O desenhista.docx material complementar de apoio

WLLIANEMARTINSDESOUS 11 views 1 slides Aug 28, 2025
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“O desenhista, jornalista e escritor Henrique de Souza Filho, mais conhecido como Henfil,
nasceu em 1944, em Ribeirão das Neves (MG) e cresceu na periferia de Belo Horizonte,
onde fez os primeiros estudos, frequentou um curso supletivo noturno e um curso
superior em sociologia, que abandonou após alguns meses(...)
Em 1970 lançou a revista Os Fradinhos. Nesse momento, a produção de histórias em
quadrinhos e cartuns de Henfil já apresentava características específicas: um desenho
humorístico político, crítico e satírico, com personagens tipicamente brasileiros. Após
uma década de trabalho no Rio de Janeiro, Henfil mudou-se para Nova York, onde passou
dois anos em tratamento de saúde e escreveu o livro Diário de um Cucaracha. O
cartunista destacou-se também por seu posicionamento político, sobretudo devido ao
seu engajamento na resistência ao regime militar no Brasil lutando pela democratização
do país, pela anistia aos presos políticos e pelas Diretas Já.
Henfil morreu, em 1988, aos 43 anos, no Rio de Janeiro. Hemofílico (como seus dois
irmãos, o sociólogo Betinho e o músico Francisco Mário), Henfil contraiu Aids em uma
transfusão de sangue, ocorrência comum na época, já que havia ainda pouco
conhecimento sobre a doença e a necessidade de cuidados específicos para preveni-la.
(...)
Ao criar personagens típicos brasileiros, como os Fradinhos, o Capitão Zeferino, a Graúna
e o Bode Orelana, entre outros, Henfil foi responsável pela renovação do desenho
humorístico nacional, assumindo o projeto de "descolonização" em um momento em que
as HQs nacionais tinham seu desenvolvimento sufocado pela distribuição dos quadrinhos
norte-americanos pelo mundo inteiro”.
Bêbado e a Equilibrista (Elis Regina)
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos
A lua tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!
Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Pra noite do Brasil
Meu Brasil!
Que sonha com a volta do irmão do
Henfil
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora
A nossa Pátria mãe gentil
Choram Marias e Clarisses
No solo do Brasil
Mas sei que uma dor assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança
Dança na corda bamba de sombrinha
E em cada passo dessa linha
Pode se machucar
Azar!
A esperança equilibrista
Sabe que o show de todo artista
Tem que continuar.
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