura defe
respeito do pecado. Se há uma área de pecado habitual ou de desobediéncia
deliberada, espero que vocé esteja aberto à verdade quando confiontado por
um mo ou irmá. Viver em negaçäo apenas torna as coisas mais difceis para
¿se vocé mesmo náo achar que

vocé mesmo, porque ninguém pode ajudar vo
um problema ou se está mentindo a respeito dele,
Deus nao se agrada quando vivemos em negativa com relagio ao pecado
“Ainda dizes ‘estou inocente; certamente a Sua ira se desviou de mim’. Eis que
entrarei em juízo contigo porquanto dizes, 'náo pequei” (Je 2.35). Viver ne-
gando o pecado pode ser desgastante. Davi tentou cobrir seu pecado com
Batseba, mas quando Nati finalmente o confrontou a respeito disso, Davi,
Para seu pröprio beneficio, submeteu-se. Ele provavelmente disse algo como:
"Sim, chega de negar. Pequei contra o Senhor” (2 Sm 12.13). Ele se arrepen-
deu e acertou-se com Deus: Mas ouga o quäo agonizante foi para ele tentar
ver negando: "Enquanto calei os meus pecados envelheceram os meus ossos
Pelos meus constantes gemidos sob o dia, Porque Tua mio pesava dia ¢ noite
obre mim. E o meu vigor se tornou em sequidäo de est (S1.32.3 € 4).
(Cerca vez gastei duas horas com um homem que negava te séros proble-
Tas com lascívia, Até que finalmente cedeu e confessou estar envolvido com
Pornografía, prostituigäo e sexo por telefone. Foram necessárias duas horas para

139

CApfTULO Seis
CIÚME E INVEJA

senda adora dangar. Ela danga desde que comegou a caminhar ¢ vai
GR desde o balé clásico ao moderno. Durante sua carreira ela dangou

com algumas das companhias de danga mais famosas e viajou pelo
mando inteiro. Hoje ela ¡4 está quase aposentada, cuidando de sua familia €
ensinando numa escola de dança perto de casa.

Recentemente Brenda desenvolveu uma paixäo pela danga na igreja. Ela
sente que Deus deu-lhe uma visio de como a danga pode ser utilizada durante
aadoragío. Ela tem se sentido um pouco frustrada, no entanto, porque parece
que, fizer a dangaseraceita em sua igreja, uma batalha muito difícil. Quando
tdalevou a idéia pela primeira vez, o pastor foi muito cauteloso. Ele levou sua
idéia para alideransa e eles a entrevistaram varias vezes. Foram necessérios seis
meses para decidir que näo havia problema, mas eles estabeleceram algumas
gras muito rígidas. Eles queriam ver antes do culto tudo o que ela fosse fazer
eiriam ter uma palavra com relagáo à rompa que ela utiizaria. Isso pareceu
suficientemente justo para Brenda. Além disso, ela estava muito feliz porque
des haviam dito sim. Mas ela nunca mais ouviu sobre isso de novo, nem da
Iiderana, nem do pastor. Cultos especias de adoragño iam e vinham. O Natal
ea Páscoa vieram e foram. E ainda assim nenhuma palavra de ninguém da
igreja com relaçäo ao uso da danga. Ela náo sabia o que estava acontecendo.
Será que havia dito algo que ofendeu alguém? Ou havia algo a seu respeto do
qual eles náo gostavam? O que eles tinham contra a danga?

Entio algo estranho aconteceu. Brenda estava sentada na igreja quando o
pastor levantou-se e introduziu um belo casal de jovens, Bob ¢ Carol, que
baviam acabado de chegar na igreja. Ao ver Carol a inuigño de Brenda dise-
the que ela era uma bailarina. E ela estava certa. O pastor disse à congregasño
‘que Bob era dentista e Carol era uma bailarina profissional. Que bom, Brenda

143

O Coraçäo do Artista

censou, outta bailarina na igreja. Entio o pastor diss: “eu sei que nunca inclut
tn ora Ei son ra
À Carol panicipar da adoraggo nesta manhá com ium número de danga" El
continu omparülhando ercaos da Bla que dia respeto Adan como
Joule de adoragio = versículos que Brenda havia selecionado em sua apresentar
io aos líderes. Na verdade, ela o via dizendo algumas das meimas cas que
Se havi dit quas dos anos ae. Carol dangou efi uma linda apreentido
A congrepacto ficos profumdamenrergadae aplaudiu de pé Brenda reve uma
esranha mistura de emoges Estava feliz porque a danga finalmente teve uma
hance na ira, mas um pouco enciumada pelo fro de que todos os clogios
recafram sobre esta reeém-chegada.

(Os próximos meses foram muito confusos
vase toda semana na igreja. E os membros näo paravam d
Queriam que ela comegasse um miniséro de danga. De fato,
Brenda para ver se da poderia fazer parte diso. Brenda recusou-se inventando
ma história de que estaria muito ocupada em casa e no trabalho. Enquanco
iso, a popularidade de Carol continuo ase espalhar. Ela foi até mesmo con-
vidada para dangar em outras igrjas.

Brenda tentou conversar com seu m
rar outrasigrejas. Mas le näo queria sai de lá. Seus filhos também no queri-
fim sai, Ela sentu se acuada. Nunca havia se apresentado para Carol nem
falado com ela. Na igreja Brenda sempre a evitava. Ela tinha inveja de
“Tinhainveja de seu suceso. Tinha inveja de toda a atençäo que recebeu. Carol
€ seu marido se tornaram bons amigos do pastor e de sua esposa. Ah, cr
isso, Brenda racionalizou. Ela danga porque € amiguinha do pastor e de sua
esposa. Tudo iso é poiticagem, nio &

para Brenda. Carol aprescn
le falar sobre ch.
o pastorchamou

para que comegassem a procu-

Brenda comegou a trabalhar no bergärio a fim de que pudesse eitar estat
na igreja e ver Carol dangando. Mas mesmo no bergário, náo conseguiu fugir
do sucesso de Carol. Após culto, quando os pais vinham apanhar seus filos,
clas elogiavam exageradamente o culto e Carol. “Vocé também näo dans
Brenda?” alguns perguntavam. “Vocé deveria estar lá na frente com Carol’

“Ah. Estou muito ocupada”, Brenda respondeu um dia educadamente.
“Além disso, pari de dançar”, A última informasio náo fora totalmente verds-
ira, mas clase sentia como se estivese parando.

Em algumas ocusóes pessoas perguntaram a Brenda o que ela pensavá
sobre o novo ministério de danga, Num tom bem paternalista ela mencionar
algumasfalhas técnicas que “apenas pessoas que sabiam algo sobre danga" 9°
variam. Ela mais tarde lamentaria estes comentários depreciativos, mas les
continuavam a aparecer de tempos em tempos.

. 144

Rory Noland

Lá no íntimo Brenda estava com raiva da igreja, de si mesma e de Deus,

Ela nao sabe o que fazer com todos esses sentimentos de amargura. Ela sabe
que os crisäos náo devem ser invejosos. Assim sendo, ela nunca compartilhou
‘com ninguém acerca dos conflitos emocionais que está vivendo, Ela náo con.
e estar feliz por Carol. Ela náo gosta de Carol. Brenda näo consegue se
alegrar pelo faro de que a igreja finalmente está desenvolvendo um ministério
de danga. Ela continua a negar seus sentimentos e pensamentos. Ela gostaria

de poder fugir
QUESTOLS PARA DISCUSSAO EM GRUPO

1. O que vocé faria se fosse a Brenda?

2. A raiva de Brenda € compreensivel para voce?

3. Vocé acha que o pástor lidou bem com esta situaçäo com relagäo à
\ Brenda? Se näo, como ele deveria ter lidado com isso?

4. Vocé acha que Brenda fez a coisa certa ao recusar se envolver com o
ministerio de danga sob a lideranga de Carol? Por que sim? Por que nao?
5. A Carol. deve ser responsabilizada pelo que está acontecendo com
Brenda?

6. Qu
7. Que ligöes poderia Deus querer que o pastor aprendesse?

8. Que ligöes poderia Deus querer que Carol aprendesse disso?

9. Que ligóes poderia Deus querer que a Congregacio aprendesse como
resultado de tudo isto?

10. cime ea inveja sio comuns entre os artistas na ige}
que esse é um problema grande ou pequeno?

s poderia Deus querer que Brenda aprendesse através disso?

Vocé acha

Nao contcards

Vocé já invejou os talentos de um outro arts
sucesso de alguém? Se vocé € um artista, precisa saber como lidar com ciime e
inveja, porque sempre haverá alguém mais talentoso, mais bem-sucedido, mais
em destaque, mais atraente ou mais proeminente no ministerio que voce

2 Vocë já sentiu ciúme do.
fac? ji

As palavras ciúme e inveja sio praticamente sinónimas na nossa Iingua-
gem diária. Nós freqúientemente as usamos simultaneamente, mas nunca nos
deparamos com explicagóes que destaquem as diferengas ente as duas, Uma
idéa € a de que ciúime envolve um triängulo de relacionamentos (tas como
marido, sua esposa € um outro homem), enquanto inveja é entre dus pessoas
apenas. Outra teoria € que inveja ocorre na tentativa de se proteger aquilo que
Játemos contra um rival. Essa última distingo chega perto do que o dicioná:

145

O Coragáo do Artista

fo diz, De acordo com el, palavra ciúme tem um senso de rivalidade ar.
do a ela, como o cime que nossa amiga Brenda sentiu por toda a atengáo gy,
Carol estava recebendo. A palavra inveja indica o desejo por algo que algun
tem tal como talento ou habilidade.' Para nossa discuss, iei considera cg.
me € inveja juntos, uma vez que estio relacionados muito proximament

Ciúme e inveja sio pecados sérios diante de Deus. Eles sio “obras ¿y
carne” (Gl 5.19-21) e Deus fica ofendido quando permitimos que a amargura
© ressentimento criem rafzes em nossos coragées. Ele se irou com Miriam por
ter ciúme de seu irmäo Moisés e lidou seriamente com ela ao permitir que
contrafse lepra afastando-a da comunháo por sete dias (Nm 12.9-15). Assim
sendo, náo pense que Deus náo leva a'sério este pecado,

Ciúme e inveja carregam poder explosivo o suficiente para minar a uni.
dade e dividir qualquer grupo. E por isso que Paulo confrontou os corintos à
respeito do ciúme que os estava separando (1 Co 3.3; 2 Co 12.20). Ele consi.
derou o pecado do ciúme tio sério quanto orgias, bebedices, in
dissolugdes (Rm 13.13). Tiago nos diz que sempre que houver citime
confusäo e toda espécie de caiss ruins” (3.16). Infelizmente
sio mais comuns entre artistas na igreja do que gostarfamos de admitir, Ao
servir ao Senhor juntos, em nosso meio hä sempre o potencial para 0 ciúme ¢
a inveja. Na verdade, o primeiro assassinato foi cometido por causa do cime
‘entre dois irmäos que estavam tentando servir a Deus (Gn 4).

Há muitos exemplos de ciúme e inveja na Bíblia, tais como o de Isaque «
Ismael (Gn 21) ou Jacó e Esaú (Gn 25). Raquel tinha cisine mortal de Lia
porque tinha filhos e ela no (Gn 30.1). Os irmáos de José foram seduzidos
Pelo ciúme e o venderam como escravo (Gn 37). Miriam e Aario tinham
Ciúme de Moisés e de seu relacionamiento com Deus (Nm 12). Saul tinha
ciûme de Divi (1 Sm 18.8). O irmäo do filho pródigo ficou com ciúme por
causa de toda a arençäo que seu pai demonstrou ao filho desobediente (Le
15:25-32). Mateus diz que a razáo pela qual os líderes religiosos crucificaram
a Jesus foi porque tinham inveja dele (27.18).

HOME E INVEJA ENTRE ARTISTAS.

Qualquer um que esteja nas artes por algum tempo sabe que cióme €
inveja correm soltos entre artistas. Comparamos nosso talento com o talento
de outros. Nosso trabalho com o de outros, nossa falta de sucesso com suas
conquistas. Nos sentimos ameagados pelo talento de outros. Quanto menos
ass somos ás dennis seremos de outros artistas, Queremos saber
quem está sentado na ponta da mesa, quem € amigo de quem, quem está se
dando bem. Näo queremos ficar de = Näo, a me para cds.
‘Assim sendo, nos agarramos 20 que achamos se certo para nds,quersja uma

146

Rory Noland

gio, um papel, uma comissio ou um prémio, Em resumo, a questäo do ter
Eu nfo ter, tem sido causa de disputa desde que o mundo é mundo.

A História mos diz que a comunidade artistica tem lutado com ciime e
invja por séculos. As rivalidades infames entre Leonardo da Vinci e Michelangelo
insantancamente vem A mente, Henri Nouwen escreve muito apropriadamente
sobre as hostilidades dos bastidores em seu livro Reaching Our

Recentemente um ator contou-me histérias sobre o seu mundo profiso-

nal que pateciam muito típicas de nosso tempo. Enquanto ensalando as

mais tocante cenas de amor, ternura e relacionamentos íntimos, os atores

estavam com tanto ciúme um do outro e tio enfocados em suis chances de

“chegat 1, que a cena de bastidor era de ¿dio,animosidade e desconfian-

ça mütua. Aqueles que beijavam um ao outro no palco, estavam tentados

a bater um no outr por eis. E aquees que tepresentavam a mais prof

das emogôes humanas de amor sob as luz, revlavam as mais hosts €

«rivas rivalidades io logo as lunes se apagassem?

Minha história favorita, no entanto, envolve o pintor da Renascenga Ita-
liana, Giovanni da San Giovanni (1592-1636). Ele chegou a Roma para ga-
har vida como artista, mas havia uma amarga rvalidade entre os artistas na
Roma daqueles dias. Giovanni recebeu a incumbéncia de pintar um fresco.
para o Cardeal Bentivoglio e comegou imediatamente. Após o primeiro dia de
trabalho em sua nova obra, ele foi para casa. Quando voltou no dia seguinte
ele encontrou lama espalhada por toda a pintura. Giovanni pensou que havia
alguma coisa errada com o material que estava usando. Assim sendo, conti-
nuou tentando com misturas e combinagöes diferentes. Mas os resultados ain-
da eam os mesmos. A cada dia que chegava ao estidio encontrava o trabalho
do dia anterior arruinado. Isso continuou por cinco dias aré que cle tevea idéia
de que isso poderia ser obra de vándalos. Assim, decidiu dormir em seu esti-
dio naquela noite e, conforme havia imaginado, por volta da incia noite os
«riminosos entraram silenciosamente no estidio. A medida em que escalavam
a escadas para os andaimes, Giovanni empurrou a escada fazendo com que
«aísem no chño, Tratava-se de dois pintores franceses clumentos que stavam
na cidade. |

RAA E DESPREZO

A maioria dos cristäos ndo sabe como lidar com inveja e cióme. Comecei
a ensinar sobre isso, porque vi em mim mesmo e em outros artistas cristios,
‘uma inabilidade para lidar com cidme e inveja de uma maneira saudével ou
madura, Sabemos que ¿errado cobigar, € um dos dez mandamentos (Ex 20.17)
Mas a0 invés de trazer o nosso pecado A luz © conversar sobre ele, tentamos
‘scondélo, Isso € constrangedor e soa mesquinho. Sair e dizer: “estou com

147

O Coragáo do Artista

lime de Susi, € admi que Susie € mehr que eu. Assim sendo, no
Apenas meus sentiments de vea cime que esto expos, mas tam

inha infroridado, Ciime e invja nem sempre si esplhafttor Ne
das veus, so suis Na verdade, muitas vezes o problema pode nt
de ser detectado na superficie porque ele se aloja no íntimo de noc
Soragses. Li dentro nós estamos, na verdade, com raiva, Estamos com in
Porque estamos sendo “humilhados”. Ficamos Joucos da vida porque alguen
tem algo que náo temos, Nós nos sentimos como se estivéssemos sendo tat,
dos da mancia errada. Sabemos que náo € ristäo odiaralguém. Sendo aim
tentamos lidar com nossa inveja varrendo-a para debaixo do tapete e ing,
que ela nao est Id. O problema € que cla manifesta-se de muitas manes
diferentes, Vém a tona sempre que reclamamos, em voz alta ou para née mar
mos: “Por que fulano e ciclano fazem solo o tempo todo em vez de mim?"
vezes disfargamos ciúmee inveja com aparentes boas intengóestais como: "Po,
que aquela pessoa está lá na frente o tempo todo em vez de Bill ou Bob?” lve
502 como se nós estivéssemos realmente preocupados por Bill ou Bob, mas ¢
ue realmente queremos dizer é “Por que aquel pesoa está na frene o tempo
todo em vez de mim?”. Nós podemos até registrar os números: "Vejamos. Eva
€ a quinta vez nos últimos dois meses que Susie tocou a parte principal e u
toquei apenas uma”.

Podemos também tentar sutilmente sabotar outros ministérios, talvez fa.
lando mal deles pelas costas. Quando lançamos mio disso, estamos entrando
em terreno perigoso porque estamos nos colocando contra Deus, que levanta
servos e os coloca em papéis que Ele quer que desempenhem (SI 75.7). O.
Senhor So nos aprova quando nos levantamos contra pessoas que Ele ungiu
para o Ministério (1 Cr 16.22). Se náo estamos com elas, somos contra els.
Quer tenham pereebido isso ou ndo, as observagdes depreciativas de Brenda
tinham como objetivo enfraquecer a Carol. Ela também resstiu passivamente
A Carol 20 náo oferecer a ela apoio para o novo ministerio de dança.

Se náo lidamos com nossa inveja ou nosso ciúme iremos por fim acabar
desprezando a pessoa de quem temos inveja. Dallas Willard destaca que o
despreso ainda pior que ira: "Na ira eu quero fer vocé, No desprezo cu no
‚me importo se vocé está ferido ou näo. Ou a0 menos eu digo iso, Vocé nfo €
digno de consideragäo de um modo ou de outro. Podemos estar com raiva de
Alguém sem negar o seu valor, mas o desprezo torna mais fácil para nbs fei
«sta pessoa ou vé-la posteriormente degradada".

© que pode er comegado com uma pequena frustra, agora chegow 20
último estágio de amargura e édio. Verdadeiramente “o agular a ira produz
contendas" (Pv 30.33). Nés acabamos náo nos importando com o que aconte-
e com a outra pessoa. Ela náo importa mais. Quando isso acontece no pode-

148

Rory Noland

mos criar rafzes com outros companhciros ar IS porque ao invés de desejar-
mos que a pesos da bem sucedida, no atime canos descando que de
fesse, Assim sendo, näo podemos "nos alegar com os que se alegram” (Rm
12.15), où faze sso genuinamente, Dante esceve sabre alguém coja disposi
ao jan opa ca as

Mensa que náo podia suportar o pensamento de
boas coisas acontecendo a alguém. A

‘As chamas da invea arderam tato em meu sangue
Que flqu pálido com a chance de ver

Um outro homer se alegar em seu próprio bem.
LIDANDO COM O MONSTRO DOS OLHOS INVE}OSOS

‘Uma mancira (a maneira errada) de lidar com nossa raiva e frustragäo €
nos voltarmos contra nés mesmos e desvalorizarmos nossos próprios talentos €
habilidades: “Nao sou to bom quanto fulano ou ciclano”, podemos dizer.
“Ble étalentoso e cu no sou. Ele é um vencedor e eu um perdedor”. Podemos
tentar aparentar ser melhores que alguém ao colocar esta pessoa para baixo ou
a nos supervalorizarmos; podemos fofocar ou difamar um outro artista ou
tentar manipular a conversa de modo que as pessoas notem nossos talentos €
habilidades em vez de, ou tanto quanto, a de outras pessoas. Podemos até
armazenar alguma raiva e ressentimento para com Deus porque Ele permitiu
que uma pessoa esteja em destaque em vez de nós.

“Todavia, Gálatas 5.26 nos diz para no invejarmos uns aos outros e 1 Pedro
2.1 instrui a colocarmos de lado toda inveja. Como fazer iso? Vocé mio pode
simplesmente dize a vocé para parar de ser invejoso. Ciúme e inveja produzem
fortes sentimentos de animosidade que näo vio embora assim facilmente, Provér-
bios 27.4 diz: “Cruel € furor, e impetuosa aia, mas quem pode resistir inveja?”
[Nao € uma coisa fil livrar nossos coragóes dos ciúme e da inveja, ainda que o
Senhor queira trabalhar em nossos coragôes e nos fazeramar uns aos outros em Vez
de competirmos uns contra os outros. Vamos conversar sobre algumas manciras
através das quais podemos cooperar com Ele para fazer com que iso aconteça.

Confesse ciúme e inveja como pecado

O primeiro passo para estar livre do ciúme e da inveja € confessáclos
como pecado. Confesse sua ralva e seu desprezo como pecado. Náo esconda
isso. Nao justifique iso. Confesse isso. Tiago 3.14 diz que “se pelo contrário,
tendes em vosso coraçäo inveja amargurada e sentimento faccioso, nem vos
glorieis disso, nem mintais contra a verdade”, Deus conhece todos os seus
Pensamentos e os viu todos. Ele náo vai se surpreender com sua confissäo. Pega
a Ele que o ajude a lidar com seus sr
irmäo ou irmä.

149

O Coragáo do Artista

As vezes as pessoas me perguntam se eu acho que elas deveriam adm
seus sentimentos para a pessoa que é objeto de seu cime e inveja. Eu ira
sim, se voct acha que a pessoa pode lidar com a sua vulncrabilidade. Iso pode,
por fim, fazer com que vocts se tornem próximos, Sei de situagóes nas quais
tama pessoa foi à outra e admit er inveja e cime e descobri que sa outa
pessoa tinha o mesmo ciúme e inveja para com ela. Confessar esse pecado
pode ibert.Io desa prsio e pode aprofundar o sentido de comunidade que
vocé compartilha com seus colegas aristas

Aprecieo talento que Deus the deu

Seja grato por todo talento que Deus Ihe deu. 1 Pedro 4.10 diz que cada
um de nés recebeu de Deus um talento ou habilidade especial. A nova Biblia
Viva tem a sua interpretaçäo de Romanos 12.6: "Deus tem dado a cada um de
nés a habilidade de fazer ceras coisas bem. O que € que o Senhor tem dado à
vocé para fazer bem? Seja grato por isso. Enquanto estamos ocupados invejan-
do o talento de alguém, nos esquecemos do que Deus nos tem dado. Apenas
porque outras pessoas tem talentos e habilidades nio significa que vocé náo
kenha também. Pare de ver a si mesmo como um dos que näo tém. [sso näo €
verdadeico, Aos olhos de Deus náo existe os que nao tém. Conhego um pianis-
ta que estava desmotivado porque sua habilidade para compor nio estava se
desenvolvendo do modo como ele queria. Ele disse que nao queria ser conhe-
“do como “apenas um pianista”. É uma pena porque ele £ um excelente pi
nista. Conhego pessous que dariam muito para fazer o que ele consegue fazer.
E como se sempre quiséssemos ser algo que náo somos e fössemos raramente
felizes sendo o que somos. Se vocé pode atuar ou criar em qualquer aivel, é
capaz de fazer algo que o ser humano comum náo consegue fazer. Meu amigo
artista, lembre-te que outras pessoas adorariam poder fazer o que vocé fa
Náo permita que o inimigo o convenga de que vocé näo € talentoso, de que €
indigno, Vocé estará menos apto a invejar alguém se estiver satsfcito com o
que Deus tem dado a vocé. Assim sendo, coloque esse livro de lado agora
mesmo e agradeça a Deus por qualquer talento ~ grande ou pequeno - que Ele
tenha dado a vocé,

Dé crédito onde o crédio € devido,

Ao invés de dara outros crédito por atuarem ou riarem bem, és rai
nalizamos o suceso deles ao murmurar que iso € porque eles t8m contaos €
‘nds no temos. Eles alcangam todos os seus objetivos e nés somos vícimas do
sistema. Podemos até crc los peas costas, para centararcuinar sua teputa-
So ou compromete o seu sucesso. Näo thes damos nenhum crédito por ra

balharem duro e conquistarem seu espago: “cles näo merecem isso”, resmunge-
mos para nós mesmos. “Nao € justo".

150

Rory Noland

Quando sou seduzido pela inveja náo consigo dar a outros compositores
‘o que thes é devido. Recuso-me a admitir que seu trabalho € melhor que o
seu. Deve haver alguma outra razáo para o sucesso dees. Eles tm um rea
‘onamento com alguém ou com pessoas que gostem deles mais do que de mim,
‘ou mesmo Deus gosta deles mais do que de mim. Todos esses pensamentos sáo
expresso de minha amargura. Neste ponto chegamos ao lado mais escuro da
inveja. Nao se trata apenas de invejarmos o que os outros tém, mas no quere-
mos que ees tenham o que nés náo temos. Guardamos rancor deles e de suas
béngios.

Senti-me iberto quando encare a realidade de que outros podem e que
indo escreve algo melhor do que eu. Precisamos reconhecer os talentos de
tros e dara eles erédito por escreverem ou se apresentarem tio bem quanto
seni melhor, que nés. Se um colega artista escreve ou apresenta algo bem, tie
seu chapéu para esta pessoa e diga: "Muito bem feito, amigo. Vocé merece ser
reconhecido por seu trabalho duro e seu sucesso

A QUESTAO NA REALIDADE É FIDELIDADE

Certa vez um velho patrocinador de artes estava deixando a cidade por
um tempo e reuniu seu pequeno grupo de artistas para uma festa de despedi-
da. Para um ele deu cinco talentos, para outro dois, e para um terceiro, um.
Após leválo a0 acroporto os artistas todos seguiram em diferentes caminhos,
"como artistas sempre fazem’. Alguns meses mais tarde o homem retornos,
descansado e queimado do sol. O artista que recebera cinco talentos o encon-
‘rou entusiasticamente no portio: “Mestre yocé me confiou cinco talentos e
olha, eu ganhei mais cinco”, disse empolgado.

“Muito ben, disse o patrocinador, “Estou muito feliz. Vocé fi fiel e eu
Ihe darei ainda mais”.

© artista que recebeu dois talentos chegou correndo gritando: “Mestre
vock confiou dois talentos e olha, ganhei mais dois”.

“Muito bem, disse o homem, “Estou muito feliz, Voct foi fiel e eu the
darei ainda mais”.

© artista que recebeu um talento estava esperando perto da bagagem,
“Mestre” ele comegou timidamente, "Näo queria que voce ficasse bravo co-
migo. Vocé sabe, sou muito sensivel e náo consigo lidar muito Bem com rejei-
io. É muito difícil ser um artista neste mundo frio e cruel. Näo era bom ©
suficiente para ser bem sucedido porque vocé me deu apenas um talento, en-
‘Go no fiz nada com ele. Eu o escondi. Aqui est. Vocé pode té-o de volt”. O.
arista abriu sua mio e ficou cabisbaixo. O talento estava exatamente como no
dia em que o reeebeu

151

O Coragáo do Artista

10 homem ficou em silencio. Entio respondeu com uma doce yo,
ser rilitado. A questio nio era quanto Ihe dei, mas © que vocé fez com o que
Ihe dei’ a

Esou certo de que vocé reconhece iso como a Parábola sense
‘Mateus 25. Esta Parábola nos lembra de que nossos ralentos e habilidades nig
so nossos, pertencem a Deus. Contudo, há algo que costumava me incom,
dar nes passage Por anos tenho me perguntado porque a uma pesos a
“dado cinco talentos, a outra, dois e a outra apenas um. Nao parece justo,
parece? Eles náo deveriam ter recebido todos a mesma quantidade? Eu lutg
com isso até que percebi que o nosso Deus € um Deus justo. Tudo o que Ele
faz rei cheio de sabedoria Em outras palavra, Ele sabe o que st fazer.
do. O homem na parábola confiou a cada servo, “de acordo com sua habilidz.
de” (+. 15). Romanos 12.6 também parece sugerir que dons e habilidades sio
dados no igualmente mas em proporgóes. Näo pass Ihe dizer porque uma
pessoa recebeu cinco talentos, outra dois e alguns de nés apenas um. A vida €
assim, ao que parece. Mas a questáo real máo & quem recebe o que, mas se
vamos ser fis e obedientes com aquilo que recebemos. Deus náo está me
pedindo para ser fiel com o talento de alguém. Ele está me pedindo para ser
fil com o que Ele tem me dado,

Lembra quando Jesus disse a Pedro para apascentar Suas ovelhas? Para
ım homem que havia negado a Jesus e fugido, esse foi um momento de cur,
‘no qual o Senhor reafirmou que iria usar Pedro de uma maneira poderosa
‘Ainda assim cu posso observar uma ponta de ciúme da parte de Pedro quando
ele se referea Joño e diz: “Bem, sim. Muito bom. Eu tenho que alimentar as
ovelhas, mas e 0 Joio? -O que ele tem de fazer?” Jesus responde amorosa mas
firmemente dizendo: “O que te importa? Quanto a ti, segue-me” (Jo 21.22)
Em outras palavras: “Náo se preocupe com os outros, Pedro. Vocé simples-
mente sa fiel ao que eu dou para vocé fazer”.

Da mesma mancira, alguns profesores escrevem livros e tém uma lego de
‚eguidores, Outros, ensinam numa classe de Escola Dominical. Um no € me
diante de Deus, a questio nao € quío famosos eu où

dado, É uma questáo de mordomia. A Pará-
"2 quese formos fiéisao que Deus nos deu, Ele nos dard mais
O#ERIGO DA COMPARACAO

bola dos calentos dí

Rory Noland

mos. 1 Corintios 12.15-16 adverte-nos sobre o perigo da comparagäo,a qual €
a riz de todo cime e inveja: "Se disser o pé: porque näo sou mio náo sou do
3 corpo; nem por isso deixa de ser corpo. Se o ouvido disser: porque náo sou
olho no sou do corpo; nem por iso deixa de o ser

Gordon MacDonald escreve que “a alma náo pode ser saudável quando
alguém compara-sca si mesmo a outros. A alma morre um pouco toda vez que
está envolvida com um estilo de vida que compete. Ela abre caminho para
forgasdestrutivas de rivalidade, inveja e cime”

Precisamos descobrir nossos talentos separadamente do talento de ou-
tros. Precisamos descobrir quem Deus nos fe para sere celebrarmos a nossa
individualidade. Ser diferente no quer dizer que somos melhores ou piores
que ninguém: apenas quer dizer que somos diferentes. Significa que temos
dons diferentes e diferentes chamados. Assim sendo, posso estar seguro a res-
peito do que Deus me fez para sete do que Ele me chamou para fazer. Ele nfo
está me pedindo para ser outra pessoa (ou alguém mais talentoso); Ele está me
pedindo para ser cu mesmo € para parar de comparar a mim mesmo com
‘outros, Precisamos descobriro papel que Deus tem para nós e cumpri-lo com
entusiasmo, Seremos mais felies por sermos o que Deus nos chamou para ser
do que tentando ser outra pessoa

Alguns homens se aproximaram de Joño Batista e the perguntaram como
ele se sentia com relagäo as grandes multidóes que Jesus estava atraindo. De
fato, algumas pessoas que haviam, num determinado período de tempo, segui-
do Joao, estavam agora seguindo a Jesus. Joño estava com citime de toda a
atengio que Jesus estava recebendo? No. Porque antes de tudo Joäo sabia que
ele mesmo náo era o Messias: "Eu náo sou o Cristo”, ele disse, “mas fui envia-
do como Seu precursor” (Jo 3.28). Joño náo tinha ilusées a respeito do seu
lugar no mundo. Estava em paz com relagío a quem era e ao que Deus havia
Ihe chamado para fazer. Ele sabia quem era e quem ni era. Ele viu asi mesmo
como amigo do noivo. Jesus € o noivo. Joño se alegra pelo noivo. Ele está
genuinamente feliz por el, Ele fica a0 lado do noivo e nio chama atengäo para
si mesmo. É por isso que Joño estava contente por ser o que Deus havia feto
Para sere contente por fazer o que Deus havia Ihe chamado para fazer.

Conhego artistas que estío com raiva de Deus porque Ele náo Ihes deu
tanto talento quanto deu a outros. Elesestáo ofendidos pelo fato de äo serem
130 bem-sucedidos e famosos como outros de quem tém inveja. Assim sendo,
responsabilizam a Deus. O seu cime tornou-se em raiva dirigida ao préprio

- Deus. Romanos 9.20 diz: “quem és tu, 6 homem, para discutires com Deus?
Porventura pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?”
‘Quando nés questionamos porque Ele näo nos deu 0 talento de outros isso €
‘como um tapa no rosto de Deus. Ele deve sofrer quando nés, equivocadamente,

153

O Coragáo do Artista

<onelufmios que Ele nio nos ama tanto quanto ama pessoacujosaleosngy
cobigamos. Apenas porque Deus escolheu dar esses talentos a outra pessoa,
‘AZo significa que Ele nos ame menos. Isso meramente significa que Ele apenas
‘quer que atuemos num papel diferente em Seu Reino.

im vez de vocé desejar ser outta pessoa, ore para que Deus o tome y
artista que Ele quer que vocé seja. Tiago denuncia com veeméncia o ciúme ea
inveja e note onde a oragio se encaixa nesta passagem: “De onde procedem
ha entre vés? De onde, senáo nos prazeres que mil.

guerras e contendas q
tam em vossa carne, Cobigais e nada tendes, matas e inveais € nada podeis
obrer. Vivcis a lutar © a fazer guerras. Nada tendes porque nao pedis” (4.1-3,
Há milhôes de artists frustrados que dariam qualquer coisa para se raiz
rem artísticamente. Inflizmente, cióme e inveja se estabeleceram neles e
ram todo tipo de conflito como Tiago descreve. Estes artistas ou náo oram, ou
desistiram de ora, a despeito do fato de que Deus quer nos dar 0 descjo dos
nossos coraçôes ($1 37.4). Ele quer que floressamos como artistas. Tiago dz, na
verdade: “Náo pare de pedir. Certifique-se de que suas motivagóes steam core.
vas e continue orando”. Eu náo sei com que frequéncia tenho orado: "Senhor,
ajude-mea fizer o que € necessirio para ser um compositor melhor ou um autor
melhor”. Eu prefiro colocar minha energia na oragáo do que alimentar senti
mentos de ciúme e inveja os quai apenas conduzem a problemas.

"TRANSFORMANDO A INVEJA EM ADORAÇAO

Existe uma história sobre um líder de uma banda que estava selecionando,
músicos para uma apresentagio na cidade. lesa e conseguiu um excelente io
de jazz ofereceu a cles pagamento de tabela por uma grande noie de jazz Tudo
transcorceu sem problemas. les fizeram um som maravilhoso. Entio, o líder da
banda decidiu que seria bom ter alguns instrumentos de sopro para a úlima
parte da apresentagio. Assim sendo, pegou o telefone ¢ conseguiu contrata a-
guns de seus amigos que estavam disponíves. E eles concordaram em vir e toca
Ao final da noite, older da banda acertou os honorários com os músicos e codos
receberam a mesma quanta. Os instrumentistas de sopro receberam o mesmo
valor que o trio que havia sido originalmente contratado e tocado na maior parte
da noite. Como vocé pode imaginar, iso náo calu muito bem para o trio. Bes
ficaram visivelmente aborrecidos. Reclamaram porque haviam carregado o “fr
do do trabalho eo calor das uzes do palco” ereceberam o mesmo valor dos que
haviam sido contrarados para a última parte da apresentagío e haviam dado
apenas uma hora de trabalho, Maio injusto. Maso líder da banda disse, "Eu nio
pagueï o que vocés concordaram em reecber? Eu mio os enganci em nada. Será
que náo posso fazer o que quiser com o meu dinheiro? Ou vocés esto com
inveja porque estou sendo generoso?”

154

ee, So gee ee

Rory Noland

Obviamente, essa € uma adaptagäo da Paribola sobre os trabalhadores na
vinha que Jesus ensinou em Mateus 20. A última linha da fala do líder da
banda € 0 versículo 15: “Ou vocts estio com inveja porque sou generoso?”
Sempre que leio esta fala percebo que o meu conceito do que é justo é muito
limitado para um Deus gracioso como o nosso. Quero que Deus distribua
dons talentos como cu faria se fosse Deus. Mas Deus € muito mais generoso
do que eu jamais sere. Porque Ele € Deus,

Agora, minha im

ja pode transformar-se em adoragío. Posso reconhecer
asoberania de Deus no modo como Ele distribui talentos e habilidades. Posso
adorar Sua bondade por dar-me mais talento do que merego. Posso adorar o
doador em vez do dom. Deus dotou a cada um de nés de acordo com Sua
perfeita vontade (1 Co 12.11). Em vez de ter ciúme de outros artistas, posso
agradecer a Deus pela mancira como Ele nos dotou. Posso louvá-Lo nio ape-
nas pelo modo como Ele os dotou, mas também pelo modo como me dotou.
Quando olhamos para isso desta mancira, podemos nos inspirar nos talentos
de outros. Em vez de sentir-se ameagado por eles, podemos dizer: “Senhor, eu
O louvo pelo modo como Tu dotaste fulana ou cicrana. Ela € uma grande
artista. O seu comprometimento com a exceléncia me faz querer ser o melhor
arista que posso ser”.

Davi deve ter ficado extremamente desapontado quando descobriu que
nio iria construir o Templo. Deus nio estava dizendo para cle esperar. Estava
dizendo näo. Estamos falando sobre ter os seus sonhos interrompidos. Admi-
ro Davi porque ele náo cedeu aos ciúme e inveja. Ao contrário, ele adorou a
Deus com gratidio em seu coragio. Após receber as más notícias, ele disse:
“Quem sou eu, Senhor Deus, e qual € minha casa para que me tenhas trazido
até aqui” (2 Sm 7.18). Ao invés de concentrar-se no que náo tinha, ele concen-
trou-se no que tinha

© escritor do Salmo 73 também tornou a inveja em adoraçäo. Na pri-
meira parte do Salmo ele está contrastando a vida do incrédulo com a do
rente. Ele diz que quase caiu na armadilha de pensar que o incrédulo estava
‘em melhor situagäo. Ele sentiu que estava comesando a invejar a prosperidade
deles, mas percebeu o erro antes que fosse tarde (vs. 2 3). A mudanga ocorre
quando ele entra no Sanwário de Deus (x. 17) = na presenga de Deu
‘sempre nos dä uma nova perspectiva. O Salmista percebe que as coisas que ele
detem no Sehr No vent 25 cle diz “Quem mio un ch No
há outro na terra em quem eu me compraza”. Ele faz uma incrivel descoberta
no final quando di. “quanto à min, bom run Da. No Sear
Deus ponho o meu regio para proclamar todos os Seusfitos (28).
en, ren ter sentido em adoragäo.

transformou toda a inveja que

155

O Coragáo do Artista

DESENVOLVA RELACIONAMENTOS AO INVES DE RIVALIDADES

Nós temos a tendéncia de nos alienarmos das pessoas que invejamos. Nos
escondemos delas. Nés as evitamos. Estamos com raiva ou ressentidos com rl.
io a elas. Podemos até odid-las. Gostaria de sugerir que revertssemos esas
tendéncias e fzéssemos tudo que pudermos para desenvolvermos relacionamen.
to com elas. Eseja junto com clas. Convide-as para virem à sua casa. Quanto
mais nós as conhecermos, menos ameagados nos tornaremos. Quando gastamos
tempo com pessoas comegamos a véas como parccias ou amigas, 0 ines de
tivais, Pergunte como pode estar orando por elas. Ore regularmente por elas e
ar, a sua inveja será substiculda por amor

3.4 diz que o amor náo € ciumento. Vocé
gas aristas se estiver orando pal.

pelo seu sucesso. Antes que possa not
genuino. É por isso que 1 Coríntios I
näo pode permanecer com chöme de seus cole
xomadamente por ele e construindo relacionamentos com eles.

Jönatas teve rodas as auf para ter cime de Davi Se ele inha qualquer
«spirago de sucedera seu pai Saul no no, elas fram obstruas quando Deus
Ang Davi para se Rei, Jonas abia que a mio de Deus estava sobre a vida de
Dani. Ao invés de se adversrio dele, Jönatas escolheu ser seu amigo, Suas almas
foram unidas numa das amizades mais profundas registradas na Biblia (Sm 18.1).

Desenvolver amizades ao invés de rivalidades tem realmente funcionado
para mim. As pessoas cujos dons superam o meu, e que so mais talentosas que
Eu, so algumas de minhas melhores amigas. No inicio havia aquela possibil
{dade de que a inveja se tornasse algo profundamente arraigado em meu esp
to. Quando esse sentimento despontava, eu me ajochava solugando de vergo-
ha. Foi quando tive a idea, para colocar iso fiamente, de que “se vocé no
pode vencé ls, juntese ale, Penso que honra a Deus a acudo de centamos
Eesenvolver qualquer tipo de amizade com aqueles que invejamos, Ao invés de
Constantemente fugirmos, precisamos nos dirigir a cles em amor: Deus nos
Quer traballando juntos, e nfo um contra o outro. Em vez de competimos
Uns com os outros, podemos aprender muito uns com os outros. Podemos ser

iemäos e irmás ao invés de rivas.

"NAO MAIS AMEAGADO PELO TALENTO DE OUTROS

É um sinal de cardter quando náo mais nos sentimos ameagados pelos
valentos ou habilidades de outros Iso € resultado de estarmos seguros sobre
{quem somos como individuos, como aristas únicos e individuas, € de conf
Armes na obra de Deus em nossa vida. O sucesso de um colega artista 150
pode roubar nada de voce. De algum modo pensamos que perdemos algo
{quando alguém est lorescendo. Mas nio perdemos. A béngio de Deus nis
fast. Há muito disponivel da parte Dele para todos nés. Quando alguém
recebe um elogio, iso náo tira nada de voce.

, 156

Rory Noland

Números 11 registra a história de dois homens que estavam €
grofeirando diante do povo de rad, Joué des por Me cos
ts homens paasem porque des eavam tando notriodade de Mai. le
vaia Moisés basicamente diz no versfulo 28. "Fuga alguma coisa, Moisés. Pare
tates homens”. Mas Moisés era um homem sibio que nao esta amcagado pelos
Sons de outro. No resdcilo seguinne de diz a Josué "voca end cam Gide por
‘minha causa? Eu gostaria que todo o poro do Senhor fosse profea, e que o Senhor
colocasse o Seu espirito sobre cles”. Moisés perccbeu que ee náo tinha o monopó-
lio sobre o dom da profecia. Ele estava seguro com relagáo aos seus dons e a0 seu
chamado, Ele via uma necessdade de mas pros es importava mais com o
Reino de Deus do que com sua prépria glória. Deveríamos ter a mesma atitude
porque precisamos de mais astas na obra do Senhor Há Spago suficiente para
mais artistas no Reino de Deus. Quanto mais melhor

SEVOCE FIZER BEM

© versiculo que mais me tem ajudado a lidar com os sentimentos de
cide inveja ver de Génesis 4. Ele surge da história de dois irmäos, Caim ©
‘Abel. Caim era um fazendeito e Abel era um pastor. Ambos trouxeram ofertas
0 Senhor mas Deus rejeitou a oferta de Caim. Náo sabemos exatamente por-
que, mas sabemos que Deus náo estava tentando ser estúpido, Ele náo estava
cagoando de Caim. Ambos sabiam o que Deus esperava: Abel fez bem em
trazer ao Senhor o melhor que póde, mas Caim nao, A Bíblia náo diz que Deus
ficou com raiva de Caim. De fato Deus estava disposto a Ihe dar uma segunda
‘chance, mas Caim reve cióme de seu irmáo ¢ raiva de Deus,

Deus tentou argumentar com Caim, mas ele nfo ouviu. As palavras de
Deus colocam Caim (e nés) numa encruzilhada: “Se procederes bem náo é
2 Se todavia procederes mal, eis o pecado jaz à porta. O
“mas a ticumpre dominá-lo” (Gn 4.7). A história cria

: "Senhor, o

certo que serás aceito

fazer bem da próxima vez”. Mas ele no fe. O versículo seguinte di que Cai
contou a seu irmáo o que havia acontecido. Caim provavelmente reclamos
Simentando a sua raiva, murmurando sobre y quío injust a vida é Estou
certo de que o seu lado da históia pintou a Deus como injusto e excess
mente exigente. Estou certo de que cle fe o papel de vitima, bem como nés
fizemos nesses tipos de situago, e responsabilizo a Deus. Em nenhum mo-
mento ele humilhos a si mesmo e se arrependeu. Em vez disso, o cime de
Cairn o levou a matar. O pecádo estava realmente à sua port

Deus inclui histórias como estas na Biblia para que aprendamos com os
eos de outras pessoas. Quando sou rentado pelo ie ou pea inva, auge

157

O Coragáo do Artista

Deus dizendo para mim: “N:
Seu irmáo. Se vocé proceder
história, foi que a resposta a
Caim, & “Senhor,
talento que Tu mi
modo que,

o se preocupe com o que está aco
bent, será aceito”, Se aprendi al
propriada para Deus numa sin
ajuda-me a proceder bem. Ajuda-me a a
€ deste. Ajuda-me a crescer cs

ntecendo com
Iguma coisa des
ago como q 4
ir melhor com y
piricual e artisticamente qe
¡tando eu oferecer algo aT, Tu tealegres em accta rece ja

SEvOCE TEM, NAO OSTENTE

E se voc foro objero do cme e da inveja de lguém Se voc sent que
ie 60 caso, posso sugerir que voc sja sensível à pessoa que está lutando cm
dde de vost? Eu se que vocé náo pode controlar como os outro Ihe respon
dem. O citime deles náo € culpa sua, € uma resposta que eles escolhent das,
mas vocé näo pode aliend-los ainda mais sendo insensível. Vocé näo prec
Sensurar tudo o que diz ou ser falso, Apenas esteja atento à luta dels. Lembre.
fe, voce nunca deve desejar que um irmáo ou ima tropece (1 Co 8.13) 1
Pedro 5.3 adverte-nos a näo usarmos inapropriadamente nossos dons, à nio
sermos dominadores dos que nos foram confiados, sendo cuidadosos em ni.
‘stentarmos nossos talentos e habilidades diante dos outros,

Deus odeia o orgulho e a arrogáncia. “Olhos altivos” sio uma abomina-
¡ño para ele (Pv 6.16-17). Os fariseus eram pessoas que ostentavam sus pos
$öes ¢ habilidades. Eles se levantavam diante da multidaó e oravam em vor
alta: “Ó Deus, gragas te dou porque náo sou como os demais homens,
roubadores, injustos e adülteros, nem ainda como este publicano. Jejuo das
vezes por semana e dou o dirimo de tudo quanto ganho” (Le 18.11-12). 0
publicano desprezado, por outro lado, ficava num canto, com sua cabega abai«
xada, distante do centro da arengáo, e batendo seus punhos contra seu peto, e
orava: “O Deus, Sé propício a mim pecador” (v.13). Jesus preferiu o publicano
30 fariseu. Ele disse: “Digo-vos que este désceu justificado para sua casa eno

aquele, porque todo o que se exalta será humilhado, mas o que se humilha
será exaltado” (v.14),

José era o filho favorito de seu pai. Seus irmáos jé tinham cime dele
Assim sendo, as coisas pioraram ainda mais quando seu pai Ihe deu um manto
colorido, que hava feo especialmente para ele. O relacionamento de José com
seus irmäos desgastou-se ainda mais quando ele predise que um dia cles todos
‘stariam se prostrando em submiss a ele (Gn 37.6-11). Nao € de se extanhar
porque les nfo gostavam dele. Ele era muito convencido, Ele j stavam sen
Kindo que seu pai náo se importava com eles € jovem convencido continuara
piorando ainda mais as cosas, Eu sei que ele no podía eviur sero objeto do
favor do seu paí, mas me pergunto seo relacionamento de José com seus ios
ro seria diferente se ele tivesse mostrado mais discrigáo. Se vocé tem sido
grandemente abengoado, por favor náo tente iso diante de outre artist

158

Rory Noland?

Da mesma forma, se alguém vem a vocé e confessa estar guardando ci
¿ne cinveja para com voce ajudaria muito se vocé actas suas desculpas com
or e compreensio. Perccba quio dificil € confessar o pecado de cime a
oem voc? inveja. Se vocé envergonha a pessoa por sense enciumada, ou
sip uma postura defensiva com relagio a iso, vocé irá aliend-la ainda mai.
Srvocd também luta com cime € inveja seria um alvio para a pessoa ouvir
que no está sozinha, Prometa orar por ela, Pergunte se há alguma cosa que
sick está fazendo que faga com que ela tropece.

Greg Ferguson € um bom amigo. E até onde posso compreender, rem um
talento fora e serie. E um dos melhores compositores que conhego. Fle pode
‘erever pof encomenda. Suas letras sio lógicas e naturas, Suas melodias sio de
facil memorizago e suas harmonias sio sofisticadas e Interessantes. É também
tum dos melhores cantores ~ e um dos melhores comunicadores ~ com quem
jamais rabalhe. Ele um cantor profisional de jingles, canta no rédio « na
{dlevséo por todo o país € serve incansivel esacrifcialmente em nossa igrea. Se
Ulguém esse algum dirito de oxtentar seu talento, ete alguém seria Greg,
‘Anda assim, el € uma das pessoas mias bondosas e humildes que j conheci. As
‘pessoas näo esperam de alguém tio talentoso que seja uma pessoa tio agradáve
Ele no gosta de ficar flando de suas conquisas profisionais. A maiora das
pessoas nao sabe que scus jingles tocam por todo país Ele nfo ostenta nenhuma
poso de arrogäncia no ensao e cata codos os outros cantores daigrejade igual
modo. É animador saber que alguem que rem nfo ostenta. [sso me faz lembrar
que pessoas que realmente «Em, nfo precisam ostenta.

Para concluir, ciúme e inveja sio emogóes muito forces. Ela tm a ten-
déncia de nos dominar e diigir para que figamos coisas reprováveis. No caso
de Caim e Abel, o cime levou 20 crime. É por isso que Deus diz que devemos
dominar essa fera chamada cime e inveja antes de que ela nos domine.

QUESTOES PARA DISCUSSAO EM GRUPO
1.0 que torna dificil para os artistas conversaren a respeto de sentimen-
tos de cime e inveja que podem estar tendo com relaío a outro arista?
2. Vocé acha que a comunidade cris faz um trabalho adequado de abor-
dager do problema do cime e da mv Por que im? Por que no?

3. Voce ji via algum relacionamento abalado ou rompido por causa de

2 ciáme e inveja?

4. Quando voce acha que o cime e a inveja em uma pessoa € serie o
suficiente para que ela faga alguma coisa a respeito disso?

5. que vocé acha que nos impede de estarmos contente cc
lentos que nos foram dados”

159

O

O Coragáo do Artista

6. De que maneira a competiçäo saudável poderia beneficiar uma co. |
munidade artística?

7. Quando a competigäo é ruim para uma comunidade artística?

8. O que acontece quando comparamos a nós mesmos com outros?
9. Como pessoas com dons e talentos similares podem realmente ser
amigas?

10. Como a oragio por alguém afera o seu relacionamento com esa
pessoa?

AGAO PESSOAL
1. Escreva o nome de qualquer pessoa em sua vida por quem vocétenha
sentimentos de cime € inveja.
2: Confesse o seu pecado de ciúme e inveja a Deus e pega a Ele que o
ajude a lidar com esse pecado.
3. Pense sobre como vocé poderia transformar sua inveja e cime em .
adoraçio
4, Descreva os resultados negativos de comparar a si mesmo com outros,

5. Escolha alguém em sua vida a quem vocé possa prestar contas sobre
como lida com sentimentos de cióme e inveja.

160 ;

Captruto Sere
CONTROLANDO SUAS EMOGOES

Di 9 que mao ds pss chama de verdad risa, le tem
anos, € um estudante do Instituto de Artes de Chicago e espera um
dia viver da arte. Desde que se entende por gente ar ae
Seu instrumento favorito € 0 lips e leo eva por toda a parte justo com um
caderno de desenhos de bolso. Está sempre ocupado e éextremamente dedica:
do ao seu trabalho, ficando à vezes sem comer ou dormirse esiver engajado
em um projeto. Algumas pessoas dizem que ele € obcecado. Ele chama iso de
estar focado, Ele sabe o que quere sabe o que € necesário para chegar |

Dan náo tem muito tempo para a vida social ou para qualquer outra
atividade extracurricular. A única coisa que le se permite fazer além da ato, €
partcipar de um estudo bíblico semanal. O grupo j existe há pouco mais de
um ano, mas Dan está comegando a questionar se deve permanecer nele. A
razáo principal € que is vezes se sent “deslocado” no grupo. Ele € mais emotivo
quea dos rapazes € xpressa suas emogöes explicitamente. Algumas
pessoas o chamariam de mal humorado, outras o rotulariam de impetuoso,
outros ainda diriam que Dan é honesto em demasia. Como vocé pode imagi-
nar, Dan se sence As vezes muito anormal, € freqüentemente um mau cristo

Tomemos a reuniño da última semana na casa de Ted e Nancy Jones
omo exemplo. Ted e Nancy foram namorados desde o Ginäsio. Ele, um joga-
dor de futebol fora de série, ela, uma líder de torcida. Ted havia pedido a cada
membro do grupo que viesse para o encontro trazendo um Salmo que melhor
descrevesse seit momento de vida. Ted está no Seminário estudando para ser
Pastor. Ele escolheu o Salmo 1.1 e leu como se fosse dar um sermäo: “Bem-
aventurado o homem que náo anda no conselho dos ímpios, nfo se detém no
caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores”. Ele havia
acabado de terminar um trabalho semestral nesta passagem. Assim send, la

161

0 Caragáo do Artista

estava fresa em sua mente. Nancy vio logo depos quis clbrar o quamo
Deus havia abengoado a ela ca Ted financeiramente nos últimos tempos, El
Do Salmo 100.5: “Porque o Senhor € bom, a sue mise,
Cördia dura para sempre, e de geragio em geragto a sua idelidade”. Adel
Peterson foi a próxima. Ela € uma secretria € Ted e Nancy estavam tentando,
fazer com que ce Dan iniciassem um relacionamento, Ela estaa tendo pro
blemas em seu novo emprego e compartilhou uma passagem sobre confianga
em Deus, Salmo 37.5: "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nel, e y

mais ele

Entáo foi a vez de Dan. Dan tem estado um pouco deprimido ultima
mente. Fle no sabe exatamente por que. É dificil identificara razdo. Ele ape.
as ndo tem se sentido muito, entusiasmado sobre nada nos últimos días sso
pode er alguma cosa a ver com a discussio que teve na semana passada com
seu pai ou com o fato de que o aluguel de seu apartamento está atrasado ou
valvez esteja apenas cansado dos invernos frios e cinzentos de Chicago que
invadem a primavera.

De qualquer mancira, quando foi a vez de Dan comparar, ele eve
problemas em expor seus pensamentos e falow sentengas na maioria das vezes
incompleta, sem muita conexäo. Ele tentou compartilhar suas lucas em ser
accio pelo grupo, mas quanto mais falava nis frustrado senta-se por dentro.
eve problemas em colocar suas palavras exatamente do modo como estava se
sentindo. As palavras quase sempre vinham mais facilmente quando ele inha
tempo para pensar sobre clas, como no meio da noite quando pintava ou dese-
hava. Fle finalmente interrompeu sua fal, e leu o Salmo 88 comesando com
versículo 13: “Mas eu, Senhor, camo a ti por socorro, e antemanhä já se

*antecipa diante de Ti a minha oraçäo. Por que rejeias, Senhor, a minha alma?
E ocultas de mim o teu rosto? Ando aÑio e prestes a expirar desde mogos sob
0 peso dos teus terrores estou desorientado. Por sobre mim passaram as tuas
iras, os teus terores deram cabo de mim. Eles me rodeiam como água, de
continuo; a um tempo, me circundam. Para longe de mim afastaste amigo €
companheiro; os meus conhecidos sio trevas”.

Um siléncio cau sobre a sala e Formou-se um lima constrangedor quan-
do Dan terminou. Entáo Ted flou: “Por que Dan? Com todas as bengäos que
Deus the deu, eu estava esperando que fosse le algo mais edificante como por
exemplo um dos Salmos de louvor, Salmo 150 talve”.

Dan näo sabia 0 que dize. Ele estava se expondo ao máximo ao compat

lo era apenas a ponta do iceberg. Nancy tentou quebrar o clima
a so pessimista ou melancólico. Tome um Prozac, com-
panheiro, e bola pra frente, ela brincou. Adele deu uma risadinha. Howe

162

Rory Noland

alguns isos mais da parte dos outros, exceo da
conseguía mais prestar atençäo em mada ge
‘oncentrar-se, mas estava em outro lugar,
recolhido para dentro de si mesmo, pra
sabia o que fazer. Logo foi embora dando,
cedo na manhä seguine

Dan dirigiu-se para cası
Estava bloqueado por todo tp

Parte do próprio Dan. Ele nio
nO restante daquela noite. Tentou
0 estava mais escutando. Havia se
indo as emogóes com as quais nio
a desculpa que tinha que acordar

quel noite sentindo-se muito incompreendido.
po de emos Ex a lima esque compar
ülho qualquer coisa pessoal, pensou, Todos acham que estou deprimin
honesto sobre a mancira como me sínto? Näo si por que ic desperdicando
meu tempo com este grupo. Näo me encaixo nele. Tados pareccm muito mais
unidos oe Nio tém problemas. Ao menos näo os que eu tenho. Eles
provavelmente náo me querem mais no grupo. Tudo bem para mim. Quem
precisa dele de todo modo? Eles foto varies Eu ee para Far
vo lamentar um dia quando eu for um artista bem sucedido. Aposto que estío
odos lá sentados falando sobre mim. Provavelmente vio me pedir paca sair do
grupo. Estou certo de que eles se divertem muito mais quando nio estou I.
Talvez haja algo errado comigo. E outra coisa ~ eles nunca me perguntam
como meu trabalho está indo. Nunca váo a nenhuma de minhas exposigóes na
galeria ou na escola, E náo me convidaram para sua Festa de Natal no año
passado. Eles até esqueceram de meu aniversário..

QUESTOES PARA DISCUSSÄO EM GRUPO
1. Como vocé gostria de er visto a reagáo do grupo quanto honest
dade emocional de Dan?

2. Por que Dan na maioria das vezes sente-se um mau en
3. Vocé acha que Dan tinha uma boa razio para estar deprimido ou

estava apenas sendo mal humorado? ,
4. A outra opgño de Dan tera sido reprimir seus senimentos,compar-
vilhar ne visa que náo o expusesse canto. Vo acha que esta era
sido uma boa idéia? Por que sim? Por que nio?

5. Quanto do que Dan estava sentindo a caminho de cas ra baseado

na realidade?
? O que faz experitn-

6. Voce já eve algumaexperincia como ade Dan! O que fi expe

cias como estas serem dificeis? desen

orem a tendencia
7. As pessoas com temperamento asco rem

mais negativas ou mal humoradas?

163

O Coraçäo do Artista

8. Que desafios aguardam pessoas que expúem suas emogdes an extrem;
9. Com6 vocé reage a alguém que seja negativo ou crítico durante tody
6 tempo?

10. Como voct pode dizer se está sendo controlado por suas emogóey
Quando isso náo € saudável

EMOGOES: AMIGAS OU INIMIGAS? |

Pessoas com temperamento artístico tém a tendéncia de serem mais
emotivas, Estamos mais em contato com nossos sentimentos do que a maioris
das pessoas. Esse € um privlégio maravilhoso. Lamento pelas pessoas que ce.
Go fora de contato com suas emogóes. Elas perdem alguns dos momentos

mais significativos da vida. Algumas pessoas sio mais reservadas porque uma
exposigáo de suas emogöes foi desencorajada em sua infäncia ou adolescéncia.
Outras estáosimplesmente muito ocupadas para sentir alguma coisa, Sea qual
for a razáo, isso € perda para elas. Pessoas com temperamento artístico sío
muito afortunadas por poderem experimentar o lado emocional da vida

Qual € a sua opinido a respeito das emogóes? Elas säo boas ou más? En-
quanto cresci, recebi, de alguma mancira, a mensagem de que náo era apro-
priado para um homem mostrar qualquer emogäo. Homens nio deviam cho-
rar ou ficar muito alegres Deveriam ser “estéveis", o que significa nao teremo-
5625, Como conseqiiéncia suprimi muitos sentimentos. Quando me tome! ,
um cristäo, no entanto, a porta se abriu um pouco para minhas emogées. É
como se emogées näo tivessem problema para Deus. Afinal, Jesus chorou (Le
19.41; Jo 11.35). Paulo também (At 20.19). Eclesiastes também nos diz que
há “um tempo para chorar e um tempo para sortie” (3.4). Entäo, quando me
asi a porta se abriu ainda mais, à medida em que minha sempre paciente
esposa gentilmente estimulou-me a engajar-me emocionalmente com ela. No
processo descobri emogóes que nunca havia experimentado antes. Mas o gran-
de emancipador emocional ocorreu quando tornci-me um pai. Estar lá quan
do meus dois flhos nasceram foi o ponto de partida de todos os sentimentos
intensos que tive e, provavelmente, sempre serio. Como resultado dessa evo-
luçäo emocional tenho mudado, através dos anos,
liberdade emocional em minha vida do que jam:

Esta liberdade emocional pode rapidamente transformar-se em escravi-
dio se nfo formos cuidadosos. Quando as pessoa falam a respeito do artista
torturado, usualmente referem-se à propensio que nés arista temos de ser-
sos controlados por nossos emogóes. O grande compositor italiano de ópera,
Giacomo Puccini, € conhecido como aquele que caregava "um grande saco de
‚melancolia.! Freqlentemente recebo ligagöcs de pastores porque o ministo

164

Rory Noland

de música que esto pensando em contas mencionousme como uma rl
tdnda. Uma pergunta alarmante que ougo com regencia gira om torno di
tress peso Ema humor” Pastors querer sb pra cae
música vai deixar todo mundo triste porque tem suas melancolias o tempo
todo, Esta € uma preocupagäo válida. Minha esperanga € que possamos estat
lives para ser o que Deus nos fez para sermos, como seres humanos emocio-
mais, mas no sermos constantemente perseguidos pelo lado excuro de nossas
emogóes; para sermos saudäveis emocionalmente, em vez de instáves; sermos
livres para sentir, mas näo escravos de nossos sentimentos.

Desordens emocionais das pessoas com t atvos

com temperamentos criativos tém sido

bem registradas € divulgadas, Amigo, se voc#luta com suas emogóes, está em
boacompanhia. Quando tinha 22 anos, Michelangelo escrevew uma cart para
seu pai: “No se admire se cu as vezes escrever cartas iritadigas, pois
freqentemente soto de grandes angistias de mente temperamento” Brio,
Tachaikovsjy e Rachmaninoff também experimentaram severa depressio. Robert
Schumann e Hugo Wolf eram manfaco-depressivos. Vincent van Gogh suc
ddov-se as trinta e sete anos,

O compositor Jimmy Webb diz o seguinte sobre as freqientes lutas do
artista contra a depressio:

O verdadeiro poeta compreende esa mudangaestranha de humor muito

bem = caminhando na varanda, numa gloriosa manki de primavera, em

balado por cangdes suaves dos pissaros, descobre que aquele dia havia

assumido um aspecto sinisro ¢escuro e que havia uma lesma de uránio
repentinamente enterrada no fogo de seu estómago = tudo piorado pelo

fato de que a vitima conhece muito bem que a causa iso reside i no

Intimo... O esforgo envolvido em manter ese monsto distante, cía ou-

was vulnerabilidades: a tentagSo dese aucomedicts Juno com os vidos

que podem se seguir, bem como os fracass relacionados à proisio que

podem destruir a fé de uma pessoa em seu prépri furro?

Preciso dizer logo no inicio que se voc ests sofrendo destrios problemas
emocionais realmente deveria buscar ajuda profissional de um pastor ou de
um conselheiro cristäo. Náo há nada estado em ter ajuda profissional nessa
área. Conhego um homem cuja esposa mostra todos os sinaiscléssicos de de”
press clínica, mas acha que ná € cristio buscar um conselho ou tomar me-
dicagío, Ao contrério, ele constantemente repreende sua falta de fé < assim
continua arrastando-a de um posto de atendimento médico a outro. Enquan-
to iso, ela continua cada vez mais desanimada a cada di, ¢ amargurada para
com seu marido por näo estar atento ds suas necessidados. Se ela tivesse que-
brado uma ferna, ele a levaria 20 melhor ortopedista que pudesse achar. Mas
Pot alguma razio em sua mente, depressio € uma palavra proibida para cris-

165

O Corapio do Artista

ios, Depressäo clínica € sera e jusfica a tensio profissional es vezes médica
Freqlientemente € o resultado de um desequilibrio químico no cérebro pode
ser tratada clinicamente. Se vocé está profundamente deprimido por um Io
período de tempo, ou está sbfrendo de sérios problemas emocionais, por ey
busque ajuda profissional. Com certeza náo há problema em se Fazer iso,
Isto posto deixe-me dizer que apenas porque vocé näo precisa de ajuda pr.
fisional, nio quer dizer que vocé nunca vai lidar com emogöes fora de-contol
No há uma pessoa que mio tenha sentimentos. Podemos esta reprimindo-os oy
nfo saber como comunici-los. Mas somos todos pessoas emocionas. Algumas
pessoas sio obviamente mais emocionais que outras. Mas mesmo a pessoa que
tenha um mínimo de emosio, precisa aprender a lidar com seus sentimentos.

THA ALGUM PROBLEMA EM ESTAR TRISTE?

Alguns cristios näo däo espago em sua teología para emogóes negativas
omo a ira, decepgáo e tristeza, Eles acham que criscios devem estar por cima
0 tempo todo e consideram estar triste um mau cestemunho. Vocé náo gostaria
que seus vizinhos näo-cristäos o vissem deprimido, gostaria? Estar triste náo se
‘encaixa na idéia que alguns cristios tém de como um verdadeiro cristo deve
ria ser. Assim sendo, nés reprimimos nossos sentimentos pensando que Deus
“e nossos vzinhos” náo poderiam entender quando estivéssemos tristes, Nossa
tendencia é de aliviar qualquer dor sofrimento em nossas vidas a qualquer
custo, buscando pela solugäo mais rápida.

No entanto Jesus disse: “Bem-aventurados os que choram’ (Mt5.4).Pre-
cisamos abragar a dor e softimento ao invés de tentar evité-los. A vida € uma
luta para todos e náo-cristios nos estäo observando para ver como lidamos
com ela. Se eles nunca nos véem tristes ou abatidos, concluiräo que os cristios
ino sabem lidar com suas emogóes ~ eles as reprimem. Penso que Deus de-
monstrou que podemos lidar com nossas emogöes mais sombrias. Olhe para
alguns profetas do Antigo Testamento. Elias esteve t3o deprimido que quis
morrer (1 Re 19.4), Jeremias estavo táo desanimado que amaldigoou o dia em
que nasceu (Jr 20.14-15). Há até mesmo todo um livro da Bíblia chamado
Lamentagóes. Se estamos tristes Deus pode tratar disso.

Davi foi uma pessoa emotiva, Ele náo reprimiu seus sentimentos, nem
mesmo os negativos. Ele nfo escondeu nada de Deus. Um caso a se destacar €
‘0 Salmo 88.13-18 (0 qual Dan citou no inicio do capítulo. Será que Davi se
sentiria em casa em sua igreja? Nós temos um lugar para as pessoas que preci-
sam de misericórdia graga ou a igreja € 6 para os “vencedores”? Temos spas
para pessoas que estio desanimadas (1 Ts 5.14; Is 35.4)? Vocé sabe o que quero
dizer— pessoas que estáo passando por momentos dificeis. Todo mundo passa
‘em determinado momento ou outro. Nós vamos até clas ou exigimos que els

166

A

Rory Noland

resolvam tudo por si mesmas? Nés as amamos ou as vemos como projetos —

que esperamos que se acertem? Nós “choramos com os que choram"
(Rm 12.15) ou os mandamos embora com os Dez Passos para tornar-se um
crstio mais vitorioso e mais feliz? Temos espago em nosso coraçäo para al-
guém que tem emogöcs mas que tena problemas em lidar com elas? Por que
temos tanto medo de emogóes auténtica? Por que sera ¡legal estar triste? Por
que náo podemos ouvir alguém que esteja desapontado com Deus? Se a igreja
vai acolher pessoas com temperamentos artístico, devemos parar de mandá-
las embora ou de discriminé-las por seus sentimentos.

Se esperamos que as pessoasestjam para cima o tempo todo, nfo temos
espago em nossos pensamentos para o que Sio Joño da Cruz chama de: “a
noite escura da alma". Essa noite escura € um raro mas legítimo deserto esp
tual. É um período de sequidáo, um tempo muito triste. Richard Foster o vé
como algo que Deus usa por muitas razöes, uma das quais para libertar-nos de
uma Fé que esteja baseada em sua maior parte em nossos sentimentos. Durante
esta noite escura da alma Foster escreve: “ads podemos ter um sentimento de
sequidio, solidäo, mesmo perdigío. Qualquer dependéncia extrema sobre a
vida emocional € retirada. A nogio freqiientemente ouvida hoje de que tais
cexperitncias deveriam ser evitadas e que devemos sempre viver em paz, con-
foro, alegría e celebragäo, apenas nega o fato de que muito da experiéncia
contemporánea € conversa superficial. A noite escura € uma daquelas maneiras
que Deus usa para levar-nos à quietude, ao repouso, a fim de que possamos
produzir uma transformagäo interior em nossa alma”.

Algo que precisamos perguntar antes de contiñuar € Vocé gosta de estar
triste? Algumas pessoas gostam de estar abatidas. Ou mais precisamente, gos-
tam da atengäo que recebem quando estáo abatidas. As outras pessoas falam
clas. Como conseqincia, elas se sentem mais especiais. E uma pena,
mas a única vez em que se sentem amadas pode ser quando tém problemas
emocionais. Assim sendo, elas tém a tendéncia de dramatizar seus problemas
para receber atençäo. Algumas pessoas podem até ficar viciadas na tristeza por-
que isso as coloca em contato com seus pröprios sentimentos, e elas se sentem
mais vivas quando tém algo pelo que estar tristes. Se ito desereve voct, por
favor pare, Isso náo € saudável para vocé ou para seus amigos. Toda arengío
que estiver recebendo será forgada, e toda comunhäo que estver experimen-
tando, estará centralizada em si mesmo. Toda energia que vocéestiver colocan-
do em manipular outros para que atendam As suas necesidades emocionais,
seria melhor gasta na busca por intimidade com Deus e por verdadeira comu-
Inhäo com outros. Quando isso acontecer, vocé experimentará a alegria do
Senhor e ela será em verdade sua forga (Ne 8.10).

167

O Corayáo do Artista

QUANDO NOSSAS EMOGOES RECEBEM O PIOR DE NOS
Uma indicagio de que uma pessoa está sendo controlada por suas emo.
des &a negatividade crónica. Pessoas negativas freqlientemente sente se ale.
adas de outra, e € triste dizer, mas elas normalmente o estäo. Temos a ten.
déncia de evitar pessoas negativas. Els sio muito mal humoradas. So pessoas
"para b aziando-se aos poucos. Pessoas negativas 50, na maio-
ria das vezes, pessimistas. Eas resistem a mudangas e impedem idéias novas e
progressiva. Blas rém falta de entusiasmo e muito pouca vida em si mesma,
Quase sempre levam-se muito a sério. Elas se atolam em autopiedade. Näo sio
pessoas agradáveis para se estar junto, náo importa o quäo talentosas sejam,
Pessoas negativas so freqüentemente muito críticas. Provérbios 15.4 diz que
“a lingua serena ¢ drvore de vida, mas a perversa, quebranta o espirito”. Pessoas
que sia constantemente críticas, tim a tendéncia de ferir outras com suas par
lavras e quebrantar o espirito dos outros, Tudo isso leva a fazer-nos querer
as e negativas

evitar pessoas extremamente cri

Pessoas negativas também em a rendéncia de serem cinicas. Ela sempre
pensam o pior, tém uma visio muito triste da vida. O copo está sempre pela
metade, nada funciona do modo como deveria e o amanhá será outro dia
ruim. Sua reagio mais comum é prever o pior. Elas presumem que os outros
no gostam delas, estio tentando prejudicé-las. Dan presumiu que seus ami
gos náo o queriam mais em seu pequeno grupo. Ele presumiu o pior: que cles
no gostavam dele, que náo tinham alegría em estar com ele e que iriam colocé-
lo para fora do grupo. Nós todos fizemos isso em algum momento de nossa
vida. Ouvimos um lado da histôria e carregamos todo tipo de emogóes negati-
vas sem conhecer todos os fatos. Escolhemos rer no pior ao invés de cer no
melhor. Tenho experimentado isso como lider na igreja. Pessoas rm um pro-
blema com alguma coisa que eu tena feito com relagáo a clas’e chegam à
conclusio de que nio gosto delas, que estou lá para fri-las ou que estou ten:
tando colocá-las para fora da equipe. Elas freqiientemente se surpreendem ese
constrangem ao ouvir mais tarde que suas suposigóes negativas estavam total-

ome fora da realidade, Provérbios 12.16 diz que: “a ira do insensato num
instante se conhece, mas o prudente oculta a afronga”, Em outras palavras,
‘uma pessoa prudente no se langa a uma conclusio negativa sem os fatos, Uma
pesson sábia náo € provocada facilmente à negatividade, Muitas vezes nosas
reaçôes negativas sio tolas porque no escio baseadas na realidade.

A pessoa que náo consegue lidar bem com sua ira também faz o que eu
chamaria de empilhamento. Quando algo rum acontece nés constantemente
revivemos isso de novo e de novo até que se torne uma questio emocional
altamente cartegada, A isso adicionamos as mem.
de todas as vezes em que fomos agredi

que temos armazenado
ou feidos. Depois de um tempo

168

Rory Noland

acumulamos uma enorme quantidade de amargura e carregamos essa bagagem
Bere po aula ease Quando actus ode e Bl en
es negativa asociadas aquelas quests ndo resolvidas, nosso ‘estoque” pode
{er detonado pelo mais inocente dos comentários - comegamos à armazenar
ainda mais negatividade. Comigo ito normalmente comega com a fase “e
outra coisa" Entäo, detenho-me em algo que aconteccu há muito tempo atrás
tepercebo que ainda estava carregando rancor sobre isso, No infco do capítulo
Dan faz à mesma cois Ele acrescenta a decepgáo da noie a algumas de suas
outras frustragdes: seus amigos ndo o apoiam como artistas, náo o convidam
para o Natale assim por diante, elo fat deter uma postura de mente neg
"a, Dan soma a última ferida a todas as outras e chega ds conclusóes que sio
bascadas mais em seus sentimentos do que na relidade.

{Uma vez que sio dirigidas por aquilo que sentem, pessoas que no sabem
como lidar com suas emog6es, tim também a tendencia de se sentirem aliena-
das de Deus. Elas basciar seu posicionamento com Deus em quío bem elas
Sentem que suas vidas esto indo. Se tudo vai bem, Deus deve gosar delas. Se
Se coins náo vio bem, Deus deve estar com raiva elas Se qualquer coisa boa
Scontece, elas náo querem ficar muito entusiasmadas porque evo esperando,
pela próxima siruagio. Como consegúéncia,acabam com wma visio distorcida
fe Deus. las véem que Deus náo é realmente grande o suficiente para lidar
om seus problemas ou nao se importa com cles. Deus apenas as ama se elas se
Sante amadas, Deus nio €alguém com quem elas possam ter um relaciona
mento. Ele está M para fazer suas vidas felizes ou miserives. E se elas
sentem Sua presenga concluem que Ele no deve str presente.

CONTROLANDO SUAS EMOCOES
Provérbios 25.28 die: “como cidade derribada que no tem muros, assim
¿o homem que náo tem dominio préprio". Uma pessoa que nfo sabe como
Controlar suas emogöes está sem defesa contra os sentimentos negativos. Do
Provérbios 16.32 diz que a pessoa que controla suas emogöes
(quel que conquista toda uina cidade. É mais fácil con-
quistar uma cidade do que controlar emogóes negativas. Na verdad, penso
Que, controlar nosas emogóes sja um dos desafios mals difcis paca aqueles
que tim temperamento artistic. Nao é fácil para pessoas emotivas evitar se-
fem controladas por seus sentimentos. Quando fico magoado, normalmente
iso desencadeia uma reagio de emogóes que parecem fora do meu control.
Eno, sem pensar como um dos cachorros de Pavlov, digo ou fac algo que
mais tarde me arrependo de ter feio e acabo numa situagéo ainda mais com
plicada. Se eu to somente tivesse me controlado ¢ náo cedido à emogao do
momento, Se to somente cu tivese usado minha cabega em vez de agir por
conta daquelas emogées negativas, Náo € fácil controlar suas emogäes.

mesmo modo,
bem, € melhor que a

169

O Coragio do Artista

A boa-nova € que Deus quer ajudar-nos a controlar nossas emosies. 5.
estivermos dispostos, Ele quer dar-nos um novo coragäo € UM novo esprit (E,
36.26). Iso náo vai acontecer da noite para dia. Nao val acontecer sem algun
esforgo de nosso parte, Temos que colaborar para que iso acontesa, Lembre,
io estou falando sobre reprimir suas emogdes. Essa náo € a resposta. Estoy
falando sobre controlas a fim de que elas náo controlem vocé. Novamente y
alvo € escarmos livres com nossas emogúss, náo controlados por clas.

SERMOS COOPERATIVOS COM RELAGAO A VERDADE

E dificil para pessoas negativas mudar. Elas provavelmente tm sido as.
sim a vida intira. Lembre-se, Provétbios diz que € mais fácil conquistar uma
cidade do que controlar suas emogóes. É por isso que a pessoa que tem a
tendencia de ser negativa deveria fazer todo esforgo para que habitasse em sua
mente “tudo que é verdadeiro, tudo que é nobre, tudo que € reto, tudo que é
puro, tudo que €amável, tudo que € admirävel” (Fp 4.8). Ter habitando em si
mesmo qualquer coisa que seja verdadeira significa mais que apenas pensar
sobre isso de vez em quando. Significa que estamos vigilantemente falando a
verdade para nós mesmos e para os outros, que fazemos um esforgo concentra-
do em buscarmos pela ealidade da verdade de Deus em todas as situagóes. O
compromisso de dizer a verdade € um sinal de caráter. Vocé pode querer orar
todos os dias algo similar ao que Davi orou no Salmo 51.8. Pega: "Senhor, faz.
me ouvir júbilo e alegra para que exultem os ossos que esmagaste”.

Nossos sentimentos sempre precisam ser examinados à luz da verdade.
Dan imediatamente concluiu que seus amigos náo o queriam no grupo. Mas
cle no sabia de fato sc iso era verdade. Assim sendo, iso era verdadeiro ou ele
estava vivendo numa realidade falsa criada por seus proprios pensamentos ne-
gativos? À única maneira para descobrir se algo € verdadeiro, évindo e pergun-
tando, Apenas porque vocé sente de uma certa mancira, náo significa que algo
seja verdadeiro. Talvez vocé realmente sinta dessa maneira, mas isso pode ser
uma mentira, A próxima vez que vocé se pegar tirando uma conclusio negati
il ene nt ern que o levou a ela é verdadeirs Ao
invés de pensar 0 pion tente pensaro melhor a respeito das pessoas. 1 Corintios
137 diz que o amor “tudo soft, tudo ce, tudo espera, redo paru Oamor
sé no melhor. Devemos parar de formar opiniöes e tirar conclusóes sem co-
hece história toda. À próxima vez que vocé se pegar supond. a
nce asi mesmo, si He appa nit
gu » estou bascando minha reagio na verdade ou em especular

ño? Assuma o compromisso de crer no melhor
interagem com vocé. das pessoas e de como elas

170

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}

Rory Noland

COOPERATIVO NA ADORACAO A Deus

Para evitar que sejamos controlados por nossos sentiment e
so ea es
adorar ao Senhor regularmente, Adoragáo € uma experiencia imensamente
ld a es LS ino
a a A sperando que cu diga:
sgjamos bons crisriozinhos e náo nos deixemos levar pelas emogóes". Em vez
disso, gostaria de convidar vocé a desligar-c e experimentar a plenitude da
adoragio. Libere suas emogöes na adoraçäo, Emocione-se com Deus.

Minha definigio preferida de adoragio vem de William Temple: "Adora-
io € submissio de toda nossa natureza a Deus, Ea aceleragio da consciéncia
por meio da Sua santidade; alimentagäo da mente com Sua verdade; a purifica-
ño da imaginagäo por meio de Sua beleza; a abertura do coragáo a0 Seu amor;
a entrega da vontade ao Seu propósito ~ tudo isso reunido em adorasio, a
emogáo mais abnegada que nossa natureza € capaz de ter e, portanto, o princi-
pal remédio para o egoísmo o qual € nosso pecado original e fonte do nosso
pecado presente”.

‘Voce poderia celebrar cada linha dessa citagäo e obter dela todos os tipos
de grandes insights. Tenho carregado essa citagio em minha Biblia por um.
bom tempo ¢ a Icio freqiientement. Toda vez ganho algo novo dela. Temple
diz que adorasio € “a emogäo mais abnegada que a nossa natureza € capaz de
ter”. Quando nos copectamas com Deus em adoragio sincera, percebemos
que esta vida náo € nossa. É do Senhor. Quando nos sentimos fracos, uma das
melhores coisas que podemos fazer é adorar a Deus. A adoragio nos leva Sua
presenga, onde há plenitude de alegrias ¢ delicias perpetuamente (SI 16.11;
21.6). Adoragäo faz com que tiremos nossos olhos de nds mesmos € nos con-
entremos e meditemos Nele (SI 77.6).

Adoragío nao € primária e exclusivamente uma experiéncia emocional,
mas a emosao € uma parte essencial da verdadeira adoragáo. Devemos dedicar
nossas mentes e nossas emogôes. Iso deveria ser recebido como boas-novas
para aqueles dentre nós que sío intensamente emotivos, No há problema em
se ter sentimentos. E por isso que precisamos gastar tempo adorando a Deus,
io apenas na igreja mas também pessoalmente,sozinhos. John Piper explica
© papel da verdade e da emogio medida em que ess se relaciona Aadoragio:
“Verdade sem emogio produz ortodoxia e uma igrea cheia (ou pela metade)
de admiradores artificiais (como pessoas que escrevem cartóes de aniversério
genéricos como fonte de sustento). Emogäo sem verdade produz frenesi vazio
+ ger pessoas superficiais que recusam as disciplinas do pensamento rigoroso.
Mas a verdadeira adoragío vem de pessoas que sfo profundamente emotivas e

171

O Coragáo do Artista

que amam a sá doutrina. Fortes emogôes da parte de Deus enraizadas na vey.
dade sáo ossos e medula da adoragio bíblica".

Quando sua igreja se rene para adoragío vocé está pronto e disposo a
enctegar-se plenamente a Deus? Ou vocé está "em algum outro lugar” durante
à adoraçgo coletiva, distraído com preocupagóes pessoais ou com os eventos
do dia? Vocé vem pronto para ser amado por Deus ou vocé está lá para crticar
a música, a pega tetra, o sermäo? Voce tem um tempo regular sozinho como
Senhor e O adora? Vocé medita ou escreve sobre Seus atributos? Quando nés
adoramos, saímos transformados. Quando mergulhamos nossas emogöcs em
profunda adoragäo, ela limpa nossas almas. É por isso que C. S. Lewis chamou
a adoragio de “cura interior feita audivel"?

Eu recomendaria uma dicta constante de música de louvor para ajudar-
nos a manter-nos emocionalmente nos trilhos. No meio da perseguigáo e da
adversidade Paulo e Silas adoraram a Deus em suas celas (At 16.25).

Quando Saul estava em dificuldades tinha Davi tocando harpa para le
1 Samuel 16.23 diz. que a música ministrava a Saul € o renovava. Na verdade,
à mésica da adoragío pode renovar-nos e restaurar-nos. Pode erguer nossos
espíritos e reconectar-nos com Deus, Tente isso. Toque algumas fitas de adora
io enquanto dirige, quando está em casa ou no trabalho, Eu garanto que isso
ied elevar seu espirito.

VivENDO NOS SALMOS

Eclesiastes 8.1 diz que a Palavra de Deus pode estabelecer-se em alguém
que esteja com raiva e triste e fazer “teluziro seu rosto”. Creio que todo artista
deveria viver nos Salmos. Iso irá ajudar reluzir o seu rosto com paz e alegría.
Muitos dos Salmos foram escritos por alguém com um temperamento arts
«o. Davi tinha aquela sensibilidade que muitos de nés tem. Ele tinha aquele
desejo de criar e expressar que muitos de nés «em. E ele caminhou tio perto de
Deus, que Deus referiu-se a ele como “um honiem segundo o Meu coragio”
(Ac 13.22).

Precisamos viver nos Salmos porque eles sio alguns dos escritos mais
mocionais d Biblia, Dav um modelo de iberlade emocional, Ele expres
liveemente suas emogóes de um extremo a outro - algumas vezes num mesmo
Salmo, Em alguns dos Salmos (tais como SI 3, 6, 13,:59, 62, 86, 109, 142)
vemos uma mudanga extrema de estado emocional, das profundezas do deses
peto ao éxtase da gl6ria de Deus, Iso € realidade. Dá-nos um exemplo a seguir
de alguém que € muito parecido conosco de muitas manciras. Veja eses exem-
plos no livro de Salmos:

"Estou cansado de tanto gemer; todas as noites fago nadar o meu leit,
de minhas lágrimas o alago”. (Si 6.6)

172

Rory Noland

ce pace de mim, Senhor, porque me sinto atribulado”.(S1 31.9)
is estou preste a tropear a minha do esd sempre y
croup sempre perante mim. Confis-
sea minha nique soporte por cus do meu peda (5138.17-18)
‘Recolheste as minhas lágrimas no teu odre”. (6156.8)
“Eu, porém, cantarei a tua forga pela manhá louvarei com alegria a tua

misericórdia”. (SL 59.16)
“Aclamai a Deus toda a tera”. (SI 66.1)

*Quando o Senhor restaurou a sorte de Siäo, ficamos como quem sonha.
Entáo a nossa boca se encheu de riso, € a nossa lingua de júbilo; entäo entre as
naçües se dizia: Grandes cousas o Senhor tem feito por eles. Com efeto, gran-
des cousas fez o Senkior por nés; por isso estamos alegres” (SI 12.61-3).

Nós artistas devemos viver nos Salmos porque eles podem reajustar nos-
soto Des. Sou polie dale pechos
com Salmos, porque saio disso com um retrato mais acurado de Deus. Meus
problemas podem nao ir embora, mas les normalmente parecem ser diferen-
tes luz de quem Deus €. Eu necessito de uma visio acurada de Deus mais do
que meus problemas resolvidos. É muito fícil perder de vista o que € quem
Deus realmente & E uma visio distorcida de Deus rapidamente abre aminho
para uma visio de vida negativa e disorcida. Por estarem repletos de adoragäo,
os Salmos nos dio um conceito apurado de quem Deus é, Eles revelam Seus
atributos para nés. Quando vocé ler um Salmo, tente observar um atributo de
Deus que signifique muito para vocé.

Por muito tempo náo pude assimilar o significado da palavra engrande-
cer durante a adoragäo. Poderia entender bendizer, exaltar mas engrandecer
sempre me confundiu. O que significa engrandecer o Senhor? Entäo entendi
que quando os problemas chegam à minha vida, normalmente cu os engran-
dego 20 ponto de que fiquem maiores que Deus. Nós artistas temos a tendén-
cia de engrandecer tudo em nossa vida, nossos problemas, nós mesmos € até
mesmo nossa arte — para que sejam maiores que Deus. Agora, quando cu vejo
“engrandecei o Senhor” nos Salmos ou ougo isso na adoragío, la tem um
modo de me fazer lembrar a respeito de quem Deus é. Aguça minha visio
facilmente obscura de Deus. Veja a visio que Davi tinha do nosso Senhor:

“Pois tu és o Deus da minha salvagéo, em quem eu espero todo o dia”. (SI
255)

“A voz do Senhor € poderosa; a voz do Senhor é chia de majestade... € no
seu templo tudo diz: Glória”. ($1 29.4.9)
we nen paloma fineram,

llos... Tema ao senhor toda a terra, temamo
mundo...Feliz a nagáo cujo Deus € o Senor”. (13

« plo spre desu baca. exe
mr Lo sides os habitantes do
26812

173

O Coragáo do Artista
“Perto está o Senhor dos que tém o coragäo quebrantado, e salva os de
espírito oprimido”. (SI 34.18)
“A tua benignidade, Senhor, chega até aos céus, at
lidade”. (SI 36.5)
“O nosso Deus € Deus libertador”. (SI 68.20)
“Quem € semelhante a TP" (5171.19)
“Grandes sio as obras do Senhor, consideradas por todos os que nelas se
comprazem”. (SI 111.2),
“O que a mim me concerne, o Senhor levará a bo
és artista precisamos viver nos Salmos porque eles näo sio apenas emo-
cionais, náo sio apenas retratos acurados de quem Deus é, mas eles mostram um
‘ser humano sensivel e intensamente emotivo (como nés) lutando com as dificul.
“dades da vida elutando com a realidade de Deus. A arte em sua expressio máxi-
ma mostra pessoas reais lidando com questóes reais. Davi náo maquiou seus
sentimentos, até meso os negativos. Ele os wouxe diante de um Deus onipresente
«onisciente, Levou sua frustragio, sua decepgäo, e sua dor a Deus e saiu de Sua
presenga um novo homem. Veja alguns desses exemplos:
“Volta-te para mim e tem compaixio, porque estou sozinho e afico. Ali-
via-me as tribulagbes do corago; tira-me das minha angústias”. (SI 25.16-17)
“Deus faz que o solitário more em famili”. (SI 68.6)

é às nuvens a mua fide-

‚m termo”. (SI 138.8)

“Nos muitos cuidados que dentro em mim se multiplicam, as tuas con-
solagóes me alegram a alma”. (SI 94.19)

Inaı-vos E NAO FEQUEIS

Vocë no pode controlar como se sente a respeito de algo, mas pode
controlar como irá esponder a so. E por isso que a Biblia dz: “ral-vos e no
pequeis” (EF 4.26). Lembre-se, nós pecamos porque escolhemos pecar. Voce
pode náo conseguir evita a ralva, mas voce pode escolher näo retaliar ou agre-
dir verbalmente. Vocé pode näo conseguir evitar o sentimento negativo, mas
pode escolher náo atacar alguém com críticas. Nós náo precisamos reprimir
nossos sentimentos; simplesmente nao devemos deixar fi É

i que nos fagam pecar
um inal de carder Ene a coisa cet mesmo quando no se tem vontade
an tnd ms torn um ai aprendi de especia propria que dil
par meus dif com ra fa mito ma mal qe bm E po so que

205 pais que nfo provoquem scus fihos à ira (EF 6.4). Em minha

raiva, eu disse coiss prejudiciais que acabaram sendo mais pecaminosas do
auc 9 que meus filos havia fet iniimente que me deisaram nervoso-É
sles que estou com raiva mas náo deixar que ela me faga pecar.

14

Rory Noland

mais saudével para mim retira.
par pensar em como ic rag.

' momentancamente e dar-me um tempo

INA SE LEVE MUITO A SERIO.

O artisea que perdeu o seu senso de humor
em nosso meio. As vezes podemos ser sérios di
Espírito, rso € bom para a alma. Vo
humor? Bem, nfo se pergunte mais, Uma vita ao 20olóico ie he ae
Deus cemsenso de humor e que deve tre died mur e OU

ea um onitoninco? E uma aves ou um abus? Voce bi que
a cavalo marinho masculino € quem dé a luz? Vocé no pode me ding au
Deus no senha senso de humor PA ne di

Jesus usou bastante humor em Seu en
ram sobre tentar tirar o cisco do olho de seu irmáo enquanto carregavam uma
rave em seu pröprio. Se voct pensar iso, tratase de uma imagem realmente
engraada. Ou aquela sobre um cameló pasando pelo fundo de wma agulha
Iso soa antiquado para ns agora, mas aposto que cles se asentaram e ram
cam relacio a esta estéria por muitos dias. Voc? já viu a imagem de Jesus ma
qual Ele está sorrindo? Voce no tem problema com ela, où sua imagem de
Jesus € de alguém completamente séro 0 tempo todo, na qual Ele nunca di
sequer um sorrio, nunca demonstra qualquer alegria? Crsios que io muito
religiosos para ter qualquer diversi, ou muito eros para desfrutar avid, nao
sabem o que escáo perdendo. Eclesastes 7.16 dir: "Näo sjas demasiadamente
justo, nem exageradamente sábio; porque te destuirias ai mesmo”. Em ou-
tras palavras, nä sea to carrancudo. No sea io rígido, nem leve tudo to à
séro. Além disso, € mais ceologicamente corteo sorir do que ranzir as so-
brancelhas

pode ser a pessoa mais infeliz
sérios demais. Alegría € um fruto do
8 jd se perguntou se Deus tem senso de

sino. Aposto que os discípulos ri

Eu tenho atendéncia de levar a mim mesmo muito a sé. Ean sua eterna
‘abedora, Deus me deu uma esposa que gosta de fr. Sue tem um grande senso de
humor E uma das coisas que primero me ario nda. Adoro esa com ela, porque
“fade Ba he da que eta uma ds cars pr seu
“cedido. E cu concondari, Sorso important em nosss ası Se por experi
ia propria o que a Bíblia quer dizer quando decar que: "O congo alegre ébom
remédio, mas o espírito abatido faz secar os 0830s" (Pv 17.22).

Em individuo em mink via quel coma tendinca dese pego
tro, Busou seu companheiro de comparilhamento, assim send cle constan
consonance pin Ce
Paga a de 0 que em fo ukimament pr se de, gra Gast
Solas que so agradives ajuda a controlar a acude negative, A propósio,
Prestar contas a alguém sobre esas coisas € sempre uma bos

15

=a

\ O Coraçäo do Artista

LIDANDO COMA DECEPGAO

Gostaria de continuar com algo que todos os artistas tém lidado num
momento ou em outro: decepgio. Qualquer um que tenha tentado ter sucess
mas arts, Já se deparou com essa dura realidade. Como vocé lida com a decep.
ño? Vocé deixa a raiva transformar-se em amargura? Vocé internaliza sua ira e
torna-se depressivo? Vocé desiste de tentar ser um artist

Isso pode ser uma dura constatagäo, mas devo Ihe dizer que vocé pode
nunca experimentarrealizagio plena nesta vida como um artista. Odeio dizer
isso, mas a vida de um artista éextremamente dificil e uma carrera nas arts &
um risco sob todos os aspectos. Vocé pode ter a ambigäo de ter uma eareia
bem sucedida, mas pode nunca ser descoberto. Algumas pessoas sio afortuna-
das o suficiente para viver das artes. Outras nfo säo. Vocé pode até ser mais
talentoso que aqueles que sio bem sucedidos, mas vocé nunca encontrou os
‘eaminhos que eles encontraram. Talvez eles tenham conhecido as pessoas cer

tas e feito os contatos ceros. Vocé crabalhou duro mas as coisas simplesmente
no aconteceram para voc®, Sua carreira como um artista pode estar longe de
seus sonhos e expectativas. Se este foro caso, como vocé vai lidar com isso?

Gastei muito tempo no inicio desse livro destacando as virtudes de usar
05 seus. talentos na igreja local. E se essa também se tornar uma experiéncia
muito decepcionante? O que vocé deve fazer se experimentar rejcigio na igre-
ja? E se aigreja näo usí-lo do modo que gostaria que usasse? E se o uso dos seus
talentos na igreja se transformar em uma experiéncia frustrante? Iso significa
que vocé näo deveria usé-os?

Eo organista talentoso que freqüenta uma igrja que náo tem órgio? Ou
‘um baterista que vai a uma igeja tradicional? Ou o compositor sério que quer
fazer mais que apenas produzir o boletim da igreja? Ou o artista visual que
quer fazer mais do que faixas na Péscoa? Ou o ator que quer atuar num papel
relevante para a igreja E o bailrino que está lutando contra a resistencia à
dança naigreja? E se vocé fosse um dos muitos fautistas e a orquestrada igreja
incluíse apenas algumas poucas introdugées para flauta? E se vocé escreve
cgi ms dl une fosa camadas na gra? Resolver ens ene pode
ser um verdadeiro desafio. A maneira como lidamos com esse tipo de qu:
ir nf nos mataridade cance ne
Bu sei que a igre näo existe apenas para as artes. Ela tem um chamado
maior, e náo € uma organizagdo de artes dramáticas € musicals, Mas como
ministro de música de uma igrea, ainda me ajo com situagdes como as que
eu acabei de descreve, Percebi que coda igreja € uma extensio limitada de
los masi comparada à vaiedade de ess dispontris para nés hoje
‚m outras palavra, aigrja náo pode acomodar todos os estilos diferentes de

176

Rory Noland

gue es chamaria de música cris contemporanea ¿

Eric vaiedade dentro deste género — oc, Jr county, land
«assim por diante —a igreja ainda assim näo acomoda todos o dieras dinos
de músicos que tém vindo até nds. Por exemplo, o cantor de ópera co pions
fue? Deve haver muitos músicos frustrados em nossa congregato Sou ano
responetvel pela realizo de todos os músicos na Willow Creek? so erzot,
{at Iso E sequer poste?

ENCONTRANDO SEU LUGAR

Qualquer pessoa que jogue ténis sabe que quando vocé serve, o melhor
lugar para fazer contato com a bola €no ponto mais suave da raquete. Quando a
bola bate neste ponto, salta da raquete ultrapassa a rede. Para fazer esta analogia
com a igreja € as artes, seria muito bom se todos os artistas pudessem servir em
sea ponto mais suave o tempo todo. No entanto, as coisas nem sempre funcio-
nam assim. Muitos de nés nem sempre servimos em nosso ponto mais suave
como artistas, Nossos talentos náo sáo utilizados plenamente o tempo todo.
Minha própria experiérica reflee essa teoria. Posso escrever cangöcs €
fazer arranjos com um grau limitado de sucesso, mas o que provavelmentefago.
melhor tem a ver com composiçäo. Certa ocasiño quis trabalhar com trilha
sonora de filmes, e ainda sou um grande fi delas. Ougo todo tipo de mis
mas quando ougo algo por prazer, € normalmente uma pega clásica ou algu-
ma trilha sonora de filme. E cis que estou aqui, trabalhando em uma igreja
onde, por natureza, música popular é o eso principal. Näo quero ser mal
compreendido. Adoro música popular. Gosto de toda música que € boa. Mas
tipo de música que escuto, e provavelmente náo

on

música popular ni
¿o tipo de música que fago melhor.

Por muito tempo duvidei do meu chamado porque náo sabia o que fazer
com minha frustragio enquanto artista. Pedi ao Senhor que me trasse da igeja
a fim de que pudesse ser mais realizado antistcamente. [so nunca acontecen
Sempre que orava, nunca sentia a diregáo'de Deus para deixar o ministério.

ente no lu-

Entio algo aconteceu que me fez pereeber que sstaa exatamente no |
srr onde Deus me queria. Em um ano na Willow Creck fizemos um musical
na Semana Santa chamado A Esolha. Além de contribuir come compet
servi alguns arranjos para a orquesta na cena n qual Jesus et endo al
a en, e em outra na tumba na manh da ressureige. Foi como farra té»
sonora de um filme, à medida em que me deram iberdado de crias Ta cra
no meu ponto suave. Finalmente Nós repetimos A El &

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