O velho do restelo - Lusíadas

947 views 10 slides Feb 06, 2017
Slide 1
Slide 1 of 10
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10

About This Presentation

Interpretação do episódio d'As Despedidas de Belém e O Velho do Restelo no Canto IV d'Os Lusíadas


Slide Content

Os Lusíadas Despedidas de Belém e O Velho do Restelo

Objetivos Através desta análise, iremos focar-nos: Na identificação destes dois episódios na estrutura externa ; Na contextualização do tempo e espaço dos acontecimentos (estrutura interna); No resumos dos acontecimentos narrados e o seu contexto na obra Os Lusíadas ; No simbolismo dos elementos mencionados pelo poeta; N as figuras de estilo; E no significado e mensagem transmitida nestes dois episódios.

Estrutura externa O episódio é antecedido pela narração de Vasco da Gama sobre como lhe foi atribuída a missão desta viagem: «Eu vos tenho entre todos escolhido Pera uã empresa, qual a vós se deve, Trabalho ilustre, duro e esclarecido, O que eu sei que por mi vos será leve.» Começa na estância 84 e termina no final do Canto IV na estância 104.

Estrutura interna O episódio d’As Despedidas de Belém começa imediatamente após o relato de Vasco da Gama ao Rei de Melinde sobre o motivo da viagem e a preparação da armada. Espaço: «E já no porto da ínclita Ulisseia,» «Partimo-nos assi do santo templo Que nas praias do mar está assentado Que o nome tem da terra, pera exemplo, Donde Deus foi em carne ao mundo dado» Tempo: Verão de 1497; Narrador: Vasco da Gama; Velho do Restelo: Estância 94; Termina no final do canto IV.

As despedidas de Belém Descrição do ambiente no porto: «De mil Religiosos diligentes, Em procissão solene (…)» « As mulheres cum choro piadoso, Os homens com suspiros que arrancavam. Mães, Esposas, Irmãs, que o temeroso Amor mais desconfia (…)» « Porque de mi te vás, ó filho caro, A fazer o funéreo enterramento Onde sejas de pexes mantimento?» Heróis Vencer a condição humana Patriotas Sem despedimento costumado, Que, posto que é de amor usança boa, A quem se aparta, ou fica, mais magoa. S O F R I M E N T O / S A C R I F Í C I O

O velho do restelo Quem é? - «Que nós no mar ouvimos claramente, Cum saber só de experiências feito,» - «Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama!» - «Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama!» - «Fonte de desemparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de renas e de impérios!» - «(A vida) De sempre ser estimada, pois que já Temeu tanto perdê-la Quem a dá:» - «Não tens junto contigo o Ismaelita, Com quem sempre terás guerras sobejas?» Pouco letrado Humilde Piedoso Cristão P onderado Receoso Pragmático Apelo ao bom senso

Simbolismo Teorias: Vertente conservadora; Vertente humanista; Intervenção direta do poeta; Crítica aos opositores do progresso Estância 102 Atitude não heroica Conflito de ideias camonianas (anti belicismo/Cruzadas ) Estância 100 Valorização de uma guerra que incentive a cultura Crítica ao risco destas viagens Perspetiva de um nobre Estância 96 Pertencente à nobreza da época Medo da perda da identidade portuguesa

O velho do restelo O Velho do Restelo expõe simultaneamente medos e receios da época contrastando o medo e passividade dos que ficam e a heroicidade dos que partem: « Oh, maldito o primeiro que, no mundo, Nas ondas vela pôs em seco lenho!» « Buscas o incerto e incógnito perigo» «Trouxe o filho de Jápeto do Céu O fogo que ajuntou ao peito humano, Fogo que o mundo em armas acendeu, Em mortes, em desonras (grande engano!). Anti-herói Amante do inação

Figuras de estilo Perífrase: «Porque a gente marítima e de Marte» «Que nas praias está assentado, Que o nome tem da terra, pera exemplo, Donde Deus foi em carne ao mundo dado.» Personificação : «Os montes de mais perto respondiam, Quási movidos de alta piedade;» Interrogação retórica: «Não tens junto contigo o Ismaelita, Com quem sempre terás guerras sobejas?» ------------------------------------------------------------ Repare-se que o Velho apega-se às políticas do passado praticadas pelo Rei D.Afonso V. Até as antigas gerações que o poeta elogia vivem apegadas ao passado

Concluindo …
Tags