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5 - PATOLOGIAS MAIS COMU NS NOS PISOS CIMENTADOS
O piso de concreto é definido a partir da sua utilização final nos seguintes itens:
acabamento, resistências, espessura, tipo de concreto, tipo de estrutura, processo de
concretagem e acabamento. A variedade de solicitações a que estes revestimentos podem ser
expostos faz necessário delimitar os valores mínimos de resistência exigidos em função do
tipo de utilização, a determinação das condições do substrato (concreto novo ou piso já
utilizado), a definição de metodologias e procedimentos adequados de preparo e tratamento
do substrato e a especificação de detalhes de projeto a serem obedecidos.
O uso de matérias de qualidade contribui fortemente no sentido de minimizar as
ocorrências de patologias, no entanto, sem eliminar por completo tais eventos.
As patologias dos pisos cimentados agrupam-se em três grandes divisões: fissuras,
desgastes e esborcinamento de juntas, porém sem excluir outros registros como problemas de
coloração e delaminação. Frequentemente relacionam-se patologias ligadas à execução,
causadas por atraso no corte das juntas, cura inadequada, armaduras mal posicionadas e
problemas de acabamento.
As patologias relativas ao preparo de subleito e sub-base, decorrentes de má
compactação do solo, repercutem em fissuras de caráter estrutural, assim denominadas pelos
prejuízos causados à estabilidade e à capacidade de carga do piso, podendo ser prevenidas
através da realização de ensaios do solo.
Após o aparecimento da fissura, indica-se a remoção e recompactação do solo, ou
ainda o estaqueamento do piso, responsável pela melhor distribuição das tensões no piso.
A dosagem correta do concreto contribui para o bom acabamento ao piso e
facilitando sai execução, sobretudo através da boa dosagem de finos.
A cura inadequada pode resultar em fissuras e empenamentos, até baixas
resistências à abrasão. O uso de mantas para cura úmida pode contribuir como solução,
permitindo a transferência gradual e homogênea da água para o concreto. A saturação do ar
por vaporizadores é aplicável nos casos em que a umidade relativa do ar é baixa, mas torna-se
inviável em áreas externas.
Os reparos devem ser executados observando-se vários cuidados, como a abertura
de cavidades regulares para perfeito encaixe do material de reparo, total remoção de material
solto ou desagregado, limpeza eficiente e prévia saturação de base. No caso de desagregações
muito superficiais e formação de poeira, podem ser aplicados os endurecedores de superfície,