SITUAÇÃO
Na Escola Municipal Brasil, em Olaria, um pequeno detalhe infernizava a vida dos
funcionários responsáveis pela segurança dos alunos: o portão.
A escola tem dez turmas de 1º a 9º ano, no 2º andar e mais três turmas no térreo,
sendo duas de educação infantil
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. Por se tratarem de alunos do ensino fundamental, e
conseqüentemente menores de idade, durante o período de aulas, o aluno matriculado fica
sob total responsabilidade da escola, que deve responder, na pessoa da diretora geral,
adjuntas, coordenadora pedagógica, agente educadora, professores, e demais funcionários
da educação, pela segurança e integridade física e moral dos mesmos.
Por determinação da secretaria de educação, o estudante, deve entrar para a primeira
aula e permanecer na escola até o horário da saída.
A escola não dispõe de porteiro para receber os aluno, e visitantes, tais como: pais,
responsáveis, pessoas interessadas em matrícula, entregadores de mantimentos para
merenda, etc. Uma senhora, Dona Marlene, que é a servente da escola e também a caseira,
e seu esposo, Seu Cardoso, já aposentado, se revezam no portão para evitar que os
estudantes saiam fora de hora e desempenhar as funções que deveriam estar sendo
desempenhadas por um porteiro. Na ausência do casal supracitado, os funcionários da
escola, desde garis aos diretores, cuidam de abrir e fechar o portão de ferro que mede por
volta de 3 metros de largura e 4 de altura, incluindo a tela de segurança.
Um dos aspectos a ser avaliado decorrente de não haver na escola uma pessoa que
tenha uma função específica de se ocupar com o portão, e tal função ser dividida entre os
funcionários da escola, é o desconforto no ambiente de trabalho que acaba sendo gerado,
pois muitas vezes o funcionário precisa interromper suas tarefas, se deslocar até o portão
para ver quem está batendo, abrir o portão, dar informações, encaminhar o visitante, fechar
o portão, voltar para a sua própria tarefa.
Um outro aspecto a ser avaliado envolve uma contradição. É comum tanto
funcionários e quanto visitantes terem que aguardar algum tempo até que se lhe abram o
portão para entrarem na escola assim como o mesmo portão acabar ficando aberto
proporcionando o risco de que os alunos saiam da escola durante o período de aula, e
recreio, e facilitando que qualquer pessoa entre, sem que ninguém se dê conta disso.
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Por turno.
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