1
Há algum tempo atrás, não muito talvez, em um mundo distinto (Com certeza não se
trata do seu mundo) aconteceu uma série de eventos extraordinários que descreverei
nesse livro. Isso aconteceu de verdade, não tem nenhum modo que possa eu provar
minha palavra, mas se em mim quiser assim acreditar, fique sabendo, você é único.
Mas se você é desconfiado, assim como eu, pare e feche esse livro onde achar
que está ficando uma farsa. Existem várias coisas ainda que nem eu, nem você, nem
ninguém conhece, afinal, a vida é uma caixa de confeitos, hoje os confeitos podem ser
de abóbora, mas amanhã ou em um outro dia, já podem ser de qualquer outra fruta que
não seja abóbora, o que é muito difícil nas vendas florestais dos elfos, eu só encontro de
abóbora, um de cacau ou de morango sairia muito bem, mas eu tenho um azar constante.
Meu nome é Serif, um anão das terras de Ocinap, não gosto muito de ser chamado
de anão, se fosse pela minha vontade, todos me chamariam de “Gigante das Montanhas”
ou “Feroz de Ocinap”, mas eu acho que não conseguiria convencer a todos chamar de
gigante uma criatura com metade da altura de um elfo.
Eu amo machados, assim como todos os anões de Ocinap. É a arma símbolo da
nossa raça, para nós não há arma melhor e mais mortal do que um machado bem afiado.
Em tempos de crise um bom machado servirá para cortar a cabeça de quem merece que
tenha a cabeça cortada ou trocar por alguma coisa como mantimentos ou uma boa
bebida. Mas por enquanto eu não penso em abrir mão das minhas belezinhas, estou
muito bem, Obrigado.
Quem me conhece diz que eu sou meio egoísta, mas não é para tanto... Só não
gosto de dividir minha comida com os meus amigos esfomeados. Um dia desses
cheguei até a colocar etiquetas nos meus jarros de raízes doces dizendo: “Elfo, Anão,
Ou o quer que você seja, Não pegue minha comida”... Mas não adianta, sempre furtam
meus doces e quando pergunto quem foi, ninguém ousa falar nada. Se eu soubesse a
catástrofe que estaria por vir, eu teria sido mais gentil e cedido alguns pedaços de
Alcaçuz para os meus amigos, porque a maioria deles, eu não iria ver outra vez.
Era cedo, o Sol ainda escalava por trás das verdes colinas, eu já estava de pé, me
preparando para ir para o meu emprego, na verdade não era bem que um emprego sério,
já que eu mais me divertia do que trabalhava. Eu corto troncos, só isso, mais nada.
Porque é assim tão divertido? Eu uso meu machado para cortar os troncos, com