Oriente e Ocidente............................pptx

BrunoAlvesdaCruz2 11 views 14 slides Sep 02, 2025
Slide 1
Slide 1 of 14
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14

About This Presentation

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------


Slide Content

Oriente e Ocidente: uma invenção EUROPEIA P rofessor Bruno Geografia

Europa: continente ou península da Eurásia? Do ponto de vista físico, a Europa fica na porção oeste da grande massa continental da Eurásia (Europa e Ásia), em uma grande península ( Ponta de terra emersa cercada de água por todos os lados, exceto um, que a une ao continente). Observe o mapa .

Os Montes Urais, os mares Negro e Cáspio e a Cordilheira do Cáucaso são considerados os limites naturais entre a Europa e a Ásia. Historicamente, eles representaram obstáculos físicos para a integração entre os povos do leste e do oeste da Eurásia. Sob os aspectos histórico, político e social, entretanto, a Europa é considerada um continente em virtude dos fatores que a distinguem tanto do conjunto mundial quanto da Ásia (observe o mapa). A Europa foi o centro de movimentos importantes, com desdobramentos em todo o mundo, como a democracia grega, o direito romano, o renascimento cultural e artístico, o capitalismo, a Revolução Industrial (1750), a Revolução Francesa (1789) e a implantação do socialismo.

Hegemonia europeia e divisão do mundo em Ocidente e Oriente A expansão marítimo-comercial europeia nos séculos XV, XVI e XVII foi o marco inicial da construção da hegemonia da Europa no mundo entre esses séculos e a Primeira Guerra Mundial. Ao incorporar a África, a América e a Oceania ao seu horizonte geográfico e fundar colônias na América e feitorias na África e na Ásia, a Europa ampliou consideravelmente o seu espaço comercial, permitindo que se realizasse a “acumulação primitiva do capital”, ou seja, o processo de acumulação de riquezas, que, posteriormente, nos séculos XVIII e seguintes, possibilitou a alguns países europeus, como Inglaterra, França, Bélgica, Itália, Alemanha e etc , a realização da Primeira e da Segunda Revolução Industrial e a implantação do capitalismo industrial e do neocolonialismo ou imperialismo. No século XIX , esses países se lançaram sobre a África e a Ásia, substituindo as feitorias do século XVI pela apropriação de territórios e a implantação de impérios coloniais. Apesar da resistência de povos africanos e asiáticos, a superioridade técnica, principalmente em armamentos, facilitou a conquista. Observe os mapas seguintes, que representam a hegemonia europeia no mundo em dois períodos históricos: durante o capitalismo comercial e durante o capitalismo industria l.

Observa-se que a influência europeia no mundo foi grande nos dois períodos históricos representados, do século XVI ao XIX. E continuou pelo século XX, pois a descolonização africana e asiática ocorreu somente na segunda metade do século XX, com exceção da Índia, em 1947. A influência europeia também se estendeu pelo mundo por meio de instituições, leis, religiões, formas e sistemas de governo, línguas, artes, filosofias, ciências, tecnologias etc. A Europa ditava a moda na maneira de vestir e na de pensar e na educação formal, e a língua francesa era falada entre as classes sociais mais abastadas em diferentes países do mundo. Após a Primeira Guerra Mundial, com a emergência dos Estados Unidos à condição de potência industrial, a hegemonia europeia começou a declinar, apesar de manter até os dias atuais grande presença política, econômica e científica nas relações internacionais.

O Ocidente inventou o Oriente Apesar de as noções de oriente – lado do horizonte em que o Sol “nasce” – e ocidente – lado do horizonte em que o Sol “se põe” – serem usadas desde o século III A .C pelo Império Romano, que dividiu o seu vasto território conquistado em duas partes para melhor administrá-lo, sob o ponto de vista histórico-político-geográfico essas expressões somente se consolidaram durante as grandes navegações marítimo-comerciais europeias dos séculos XV e XVI. Foi em 1596 que o cartógrafo e matemático belga Gerard Kremer , conhecido como Mercator , elaborou um planisfério representando a Europa na porção central e superior dele (observe o planisfério no slide seguinte). Essa representação cartográfica atendia plenamente à ideia de supremacia da Europa no mundo, naquele período. Ela é, portanto, eurocêntrica e deve ser entendida como a expressão de seu etnocentrismo(Tendência a privilegiar as normas e os valores de sua própria sociedade ao interpretar as outras; a valorizar seu grupo, sua região ou sua nacionalidade em detrimento de outros, podendo desenvolver preconceitos em relação a eles). A representação de Mercator é usada no Brasil e em outros países e demonstra a influência europeia no mundo.

O Meridiano de Greenwich: outro exemplo de visão eurocêntrica Em 1884, em Washington, capital dos Estados Unidos, foi realizada a Conferência Internacional do Meridiano. Foi aí decidido que o Meridiano Principal deveria ser o meridiano que passa no Observatório Real de Greenwich, localizado na cidade de mesmo nome, próximo a Londres, capital do Reino Unido. Essa escolha mostra a supremacia inglesa, maior potência naval e econômica do mundo à época. Outros meridianos poderiam ser escolhidos como principal ou de longitude 0°grau. A escolha do Meridiano de Greenwich também expressa a consolidação da visão eurocêntrica do mundo.

Orientalismo e Ocidentalismo Entendido como a visão que o Ocidente tem do Oriente ou de seus povos, o Orientalismo é marcado desde tempos históricos passados por imagens distorcidas e até mesmo preconceituosas, desconsiderando-se que muitas contribuições culturais e científicas foram dadas pelo Oriente . Não há dúvidas de que o etnocentrismo do Ocidente serviu aos interesses das potências ocidentais e justificou ideologicamente os atos de apropriação de territórios no Oriente para a subordinação de seus povos e para a formação de impérios coloniais nos séculos XIX e XX sob a lógica do neocolonialismo e do imperialismo, que enriqueceram os países colonialistas europeus . Desse modo, podemos dizer que as relações históricas entre “Ocidente” e “Oriente” foram marcadas por relações de poder e de dominação que, até o momento atual, não desapareceram por completo. Exemplos recentes dessas relações foram as invasões ao Afeganistão, em 2001, e ao Iraque, em 2003, lideradas pelos Estados Unidos em coligação com forças militares do Reino Unido e de outros países, que, a pretexto de combater o terrorismo, tinham interesses econômicos e geopolíticos .

Para refletir
Tags