Os modelos de comunicacao

sergio.srav 25,262 views 13 slides May 01, 2011
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Os Modelos de Comunicação
Uma infinidade de estudos procura explicar como acontece a “interacção social
através de mensagens” ou seja, a comunicação entre pessoas.
Estando a comunicação presente em todas as áreas epistemológicas, existem
modelos de comunicação oriundos de ciências diversas.
Modelo de Base Linear de Lasswell
Toda a investigação que está interligada com a comunicação foi marcada por
um artigo onde se descreve o acto de comunicar, publicado em 1948 pelo
americano Harold Lasswell. Este mesmo artigo dividia o acto da comunicação
em 5 partes, sendo cada parte representada por um elemento. Segundo
Lasswell descrever o processo de comunicação é seguir um trajecto
unidireccional, é responder as seguintes questões: a quem, diz o quê, por que
canal, a quem e com que efeito. Quem, diz respeito ao emissor, aos factores
que dão início e orientam o acto; Diz o quê, é a mensagem, aqui integra-se
uma análise do conteúdo; por que canal, é o meio, com esta pergunta e
através de uma análise dos meios ficamos a saber se são meios interpessoais
ou de massas; a quem, são as pessoas atingidas por esses meios, esta
pergunta envolve uma análise da “audiência”; e por último, com que efeito, diz
respeito ao impacto exercido pela mensagem sobre a “audiência”.
Esquema linear da comunicação de Lasswell
QUEM
DIZ O QUÊ ATRAVÉS
DE
A QUEM
COM QUE
EFEITO
emissor mensagem medium receptor
impacto

·É um esquema basicamente descritivo e a finalidade é estabelecer a
análise dos actos comunicativos.
Baseia-se em três premissas consistentes:
· É um processo assimétrico, com um emissor activo que produz o estímulo
para um público (receptores) passivo;
· É um processo comunicativo intencional, tendo por objectivo obter um
determinado efeito observável e susceptível de ser avaliado;
·É um processo em que os papéis do emissor e do receptor surgem
isolados, independentemente das relações sociais, culturais e situacionais em
que se realiza o acto comunicativo.

Modelo Linear de Shannon e Weaver
Quase na mesma altura que Lasswell apresentou as cinco perguntas, os
teóricos Shannon e Weaver surgem com novos estudos, sendo estes
influenciados pelo primeiro.
A teoria destes é essencialmente matemática, esta vai permitir estudar a
quantidade de informação que uma mensagem é detentora e a capacidade de
transmissão de um determinado canal.
O modelo de Shannon e Weaver é também um modelo linear, constituído por
seis elementos, estes foram inicialmente gerados para apresentar aspectos
técnicos das telecomunicações mas posteriormente foram alargados às
ciências sociais e humanas.
Segundo esta teoria matemática a comunicação estabelece-se perante uma
fonte de informação sendo esta o momento da produção da mensagem, esta
mensagem é transformada pelo transmissor para posteriormente prosseguir
com o envio dessa mensagem por um canal, aqui surge um novo termo a
fonte de ruído, esta não é desejada pela fonte, pois vai distorcer a mensagem.
De seguida a mensagem é enviada para o receptor, este recebe o sinal
transmitido pela fonte para poder alcançar o ponto de achegada, o destino.
No que concerne o modelo de base linear, o cientista Lasswell é um dos
autores mais representativos desta corrente, uma vez que influenciou os
estudos relacionados com o fenómeno da comunicação. Este apresenta a
comunicação como a transmissão de mensagens entre dois pontos (emissor e
receptor) e num único sentido. Em 1948, Lasswel considera que uma forma
adequada para se descrever um acto de comunicação consiste em responder
às seguintes questões:
• Quem? (Emissor), Diz o quê? (Mensagem), Por que canal? (Meio), A quem?
(Receptor), Com que efeito? (Efeito).
Este esquema tem como objectivo estabelecer a análise dos processos de
comunicação de massa .
Praticamente ao mesmo tempo que Lasswel, surge o modelo de Shannon e
Weaver em 1949, sendo também como que um exemplo para outros modelos
comunicativos.
Este modelo foi concebido, como modelo matemático, para permitir a
transmissão de um conjunto de informações quantificáveis de um lugar para
outro.

• Origem; Transmissor; Mensagem; Sinal; Canal; Sinal; Receptor; Mensagem;
Destino
Este esquema, de seis elementos, descreve a comunicação como um processo
linear e unidireccional.
Esquema de Schramm
• Campo experiencial comum
• (alargamento da noção de codificação e de descodificação)
• Influência exercida mutuamente entre os participantes através da
retroacção (feed-back).
transceiver
"
transmetter
"
e de
"
receiver
"
,
ambivalência do homem comunicante
emissor e de receptor
Emerec
"
émetteu r-récepteur
"
.
Modelos de Base Cibernética
Norbert Wiener, criador da Cibernética, define-a como a consciência
tecnológica do homem, ou seja, a crescente necessidade de criação de
máquinas que imitem o comportamento do ser humano, podendo abordar
áreas de conhecimento tão vastas como a filosofia, a sociologia, entre
outros. O seu livro Cibernética e Sociedade surge como uma espécie de
resposta à crítica da Cibernética como «desumanização do homem»,
segundo o próprio autor. É certo que o ser humano tem tendência para a
desorganização, a entropia, bem como, em princípio, todos os sistemas
fechados, que tendem a deteriorar-se, passando para um estado de maior

probabilidade, de caos. Porém, podem também ser considerados sistemas
que, apesar de limitada e temporária, podem tender para a organização: eis
o contexto em que se desenvolve a Cibernética. A palavra «Cibernética»,
segundo Wiener, advém do termo «kubernetes», o equivalente grego de
piloto. Ora, sendo o «piloto» aquele que comunica e controla, transmite uma
mensagem cuja informação é apenas acessível por ele, da mesma maneira
que, quando recebe uma mensagem, apenas o emissor dela pode aceder-
lhe na totalidade. Daí a necessidade de controlo, comando em relação em
relação a alguém, que responde à mensagem que o «piloto» envia, de
maneira a que este saiba se ela foi entendida e cumprida. Assim, para
Wiener, toda a sociedade deveria girar à volta desta ideia, e ser entendida
através do estudo das mensagens e facilidades de comunicação entre o
homem e o homem, o homem e a máquina, e a máquina e a máquina. De
facto, dar uma ordem de controlo a uma máquina não difere muito de fazê-
lo, actualmente, com um ser humano, na medida em que, em ambos os
casos, tratando-se de um mecanismo cibernético, há a consciência da
ordem emitida e do sinal de volta que o receptor envia, para que se saiba se
a ordem foi entendida. Clarificando esta ideia de mecanismo cibernético, é
aquele que altera o seu comportamento face a uma informação do exterior,
auto-regulando a sua acção.
Os modelos cibernéticos integram o feedback e a retroacção como elementos
reguladores da circularidade da informação. Norber Wiener, autor deste
modelo, considera a base cibernética como uma área interdisciplinar que
abrange “todo o campo da teoria do controlo e comunicação, na máquina ou no
animal”.
Relativamente aos modelos de comunicação interpessoal verifica-se que estes
se inspiram nos modelos de base cibernética, uma vez que a interacção é face-
a-face.
Por sua vez, o modelo de comunicação interpessoal de Schramm dá uma nova
dimensão aos modelos lineares, com o alargamento das noções de codificação
e descodificação. O processo de comunicação é interminável, não se sabe
onde começa nem quando acaba a corrente de informação.
No modelo circular de Jean Cloutier, a sua popularidade é atingida através da
sua obra "A Era de EMEREC", onde o "homo communicans" se encontra
alternadamente em cada um dos pólos de comunicação e, até mesmo, em
ambos os pólos simultaneamente. O processo de comunicação não é linear,
mas sim concêntrico, uma vez que o seu ponto de partida é sempre o seu
ponto de chegada.
- EMEREC personifica o carácter de emissor e receptor de cada pessoa.
- A LINGUAGEM E A MENSAGEM são duas noções indissociáveis, pois é a
linguagem que permite incarnar a mensagem.
- O MEDIUM é o intermediário que permite transpor as mensagens no espaço
e no tempo.

Norbert Wiener (década de 40)
área interdisciplinar
"que abrange todo o campo da teoria do controle e comunicação, na
máquina ou no animal"
Os conceitos de controle, regulação e feed-back
relacionam-se com a essência da TGS
fornecem uma explicação concreta para as qualidades do sistema
- como totalidade,
O esquema de Schramm marca a passagem para os esquemas
cibernéticos.
Couffignal denomina esta corrente comunicativa de "cadeia reflexa”:
"de acordo com as respostas (dos formandos) o formador
podemodificarorestodalição,paraafazer
Mais adequada às ditas respostas, procurando sempre que os
formandos possam aprender os conhecimentos que se transmitem”

Jean Cloutier
•o autor mais representativo desta corrente comunicativa,
•"A Era de EMEREC".
•o "homo communicans" situa-se alternadamente em cada um
dos pólos da comunicação e, até mesmo, em ambos os pólos
simultaneamente.

O processo de comunicação não é linear, mas concêntrico.
•o seu ponto de partida é sempre o seu ponto de chegada,
•o feed-back "não é um elemento acrescentado e supérfluo,
mas inerente ao ciclo da informação.
CLOUTIER, Jean (1975). A Era do Emerec ou a
Comunicação Audio-scripto-visual na hora dos self-
media. Lisboa: I.T.E.
CLOUTIER, Jean (2001). Petit traité de communication.
EMEREC à l’heure des Technologies Numériques.
Montréal: Ed. Carte blanche.

Esquema cibernético de Cloutier
O Emerec
- personifica o carácter de emissor e receptor do homo
communicans.
- A linguagem e a mensagem duas noções indissociáveis,
a linguagem permite incarnar a mensagem.

distinção entre as linguagens base (audio, visual e scripto),
•linguagens sintéticas (audiovisual e scriptovisual) que
implicam a fusão

linguagem polissintética (audio-scripto-visual), resultante da
•mantém a expressão "audiovisual" para caracterizar a
linguagem que
alia a imagem em movimento ao som e concilia o espaço e o •cria a expressão scriptovisual para qualificar a linguagem que
abrange
todos os modos de comunicação gráfica com origem na fusão •cria a expressão audio-scripto-visual, aplicando-a ao tipo de
comunicação polissintética pela aglutinação de diversas
linguagens

Áudio
Audiovisual
Ling. Base
Scripto
Audio-Scripto - Visual
Scriptovisual
Visual
O Medium

intermediário que permite transpor as mensagens no
tempo e
•Aplica a perspectiva cibernética ao funcionamento dos
media.
Os media emitem, recebem, transmitem, conservam e
•Utiliza um duplo sistema para classificar os media: em
função
da linguagem e em função da natureza de tratamento e •Distingue media de massa e self-media, repartindo-os
por cada
uma das seis linguagens: audio, visual, scripto,
audiovisual,

Classificação dos media
Natureza
Mensagem
Self-media
Group-media
Mass-media
Net-media
Valorização educativa dos esquemas cibernéticos
•O feed-backé o factor que distingue informar de comunicar
•Procurar o feed-back, "é procurar a relação, é considerar o
receptor como uma realidade autónoma, é estabelecer a
comunicação.
•Desenha-se um novo papel para o formador "deixa de ser o
sábio emissor que transmite a sua ciência aos formandos, por
sua vez receptores quase passivos. Ambos, formador e
formandos, andam à descoberta do saber, desempenhando
papéis diferentes”

A aplicação da noção de feed-back aos media permite distinguir
•Nesta procura da descoberta, a integração dos media constitui
uma estratégia adequada para proporcionar
– a aquisição e a compreensão do saber, tarefa mais facilitada
se os utilizadores têm possibilidade de estabelecer
interactividade com os media.

Modelos da Comunicação de Massas
O modelo de comunicação de massas encontra-se incluído nos modelos de
base cibernética, visto que os meios de comunicação vão buscar a sua
inspiração aos princípios da retroacção.
O modelo da comunicação de massas de Shramm assenta essencialmente no
seu modelo base, que também deu origem a um modelo de comunicação
interpessoal. Porém, verificam-se algumas alterações, na medida que o
emissor ou a fonte é colectivo. Ou seja, são ao mesmo tempo, o organismo,
por exemplo um jornal, e os mediadores que dele fazem parte, tendo em conta
sempre o feedback ou a retroacção.
As mensagens transmitidas são múltiplas, mas idênticas, ampliando-se a
mensagem original que é dirigida para um grande número de receptores, em
que cada indivíduo a irá descodificar, interpretar e reagir.
Modelos Culturais/Culturológicos/Socioculturais
Os esquemas culturulógicos focam a sua atenção na análise da cultura de
massa e no processo dialéctico que se estabelece entre o criador-produtor-
consumidor, bem como analisar o papel dos mass media no processo da
sociodinâmica da cultura. Os principais nomes desta corrente são Edgar Morin
e Abraham Moles.
Segundo Edgar Morin, o objecto de análise da cultura de massa está
estreitamente ligado à sua natureza de produto industrial e ao seu ritmo de
consumo quotidiano, ou seja, a cultura de massa é o produto de um processo
dialéctico entre criação-produção-consumo, no qual a produção assume uma
posição de charneira.
Abraham Moles procura unificar os campos da cultura e os meios de
comunicação de massa através de um enfoque cibernético. Ao contrário de
Morin, o autor afirma que todo o fenómeno da cultura está baseado numa
sociodinâmica cujos canais são os meios de comunicação, considerando a
cultura como um ciclo sociocultural cujo centro é a estrutura da comunicação
de massa.
O esquema por si apresentado é constituído por quatro elementos: o macro-
meio, o micro-meio, o criador e os mass media. O indivíduo criador exerce a
sua acção produzindo ideias ou novas criações que se incorporam na cultura

de massa passando por duas etapas, o macro-meio e o micro-meio. O cariz
cibernético do esquema de Moles resulta da retroacção constante entre os
seus quatro elementos fundamentais.
As pesquisas sobre os mass-media
diversidade de modelos comunicativos
• oito "momentos" de investigação:
- a teoria hipodérmica
- a teoria ligada à abordagem empiríco-experimental
- a teoria que deriva da pesquisa empírica de campo (ou
dos efeitos limitados)
- a teoria de base estrutural-funcionalista
- a teoria crítica dos mass media
- a teoria culturológica
Esquemas culturológicos
Preocupações com a cultura de massa, distinguindo:
·os seus elementos antropológicos mais relevantes
·a relação entre o consumidor e o objecto do consumo.
Os investigadores franceses:
• Edgar Morin, Pierre Schaeffer e Abraham Moles

Trabalho efectuado pela aluna Maria Celina Lopes
Rodrigues
Disciplina Teorias e Modelos de Comunicação
Curso Pós-graduação TIC Almada, nº A5801
Janeiro 2010
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