Aula de Patrística e Escolástica - Ensino Médio - 2° Ano - Novo ensino médio. Professor Mattheus Rosa.
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Language: pt
Added: Aug 07, 2023
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Filosofia Medieval Filosofia- Professor - Mattheus Rosa
Início de Conversa O pensamento religioso faz referência a textos fundados (os evangelhos), considerados sagrados porque de origem supra-humana. Neste sentido, o próprio da mensagem cristá não é intelectual? é uma mensagem de amor - amor pelo outro, seja ele qual for, e de amor a Deus -, um convite a resolver o problema da condição humana fazendo apelo aos recursos emocionais e afetivos do ser humano e não prioritariamente à sua razão. Em razão das diferenças profundas de concepção de mundo em relação a toda a produção intelectual da Antiguidade, os cristãos classificavam como pagã a cultura greco-romana.
Início de Conversa A fim de converter os pagãos e justificar a prevalência da fé, os primeiros teóricos cristãos escreveram obras de apologética (discurso para justificar, defender ou louvar”. Além da Bíblia, os teólogos resolveram usar os textos dos filósofos pagãos, adaptando-os. As teorias estoicas foram bem-aceitas ainda na época do Imério Romano e fecundaram as ideias ascéticas do período medieval, que preconizavam o controle das paixões tendo em vista a vidafutura. Os apologistas se debruçaram sobre alguns temas, como: a estreita relação de Deus com sua criatura; a natureza divina da alma; o confronto entre o bem e o mal; a noção de pecado.
Patrística Patrística está relacionada aos primeiros filósofos da doutrina cristã, os chamados Padres da Igreja - Séculos II ao V. o Auge da Patrística ocorreu entre os séculos IV e V, com Agostinho de Hipona. Com o objetivo de fundamentar a doutrina cristã à razão, Agostinho de Hipona adaptou o platonismo à fé católica. Em sua obra “A Cidade de Deus”, Agostinho empregou a perspectiva dual sobre o mundo, existente em Platão. Ele refere-se à existência de duas cidades: “cidade de Deus” e “cidade terrestre”.
Patrística: Agostinho de Hipona Cidade Terreste: Cabe zelar pelo bem-estar das pessoas. Aqio, no entanto, é o reino do pedaco e esta será aniquilida no fim dos tempos. Cidade de Deus: Não se refere somente ao reino divino que sucede à vida terrena e corresponde à comunidade dos cristãos. Em sua perspectiva, portanto, o Estado deveria conduzir os indivíduos a uma vida fundamentada na moral cristã (crítica ao ceticismo). Além disso, adaptou a Teoria da Reminiscência da Platão ao dogma cristão, compreendendo-a como Teoria da Iluminação.
Patrística: Agostinho de Hipona
Patrística: Agostinho de Hipona
Patrística: Agostinho de Hipona Propôs também o exame da intimidade a partir da constante análise do seu eu interior (dos desenganos e fraquezas) - A interdição da carne, Levítico. Em sua perspectiva sobre o Livre-Arbítrio, Agostinho opõe razão e vontade. A razão é oriunda de Deus. A vontade, desta forma, seria um espaço conflituoso entre a Verdade e as Ilusões (desejos) da vida terrena. Para ele, a vontade de mudar (seguir a ética cristã) deveria prevalecer.
Patrística: Agostinho de Hipona Para Agostinho de Hipona, o mal não existe por si só, mas apenas na ausência do bem.
Escolástica (IX - XIII) A Escolástica é a filosofia/teologia produzida na universidade medieval. O contexto de surgimento da escolástica: 1) Período de prosperidade econômica; 2) Surgimento de novas cidades; 3) Novas especialidades de trabalho; 4) Novos estudantes. Os níveis de ensino oferecidos eram: Teologia, Medicina e Direito. Um dos maiores representantes da Escolástica com Tomás de Aquino (1225-1274). Tomás de Aquivo é reconhecido, entre outras coisas, por se valer do pensamento aristotélico para a construção de seu pensamento teológico.
Escolástica (IX - XIII) Tomás de Aquino, em um primeiro momento, irá adaptar a noção de virtude e felicidade de Aristóteles. Coerente com a visão religiosa do mundo, Aquino concluiu que o Estado conduz o ser huma_x0002_no até determinado ponto, quando então é neces_x0002_sário o concurso do poder da Igreja, sem dúvida superior, para cuidar da dimensão sobrenatural de seu destino. Nesta perspectiva, a felicidade estava em consonância com a perseguição dos valores cristãos. Ao refletir sobre a relação corpo e alma, Tomás de Aquino retoma também a teoria aristotélica da união entre matéria-prima e a forma substancial: a alma é a forma substancial do corpo que subsiste mesmo após a morte da matéria (uma vez que a natureza espiritual da alma é criada por Deus).
Escolástica (IX - XIII) Por fim, ele utiliza a Teoria das Quatro Causas, de Aristóteles, para provar a existência de Deus: