O estudo aborda sobre humildade e confiança em Deus
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Language: pt
Added: Dec 11, 2023
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P arábola do grande banquete Lucas (14: 15-24)
Vamos entender o contexto em que jesus pronunciou essa parábola, para entender porque ele teve a intenção de falar sobre ela. Antes de jesus contar essa parábola, acontece uma situação muito interessante: Jesus estava na casa de um dos principais fariseus da Peréia, que era uma região da Jordânia, ele havia sido convidado por esse fariseu para uma refeição na sua casa.
Quando jesus chegou percebeu que havia um homem com uma enfermidade chamada hidropisia, ou seja, quando há um acumulo inadequado de liquido na pele. E jesus o cura.
E jesus realizava curas em dia de sábado e era muito criticado pelos fariseus e sacerdotes.
Então, quando jesus vê que era sábado e que o homem enfermo estava ali para ser curado. A ntes dele curar, ele se dirige aos doutores da lei e aos fariseus e pergunta: Será licito curar no sábado? exatamente jogando ali o questionamento para eles. E todos se mantiveram em silêncio.
E ai, jesus depois de realizar a cura faz uma segunda pergunta dizendo: Quem de vós se num sábado o seu filho ou um boi cair num poço, não irá imediatamente retirá-lo?
Portanto, podemos perceber que a parábola nos mostra justamente isso, desapego material e a procura da riqueza espiritual. Aqui já foi um primeiro ensinamento, porque ele já quis dizer quem se apega a lei dos homens e as práticas exteriores está apegado ao mundo, e não há verdadeira caridade, porque não existe hora, nem dia, nem horário para se fazer a caridade.
Mas esse não foi o único incidente, aconteceu na verdade dois que fizeram com que jesus chamasse atenção antes e narrar a parábola. O primeiro incidente foi do enfermo que ele realizou a cura e o segundo, foi que após a cura, jesus observou que os convidados começaram rapidamente a tentar apressarem para sentarem nos melhores lugares da mesa, que era na verdade os primeiros lugares aqueles que são reservados ao lado do anfitrião da casa.
O primeiro incidente foi do enfermo que ele realizou a cura e o segundo, foi que após a cura, jesus observou que os convidados começaram rapidamente a tentar apressarem para sentarem nos melhores lugares da mesa, que era na verdade os primeiros lugares aqueles que são reservados ao lado do anfitrião da casa.
Jesus que não perdia a oportunidade de ensinar, já naquele momento falou da humildade e ai disse: Que quando formos convidados a um banquete que não procuremos os primeiros lugares para que o dono da casa não chegue junto a nós e nos mostre alguém mais importante do que nós e diga : olhe, vá para os últimos lugares porque há alguém que merece sentar onde você está sentado.
Portanto, procure os últimos lugares, porque se você for realmente mais importante, será convidado a sentar nos primeiros lugares. Porque quem se exalta será rebaixado, e quem se rebaixa será exaltado.
E nessa mesma hora ele se volta para o fariseu e diz a ele: Q uando deres uma ceia, não procures chamar os amigos, aqueles que lhe possa retribuir, mas que chame exatamente os pobres e os estropiados porque esses não lhe poderiam lhe retribuir.
M as a retribuição dele não seria material, viria no futuro pela ressureição dos justos, exatamente no reino de Deus, mostrando que quando ele procurava fazer o bem, porque a atitude dele de oferecer a ceia era de dar alimento as pessoas, mas que quando ele procurasse fazer o bem ele não procurasse fazê-lo esperando retribuição, convidando apenas os amigos e aquelas pessoas que poderiam lhe retribuir a ação, porque não devemos buscar a retribuição do mundo, mas que façamos o bem exatamente para quem não nos possa retribuir.
E ai, um dos convidados ouvindo as palavras do cristo diz o começo da passagem: Feliz será aquele que comer no banquete do reino de Deus. E é nesse momento que jesus aproveita e traz a parábola.
Jesus contou esta estória. Uma vez, um homem fez um grande banquete e convidou muitas pessoas... Quando o banquete estava pronto, ele enviou um servo para dizer aos convidados: está tudo pronto! Venham, por favor.
Um convidado depois outro, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: Eu comprei alguns terrenos, e tenho que vê-los... Me desculpe.” O outro disse: Eu comprei cinco gados, e preciso verifica-los. Me desculpe. Outro convidado ainda disse: Acabei de me casar, e não posso ir lá”
O servo contou ao seu mestre o que aconteceu, e ele ficou muito irritado. Ele disse: Vá o mais rápido possível às ruas e becos da cidade! Traga todos que sejam pobres ou aleijados, cegos ou mancos. Quando o servo voltou lhe disse: “Mestre, fiz o que você me pediu, e ainda há espaço no salão para mais pessoas”
Seu Mestre lhe disse: Vá à beira das estradas e faça as pessoas virem, então minha casa se encherá... ... N enhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete.” (Lucas, 14: 15-24)
no Capítulo 28, “A Parábola dos convidados à ceia”, comenta: “O primeiro ensinamento é o da confiança. ‘Vinde a mim que tudo está preparado’. Todos são convidados a participar, sem exceção, até os deserdados do mundo. (…) O Evangelho anunciado é a boa notícia, pois os portões do Reino de Deus foram abertos para todos que neles queiram entrar”.
O “Reino de Deus” ou “Reino dos Céus” representa o estado de plenitude espiritual, o ápice do processo evolutivo intelectual e moral. A conquista desse Reino equipara-se a participar de um banquete celestial, ou seja, “ Feliz será aquele que comer no banquete do Reino de Deus” .
O homem superior, o Espírito evoluído, jamais prefere os bens da Terra em detrimento dos bens dos Céu, porque sabe que aqueles se extinguem e estes permanecem para sempre. Não há campo, não há bois, não há casamento capazes de desviar o homem de bem dos seus deveres espirituais.
Embora convidados para o grande banquete, esses recusam o chamamento expondo as suas desculpas, dificuldades e resistências para ir a essa festa. Os convidados se escusam, alegando terem de ir cuidar de sua propriedade, suas juntas de bois e casamento, simbolizando as pessoas absorvidas pelas coisas terrenas, mantendo-se indiferentes às coisas celestes.
Frederico G. Kremer, no mesmo livro, explica: “… com o mergulho na carne, outros interesses e preocupações surgem, desviando nossa atenção. (…) A parábola enumera vários motivos comuns de interesses materiais. As desculpas e os pretextos permanecem os mesmos através dos séculos: propriedades materiais, prazeres e divertimentos.”
O processo de evolução espiritual começa, efetivamente, a partir de certo nível de entendimento e de experiências vivenciadas pelo Espírito. Somente a partir desse patamar, pode o homem abrir-se para as verdades transcendentais.
O Espírito Emmanuel, em “Desculpismo”, na psicografia de Francisco Cândido Xavier, ensina: “Desculpismo sempre foi a porta de escape dos que abandonam as próprias obrigações. (…) Companheiros que arruínam o corpo em hábitos viciosos arquitetam largo sistema de escusas, tentando legitimar as atitudes infelizes que adotam, comovendo a quem os ouve, entretanto, acabam suportando em si mesmos as consequências das responsabilidades a que se afeiçoam.”
A parábola é a figura do que acontecia na época do nascimento do Cristianismo, e é a figura do que acontece nos nossos tempos: os ‘graúdos’ deste mundo não querem responder ao apelo que se lhes faz, por isso os pequenos e deserdados enchem a mesa, embora, como disse o servo encarregado do convite: ‘ainda há lugar para os que quiserem comparecer’.
O contrário se dá com o homem do mundo: preso aos negócios, às diversões, à ganância louca, esquecem-se de seus deveres para com Deus, de seus deveres para com seu próximo, de seus deveres para consigo mesmo, isto é, dos deveres espirituais que tem de realizar no mundo.
Indiferentes aos benefícios espirituais recebidos na existência, não avaliam o preço que terão de pagar por esse descaso. Não se revelam preocupadas com a salvação da própria alma. Estão sempre adiando, indefinitivamente, o momento da transformação espiritual.
Os convidados foram os grandes, os potentados, os afazendados, que se negaram a ouvir a Palavra do Reino de Deus, que não quiseram comparecer a esse banquete celestial. São estes os excluídos das bênçãos do Céu, porque as recusaram, preferindo os deleites do mundo.
De fato, a palavra de Jesus exclui todas as honras, etiquetas e preconceitos terrenos! Para nos chegarmos a Ele precisamos nos comparar a uma criança que não tem ideias preconcebidas, que não tem campos, bois, casamentos, porque a palavra de Jesus é superior a tudo e requer de nós o máximo respeito, a máxima consideração, o maior acatamento!
Antonio Luiz Sayão, em “Elucidações evangélicas à luz da Doutrina Espírita”, sobre a Parábola das bodas e dos convidados que se escusam, esclarece: Todos são convidados, porque todos, bons ou maus, sem exceção de nenhum, são filhos, foram criados para o mesmo fim e têm que participar do banquete de núpcias(…)
Antonio Luiz Sayão, em “Elucidações evangélicas à luz da Doutrina Espírita”, sobre a Parábola das bodas e dos convidados que se escusam, esclarece: O choro e o ranger de dentes simbolizam as torturas morais na erraticidade e os sofrimentos da encarnação em mundos inferiores à Terra.
As palavras: ‘Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos’ não se referem unicamente ao que foi expulso por não estar dignamente vestido. Referem-se também a todos os que anteriormente cerraram os ouvidos e o coração à voz que os chamava. Esses mesmos, porém, sob a ação das leis imutáveis da expiação, do progresso, pelo renascimento, pelas reencarnações, chegarão à condição de envergarem o traje de núpcias, para entrarem nos mundos felizes.
U ma mensagem do Espírito Emmanuel, em “Chamamento divino”, na psicografia de Francisco Cândido Xavier :
“Se a realidade espiritual te busca, ofertando-te serviço no levantamento das boas obras, não te detenhas, apresentando deformidades e frustrações. No clima da Boa-Nova, todos nós encontramos recursos de cura e reabilitação, reerguimento e consolo. Para isso, basta sejamos sinceros, diante da nossa própria necessidade de corrigenda, com o espírito espontaneamente consagrado ao privilégio de trabalhar e servir.”
BÍBLIA SAGRADA. EMMANUEL, (Espírito); na psicografia de Francisco Cândido Xavier; coordenação de Saulo Cesar Ribeiro da Silva. O Evangelho por Emmanuel: comentários ao Evangelho segundo Lucas . 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2016. KARDEC, Allan; tradução de Guillon Ribeiro. O Evangelho Segundo o Espiritismo . 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019. KREMER, Frederico Guilherme da Costa. Jesus de Nazaré: uma narrativa da vida e das parábolas . 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2016. MOURA, Marta Antunes de Oliveira. Estudo aprofundado da doutrina espírita: Ensinos e parábolas de Jesus – Parte II. Orientações espíritas e sugestões didático-pedagógicas direcionadas ao estudo do aspecto religioso do Espiritismo . 1ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2016. SAYÃO, Antônio Luiz . Elucidações evangélicas à luz da Doutrina Espírita . 16ª Edição. Brasília/DF: Federação Espírita Brasileira, 2019. SCHUTEL, Cairbar. Parábolas e Ensino de Jesu s. 28ª Edição. Matão/SP: Casa Editora O Clarim, 2016. Bibliografia: Autor: Juan Carlos Orozco / https://www.youtube.com/watch?v=6GP43bIac9M canal conhecendo o espiritismo