terceira folha explicava-se como se transformavam os metais. Junto ao texto reproduziam-se dois
recipientes, davam as cores e todos os detalhes, exceto a Pedra Filosofal, a qual aparecia
reproduzida com grande arte e forma tal que cobria por completo as páginas quatro e cinco”.
Posteriormente, Flamel mandou colocar essas figuras no cemitério parisiense dos inocentes. Dos
relatos houve um que o impressionou bastante: “Um rosal florido no meio do jardim; no solo junto
às rosas uma fonte da qual emanava água branquíssima, que logo a uma distância respeitável
precipitava-se num abismo. Muitas pessoas cavavam ao longo de seu curso, com as mãos na
terra, tratando de encontrar a fonte, porém não conseguiam êxito porque eram cegas; somente
um foi capaz – ele encontrou a água”.
Esta é realmente uma das maiores simbologias Alquimistas, pois expressa claramente o
significado do Grande Arcano. A rosa indica a cristalização dos corpos solares. A fonte simboliza a
transmutação; é a fonte da água viva da qual falava Jesus. A humanidade inconsciente busca essa
fonte e apesar de tê-la tão perto não a encontra; a água é desperdiçada, caindo nos abismos.
Somente o adepto, o Iniciado, é o único capaz de valorizar as águas seminais.
Flamel finalmente conseguiu captar o sentido dos processos, porém seguia sem compreender o
processo da matéria prima. Consultou então sua esposa Perenelle, a qual imediatamente dedicou-
se com idêntico fervor a estudar o misterioso livro. Com isto, Nicola Flamel nos indica que é
necessária a mulher para realizar a Grande Obra.
Marchou logo em peregrinação até o sepulcro do apóstolo Santiago, na Espanha, encontrando-se
com o Mestre Canché, o qual indicou-lhe os fundamentos do Magistério. Flamel narra sua
Iniciação da seguinte maneira: “Todavia trabalhei uns três anos, até que finalmente encontrei o
elixir (havia trabalhado 21 anos) que imediatamente se reconhece por seu forte odor. Primeiro o
projetei sobre uma libra e meia de mercúrio e obtive desse modo igual quantidade de prata; isso
ocorreu em minha casa, estando presente unicamente minha esposa Perenelle; mais tarde,
atendo-me escrupulosamente a cada palavra de meu livro, projetei a pedra vermelha sobre uma
quantidade quase igual de mercúrio na mesma casa e de novo estava presente minha esposa
Perenelle. Realizei a obra por três vezes com a ajuda de Perenelle, pois como havia-me ajudado
no trabalho, o entendia exatamente como eu”.
Significados
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Serpente: A serpente como se sabe é um animal frio e venenoso. Assim, o seu simbolismo
alquímico será um mineral ou um metal frio e venenoso também. É fácil entender o seu
simbolismo por causa dos dois símbolos espagíricos. Marte e o Globo crucífero. Na verdade a
serpente é Satúrnia como é designada por Flamel no Brèviére ou Testament e é fria e venenosa
como uma serpente.
Cruz:Alquimicamente a cruz ou crucifixo pode simbolizar duas coisas: um cadinho ou a morte
(putrefacção do composto).
Aqui, a cruz significa simbolicamente, a morte do composto (amálgama filosófico) Sol ou Lua
(enxofre) e o Mercúrio.
Macho e fêmea, isto é o Andrógeno!
Fonte: In L'Alchimie de Flamel, Editions Savary, 42 rue Barbés, 11000 Carcassonne, France.
http://levity.com/alchemy/emblems/embl472.html
Quem é ele? (resumo breve retirado da wiki)
Nicolas Flamel, de acordo com uma gravura do século XVII.Nicolas Flamel (Pontoise, França,
1330 — 1998 ) foi um dos maiores alquimistas da história. Casado com Dame Perrenele Flamel.
Segunda a lenda teria fabricado a pedra filosofal, o elixir da longa vida e realizado a transmutação
de metais em ouro por meio de um livro misterioso.